Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
São Paulo, fevereiro de 2010 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - No 117 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste
Movimentação do tomate, dos citros e da banana no Entreposto de São Paulo Pág. B4
Merenda escolar: CQH da Ceagesp desenvolve o programa Hortiescolha
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Bertioga, um paraíso histórico e natural do litoral de São Paulo
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Chuvas puxam alta do Índice Ceagesp Esquentando os motores para a Femetran
No auge das precipitações ocorridas no cinturão verde da Grande São Paulo, preços no atacado chegaram a registrar até 100% de aumento; entretanto, permissionários e produtores afirmam que o mercado já está voltando à normalidade
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PAULO FERNANDO COSTA
Tradicional feira de transportes e logística realizada na Ceagesp acontecerá de 11 a 14 de maio, apresentando à cadeia produtiva as modernas inovações da área.
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Vendas de caminhões batem recorde Janeiro foi o melhor mês da história da indústria brasileira, que fabricou mais de 11 mil unidades. O bom desempenho é resultado do crescimento econômico do país, avalia Jackson Schneider, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
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Agricultura familiar ganha espaço na Ceagesp Ceasa de Presidente Prudente está disponibilizando pavilhão para agricultores assentados. O espaço será usado para comercialização de hortifrutigranjeiros produzidos em Presidente Epitácio.
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* Preço de referência do mês de janeiro l 2010 - Expectativa para fevereiro l 2010
ESTÁVEL
ENG
R$ 17,23
ALTA
KG
R$ 1,39
BAIXA
Boca de Leão MÇ
R$ 4,69
BAIXA
Cação KG
R$ 16,77
ESTÁVEL
Cebola Santa Catarina
R$ 11,50
CX
Brócolis Ninja
KG
Melão Amarelo
Mandioca
R$ 5,25
ESTÁVEL
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Fevereiro 2010 l
JORNAL ENTREPOSTO
Indústria em alta O Índice de Confiança da Indústria, medido pela FGV, cresceu 1,9% na passagem de janeiro para fevereiro e chegou a 115,8 pontos, no 13º aumento consecutivo. É o terceiro melhor resultado da série histórica, iniciada em 1995.
Excesso de chuvas eleva preço das hortaliças Depois de 40 dias chuvosos, produtores e atacadistas começam a recuperar os prejuízos O Índice Ceagesp de preços no atacado subiu 0,83% em janeiro, em comparação a dezembro, puxado pela alta de 11,6% registrada no setor de verduras. De acordo com o departamento de economia da estatal, as constantes chuvas verificadas no Sudeste do país, principalmente no cinturão verde da região metropolitana de São Paulo, prejudicaram a oferta e a qualidade de boa parte dos alimentos comercializados no MLP (Mercado Livre do Produtor). Segundo o economistachefe da companhia, Flávio Luís Godas, as vendas de folhagens caíram 5,54% e o aumento dos preços foi o efeito direto das adversidades climáticas. “Isoladamente, algumas folhas tiveram alta de 80%”, informa. Depois de 40 dias seguidos de precipitações, os aumentos mais acentuados foram do repolho (82,19%), da escarola (20,60%), da alface (20,82%) e do espinafre (41,85%). Já os preços do milho e do coentro caíram, respectivamente, 12,3% e 46,4%. A expectativa da empresa para fevereiro é que os preços se mantenham em
Amílcar Maçaira: para continuar atendendo ao mercado, trazer produtos de outros estados foi a solução alta e comecem a atingir até alguns produtos substitutos. Sol e altas temperaturas, comuns no segundo mês do ano, podem agravar as perdas e acarretar mais elevações de preços das verduras. Entretanto, atacadistas e produtores ouvidos pelo JE
afirmam que o mercado já está voltando à normalidade, devido às novas tecnologias de produção agrícola consolidadas nos últimos anos e às importações de produtos do gênero oriundos de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. “Antigamente, era
muito pior”, compara o permissionário Amílcar Maçaira, que comercializa hortaliças há mais de 40 anos no ETSP (Entreposto Terminal de São Paulo). “Para recuperar as perdas ocorridas em situações semelhantes, demorávamos de 60 a 90 dias. Hoje, com o
cultivo de mudas em viveiros específicos, o produtor tem como plantar mais rápido, e o mercado demora, no máximo, 30 dias para voltar a atingir os níveis habituais de vendas, embora, no caso atual, o solo das zonas de produção ainda esteja muito encharca-
do”, acrescenta. Mesmo no auge do período chuvoso, o movimento na Ceagesp não foi prejudicado, avalia o experiente empresário. “Mas a choradeira do comprador aumentou”, dispara. Apesar de seu sítio estar localizado numa área alta na Grande São Paulo, o produtor Sebastião Ramos Fróes, não foi perdoado pelas chuvas. “As águas levaram a adubação embora e deixaram o solo ensopado, prejudicando o crescimento das plantas”, explica. A queda da produção registrada nos 800 canteiros de alface de sua propriedade em Suzano, na Grande São Paulo, prejudicou os negócios da família, que também comercializa ervas e temperos frescos para restaurantes e hotéis da capital, complementando o mix de produtos entregues a esses estabelecimentos através da Ceagesp. “No ETSP, algumas hortaliças chegaram a subir 150%, mas já notamos que os preços e a oferta estão voltando ao normal, porque os atacadistas estão trazendo mercadorias de regiões produtoras do país”, afirma.
Movimento financeiro sobe 6% no ETSP Apesar das chuvas, volume de negócios realizados na Ceagesp registra alta; para economista, aumento dos preços das verduras não vai impactar inflação na região metropolitana Os prejuízos que os produtores rurais paulistas contam desde o início do ano não afetaram a maior parte dos negócios no Entreposto Terminal de São Paulo. “Comparando janeiro de 2009 com janeiro deste ano, o movimento financeiro cresceu 5,9%, ou seja, de R$ 340 milhões saltou para R$ 360 milhões”, calcula o economista Flávio Luís Godas. Em entrevista ao JE, o especialista salientou que os aumentos registrados na Ceagesp não vão causar impacto significativo no índice de inflação da Grande São Paulo.
Godas – Os atacadistas estão buscando produtos em outros lugares, a exemplo de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Mesmo sendo mais longe, acaba ficando mais barato. Em dezembro, o preço das folhagens já começou a aumentar por causa das chuvas. Normalmente, está superbarato nessa época, mas as chuvas começaram cedo neste verão. Trabalho aqui há 20 anos e esse é o primeiro em que vejo esse aumento precoce. Em dezembro, o que sobe é o preço das frutas, e não o das verduras, mas a grande quantidade de chuvas acabou prejudicando este segmento.
Jornal Entreposto – Qual foi o percentual médio de elevação dos preços das verduras na Ceagesp, em decorrência das últimas chuvas? Flávio Luís Godas – Nosso indicador mostra que houve um aumento aproximado de 11%. Já as folhas, isoladamente, tiveram um aumento de 80%. Outros produtos chegaram a ter 100% de aumento.
JE – Essa inflação média de 11% tem influenciado o volume de vendas do atacado? Godas – A demanda diminuiu um pouco. Quem levava dez caixas, agora leva cinco, tanto na feira quanto no supermercado. E o volume tem sido menor, principalmente, no setor de verduras, por causa da diminuição da oferta.
JE – Como os permissionários reagem a essa situação?
JE – E a banana, já que o Vale do Ribeira também foi
afetado pelas águas? Godas – A expectativa é de alta por causa da chuva, mas ainda não subiu. Os estoques estão altos. O preço ainda é de R$ 0,90 o quilo no atacado. Um preço excelente. Claro que uma hora o estoque vai acabar. Também tem a questão do Carnaval, que diminui muito a movimentação em função do feriado. Ainda não deu tempo do preço da banana subir, mas acredito que até o final de fevereiro isso ocorra. JE – Existe alguma estatística do volume médio de toneladas comercializadas em janeiro dos últimos anos e o volume deste ano? Godas - Este ano, o volume médio de produtos comercializados na Ceagesp cresceu 1,25%. Em janeiro, as vendas de legumes aumentaram 4,63%, ou seja, esses produtos não foram afetados; já as de verduras caíram 5,54%. As frutas caíram 0,73%, ou seja, quase nada. O pescado caiu 4,95%, mas estamos em época de defeso do camarão, da sardinha etc.
JE – Qual foi o impacto dessas quedas no movimento financeiro do ETSP? Godas – Comparando janeiro de 2009 com janeiro deste ano, o movimento financeiro cresceu 5,9%, ou seja, de R$ 340 milhões saltou para R$ 360 milhões. O volume de vendas de importados também cresceu 18%, o que também fez esse movimento financeiro aumentar em 2009. Em 2008, o fluxo foi R$ 3, 883 bilhões em comercialização na Ceagesp. Já no ano passado, esse movimento atingiu R$ 4,354 bilhões, ou seja, subiu 12%. JE – Os aumentos verificados na Ceagesp podem interferir no índice de inflação? Godas – De forma significativa, não, pois os produtos afetados têm pouco peso nesse índice. Alimentos como arroz, feijão e carne têm um peso muito maior, mas, sem dúvida nenhuma, vai haver inflação, já que os preços de produtos mais resistentes, como a batata, também apresentaram elevação.
Flávio Godas: adversidades climáticas prejudicaram atacadistas no início do ano
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Transporte
JORNAL ENTREPOSTO
“
O Jornal Entreposto, em conjunto com a promotora da feira, está programando diversas ações como apresentações e performances inspiradas no torneio da Fifa” Universidade de São Paulo), o setor produtivo deve enxergar a logística como uma estratégia competitiva mais eficaz. “É preciso planejar e coordenar as ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo, desde o fornecimento da matéria-prima, embalagem, armazenagem e transporte adequado,
Com um faturamento de R$ 3,2 bilhões, a Volvo encerrou 2009 com a comercialização de cerca de 10 mil caminhões no Brasil e nos demais mercados sulamericanos. De acordo com a montadora, a receita obtida no ano passado é uma das três melhores registradas pela companhia desde que começou a produzir veículos no país, em 1980.
movimentação e logística
Feira acontece em maio na Ceagesp e reúne representantes de toda cadeia produtiva de hortícolas; evento aposta na Copa do Mundo para alavancar negócios
vezes e meia o que o Chile exporta em um ano”, enfatiza o técnico em abastecimento e economista Neno Silveira. “Nos tempos atuais, a questão da logística tem sido ressaltada como uma das mais cruciais para a manutenção do nível de competitividade das empresas. A adequação de processos, que conduza à maior racionalidade no uso dos recursos e a maior redução possível de custos, tornou- se imprescindível para garantir a sobrevivência em um mercado cada vez mais exigente e disputado”, completa. A Femetran 2010 será promovida mais uma vez no entreposto paulistano da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), entre os dias 11 e 14 de maio. A estatal, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, constitui o maior centro atacadista de distribuição de alimentos da América Latina, o que leva o evento ao encontro direto do segmento responsável por um mercado nacional que injeta mais de US$ 17 bilhões no PIB (Produto Interno Bruto) do país. Para o pesquisador Daniel Gerard Eijsink, do grupo de estudos logísticos da Esalq/ USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da
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Produtividade
Dada a largada para Femetran 2010
Idealizada em 2002 para atender à premente necessidade de modernização do transporte e da logística da produção agrícola brasileira, a Femetran (Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas) chega a 9ª edição e aposta no, maior evento de futebol do planeta para alavancar os negócios do segmento. “O Jornal Entreposto, em conjunto com a promotora da feira, está programando diversas ações como apresentações e performances inspiradas no torneio da Fifa”, revela o técnico em abastecimento Neno Silveira, ressaltando que os permissionários e frotistas do setor terão a oportunidade de acesso às últimas novidades das principais montadoras de veículos do país. Além de reunir todos os agentes da cadeia produtiva do agronegócio, outra função do evento é contribuir para a melhor organização e estruturação do setor, bem como promover novos negócios e parcerias. “Segundo estimativas dos órgãos oficiais, 30% de tudo que é produzido no Brasil é perdido desde a produção até o consumidor, o que dá um número aproximado de US$ 5 bilhões anuais, ou seja, duas
JORNAL ENTREPOSTO l
Refrigeração para cabine Geladeira para de caminhões carrocerias
Cabines personalizadas para veículos comerciais
Batizado de AeroTruck, o sistema de refrigeração para cabines de caminhões é o primeiro produto da Embraco, empresa da indústria de refrigeração, no segmento automotivo.
A Truckvan fabrica unidades móveis para diversas aplicações, como eventos, estandes para feiras, cozinhas experimentais, entre outros.
As geladeiras de 12 ou 24 Volts da Elber, especializada em produção de refrigeradores que funcionam a bateria, podem ser instaladas no cavalo ou na carroceria do caminhão, ao lado da caixa de comida.
