Entender a Mulher #2

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uma publicação da Biolab exclusiva para médicas e médicos n. 02 | NOV / DEZ | 2010

No auge aos 40 anos Elas se sentem mais seguras e bonitas hoje

Amor a toda prova O doce desafio de criar sozinha os filhos

Nova vida, vida nova

Mães de rua traçam um futuro promissor

poder O do

grupo

De mãos dadas, somos mais fortes, saudáveis e felizes. Descubra como unidas podemos ser melhores

s ro il v s e e os dad c i o is , d s as elh s p e a m d es fil to o e em a em res e ad nd he iz le li ul m m A Pe s + + +A


Inovação em todos os aspectos

A Biolab atua em parceria com pesquisadores, instituições de pesquisa e universidades para contribuir com o avanço da medicina e oferecer soluções inovadoras em saúde.

ORGULHO DE SER BRASILEIRO


Editorial

É IMPOSSÍVEL SER

diretora editorial Roberta Faria diretor executivo Rodrigo Pipponzi

Editora-chefe Roberta Faria Editora Ana Luísa Vieira Repórteres Cristina Casagrande, Karina Sérgio Gomes, Rita Loiola e Romy Aikawa Estagiários de texto Flávio Carneiro e Juliana Dias Diretora de arte Claudia Inoue Editora de arte Larissa Ribeiro Designers André Rodrigues, Paula Bittar e Mariana Bolzani Estagiária de design Karine Tressler Pesquisa e produção Claudine Luz Atendimento Beatriz Torres

colaboradores MMK (design), João Neves, Larissa Soriano, Roberta de Lucca e Sheyla Miranda (reportagem), Eduardo Toaldo (revisão), Felipe Gressler (tratamento de imagem) Fale com a gente: entenderamulher@editoramol.com.br Telefone (11) 3034-3839 Rua Andrade Fernandes, 303, loft 3, São Paulo/SP, CEP 05449-050 tiragem

Entender a Mulher é impressa em papel LWC 60g

40 mil exemplares

impressão

Plural

CEO Cleiton de Castro Marques Vice-presidente Comercial S.C. Capelli Diretor de Marketing / Comunicação Jailson Bispo Marketing

Ana Claudia Aguiar, Giselle Schuster Marques, Tito Marques Ferreira, Vulmeron Borges Marçal Neto Diretoria Médica Dr. Fernando Fernandes e Dra. Egle Oppi Anúncios Artgraphic Publicidade realização

uma publicação da Biolab exclusiva para médicas e médicos n. 02 | NOV / DEZ | 2010

No auge aos 40 anos Elas se sentem mais seguras e bonitas hoje

Amor a toda prova O doce desafio de criar sozinha os filhos

Nova vida, vida nova

Mães de rua traçam um futuro promissor

O poder do

grupo

De mãos dadas, somos mais fortes, saudáveis e felizes. Descubra como unidas podemos ser melhores

s ro liv s s e de co ida dis as lho es, das spe e film to o e em a em res e ad lind ulhe iz m le m A Pe s + + +A

feliz sozinho O pilar da humanidade, escreveu o antropólogo francês LeviStrauss, é a relação com o outro. Sem o conjunto, a vida perderia o sentido. Por isso, vivemos inevitavelmente em grupo. É bom que seja assim: juntos, ganhamos impulso para superar obstáculos e força para buscar a felicidade. Nesta segunda edição de Entender a Mulher, tratamos da importância da união. Por meio de pesquisas e entrevistas com especialistas, a reportagem de capa mostra como o trabalho em equipe é benéfico a todos. Reunimos mulheres que encontraram no grupo o alicerce para sedimentar seus sonhos e, dessa forma, alcançaram seus ideais. Outros belos exemplos se espalham por nossas páginas. Em Guerreiras, o leitor vai conhecer o trabalho de Raquel Barros e Márcia Dias, responsáveis pelas associações Lua Nova e Santa Fé, respectivamente. São ONGs que oferecem abrigo e ajuda educacional a jovens mães sem estrutura familiar. A maternidade, aliás, é um tema bastante presente neste número 2. E nem poderia ser diferente. Segundo o IBGE, as mulheres chefiam atualmente 24,9% dos lares brasileiros. Em Histórias de Mães, elas descrevem a dor e a delícia de quem precisou criar sozinha seus filhos. As mudanças na vida das brasileiras são evidentes. Na seção Tipos, você perceberá que o termo quarentona, outrora terrível para as mulheres, já não incomoda tanto assim. Elas se sentem mais bonitas e seguras do que antes. Embora tenhamos a mulher como mote central, não somos uma típica revista feminina. Tampouco uma publicação médica. Temos como objetivo apresentar aos profissionais de saúde quem são, o que pensam e como agem suas pacientes, com histórias reais e inspiradoras. Como o assunto aqui é união, fazemos um convite aos médicos e às leitoras da sala de espera: escrevam para a redação, sugiram reportagens, opinem. De mãos dadas, o resultado é sempre melhor. Equipe Entender a Mulher

Foto de capa Liz Mie (Agência L’Agence) e Tassiana Arbiza (Agência Ten)

foram fotografadas por Rodrigo Braga. Assistente de fotografia: Thiago Monteiro Beleza: Cassiano Assmann (Agência First). Produção de moda: Manuela Figueiredo. Tratamento de imagem: Felipe Gressler. agradecimentos Capa Água de Coco (85) 4008-0088, Folic (21) 3388-9300,

Vida Bela (11) 5093-8320, Damyller (11) 3044-4116, Camila Klein (11) 3884-4503 Tipos Balonè (11) 4208 6200, Chow (11) 3062 0533, Cyann (11) 3337 2339 Saúde & Emoções Bel Paoliello (11) 3032-9727, Carrano (51) 21251549, Seiki (11) 30620485

Sobre a Biolab A Biolab está entre os maiores laboratórios brasileiros. Desenvolvemos medicamentos e dermocosméticos e nos orgulhamos em ser referência na área de inovação em saúde. Buscamos sempre soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas: investimos em estudos e desenvolvimento por meio de parcerias com universidades e centros de pesquisa. Nosso foco são os medicamentos sob prescrição médica nas especialidades de cardiologia, ginecologia, reumatologia, ortopedia, clínica médica, pediatria, endocrinologia, geriatria e dermatologia. Com um trabalho sério e contínuo junto a você e seus colegas, oferecemos mais de 100 produtos que viabilizam tratamento seguro à população. Ao longo da revista, em publieditoriais, você irá conhecer melhor algumas de nossas marcas. Boa leitura!

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O tempo de espera por

ult ns ór A saúde

io

No co

O que tem nesta edição:

é a principal preocupação do brasileiro, à frente de trabalho e educação.

consulta médica é a maior queixa em relação à saúde, tanto no serviço público quanto no privado.

Em 2009, houve

453,7 milhões de consultas realizadas

pelo SUS Na região Norte,

no Brasil.

06 Na média

67% da população diz que espera demais para receber atendimento. No Sudeste,

Como nos vemos no espelho? Os números mostram excessos e preocupações com a beleza

43% das pessoas estão insatisfeitas.

22 Capa

Estar junto é o que dá sentido à vida e pode transformá-la. Três mulheres nos ensinam como o conjunto é mais resistente do que a unidade

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Tipos Sabe aquela frase de que a vida começa aos 40? Elas comprovam: estão mais felizes do que nunca

32 aos 20, 30, 40, 50, 60

Você cuida bem da sua pele? Descubra os truques para ficar ainda mais bonita


Quem

mos? o s 70,6%

dos médicos

em atuação no Brasil estudaram em

universidade pública.

Os cursos de

especialização mais procurados pelos recém-formados são cirurgia geral (15%), clínica médica (13,6%) e ginecologia ou obstetrícia (8,7%). As mulheres já representam

guerreiras

brasileiros.

Conheça Raquel Barros e Márcia Dias, fundadoras de ONGs que abrigam jovens mães de rua e as ajudam a construir um futuro melhor

Mais cu

18

4 em cada 10 médicos

do ida

97,8 %

das mulheres passaram por

pré-natal em 2009.

Em 1998 o índice era de 87,1%.

Existem

83.183

ginecologistas obstetras no país.

4 em cada 10

36 histórias de mães

A magia da maternidade supera qualquer obstáculo. Sozinhas, e com muito amor, elas criam seus filhos

nascimentos no Brasil são feitos por cesáreas. Na Inglaterra apenas 2 em cada 10 mulheres não fizeram parto natural.

42 para entender

Livros, filmes, sites e discos: o poder da amizade feminina inspira obras imperdíveis

Fontes: Sistema único de Saúde, Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, Conselho Federal de Medicina, Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

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Na média: mulheres em números

Mulheres

ao espelho

Elas gostam de se cuidar, mas ainda não se consideram belas o suficiente: mais da metade das brasileiras está insatisfeita com a aparência Texto Flávio Carneiro e João Neves Ilustração Fabiana Shizue

Autoestima

65% 4 em cada 10 das brasileiras se acham

gordas 54% fariam plástica no seio ou na barriga

48%

estão de fato

Evening Standard / GettyImages

acima do peso. Porém, 79% se esforçam para melhorar. O exercício físico é a prática mais utilizada pelas mulheres para manter a forma

acham sua beleza comum

1

Apenas % está de bem com o espelho e se acha linda. Confiantes mesmo são as italianas: se declaram % estonteantes

17

54 % não estão felizes com sua aparência. Os principais

Quase uma plástica por minuto

Em 2009 aconteceram 443.143 cirurgias estéticas no país. As mulheres foram responsáveis por 82% das intervenções. Apenas18% dos homens quiseram melhorar a aparência.

Acompanhe como os padrões mudaram ao longo do tempo Idade Média

Anos 20

Anos 50

Anos 80 e 90

Anos 2000

Entre os séculos 8 e 15, a barriga saliente significava saúde. Acreditava-se que as gordinhas seriam melhores mães. No século 17, a cintura fina virou ideal de beleza.

Coco Chanel revoluciona a moda ao deixar de lado os frufrus e paetês. Livre dos espartilhos, usados até o final do século 19, o padrão torna-se seios e quadris pequenos.

Corpo violão: cintura fina, coxas grossas e bumbum grande. Marta Rocha é exemplo da época. Ficou em segundo lugar no Miss Universo de 1954 por ter “polegadas a mais” nos quadris.

Luiza Brunet é o modelo de beleza do período: pele bronzeada, pouco peito e muita ginástica aeróbica para tornear pernas e quadris.

90-60-90 são medidas sonhadas. A busca é pelo corpo sarado e barriga tanquinho. O Brasil está em 2º lugar em duas listas mundiais: número de academias e ranking das cirurgias plásticas.

Fontes: Almanaque da Folha, Datafolha, IBGE, International Health, Ministério da Saúde, Natura, Nazca Cosméticos, Nielsen, Portal Comunidade da Moda, Racquet and Sportsclub Association, Revista Aventuras na História, Sebrae, Sophia Mind – Marketing Feminino, The Real Truth About Beauty: A Global Report, Unilever

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?

motivos Peso e insatisfação com os cabelos


Beleza real

... já mudou o cabelo

64%

Se você está na faixa dos 30 anos, provavelmente...

das mulheres brasileiras têm cabelos ondulados e crespos. E mais da metade sonha com os fios lisos:

72% fazem escova 40% usam pranchas alisadoras

... faz exercícios Metade das mulheres pratica atividades físicas regularmente. Dessas,

6

59% caminham

47 % fazem

79% aplicam a tintura em casa

pesa em média 62 kg e tem

2/3

... não abandona a maquiagem

1,60 m de altura.

preferem gastar calorias na academia

Elas estão no limite do IMC (índice de massa corporal) para atingir o sobrepeso

Batom, gloss e lápis para os olhos são os produtos preferidos delas. Durante o dia, batom cor da boca é o mais usado. À noite, o vermelho é imbatível

... tem três hábitos essenciais de beleza

1 h30 é o tempo

87% Pintam as unhas 81% Cortam o cabelo periodicamente 40 % Fazem a sobrancelha

médio...

... não vive sem Shampoos especiais Cremes de tratamento

1,5 milhão

Apesar de de salões de beleza espalhados pelo país,

A brasileira de 30 anos

musculação

em cada dez brasileiras colorem os fios

... que elas levam para sair de casa em um dia especial. Os homens precisam de 15 minutos

... adora a seção de cosméticos

Condicionador

enquanto as mulheres de 50 compram mais... Protetor solar

Tintura

Em 2009, elas gastaram

R$

17,3

Objeto de desejo A intenção de compra da classe A para os próximos 12 meses:

50% dos homens

apontam um aparelho smartphone

x

76% das mulheres

preferem produtos para o cuidado com a pele

R$

1,3

bilhão

bilhões

Cremes para o rosto

E eles:

em produtos de beleza

Isso quer dizer que... Cada real que sai do bolso deles...

x

... são13 reais em compras delas

(Claro que aí estão embutidas as compras para os maridos/namorados. Afinal, são elas que não esquecem dos sabonetes, desodorantes e cremes de barbear que eles usam...)

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Biolab apresenta

Cada vez mais

saudável

Fique de olho: o excesso de peso entre as mulheres brasileiras tem aumentado. Alguns cuidados básicos ajudam a evitar os quilos indesejados

D

e acordo com uma pesquisa do IBGE realizada em parceria com o Ministério da Saúde em 2009, o excesso de peso em mulheres adultas passou de 28,7% em 2008 para 48% em 2009. Isso significa que as brasileiras vêm engordando cada vez mais. Mais do que uma questão estética, o sobrepeso traz uma série de inconvenientes para a saúde, como diabetes, dificuldades para dormir, dores na planta dos pés. Entre os perigos, está o aumento do risco de doenças cardíacas, que podem ter sérias consequências, inclusive a morte. Nesta entrevista, o endocrinologista pernambucano Ruy Lyra fala sobre os problemas relacionados ao aumento de peso para a saúde feminina e ensina como combatê-lo.

Médicos, atenção!

5 passos para melhorar sua saúde

Em 2007, o Conselho Federal de Medicina realizou uma pesquisa para mapear a saúde dos médicos no Brasil. Os resultados apontaram que 21,8% dos entrevistados têm alguma doença cardiovascular, entre elas a hipertensão arterial. Mas os médicos sabem que só medicamento não basta. É fundamental mudar de hábitos de vida, seguindo regras básicas, como as listadas as seguir.

1 Cardápio colorido

Ponha no prato produtos mais leves, como carnes magras e arroz integral. Invente novas saladas e sucos naturais.

2 Doce troca

Prefira as frutas em vez de doces e chocolates. Barras de cereal e iogurte são sempre boas pedidas para o lanche no meio do dia.


Especial Publicitário

Trabalho, filhos, responsabilidades com a casa... A rotina da brasileira é corrida. A falta de tempo para os exercícios pode levar ao sobrepeso? Assim como nos homens, fatores comportamentais, tais como o consumo excessivo de calorias e o sedentarismo, junto com a predisposição genética, aumentam o risco para o ganho de peso. E creio que isso pode piorar entre as mulheres que trabalham fora de casa, uma vez que elas têm menos tempo para a prática da atividade física e se expõem a uma alimentação inadequada.

