Jornal Entreposto | Agosto de 2017

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ano 19 - nº 206 - agosto de 2017 - R$ 14,90

INFORMAÇÃO a serviço do agronegócio

ENTRESSAFRA ELEVA PREÇO DO LIMÃO www.jornalentreposto.com.br




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ENTRESSAFRA ELEVA PREÇO DO LIMÃO entrevista: SERGIO BENASSI, PRESIDENTE DO NESP

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NÍVEL DE ACIDENTES DIMINUEM NA CEAGESP

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SOLUÇÕES DE LOGÍSTICA PARA O ETSP

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EDITORIAL

depoimento Gostamos das matérias do Jornal Entreposto, pois abordam temas que são importantes tanto para o agricultor como para o consumidor final. Ao falar de alimentação, não podemos esquecer do percurso „do campo à mesa” e o jornal contribui para fazer essa conexão! Afinal todos temos uma relação com o campo e manterse atualizado tanto do ponto de vista técnico como mercadológico é primordial nos dias de hoje. Fabio Maia, Gerente de Marketing de Portfólio de Frutas, Vegetais, Café e Citros da Bayer

MARIA JULIA RIQUELME A Diretora do Prochile no Brasil recebe a última edição do Jornal Entreposto.

CÁ ENTRE NÓS

NOSSA TURMA AGRADECE A TODOS PELAS CONQUISTAS ALCANÇADAS! MANELÃO O tempo estava escuro, o ar muito poluente, baixa umidade atmosférica, idosos e crianças com dificuldades respiratórias, os reservatórios de água baixando e o produtor rural tendo que ligar os motores para irrigar as lavouras. Mas aí as preces da população foram ouvidas, as nuvens se formaram e derramaram chuvas e a vida de todos ficou mais fácil. A cerejeira do jardim oriental próximo do relógio da CEAGESP está florida, é sinal que

vai chover na horta do mercado e vamos ter uma grande colheita e assim suprir com bons frutos a mesa da população. No dia 30 de julho, houve uma cerimônia internacional na Câmara Municipal de São Paulo, organizada pela Câmara de Comércio Brasil e China e várias autoridades brasileiras e chinesas ali estavam na solenidade. Eu fiquei sabendo pelo Deputado Federal Fausto Pinato, que fazia parte das autoridades na composição na mesa,

falou que a China é o nosso principal parceiro comercial. Foi o dia da solidariedade chinesa para projetos sociais brasileiros. A Nossa Turma foi uma das 20 ONGs agraciadas com 250 cestas básicas, 250 cobertores e três cadeiras de rodas que foram destinadas as famílias necessitadas da comunidade. Prestigiando o evento, o presidente da CEAGESP, Sr. Johnni Hunter Nogueira, Sr. Marcus Telles, coordenador da

sustentabilidade da CEAGESP, o cônsul da China, e vários fundos de solidariedade como as primeiras damas de muitos municípios paulistas. As salas dos cursos profissionalizantes e ampliação da cozinha ficaram prontas e mobiliadas, graças aos recursos da vaquinha pela internet, da renda da Queima do Alho, dos bingos beneficentes realizados na entidade e até a Festa da Tainha que também colaborou. A família ceagespiana

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva Diretor Executivo: José Felipe G. de Jesus Diretor Comercial: Alexandre Neves Diretor de Arte: Paulo Cesar Rodrigues Jornalismo: Guilherme Araujo / Paulo Cesar Rodrigues Periodicidade: Mensal Redação: Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edsed ll - loja 14A - CEP 053 14-000 Tel.: 11 3831.4875 E-mail: contato@jornalentreposto.com.br Os artigos e matérias assinadas não refletem necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.

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faz parte dessa conquista, por isso, temos o prazer de convidá-los para no próximo, dia 1º setembro, a inauguração oficial às 9h30, local: sede da Nossa Turma, próximo ao portão 7. Venha ajudar as crianças a cortar a fita de inauguração e como construímos um depósito para armazenar produtos doados, no dia 09 de setembro, às 14 horas, vamos ter um super bazar beneficente em prol da Nossa Turma com produtos da loja C&A. Prestigiem!

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editorial

6 ENTREPOSTO i AGOSTO / 2017 | www.jornalentreposto.com.br

ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL ENTREPOSTO DO MÊS DE JULHO

ano 19 - nº 205 - julho de 2017 - R$ 14,90

editorial

SÃO PAULO, TERRA DA GAROA

INFORMAÇÃO A seRvIÇO dO AgRONegócIO

a foRça que vem dos andes www.jornalentreposto.com.br

Guilherme Araujo Na segunda metade do mês de agosto, o frio relembrou aos paulistanos que estamos de fato, no inverno. Sendo que em julho, as temperaturas altas descaracterizaram o período. Apesar de que, aqui no Brasil, não temos todas as estações definidas. Mas imaginamos algo próximo daquilo que cada uma traz em especial. A cidade de São Paulo, por exemplo, registrou, no dia 9 de agosto, o dia mais quente deste inverno, este qual que vai até o dia 21 de setembro, depois cede a vez para as belezas das flores da primavera. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura máxima chegou a 29,2°C, a mais elevada desta estação, ultrapassando os 27,7°C registrados no dia anterior. Só para se ter uma ideia, foi também o dia mais quente desde 11 de abril, quando foi registrada uma máxima de 29,6°C. E não é algo exclusivo do mês anterior. O ano passado também foi bem parecido: inverno com cara de verão! Em 2016, na primeira quinzena do mês de agosto, o estado