De acordo com a emrpesa, o lançamento dispensa o uso de filtro de palha ou reabastecimento com água. O sistema de refrigeração é hermético, semelhante ao de refrigeradores domésticos.
Com funcionamento idêntico aos refrigeradores domésticos, elas podem ser reguladas para operar como refrigerador ou congelador.
No caso do modelo que equipa o furgão Hyundai (foto), a cabine é climatizada e tem porta lateral retrátil para operações de carga e descarga e tem ainda isolamento térmico para garantir a qualidade de produtos alimentícios, por exemplo.
O AeroTruck, porém, não substitui o ar-condicionado, cuja capacidade de refrigeração é maior e indicada para os períodos do dia em que a temperatura externa é mais elevada.
Segundo o fabricante, o equipamento tem baixo consumo de bateria, permitindo que a geladeira funcione mesmo com motor do caminhão desligado.
O equipamento é híbrido e funciona também por energia elétrica, não dependendo de o motor do carro estar ligado. Essa cabine é customizada para qualquer tamanho de caminhão.
Produção e venda de caminhões são recorde até a certeza de que o cliente teve suas necessidades e expectativas atendidas pelo produto ou serviço entregue”, avalia. Com o objetivo de mostrar as mais modernas tecnologias de transporte, manutenção de veículos, refrigeração, embalagens e as demais formas contemporâneas de logística
para a comercialização de frutas, legumes, flores e pescados, a Femetran apresenta à cadeia produtiva envolvida com o setor – transportadores, atacadistas, produtores e outros profissionais – todas as inovações necessárias ao correto escoamento da produção agrícola até a mesa do consumidor.
::Serviço::
Femetran 2010 De 11 a 14 de maio Mais informações: www.femetran.com.br
A produção e as vendas de caminhões tiveram o melhor janeiro da história, segundo informou no início de fevereiro a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A indústria fabricou 11.633 caminhões no mês passado, ante 7.566 unidades em janeiro de 2009, alta de 53,7%. Na ponta de
vendas, foram comercializados 9.739 caminhões em janeiro de 2010 ante 6.336 em janeiro de 2009, alta também de 53,7%. Segundo o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, a retomada das vendas de caminhões começou em setembro e é resultado do crescimento da economia do País. “Esta-
mos entrando em um novo patamar de vendas que varia entre 9 e 10 mil unidades por mês”, disse. “A venda de um automóvel é muito puxada pela emoção e as montadoras trabalham com isso na publicidade. Já o caminhão é uma venda muito técnica, que só ocorre se houver frete para
pagar o caminhão”, explicou. Entre os aspectos citados por Schneider e que têm favorecido as vendas de caminhões, estão o aumento dos investimentos em infraestrutura, perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – entre 5,5% e 6% neste ano -, o aumento contínuo do mercado consumidor e as projeções
para a safra agrícola deste ano de 141 milhões de toneladas, nível muito próximo ao recorde histórico de 144,5 milhões de toneladas de 2008. “Trata-se de uma bela safra que precisa ser transportada”, afirmou. “Todas essas condições se juntaram às boas políticas de acesso ao crédito pelo Finame do BNDES.”
Janeiro apresentou
53,7% de alta na fabricação
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Transporte
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O Jornal Entreposto, em conjunto com a promotora da feira, está programando diversas ações como apresentações e performances inspiradas no torneio da Fifa” Universidade de São Paulo), o setor produtivo deve enxergar a logística como uma estratégia competitiva mais eficaz. “É preciso planejar e coordenar as ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo, desde o fornecimento da matéria-prima, embalagem, armazenagem e transporte adequado,
Com um faturamento de R$ 3,2 bilhões, a Volvo encerrou 2009 com a comercialização de cerca de 10 mil caminhões no Brasil e nos demais mercados sulamericanos. De acordo com a montadora, a receita obtida no ano passado é uma das três melhores registradas pela companhia desde que começou a produzir veículos no país, em 1980.
movimentação e logística
Feira acontece em maio na Ceagesp e reúne representantes de toda cadeia produtiva de hortícolas; evento aposta na Copa do Mundo para alavancar negócios
vezes e meia o que o Chile exporta em um ano”, enfatiza o técnico em abastecimento e economista Neno Silveira. “Nos tempos atuais, a questão da logística tem sido ressaltada como uma das mais cruciais para a manutenção do nível de competitividade das empresas. A adequação de processos, que conduza à maior racionalidade no uso dos recursos e a maior redução possível de custos, tornou- se imprescindível para garantir a sobrevivência em um mercado cada vez mais exigente e disputado”, completa. A Femetran 2010 será promovida mais uma vez no entreposto paulistano da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), entre os dias 11 e 14 de maio. A estatal, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, constitui o maior centro atacadista de distribuição de alimentos da América Latina, o que leva o evento ao encontro direto do segmento responsável por um mercado nacional que injeta mais de US$ 17 bilhões no PIB (Produto Interno Bruto) do país. Para o pesquisador Daniel Gerard Eijsink, do grupo de estudos logísticos da Esalq/ USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da
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Produtividade
Dada a largada para Femetran 2010
Idealizada em 2002 para atender à premente necessidade de modernização do transporte e da logística da produção agrícola brasileira, a Femetran (Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas) chega a 9ª edição e aposta no, maior evento de futebol do planeta para alavancar os negócios do segmento. “O Jornal Entreposto, em conjunto com a promotora da feira, está programando diversas ações como apresentações e performances inspiradas no torneio da Fifa”, revela o técnico em abastecimento Neno Silveira, ressaltando que os permissionários e frotistas do setor terão a oportunidade de acesso às últimas novidades das principais montadoras de veículos do país. Além de reunir todos os agentes da cadeia produtiva do agronegócio, outra função do evento é contribuir para a melhor organização e estruturação do setor, bem como promover novos negócios e parcerias. “Segundo estimativas dos órgãos oficiais, 30% de tudo que é produzido no Brasil é perdido desde a produção até o consumidor, o que dá um número aproximado de US$ 5 bilhões anuais, ou seja, duas
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Refrigeração para cabine Geladeira para de caminhões carrocerias
Cabines personalizadas para veículos comerciais
Batizado de AeroTruck, o sistema de refrigeração para cabines de caminhões é o primeiro produto da Embraco, empresa da indústria de refrigeração, no segmento automotivo.
A Truckvan fabrica unidades móveis para diversas aplicações, como eventos, estandes para feiras, cozinhas experimentais, entre outros.
As geladeiras de 12 ou 24 Volts da Elber, especializada em produção de refrigeradores que funcionam a bateria, podem ser instaladas no cavalo ou na carroceria do caminhão, ao lado da caixa de comida.
De acordo com a emrpesa, o lançamento dispensa o uso de filtro de palha ou reabastecimento com água. O sistema de refrigeração é hermético, semelhante ao de refrigeradores domésticos.
Com funcionamento idêntico aos refrigeradores domésticos, elas podem ser reguladas para operar como refrigerador ou congelador.
No caso do modelo que equipa o furgão Hyundai (foto), a cabine é climatizada e tem porta lateral retrátil para operações de carga e descarga e tem ainda isolamento térmico para garantir a qualidade de produtos alimentícios, por exemplo.
O AeroTruck, porém, não substitui o ar-condicionado, cuja capacidade de refrigeração é maior e indicada para os períodos do dia em que a temperatura externa é mais elevada.
Segundo o fabricante, o equipamento tem baixo consumo de bateria, permitindo que a geladeira funcione mesmo com motor do caminhão desligado.
O equipamento é híbrido e funciona também por energia elétrica, não dependendo de o motor do carro estar ligado. Essa cabine é customizada para qualquer tamanho de caminhão.
Produção e venda de caminhões são recorde até a certeza de que o cliente teve suas necessidades e expectativas atendidas pelo produto ou serviço entregue”, avalia. Com o objetivo de mostrar as mais modernas tecnologias de transporte, manutenção de veículos, refrigeração, embalagens e as demais formas contemporâneas de logística
para a comercialização de frutas, legumes, flores e pescados, a Femetran apresenta à cadeia produtiva envolvida com o setor – transportadores, atacadistas, produtores e outros profissionais – todas as inovações necessárias ao correto escoamento da produção agrícola até a mesa do consumidor.
::Serviço::
Femetran 2010 De 11 a 14 de maio Mais informações: www.femetran.com.br
A produção e as vendas de caminhões tiveram o melhor janeiro da história, segundo informou no início de fevereiro a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A indústria fabricou 11.633 caminhões no mês passado, ante 7.566 unidades em janeiro de 2009, alta de 53,7%. Na ponta de
vendas, foram comercializados 9.739 caminhões em janeiro de 2010 ante 6.336 em janeiro de 2009, alta também de 53,7%. Segundo o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, a retomada das vendas de caminhões começou em setembro e é resultado do crescimento da economia do País. “Esta-
mos entrando em um novo patamar de vendas que varia entre 9 e 10 mil unidades por mês”, disse. “A venda de um automóvel é muito puxada pela emoção e as montadoras trabalham com isso na publicidade. Já o caminhão é uma venda muito técnica, que só ocorre se houver frete para
pagar o caminhão”, explicou. Entre os aspectos citados por Schneider e que têm favorecido as vendas de caminhões, estão o aumento dos investimentos em infraestrutura, perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – entre 5,5% e 6% neste ano -, o aumento contínuo do mercado consumidor e as projeções
para a safra agrícola deste ano de 141 milhões de toneladas, nível muito próximo ao recorde histórico de 144,5 milhões de toneladas de 2008. “Trata-se de uma bela safra que precisa ser transportada”, afirmou. “Todas essas condições se juntaram às boas políticas de acesso ao crédito pelo Finame do BNDES.”
Janeiro apresentou
53,7% de alta na fabricação
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Especial Copa do Mundo nunca foi lugar de surpresas Por Gilberto Bombardi
Faltando pouco mais de 3 meses para o início do torneio de futebol mais importante do mundo, as apostas de quais serão as principais seleções e as candidatas ao título são as mesmas dos últimos 50 anos. História, tradição, peso da camisa, craques... tudo se repete com as mesmas camisas, com os mesmos países, mas em lugares diferentes. Pela primeira vez na história, a Copa será no continente africano e por esse motivo já podemos riscar mais da metade dos times da lista de prováveis campeões. Isso porque nunca um time europeu ganhou uma Copa fora do velho continente. A Inglaterra só ganhou na Inglaterra, a França na França, Itália e Alemanha também devem parte de seus títulos ao fator casa e a outra parte “pegando dos vizinhos”. Argentina e Uruguai também tiveram
suas “taças residenciais”, mas continuemos com foco na Europa, agora naqueles que nunca chegaram a levantar a taça. Espanha e Holanda sempre tiveram grandes times regionais e torneios cheios de craques, mas na hora de formar uma seleção e ir para Copa, não passam de promessas. A seleção espanhola vem liderando o ranking de seleções da FIFA nesses últimos tempos, mas pela sua participação na Copa das Confederações, já deu pra perceber que a Fúria não será tão furiosa assim. Falemos então daqueles azarões tradicionais. Na Ásia, Japão e Coreia estão aprendendo a jogar futebol. Na América do Norte, o México sonha em jogar como time sul-americano e os Estados Unidos vivem tentando provar para o resto do mundo que o “soccer” não é tão importante assim. Legal mesmo seria ver um time africano ser campeão. Sempre apresentando um futebol moleque, rápido, cheio de ginga, bem parecido com o brasileiro, mas
Copa do Mundo FIFA de 2010
l JORNAL ENTREPOSTO
esporte
Pela primeira vez na história, a Copa será no continente africano e por esse motivo já podemos riscar mais da metade dos times da lista de prováveis campeões
pouco organizado e menos ainda estruturado. Quem sabe daqui algumas décadas, né?!? E essa ausência de surpresas, leva sempre ao mesmo lugar: Brasil. Único país que disputou todas as copas do mundo, único país que foi campeão em todos os continentes que houve o torneio, único país pentacampeão! Com grandes jogadores sempre em grandes times, a amarelinha quando chega a Copa abre caminho e impõe respeito, mesmo quando não é favorita. Assim eu acredito que será essa Copa. Brasil e Argentina como principais candidatos, Inglaterra e Espanha correndo por fora. Talvez, possamos ver um Paraguai ou um Chile também chegando longe, caso mantenham a regularidade dos últimos meses. Nada mais. Sem surpresas. Como eu nunca previ nenhum acidente e também nunca acertei os números da Mega Sena, façam suas apostas. Mas para mim, quem for à África do Sul nos meses de junho e julho, não encontrará zebras.
Saiba mais Feira de Negócios
Local: África do Sul, sendo o primeiro mundial sediado em continente africano
No ano da Copa nós reservamos o melhor local para você.