Muitas mulheres recorrem ao almoço em lanchonetes e até chegam a pular refeições. Como os maus hábitos contribuem para a obesidade? Cada vez mais as pessoas consomem alimentos considerados inadequados, hipercalóricos e menos balanceados do ponto de vista nutritivo. Nesse cenário, enquadram-se as refeições feitas em fast foods e também as industrializadas. Geralmente, esses pratos são ricos em gordura, portanto mais calóricos e saborosos, sendo consumidos em maior quantidade. A soma de calorias e de sabor sem dúvida colabora para o crescimento do sobrepeso e da obesidade.

3 Na grelha

Aposte em carnes grelhadas, legumes no vapor e ensopados.

Quais os prejuízos do sobrepeso? O sobrepeso ou a obesidade aumentam de forma expressiva o risco para surgimento de várias condições adversas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares e osteoarticulares, bem como alguns tipos de câncer.

Um dos grandes vilões da obesidade é o aumento do colesterol. O que acontece quando o colesterol sobe? O ganho de peso, sobretudo aquele resultante do consumo elevado de gordura, aumenta o risco para o aparecimento da dislipidemia. A elevação do LDL (colesterol ruim) aumenta o risco de desenvolvimento das doenças cardiovasculares, sobretudo o infarto agudo do miocárdio, bem como doenças cerebrovasculares.

Como diminuir o colesterol alto? A mudança comportamental torna-se mandatória. Na alimentação, deve-se procurar reduzir o consumo de gordura saturada, presente nas carnes gordas, frituras, óleos e manteiga, por exemplo. Outra recomendação é a prática de atividade física, que aumenta o HDL (colesterol bom). Em alguns casos, é necessário utilizar medicamentos para reduzir o colesterol total e o LDL-c.

5 Mexa-se

Procure organizar-se para fazer exercícios físicos pelo menos três vezes por semana.

4 Não à nicotina

Pare de fumar, pois o cigarro aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Dados adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação. Confira a bula e mais informações ao final desta edição.

Além da atividade física e dos exames realizados em laboratório, quais outros cuidados devem ser tomados? É preciso classificar o risco cardiovascular do paciente. Existem algumas ferramentas para isso, em especial o escore de Framinghan, que projeta o risco de desenvolvimento de doenças coronarianas em uma pessoa ao longo de 10 anos. São três escores de risco: baixo (< 10%), intermediário (entre 10 e 20 %) e elevado (> 20%). Cada patamar contempla um determinado alvo para o LDL. Caso não se atinja a meta com modificações comportamentais, usam-se fármacos, sobretudo as estatinas, que inibem a ação da enzima que produz o colesterol.

Para evitar o aumento do colesterol e promover o seu controle, quais dicas o senhor daria para as mulheres? Alimentação adequada e balanceada e a prática de atividade física de forma regular são ferramentas preciosas. Elas melhoram o perfil do colesterol e também ajudam a prevenir uma série de doenças. Dr. Ruy Lyra é professor de endocrinologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, vicepresidente da Sociedade Brasileira de Diabetes e vice-presidente da Federação Panamericana de Endocrinologia.


Tipos: mulheres de hoje

Admiráveis mulheres novas

Esqueça a ideia das quarentonas de antigamente. Hoje, elas se consideram mais bonitas e seguras para desfrutar a próxima metade da vida Texto Romy Aikawa, com a colaboração de Karina Sérgio Gomes Foto Marcelo Trad

N

a década de 1960, quando nasceram, o mundo experimentava uma série de mudanças. Entre elas, as decorrentes da invenção da pílula anticoncepcional. E foi com a liberdade de escolher em que momento de sua vida fértil teriam filhos que elas cresceram. Tornaram-se moças com uma outra consciência da importância da prática de atividades físicas regulares, que o lançamento do vídeo de ginástica aeróbica Workout, em 1982, pela atriz norte-americana Jane Fonda, ajudou a consolidar. Entraram no mercado de trabalho quando as máquinas de escrever davam lugar aos computadores. E tiveram de aprender a lidar com eles ao mesmo tempo em que batalhavam por ganhar espaço em ambientes ainda dominados por homens. Apoiaram-se no surgimento do celular para ficar em contato direto com os filhos e ter tudo sob controle enquanto não estvam por perto. Essas mulheres atravessaram a virada do milênio já na faixa dos 30 e, agora, depois de tantas vezes verem o novo dar lugar ao ultrapassado, chegaram à metade da existência com a certeza de que, definitivamente, nada têm a ver com as quarentonas de antigamente. “Com o movimento fe-

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minista, aconteceram mudanças políticas, sociais e culturais de bastante impacto. A mulher agora tem mais espaço e pode exercer mais papéis na vida profissional e na sociedade”, comenta Miriam Adelman, socióloga e professora da Universidade Federal do Paraná. Ninguém melhor do que elas – que amaram, separaram, tiveram filhos e fizeram carreira – para contar como se descobriram capazes de querer mais para si mesmas. MELHOR QUE ANTES Mesmo tão vividas, tão mudadas, elas não aparentam ter a idade que têm. Vale lembrar das atrizes Angelina Jolie, Jennifer Aniston e Patrícia Pillar para confirmar o novo perfil. Carla Maria Giorgi Ferreira, empresária e designer de acessórios de moda, também é uma dessas novas mulheres. Do alto de seus 45 anos, declara: “Estou em uma fase ótima: mais disposta, segura, feliz. Hoje me aceito melhor, e isso faz com que me sinta e, realmente, fique mais bonita do que quando era mais jovem”. Levando-se em conta que a expectativa de vida da mulher brasileira atualmente é de 76 anos, entrar na casa dos 40 é como chegar à metade da vida. Diante da perspectiva de ter toda outra metade »


Carla Giorgi, 45. “Estou em uma fase ótima, segura e feliz. Me aceito melhor, e isso faz com que eu me sinta mais

© Beleza: Cassiano Assman (Agência First) | Produção de moda: Frida Abrahão

bonita do que antes”


não tenho problemas para comandar uma equipe de homens mais jovens. A maturidade me trouxe equilíbrio

Márcia Nunes, 48. Em meio ao trabalho como diretora comercial, ela faz ballet clássico e pretende dar aulas quando chegar aos 60


pela frente, é comum que a mulher faça uma espécie de balanço existencial. Com clareza do que é capaz, se importa menos com a opinião alheia e muito mais com o que realmente sente. Isso não significa que as mudanças, principalmente as decorrentes de fatores biológicos, sejam encaradas sem preocupação. A consciência de que as ruguinhas em torno dos olhos, o ressecamento da pele e o desequilíbrio hormonal só tendem a se agravar desperta em muitas delas a sensação de urgência em adotar medidas preventivas. Carla enfrenta o espelho com o mesmo arsenal da maioria: produtos para limpar, hidratar e proteger a pele, além dos bons hábitos. “Mais nova, eu gostava de ficar bronzeada e me expunha ao sol sem maiores cuidados. Hoje, não saio de casa sem protetor. Também não como gordura ou fritura e, em vez de apenas evitar o que engorda, como fazia, procuro ter uma dieta bem saudável e equilibrada”, garante. O cuidado em relação à alimentação se justifica: depois dos 40, fica mais difícil emagrecer. O professor de educação física Paulo Gentil, doutor em ciências da saúde, explica: “A queda na produção de hormônios femininos, típica da idade, favorece o aumento e altera a distribuição da gordura corporal, que passa a se concentrar na

barriga”. Segundo Paulo, a genética, nesse caso, influencia pouco. “O que determina se a mulher estará bem ou não são seus hábitos em relação a alimentação e atividades físicas. Começar a se cuidar cedo é uma orientação. Evita a necessidade de agir com urgência quando ela chegar aos 50 anos.” Carla é prova disso. Para conquistar o corpo que tem hoje, há cerca de seis anos mantém uma rotina intensa de exercícios que inclui, ao menos, quatro sessões de corrida, uma de pilates e treinos intercalados de natação e ciclismo toda semana. “Pratico esportes desde pequena, mas dei uma parada quando meus filhos nasceram. Depois que eles ganharam mais autonomia, comecei a correr e, agora, participo até de competições de triathlon.” Equilíbrio para liderar Obviamente, não é preciso ser triatleta para manter-se em forma aos 40 anos. Carla diz ter comprovado que pequenas atitudes, como usar a escada em vez do elevador e deixar o carro em casa ajudam, e muito. Não só o corpo, mas também combatem o estresse. É por essa razão que Márcia Romiti Nunes, de 48 anos, tenta fazer aulas de ballet clássico duas vezes por semana. “Já houve anos em que não foi possível por causa do trabalho, mas sempre vol-

to à dança, que pratico desde menina. Queria ser bailarina e cheguei a me arrepender por não seguir esse caminho com medo de problemas com contas. De qualquer maneira, tenho planos de dar aulas quando chegar aos 60 anos”, afirma. No meio da rotina apertada, é nas aulas que ela desenvolve a disciplina e inspira-se para aplicá-la no trabalho. Afinal, acumular muitos papéis é típico da mulher. “Elas são mais flexíveis. Quando se aposentam, por exemplo, logo retomam outro projeto, testam outras habilidades”, explica a socióloga Miriam Adelman. Diretora comercial da subsidiária de uma multinacional, Márcia sente-se bastante realizada. As coisas, no entanto, nem sempre foram assim. Ao longo da carreira, houve momentos em que se sentiu mal paga de tão sobrecarregada. “Venho de uma geração em que hierarquia tinha outro peso e, por isso, muitas vezes disse ‘sim’ quando deveria ter dito ‘não’”, comenta. Seu lado prático e persistente a ajudou a superar tais episódios e a conduziu ao posto de diretora há três anos. “Eu estava em outra empresa e fui convidada após gerenciar uma conta importante com sucesso. Não tive problemas para comandar a equipe, até porque aproveitei um pouco do que aprendi como mãe de adolescente: »

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diálogo e pulso firme”, explica. “Os diretores mais jovens deixavam transparecer uma certa descrença por eu não ter histórico de líder. Entendi que era insegurança, não tinham o mesmo equilíbrio e ego controlado que a maturidade me trouxe. Ao final, tudo ficou bem.” De acordo com a psicóloga Cecília Russo Troiano, autora do livro Vida de Equilibrista – Dores e Delícias da Mãe que Trabalha (Editora Cultrix), criar ambientes amistosos é mesmo uma característica que a mão de obra feminina trouxe para o mercado de trabalho. Assim como a organização, o planejamento e a curiosidade. “No começo, a mulher ‘travestiu-se’ de homem para ser aceita. Mas o bacana é que, nas últimas décadas, as empresas perceberam o quanto ganham com o olhar feminino”, acredita. Apesar disso, estudos indicam que apenas 15% dos postos de diretoria são ocupados por mulheres. Para Cecília, o fato tem a ver com o desafio de equacionar sua vida diante de tantas demandas. Quando seu filho era pequeno, Márcia recusou um trabalho por ser distante de onde morava. A decisão não resultou em maiores desdobramentos no seu caso, mas se tivesse optado pela maternidade tardia, como a analista de sistemas Eliana Montemor, de 42 anos, provavelmente tudo seria diferente.

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De primeira viagem “Não pude voltar ao trabalho depois da licença-maternidade porque tive problemas com a babá. Hoje, fico até feliz por isso ter acontecido: pude acalentar meu filho na fase de cólicas, acompanhar a transição do leite para a papinha, vê-lo dar os primeiros passos, adaptá-lo na escola... Pretendo retomar minha carreira em 2011”, diz. Eliana faz parte de um contingente cada vez maior de mulheres. Dados do IBGE apontam: a quantidade de grávidas com idades entre 40 e 44 anos vem subindo nessa década ano a ano e já representava quase 10% das gestações em 2008. A tendência pode ser explicada pelo viés de que a idade para conceber às vezes não coincide com a vontade psicológica. O ginecologista Gerson Lopes, presidente da Comissão de Sexologia da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), repete uma frase que ouviu de muitas pacientes sobre o motivo para adiar a maternidade: “Antes de dar vida, tenho de ter vida”. É o que pensava a analista de sistemas: “Eu via colegas de trabalho cheias de olheiras pelas noites maldormidas, sofrendo por terem deixado seus bebês nas creches e não queria aquele sacrifício. Sempre fui bastante independente e criar uma criança me parecia complicado demais”, comenta.

Como a maioria das mulheres, Eliana também considerava o lado profissional. Tanto que batalhou por 19 anos para conquistar uma boa posição na empresa antes de reavaliar a questão e, há um ano, tornar-se mãe. Ter filhos numa idade em que se inicia o declínio da fertilidade pode ser difícil. Enquanto uma mulher na faixa dos 35 tem 12% de chance de engravidar, depois dos 40 essa probabilidade cai para 8%. Sem falar do conteúdo genético dos óvulos, que já não é tão bom a partir dos 35. Por isso, também está aumentando a quantidade de mulheres que recorre a técnicas como a vitrificação e o congelamento. “O ovário é o primeiro órgão do corpo feminino a entrar em processo de envelhecimento”, explica Paulo Eduardo Olmos, especialista em reprodução humana. Liberdade e autonomia Realizar os desejos no próprio tempo e não nas mais antigas convenções é característica das mulheres de 40 que se estende ao casamento. Separar e recasar – ou escolher ficar sozinha – é cada vez mais comum. Dados do IBGE mostram que os brasileiros estão se casando mais. A taxa em 2008 foi 5% maior que a do ano anterior. O número de casamentos em que ao menos um cônjuge vem de um divórcio cresceu 17%. »


Eliana Montemor, 42. Depois de conquistar uma boa posição na empresa, ela reavaliou a maternidade. Teve seu primeiro bebê depois dos 40

A nova mulher de 40

esqueça os estereótipos e acredite: aGORA ELA PODE SER O QUE BEM ENTENDER

» Desafiadora

» Confiante

» Crítica

» Moderna

Ciente de que atingiu a metade da vida, ela retoma sonhos antigos e se arrisca em novos desafios. Mais comprometida consigo mesma, valoriza cada vez mais a própria autonomia.

Ela deixa de lado o que já não se ajusta e vai atrás do que lhe interessa. Aprendeu a viver um dia de cada vez, sem desperdiçar tempo. A qualidade de vida ganha mais importância.

O balanço existencial promove uma melhor noção de seus defeitos e qualidades.Valoriza a própria história e usufrui de sua sabedoria para encarar os problemas cotidianos.

Está mais atenta a tendências da moda e produtos de beleza. Diante da diminuição natural de suas capacidades físicas, dá mais valor à harmonia do conjunto e à saúde.

e independente

e centrada

e experiente

e saudável

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O casamento, no entanto, nem sempre é uma prioridade para as mulheres de 40 que estão solteiras. Muitas preferem aproveitar uma vida sem amarras. Não rejeitam a ideia de ter um companheiro, mas, como diz a jornalista Andrea Franco, autora do livro 40, Sim! E daí? (Editora Ideia & Ação), querem estar com alguém desde que “com liberdade e autonomia para viajar pelo mundo”. Ela comenta que, nessa idade, as mulheres já não sofrem tantas críticas ou preconceitos sociais por seu comportamento livre. Ao mesmo tempo, sentemse mais preparadas para o sexo. “Embora não justifique a opção pela solteirice, a mulher de 40 é experiente. Se permite e ousa mais, tem menos receio de não corresponder a expectativas e consegue se ocupar de seu próprio prazer.”