de São Paulo teve temperaturas altas, chegando a ter uma média acima do esperado para o período. Foram quebras de recorde de calor em seguidas, primeiramente, foi no dia 17, quando os termômetros marcaram 35,2°C. Logo dois dias depois, a temperatura máxima chegou aos 35,9ºC. A mudança de clima deixou o mês, em 2016, com chuvas volumosas, em São Paulo. E isso já fez outra quebra de recorde, agosto já era o mais chuvoso na capital paulista, desde 2009. O Inmet registrou 63,2 milímetros de pluviometria, superando o acumulado de chuva no mês dos últimos seis anos. Essas características são clássicas que fazem as pessoas associaram a capital paulista como a Terra da Garoa. Na horta da Nossa Turma, entidade social, localizada na CEAGESP, O frio e a garoa fina deixaram em destaque a beleza das hortaliças. A couve manteiga, apesar de ser sensível a temperaturas baixas, ela cultivada sem a utilização de nenhum tipo de defensivos agrícolas, não somente ela, mas todos os produtos plantados no local.

a assessoria de imprensa do Mercado atacadista Lo Valledor para complementar a matéria principal e fazer uma comparação com a CEAGESP. No cenário geral, as informações foram obtidas através de toda ajuda do ProChile no Brasil. Por isso, foi realizada uma entrevista com a Diretora María Julia Riquelme. Ela comentou sobre as principais transações envolvendo os dois países latino-americanos. Principalmente, as exportações de frutas como maçãs, uvas, peras e de salmão chileno. Para conferir essa e as outras edições do jornal, elas já estão disponíveis no link Edição Virtual, jornalentreposto. com.br/edicao-virtual

A edição anterior do Jornal Entreposto do mês de julho: “A FORÇA QUE VEM DOS ANDES”, abordou sobre os produtos chilenos que são comercializados aqui na CEAGESP. O Entreposto paulista trabalha com alimentos que vêm de 18 países. O Chile é o segundo país de onde vem mais frutas e pescado. Ficando atrás apenas da Argentina. Sendo que de acordo com a Central de Abastecimento de São Paulo, no ano de 2016, foram vendidos mais de 51 mil toneladas de alimentos de origem chilena. Já no primeiro semestre de 2017, obteve um resultado de mais de 20 mil t. O Jornal Entreposto teve a oportunidade de conversar com

CRANBERRY É ALIADA AO COMBATE À INFECÇÃO URINÁRIA Uma boa dica para o combate da infecção urinária é o consumo de suco de cranberry. “Eu comecei a tomar suco, após o meu médico me indicar. Não foi fácil encontrar, passei em vários lugares, mas nunca tinha. Finalmente, o meu esposo encontrou em um grande hipermercado, porém, o valor é um pouco alto para ficar comprando sempre”, explica Amanda Franciele, que tem problemas constantemente com a infecção. De acordo com a pesquisa realizada, em 2012, pela Universidade Nacional de Taiwan

conseguiram confirmar que a cranberry e produtos derivados da fruta protegem contra infecções bacterianas nos canais urinários, bastante comuns em mulheres. Ela não é muito conhecida por aqui. A fruta é originária da América do Norte, sendo muito popular nos Estados Unidos. Mas foi no Chile que ela desenvolveu. Sendo a Cran Chile Farms como a maior fazenda de cultivo de cranberry no mundo. Ela é uma planta rasteira, perene, que pode produzir por até 100 anos, florescendo uma vez

ao ano. Rica em vitaminas A, C, E e K, também em minerais tais quais o zinco, ferro, cálcio, magnésio e potássio. Além disso, possui boas quantidades de fibras. Aqui, no Brasil é um pouco difícil de encontrar a fruta. Por ela ser importada, não são todos os estabelecimentos que comercializam. Entretanto, no maior mercado atacadista da América Latina, a CEAGESP é possível encontrar a cranberry. Importada do Canadá, um dos principais produtores, ela é vendida desidratada.

CEAGESP SEDIA ENCONTRO NACIONAL DA ABRACEN 2017 A CEAGESP sediou entre os dias 27 e 29 de julho, o Encontro Nacional da Abracen 2017 - Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento. Dirigentes das Centrais de abastecimento de todo o País se reuniram para debater políticas e estratégias de distribuição de pro-

dutos hortigranjeiros. Nesses três dias de evento, teve ainda a apresentação do Programa Hortiescolha, desenvolvido pela equipe da Seção de Qualidade Hortifrutigranjeiros (SECQH) da CEAGESP. Fabiane Mendes, doutora em alimentos e membro da equipe, explicou

como funciona o programa, que é uma ferramenta criada para auxiliar os profissionais na escolha dos alimentos com qualidade e preço baixo. O premiado programa é acessível para todos e tem sido adotado por várias instituições no estado de São

Paulo, gerando economia e favorecendo a agricultura local. O presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), Johnni Hunter Nogueira, destacou a importância da atividade agropecuária e da integração da cadeia produtiva com

as centrais de abastecimento. “Estamos muitos honrados em fazer parte deste momento de debates para construir estratégias que garantam o abastecimento seguro e qualificado, a garantia aos consumidores e o fortalecimento dos produtores nacionais”, afirmou.