Período: 11 de junho - 11 de julho
Garanta já seu espaço para a maior Feira de Negócios dirigida ao setor de transporte, movimentação e logística de produtos hortifrutícolas, a FEMETRAN 2010.
Primeiros jogos do Brasil Brasil x Coreia do Norte Data: 15/6 - 15h30 Local: Joanesburgo
Países Classificados
A Ceagesp é responsável pela comercialização de quase 20% dos produtos hortifrutícolas do país, segundo o diagnóstico da Conab, ou seja, cerca de 3 milhões de toneladas por ano de produtos.
América do Sul: Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai
Todo esse movimento necessita de um aparato de transporte e logística para o alimento ser distribuído aos varejistas.
Europa:
O desenvolvimento dessa atividade de comercialização envolve uma série de mecanismos de apoio, responsáveis pela viabilização do processo.
Holanda, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Dinamarca, Sérvia, Itália, Eslováquia, Suíça, Grécia, Eslovênia, Portugal e França
Sua empresa pode fazer parte desta rede de negócios e oferecer produtos e serviços a clientes potenciais. Participe!
Oceania:
Informações: 11 3831.4875
Nova Zelândia
Brasil x Costa do Marfim
Concacaf: México, Estados Unidos, e Honduras
Ásia:
Data: 20/6 - 15h30 Local: Joanesburgo
Coreia do Sul, Coreia do Norte, Japão e Austrália (que joga pela Oceania)
Brasil x Portugal Data: 25/6 - 11h00 Local: Durban
África:
ENTREPOSTO
África do Sul, Gana, Costa do Marfim, Nigéria, Camarões e Argélia
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Colesterol alto: o que fazer?
Por Valéria Bonani Betini Haiek
Antes de mais nada é preciso entender o que é o colesterol. Podemos dizer, em termos populares, que é a “gordura” presente no sangue . Quando ingerida, é absorvida no intestino e transportada para o fígado, onde é convertida em colesterol, sendo, então, liberado para corrente sanguínea. É muito importante para o funcionamento do organismo, pois em quantidades suficientes ajudam a formar hormônios e vitamina D, além de outras substâncias. Porém, o seu excesso pode resultar no aumento de “placas gordurosas” nas paredes das artérias. Há dois tipos principais de colesterol: a lipoproteína de baixa densidade - LDL colesterol ou o “colesterol ruim” - e a lipoproteína de alta densidade - HDL colesterol, o chamado “colesterol bom”. O primeiro (colesterol ruim), está associado à aterosclerose (acúmulo de depósitos gordurosos ricos em colesterol nas paredes das artérias), o que pode estreitar ou “entupir” as artérias, reduzindo a velocidade ou interrompendo o fluxo de sangue aos órgãos vitais, especialmente o coração (podendo causar infarto do
miocárdio) e cérebro (podendo causar acidente vascular cerebral, conhecido como “derrame cerebral” do tipo isquêmico ). Já o colesterol bom protege o organismo contra ataques do coração e “derrames”, removendo o colesterol ruim das artérias e devolvendo-o ao fígado. Como não apresenta sintomas, um indivíduo pode estar com níveis elevados de colesterol sem saber. Por isso é tão importante fazer exames regularmente. Vários fatores podem ser responsáveis pela alteração do colesterol como, por exemplo, má alimentação, fatores hereditários, estar acima do peso corpóreo, falta de atividade física, problemas associados como a diabetes, doença renal, doença do fígado e tireóide. Na tentativa de normalizá-lo, devemos tomar medidas na mudança do estilo de vida. Comer alimentos com baixo teor de colesterol, manter o peso corpóreo em valores normais para idade e biótipo, fazer atividade física com regularidade, parar de fumar e atividades de lazer ajudam diminuir o estresse “físico” e “mental”. Em muitos casos, são ne-
cessários o uso de medicamentos associados, sempre prescritos por médicos. Os alimentos que podem aumentar o colesterol são margarinas e manteigas, carnes “gordas” (cupim, picanha, bisteca de porco ou carneiro, bacon, hambúrgueres, salsicha, linguiça, salame), biscoitos, bolos, massas folhadas, chocolates, queijos amarelos e creme de leite, frutos do mar, entre outros. Os alimentos permitidos são pães integrais, frutas frescas e secas, cereais diversos, soja, vegetais e leguminosas, carnes magras (alcatra, maminha), carne branca ( filé de peito de frango, peixes). Essas dicas são importantes, mas nunca deixe de fazer uma avaliação médica, assim será possível um tratamento ideal para cada caso. Dra. Valéria Bonani Betini Haiek (CRM 72566) é cardiologista e clínica geral Consultório: Rua Monte Alegre,47 Tel/fax: (11) 3862-6362
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Fevereiro 2010 l JORNAL ENTREPOSTO
JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2010
Qualidade CQH-CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP
B1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Técnico
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Nota Fiscal Eletrônica
A obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal eletrônica para os atacadistas de frutas e hortaliças frescas foi prorrogada para 1o de abril de 2010.
Capítulo II
O produtor rural e a Previdência Social Anita de Souza Dias Gutierrez Cláudio Inforzato Fanale Ossir Gorenstein Ubiratan Martins Ferraz CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O Centro de Qualidade em Horticultura desenvolveu com a colaboração técnica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, da Faesp e do Senar cartilhas destinadas ao produtor rural, com o objetivo de facilitar a sua vida no trato com as exigências legais. A cartilha foi dividida em partes. A primeira parte trata do ‘Produtor Rural e a Previdência Social’, a segunda do ‘Preenchimento da Nota Fiscal do Produtor’ e a terceira, que está sendo elaborada pelo SENAR de ‘As Obrigações Trabalhistas do Produtor Rural’. Aqui, o leitor confere o capítulo II com as respostas às perguntas 11ª a 16ª. As respostas às primeiras dez perguntas foram publicadas na edição de janeiro do Jornal Entreposto. 11ª Quem é Produtor Rural Pessoa Jurídica? É a empresa legalmente constituída, inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal, que se dedica à produção agropecuária ou pesqueira, em área urbana ou rural. 12ª Quais são os tipos de contribuições que podem ser exigidas dos produtores rurais pela Previdência Social? Há diversos tipos de contribuições do produtor rural à Previdência Social e a sua exigência depende de cada situação: a) Contribuição sobre o valor da produção comercializada; b) Retenção e recolhimento da contribuição do empregado segurado; c) Recolhimento a terceiros sobre a folha de pagamento; d) Contribuição para fins de aposentadoria (carnê); e) Recolhimento de 20% sobre a contratação de contribuinte individual (autônomo); f) Recolhimento de 15% sobre o valor da nota fiscal/fatura relativa à contratação de cooperativa de trabalho. • a.Contribuição sobre o valor da produção comercializada (Conhecida antigamente como FunruraL) Todos os tipos de produtores rurais devem contribuir
com a Previdência Social através do pagamento de um percentual sobre a receita bruta ou valor bruto da produção comercializada. É a contribuição sobre a venda da produção agropecuária. O recolhimento do valor devido deve ser feito diretamente pelo produtor rural ou, quando a lei determinar, por contribuinte sub-rogado. Os produtores rurais Pessoas Físicas devem recolher diretamente quando venderem a produção nas seguintes situações: • Venda direta no varejo a consumidor pessoa física; • Venda para adquirente residente no exterior – exportação; • Venda para outro produtor Pessoa Física. A venda da produção do produtor rural Pessoa Física a empresa comercial, industrial, consumidora ou cooperativa, caracteriza a sub-rogação, sendo o recolhimento da contribuição previdenciária de responsabilidade deste comprador. Quando da emissão da nota fiscal de entrada (contra-nota), o adquirente sub-rogado deverá descontar o valor desta contribuição do pagamento a ser efetuado ao produtor rural Pessoa Física. O produtor rural Pessoa Jurídica (empresa) sempre será responsável pelo recolhimento (diretamente à Previdência Social) sobre o valor bruto da produção comercializada, qualquer que seja o adquirente. • b. retenção e recolhimento da contribuição do empregado segurado O produtor rural Pessoa Física e o produtor rural Pessoa Jurídica são responsáveis pelo recolhimento da contribuição previdenciária dos segurados empregados, constantes da folha de pagamento. A alíquota a ser aplicada depende da faixa salarial do empregado. O valor retido deve ser recolhido à Previdência Social e descontado do pagamento mensal feito ao empregado. • c. Recolhimento a terceiros sobre a folha de pagamento Oprodutor rural pessoa física e o produtor rural pessoa jurídica são responsáveis pelo recolhimento de 2,7% da folha de pagamento dos seus empregados, assim distribuídos: 2,5% para salário educação e 0,2% para o Incra ( Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). • d. Contribuição para fins de aposentadoria (carnê)
Contribuição
20% deve ser recolhido sendo o produtor rural pessoa física para fins de aposentadoria
20% a mais sobre o seu salário de contribuição sendo um contribuinte facultativo garantindo uma renda maior ao salário mínimo
dia 02 de cada mês subsequente à operação de venda é o prazo para recolhimento da contribuição devida sobre o valor da receita bruta da produção comercializada
O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam a melhoria desse serviço
O produtor rural pessoa física, na qualidade de contribuinte individual, deve recolher a alíquota de 20% sobre o seu salário de contribuição, para fins de aposentadoria. O produtor rural segurado especial que quiser aumentar o valor de sua aposentadoria, acima de um salário mínimo, poderá contribuir na qualidade de contribuinte facultativo, também com 20% sobre o salário de contribuição. Em ambos os casos, serão obrigatórios a inscrição do produtor e a matrícula do estabelecimento rural no INSS ( Instituto Nacional do Seguro Sócia)l. • e. Recolhimento de 20% sobre a contratação de contribuinte individual (autônomo) O produtor rural pessoa física e o produtor rural pessoa jurídica, deverão recolher 20% sobre a remuneração paga a contribuinte individual (autônomo). • f. Recolhimento de 15% sobre o valor da nota fiscal/fatura relativa à contratação de cooperativa de trabalho O produtor rural pessoa física e o produtor rural pessoa jurídica deverão recolher 15% sobre o valor da nota fiscal ou fatura da cooperativa de trabalho. 13ª O produtor rural pessoa física pode escolher entre a contribuição social sobre o valor da produção e da folha
de pagamento de seus funcionários? Não há escolha a fazer entre uma e outra forma de recolhimento. As duas formas de contribuição são obrigatórias. O recolhimento da contribuição sobre o valor da produção somente será feito diretamente pelo produtor na venda da produção a outro produtor pessoa física, a consumidor final ou a adquirente no exterior. Nas demais situações, a contribuição sobre o valor da produção deve ser recolhida pelo adquirente. No segundo caso, o recolhimento da contribuição sobre a folha de pagamento é feito pelo produtor, e o valor é descontado no pagamento mensal do empregado. 14ª O que é sub-rogação? É a condição em que a empresa adquirente (pessoa jurídica) é diretamente responsável pelo recolhimento das contribuições sociais (sobre o valor da produção) devidas pelo produtor rural pessoa física. A sub-rogação é estabelecida em lei (art.30, IV, Lei nº 8.212/91) e estabelece que cabe à empresa adquirente o recolhimento da referida contribuição, no prazo legal, e o respectivo lançamento do valor comercializado na SEFIP – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social.
15ª Qual é o prazo para o recolhimento da contribuição sobre o valor da produção comercializada? Em todos os casos, o prazo para recolhimento da contribuição devida sobre o valor da receita bruta da produção comercializada é o dia 02 (dois) do mês subsequente à operação de venda. 16ª Em algum momento o produtor precisará comprovar o recolhimento da contribuição social? Por quanto tempo ele deverá guardar os comprovantes? Sim, a qualquer momento que ocorra uma auditagem, o produtor precisará comprovar que efetuou os recolhimentos. No caso do contribuinte individual, este deverá comprovar os recolhimentos no momento em que requerer a sua aposentadoria. Estes documentos deverão ser mantidos guardados o tempo necessário para essa comprovação. Já os documentos fiscais podem ser mantidos guardados pelo prazo de 05 (cinco) anos. O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam o aperfeiçoamento de seu serviço. Entre em contato: cqh@ceagesp.gov.br ou (11) 3643-3825
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Fevereiro 2010 l
JORNAL ENTREPOSTO
EMBRAPA De acordo com a Embrapa, pesquisas realizadas pela Rede FertBrasil, rede que reúne mais de 200 pesquisadores, podem ajudar a suprir 20% da demanda nacional de fertilizantes. Atualmente, o Brasil consome 22,5 milhões de toneladas de fertilizantes e, desse total, 92% é importado.
CQH
A manga no mundo e no Brasil 33 milhões
de toneladas das três frutas tropicais produzidas no mundo em 2007
40%
do total da produção mundial, coloca a Índia em 1º lugar no ranking
Atacado
Produto Legumes Frutas
Local Verduras
Dias da semana
Horário
Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.