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Guta Campos, 42.

alguns HOMENS COM OS QUAIS ME RELACIONEI FICAVAm INCOMODADOs COM A MINHA AUTONOMIA

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“Se eu morder a língua e quiser me unir a alguém no futuro, no mínimo, cada um vai ter de viver no seu próprio canto”

Casar de novo não está nos planos da assessora de imprensa Guta Campos, de 42 anos. “Se eu morder a língua e quiser me unir a alguém no futuro, no mínimo, cada um vai ter de viver em seu próprio canto. Tem dias em que gosto de dormir sozinha, de cuidar só de mim, e fica difícil quando se precisa considerar outra pessoa.” A conclusão vem da experiência de oito anos ao lado do pai de seus filhos, de quem se separou há 12. Trata-se de uma postura que, em parte, ajuda a explicar outro número do IBGE: atualmente, 12% dos domicílios brasileiros são habitados por uma única pessoa. Guta mora com os dois filhos, mas, assim como os entrevistados do levantamento, valoriza muito a sua independência, característica que

se acentuou depois de completar 40 anos. “A maioria dos homens com os quais me relacionei depois da separação não soube lidar com esse aspecto. Eles ficavam incomodados com minha autonomia. Gosto muito de sair, me divertir com os amigos”, explica. Tornar-se mais seletiva e exigente também é típico da fase. A jornalista Andrea Franco joga uma luz sobre a questão: “A partir dos anos 1980, a mulher se tornou independente financeiramente e passou a investir muito mais em si própria. Por isso, elas não pensam em ter ‘qualquer um’ ao seu lado”. Casadas ou não, com filhos ou sem eles, no topo da carreira ou fazendo aquilo que mais gostam, as admiráveis novas mulheres de 40 querem, acima de tudo, é ser felizes.


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Biolab apresenta

Mais

conforto nas

relações

Dificuldades de lubrificação? Evitar o sexo não é o melhor caminho. O uso de creme vaginal atenua um dos efeitos da menopausa

Eficaz no tratamento urogenital

O Stele é um creme vaginal à base de estriol, um estrogênio que promove a lubrificação durante o ato sexual e fortalece o tônus e a musculatura do baixo ventre. Recomenda-se aplicar no interior da vagina à noite, na hora de deitar, com o auxílio do aplicador que acompanha o medicamento. Como resultado, o Stele ajuda a recompor a mucosa e a restaurar a saúde da vagina. Quando não existem contraindicações ao uso de hormônios, medicamentos como esse são a medida mais eficaz para o tratamento das manifestações decorrentes da atrofia urogenital. Dados adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação. Confira a bula e mais informações ao final desta edição.

Quando a mulher entra na menopausa, a vagina, a bexiga e a uretra são afetadas pela queda natural da produção dos estrogênios (hormônios femininos). Como consequência, pode ocorrer a atrofia dos tecidos da vagina e das vias urinárias. Essa situação, além de favorecer infecções, acarreta ressecamento, dificuldades de lubrificação, ardor, corrimento e dificuldades durante o sexo. Somados, tais fatores podem tornar a penetração dolorosa, inibindo a sexualidade da mulher. Mas evitar as relações não é o melhor caminho. Segundo o ginecologista e obstetra César Eduardo Fernandes, a atividade sexual regular é importante para ajudar na manutenção dos tecidos vaginais, bem como estimular a lubrificação. Por isso, deve-se tratar as infecções urinárias e usar cremes lubrificantes quando se julgar necessário. “E se houver necessidade de tratamento para a restauração da mucosa e atrofia vaginal, a melhor opção são os estrogênios, administrados por via oral ou local”, afirma o obstetra.


Guerreiras: causas que valem a pena

amor de Avó

muda tudo nos institutos criados por Raquel e Márcia, O FOCO é AMPARAR mães adolescentes que moravam na rua. E ajudá-las a descobrir o prazer – e os deveres – da maternidade Texto Larissa Soriano | Foto Guilherme Gomes | Cenografia Rafael Blas

E

m um dia nublado em 1999, uma mulher saiu arrasada do consultório médico. Depois de quatro anos e inúmeros tratamentos para engravidar, o veredicto do ginecologista foi duro: ela não conseguiria. Mas Raquel Barros, hoje com 44 anos, é uma dessas mulheres iluminadas. A despeito da resposta seca do médico, desistir estava longe de seus planos. No ano seguinte, a psicóloga transformou-se, ao mesmo tempo, em mãe e avó de meninas de rua grávidas ao fundar uma das organizações não-governamentais mais respeitadas do país. E a vida ainda lhe reservaria uma grande surpresa. Depois de uma temporada na Itália, quando trabalhou com comunidades carentes e mulheres viciadas em drogas, Raquel voltou para Sorocaba, interior de São Paulo, com o desenho do projeto na cabeça. A ideia era oferecer assistência às adolescentes grávidas que não poderiam contar com o apoio da família e incapazes de exercer plenamente a maternidade. Com a ajuda do ex-chefe, conseguiu um terreno em Araçoiaba da Serra, município localizado a aproximadamante 30 minutos de Sorocaba. Construiu uma chácara e ali nasceu, em janeiro de 2000, a Associação Lua Nova. “As pessoas olham para essas meninas pensando no que falta a elas. Eu as enxergava como pessoas capazes e que poderiam ser mães, algo que eu nunca seria”, conta Raquel, emocionada. Por isso, desde o começo, o trabalho de sua instituição é baseado principalmente na troca. Ela não só apoia essas garotas, como as incentiva a ajudar no funcionamento da ONG. O trabalho da Lua Nova é baseado nos programas de geração de renda e reinserção social. É um jeito de as jovens atendidas ganharem capacitação profissional e autonomia sobre a sua vida. Hoje são 25 meninas, a maioria entre 14 e 25 anos,

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que fabricam bolsas e outros tipos de artesanato, além de lanches por encomenda no programa Padaria Lua Crescente. Para resolver o problema de moradia das jovens mães quando deixavam a ONG, surgiu o Empreiteira Escola, projeto que capacita as mulheres a trabalharem na construção civil. Elas fabricam e vendem tijolos. Juntas, constroem suas próprias casas, ganhando moradia fixa e estabilidade para viverem com os seus filhos. Depois que saírem da Lua Nova, se quiserem, podem continuar trabalhando por lá. Em dez anos de existência, a ONG já beneficiou cerca de mil mães e seus filhos. Ester Brito, de 21 anos, mãe de Victor Hugo, de 5, é uma dessas garotas que cresceram com a Associação. Com problemas familiares, ela vivia entre a rua e sua casa desde os 14 anos, até ser encaminhada para a Lua Nova pela prefeitura. Atualmente, além de ter sua própria casa, Ester ocupa duas funções na Associação: é assistente de Raquel e também coordenadora de vendas. “Amadureci e escolhi que meu filho tivesse avó, pai, primos”, explica. Mais do que criar uma vida nova, ela fez das experiências um ponto de partida para seu futuro. “Vou voltar a estudar em breve”, diz. Hoje, é representante do Ministério da Cultura em grupos que discutem a revitalização de comunidades carentes. “Com as meninas, aprendi muitas coisas valiosas, como a dimensão certa de tudo e a me apegar em quem eu devo”, garante Raquel. “Elas também me mostraram que não é difícil olhar para o mundo. Ninguém é pobre coitado”, completa. E como em um desses momentos que a vida nos diz que quer seguir seu tempo, em 2002, com a Associação em pleno andamento e sem fazer mais nenhum outro tratamento, Raquel engravidou de gêmeas. “É como se tivesse que acontecer tudo isso para que eu engravidasse. Eu já era, de certa »


Raquel Barros (de vermelho) entre alguns moradores da Lua Nova


criadora da Santa Fé, ao lado de Márcia Pastore, coordenadora institucional da ONG

forma, mãe dessas meninas”, explica. “Mas, quando engravidei, minha felicidade foi muito maior porque pude compartilhar com elas um momento tão importante da vida.” Cuidado redobrado O trabalho de Raquel é grande, mas é pouco perto da grande necessidade do país. Contamos com a segunda maior taxa de gravidez precoce da América do Sul. De acordo com o Ministério da Saúde, só em 2009 foram registrados quase 450 mil partos de adolescentes entre 12 e 18 anos. Lívia é um desses casos: com 16 anos, ela tem dois filhos, um de 2 anos e o outro de 5 meses. Mesmo com o apoio do namorado, ficava entre a casa da mãe, da tia e da sogra, onde todos reclamavam da permanência de mais duas crianças. Cansada de se humilhar, resolveu ir para a rua com o filho mais velho, ainda grávida do segundo. Depois de uma passagem breve por abrigos da prefeitura, foi encaminhada para a Casa da Vovó Ilza, instituição que, assim como a Lua Nova, faz a diferença na realidade das jovens mães. Localizada na Vila Mariana, na zona sul da capital paulista, a Casa é parte da Associação Beneficente Santa Fé, ONG criada em 1993 pela educadora Márcia Dias, de 63 anos, e seis amigos. No trabalho como conselheiros tutelares, eles conviviam com as situações de violência a que crianças e adolescentes são submetidos, na rua ou dentro de casa. Cansados

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Márcia Dias,

Felicidade sozinha é loucura. ELA Só é real quando coletiva

de sentir que faziam pouco, eles se mobilizaram para criar a própria instituição. “Não conseguia mais ser feliz sabendo que tantas crianças sofrem. Felicidade sozinha é loucura, ela só é real quando coletiva”, acredita Márcia. Hoje a ONG tem duas casas, o Programa Minha Casa, que abriga crianças, e a Casa da Vovó Ilza – batizada com o nome da avó de Márcia – que recebe mulheres entre 12 e 21 anos, grávidas ou acompanhadas dos filhos. “Garantimos que voltem à escola e que tenham planos”, diz Márcia. “Precisamos ajudá-las a ter vontade de cuidar de seus filhos, mesmo que elas não tenham sido cuidadas.” Mais do que um trabalho técnico, trata-se de uma construção afetiva. “É como um trabalho de avó”, diz. A equipe da Santa Fé, formada por 50 pessoas, ainda presta assistência às famílias das jovens. O trabalho é organizado de acordo com a necessidade de cada uma. “Uma adolescente grávida é só a ponta do iceberg. Nosso trabalho é como o de um tecelão. Vamos cercando de todos os lados para reestruturar a família”, ensina a educadora. Graças ao acolhimento que teve na instituição, Lívia está cheia de planos. “Vou morar com meu namorado, quero trabalhar e cuidar dos nossos filhos.” Além de começar a construir um futuro possível, na Casa da Vovó ela ainda tem tranquilidade para, todas as noites, inventar histórias sobre as aventuras de um peixe, que seu filho tanto gosta de ouvir. E assim, as meninas constroem as famílias que não tiveram.



Saúde & Emoções: o corpo fala

Juntas. E mais fortes o suporte e a proteção do outro são as ferramentas que nos mantêm de pé. Afinal, O conjunto é muito mais resistente do que a unidade Texto Rita Loiola, com a colaboração de Juliana Dias Foto Estúdio Santa Luz e Renata Chéde Ilustração Rebeca Luciani

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S

ílvia Puppin não gosta da primeira pessoa do singular. Prefere uni-las e dizer “nós”. Para ela, “eu” só faz sentido quando vem acompanhado. “Não existe um ser humano que consiga viver sem ninguém. Desde cedo descobri que um precisa do outro”, diz a coordenadora do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo (CDHEP), ONG na zona sul de São Paulo, capital. Sua vida sempre foi no plural. Aos 5 anos, Sílvia dividia a casa de três cômodos no Jardim Ângela, bairro da periferia paulistana, com os pais, quatro irmãos, dois tios e seis primos. Mas o despertar para a vocação de agregar pessoas veio no dia em que viu as mulheres do bairro em uma manifestação contra o preço alto dos alimentos. “Lembro de minha mãe falando para irmos com elas porque tínhamos que fazer alguma coisa. Foi aí que entendi que era preciso estar junto para fazer uma mudança”, conta a educadora, hoje com 40 anos. O que a pequena Sílvia percebeu naquele momento é que o ser humano só existe no coletivo. Por isso nos juntamos

em grupos, tribos, sociedades e estados. Somos 6,8 bilhões de pessoas reunidas em 203 países e organizadas em incontáveis redes sociais. Prova de que a união é inata a qualquer ser humano. Para o antropólogo francês Levi-Strauss (1908-2009), o pilar da humanidade é a relação com o outro. Sem ela, simplesmente desaparecemos. “É impossível pensar o homem sem a interação”, explica a antropóloga Ana Luiza Carvalho da Rocha, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Unidos e vivos Afinal, quando os seres humanos nascem, eles não conseguem comer, andar ou falar. É preciso que alguém nos ensine mesmo o mais básico de nossa espécie. Adultos, seguimos uma regra universal que nos impele aos outros: o tabu do incesto orienta a convivência humana e nos obriga não só a nos relacionarmos como a conhecer grupos diferentes. Assim criamos laços de reciprocidade sem os quais não sobreviveríamos. É por causa deles que, quando um incêndio ou uma »


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No mesmo barco “Unir forças faz a diferença e dá ânimo para continuar”, garante Sílvia Puppin, coordenadora de um centro de direitos humanos e educação popular na periferia de São Paulo

enchente destrói a casa de alguém, uma mão amiga sempre aparece. “Esses laços nos mandam sermos solidários e generosos com nossos pares. Damos e recebemos, conhecemos o mundo e nos identificamos com ele. Sem isso estaríamos mortos”, comenta Ana Luiza. Desde o final do ano passado, uma série de estudos tem mostrado que a solidariedade e a vontade de estar com outros são elementos centrais para a evolução humana. No livro The Age of Empathy (A Era da Empatia, ainda sem tradução em português), o primatologista holandês Frans de Waal argumenta que só estamos vivos por causa da cooperação, conciliação e empatia entre os semelhantes. Para ele, a natureza não é regida apenas pela lei individualista do mais forte – essa é apenas uma parte da história. O que nos mantém vivos é, sobretudo, o suporte e a proteção que cada um recebe quando age em grupo, pois o conjunto é muito mais resistente que a unidade. “A empatia é uma resposta automática sobre a qual temos pouco controle”, afirma de Waal.