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AUMENTO DE PREÇO DO COMBUSTÍVEL REFLETIRÁ NOS ALIMENTOS

O Governo Federal anunciou no dia 20 de julho, o aumento dos impostos nos combustíveis. A alíquota de PIS e Cofins ficou mais alta para a gasolina, o etanol e para o diesel. No caso da gasolina, a tributação mais que dobrou, passando de R$ 0,38 para R$ 0,79 por litro. Porém, o aumento autorizado deverá ter um impacto direta-

mente, nos preços de frutas, legumes e verduras. Na maior Central de Abastecimento da América Latina, a CEAGESP, são comercializados produtos hortifrutigranjeiros e o abastecimento é realizado para o Brasil inteiro. O transporte é feito pelas rodovias, através de caminhões. E com esse aumento no combustível, o

valor acaba sendo repassado para o consumidor final. E isso não somente no Entreposto paulista, mas também em outras Ceasas pelo País. “A gente, infelizmente, tem que repassar para o consumidor. O esperado é um aumento entre 10%, 15%, talvez até 20% sobre tudo. Porque tem a cadeia, né, da lavoura. Da Ceasa do

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MS para Cuiabá tem descarregamento. Tem muito custo”, disse o comerciante Caio Marcelo de Assis. Para a APAS – Associação Paulista de Supermercados, diante da decisão do governo federal de aumento dos impostos, em especial o PIS Cofins que incide sobre a gasolina, esta medida se traduzirá em elevação dos custos de transporte no Brasil, com reflexos em diversos bens e produtos comercializados, incluindo o preço dos alimentos. Isto porque estas alterações afetam, de forma generalizada, a economia. Mas não deve se prolongar, tendo elevação temporária. Outro ponto de destaque, é que nos últimos meses houve desaceleração e até queda nos preços dos combustíveis.

VAI COMEÇAR O CENSO AGRO 2017

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7/14/16 1:09 PM

De outubro de 2017 a fevereiro de 2018, cerca de 26 mil recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sairão a campo para realizar o Censo Agro 2017, atualizando as informações sobre a produção agropecuária no Brasil. Nesta edição do Censo, serão visitados cerca de 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários em quatro mil municípios, para detalhar os seguintes temas: características do estabelecimento, composição da área e seus usos, sistema de preparo do solo, adubação e irrigação; unidades armazenadoras e implementos agrícolas; características do produtor e da mão de obra; pecuária e produção vegetal; receitas, financiamentos e empréstimos; e despesas.


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novo entreposto

João Barossi do comitê de projetos mostra planta aos interessados

NESP MOSTRA MAQUETE DO NOVO ENTREPOSTO O NESP apresentou, no dia 03 de agosto, no teatro da UMC - Universidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo, o projeto mais detalhado do Novo Entreposto. Cerca de 300 convidados puderam ver de perto a maquete realizada pelos arquitetos Marcel Monacelli e Marcos Vieira. Nela, por exemplo, foi possível perceber que os pavilhões serão interligados por passarelas e passagens subterrâneas. Assim, pedestres e veículos não disputarão o mesmo espaço. Foi muito bem pensado a disposição e usos dos pavilhões, para que o mercado seja equilibrado e todos sejam privilegiados, em alguns pavilhões terão estacionamento no pavimento superior, outros terão centro comercial, e até uma fazenda hidropônica como atração turística. Outro detalhe é que as ruas foram projetadas para terem uma dimensão que os caminhões não tenham dificuldades em estacionar e abastecer. O setor de flores será um departamento separado e em um nível abaixo de FLV - frutas, legumes e verduras para garantir a comodidade para seus clien-

tes e permitir que o setor decida as regras de funcionamento de forma independente. O empreendimento será em terreno no bairro de Perus, zona Norte, da capital de São Paulo. Em um espaço de aproximadamente 1.600.000,00 m², o complexo terá dois acessos pelo portão Norte e Sul. Ficará bem próximo à Rodovia dos Bandeirantes, a 3 km do Rodoanel Mario Covas e a apenas 14 km da Marginal Tietê. Também será contemplado com a futura estação da Linha 7 – Rubi da CPTM. O próximo passo é o início do processo de aprovação da licença ambiental, junto à Cestesb e Prefeitura, para então iniciar a terraplanagem e preparação do terreno. A previsão é que em 2021, o mercado já esteja em funcionamento. Ao final da apresentação, Luis Antonio Pain, presidente da APESP falou aos presentes: “A gente tem que estar neste momento muito unido. Se não nos organizarmos, o governo é quem vai decidir para onde vamos! É o momento de refletirmos o que é melhor para nosso negócio”!


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AGOSTO É O MÊS DO MARACUJÁ

COUVE-FLOR ESTÁ NO TOP 10 DAS MAIS VENDIDAS

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C

maracujá-doce (Passiflora alata Curtis), espécie nativa da América do Sul, especialmente do Brasil, é uma frutífera que apresenta grande potencial de comercialização destinado principalmente, para o mercado in natura, tanto interno como também para exportação, devido às suas boas características de tamanho, coloração externa, aroma e qualidades gustativas. Sendo que quase a totalidade da produção brasileira é da variedade amarelo ou azedo, que tem melhor aproveitamento industrial, destino de boa parte da fruta para fabricação, principalmente, de suco. O Brasil é o maior produtor mundial e o maior consumidor de maracujá. De acordo com os dados da Embrapa, em 2015, o País produziu 694.539 toneladas, em uma área total de 50.837 hectares. Tendo a região Nordeste como a principal região produtora. Isso porque, segundo a

ESALQ/USP, o maracujazeiro, cultura de clima quente e úmido se desenvolve bem nas regiões tropicais e subtropicais. A planta deve ser cultivada em temperaturas entre 18 ºC e 35 ºC. Temperaturas baixas retardam o crescimento da planta e reduzem a produção. Além disso, temperaturas muito elevadas ou muito baixas afetam o vingamento dos frutos. O estado da Bahia fica em primeiro lugar na produção anual da fruta com a marca de 297.328 t. Acompanhado de Ceará (93.079 t); Espírito Santo (37.728 t) e Minas Gerais (37.340 t ). Na CEAGESP, a fruta está entre as 20 mais comercializadas. De acordo com o balanço da Companhia, em 2016, o maracujá teve uma movimentação de mais de 47 mil toneladas. Segundo, a tabela de sazonalidade da Ceasa de São Paulo, mostra que no mês de agosto, a fruta possui uma produção forte. Ou seja, o produto se encontra com o preço mais em conta.