14h às 21h 8h às 18h
AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais Seg. a Sáb.
Local Pescados
MLP- Mercado Livre do Produtor Terça. a Sáb.
Local Diversos *
Praça (Peixe, sardinha e congelados) 9h às 20h
Seg. a Sáb.
Local Flores
Local Flores
Local
AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores Seg. e Quinta
10h às 18h
Terça e Sexta
6h às 11h
PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3
*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana
Varejo
Produto Varejão
Local Varejão Noturno
Local Flores
Local
Dias da semana
Horário
Sáb. e Dom.
7h às 13h
Quarta
17h às 22h
Seg. e Quinta
10h às 18h
MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3
PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) Portão 7 MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3
Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Resonsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848 Edição Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo Estagiária Mariana G. Marques
Colaboradores Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita
Redação Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edifício Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158 E-mails:
Editoração Eletrônica / Artes Letícia D. Benetti Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues Web Master Michelly Vasconcellos
diretoria@jornalentreposto.com.br jornalismo@jornalentreposto.com.br comercial@jornalentreposto.com.br Os artigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.
www.jornalentreposto.com.br
Gabriel Vicente Bitencourt de Almeida CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO, que contabiliza os dados de manga (Mangifera indica L.), goiaba (Psidium guajava L.) e mangostão (Garcinia mangostana L.) em conjunto, o mundo produziu em 2007 mais de 33 milhões de toneladas das três frutas tropicais. Todavia, a manga é certamente, pelo menos em quantidade, a mais importante das três fruteiras. A Índia é disparada o primeiro produtor mundial com mais de 40% do total e uma produção quase quatro vezes maior que a da China, segunda colocada no ranking. O Brasil ocupa a sétima posição, com uma produção de 1,5 milhão de toneladas produzidas em uma área de 90 mil hectares. É importante destacar que a produtividade brasileira é bem superior aos demais grandes produtores (Tabela 1). Em 2006, de acordo com a mesma FAO, o planeta produziu 32.361.639 toneladas das três frutas e destas, 1.128.629 toneladas, apenas 3,49% do total, foram exportadas para outros países, o restante foi consumido in natura ou processado, principalmente na forma de chutney, nos países de origem. A pequena porcentagem exportada se explica pelo fato dos principais países produtores possuírem populações imensas e de a manga estar fortemente inserida na dieta destes povos. Por outro lado, é uma fruta tropical e os grandes importadores de frutas são, na grande maioria, países desenvolvidos de clima temperado e com mercados altamente exigentes na qualidade e segurança dos alimentos. Assim, se torna alto o custo de produzir e enviar mangas para estes compradores, tornando a fruta nestes mercados um produto caro e relativamente de luxo. Embora o mercado internacional ofereça imensas oportunidades, já que a manga é uma fruta deliciosa e altamente apreciada quando se torna conhecida, os mercados internos serão sempre o maior destino para a maior parte da produção.
Tabela 1
Área cultivada e quantidade produzida mundialmente de manga, goiaba e mangostão em 2007
Tabela 2
Área cultivada e quantidade produzida de manga, por região geográfica, no Brasil em 2007
Fonte: IBGE (2009)
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JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2010
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voCê e o meio ambiente
só têm a ganhaR.
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NÚMEROS
Fevereiro 2010
l JORNAL ENTREPOSTO
CATI
JORNAL ENTREPOSTO l
B5
Fevereiro 2010
Tecnologia
ALIMENTAÇÃO
A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) lançou a campanha “Milho Safrinha 2010”, que visa a alertar os agricultores ou lembrá-los dos cuidados simples, e praticamente sem custos, que minimizam os riscos de perdas na cultura.
Uma via de cada nota fiscal que entra na Ceagesp é encaminhada para a SEDES (Seção de Economia e Desenvolvimento) da companhia e seus dados contribuem para enriquecer o Sistema de Informações e Estatísticas de Mercado (SIEM). É possível saber a cada dia, o número de entradas por produto, o seu volume, município de origem e para quem é destinado. Os dados organizados por dia da semana, semana do mês, semana do ano, mês, ano, origem e destino permitem uma melhor compreensão do sistema atual e um investimento mais seguro no futuro. A seguir, você confere os dados da banana, dos citros e do tomate em 2008, grandes responsáveis pela utilização das embalagens retornáveis e potenciais clientes do Centro Logístico de Caixas da Ceagesp. Banana • O volume total ofertado no ano de 2008 foi de 77 mil toneladas. • A oferta mensal é homogênea ao longo do ano. Em 2008 o mês de maior entrada teve 9% (outubro) e o mês de menor entrada teve 7% (julho). • A entrada média diária de banana no ETSP é bem distribuída de segunda a sábado, sendo terçafeira o dia de menor entrada (14%) 11 mil toneladas e 2.133 entradas e sábado o dia de maior entrada (18%) 14 mil toneladas e 2.379 entradas. • Em 2008 foram registradas 14.425 entradas de banana. É bom lembrar que no caso da banana, na maioria das vezes, uma entrada significa um caminhão de banana. A média diária de entradas varia nos diferentes dias da semana, de 42 entradas (219 toneladas) na terça-feira, até 53 entradas (252 toneladas) na segunda-feira. • O volume médio semanal de entradas em 2008 foi de 1,4 mil toneladas em 277 entradas. Algumas semanas apresentaram menor volume e menor número de entradas como a última semana do ano (53) com 625 toneladas e 145 entradas, e a 1ª mais a 2ª semanas do ano com 780 toneladas e 131 entradas (juntas), o maior volume foi na 3ª semana com 3,2 mil toneladas e 595 entradas. Citros • O volume total ofertado no ano de 2008 foi de 539 mil toneladas. • A laranja foi responsável por 59% do volume, o limão por 13% e a tangerina/mexerica 28%. • A oferta mensal foi bem distribuída. O mês de maior volume em 2008 foi agosto (10%) e os de menor foram janeiro, fevereiro e março com 7% cada um. • Os números de entradas de citros no ETSP impressionam: 82.205 entradas em 2008, uma média diária de 267 entradas e 1,5 mil toneladas. Cada entrada, em média, significa 7 toneladas de citros. • Existem registros de entrada em todos os dias da semana, a segunda-feira e a sexta-feira apresentam o maior número de entradas (371) 19 mil toneladas, seguidas pela quarta-feira (306) 15,9 mil toneladas e o menor dia de entrada é o sábado com (107) 5,4 mil toneladas. • O volume médio semanal foi de 10 mil toneladas em 1.551 entradas. Algumas semanas apresentaram menor volume 3,6 mil toneladas em 498 entradas (semana 53) e a semana 3 apresentou o maior volume 15,5 mil toneladas em 2.018 entradas. Tomate • O volume total ofertado no ano de 2008 foi de 269 mil toneladas, considerando inclusive tomate caqui e cereja. • A oferta média mensal foi bem distribuída (8%), sendo os
A Embrapa desenvolveu uma nova tecnologia no combate à sigatoka-negra, principal ameaça à cultura da banana. Pesquisadores descobriram que a aplicação de pequenas doses de fungicida em determinada parte das folhas das bananeiras é suficiente para garantir a saúde da planta e a produção de frutos de qualidade.
Movimentação da banana, dos citros e do tomate no ETSP meses de menor entrada julho (6%) e novembro (7%) e o de maior entrada fevereiro (10%). • Existe variação expressiva de volume por dia da semana. A segunda-feira é o dia de maior entrada e responde por 27% do volume de entradas (8.803), seguida pela sextafeira 23% (8.630) e pela quarta-feira 21% (7.695) e o sábado o dia de menor volume que é responsável por 5% e 1.584 entradas. • Em 2008 foram registrados 33.782 entradas, em média 8 toneladas cada entrada. O número médio diário de
entradas é 108 e 863 toneladas. A segunda-feira apresenta a maior média no número de entradas (169) 1,3 mil toneladas, seguida pela sextafeira (166) 1,2 mil toneladas e pela quarta-feira (145) 1 mil toneladas. A menor média por dia de entrada é o sábado (30) 246 toneladas. • O volume médio semanal de entrada foi de 5 mil toneladas em 637 entradas (média). A semana 27 foi a que apresentou menor volume 1,6 mil em 196 entradas e a semana 3 apresentou o maior volume 6,7 mil toneladas em 905 entradas.
Merenda escolar e a Ceagesp
“
O programa Hortiescolha, desenvolvido pela Ceagesp, é uma ferramenta de auxílio na caracterização, escolha e controle de qualidade de frutas e hortaliças frescas voltada para os serviços de alimentação coletiva”
Fabiane Mendes da Câmara
Eng. de Alimentos CQH/Cegesp
Todos os dias úteis da semana, 46 milhões de refeições são servidas nas escolas públicas do país, de acordo com os dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE (2008). Elas garantem que, pelo menos uma vez por dia, os estudantes tenham acesso a uma refeição equilibrada com o fornecimento de energia e nutrientes essenciais e que
contribua para a formação de consumidores conscientes e para a prevenção de futuros problemas de saúde. A oferta de 100 gramas de frutas e hortaliças frescas em cada refeição significa o consumo diário de 4,6 milhões de quilos de frutas e hortaliças (prontas no prato), um volume bruto superior considerandose que uma parte é perdida no preparo. Em 2009, o FNDE repassou aos municípios brasileiros R$ 2.052 milhões para a alimentação escolar. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) limita
o uso de alimentos industrializados, dando prioridade e incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras, porém respeitando os hábitos alimentares de cada localidade. O repasse do governo federal por aluno era, até o início deste ano, R$ 0,22 por dia e passou a R$ 0,33. As frutas e hortaliças são componentes essenciais na alimentação escolar, pelo seu valor nutricional e pela sua diversidade de aromas, sabores, cores, formatos e texturas diferentes. A sua compra é um grande desafio e a diferença de valor do mesmo pro-
duto, no mesmo dia, entre lotes de diferentes tamanhos e qualidades é muito grande. A nutricionista em geral compra o produto mais valorizado e recebe o menos valorizado - normalmente duas vezes mais barato - . A compra bem feita exige a caracterização precisa do alimento e de suas diferentes classificações, uma base para a negociação de preço e de escolha da classificação do produto de melhor custo-benefício para cada utilização. O programa Hortiescolha, desenvolvido pela Ceagesp, é uma ferramenta de auxílio na caracterização, escolha e controle de qualidade de frutas e hortaliças frescas voltada para os serviços de alimentação coletiva. O trabalho é realizado através do levantamento dos principais produtos e dos métodos de preparo mais comuns utilizados pelos serviços de alimentação, seguido pela caracterização e pelo estudo do aproveitamento do produto e da diferença de valor entre as classificações. A Ficha HortiEscolha de cada produto, disponível em www. ceagesp.gov.br é composta por: Descrição do produto; Opções de escolha na solicitação de compra (variedades mais comuns, forma de apresentação, etc); Indicativos de maturação; Equivalência entre as denominações de classificação utilizada pela Cotação da Ceagesp, o mercado atacadista e o Prohort (Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura); Padrão mínimo de qualidade; Orientação para a escolha da classificação de melhor custo-benefício (Índices de aproveitamento, valoração e escolha). A demanda pelo HortiEscolha tem sido grande. No ano passado, o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp treinou 2.075 funcionários das prefeituras (colaboradores do Restaurante Popular, da Alimentação Escolar, nutricionistas e estagiárias de nutrição) de Suzano, Ribeirão Preto, Taboão da Serra, Santana do Parnaíba, Osasco, Hortolândia, São Bernardo do Campo e Araçatuba, empresas de serviços de alimentação e profissionais da área de alimentação e afins. O objetivo do treinamento é tornar o aluno capaz de usar as ferramentas desenvolvidas pelo HortiEscolha, na caracterização do objeto de compra na licitação ou pregão, na escolha da classificação de melhor custo-benefício, na exigência e controle de qualidade, no aumento da diversidade e da quantidade oferecida ao estudante, no caso da merenda escolar. Os trabalhos desenvolvidos pelo programa Hortiescolha foram apresentados durante o XI Seminário de Alimentação Escolar, em outubro de 2009, no Instituto de Tecnologia de Alimentos em Campinas, SP. A lei federal nº. 11.947, de 16 de junho de 2009, determinou que no mínimo 30% dos recursos repassados pelo FNDE para a alimentação escolar devem ser utilizados na compra direta de agricultores familiares locais. A medida torna ainda mais complexa a administração da Merenda Escolar pelas Prefeituras e entra em vigor agora. O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp está desenvolvendo um banco de dados que facilite a tomada de decisão na gestão da alimentação escolar, desde a escolha entre diferentes frutas e hortaliças, a busca por produtos locais na época correta, a diferenciação de preço na compra do agricultor familiar, todas as etapas que vão da elaboração do cardápio até o recebimento na unidade de consumo, em parceria com a Esalq/USP. O treinamento HortiEscolha é um serviço oferecido gratuitamente pela Ceagesp para o setor de refeições coletivas, sendo necessário um agendamento prévio pelo telefone: 3643-3825 ou pelo email: cqh@ceagesp.gov.br.