Sensível ao poder do grupo, Sílvia decidiu usar a cooperação para melhorar sua realidade. Aos 12 anos, ouviu um professor dizer que sua turma nunca iria para a faculdade, porque o colégio não era bom o suficiente. Sua primeira reação foi levantar a mão e dizer: “Ora, se está ruim, então vamos melhorá-lo!”. Junto com os colegas, conversou com a diretora, espalhou cartazes pela escola e pelo bairro, fez abaixoassinado e passeata. “É lógico que aquilo não melhorou a escola pública como um todo”, lembra. “Mas a movimentação serviu para mostrar que é possível mudar uma situação que parece sem saída.” Tanto é que, anos depois, Sílvia formou-se em jornalismo, por acreditar que a transmissão de informações é algo fundamental para o crescimento humano. Enquanto isso, ajudou nos primeiros esboços da Sociedade dos Santos Mártires, associação que promove os direitos humanos no Jardim Ângela, trabalhou na Associação Brasileira de ONGs e engajou-se na proteção de mananciais. E foi essa rede de projetos sociais que lhe mostrou o caminho da formação de líderes. Há seis anos, Sílvia coordena oficinas e ensina o que ela desenvolveu com os outros: unir pessoas para lutar por uma vida melhor. “Acho que o sentido de tudo o que faço é uma busca para amar mais, receber e doar amor”, diz Sílvia. “Quando conseguir amar completamente, minha busca acaba.” E é com seus amigos, alunos e, principalmente, com o marido e os três filhos que ela exercita essa procura. Casada há 15 anos, divide-se entre os trabalhos do CDHEP e sua casa no Jardim Ângela. Em 2008, descobriu que uma das melhores


© Beleza: Elcio Aragão – Maisena (Agência First) | Produção de moda: Nora Knapp

maneiras de reunir a família era organizar uma horta. Nas horas vagas, cultivam tomates, bananas e laranjas. No último mês, colheram mais de 50 maracujás. Alguns viraram suco na cozinha, mas a maior parte, como era de se esperar, foi parar na casa dos vizinhos e parentes. Unidos e saudáveis Com a horta, Sílvia também percebeu que manter bons hábitos é mais fácil junto. Com os outros, é possível mudar regras de conduta e até ir melhor na escola. Um estudo britânico feito com 20 mil estudantes aponta: as crianças que fazem as refeições com a família têm notas maiores, acima de oito. Aliás, o grupo familiar é um dos mais fortes para se manter saudável física e mentalmente. Uma outra pesquisa inglesa concluiu que os solteiros de até 35 anos têm 50% mais risco de morte que os casados da mesma idade. Um outro exemplo relacionado à saúde é o do Vigilantes do Peso. A instituição, que promove o emagrecimento por meio de reuniões há 45 anos, mostra que junto dá para perder peso até 30% mais – é por isso que suas reuniões só ocorrem com, no mínimo, 25 pessoas. Após atingir o objetivo, quem continua em contato com outros vigilantes tem 70% mais chances de manter a boa forma. Unidos, formam uma “rede de proteção” que impede os antigos hábitos de entrar. O contágio atinge todos que fazem parte de um grupo. O reforço dos aspectos positivos também está presente no esporte. “A liberação da endorfina provocada pelas atividades físicas estimula o bom humor, criando um clima otimiza-

dor que leva ao convívio harmonioso e aumenta o sentimento de pertencer a uma equipe”, diz a psicóloga Alessandra Dutra, presidente da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte. Foi o que a médica Patrícia Noujaim percebeu quando conheceu um grupo de mulheres que organiza bicicletadas noturnas em São Paulo, o Saia na Noite. Com vergonha de pedalar sozinha e com medo da violência da cidade, ela não se aventurava sobre as duas rodas. Mas encontrou em outras mulheres o apoio que precisava. “Minha maior motivação é a amizade”, afirma Patrícia, de 37 anos. “Gosto porque me faz bem, esqueço tudo de ruim. A pedalada muda o humor, o astral.” Para melhorar a performance sobre a magrela, Patrícia mudou a alimentação, preferindo opções mais saudáveis e perdeu peso. “Virou um ciclo de bemestar”, diz. De acordo com a psicóloga Alessandra, a união cria novas condições sociopsicológicas capazes de modificar estilos de vida. “Você afeta e é afetado pelos demais e, se isso acontece positivamente, os benefícios são »

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Nascido para ajudar Para o psicólogo norte-americano Michael Tomasello, os homens nascem generosos. No estudo Why We Cooperate (Por Que Cooperamos, sem tradução em português), publicado no fim do ano passado, o codiretor do Max Planck Institute, em Leipzig, na Alemanha, sugere que o comportamento cooperativo é inato, pois aparece antes que os pais começem a ensinar os filhos. “Crianças são altruístas por natureza”, afirma. Aos 12 meses, elas já apontam objetos que os adultos fingem ter perdido e desenvolvem muito cedo a capacidade de usar palavras e gestos para coordenar atividades – algo que outras espécies não conseguem. “A origem da cultura humana está nos homens unidos em atividades cooperativas”, explica Tomasello. A hipótese do psicólogo é que essa ideia de “nós” tenha evoluído muito cedo na espécie, provavelmente para coletar alimentos – tarefa que une os sexos e as gerações. Um sinal da importância dessa união está em nossos olhos. A parte branca é quase três vezes maior que a de outras espécies para conseguirmos monitorar o foco do olhar e obrigar o outro a estar junto conosco.

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inúmeros”, garante. Como algumas atividades esportivas exigem o outro para realizar as tarefas, elas são um excelente convite à mudança. “O grupo favorece a performance das pessoas, que se sentem mais estimuladas e motivadas”, completa a doutora Alessandra. Em dois anos de bike, Patrícia fez amigas e, nos dias chuvosos ou de preguiça, são elas que a levam sair de casa e enfrentar as ruas. A sexta-feira à noite é a única oportunidade de contato com algumas das garotas, e nem quando teve lesão por esforço repetitivo ela deixou de pedalar. “Fico com saudade quando não vou. Não é apenas uma atividade física, é uma terapia, onde me sinto melhor e mais feliz”, explica a ciclista. Unidos e felizes A felicidade e a satisfação são mais um produto de relações fortes e bem nutridas. A união não é apenas fundamental para a sobrevivência física e biológica. É só um dos pilares da alegria de viver. No estudo que o psicólogo americano Martin Seligman fez com 222 estudantes universitários, descobriu que os 10% muito felizes tinham uma diferença marcante em relação aos demais: uma vida


Minha maior motivação para pedalar à noite é a amizade com a turma. esqueço tudo de ruim. é um encontro que muda meu astral

social produtiva. A pesquisa, publicada no livro Felicidade Autêntica (Editora Objetiva), mostra que eles passavam o mínimo de tempo sozinhos e o máximo em atividades sociais. Ou seja, os bons relacionamentos trazem felicidade. “Todos nós buscamos o tempo inteiro viver encontros alegres com o mundo. E essa busca inclui o outro”, diz Clóvis de Barros Filho, professor de filosofia da Universidade de São Paulo. Laços fortes também ajudam a superar medos, angústias e temores individuais. “Essa sensação de estar sempre em contato com o outro é um ‘protetivo da vida’”, explica Clóvis. “Quanto mais frágeis os laços sociais de alguém, mais disposição existe para a abreviação da existência.” O conceito é de Émile Durkheim (1858-1917), um dos fundadores da sociologia moderna. Para ele, a ausência de laços é também a ausência da vida. “A união é uma questão de sobrevivência e felicidade, em igual proporção”, afirma Clóvis. Foi por isso que, em um dos momentos de maior angústia de sua vida, a produtora Rosi Nascimento, de 49 anos, procurou um grupo. Em 1999, ela e o marido entraram na fila jurídica para adotar uma criança e não tinham com quem dividir algumas questões enquanto a criança não chegava. »

Guiada pelo grupo

Na chuva ou no frio, todas as sextas-feiras Patrícia se reúne a outras mulheres para passear pela cidade


© Beleza: Emerson Gonçalves | Produção de moda: Adriana Chéde

quando cheguei ao grupo de adoção, fiquei muito mais tranquila. encontrei pessoas para me ajudar E SENTI que não estava sozinha


© Beleza: Emerson Gonçalves | Produção de moda: Dri Chede

“Fiquei com uma ansiedade muito grande, tinha dúvidas, inseguranças e uma vontade profunda de falar sobre isso. Eu não sabia quanto tempo levaria para ser mãe ou como agir durante esse período de espera, que poderia ser longo.” Rosi encontrou um grupo de apoio à adoção, que fazia reuniões mensais para pais que estavam passando pela mesma situação que ela, em Curitiba. “Senti que, finalmente, estavam falando a minha língua. Todo mundo entendia e compartilhava o que eu estava passando. Fiquei muito mais tranquila depois desse dia porque, além de encontrar pessoas para me ajudar, senti que não estava sozinha.”

Amor incondicional Rosi e o marido encontraram ombro amigo em outros pais que também estavam à espera de adotar uma criança

Unidos e corajosos Fundados em depoimentos como esses, os grupos de apoio terapêutico ajudam milhões de pessoas em todo o mundo. Dados da Encyclopedia of Mental Disorders (Enciclopédia de Transtornos Mentais, www.minddisorders.com) mostram que 85% das pessoas que participam de psicoterapia em grupo são beneficiados por ela. Normalmente, deixam as reuniões com maior entendimento e aceitação de si próprios, além de reforçarem suas habilidades interpessoais. Seja qual for a técnica, as reuniões com os pares proporcionam o resgate de habilidades sociais. “Compartilhar experiências comuns é o que fortifica os vínculos entre os seres humanos”, diz a psicóloga Renate Michel, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. “E o grupo mobiliza muito, porque deixa tudo à flor da pele. O retorno é frontal e é possível trabalhar profundamente aspectos psicológicos que só podem ser desenvolvidos na interação com o outro.” Juntos, os indivíduos podem observar como quem está ao seu lado lida com os mesmos problemas. “Os benefícios são

tanto individuais, quando um percebe que a estratégia do outro pode ser uma boa saída para si próprio, como coletivos, pois todos se sentem acolhidos e compreendidos”, analisa Renate. Na história de Rosi, o conforto que sentiu junto com outros pais adotivos foi tão positivo que ela frequentou as reuniões até a chegada do pequeno Rafael, um ano depois do primeiro encontro com os colegas. Em 2001, a recém-nascida Júlia juntou-se à família. E quando as crianças fizeram 5 anos, Rosi voltou ao grupo – dessa vez para dividir sua experiência. “Gosto muito de falar do que vivi para ajudar outras pessoas que passam pelas dificuldades que enfrentei. É preciso colocar para fora os medos”, garante. Há três anos, Rosi tornou-se voluntária ativa do Recriar, o grupo de apoio à adoção que aliviou seus temores de ser mãe. Dedica alguns de seus sábados para contar o quanto é bom formar uma família e esclarecer dúvidas sobre a documentação e a rotina de uma mãe adotiva. E, de mãos dadas a seus filhos e a outras mães, está tentando adotar mais uma criança. Para Rosi, é esse contato profundo com os outros o que dá sentido à vida.

O incentivo da equipe as instituições abaixo são referências em suas áreas. VOCê TAMBéM PODE BUSCAR INDICAÇões em Hospitais públicos e universidades que gerenciam grupos de apoio Abrata – Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos Oferece ajuda a quem tem transtornos como depressão e transtorno bipolar, ligada ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo www.abrata.org.br | (11) 3256-4698

Alcoólicos Anônimos Um dos grupos de apoio mais tradicionais do mundo, ajuda quem quer largar a bebida. Com a premissa dos 12 passos, apoia a recuperação por meio de pessoas que compartilham suas experiências www.alcoolicosanonimos.org.br (11) 3315-9333 (plantão 24h)

Vigilantes do Peso Há 45 anos a instituição propõe o emagrecimento saudável e a longo prazo por meio de reuniões semanais de no mínimo 25 pessoas, que estimulam novos hábitos alimentares www.vigilantesdopeso.com.br 0800 726-6167

Recriar – Família e Adoção Apoia famílias que desejam adotar crianças, orientando os futuros pais. Para quem se interessa em ajudar abrigos com frequência, é possível se tornar um padrinho afetivo www.projetorecriar.org.br (41) 3264-4412

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biolab apresenta

A beleza das

futuras

mamães

Atitudes simples deixam você de bem com seu corpo antes, durante e depois da gestação Cuidar da pele é tão importante quanto se alimentar corretamente ou praticar exercícios físicos para manter a saúde. Assim como ocorre com o organismo, a pele passa por transformações ao longo da vida – decorrentes do envelhecimento natural ou devido a acontecimentos específicos, como a gravidez. Neste caso, é necessário adotar alguns hábitos para atenuar os efeitos da gestação e manter o corpo bonito e saudável. O segredo está nas medidas simples, como as indicadas a seguir pela dermatologista capixaba Lúcia Lourenço.

Dados adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação. Confira a bula e mais informações ao final desta edição.


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O mínimo necessário Mulheres e gestantes devem passar filtro solar no rosto, braços, pescoço e colo diariamente. Isso porque, seguido dos fatores naturais, o sol é o maior responsável pelo envelhecimento da pele. O filtro solar com FPS 30 protege contra danos ao DNA das células, câncer de pele e alterações decorrentes da oxidação causada pelo fotoenvelhecimento.

O que usar: Desenvolvido especialmente para as mães, o Mater Skin FPS 30 é uma loção hidratante com filtros solares anti-UVA e anti-UVB, produzida com óleos de macadâmia, calêndula e tocoferol, rico em vitamina E.

Cuidados pontuais Durante a gravidez, a produção de hormônios aumenta e a pele fica propensa a manchar. Por isso, o protetor solar é fundamental. Mesmo assim, cerca de 35% das gestantes precisam fazer tratamento para retirar as manchas após o parto. Quem utiliza cremes à base de ácido retinoico ou hidroquinona deve suspender o uso na gravidez, para proteger o feto e evitar que a derme fique mais manchada. Nessa fase é comum surgirem estrias, que podem ser atenuadas com o uso diário de hidratantes com óleos vegetais.

O que usar: Mater Skin Loção Corporal promove a hidratação intensiva devido à sua fórmula, rica em óleos de amêndoa, macadâmia e calêndula, que melhora a elasticidade da pele e alivia os efeitos do estiramento.

Manutenção pós-parto Na fase da amamentação, a mãe pode se valer de cremes de ação emoliente para prevenir e tratar as fissuras dos mamilos. Eles hidratam a pele e não precisam ser retirados na hora de dar de mamar ao bebê, proporcionando conforto nessa fase também importante para a mãe. Estrias e celulite são heranças comuns da gravidez. O tratamento deve ser feito após o nascimento do bebê e, em alguns casos, ao término do aleitamento. Existem produtos que melhoram a aparência da pele com celulite, deixando-a com aspecto mais saudável.

O que usar: Mater Care restaura a pele e auxilia a cicatrização das fissuras mamárias. Para diminuir os efeitos da celulite, o Mater Skin PG melhora o aspecto da pele.


Aos 20, 30, 40, 50, 60: seu melhor em cada fase

pele

Questão

de

um dos órgãos que mais sentem a ação do tempo, a pele requer cuidados específicos em cada etapa da vida. Seguir à risca algumas recomendações pode deixá-la ainda mais bonita Texto Cristina Casagrande | Ilustração Marcella Tamayo

E

la fica iluminada quando estamos felizes. Reflete o excesso de oleosidade quando exageramos à mesa. Por vezes, não conseguimos disfarçar a tensão e ganhamos rugas momentâneas ao franzir a testa e os olhos. A pele é o órgão que mais mostra os efeitos das emoções e dos nossos hábitos ­– e também um dos que mais sentem a ação do tempo. É preciso considerar os aspectos genéticos e os cuidados que tomamos para imaginar como nosso rosto estará daqui a alguns anos. Independentemente da fase, há três mandamentos: lavar, tonificar e hidratar a pele todos os dias, com produtos específicos para cada idade e tipo (mista, oleosa, acneica e seca). O filtro solar deve ser aplicado inclusive nos dias nublados, para evitar rugas e doenças como o câncer. Além dos cremes, alimentação saudável, noites bem dormidas e atividades físicas são os hábitos que transparecem na saúde da pele. “Com o tempo, perdemos naturalmente substâncias importantes como o colágeno e a elastina, proteínas que contribuem para a firmeza e elasticidade”, explica a dermatologista Marcella Delcourt. Água nunca é demais: a hidratação começa de dentro para fora, e 2 litros por dia é o necessário para matar a sede da pele. Vale lembrar que quem começa a se cuidar aos 20 pode ganhar até dez anos de vantagem em relação às mulheres descompromissadas. Mas nunca é tarde para começar. Mude a rotina e garanta uma pele cada vez mais bonita.