erca de 50 mil toneladas de couve-flor são produzidas no Brasil e a grande concentração do cultivo está na região Sul e Sudeste do País. Isso devido às condições climáticas exigidas pela cultura. No entanto, com o processo de melhoramento, já existem híbridos mais tolerantes às variações de temperatura e umidade, o que garante mais segurança a quem investe na cultura. As maiores regiões produtoras no estado de São Paulo ficam em Ibiúna, Porto Feliz, Itatiba e Jarinu. É, atualmente, uma hortaliça de grande importância para os agricultores familiares que, normalmente, cultivam pequenas áreas com essa espécie ao longo do ano, por ser uma cultura lucrativa e bastante exigente em mão-de-obra, principalmente na fase de colheita. A verdura possui características

nutracêuticas e contém elevados teores de vitamina A, beta-caroteno, cálcio, fósforo, proteínas e vitamina C. Ela possui 93% de água, sais minerais e vitaminas importantes para o organismo humano. É considerada boa fonte de potássio e possui poucas calorias e muita fibra, o que atende aos anseios de uma parcela significativa da população preocupada com a saúde. A couve-flor é um dos produtos mais comercializados na CEAGESP. Sendo que ela ocupa a sétima posição do setor de verduras. De acordo com o balanço da Companhia, em 2016, foram mais de 9 mil toneladas vendidas. O que representa uma participação de 4% do setor. Para o consumidor que vem ao Entreposto paulista, o melhor período do produto para compra, segundo a tabela de sazonalidade, é a partir de julho e vai até outubro. Depois, novembro e dezembro o preço fica mais moderado.

SARDINHA É UM DOS PEIXES MAIS CONSUMIDOS NO ETSP

A

sardinha é o peixe marinho mais consumido no Brasil e representa um quinto do que é pescado em todo o território nacional, segundo Paulo Ricardo Schwingel, doutor em Ciências Naturais e professor dos cursos de Oceanografia e Engenharia Ambiental da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). O estado de Santa Catarina é

o principal produtor e representa 90% da produção do País. Aqui, na CEAGESP, ela é a primeira colocada dos produtos mais vendidos, no setor de Pescado. Segundo a Companhia, em 2016, foram mais de 9 mil toneladas. Porém, quando envolve, o balanço financeiro, a sardinha fica apenas na quarta posição, atrás do salmão, da pescada e do camarão, respectivamente. Sendo que no quadro geral, onde envolve todos

os alimentos encontrados no Entreposto paulista, a sardinha ocupou, no ano passado, a 49ª posição. De acordo com a tabela de sazonalidade, o mês de agosto até outubro, é o melhor período para a compra. Onde o peixe se encontra com o preço mais em conta. Depois, somente nos meses de março e abril que o produto volta a ter um valor mais baixo. A sardinha faz muito bem à

saúde. Ela é rica em proteínas, em vitamina D, cálcio, ômega 3 entre outros diversos nutrientes. “Ela é classificada como um peixe gordo, só que apresenta gordura de boa qualidade, com uma fração considerável de ômega-3”, diz Marília Oetterer, cientista de alimentos e professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, em Piracicaba (SP).


entrevista

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Ping-pong com Sergio Benassi, presidente do NESP Após a apresentação do projeto arquitetônico do Novo entreposto de São Paulo (NESP) feita aos permissionários no dia 03 de agosto, o Jornal do Entreposto conversou com o presidente do NESP, Sergio Benassi, com exclusividade. Confira.

JE: Acompanhamos a apresentação em primeira mão do projeto elaborado pelo escritório Monacelli Vieira. Gostaríamos de saber de onde foram tiradas as referências e inspirações do mercado? SB: Primeiramente quero aproveitar a oportunidade para agradecer o Comitê de Projetos, maior responsável pela assertividade deste projeto. Este comitê é formado por permissionários, que por várias vezes deixaram suas atividades de lado para se reunirem e discutirem o melhor desenho do mercado junto com os arquitetos Marcos Vieira e Marcel Monacelli. No início do processo viajaram por uma semana para conhecer os melhores mercados europeus e a partir daí vários outros encontros registraram as necessidades e expectativas para o novo entreposto. Por outro lado, fomos muito felizes na escolha dos arquitetos Marcos Vieira e Marcel Monacelli, que com muito profissionalismo interpretaram e colocaram no papel todas as nossas ideias e, hoje, já pensam como nós. O que apresentamos é o resultado deste esforço, um projeto simples, moderno, inteligente, e, principalmente, muito utilitário e com condições de trabalho. JE: Vimos que em 2016 foi divulgado que cerca de 200 permissionários da CEAGESP já haviam aderido ao NESP e se tornado sócios. Este número ainda permanece o mesmo. Porque?