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NÚMEROS
Fevereiro 2010
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Tecnologia
ALIMENTAÇÃO
A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) lançou a campanha “Milho Safrinha 2010”, que visa a alertar os agricultores ou lembrá-los dos cuidados simples, e praticamente sem custos, que minimizam os riscos de perdas na cultura.
Uma via de cada nota fiscal que entra na Ceagesp é encaminhada para a SEDES (Seção de Economia e Desenvolvimento) da companhia e seus dados contribuem para enriquecer o Sistema de Informações e Estatísticas de Mercado (SIEM). É possível saber a cada dia, o número de entradas por produto, o seu volume, município de origem e para quem é destinado. Os dados organizados por dia da semana, semana do mês, semana do ano, mês, ano, origem e destino permitem uma melhor compreensão do sistema atual e um investimento mais seguro no futuro. A seguir, você confere os dados da banana, dos citros e do tomate em 2008, grandes responsáveis pela utilização das embalagens retornáveis e potenciais clientes do Centro Logístico de Caixas da Ceagesp. Banana • O volume total ofertado no ano de 2008 foi de 77 mil toneladas. • A oferta mensal é homogênea ao longo do ano. Em 2008 o mês de maior entrada teve 9% (outubro) e o mês de menor entrada teve 7% (julho). • A entrada média diária de banana no ETSP é bem distribuída de segunda a sábado, sendo terçafeira o dia de menor entrada (14%) 11 mil toneladas e 2.133 entradas e sábado o dia de maior entrada (18%) 14 mil toneladas e 2.379 entradas. • Em 2008 foram registradas 14.425 entradas de banana. É bom lembrar que no caso da banana, na maioria das vezes, uma entrada significa um caminhão de banana. A média diária de entradas varia nos diferentes dias da semana, de 42 entradas (219 toneladas) na terça-feira, até 53 entradas (252 toneladas) na segunda-feira. • O volume médio semanal de entradas em 2008 foi de 1,4 mil toneladas em 277 entradas. Algumas semanas apresentaram menor volume e menor número de entradas como a última semana do ano (53) com 625 toneladas e 145 entradas, e a 1ª mais a 2ª semanas do ano com 780 toneladas e 131 entradas (juntas), o maior volume foi na 3ª semana com 3,2 mil toneladas e 595 entradas. Citros • O volume total ofertado no ano de 2008 foi de 539 mil toneladas. • A laranja foi responsável por 59% do volume, o limão por 13% e a tangerina/mexerica 28%. • A oferta mensal foi bem distribuída. O mês de maior volume em 2008 foi agosto (10%) e os de menor foram janeiro, fevereiro e março com 7% cada um. • Os números de entradas de citros no ETSP impressionam: 82.205 entradas em 2008, uma média diária de 267 entradas e 1,5 mil toneladas. Cada entrada, em média, significa 7 toneladas de citros. • Existem registros de entrada em todos os dias da semana, a segunda-feira e a sexta-feira apresentam o maior número de entradas (371) 19 mil toneladas, seguidas pela quarta-feira (306) 15,9 mil toneladas e o menor dia de entrada é o sábado com (107) 5,4 mil toneladas. • O volume médio semanal foi de 10 mil toneladas em 1.551 entradas. Algumas semanas apresentaram menor volume 3,6 mil toneladas em 498 entradas (semana 53) e a semana 3 apresentou o maior volume 15,5 mil toneladas em 2.018 entradas. Tomate • O volume total ofertado no ano de 2008 foi de 269 mil toneladas, considerando inclusive tomate caqui e cereja. • A oferta média mensal foi bem distribuída (8%), sendo os
A Embrapa desenvolveu uma nova tecnologia no combate à sigatoka-negra, principal ameaça à cultura da banana. Pesquisadores descobriram que a aplicação de pequenas doses de fungicida em determinada parte das folhas das bananeiras é suficiente para garantir a saúde da planta e a produção de frutos de qualidade.
Movimentação da banana, dos citros e do tomate no ETSP meses de menor entrada julho (6%) e novembro (7%) e o de maior entrada fevereiro (10%). • Existe variação expressiva de volume por dia da semana. A segunda-feira é o dia de maior entrada e responde por 27% do volume de entradas (8.803), seguida pela sextafeira 23% (8.630) e pela quarta-feira 21% (7.695) e o sábado o dia de menor volume que é responsável por 5% e 1.584 entradas. • Em 2008 foram registrados 33.782 entradas, em média 8 toneladas cada entrada. O número médio diário de
entradas é 108 e 863 toneladas. A segunda-feira apresenta a maior média no número de entradas (169) 1,3 mil toneladas, seguida pela sextafeira (166) 1,2 mil toneladas e pela quarta-feira (145) 1 mil toneladas. A menor média por dia de entrada é o sábado (30) 246 toneladas. • O volume médio semanal de entrada foi de 5 mil toneladas em 637 entradas (média). A semana 27 foi a que apresentou menor volume 1,6 mil em 196 entradas e a semana 3 apresentou o maior volume 6,7 mil toneladas em 905 entradas.
Merenda escolar e a Ceagesp
“
O programa Hortiescolha, desenvolvido pela Ceagesp, é uma ferramenta de auxílio na caracterização, escolha e controle de qualidade de frutas e hortaliças frescas voltada para os serviços de alimentação coletiva”
Fabiane Mendes da Câmara
Eng. de Alimentos CQH/Cegesp
Todos os dias úteis da semana, 46 milhões de refeições são servidas nas escolas públicas do país, de acordo com os dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE (2008). Elas garantem que, pelo menos uma vez por dia, os estudantes tenham acesso a uma refeição equilibrada com o fornecimento de energia e nutrientes essenciais e que
contribua para a formação de consumidores conscientes e para a prevenção de futuros problemas de saúde. A oferta de 100 gramas de frutas e hortaliças frescas em cada refeição significa o consumo diário de 4,6 milhões de quilos de frutas e hortaliças (prontas no prato), um volume bruto superior considerandose que uma parte é perdida no preparo. Em 2009, o FNDE repassou aos municípios brasileiros R$ 2.052 milhões para a alimentação escolar. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) limita
o uso de alimentos industrializados, dando prioridade e incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras, porém respeitando os hábitos alimentares de cada localidade. O repasse do governo federal por aluno era, até o início deste ano, R$ 0,22 por dia e passou a R$ 0,33. As frutas e hortaliças são componentes essenciais na alimentação escolar, pelo seu valor nutricional e pela sua diversidade de aromas, sabores, cores, formatos e texturas diferentes. A sua compra é um grande desafio e a diferença de valor do mesmo pro-
duto, no mesmo dia, entre lotes de diferentes tamanhos e qualidades é muito grande. A nutricionista em geral compra o produto mais valorizado e recebe o menos valorizado - normalmente duas vezes mais barato - . A compra bem feita exige a caracterização precisa do alimento e de suas diferentes classificações, uma base para a negociação de preço e de escolha da classificação do produto de melhor custo-benefício para cada utilização. O programa Hortiescolha, desenvolvido pela Ceagesp, é uma ferramenta de auxílio na caracterização, escolha e controle de qualidade de frutas e hortaliças frescas voltada para os serviços de alimentação coletiva. O trabalho é realizado através do levantamento dos principais produtos e dos métodos de preparo mais comuns utilizados pelos serviços de alimentação, seguido pela caracterização e pelo estudo do aproveitamento do produto e da diferença de valor entre as classificações. A Ficha HortiEscolha de cada produto, disponível em www. ceagesp.gov.br é composta por: Descrição do produto; Opções de escolha na solicitação de compra (variedades mais comuns, forma de apresentação, etc); Indicativos de maturação; Equivalência entre as denominações de classificação utilizada pela Cotação da Ceagesp, o mercado atacadista e o Prohort (Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura); Padrão mínimo de qualidade; Orientação para a escolha da classificação de melhor custo-benefício (Índices de aproveitamento, valoração e escolha). A demanda pelo HortiEscolha tem sido grande. No ano passado, o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp treinou 2.075 funcionários das prefeituras (colaboradores do Restaurante Popular, da Alimentação Escolar, nutricionistas e estagiárias de nutrição) de Suzano, Ribeirão Preto, Taboão da Serra, Santana do Parnaíba, Osasco, Hortolândia, São Bernardo do Campo e Araçatuba, empresas de serviços de alimentação e profissionais da área de alimentação e afins. O objetivo do treinamento é tornar o aluno capaz de usar as ferramentas desenvolvidas pelo HortiEscolha, na caracterização do objeto de compra na licitação ou pregão, na escolha da classificação de melhor custo-benefício, na exigência e controle de qualidade, no aumento da diversidade e da quantidade oferecida ao estudante, no caso da merenda escolar. Os trabalhos desenvolvidos pelo programa Hortiescolha foram apresentados durante o XI Seminário de Alimentação Escolar, em outubro de 2009, no Instituto de Tecnologia de Alimentos em Campinas, SP. A lei federal nº. 11.947, de 16 de junho de 2009, determinou que no mínimo 30% dos recursos repassados pelo FNDE para a alimentação escolar devem ser utilizados na compra direta de agricultores familiares locais. A medida torna ainda mais complexa a administração da Merenda Escolar pelas Prefeituras e entra em vigor agora. O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp está desenvolvendo um banco de dados que facilite a tomada de decisão na gestão da alimentação escolar, desde a escolha entre diferentes frutas e hortaliças, a busca por produtos locais na época correta, a diferenciação de preço na compra do agricultor familiar, todas as etapas que vão da elaboração do cardápio até o recebimento na unidade de consumo, em parceria com a Esalq/USP. O treinamento HortiEscolha é um serviço oferecido gratuitamente pela Ceagesp para o setor de refeições coletivas, sendo necessário um agendamento prévio pelo telefone: 3643-3825 ou pelo email: cqh@ceagesp.gov.br.
B6
Fevereiro 2010 l
JORNAL ENTREPOSTO
ECONOMIA
Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para fevereiro Flávio Luis Godas Chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp
OPÇÕES DE COMPRA
QUANTIDADES COMERCIALIZADAS:
PRODUTO
EMBAL.
PESO(KG)
DEZEMBRO PREÇO MÉDIO(R$)
JANEIRO PREÇO MÉDIO(R$)
TENDÊNCIA FEVEREIRO
FRUTAS
Mesmo com as condições climáticas adversas, excesso de chuvas e altas temperaturas nas principais regiões produtoras do sul e sudeste, o entreposto terminal de
São Paulo (ETSP) encerrou o mês de janeiro apresentando ligeira elevação na quantidade ofertada. O volume em janeiro foi 1,25% superior ao registrado em janeiro de
2009. Foram comercializadas 263.044 toneladas em 2010 ante 259.804 negociadas em 2009. O quadro abaixo demonstra os volumes comercializados no ETSP:
ABACATE GEADA
CX K
22,00
28,28
21,76
BAIXA
AMEIXA RUBI MEL
KG
1,00
2,68
2,35
BAIXA ESTÁVEL
BANANA NANICA
KG
1,00
0,80
0,73
FIGO
CX T
1,50
6,20
9,54
BAIXA
GOIABA BRANCA
CX T
2,00
4,42
4,51
ESTÁVEL
LIMÃO TAITI
CX M
25,00
22,59
15,38
ESTÁVEL
MAMÃO FORMOSA
KG
1,00
1,38
0,83
BAIXA
MELÃO AMARELO
CX
13,00
17,18
16,77
ESTAVEL
PESSEGO ESTRANGEIRO
KG
1,00
3,55
3,04
BAIXA
LEGUMES ABÓBORA MORANGA
KG
1,00
0,66
0,67
ESTÁVEL
ABOBORA SECA
KG
1,00
1,09
1,09
BAIXA
BATATA DOCE ROSADA
CX K
22,00
14,06
12,80
BAIXA
BERINJELA
CX K
12,00
10,48
11,21
ESTAVEL
MANDIOCA
CX K
23,00
11,59
11,50
ESTÁVEL
PEPINO COMUM
CX K
23,00
13,11
12,83
ESTAVEL
PIMENTAO VERMELHO
CX K
11,00
26,93
24,44
BAIXA
QUIABO
CX K
17,00
25,76
23,08
BAIXA
VERDURAS ACELGA
ENG
12,00
10,87
14,01
ALTA
BROCOLIS NINJA
ENG
8,00
17,37
17,23
ALTA
MILHO VERDE
SC
20,00
5,67
5,25
ESTAVEL
ORÈGANO
MÇ
0,22
2,05
2,09
ESTAVEL
REPOLHO LISO
ENG
25,00
9,45
17,26
ALTA
DIVERSOS
Tendência
Por setor de comercialização, houve crescimento nos setores de legumes (4,63%), diversos (7,45%) e flores (4,67%). Frutas, verduras e pescados registraram retração do volume comercializado
As chuvas ocorridas desde o final de 2009 vêm prejudicando a produção de hortaliças, principalmente as mais sensíveis. No setor de verduras, o mais atingido pelas chuvas e altas temperaturas, a previsão para fevereiro e março é de acentuada retração no volume ofertado, perda de qualidade e elevação dos preços praticados. Somente a partir de abril, dependendo ainda das condições climáticas, é que este quadro poderá sofrer reversão. Até mesmo os produtos mais resistentes como repolho e acelga sofreram os impactos negativos.