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Sua vida, seu corpo De flacidez e rugas, as garotas

de vinte e poucos anos não podem reclamar. Mas é nessa fase que a oleosidade está presente com força, provocando cravos e espinhas. Nem por isso elas devem descuidar da hidratação. É bom para você É preciso limpar bem a pele

com produtos que combatam a oleosidade, como os que contêm ácido salicílico e glicólico. Procure um dermatologista para conhecer a sua pele e investigar as causas das espinhas ­– que pode ser hormonal – e acabar de vez com elas. Dicas de ouro Evite espremer cravos e espinhas

para não causar manchas. O filtro solar (fator 15 para as morenas e 30 para as mais claras) vai garantir o futuro da sua pele. Aposte no gérmen de trigo, que contém zinco, e na semente de girassol, que ajudam a regular a oleosidade.


Sua vida, seu corpo A pele começa a sofrer

Sua vida, seu corpo Nessa época, a pele da mulher

alteração em sua cor, com pequenas manchas devido à exposição ao sol e à queda de elementos de hidratação natural, como o ácido hialurônico. Pequenas rugas e linhas de expressão podem aparecer. Em compensação, uma boa notícia: a oleosidade tende a diminuir.

começa a perder a viçosidade, e as rugas começam a ficar mais marcadas. A flacidez chega aos poucos e pode atingir todo o corpo, deixando a pele opaca e menos rija.

É bom para você Para combater as manchas, além do filtro solar durante o dia, não esqueça dos hidratantes. Os cremes anti-idade noturnos também podem ajudar a remover as possíveis marcas, além de prevenir problemas futuros. O uso de esfoliantes duas vezes por semana colabora para a coloração homogênea. Dicas de ouro Para clarear as manchas no rosto, podese recorrer a peelings e laser. Comer mamão também é indicado: é uma fruta com baixas calorias, que contém boa quantidade de vitamina A e ajuda a melhorar a digestão.

É bom para você Procure cremes nutritivos para

pescoço, colo e mãos. É importante consultar o dermatologista para a avaliação das pintas, pois algumas podem se desenvolver e culminar em câncer caso não sejam tratadas a tempo. Novas tecnologias, como o laser, ajudam a estimular a formação de colágeno. Dicas de ouro Não deixe que a crise da meia-idade domine seu humor. Uma noite de sono adequada (oito horas, em média) e exercícios físicos deixam sua pele mais firme e estimulam a produção de endorfina ­– substância que traz a sensação de bem-estar e contribui para deixá-la ainda mais iluminada.

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Médic

ão!

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Cuidados com as mãos O uso de luvas descartáveis é imprescindível, mas pode ressecar a pele. Lavar as mãos com sabonetes líquidos de pH controlado e usar hidratantes várias vezes ao dia são dicas preciosas. Ajudam a evitar a sensação áspera, devido ao talco das luvas, e até mesmo alergias e dermatites causadas por irritação. Prefira os produtos antissépticos, que não agridem a pele. Eles contêm hidratantes e emolientes, como óleo de amêndoas e glicerina. “Após lavar as mãos, recomendo um creme de barreira conhecido como ‘luva química’, para evitar a perda de água das mãos”, indica a dermatologista Marcella Delcourt.

Sua vida, seu corpo Os sinais do envelhecimento

causados pela ação do sol ficam mais acelerados e evidentes nessa etapa. A flacidez pode comprometer o contorno do rosto. Os vincos na região dos lábios se intensificam, e as áreas dos olhos também correm o risco de ganhar bolsas de inchaço.

Sua vida, seu corpo A pele começa a sentir o peso do desgaste natural do organismo e os efeitos da radiação do sol. A soma dos fatores pode acarretar um tecido mais flácido, rugas profundas, vasinhos à vista e manchas.

devido à perda de hormônios. Os cremes de tratamento diário devem ter forte poder hidratante e ajudar a combater os radicais livres, mantendo a integridade celular.

É bom para você Os dermatologistas recomendam os cosméticos que tenham substâncias preenchedoras na fórmula, como os que contêm ácido hialurônico. Além dos cremes, pode-se recorrer à limpeza profissional uma vez por mês e aos cosméticos clareadores, indicados pelos médicos, que servem para afinar a pele.

Dicas de ouro Um recurso eficiente é a reposição hormonal, que recupera parte do vigor da pele. Os suplementos vitamínicos atenuam a quantidade de células danificadas, provenientes da exposição solar. Ambos precisam de orientação médica. Coma castanhas e amêndoas, ricas em vitamina E, potente antioxidante.

Dicas de ouro Invista na alimentação saudável. O suco de uva, por exemplo, contém resveratrol, uma substância que impede o envelhecimento cutâneo. Coloque no seu prato óleos de oliva, linhaça e gergelim, pois são ricos em gorduras do tipo ômega 3 e 6, que hidratam a pele e ajudam a atenuar as marcas do tempo.

É bom para você A hidratação deve ser mais intensa

Fontes: Annia Cordeiro Lourenço, Marcella Delcourt e Mauricio Sato (dermatologistas); Evie Mandelbaum (nutricionista) e Roberta Tancredi (farmacêutica).

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Histórias de mães: lições de vida

Meus filhos,

minha família

Por imprevistos do destino ou opção, muitas mulheres criam sozinhas suas crianças. Os momentos mais difíceis são superados pelo orgulho e competência Texto Karina Sérgio Gomes | Foto Daniela Toviansky

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Ao decidir montar minha família, pensei: por que não ajudar uma criança que está precisando de uma mãe?

Victor Henrique foi adotado por Rejane e mudou sua vida. “É um amor que transforma”, garante

P

ense em um jantar de família. Virá à cabeça a imagem do pai, da mãe e do filho sentados à mesa, exatamente como nas novelas e filmes. Contudo, esse típico retrato familiar é diferente em muitas casas brasileiras. De acordo com o IBGE, 24,9% dos domicílios no país são chefiados por mulheres. Em alguns desses casos, a imagem do pai está apenas preservada na memória. Ou simplesmente não existe. Por opção, falta dela ou mero acaso, há mulheres que são mães e pais ao mesmo tempo. Sozinhas, elas arregaçam as mangas para comandar suas famílias. Juntas, somam mais recompensas do que dificuldades. “A mulher grávida forma uma família, porque já carrega dentro de si uma história”, diz a psicanalista Dorli Kamkhagi, coordenadora do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Às vezes, porém, não há nove meses para se adaptar à maternidade, como nos casos de quem adota ou vê uma criança chegar à casa sem planos. “Não é preciso passar pela gravidez para ser mãe. Basta gerar essa ideia”, aponta Dorli. “O amor materno se constrói no cotidiano, na convivência. Ser mãe é reaprender a cada dia.” Para Laise Potério, supervisora do setor de Psicologia do Hospital da Mulher da Universidade de Campinas, o processo de criação de um filho é longo, mas é extremamente prazeroso. “É uma alegria vê-lo crescer e acompanhar suas primeiras conquistas.” Se a ideia de criar um filho sem o pai pode ser assustadora e difícil, nada é maior do que a alegria em ser mãe. É o que nos mostram as mulheres a seguir.


O filho que adotou a mãe Rejane Tavares, 47 anos, Victor Henrique Tavares, 4 anos, de São Paulo (SP) “Minha casa parecia de boneca. Agora, mal consigo arrumar a cama. E pensar que eu me irritava quando via coisas fora do lugar... Amor de mãe é transformador”, diz Rejane, escrivã do Tribunal de Justiça de São Paulo, ao comentar sobre a chegada de Victor Henrique em sua vida, em 2008. Ela preparava o jantar para o pequeno enquanto conversava com a reportagem. “Fico o dia inteiro fora. Qualquer tempo livre é para o Victor. Na verdade, o tempo é de nós dois.” Depois de um casamento de dois anos e alguns namoros sérios que não geraram frutos, Rejane decidiu formar sozinha sua família. “Eu pensava: por que não ajudar uma criança que está precisando de uma mãe? A adoção era a melhor escolha a ser feita.” Decidida, a escrivã começou a frequentar reuniões do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (Gaasp). “No início, me sentia excluída, porque eu era a única solteira. Ficava me perguntando: ‘Será que é isso

mesmo que eu quero?’”. A reflexão durou um ano, e a resposta veio certeira. Rejane planejava adotar uma criança de 5 anos, que fosse mais independente, até conhecer Victor, que tinha apenas 1 ano e 8 meses. O primeiro encontro entre eles foi no Fórum de Franca, interior paulista. “Ele entrou na sala em que eu esperava todo bonitinho, não parava de mexer em um celular de brinquedo e usava um boné de lado”, recorda, como se a cena estivesse acontecendo agora. “Desde aquele momento, senti que ele me adotou também”, diz, sem esconder a emoção. A nova mãe que não sabia trocar fraldas sentiu, na primeira noite com Victor, a força do instinto maternal. “Ele teve um febrão durante a madrugada. Eu fiz compressa, dei banho morno e muito carinho. Não é que a febre cedeu?”, relembra Rejane. Ela, que queria mudar a vida de uma criança órfã, se enganou. “O Victor mudou a minha vida.”


Tentamos suprir a saudade pela união. Aprendi com meus filhos a importância de um ajudar o outro

Sandra rodeada (em sentido horário) pelos filhos Sandro, 25, Josué, 29, Joelma, 27, Ezequiel, 31, e os netos Maria Letícia, 1 ano e 9 meses, e Wanderson, 9 anos

Sim, nós podemos Sandra Maria Barbosa Santos, 46 anos, com seus quatro filhos e dois netos, de Natal (RN) Escondido embaixo da mesa da cozinha dias depois da morte do pai, o menino Sandro soluçava: “Ô mainha... compra um painho pra mim!”. Sandra Maria chorou com ele. “Dei-lhe um abraço apertado e garanti que eu estaria sempre por perto”, recorda. A cena aconteceu há 21 anos, e foi ali que ela sentiu necessidade de driblar a tristeza e recobrar o fôlego para cuidar dos quatro filhos pequenos – o mais velho com 0 anos e Sandro, o caçula, com 4. Como já foi comum nas regiões Norte e Nordeste, Sandra casou-se ainda menina. Tinha 13 anos e era apaixonada por José, de 26. Da união, nasceram três garotos e uma menina. Tudo seguia bem até a véspera do Natal de 1989, quando José morreu em um acidente de automóvel. Sandra tinha 25 anos e se viu sozinha, sem pensão ou apoio da família. Ela precisou buscar alternativas para sustentar a casa. Vendeu roupas de porta em porta, comercializou verduras

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em casa para ficar mais perto da criançada. O ofício foi repassado para a prole. Hoje, com exceção do caçula, todos têm seu próprio comércio na cidade. Quando tinha alguma dúvida, Sandra pensava como José resolveria a situação. “Tentamos suprir a saudade pela união. Aprendi com meus filhos a importância de um ajudar o outro.” O trabalho social também foi uma forma de superar o vazio. Um ano após a perda de José, Sandra e 30 mulheres idealizaram a Associação de Viúvas e Viúvos de Natal. “O grupo surgiu da minha vontade de ajudar as pessoas e retribuir o apoio que recebi das vizinhas. Hoje temos 5 mil associados e atendemos cerca de 150 pessoas por dia.” Orgulhosa da família que criou, aos 46 anos, Sandra já é avó. E não é que o apoio a outros pares solteiros como ela lhe trouxe um novo amor? Hoje, ela namora Antônio Nunes, um viúvo que conheceu na Associação.


Não é a mamãe. É a titia

Célia Aparecida Scher, 46 anos, e Cristina Scher, 22 anos, de São Paulo (SP)

Célia nunca fez planos de construir uma família. Mas os filhos bateram a sua porta. “De um dia para o outro, me vi tendo de cuidar de uma menina de 6 anos e de um adolescente de 15, sendo que nem cozinhar direito eu sabia”, conta. Não faltaram coragem e amor para enfrentar o desafio. Homossexual assumida, Célia mudou-se para os Estados Unidos ainda jovem e por lá estava quando a mãe adoeceu. Voltou a São Paulo às pressas, a tempo de se despedir antes de ela falecer. Pouco tempo depois, a irmã de Célia também morreu, deixando um casal de filhos. Cristina, a caçula, já era órfã de pai. E Renato, o mais velho, era criado pela avó materna. “Eles me escolheram para cuidar deles. E eu os escolhi para cuidar de mim”, recorda. O lado maternal se desenvolveu mais rápido do que Célia poderia supor. “Notei que tinha preocupações naturais de mãe. Queria saber se a roupas estavam em ordem, se a comi-

da era saudável...”, comenta. Ela chegou a ficar sem emprego, mas segurou a onda e não perdeu o ânimo. Comprou livros de receitas e foi estudar, como boa mineira, o preparo de queijo para vendê-lo na vizinhança. Para completar a renda, oferecia aos fregueses doces caseiros feitos pelas tias que moram nas Minas Gerais. “Elas me ajudaram muito com todas as dúvidas sobre cuidados médicos e alimentação adequada.” Quando viu o sobrinho envolvido com más companhias, Célia pensou que havia fracassado como mãe. “Conversei muito com ele. Foi uma fase de aprendizado para os dois”, conta. Renato mora hoje nos Estados Unidos. Cristina montou um restaurante em um bairro nobre de São Paulo. E escolheu Célia como chef do estabelecimento. Sim, a mulher que deixava o arroz queimar agora é cozinheira. E das boas. “Os clientes não cansam de elogiá-la. E eu faço o mesmo. A minha figura de mãe é minha tia”, garante Cristina.


Tudo por ela Eulália Paes, 68 anos, e Fernanda Paes, 25 anos, de São Paulo (SP) Eram meados da década de 1980 quando Eulália, aos 42 anos, estava em seu namoro mais sério. Tudo caminhava bem até a gravidez. “Ele sugeriu que eu abortasse. Não imaginava essa reação”, recorda. A família também via riscos na gestação depois dos 40. Eulália, no entanto, não abriu mão do sonho. “Queria ser mãe de qualquer jeito.” A gravidez foi tranquila, Fernanda nasceu saudável e risonha. Sem ter com quem deixá-la para voltar ao trabalho de datilógrafa, Eulália levava a filha, ainda bebê, diariamente ao escritório de advocacia. “Todos me ajudavam. Mas quando ela começou a andar, ficou impossível cuidar dela por lá”, conta. Na época, o pai de Eulália, que sofria de cirrose, viu a saúde piorar. Ela precisava cuidar dele mais de perto. Por isso, saiu do emprego para ajudar a família e ter um pouco mais de tempo livre. Começou, então, a vender salgados na rua, e Fernanda a acompanhou até a idade pré-

escolar. “Aos finais de semana íamos ao Ibirapuera. Geralmente, eu levava uma amiga. Nós ficávamos no parquinho, enquanto ela trabalhava”, lembra Fernanda, com carinho. Com o passar dos anos, a menina começou a perguntar do pai. “Não sentia falta, nunca tive um. Era só curiosidade”, diz Fernanda. Sem saber ao certo o que responder, Eulália procurou uma psicóloga. “Filha, às vezes os adultos não conseguem ficar juntos”, disse. E por aí seguiu a explicação. “Apesar de trabalhar muito, minha mãe sempre esteve presente. E fez tudo o que pôde por mim”, agradece Fernanda, hoje estudante de relações públicas na prestigiada Universidade de São Paulo. E Eulália, aos 68 anos, não pensa em aposentadoria. “Sou office-girl”, brinca, referindo-se aos pequenos serviços prestados em um escritório de engenharia. “A vida mostrou que eu não precisava ser casada para criar minha filha. Somos uma família. Pequena e feliz.”