SB: Ano passado nós tínhamos um número de ações previstas para vender, cerca de R$75 milhões, utilizados para compra do terreno. Demos preferência aos nossos colegas da CEAGESP, que, assim como nós, sofrem com a falta de estrutura e condições adequadas para se trabalhar. Com a crise, a necessidade de adquirir rapidamente o terreno, dar andamento com o projeto arquitetônico e licenciamentos, optamos por congelar as vendas em janeiro deste ano. Em breve, assim que todas as negociações burocráticas estiverem alinhadas, vamos abrir novamente a adesão. Continuaremos dando preferência aos colegas da CEAGESP, que poderão locar um espaço novo em um mercado moderno, por uma condição especial. Nossa ideia é que venham todos da CEAGESP para garantir a valorização do espaço comercial. Se isso não for possível, em seguida os boxes serão oferecidos aos permissionários externos. JE: Sabemos que existem outros projetos de entrepostos e a possibilidade de mudança da CEAGESP. Como o NESP se posiciona neste caso? SB: O NESP é uma alternativa totalmente privada, independe do poder público, que será construída em um terreno particular. Só este modelo pode oferecer a possibilidade de ser proprietário de seu espaço, isto para o nosso negócio é fantástico, não

estamos aqui de passagem. Muitas de nossas empresas atuam há mais de 30 anos, e pretendemos que haja esta continuidade, por isto é muito importante tomarmos as rédeas e conduzir para onde queremos, e não para onde o governo queira nos levar. De qualquer forma, quem não quiser ou puder investir terá a possibilidade de alugar seu espaço. As decisões do mercado serão tomadas pelos permissionários e não por terceiros... JE: Quais os próximos passos doNESP? SB: Estamos iniciando o processo de licenciamento, tanto junto à Prefeitura, com protocolo do Masterplan, quanto junto à Cetesb para obter as licenças ambientais EIA/RIMA, que demoram de 12 a 18 meses para serem liberadas. Depois disso, prevemos um ano para o processo de terraplenagem. Em conjunto, trabalharemos com a construção das estruturas, feitas por pré-moldados. Creio que este processo poderá demorar 24 meses, e com isso o entreposto estará pronto para ser utilizado. Nossa prioridade no momento é realizar os estudos de impacto ambiental e aguardar a liberação do Estado. JE: O senhor gostaria de acrescentar alguma informação? SB: Neste momento acho importante reforçar que o NESP é um projeto liderado por permissioná-

rios, produtores e comerciantes de hortifrutigranjeiros que há anos vivem a realidade e as dificuldades da CEAGESP. Queremos colocar em prática tudo aquilo que sempre sonhamos como condições ideais para exercer nosso trabalho com dignidade. Tivemos a oportunidade de tomar frente a esta iniciativa inovadora e gostaríamos que todos nossos colegas de trabalho nos acompanhassem nesta empreitada. Aproveito o momento para agradecer aos 200 fundadores, que compraram nossa ideia, acreditaram no nosso sonho e estão conosco nesta luta, quando antes havia nada materializado.


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especial

Dados

Tipos de limões e suas características

Originário: Ásia

Taiti - É o menos ácido e o mais encontrado no país. Para identificá-lo no mercado é fácil: a casca é fina e é aquele que tem poucas sementes, com formato mais arredondado. Por ser bastante suculento, é ideal para limonadas e drinks como a caipirinha.

Principais Países Produtores: Índia, México, China, Argentina e Brasil. Principais Estados Produtores: São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Pará. Maior município produtor: Itajobi (SP) - 126 mil toneladas. Produção anual: 1,1 milhão de toneladas. Tipos de Limão: Taiti, Cravo, Galego e Siciliano. Comercialização na CEAGESP: 100 mil toneladas, em 2016. Principais Pragas: greening. Fonte: Embrapa/CEAGESP

Cravo ou caipira - Ele tem sabor e aroma bem característicos e é também conhecido como limão rosa. A casca é alaranjada e tem nervuras. É boa opção para marinar carnes e temperar saladas. Galego - É aquele “limão” menor, com a casca mais fina e verde clara, de formato bem arredondado. Mas não se engane pelo tamanho, apesar de pequeno é bem suculento. A acidez não é muito forte, o que torna esse tipo indicado para uma variedade grande de receitas: sorvetes, molhos, tempero, drinques, doces e sucos. Siciliano - Esse é o “verdadeiro” limão! O mais antigo do mundo, é também conhecido como eureka ou lisboa. Sua casca é amarelada e bem grossa, e seu formato é alongado. Ele não é muito suculento como os outros, e seu sabor é bem ácido, o que faz dele matéria prima ideal para molhos e para saborizar pratos cheios de personalidade como risotos.


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HOJE COM UM LIMÃO NÃO SE FAZ MAIS UMA LIMONADA Produto que se encontra entressafra deixa o mês de agosto com o preço alto

Guilherme Araujo

Originário da Ásia, sendo que segundo os historiadores, o limão foi levado pelos árabes da Pérsia para a Europa, já havendo registros de sua presença por volta do século XV. Aqui, a árvore chegou, apenas, na segunda década do século XX, quando ocorria a epidemia de gripe espanhola. A fruta é muito famosa nos dias atuais por possui diversos nutrientes benéficos à saúde. “Ela é rica em vitamina C, tiamina, riboflavina, fósforo, silício, cálcio e ferro. Outro benefício envolve o sistema imunológico, que fica mais ativo contra agentes nocivos. Sendo assim, esse alimento é poderoso para prevenção de resfriados e de outras doenças virais”, é o que explica a nutricionista Gisele Bittencourt. A fruta é bem utilizada, ainda mais no período gelado, onde há mais concentração de pessoas gripadas. “No inverno, as pessoas ficam mais gripadas, as baixas temperaturas acabam influenciando o contágio. Se alguém tosse, espirra ou coloca a mão na boca e, logo após, toca em algum local público, repassa a doença”, esclarece o especialista em doenças de inverno, Dr. Ademir Lopes Júnior, membro da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade. O limoeiro é uma planta tropical de rápido crescimento e que alcança de quatro a seis metros de altura. Por causa das condições climáticas, o Brasil se adequa, perfeitamente, no cultivo de limão. De acordo com o Engenheiro Agrônomo, José Orlando de Figueiredo da APTA Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, a fruta gosta de clima quente. Ela se desenvolve bem entre 23 e 32 graus, principalmente, em regiões com alta umidade relativa do ar, que tornam os frutos mais suculentos. Na culinária, ela é muito utilizada em forma de suco, como ingrediente na caipirinha, famosa bebida brasileira. Também na forma de limpeza e preparo de alimentos (carnes, massas, bolos, confeitos). Segundo os dados da Embrapa, em 2015, o País produziu 1,1 milhão de toneladas. O que o coloca como o quinto maior produtor mundial, com uma participação de 6,8%. Ficando atrás respectivamente de perto da Argentina (1,4 milhão t), porém já distante da China (2,1 milhões t); do México (2,2 milhões