O setor de legumes também foi bastante prejudicado em fevereiro e deverá sofrer os mesmo problemas que afetaram as verduras. No setor de frutas, não houve perdas acentuadas neste curto prazo. Algumas culturas poderão ser atingidas caso persistam as chuvas. No setor de flores a expectativa é de preços e volumes estáveis. O setor de pescados deverá apresentar elevação da quantidade ofertada somente em março. Com a proximidade da Semana Santa, a tendência é que não mais haja redução dos preços praticados.
CEBOLA SANTA CATARINA
KG
1,00
1,40
1,39
BAIXA
OVO BRANCO
CX
20,00
41,86
38,03
ESTÁVEL
FLORES ANGÉLICA
PCT
3,00
7,91
6,37
BAIXA
BOCA DE LEÃO
MÇ
0,66
6,11
4,69
BAIXA
CRISANTEMO POLARES
VS
2,50
2,81
2,28
BAIXA
DALIA
MÇ
0,44
5,46
4,82
ESTÁVEL
ESTRELICIA
DZ
0,90
6,60
6,06
ESTÁVEL
GIRASSOL
PCT
2,60
5,68
4,28
ESTÁVEL
ROSA
DZ
0,30
10,33
9,39
ESTÁVEL
PESCADOS ABROTEA
KG
1,00
3,01
4,86
BAIXA
BONITO
KG
1,00
1,71
1,60
ESTÁVEL
CAÇÃO
KG
1,00
4,82
5,25
ESTÁVEL
CAVALINHA
KG
1,00
2,73
2,41
ESTÁVEL
PESCADA
KG
1,00
5,36
5,12
BAIXA
PESCADA GOETE
KG
1,00
1,94
2,23
BAIXA
PESCADA MARIA MOLE
KG
1,00
2,38
2,93
BAIXA
PRODUTOS COM QUANTIDADES OFERTADAS REDUZIDAS FRUTAS
LARANJA LIMA, LIMA DA PÉRSIA, MARACUJÁ AZEDO E TANGERINA PONKAM
LEGUMES
CHUCHU, ERVILHA TORTA, PEPINO JAPONES E VAGEM MACARRÃO
VERDURAS
BRÓCOLOS, ESPINAFRE, RÚCULA, SALSA.AGRIÃO, ALFACE, ESPINAFRE, ESCAROLA, BROCOLOS, COENTRO, RABANETE E RÚCULA
DIVERSOS
COCO SECO E MILHO DE PIPOCA
PESCADOS
CAMARÃO ROSA, SARDINHA, NAMORADO E ROBALO
FONTE: CEAGESP
JORNAL ENTREPOSTO l Fevereiro 2010
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Aspectos da comercialização de condimentos
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* Marcos Roberto Furlan é professor e coordenador do curso de Agronomia da Faculdade Integral Cantareira
Vantagens:
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As plantas condimentares são usadas há mais de 5.000 anos, sendo, por exemplo, servidas na mesa de imperadores, encontradas nos túmulos dos faraós e utilizadas como medicamentos por gregos e romanos na antiguidade. Atualmente, se observa significativo aumento no consumo em função, entre outros fatores, da valorização do uso de produtos mais naturais na culinária, da divulgação das formas de usos pela mídia e também pela descoberta da atividade destas espécies na prevenção de alguns tipos de cânceres, ação justificada por serem ricas em antioxidantes. No Brasil, com sua diversidade de clima e solo, os condimentos ainda não receberam a devida atenção com relação à sua produção, e, por isso, o país é ainda considerado grande importador da maioria das espécies condimentares. Muitas de uso comum na nossa culinária são importadas
nefícios medicinais e cultivar as espécies consciente de que as substâncias responsáveis pelo valor condimentar são estimuladas por condições de estresse, pois servem como defesa da planta, ou seja, não pode ter adubação nem irrigação excessivas. A produção isenta de agrotóxicos valoriza o produto. Como alternativas de renda na produção de condimentos, além do fornecimento fresco e que proporciona maior renda, podem ser citadas para pequenas áreas, de 500 m2 a 10000 m2 (1,0 ha) produção de mudas, lembrando que esta atividade necessidade de registro na Secretaria da Agricultura, no Ibama, responsável técnico e se for empresa, também registro no Crea; produção para distribuição direta, para restaurantes, por exemplo; e produção para artesanato. Para áreas maiores, superiores a 10 hectares, produção para atacadista e para farmácias de manipulação, pois muitos condimentos são usados em medicamentos.
RE
Por Marcos Roberto Furlan*
como a erva-doce, tomilho, sálvia, alecrim, orégano, manjerona e manjericões. Apesar de serem plantas que não exigem técnicas sofisticadas de cultivo, são comercializadas por preços considerados caros, se comparado com os das hortaliças. Sobre exemplos de valores que o consumidor paga no supermercado, um maço de louro ou de manjericão é vendido, em média, por R$ 2,00 e cerca de 10 gramas da planta seca da maioria dos condimentos é comercializado por R$ 1,50 a 3,00, dependendo da marca. Importante destacar que em função da qualidade e da embalagem, o preço pode ser bem superior, e para fornecer um dado para cálculo da possibilidade de renda, condimentos como sálvia, alecrim, tomilho, hortelãs e orégano produzem por ano, em média, 1,5 a 2,0 toneladas de matéria seca por hectare, ou cinco vezes mais se for considerar de matéria fresca. Condimentos do tipo sementes como cominho, erva-doce, aneto, alcarávia e funcho produzem de 0,5 a 1,0 tonelada por hectare. Com relação às características do produtor de condimentos podem ser citadas as seguintes: deve conhecer as plantas pelo nome científico, estar informado sobre os be-
WillFrut Distribuidora de Frutas
Comercio de Frutas Nan-Pack
Gaucho - Degeronne Comercial
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Fevereiro 2010 l
CÁ ENTRE NÓS
AUMENTE
SUAS VENDAS
Manelão*
3ª Edição do Anuário Entreposto
Colunista
De volta às atividades Em janeiro, foi celebrada uma missa em memória da doutora Zilda Arns, que brilhantemente conduziu as Pastorais da Criança e do Idoso. Durante a cerimônia, realizada na Associação Nossa Turma, o frei Fábio, da igreja Nossa Senhora de Lurdes, enfatizou que os profetas recebem a missão de levar a Boa Nova a todos. E dona Zilda, por onde passou, foi formando voluntários e cuidando das mães no aspecto emocional e das crianças, no nutricional. Após a comunhão, durante a Ação de Graças, José Daniel, conhecido como o “poeta dos carregadores”, contou que foi à Curitiba acompanhar o sepultamento de dona Zilda Arns e, inspirado, escreveu um poema em homenagem a ela. Com a voz embargada pela emoção, Daniel declamou seu poema, acompanha-
JORNAL ENTREPOSTO
do atentamente por todos os presentes que lotaram o pátio da Nossa Turma. Nesta missa também foi lembrado o senhor Basílio Petilan, que desde o início das atividades da Ceagesp, trabalhou vendendo frutas para educar os filhos e fez amigos por mais de quatro décadas de sua vida, dedicada a servir à coletividade. Os nossos sentimentos à família enlutada e ao Fran, seu filho, que vai continuar a luta a exemplo do pai. *** O grupo Teatro de Garagem apresentou a peça com animação de bonecos “A cuca fofa de Tarsila” em outubro do ano passado. Após a apresentação formou-se um batepapo e várias histórias foram contadas pelas mães e pais
dos alunos e, no último dia 9 de fevereiro, essas histórias ganharam vida na fala dos bonecos. Foi um sucesso! *** As crianças voltaram às aulas com a corda toda e já temos boas notícias logo no começo de mais um ano letivo. A esposa de um permissionário do setor de abacaxi doou para o parquinho um brinquedo chamado castelo medieval e todas as crianças estão procurando a princesa no interior do castelo. Nesse início de ano, agradecemos à Juliana, do grupo NK, que nos doou papel sulfite e ao Sérgio, que mandou coco verde à vontade para toda a criançada. A água estava uma delícia!
Teatro na Nossa Turma: diversão e cultura
CQH lança cartilha do morango A nova cartilha de classificação de morango, lançada em dezembro do ano passado,corresponde ao 33º propduto do Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura. A primeira cartilha foi lançada em 2002 e agora foi atualizada e reeditada. Nela constam informações técnicas sobre a classificação, glossário e morfologia do produto. A nova edição traz como novidade fotos das principais cultivares comercializadas na Ceagesp, além de identificação e ilustração com fotos de doenças pós-colheita do morango. Esse trabalho foi desenvolvido em parceria com o Instituto Biológico de São Paulo, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Ceasa Campinas e conta com o apoio da Fapesp. Diversas empresas envolvidas na cadeia de produção de morango colaboraram para a impressão do material. Dentre elas, destacamos os atacadistas Benassi, Frutamina Comercial Agrícola e NK Central de Distribuição de Hortifruti, sediadas no Entreposto Terminal de São Paulo. Os interessados em obter a cartilha poderão retirá-la no CQH que fica no Edifício LEA ou EDSED II Loja 07.
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JORNAL ENTREPOSTO l
Fevereiro 2010
Ceasas Brasil
C1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Notícias
C
COMERCIALIZAÇÃO
Índice Ceagesp sobe 0,83% em janeiro
Volume financeiro da Ceagesp atinge R$ 4,35 bi em 2009 Rede de armazenagem também apresentou resultado positivo
A rede de entrepostos comercializou no ano passado
3,94
milhões de toneladas de produtos, resultado
2,42%
maior que 2008
A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) registra mais uma vez resultados positivos de entrepostagem e armazenagem. De acordo com a companhia, em 2009, o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) comercializou 3,15 milhões de toneladas de frutas, verduras, legumes, pescado e flores, recorde dos últimos 21 anos. No ano passado, o volume financeiro movimentado no ETSP atingiu R$ 4,35 bilhões, ou 12,1% superior ao do ano anterior. Considerado a maior cen-
tral de abastecimento da América Latina, no ETSP o setor de frutas liderou o volume de comercialização, com 1,67 milhão de toneladas, seguido por legumes, com 807,2 mil toneladas. O setor de diversos, que inclui cebola, batata e alho, vem em terceiro no ranking de volume, com 349 mil toneladas, e verduras, com 231,8 mil toneladas. No ano passado, a rede de 13 entrepostos da Ceagesp comercializou 3,94 milhões de toneladas de produtos, resultado 2,42% maior que o do ano anterior. O volume financeiro em toda a rede subiu
12%, em 2009, com um total de R$ 5,31 bilhões, contra os R$ 4,74 bilhões de 2008. Nas unidades no interior, o crescimento médio do volume comercializado em 2009 foi de 7,1%, chegando ao total de 788 mil toneladas. Merecem destaque no volume comercializado as unidades de Franca, que registrou elevação de 32,6%; Ribeirão Preto, que avançou 22,9%; Sorocaba, com elevação de 18,0%; e Bauru, com aumento de 11,2%. O fluxo financeiro das unidades do interior também subiu 11,1%, em relação a 2008, para R$ 957,1 milhões.
Recorde no trigo A rede de armazéns, silos e graneleiros mantida pela estatal também apresentou resultados positivos em 2009. As 19 unidades ativas da rede armazenadora receberam 804,88 mil toneladas de produtos agrícolas e industriais, o segundo maior dos últimos cinco anos. O volume de trigo armazenado na rede cresceu 3,91%, no ano passado, atingiu as 258,86 mil toneladas, recorde dos últimos dez anos. O total de recebimento de produtos nos armazéns e silos da Ceagesp no ano passado foi 26,1% menor, na comparação com o recorde de 1,09 milhão de toneladas, registrado em 2008. Essa diminuição, segundo a empresa, é consequência direta da queda de 33,76% no recebimento de açúcar. Com preços favoráveis no mercado externo, a tendência foi de os produtores venderem suas produções diretamente no mercado internacional, sem a necessidade de armazenamento. O desempenho operacional da estocagem na rede sofreu ainda impacto da crise econômica mundial, que afetou o valor das principais commodities agrícolas no ano passado.