Para entender: Cultura cor-de-rosa

Destinos

entrelaçados

Ter com quem contar NOS MOMENTOS difíceis, comemorar vitórias, Dividir segredos... o poder do companheirismo em obras inspiradoras Texto Sheyla Miranda

Jesminder Bhamra quer ser jogadora de futebol, tal qual seu ídolo David Beckham. A família é contra: não se deve abandonar a cultura indiana. Sua irmã enfrenta o mesmo problema e encontra apoio em outras garotas de um time. Unidas, dão suporte à Jesminder nesse conflito.

Driblando o Destino Direção: Gurinder Chadha Ano: 2002

Delicado e com notas de melancolia, o longa Tomates Verdes Fritos mostra as sutilezas das amizades femininas. A história se passa em duas épocas distintas: uma parte na década de 1990, em que as personagens Evelyn (Kathy Bates) e Ninny (Jessica Tandy) se conhecem na sala de espera de um hospital e começam a ter longas conversas sobre a vida. O outro tempo é entre os anos 1920 e 1930, quando Idge (Mary Stuart Masterson), jovem libertária para a época e amiga de Ninny, fascina uma menina tímida e careta, Ruth (Mary-Louise Parker). As histórias se entrelaçam a ponto de mudar a vida de Evelyn, compulsiva por doces e maltratada pelo marido. O filme é uma ode ao poder transformador da amizade. Tomates Verdes Fritos | Direção: Jon Avnet

Ano: 1991

Autora do aclamado Persépolis, quadrinho que virou filme em 2007, a escritora iraniana Marjane Satrapi relata neste livro um costume das mulheres de seu país: o “bordado”. Elas reúnem-se após lavar a louça do almoço para conversar sobre temas femininos universais e para discutir a dura realidade, às voltas com o machismo, além dos costumes da sociedade.

Bordados, Marjane Satrapi Companhia das Letras

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Para

ouvir Mothern

mothern.blogspot.com/

Escrito por duas mães modernas, o blog conta com leitoras fiéis que compartilham suas histórias. Já não é atualizado com tanta frequência, pois o conteúdo ultrapassou a esfera virtual: virou livro e série de televisão. A francesa Sophie Calle resolveu transformar um “fora” em obra de arte. E que obra. Convocou mulheres do mundo todo para dar sua interpretação para o e-mail do escritor Grégoire Bouillier, enviado para terminar o relacionamento com ela. Resultado: uma exposição formada por 107 variações sobre o mesmo tema, como vídeos, imagens, cartas. O livro homônimo reúne as manifestações e pode ser encomendado pelo site www.amazon.com.

Cuide de Você, Sophie Calle

Editora Dis Voir / Actes Sud

Amy Tan, escritora norte-americana de pais chineses, conta a história de quatro mulheres chinesas que se mudaram para a América na década de 1940. Elas precisam conjugar seu desejo de manter os costumes e lidar com as filhas completamente adeptas aos valores norte-americanos. Tanto o livro como o filme retratam dificuldades típicas dos imigrantes e conflitos universais entre mães e filhas.

O Clube da Felicidade e da Sorte, Amy Tan Editora Rocco

Na periferia de São Paulo, quatro jovens mulheres tentam viver do rap que cantam com o grupo Antônia. A carreira começa a engrenar depois que um empresário as descobre, mas o dia a dia marcado por violência, machismo e pobreza atrapalha os planos. Elas têm que reunir forças pra reconstruir sua música e até mesmo as amizades, abaladas pelos conflitos. Antônia

Direção: Tata Amaral Ano: 2006

Grandes intérpretes, como Fabiana Cozza e Célia, uniram-se para reverenciar o príncipe do samba. Versões belas de Coração Leviano, Timoneiro e Para um Amor no Recife valem alguns passinhos pelo salão. • Elas Cantam

Paulinho da Viola | Lua Discos (2009)

As Chicas, grupo formado por Amora Pêra, Fernanda Gonzaga, Paula Leal e Isadora Medella, reúne seus diferentes timbres para interpretar canções próprias e sucessos da MPB. Divino Maravilhoso, de Gil e Caetano, está entre elas. • Em Tempo de Crise

Nasceu a Canção | Biscoito Fino (2009)

O trio de belas garotas de Nova York do grupo Au Revoir Simone produz música de qualidade para falar sobre encontros e desencontros neste CD. Ouça algumas faixas no site oficial: www.aurevoirsimone.com.

Verses of Comfort, Assurance & Salvation | Independente (2006)

Formada em meados dos anos 1970, The Runaways é tida como a banda precursora do rock feminino. Logo no primeiro álbum, as quatro meninas alcançaram sucesso mundial. O filme Garotas do Rock, que estreou em outubro, recria a trajetória do grupo.

The Runaways | Mercury (1976)

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Flores de Aço

Direção: Herbert Ross Ano: 1989

História emocionante que ajuda a entender melhor as questões adolescentes, Mulherzinhas foi publicado por, ao menos, três grandes editoras brasileiras. O livro reúne as aflições de quatro irmãs preocupadas com o pai, que partiu para a Guerra Civil Americana. Elas precisam lidar com o crescimento e com os conflitos familiares. Adaptado para o cinema em 1994 como Adoráveis Mulheres, estrelas como Winona Ryder e Claire Danes interpretam as irmãs.

Mulherzinhas, Louisa May Alcott Editora Ática

Mulheres de sorte têm amigas para todas as horas (e para a vida inteira). E as seis personagens deste filme são abençoadas, embora tenham de enfrentar apuros. Recém-casada, Shelby Eatenton (Julia Roberts) está superfeliz com sua gravidez até que se descobre ameaçada pela diabetes. Com medo de perder sua única filha, M’Lynn Eatenton (Sally Field) procura apoio na irmã e em suas amigas íntimas. Juntas, driblam problemas e celebram a amizade e a vida.

Cansada das condições insalubres na indústria em que ela e seus pais trabalham, Norma Rae (Sally Field) decide incentivar os operários a lutar por seus direitos e obtém apoio de muitas mulheres. A chegada de Reuben Warshowsky, um sindicalista de Nova York, deu-lhe coragem para seguir batalhando. Inspirado em uma história real, o filme rendeu à protagonista o Oscar de melhor atriz em 1980.

Norma Rae

Direção: Martin Ritt Ano: 1979

Mulheres pelo Mundo

www.mulherespelomundo.com.br

O site é voltado para mulheres que querem viajar pelo Brasil ou exterior, mas estão sem companhia. Por lá, podem arranjar uma colega de bordo entre as mais de mil cadastradas. Para as interessadas em passear sozinhas, vale visitar também os endereços (em inglês): www.women-traveling.com e www.journeywoman.com.

Vital Voices

www.vitalvoices.org/

Duas Iguais, Cíntia Moscovich Editora Record Indicação

Por Fabrício Carpinejar, escritor. Entre seus livros, está o recém-lançado Mulher Perdigueira

A novela traz um delicado romance entre duas colegas numa escola tradicional de Porto Alegre. O par sofre com o preconceito familiar e experimenta a solidão do mundo da adolescência, encontrando apoio uma na outra e em poucas amigas. Diante da dificuldade de confessar o amor com todas as letras, ambas recorrem às formas sensuais das frutas para explicar o que estão sentindo.

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A página apresenta mulheres do mundo que são empreendedoras sociais e criam projetos para defender os direitos femininos e o desenvolvimento da sociedade. É clicar e se inspirar para fazer o bem.

E você, o que recomenda? Na próxima edição, o tema é esperança. Participe! Indique filmes, livros, discos e sites que retratam o assunto. Escreva para entenderamulher@editoramol.com.br


Especial Publicitário

Biolab apresenta

O que faz seu cabelo cair? Regime para emagrecer Na dieta, as pessoas mudam os hábitos alimentares. O organismo pode passar a dispor de menor quantidade de nutrientes, proteínas e gorduras para funcionar, ocasionando a perda dos cabelos. Tratamentos feitos com medicamentos para emagrecer também podem acelerar o metabolismo e afetar o ciclo dos fios.

Cirurgias Procedimentos como a redução do estômago podem ocasionar a queda dos cabelos. O organismo sofre agressões resultantes da anestesia, da tensão devido à operação e até da mudança do organismo pós-cirurgia.

Quimioterapia Quem faz quimioterapia perde os cabelos porque a medicação ataca as células cancerígenas, que se reproduzem muito rápido. Como as células capilares têm comportamento semelhante, o tratamento afeta os folículos da raiz dos cabelos, o que pode destruí-los e causar falhas no couro cabeludo.

De olho na

saúde dos fios

Vários fatores levam à queda dos cabelos, que pode ser atenuada com o medicamento correto A queda de cabelos é queixa comum nos consultórios de dermatologistas. “Cerca de 10% das pessoas reclamam que seus cabelos estão caindo”, afirma Luiz Guilherme Martins Castro, dermatologista doutorado pela Universidade de São Paulo. Nesses casos, o médico pode recomendar medicamentos para a recuperação dos fios, como o Pantogar*, comercializado pela indústria farmacêutica Biolab, que reduz a queda em até 63%. A queratina e a levedura contidas na fórmula garantem o fornecimento de proteínas e nutrientes necessários à formação e manutenção dos fios, auxiliando no tratamento de problemas como os relacionados ao lado.

Outros motivos Eflúvio telógeno é o nome técnico quando a queda natural se acentua. O ciclo de vida capilar tem cinco fases (o nascimento, o crescimento, o repouso, a morte e a queda). E cada um dos folículos dos cerca de 5 milhões de fios que possuímos na cabeça repete essas etapas até 20 vezes ao longo da vida. Às vezes, porém, a queda tem outros motivos, entre eles o estresse e as agressões químicas. O uso de medicamentos adequados aumenta os nutrientes e permite a rápida reposição dos fios, que nascem ainda mais saudáveis.

* O uso do medicamento deve ser feito com orientação médica. Dados adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação. Confira a bula e mais informações ao final desta edição.



Level ®: Forma farmacêutica e apresentação: comprimido revestido. Caixa com 21 comprimidos. Uso adulto. Composi-

ção: Comprimido Revestido. Cada comprimido contém: levonorgestrel 0,100 mg, etinilestradiol 0,020 mg. Indicação: contracepção oral e tratamento dos distúrbios menstruais. Posologia: Primeiro ciclo: o uso de Level® deve iniciar-se no 1º dia do ciclo menstrual, isto é, no 1º dia da menstruação (primeiro dia de sangramento). Assim, diariamente, durante 21 dias consecutivos, deve-se tomar 1 comprimido. Ciclos seguintes: a administração deverá reiniciar com um novo estojo-calendário, após passada esta pausa de 7 dias, ou seja, no 8º dia após ter usado o último comprimido. Após o término do estojo-calendário com 21 comprimidos de Level®, faz-se um intervalo de 7 dias sem uso da medicação, quando então deverá ocorrer o fluxo menstrual. Recomenda-se que Level® seja sempre tomado à mesma hora, todos os dias, como por exemplo após o jantar ou antes de deitar. Contra-indicações: o produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, nos casos de gravidez comprovada ou suspeita; tromboflebites ou histórico de doenças tromboembólicas; tumor no fígado; tumor no endométrio, tumor nas mamas ou outra neoplasia estrógeno-dependente suspeita ou confirmada; sangramento genital de causa desconhecida; icterícia. Precauções Advertência: antes de iniciar o tratamento com Level®, a paciente deve submeter-se a um exame geral, um minucioso exame ginecológico (inclusive Papanicolaou) e das mamas, além de ser excluída qualquer possibilidade de estar grávida. O tratamento deve ser suspenso nos casos de cirurgia programada (com 6 semanas de antecedência) ou imobilização forçada. O fumo aumenta o risco de efeitos cardiovasculares graves, o que é acentuado com a idade e a maior quantidade de cigarros fumados. Gravidez - Extensivos estudos epidemiológicos não demonstraram aumento de riscos de malformações, em recém nascidos de mulheres que usavam contraceptivos orais antes da gravidez. Os contraceptivos orais devem ser imediatamente descontinuados caso haja confirmação da gravidez. Interações Medicamentosas: uso de barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, fenilbutazona, sulfonamidas, clorpromazina, penicilinas, rifampicina, neomicina, nitrofurantoína, ampicilina, tetraciclina, cloranfenicol, fenacetina e pirazolona pode provocar menor eficácia contraceptiva. Os contraceptivos orais podem interferir no metabolismo oxidativo do diazepam e clordiazepóxido, provocando acúmulo dos mesmos no plasma. As doses de agentes antidiabéticos e insulina podem alterar-se. Os contraceptivos orais podem antagonizar os efeitos terapêuticos dos anti-hipertensivos, anticonvulsivantes, anticoagulantes orais e hipoglicemiantes. As pacientes devem ser cuidadosamente monitoradas quanto a diminuição das respostas a estas drogas. Reações Adversas: náuseas, vômitos, sangramento intermenstrual, dismenorréia, tensão mamária, cefaléia, enxaqueca, nervosismo, depressão, alterações da libido, edemas e moléstias varicosas. menstruação (perda de sangue) esteja em curso, e assim, sucessivamente durante todo o período que se deseja a contracepção. Se a paciente reiniciar algum ciclo após o dia correto ou no período pós-parto, ela deverá recorrer adicionalmente a um outro método contraceptivo de barreira (diafragma, camisinha), até que tenha utilizado Level ® durante 14 dias seguidos. Venda sob prescrição médica. Registro MS 1.0974.0115.

Contra-indicações: o produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, nos casos de gravidez comprovada ou suspeita; tromboflebites ou histórico de doenças tromboembólicas; tumor no fígado; tumor no endométrio, tumor nas mamas ou outra neoplasia estrógeno-dependente suspeita ou confirmada; sangramento genital de causa desconhecida; icterícia. Interações Medicamentosas: uso de barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, fenilbutazona, sulfonamidas, clorpromazina, penicilinas, rifampicina, neomicina, nitrofurantoína, ampicilina, tetraciclina, cloranfenicol, fenacetina e pirazolona pode provocar menor eficácia contraceptiva. Referências Bibliográficas: (1) Bula Produto.(2) Vlieg AH, 2009 The venous thrombotic risk of oral contraceptives, effects of oestrogen dose and progestogen type: results of the MEGA case-control study. BMJ. 2009;339:b3164.(3) Acher DF. Matheus R, DelConte A et. al efficacy and safety of a low-dose Monoghasic combination oral contraceptive containing 100 mcg levonorgestrel and 20 mcg de ethinil estradiol (Alesse). Am J Obstet Gynecol999;181:s3944. (4) Revista Kairos abril/2010.((5) Miranova é um medicamento de marca registrada da Bayer Schering.