t); e da Índia (2,8 milhões t). Aqui, no Brasil, o Sudeste é a principal região produtora. Tendo o estado de São Paulo responsável por 76% da produção nacional. O município de Itajobi, na região de São José do Rio Preto, como o maior polo produtor de limão do mundo, com mais de três milhões de pés. Parte desta produção é exportada, todo ano, para países da Europa. Neste mesmo ano, foram enviadas para França, Alemanha e Inglaterra mais de 70 toneladas de limão tahiti, somente de Itajobi. Na exportação em geral, o Brasil tem a Holanda como o principal destino, algo que representa 64%, em 2016, o que rendeu US$ 56, 5 milhões. Entretanto, o País sofre com o combate de uma praga que se chama greening. Ela atacada a produção de limão e também de outros citros como é o caso da laranja e da tangerina. “Esta é uma doença parecida com o combate à dengue: se o vizinho não cuida do seu quintal, o inseto (psilídeo) e a bactéria levada por ele se espalham, fazendo com que a doença se alastre”, explica o agrônomo Bruno Daniel da Fundecitrus - Fundo de Defesa da Citricultura. O IAC - Instituto Agronômico está realizando pesquisas sobre porta-enxertos que podem contribuir no controle do greening. De acordo com a pesquisadora do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mariângela Cristofani Yaly, essa medida pode induzir a redução do tamanho das copas, viabilizando o plantio mais adensado, o que facilita os tratos culturais, como a aplicação de defensivos. “Uma planta pequena produz menos, mas quando há mais plantas por hectare ocorre uma compensação na produção”, diz. As pesquisas do IAC foram apresentadas durante o 18º Dia do Limão Tahiti, realizado no dia 06 de abril, deste ano, em Pindorama (SP). Outro problema que está ocasionando na perda da produção, por incrível que pareça, está na qualidade das rodovias. No início da entressafra (agosto a dezembro) na produção de limão, no município de Monte Alegre, no Oeste do Pará, que está colhendo 110 toneladas/mês do produto, mas quase 30% desse total se perdem

durante o transporte. Na maior Central de Abastecimento da América Latina e a terceira maior do mundo, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, a CEAGESP, o limão é um dos principais itens comercializados. Segundo a Companhia, em 2016, foram mais de 100 mil toneladas da fruta. O que coloca entre os 10 mais vendidos. Já no último balanço deste ano, 31 mil t, é o número obtido no primeiro trimestre de 2017. O limão Tahiti, por exemplo, geralmente, é encontrado em caixas de 12 quilos. Conforme a tabela de sazonalidade do Entreposto paulista, ele se encontra com uma produção forte a partir de dezembro e vai até o mês de abril. Em Maio começa a ficar moderada e de junho a outubro fica completamente fraca, o que torna a fruta mais cara. Melhorando apenas em novembro. De acordo com a SEDES - Seção de Economia e Desenvolvimento da CEAGESP, a média do preço, em 2016, ficou por volta de R$ 3,60. Já no primeiro semestre de 2017, o produto está em torno de R$ 2,05. Sendo que em julho, deste ano, aumentou dos 2,43 reais registrados, em junho, para R$ 2,98, em um mês. E não é só na CEAGESP que teve essa elevação, mas em outras Centrais de Abastecimento como no caso da CeasaMinas. De acordo com a Companhia mineira, em julho teve um acréscimo de 23,1%, em relação ao mês anterior. Na Ceasa do Distrito Federal, nesse mesmo período, as frutas tiveram crescimento de 3,98%, impulsionadas por limão Tahiti, com 39,91%. Já na Ceasa do Ceará, um dos motivos é bem diferente. O aumento é por causa do aumento do frete. A alta repentina, nas principais Centrais de Abastecimento do País, no mês de agosto, foi sentido por todos, principalmente, pelo consumidor final. “Eu procuro comprar uma certa quantidade até que considerável. Pois, eu utilizo mais para fazer suco. Infelizmente, por causa do preço que se encontra em qualquer hipermercado, sacolões ou feiras, não dá para ficar comprando que nem antes. A única medida é esperar e aguardar o preço voltar cair”, disse o advogado Francisco Chaves.


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entrevista A MULHER MARAVILHA DA CEASA NÚMERO DE ACIDENTES VEM DIMINUINDO AO LONGO DO TEMPO NA CEAGESP Ela é a única mulher que trabalha na prevenção de acidentes em um espaço rodeado de caminhões, empilhadeiras, carregadores e compradores da CEAGESP. A bombeira civil Iliane Regina faz parte de uma equipe que tem essa dura missão de conciliar o funcionamento do Mercado atacadista com a segurança de todos ali presentes. Praticamente, quem já esteve no Entreposto paulista sabe bem que o risco é iminente. Pois, basta uma fração de segundo, por exemplo, ou um deslize de atenção para algo sério acontecer. Isso porque, só para ter uma ideia, segundo a Companhia de Abastecimento de São Paulo, circulam, diariamente, cerca de 50 mil pessoas e 12 mil veículos, em uma área de 700 mil metros quadrados. Entretanto, mesmo com todas essas probabilidades de alguém se acidentar, de acordo com o Relatório de Prestação de Contas Ordinária Anual, há cinco anos consecutivos, pelo menos, o número de acidentes vem diminuindo, gradativamente, no Entreposto. Sendo que em 2013, a Companhia registrou 16 ocorrências de trabalho. Já, em 2014, foram 15. No ano, seguinte, em 2015, mais uma vez houve uma diminuição, dessa vez com 11, no total. No ano passado, a média se manteve, com 10 acidentes ocorridos. Por incrível que pareça, mesmo pedestres e veículos trafegando nas mesmas vias, a causa mais comum envolve o uso de escadas e não por atropelamento, como era de se imaginar.