O setor de verduras, com alta de 11,6%, puxou para cima o Índice Ceagesp, que subiu 0,83% em janeiro. Nos últimos 12 meses, o índice, que mede a variação dos preços no atacado dos principais produtos comercializados na estatal, acumula alta de 6,41%. O excesso de chuvas nas regiões produtoras do Sudeste, principalmente no cinturão verde de São Paulo, prejudicou a oferta e a qualidade das verduras, com efeito direto no aumento dos preços. A expectativa para este mês é que os preços se mantenham em alta e comecem a atingir até alguns produtos substitutos. “Sol e altas temperaturas, comuns em fevereiro, podem acentuar as perdas e acarretar mais elevações de preços das verduras”, diz o chefe do Departamento de Economia da Ceagesp, Flávio Godas. As altas mais acentuadas no setor de verduras foram registradas para o repolho (82,19%), escarola (20,60%), alface (20,82%) e espinafre (41,85%). As quedas mais importantes foram para o milho verde (-12,30%) e o coentro (46,40%). No setor de frutas, somente a produção de banana na região do Vale do Ribeira foi mais prejudicada. Como os estoques da fruta para climatização estavam altos, não houve alterações nos preços praticados em janeiro. A previsão é de elevação de preço em meados deste mês. Para as demais frutas, a sazonalidade exerce papel fundamental neste setor. Assim, a previsão é de estabilidade, pois são várias as opções para o consumidor. As frutas registraram elevação de 1,40%. As principais altas foram da laranja lima (49,09%); abacaxi havaí (36,19%); abacaxi pérola (17,02%), manga tommy (62,26%), maracujá azedo (7,22%). Já o mamão formosa, abacate, limão taiti, uva itália, uva benitaka e figo apresentaram queda de preço. No setor de legumes, o recuo foi de 1,72%, impulsionado pelas quedas de 25,32% para o pimentão verde; de 32,66% para o tomate; de 4,98% para a cenoura e de 6,96% para a mandioca. Registram alta: ervilha torta, pepino japonês, vagem, abobrinha brasileira e jiló. De acordo com a Ceagesp, os pescados, cujos preços recuaram 4,95% em janeiro, deverão seguir com ligeira queda nos preços até as proximidades da Semana Santa, em abril.
C2
Fevereiro 2010
l JORNAL ENTREPOSTO
JORNAL ENTREPOSTO l
C3
Fevereiro 2010
Balanço de comercialização na CeasaMinas
ENTREPOSTOS
O valor comercializado no entreposto de Contagem da CeasaMinas cresceu 2% em 2009, no comparativo com o ano anterior. Hortigranjeiros, cereais e produtos industrializados somaram R$ 3,47 bilhões. A oferta de mercadorias alcançou 2,35 milhões de toneladas, valor 1,3% inferior a 2008. Já o grupo de hortigranjeiros, que responde por 60% do volume negociado na central, ficou praticamente estável, com alta de 7% no preço médio.
Ceasas brasileiras discutem qualidade das embalagens para hortifrutícolas
Ceasa de Presidente Prudente cede espaço para agricultores familiares
“
72
módulos do pavilhão atendem até
É importante que se empilhe caixa sobre caixa, e não caixa sobre produto”
5
produtores rurais
R$ 11,50
Rita Luengo
Seminário realizado no início de fevereiro na Ceasa de Goiânia foi marcado por palestras, em que representantes das empresas expuseram sua experiência com a utilização de embalagens plásticas, que tendem a substituir as caixas de madeira, e propor soluções para as centrais de todo país. Representando a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Newton Araújo falou sobre tentativas de se implementar um programa de padronização de embalagens de produtos hortifrutigranjeiros. Newton comentou as leis que instituem FLV. Ainda com relação a leis, Ricardo Wagner, da Anivsa, ressaltou que as frutas e hortaliças devem ser embaladas seguindo aspectos legais, que visam, entre outros, a higiene e conservação dos produtos. “Uma das utilidades da embalagem é mercadológica”, explica Wagner. Ele se refere à apresentação dos produtos, um dos quesitos mais discutidos durante o evento. Segundo a pesquisadora Rita Luengo uma das responsáveis pela tecnologia das caixas inteligentes, o maior desafio ao se desenvolver embalagens plásticas é acabar com os danos mecânicos, causados no transporte dos alimentos. “É importante que se empilhe caixa sobre caixa, e não caixa sobre produto”, afirma. Buscando inspiração também em outros países, Rita desenvolveu caixas com cantos arredondados, abertura lateral e pouca profundidade. “Diminui-se as perdas e o tempo de distribuição, além de ser possível dizer a quantidade de produto contida em cada caixa e encaixar uma na outra”, afirma ela. Para o administrador e consultor da Ceasa Goiás, Mauri Gonçalves, há uma tendência na empresa goiana de se estender o uso de caixas plásticas ao abacaxi. “A maioria dos produtores de abacaxi estão adaptando as caixas já utilizadas na banana para seus produtos”, afirma. Ele acredita também que a mudança para embalagens plásticas só foi possível devido à nova legislação. “Se a legislação não tivesse mudado, talvez não teria sido possível que essa mudança fosse iniciada”, completa. Gonçalves explica que apesar do gasto com essa embalagem ser maior, o ganho final compensa o investimento. “Há uma melhora na qualidade da fruta, redução do custo operacional, padronização comercial e, principalmente, se atende à legislação”, conclui.
custo diário do módulo
A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), em Presidente Prudente, está disponibilizando um pavilhão para agricultores familiares assentados de Presidente Epitácio. As negociações estão sendo feitas com a intermediação do Coordenador da Regional Oeste da Fundação Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo), Marco Túlio Vanalli. O espaço, de cerca de 900 metros quadrados, será usado para a comercialização de hortifrutigranjeiros produzidos em Presidente Epitácio, podendo se estender para associações da região. A negociação começou por meio de um convite feito pela Fundação Itesp para uma reunião, que aconteceu no final de dezembro do ano passado, entre representantes da Ceagesp, cerca de 20 produtores de assentamentos da cidade, representantes do Itesp e de associações de produtores. De acordo com o Itesp, cada um dos 72 módulos do pavilhão têm condições de atender até cinco produtores, que terão de arcar com o custo diário de R$11,50 por módulo. É necessário que a associação seja cadastrada na Ceagesp para poder reservar o dia e o local. A Ceagesp oferece ainda treinamento e capacitação para estabelecer um padrão de qualidade, com noções de embalagem e de comercialização para grandes consumidores, como hipermercados. Ceasa de Presidente Prudente:
Minas Gerais pode ter nova Ceasa Varginha é a cidade que possui maior Produto Interno Bruto (PIB) de MG
A equipe técnica da CeasaMinas deu início a estudos para a implantação de uma central de abastecimento no município de Varginha, no Sul do Estado. O termo foi assinado também pela prefeitura da cidade e a intenção, segundo a estatal, é que a nova central abasteça não só o município de Varginha, mas também as cidades do entorno.
A previsão da prefeitura é de que a construção de uma Ceasa poderá incentivar a produção agrícola local uma vez que os produtores terão um novo meio para escoarem suas mercadorias. A CeasaMinas deverá indicar um representante para participar dos estudos de viabilidade, da localização da obra, das especificações dos equipamentos de apoio administrativo, de informática e de classificação.
Da parte do município de Varginha, deverá ser indicado um representante para desenvolvimento das ações que prevêem o termo. Segundo a Ceasa/Minas, dos seis municípios mineiros (Barbacena, Caratinga, Governador Valadares, Juiz de Fora, Uberlândia e Contagem) que possuem entreposto, Varginha é a que possui maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor do PIB per capita do município é de R$ 25.089,00 mil. Para a diretora TécnicoOperacional da Ceasa, Ana Paschoal, Varginha demonstra enorme potencial para instalação de uma central de abastecimento, seja pelo elevado PIB médio do município, o maior de Minas, seja pela vocação agrícola, percebida em toda a região, que poderá ser canalizada para esta cidade polo.
Nova Ceasa/ES vende mais de 660 t Um volume de mais de 666 toneladas de produtos com um valor estimado de comercialização em R$ 856.816,90. Esses foram os dados apresentados, referentes aos dois meses de funcionamento do entreposto - de dezembro de 2009 a janeiro de 2010 - pelo Consórcio Público Intermunicipal para o Fortalecimento da Produção e Comercialização de Produtos Hortigranjeiros (Cointer), grupo responsável pela gestão operacional da
unidade regional Noroeste da Ceasa/ES, em Colatina. O secretário estadual da Agricultura, Enio Bergoli, ressaltou que a unidade foi inaugurada em um período difícil, típico de férias, mas que mesmo assim obteve bons números. “Temos alguns desafios para enfrentar e fazer com que o mercado funcione perfeitamente. Depois dessa apresentação, vamos traçar novos objetivos e metas, visando à redução da curva de apren-
dizado. Estamos no caminho certo”, afirmou. Durante a apresentação dos dados, o diretor técnico-operacional da Ceasa/ES, Carmo Robilotta Zeitune, destacou alguns pontos para adequação, como ajustes na oferta x demanda; a necessidade de investimento pelos atacadistas a fim de se manterem em suas lojas, além de operar nos seus mercados de origem; e uma maior participação dos produtores dos municípios consorciados.
Para o diretor presidente da Ceasa/ES, Luiz Carlos Prezoti, a unidade de Colatina é fundamental para o abastecimento e a comercialização de hortigranjeiros do Espírito Santo. “Esse entreposto da Ceasa Noroeste agrega o Sistema Estadual de Mercados Atacadistas, descentralizando os serviços oferecidos aos agentes da cadeia produtiva, especialmente os produtores rurais, atacadistas e a rede varejista”.
Dezembro de 2009 a Janeiro de 2010
666 toneladas foi o volume comercializado
espaço de cerca de 900 m 2 será usado para comercialização de hortifrutigranjeiros produzidos em Presidente Epitácio
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Balanço de comercialização na CeasaMinas
ENTREPOSTOS
O valor comercializado no entreposto de Contagem da CeasaMinas cresceu 2% em 2009, no comparativo com o ano anterior. Hortigranjeiros, cereais e produtos industrializados somaram R$ 3,47 bilhões. A oferta de mercadorias alcançou 2,35 milhões de toneladas, valor 1,3% inferior a 2008. Já o grupo de hortigranjeiros, que responde por 60% do volume negociado na central, ficou praticamente estável, com alta de 7% no preço médio.
Ceasas brasileiras discutem qualidade das embalagens para hortifrutícolas
Ceasa de Presidente Prudente cede espaço para agricultores familiares
“
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módulos do pavilhão atendem até
É importante que se empilhe caixa sobre caixa, e não caixa sobre produto”
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produtores rurais
R$ 11,50
Rita Luengo
Seminário realizado no início de fevereiro na Ceasa de Goiânia foi marcado por palestras, em que representantes das empresas expuseram sua experiência com a utilização de embalagens plásticas, que tendem a substituir as caixas de madeira, e propor soluções para as centrais de todo país. Representando a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Newton Araújo falou sobre tentativas de se implementar um programa de padronização de embalagens de produtos hortifrutigranjeiros. Newton comentou as leis que instituem FLV. Ainda com relação a leis, Ricardo Wagner, da Anivsa, ressaltou que as frutas e hortaliças devem ser embaladas seguindo aspectos legais, que visam, entre outros, a higiene e conservação dos produtos. “Uma das utilidades da embalagem é mercadológica”, explica Wagner. Ele se refere à apresentação dos produtos, um dos quesitos mais discutidos durante o evento. Segundo a pesquisadora Rita Luengo uma das responsáveis pela tecnologia das caixas inteligentes, o maior desafio ao se desenvolver embalagens plásticas é acabar com os danos mecânicos, causados no transporte dos alimentos. “É importante que se empilhe caixa sobre caixa, e não caixa sobre produto”, afirma. Buscando inspiração também em outros países, Rita desenvolveu caixas com cantos arredondados, abertura lateral e pouca profundidade. “Diminui-se as perdas e o tempo de distribuição, além de ser possível dizer a quantidade de produto contida em cada caixa e encaixar uma na outra”, afirma ela. Para o administrador e consultor da Ceasa Goiás, Mauri Gonçalves, há uma tendência na empresa goiana de se estender o uso de caixas plásticas ao abacaxi. “A maioria dos produtores de abacaxi estão adaptando as caixas já utilizadas na banana para seus produtos”, afirma. Ele acredita também que a mudança para embalagens plásticas só foi possível devido à nova legislação. “Se a legislação não tivesse mudado, talvez não teria sido possível que essa mudança fosse iniciada”, completa. Gonçalves explica que apesar do gasto com essa embalagem ser maior, o ganho final compensa o investimento. “Há uma melhora na qualidade da fruta, redução do custo operacional, padronização comercial e, principalmente, se atende à legislação”, conclui.
custo diário do módulo
A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), em Presidente Prudente, está disponibilizando um pavilhão para agricultores familiares assentados de Presidente Epitácio. As negociações estão sendo feitas com a intermediação do Coordenador da Regional Oeste da Fundação Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo), Marco Túlio Vanalli. O espaço, de cerca de 900 metros quadrados, será usado para a comercialização de hortifrutigranjeiros produzidos em Presidente Epitácio, podendo se estender para associações da região. A negociação começou por meio de um convite feito pela Fundação Itesp para uma reunião, que aconteceu no final de dezembro do ano passado, entre representantes da Ceagesp, cerca de 20 produtores de assentamentos da cidade, representantes do Itesp e de associações de produtores. De acordo com o Itesp, cada um dos 72 módulos do pavilhão têm condições de atender até cinco produtores, que terão de arcar com o custo diário de R$11,50 por módulo. É necessário que a associação seja cadastrada na Ceagesp para poder reservar o dia e o local. A Ceagesp oferece ainda treinamento e capacitação para estabelecer um padrão de qualidade, com noções de embalagem e de comercialização para grandes consumidores, como hipermercados. Ceasa de Presidente Prudente:
Minas Gerais pode ter nova Ceasa Varginha é a cidade que possui maior Produto Interno Bruto (PIB) de MG
A equipe técnica da CeasaMinas deu início a estudos para a implantação de uma central de abastecimento no município de Varginha, no Sul do Estado. O termo foi assinado também pela prefeitura da cidade e a intenção, segundo a estatal, é que a nova central abasteça não só o município de Varginha, mas também as cidades do entorno.