Pantogar ® - queratina, cistina e associações. Forma Farmacêutica e Apresentações: Caixa com 30 e 90 cápsulas. Uso adulto ou pediátrico (crianças maiores de 12 anos) via oral. Composição: Cada cápsula contém: pantotenato de cálcio 60 mg, cistina 20 mg, nitrato de tiamina 60 mg, levedura medicinal 100 mg, queratina 20 mg, ácido aminobenzóico 20 mg, excipientes: celulose microcristalina, talco, estearato de magnésio, povidona, dióxido de silício. Indicações: Perda difusa de cabelos (perda de cabelo por razões desconhecidas). Alterações degenerativas na estrutura de cabelo (cabelo enfraquecido, fino, não maleável, quebradiço, sem vida, opaco e sem cor), cabelos danificados pela luz do sol e radiação UV, prevenção do aparecimento de fios brancos. Desordens no crescimento das unhas (unhas quebradiças, rachadas e pouco maleáveis). Contra-indicações: hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Advertências e precauções: Uma vez que a formação dos cabelos ocorre lentamente, é importante tomar Pantogar® regularmente na dose prescrita por um período de 3 a 6 meses para garantir o sucesso do tratamento.Pantogar® não é indicado para alopécia cicatricial ou androgenética/convencional (calvície masculina). Entretanto, nestes casos, Pantogar® pode fortalecer os cabelos remanescentes. A alopécia cicatricial se caracteriza pela ausência ou diminuição definitiva dos pêlos, podendo ser causada por traumas, queimaduras químicas ou físicas, infecções por fungos, bactérias, vírus ou outros parasitas, câncer interno e doenças, tais como: líquem plano pilar, lupus eritema-


toso, esclerodermia, mucinose folicular. Se os sintomas persistirem ou se o objetivo do tratamento não for alcançado, consulte seu médico. Interações medicamentosas e/ou alimentos: Não são conhecidos relatos de interação de Pantogar® com outros medicamentos, alimentos, tabaco ou álcool. Entretanto, caso tenha sido tratado com um medicamento que contenha uma sulfonamida (por exemplo: sulfabenzamida, sulfacetamida, sulfacloropiridazina, sulfacrisoidina, sulfadiazina, sulfametoxazol), informe seu médico antes de usar Pantogar®. Restrições a grupos de risco: Gravidez: Recomenda-se que Pantogar® seja utilizado apenas na segunda metade da gestação. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Lactação: Não são conhecidas restrições para o uso do produto durante a lactação. Pediatria: Não se recomenda o uso do produto por crianças menores de 12 anos de idade, uma vez que não foram realizados estudos específicos para esta faixa etária. Geriatria (idosos): Não são conhecidas restrições para o uso do produto por pacientes idosos. Insuficiência renal/hepática Não são conhecidas restrições para o uso do produto por pacientes com insuficiência renal ou hepática. Modo de usar e Posologia: Se não houver orientação médica contrária, seguir exatamente a dosagem abaixo: Adultos: 1 cápsula, 3 vezes ao dia, por via oral. Crianças maiores de 12 anos de idade: 1 a 2 cápsulas ao dia, de acordo com a idade, por via oral. A duração média do tratamento é de 3 a 6 meses. Se necessário, o tratamento pode ser continuado ou repetido. Reações adversas: Foram relatados raros casos de reações de intolerância ao medicamento, tais como: aumento repentino do suor, pulso acelerado, reações dermatológicas como coceira e urticária ou desconforto gastrointestinal como queimação, náuseas, gases e dor abdominal. Superdose: Não são conhecidos relatos de superdosagem com Pantogar ®. Na eventualidade da ingestão acidental de doses muito acima das preconizadas, recomenda-se adotar as medidas habituais de controle das funções vitais. Venda sob prescrição médica Registro MS 1.0974.0196. FEVEREIRO 2009 Interações medicamentosas e/ou alimentos: Não são conhecidos relatos de interação de Pantogar® com outros medicamentos, alimentos, tabaco ou álcool.

Contra-indicações: hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Stele – Estriol - Forma farmacêutica e apresentação: creme vaginal: Bisnaga com 50 g + aplicador. Uso adulto. Composição:

Creme vaginal - Cada grama contém: estriol 1 mg Excipientes: octildodecanol, palmitato de cetila, glicerol, ácido esteárico, álcool cetílico, polissorbato 60, monoestearato de sorbitano, ácido lático, cloridrato de clorexidina, hidróxido de sódio e água purificada. Indicações: Atrofia do trato geniturinário relacionada à deficiência estrogênica, especialmente em: - tratamento das queixas vaginais como dispareunia, ressecamento e prurido; - prevenção das infecções recidivantes vaginais e do trato geniturinário inferior; - controle das queixas miccionais (como polaciúria e disúria) e incontinência urinária leve; Terapia pré e pósoperatórios em mulheres na pósmenopausa submetidas à cirurgia vaginal; Auxiliar diagnóstico em caso de esfregaço cervical atrófico duvidoso. Contra

indicações: O produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula; na gravidez; em caso de trombose; suspeita ou casos confirmados de tumores estrogênio-dependentes; sangramento vaginal sem diagnóstico; história de manifestação ou otosclerose durante a gravidez ou uso prévio de esteróides. Precauções e advertências: Gerais

– Para prevenir a estimulação endometrial, dose diária não deverá exceder a 1 aplicação e nem esta dose máxima deverá ser

empregada por muitas semanas seguidas. Durante o tratamento prolongado com estrogênios, recomenda-se a realização de exames médicos periódicos. Existem relatos indicando uma associação entre o uso de preparações contendo estrogênios com a ocorrência de colelitíase. No entanto, não se sabe ainda se esta associação existe com o estriol. Em caso de infecções vaginais, recomenda-se tratamento específico concomitante. Pacientes portadoras das seguintes condições deverão ser monitoradas: história de processos tromboembólicos, insuficiência cardíaca latente ou manifesta, retenção de líquidos devido à disfunção renal, hipertensão, epilepsia ou enxaqueca (ou história dessas condições), distúrbios hepáticos graves, endometriose, mastopatia fibrocística, porfiria, hiperlipoproteinemia, diabetes mellitus; histórico de prurido, herpes gestacional ou deterioração da otosclerose durante a gravidez ou uso de preparações estrogênicas. Gravidez – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez. Lactação – Não existem informações suficientes quanto ao uso de estriol, durante a lactação que permitam aferir o risco potencial ao lactente. Sabe-se que o estriol é excretado através do leite materno, podendo diminuir a produção de leite. Pediatria – Não se conhecem informações quanto à segurança e eficácia do uso em crianças. Geriatria (idosas) – Não se conhecem informações quanto à segurança e eficácia do uso em pacientes idosas. Interações medicamentosas: Existem indicações que os estrogênios, incluindo o estriol, podem aumentar os efeitos farmacológicos de certos corticosteróides. Se necessário, a dosagem do corticosteróide deverá ser reduzida. Também há indicações, obtidas principalmente com outros estrogênios ou anticoncepcionais orais, de que o uso concomitante de estriol com barbitúricos, hidantoínas e rifampicina diminui a eficácia do estriol. O estriol ainda pode aumentar a eficácia dos bloqueadores betaadrenérgicos e alterar a eficácia das insulinas. Reações Adversas: Como acontece com qualquer produto de aplicação em superfícies de mucosas, o produto pode causar prurido ou irritação local. Tensão ou dores mamárias poderão ocasionalmente surgir; essas reações são indicativas de doses elevadas. Normalmente, essas reações desaparecem após as primeiras semanas de tratamento. Posologia: 1)Atrofia do trato geniturinário relacionada à deficiência estrogênica, especialmente em: -tratamento das queixas vaginais como dispareunia, ressecamento e prurido; -prevenção das infecções recidivantes vaginais e do trato geniturinário inferior; -controle das queixas miccionais (como polaciúria e disúria) e incontinência urinária leve. 1 aplicação por dia durante as primeiras semanas, seguida de redução gradual de acordo com o alívio dos sintomas, até se atingir a dose de manutenção (1 aplicação 2 vezes por semana); 2)Terapia pré e pós-operatórios em mulheres na pósmenopausa submetidas à cirurgia vaginal.


1 aplicação por dia 2 semanas antes da cirurgia e 1 aplicação 2 vezes por semana durante 2 semanas após a cirurgia. 3)Auxiliar diagnóstico em caso de esfregaço cervical atrófico duvidoso. 1 aplicação em dias alternados, 1 semana antes da coleta do próximo esfregaço. Superdosagem: A toxicidade aguda de estriol em animais é bastante baixa. É improvável a ocorrência de superdosagem do produto após administração vaginal. No entanto, se houver grande ingestão de estriol, os possíveis sintomas são: náuseas, vômito e sangramento de privação em mulheres. Não existe antídoto específico. Se necessário, pode-se instituir tratamento sintomático. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Registro MS – 1.0497.0182 Farm. Resp.: Ishii Massayuki CRF-SP n° 4863. Material de distribuição e uso exclusivo aos profissionais de saúde. FEVEREIRO 2008

Tantin Apresentação: Comprimido revestido. Caixa com 1 blister ou 3 blisteres com 28 comprimidos cada . USO ADULTO. Composição: Cada comprimido rosa contém: gestodeno 0,060 mg, etinilestradiol 0,015 mg, Excipientes: polacrilina potássica, lactose, celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxidode titânio, macrogol, hipromelose, óxido de ferro vermelho, cloreto de metileno. Cada comprimido branco contém: Excipientes q.s.p. 1 comprimido, Excipientes: polacrilina potássica, lactose, celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de titânio, macrogol, hipromelose. Contra-Indicações: Lactação – Pequenas quantidades de contraceptivos esteroidais e/ou metabólitos foram identificados no leite materno e poucos efeitos adversos foram relatados em lactentes, incluindo icterícia e aumento das mamas. A lactação pode ser influenciada pelos contraceptivos orais combinados, uma vez que podem reduzir a quantidade e alterar a composição do leite materno. Em geral, não deve ser recomendado o uso de contraceptivos orais combinados até que a lactante tenha deixado totalmente de amamentar a criança. Pediatria – Este medicamento não é indicado para o uso em crianças. Geriatria (idosos) – Tantin® não é indicado para pacientes idosas. Precauções e advertências: Fumar cigarros aumenta o risco de efeitos colaterais cardiovasculares sérios decorrente do uso de contraceptivos orais combinados. Este risco aumenta com a idade e com o consumo intenso (em estudos epidemiológicos, fumar 15 ou mais cigarros por dia foi associado a risco significativamente maior) e é bastante acentuado em mulheres com mais de 35 anos de idade. Mulheres que tomam contraceptivos orais combinados devem ser firmemente aconselhadas a não fumar. Interações medicamentosas: Interações entre etinilestradiol e outras substâncias podem diminuir ou aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol, respectivamente. * Embora o ritonavir seja um inibidor do citocromo P450 3A4, demonstrou-se que esse tratamento diminui as concentrações séricas de etinilestradiol. Posologia: A cartela de Tantin® contém 28 comprimidos, sendo 24 comprimidos cor de rosa com hormônios e 4 comprimidos inertes de cor branca. Iniciar tomando um comprimido cor de rosa no primeiro dia do ciclo (primeiro dia de sangramento). Assim, diariamente, durante 24 dias consecutivos, deve-se tomar 1 comprimido cor de rosa de Tantin®; terminados os comprimidos cor-de-rosa, deve-se continuar tomando 1 comprimido branco de Tantin® por mais 4 dias consecutivos, seguindo a ordem indicada no blíster. O fluxo menstrual deve ocorrer nestes dias, após o término dos comprimidos cor de rosa. A embalagem seguinte deverá ser iniciada no dia seguinte ao término dos comprimidos brancos, sem intervalo, mesmo que a hemorragia por supressão esteja em curso. Como começar a tomar Tantin® Sem uso anterior de contraceptivo hormonal (no mês anterior): o primeiro comprimido deve ser tomado no 1º dia do ciclo natural (ou seja, o primeiro dia de sangramento menstrual). Pode-se iniciar o tratamento entre o 2º e o 7º dia, mas recomenda-se a utilização de método contraceptivo não hormonal (como preservativo e espermicida) nos primeiros 7 dias de administração durante o primeiro ciclo. Quando se passa a usar Tantin® no lugar de outro contraceptivo oral: deve-se começar a tomar Tantin® de preferência no dia seguinte ao último comprimido ativo do contraceptivo oral combinado anterior ter sido ingerido ou, no máximo, no dia seguinte ao intervalo habitual sem comprimidos ou com comprimido inerte do contraceptivo oral combinado anterior. Quando se passa a usar Tantin®no lugar de outro método com apenas progestogênio (mini-pílulas, injetável, implante): pode-se interromper a mini-pílula em qualquer dia e deve-se começar a tomar Tantin® no dia da remoção do implante ou, no caso de utilização de contraceptivo injetável, devese esperar o dia programado para a próxima injeção. Em todas essas situações, a paciente deve ser orientada a utilizar outro método não-hormonal de contracepção durante os 7 primeiros dias de administração dos comprimidos. Após aborto no primeiro trimestre: pode-se começar a tomar Tantin® imediatamente. Não são necessários outros métodos contraceptivos. Após parto ou aborto no segundo trimestre: como o pós-parto imediato está associado a aumento do risco de tromboembolismo, o tratamento com contraceptivos orais combinados não deve começar antes do 28º dia após o parto ou aborto no segundo trimestre. Deve-se orientar a paciente a utilizar outro método não-hormonal de contracepção durante os 7 primeiros idas de administração dos comprimidos. Entretanto, se já tiver ocorrido relação sexual, a possibilidade de gravidez antes do início da utilização do contraceptivo oral combinado deve ser descartada ou deve-se esperar receberem um contraceptivo oral combinado, devem ser rigorosamente monitorizadas e, se a condição reaparecer, o tratamento com contraceptivo oral combinado deve ser interrompido. Venda sob prescrição médica. Registro MS1.0974.0142. * Comparado aos regimes de 21 dias contendo 20mcg. Referências Bibliográficas: (1) Gestodene Study Group. The safety and contraceptive efficacy of 24-day low dose oral contraceptive regimen containing gestodene 60 mcg and ethinylestradiol 15 mcg.Eur J Contracept Reprod Health Care 1999; 4 (Suppl 2:)9-15 (2) Sullivan H, FurnissH, Spona J, Elstein M . Effect of 21-day and 24-day oral contraceptive regimens containing gestodene (60 mcg) and ethinylestradiol (15 mcg) on ovarian activity. Fertil Steril.1999 Jul:72 (1);115-20

Contra-Indicações: Lactação – Pequenas quantidades de contraceptivos esteroidais e/ou metabólitos foram identificados no leite materno e poucos efeitos adversos foram relatados em lactentes, incluindo icterícia e aumento das mamas. Interações medicamentosas: Interações entre etinilestradiol e outras substâncias podem diminuir ou aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol, respectivamente. Vitaminerals Plus é um suplemento vitamínico e mineral com uma fórmula nutricional balanceada, desenvolvida para homens e mulheres em diferentes faixas etárias. Vitaminerals Plus contém os mais importantes minerais na forma de aminoácidos quelatos, o que proporciona maior absorção que os minerais comuns, assim como maior efetividade funcional. Consumir Vitaminerals Plus conforme recomendação constante na embalagem, ou no folheto informativo do produto. Composição: Cálcio (Cálcio citrato glicina quelato e Dicálcio


malato), Magnésio (Magnésio bis-glicina quelato), Vitamina C (Ácido ascórbico), Niacina (Vitamina B3), Ferro (Ferro bis-glicina quelato), Vitamina E (D-alfa-tocoferol), Zinco (Zinco bis-glicina quelato), Ácido pantotênico (Vitamina B5), Manganês (Manganês bis-glicina quelato), Riboflavina (Vitamina B2), Tiamina (Vitamina B1), Piridoxina (Vitamina B6), Cobre (Cobre dicotinato glicina quelato), Vitamina A (Retinol), Ácido fólico, Iodo (Kelp), Molibdênio (Molibdênio aminoácido quelato), Cromo (Cromo aminoácido quelato), Selênio (Selênio aminoácido complexado), Biotina, Vitamina D (Colecalciferol), Cianocobalamina (Vitamina B12). Excipientes: Celulose microcristalina e croscarmelose sódica (estabilizantes), Ácido esteárico (glaceante), Estearato de magnésio (lubrificante) e Dióxido de silício (antiumectante). NÃO CONTÉM GLÚTEN. Farm Resp,: Dr Luiz Eduardo Ferrer – CRF SP 31.579, registro do produto: MS6651500140011.