O maior desafio é trabalhar com a prevenção, porque, tem bastante gente que não quer se adequar com normas. Tem gente que ainda insiste em trabalhar, por exemplo, sem o equipamento de proteção. Mas a gente vai orientando e aos poucos, o pessoal está se adequando. Então, esse é o maior desafio

JE - Como surgiu essa vontade de trabalhar em uma área que tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o risco de acidentes no ambiente de trabalho? Iliane Regina - Na verdade, eu sempre gostei dessa área, mas nunca tinha pensado até fazer o curso. E é muito gratificante quando oriento aos trabalhadores da importância do uso dos EPIs(equipamentos de proteção individual) e dos riscos de um provável acidente. JE - Há quanto tempo você está aqui na CEAGESP e como surgiu a oportunidade de trabalhar no maior mercado atacadista da América Latina? Iliane Regina - Eu estou aqui há uns dois anos e oito meses. Sendo que eu trabalho para uma empresa terceirizada e já vinha há um tempo prestando serviço para ela. Até surgir a oportunidade de abrir um posto e me adequar à vaga. Então, eles me indicaram e hoje estou aqui. JE - E qual o maior desafio em trabalhar na CEAGESP? Iliane Regina - O maior desafio é trabalhar com a prevenção, porque, tem bastante gente que não quer se adequar com normas. Tem gente que ainda insiste em trabalhar, por exemplo, sem o equipamento de proteção. Mas a gente vai orientando e aos poucos, o pessoal está se adequando. Então, esse é o maior desafio.

JE - A CEAGESP ocupa um espaço de 700 mil metros quadrados, onde, compradores, carregadores, caminhões e empilhadeiras dividem o mesmo espaço. Como é trabalhar em um local onde o risco é algo constante? Iliane Regina - São muitos os riscos e a toda hora, como o fluxo de pessoas é muito grande o local está mais propício a acidentes. Por isso, trabalhamos tanto com a prevenção. Porém, por exemplo, para quem utiliza a empilhadeira, a gente pede, sempre, para usar os equipamentos, colocar a cinta na mercadoria, colocar o capacete, ver a manutenção da empilhadeira. JE - O quadro de bombeiros é o suficiente para atender as eventualidades do Mercado? Iliane Regina - Somos em quatro, sendo um por plantão. A quantidade não é o suficiente, precisaríamos de mais pelo tamanho que é a CEAGESP e pela ocorrência que dá. Mas temos o apoio da ambulância, sendo que na área de primeiros socorros, a gente não atua tanto, a gente atua mais em prevenção de acidentes. JE - Como é a sua rotina de trabalho aqui na CEAGESP? Iliane Regina - A gente tem uma rotina, por exemplo, na parte da manhã, a gente faz uma ronda, dá uma olhada na bomba e no alarme de incêndio. E depois sempre tem um trabalho para fazer, algum trabalho em altura. Então, é essa

a nossa rotina. Começa desse jeito com rondas e aí no decorrer do dia a dia, a gente vai vendo o que vai acontecendo. JE - O ESTP é um lugar predominantemente masculino. Em algum momento, você se sentiu desrespeitada pelo fato de ser mulher? Iliane Regina - Não, graças a Deus que não, pois, sempre quando eu abordei alguém, a gente conversa e orienta. Então nunca tive problema em relação a isso.


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JE NA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL BALA DE COCO COMEMORA CINCO DE CONSUMO DE BRÓCOLIS

MESES NA CEAGESP

O Jornal Entreposto esteve presente na Conferência Internacional de Consumo de Brócolis, em Atibaia, São Paulo. O evento que pela primeira vez aconteceu fora da Europa, chegou ao Brasil, no dia 8 de agosto. Diversos profissionais da área de saúde, nutrição, gastronomia e formadores de opiniões estiveram no local para discutir de perto o assunto. Uma ação totalmente inovadora, voltada para a disseminação da importância do aumento do consumo desta hortaliça pela população brasileira. Promovida pela Sakata Seed Sudamerica, multinacional japonesa de sementes de hortaliças e flores. “A missão deste evento foi compartilhar experiências,

discutir ações e disseminar todo o conhecimento adquirido para o incentivo ao consumo de brócolis em todo o território sul-americano, que possui um índice de consumo ainda muito baixo em relação a outros países. Esperamos que, juntos, todos nós abracemos esta causa e que, em um futuro muito próximo, possamos colher os frutos das sementes plantadas nesta conferência”, disse Marcello Takagui presidente da Sakata, responsável pela realização do evento no País. Na última década, o consumo de brócolis já teve um crescimento significativo, mas que deve aumentar ainda mais ao longo dos próximos anos. Para

Programas exigidos por lei:

o diretor de Marketing da Sakata, Paulo Koch, dentre os principais motivos desta projeção estão suas diversas propriedades nutracêuticas, que auxiliam na prevenção de diversos tipos de câncer, dentre outras doenças, além do sabor agradável e da versatilidade de consumo. “A excelente aceitação da hortaliça pode ser percebida no aumento de sua oferta em supermercados – tanto in natura, quanto congelado ou minimamente processado –, e nos cardápios de restaurantes de modo geral. Trata-se de um alimento que atende as necessidades do estilo de vida moderno, que alia praticidade no consumo, sabor e saúde”, salienta.