A previsão da prefeitura é de que a construção de uma Ceasa poderá incentivar a produção agrícola local uma vez que os produtores terão um novo meio para escoarem suas mercadorias. A CeasaMinas deverá indicar um representante para participar dos estudos de viabilidade, da localização da obra, das especificações dos equipamentos de apoio administrativo, de informática e de classificação.
Da parte do município de Varginha, deverá ser indicado um representante para desenvolvimento das ações que prevêem o termo. Segundo a Ceasa/Minas, dos seis municípios mineiros (Barbacena, Caratinga, Governador Valadares, Juiz de Fora, Uberlândia e Contagem) que possuem entreposto, Varginha é a que possui maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor do PIB per capita do município é de R$ 25.089,00 mil. Para a diretora TécnicoOperacional da Ceasa, Ana Paschoal, Varginha demonstra enorme potencial para instalação de uma central de abastecimento, seja pelo elevado PIB médio do município, o maior de Minas, seja pela vocação agrícola, percebida em toda a região, que poderá ser canalizada para esta cidade polo.
Nova Ceasa/ES vende mais de 660 t Um volume de mais de 666 toneladas de produtos com um valor estimado de comercialização em R$ 856.816,90. Esses foram os dados apresentados, referentes aos dois meses de funcionamento do entreposto - de dezembro de 2009 a janeiro de 2010 - pelo Consórcio Público Intermunicipal para o Fortalecimento da Produção e Comercialização de Produtos Hortigranjeiros (Cointer), grupo responsável pela gestão operacional da
unidade regional Noroeste da Ceasa/ES, em Colatina. O secretário estadual da Agricultura, Enio Bergoli, ressaltou que a unidade foi inaugurada em um período difícil, típico de férias, mas que mesmo assim obteve bons números. “Temos alguns desafios para enfrentar e fazer com que o mercado funcione perfeitamente. Depois dessa apresentação, vamos traçar novos objetivos e metas, visando à redução da curva de apren-
dizado. Estamos no caminho certo”, afirmou. Durante a apresentação dos dados, o diretor técnico-operacional da Ceasa/ES, Carmo Robilotta Zeitune, destacou alguns pontos para adequação, como ajustes na oferta x demanda; a necessidade de investimento pelos atacadistas a fim de se manterem em suas lojas, além de operar nos seus mercados de origem; e uma maior participação dos produtores dos municípios consorciados.
Para o diretor presidente da Ceasa/ES, Luiz Carlos Prezoti, a unidade de Colatina é fundamental para o abastecimento e a comercialização de hortigranjeiros do Espírito Santo. “Esse entreposto da Ceasa Noroeste agrega o Sistema Estadual de Mercados Atacadistas, descentralizando os serviços oferecidos aos agentes da cadeia produtiva, especialmente os produtores rurais, atacadistas e a rede varejista”.
Dezembro de 2009 a Janeiro de 2010
666 toneladas foi o volume comercializado
espaço de cerca de 900 m 2 será usado para comercialização de hortifrutigranjeiros produzidos em Presidente Epitácio
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Mariana Gonçalves Marques
Turismo
Forte São João Localizado no canal de Bertioga, cartão-postal da cidade, é considerado pelo Iphan o forte mais bem-conservado, é também o primeiro monumento de arquitetura militar construído no Brasil. No local, encontram-se artefatos, réplicas de espadas, arcabuzes, canhões, armamentos utilizados pelos portugueses no século 16
Bertioga,
da natureza ao luxo Praia de São Lourenço A praia de São Lourenço tem 4,5 Km de mar limpo e águas transparentes, que abrange desde o empreendimento Riviera de São Lourenço, com 2,6 milhões de metros quadrados de área verde e ótima infraestrutura, até o Jardim São Lourenço. No píer são realizados campeonatos de surfe. Esta é a praia mais agitada, onde fica o condomínio de classe média, “Riviera de São Lourenço” com ótima infraestrutura turística, bares, shoppings, casas noturnas e supermercados, além da segurança particular que faz a ronda no condomínio.
Antes da chegada dos portugueses, Bertioga era habitada por índios da tribo tupi-guarani, que chamavam o local de “Buriquioca” (morada dos macacos)
Bertioga, como todo litoral paulista, possui vestígios da ocupação pré-histórica, comprovados pelos diversos depósitos de calcários existentes na região. Esse tipo de sítio arqueológico, chamados de Sambaqui, é constituído de grandes quantidades acumuladas de conchas de moluscos marinhos e terrestres, misturados com instrumentos de pedra e ossos e esqueletos ou parte de esqueletos humanos e de animais que representam testemunhos da cultura dos paleoamerídios do Brasil. Bertioga possui 43 quilômetros de belíssimas praias e diversas atrações naturais. A maior parte da cidade encontra-se no Parque Estadual da Serra do Mar formando um verdadeiro santuário ecológico, com uma grande reserva de Mata Atlântica, rios, longos manguezais, cachoeiras e belas praias que completam as atrações deste paraíso. A estrutura de apoio ao turista é muito boa. A cidade possui todos os tipos de serviços, como hotéis, pousadas, restaurantes, bares, baladas, operadores de mergulho, ecoturismo, e também serviços básicos como farmácias e drogarias, hospitais e supermercados. Bertioga faz divisa ao sul com o Guarujá e ao norte divide a praia da Boracéia com São Sebastião. Pela proximi-
dade com a capital paulista, a apenas 106 quilômetros, e com uma ótima infraestrutura, é uma ótima opção para um fim de semana de verão, unindo a natureza, a história e cultura do local.
Guia de Praias Praia da Enseada Possui 12 quilômetros de extensão, começando no centro da cidade, no encontro com o canal de Bertioga, seguindo até o bairro do Indaiá. Possui larga faixa de areia clara e dura, mar aberto bom para banhos e pesca de arremesso, é a praia mais movimentada. Ideal para o surfe nos trechos em frente ao Hotel Marazul 27 e na Colônia do Sesc-Bertioga, instalação que abriga um centro de lazer, oferece completa estrutura para as atividades, recreativas, esportivas, culturais, incluindo caminhadas em trilhas ecológicas. Já, no trecho do Indaiá, o mar tem águas claras, com poucas ondas, próprias para crianças e prática de esportes náuticos, além de mergulhos.
Indaiá Praia muito limpa, quase sem ondas. É um verdadeiro aquário marinho, onde são encontradas diversas es-
pécies de peixes e animais aquáticos. Tem como opções de lazer os famosos bananas boats, em que o turista pode fazer um passeio de 15 minutos e é bem baratinho. É a praia favorita dos velejadores.
Itaguaré Com acesso pelo Jardim São Lourenço, é um dos locais mais procurados por surfistas. São 3,5 km com faixa de areia dura e larga, mar aberto, sendo que em uma de suas extremidades deságua o rio que leva o mesmo nome. É ótima para banhos, pesca de arremesso e considerada a única praia virgem da região, um verdadeiro aquário marinho, onde são encontradas diversas espécies de peixes e animais aquáticos. Com acesso também pela Rio-Santos, sentido Bertioga-São Sebastião, há entrada para a Barra do Itaguaré. No local, é possível alugar caiaques e canoas para passeios no rio.
Guaratuba Com 8 km de águas limpas e mar aberto, a praia da Guaratuba se transforma em um cenário lindo e muito tranqüilo. Na ponta norte fica a barra do Rio Guaratuba, ideal para reunir a família e amantes da pesca amadora. As areias claras se misturam à barra do rio e ao mar, garantindo muita diversão e banhos aprazíveis.
Boracéia O nome desta praia significa para os índios “lugar de muita gente”. São 4,7 Km de praia bem na divisa com São Sebastião. O local oferece total infraestrutura com quiosques e campings. Nessa praia acontece, anualmen-
te, o tradicional torneio de pesca, promovido pelo Clube Aramaçan, de Santo André.
Trilhas A cidade possui muitas trilhas ecológicas, algumas fáceis, outras nem tanto, mas a maioria delas proporciona banhos em rios e cachoeiras, além do contato com a biodiversidade da Mata Atlântica. Em Bertioga, as trilhas só podem ser utilizadas por agências credenciadas e com o acompanhamento de um monitor treinado e autorizado pela prefeitura. Trilhas, em geral, são excelentes opções de passeio, a seguir trilhas e grau de dificuldade:
• Trilha do Canhambora • o passeio começa pela travessia da histórica ponte da banana (1929), no Rio Jaguareguava, que era local de escoagem das plantações de bananas para o porto de Santos. A trilha leva às piscinas naturais e cachoeira, com visita a ecossistemas de restinga e mata de encosta. O percurso de 10 km (ida e volta) tem duração de 5 horas e grau de dificuldade médio.
• Trilha da Água • o passeio é feito em terras do Sesc-Bertioga por onde passa sua tubulação de abastecimento de água e termina em uma piscina natural. Percurso de 5 km (ida e volta), com 4 horas de duração e grau de dificuldade leve.
• Rio Jaguareguava • partida do rio Itapanhaú visitando o manguezal, conhecido como berçário do mar, e suas árvores característi-
Prainha Branca cas. Segue-se de barco até chegar ao Rio Jaguareguava, um dos principais afluentes do rio Itapanhaú, com águas cristalinas e árvores que formam túneis durante o trajeto. Em determinado trecho, é possível descer do barco nas águas rasas que formam prainhas e piscinas naturais.
Prainha Branca Também conhecida como Vila dos Pescadores, fica do outro lado do canal de Bertioga, na Ilha de Santo Amaro (Guarujá) e é tombada pelo Condephaat. No final da Rodovia Guarujá – Bertioga há uma trilha que dá acesso às ruínas da Ermida de Santo Antônio do Guaíbê e da Armação das Baleias. Depois é só subir o morro em direção à Vila, durante a caminhada pode-se ter contato com a biodiversidade da Mata Atlântica e uma visão maravilhosa do mar aberto. Na Prainha Branca, lugar de águas calmas e límpidas, é possível se banhar além de ter contato com a vida dos pescadores e seus equipamentos artesanais. Até hoje, muitos pescadores da comunidade fazem da pesca artesanal, o seu sustento e fabricam canoas feitas com troncos de árvore.
Como Chegar Partindo de São Paulo o acesso é pelo sistema Anchieta-Imigrantes ou siga pela Rodovia Ayrton Senna e depois pegue a Mogi-Bertioga. Quem vem do Sul do país deve seguir pela Régis Bittencourt até o trevo para Peruíbe. Vindo do Norte pode-se utilizar a rodovia litorânea RioSantos ou passar por São Paulo. As balsas ligando Santos, Guarujá e Bertioga também são uma boa opção, só que na temporada costuma haver muita fila. Travessia para Guarujá a cada 1 hora, das 06h30 às 23h30. Mais informações: Secretaria de Turismo da Prefeitura de Bertioga Telefones: (13) 3317-3567 ou 3317-4889 Terra Mater Expedições Tel.: (11) 3464-5100 (11) 3129-7578. Site: www.terramater.com.br