1.Huskisson E; Maggini S; Ruf M. The role of vitamins and minerals in energy metabolism and well-being. J Int Med Res 2007; 35:277-289. 2.National Research Council. Recommended dietary allowances.Washington DC: National Academy Press, 10 ed, 1989, p. 174-184. 3.Mahan LK; Scoot-Stump S. Krause. Alimentos nutrição e dietoterapia. São Paulo Editora Roca,2001, 10 edição. 4.AAFCO. 1996. Official Publication. Association of American Feed Control Officials, Inc, Office of the Indiana State Chemist, West Lafayette. 5.Ashmead HD. Comparative intestinal absorption and subsequent metabolism of metal amino acid chelates and inorganic metal salts. Biological trace element research, Washington DC: ACS, Cap 24:306-319, 1991. 6.Ashmead HD; Graff D; Ashmead H. Intestinal Absorption of Metal Ions Chelates. Springfield: Charles C. Thomas, 1985. 7.Olivares M, et al. Milk inhibits and ascorbic acid favours ferrous bisglicyne chelate biovailability in humans. J Nutr 1997; 127: 1407-1411. 8.Pineda O, Ashmed HD, Perez JM, Lemus C. Effectiveness of iron amino acid chelate on thetreatment of iron deficiency in adolescents. J Appl Nutr 1994; 46:2-11.9.Pineda O. Effectiveness of treatment of iron deficiency anemia in infants and young children with ferrous bis glycinate chelate. Nutrition 2001; 17:381384. 10.Schuette AS et al. Bioavalability of magnesium diglycinate vs magnesium oxide in patients with ileal resection. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition 1994; 18:(05) 430-435. 11.Schlomerich J; Freuderman A; Kottgen E et al. iovaiability of zinc from zinc-histidine complexes. I Comparision with zinc sulfate in healthy men. Am J Clin Nutr 1987; 45:1480-1486.12.Nielsen P; Gabbe EE; Fischer R; Heinrich HC. Bioavailability of iron from oral ferric polymaltose in humans. Arzneimittelforschung 1994; 44(6): 743-748. 13.Tondeur MC; Schauer CS; Chtistofides AL; Asante KP et al. Determination of iron absorption from intrinsically labeled. microencapsulated ferrous fumarate (sprinkles) in infants with different iron and hematologic status by using a dual-stable isotope meted. Am J Clin Nutr 2004; 80: 1436-1444. 14.Neuvonen PJ; Kivisto KT; Lehto P. Interference of dairy products with the absorption of ciprofloxacin. Clinical Pharmacology and Therapeutics, St. Louis MO, v.50, p.498-502, 1991. 15.Welling PG. Interactions affecting drug absorption. Clinical Pharmacokinetics, 1984; 9 (5): 404-434. 16.Augusto ALP; Alves DC. Terapia Ocupacional. São Paulo: Atheneu 1995, p. 293. 17.Morck TA; Lynch SR; Cook JD. Inhibition of food iron absorption by coffee. Am J Clin Nutr 1983; 37:416. 18.Wintergerst ES; Maggini S; Horning DH. Contribution of selected vitamins and trace elements to immune function. Ann Nutr Metab 2007; 51:301-323.

Vivacor® (rosuvastatina cálcica) é um seletivo e potente inibidor competitivo da HMG-CoA redutase. Indicações: Vivacor deve ser usado como adjuvante à dieta quando a resposta à dieta e aos exercícios é inadequada. Em pacientes com hipercolesterolemia Vivacor é indicado para: redução LDL-colesterol, colesterol total e triglicérides elevados; aumentar o HDL-colesterol em pacientes com hipercolesterolemia primária e dislipidemia combinada (mista); Vivacor também diminui ApoB, nãoHDL-C, VLDL-C, VLDL-TG, e as razões LDL-C/HDL-C, C-total/HDL-C, não-HDL-C/HDL-C, ApoB/ApoA-I e aumenta ApoA-I nestas populações; tratamento isolado de hipertrigliceridemia, redução do colesterol total e LDL-C em pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica, tanto isoladamente quanto, como um adjuvante à dieta e a outros tratamentos de redução de lipídios se tais tratamentos não forem suficientes e retardar ou reduzir a progressão da aterosclerose. Contraindicações: Vivacor é contra-indicado a pacientes com hipersensibilidade à rosuvastatina cálcica ou aos outros componentes da fórmula. Vivacor é contra-indicado a pacientes com doença hepática ativa. Vivacor é contra-indicado durante a gravidez e a lactação e a mulheres com potencial de engravidar, que não estão usando métodos contraceptivos apropriados. Cuidados e Advertências: Advertências: Fígado: deve ser usado com cautela em pacientes que consomem quantidades excessivas de álcool e/ou que tenham uma história de doença hepática. Sistema músculo-esquelético: O tratamento com Vivacor deve ser interrompido se os níveis de CK estiverem notadamente elevados (>10 vezes o limite superior de normalidade, LSN) ou se houver diagnóstico ou suspeita de miopatia. Vivacor deve ser prescrito com precaução em pacientes com fatores de pré-disposição para miopatia, tais como, insuficiência renal, idade avançada e hipotireoidismo, ou situações onde pode ocorrer um aumento nos níveis plasmáticos. O uso de Vivacor deve ser temporariamente interrompido em qualquer paciente com uma condição aguda grave sugestiva de miopatia ou que predispõe ao desenvolvimento de insuficiência renal secundária à rabdomiólise (por exemplo: sépsis; hipotensão; cirurgia de grande porte; trauma; alterações metabólicas, endócrinas e eletrolíticas graves; ou convulsões não-controladas). Uso durante a gravidez e a lactação: Categoria de risco na gravidez: X. Mulheres com potencial de engravidar devem usar métodos contraceptivos apropriados (outras informações vide bula completa do produto). Interações medicamentosas: Pode haver interação medicamentosa de Vivacor com os seguintes medicamentos: varfarina, ciclosporina, genfibrozila, inibidores da protease e antiácidos. Em estudos clínicos, Vivacor foi co-administrado com agentes anti-hipertensivos, antidiabéticos e terapia de reposição hormonal. Esses estudos não demonstraram evidência de interações adversas clinicamente significativas (para maiores informações vide bula completa do produto). Reações adversas: Vivacor é geralmente bem tolerado. Os eventos adversos observados com Vivacor são geralmente leves e transitórios, os mais comuns são: cefaléia, mialgia, astenia, constipação, vertigem, náusea e dor abdominal (outras reações adversas vide bula completa do produto). Posologia: A faixa de dose recomendada é de 10 mg a 40 mg, administrados por via oral em dose única diária, com água, independente do horário das refeições, de preferência no mesmo horário todos os dias. A dose máxima diária é de 40 mg. Hipercolesterolemia primária (incluindo hipercolesterolemia familiar heterozigótica), dislipidemia combinada, hipertrigliceridemia isolada e tratamento da aterosclerose: a dose inicial habitual é de 10 mg uma vez ao dia. Para pacientes com hipercolesterolemia grave (incluindo hipercolesterolemia familiar heterozigótica), pode-se considerar uma dose inicial de 20 mg. Hipercolesterolemia familiar homozigótica: recomenda-se uma dose inicial de 20 mg uma vez ao dia. Superdose: Não há um tratamento específico para a superdosagem. No caso de superdosagem, o paciente deve ser tratado sintomaticamente e devem ser instituídas medidas de suporte conforme a necessidade. Apresentações: Embalagens com 10 ou 30 comprimidos re-


vestidos de 10 mg e embalagens com 30 comprimidos revestidos de 20 mg. USO ADULTO/USO ORAL. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Para maiores informações, consulte a bula completa do produto (VIV002). AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, Km 26,9 - Cotia -SP - CEP 06707-000 Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br Vivacor®. MS – 1.1618.0198. Referências Bibliográficas: 1. Jones PH et al. Comparison of the efficacy and safety of rosuvastatin versus atorvastatin, simvastatin, and pravastatin across doses (STELLAR* Trial). Am J Cardiol 2003; 92(2):152-60.

Contra-indicação: pacientes com hipersensibilidade à rosuvastatina cálcica ou aos outros componentes da fórmula. Interação medicamentosa: pode haver interação medicamentosa de VIVACOR™ com os seguintes medicamentos: varfarina, ciclosporina, genfibrozila, lopinavir/ritonavir e antiácidos.

Vonau Flash® - Apresentações: Comprimido de desintegração oral 8 mg e 4mg. Caixa com 10 comprimidos. Composição:

Comprimido de Desintegração Oral. Cada comprimido de 4 mg contém: cloridrato de ondansetrona 5 mg (equivalente a 4 mg de ondansetrona base). Excipientes: manitol, celulose microcristalina, crospovidona, estearato de magnésio, dióxido de silício coloidal, óxido de ferro vermelho, aroma de morango e aspartamo. Cada comprimido de 8 mg contém:cloridrato de ondansetrona 10 mg (equivalente a 8 mg de ondansetrona base). Excipientes: manitol, celulose microcristalina, crospovidona, estearato de magnésio, dióxido de silício coloidal, aroma de morango e aspartamo. Indicações: Vonau Flash® é indicado na prevenção e tratamento de náuseas e vômitos em geral. Contra-indicações: O produto não deve ser usado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Modo de Usar e Cuidados de Conservação Depois de Aberto: Vonau Flash® deve ser administrado por via oral. Instruções para uso e manuseio de Vonau Flash® (comprimido de desintegração oral): Remover o comprimido da embalagem, com as mãos secas, e colocar imediatamente na ponta da língua para que este se dissolva em segundos, engolir com saliva. Não é necessário administrar com líquidos. Posologia: Prevenção de náusea e vômito em geral: Uso adulto: 16 mg de ondansetrona (2 comprimidos de 8 mg). Uso pediátrico: Para pacientes maiores de 10 anos, recomenda-se a dose de 4 a 8 mg de ondansetrona (1 a 2 comprimidos de 4 mg). Para crianças de 2 a 10 anos: - pacientes com peso superior a 30 kg de peso: recomenda-se a dose de 4 mg de ondansetrona (1 comprimido de 4 mg). Para crianças com 6 meses a 2 anos de idade, recomenda-se a dose de 2 mg de ondansetrona (1/2 comprimido de 4 mg) Em face da reconhecida eficácia e segurança do produto administrado em lactentes com idade acima de seis meses até 2 anos ou peso corpóreo acima de 8 Kg a posologia é de 0,2 a 0,4 mg/Kg de peso por dose. Reações adversas: Entre as várias reações documentadas, não existem evidências, em todos os casos, de reações com o uso de ondansetrona. Reações como diarréia, tontura, reações extrapiramidais não se mostraram significativamente diferentes em relação ao placebo. O aumento significativo das concentrações plasmáticas de enzimas hepáticas foi demonstrado em 1 a 2% dos pacientes que receberam ondansetrona associada a ciclofosfamida, embora tais elevações tenham sido transitórias e sem relação com a dose ou duração da terapia. Observou-se a presença de exantema cutâneo em 1% dos pacientes que receberam ondansetrona na vigência da quimioterapia. Os raros casos relatados de anafilaxia, broncospasmo, taquicardia, angina, hipocalemia, alterações eletrocardiográficas, oclusões vasculares e convulsões não demonstraram, com exceção de broncospasmo e anafilaxia, relação comprovada com a ondansetrona. Casos raros e isolados, não relacionados com pesquisas clínicas, foram relatados como secundários a administração injetável da droga, entre os quais são citados: rubor, reações de hipersensibilidade, algumas vezes graves (por exemplo: anafilaxia, angioedema, broncospasmo, hipotensão, hipopnéia, edema de glote e estridor). Foram também relatados casos de laringospasmo, parada cardiorespiratória e choque durante a administração injetável

Contra-indicações: o produto não deve ser usado em pacientes com hipersensibilidade aos

componentes da fórmula. Interações medicamentosas: A ondansetrona é metabolizada no fígado pelas enzimas do sistema citocromo P450, e portanto, os indutores ou inibidores dessas enzimas podem alterar a sua depuração (clearance) e, consequentemente, a meia-vida plasmática. De acordo com os dados disponíveis, não há necessidade de ajuste de dose desses medicamentos em caso de uso concomitante. Referências Bibliográficas: (1) GRIMSEHL K. et al. Comparison of cyclizine and ondansetron for the prevention of postoperative nausea and vomiting in daycase gynaecological surgery. Anaesthesia, v. 57, p. 61-65, 2002. (2) HIGGINS G.A. et al. 5-HT3 antagonists injected into the area postrema inhibit cisplatin induced emesis in the ferret. Br. J. Pharmacol., v.97, p.247-255, 1989. (3) CULY CR. Ondansetron, a review of it’s use as an antrimetic in children. Paediatric Drugs. 2001; 3(6), 441-479. (4) Malins A.F. et al. Nausea and vomiting after gynaecological laparoscopy: comparison of premedication with oral ondansetrona, metoclopramide and placebo BR J. Anaesth. 1994. 72(2):231-3. (5) SUEN T.K.L. et al,. Ondansetron 4 mg for the prevention of nausea and vomiting after minor laparoscopic gynaecological surgery. Anesth. Intensive Care, v. 22, p. 142-146, 1994. (6) KARIM F. et al. Role of 5-HT3 antagonists in the prevention of emesis caused by anticancer therapy. Biochem. Pharmacol., v.52, p.685-692, 1996. (7) COHEN IT. An Overview of the clinical use of ondasnsetron in preschool age children. Ther and clini Risk Mamag. 2007: 3(2); 333-339. (8) ROSENBERG, M. J. et al. Oral contraceptive discontinuation: a prospective evaluation of frequency and reasons. Am. J. Obstet. Gynecol., v. 179, n. 3, p. 577-582, 1998; (9) VON HERTZEN, H. et al. Emergency contraception with levonorgestrel or the Yuzpe regimen. Task Force on Postovulatory Methods of Fertility Regulation. Lancet, v. 352, n. 9144, p. 1939, 1998; Referências Bibliográficas: (10) Plasil é marca registrada do laboratório Sanofi-Aventis. (11) Dramim e Dramin B6 são marcas registradas do laboratório Nycomed. (12) Meclin - Bula do produto - é marca registrada do laboratório Apsen (13) Bula do Produto. (14) Abreu MP, Vieira JL, Silva IF, Miziara LEPG, Fofano R - Eficácia do Ondansetron, Metoclopramida, Droperidol e Dexametasona na Prevenção de Náusea e Vômito após Laparoscopia Ginecológica em Regime Ambulatorial. Estudo Comparativo. Rev Bras Anestesiol 2006; 56: 1: 8 - 15.(15) Revista Kairos, Maio 2010.



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