Mensalidades a partir de R$ 12,00 por funcionário

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Entre em contato com nossos representantes

Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37 (em cima da padaria Nativa)

O restaurante Bala de Coco está completando cinco meses de atividade no Entreposto paulista. Ainda com pouco tempo de funcionamento, já é possível perceber a diferença na movimentação. Antes localizado no campus da USP, hoje se encontra no maior mercado atacadista da América Latina, a CEAGESP. “Temos o potencial de crescermos ainda mais pela frente. Tivemos um crescimento nesse período gradativamente. E esperamos daqui a um ano de casa ter o retorno que foi investido”, ressalta uma das proprietárias, Renata Rosa. O estabelecimento vem conquistando uma parcela significativa do público que frequenta e trabalha no ETSP. “Depois de cinco meses, nós estamos com clientes assíduos, pois, eles vêm todos os dias. Então, podemos falar que 85% dos nossos clientes são os que frequentam todos os dias o restaurante” conclui Renata. Para isso é preciso entender as exigências e o perfil do público local. Mas, os princípios básicos são necessários para satisfazer

qualquer clientela. “A primeira coisa é a qualidade, depois, um bom atendimento, além de um espaço confortável para que as pessoas se sintam bem durante o momento de sua refeição”, explica um dos proprietários Maurílio Luiz. Aqui, na CEAGESP, vem pessoas de diversas partes do Brasil e até do mundo. São culturas e gostos culinários diferentes. Uma missão difícil para agradar a todos. “Durante esse tempo, já tivemos sugestões para mudar alguma coisa na comida ou para colocar alguma coisa que eles estão acostumados a comer ou o modo de se fazer. Então, a gente sempre escuta e até adere”, finaliza Renata. Serviços Horário: de segunda a sexta-feira, das 06h30 até às 17hrs. Almoço: das 11hrs até às 14h30. Café da manhã: a partir das 06h30. Endereço: Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Vila Leopoldina, São Paulo, EDSED II, número 12, 13 A.


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SOLUÇÃO LOGÍSTICA PARA O ETSP DA CEAGESP – DOCA DE DESCARGA PALETIZADA A logística foi apontada como um dos principais problemas do nosso mercado. Algumas constatações nos fizeram a desenvolver em 2014 uma proposta para começar a enfrentar este desafio: A paletização é sinônimo de progresso, de eficiência, de melhor conservação da qualidade do produto, de maior agilidade na movimentação e de melhor gestão dos produtos. A crescente adoção da paletização no Entreposto Terminal de São Paulo da CEAGESP é motivo de grande regozijo, mas também de grande preocupação. Hoje em média 24% dos atacadistas já trabalham com paletização, sendo que 17% já recebem mais de 50% da sua carga paletizada. Em alguns grupos de pavilhões como o HF 43% das empresas recebem e 19% entregam mais que 50% do volume comercializados paletizado. Os números detalhados estão no artigo ‘Auto retrato do ceasa paulistano pelos seus atacadistas’ O número crescente de empilhadeiras, associado à infraestrutura inadequada para a sua movimentação e ao desrespeito às exigências legais de operação das empilhadeiras, já causaram alguns acidentes e podem causar muitos outros, se não preveni-

dos. Essa é a principal causa de rejeição pelo SINDICAR à descarga por empilhadeiras. Ceasas de outros países, como a Itália, possuem docas separadas para caminhões grandes. O crescimento do tamanho e da capacidade dos veículos de transporte, da produção para o mercado. Levantamos a entrada de 447 carretas em dez dias, 95 no maior dia e 7 no menor dia, em maio de 2014, quando a proposta foi elaborada. O tempo médio gasto na descarga de um veículo com carga paletizado e é de 2,5 horas num dia normal e de permanência do veículo com carga paletizada é de 6,5 horas. O objetivo é proporcionar aos atacadistas dos pavilhões de frutas, especialmente MFE-B e MFE-C, e aos seus fornecedores com carga paletizada um sistema ágil de entrada, descarga e saída e a movimentação segura do produto até à empresa atacadista. A proposta é simples: Criação de um espaço fechado localizado no E2, com entrada e saída exclusivas pelo portão 16.

Construção de uma doca coberta para descarga paletizada, com capacidade para armazenamento temporário para 185 paletes = 6,5 carretas ou 13 trucks, com rampa de acesso para empilhadeiras e treze docas para carreta ou caminhão truck. Estacionamento de espera com onze vagas para caminhão truck ou carreta. Corredor pavimentado para empilhadeiras na Rua 3, ao lado da Rua Xavier Kraus, para acesso aos pavilhões MFE-B e MFE -C. As regras de funcionamento são também muito simples: Horário de funcionamento 03 às 15 horas. A utilização dos serviços prestados pela Doca exige: 1ª A adesão voluntária ao sistema através de cadastramento 2ª O agendamento prévio do horário de descarga 3ª A entrada e saída pelo portão 16 é restrita aos usuários da doca. O serviço de descarga e entrega do produto compreende: 1ª Descarga do veículo 2ª Armazenamento temporário nas prateleiras 3ª Movimentação do pro-

duto até a entrada do pavilhão, indicada pelo atacadista. Efeitos da implantação da Doca no ETSP A doca ocupará 60% da área do Estacionamento 2 – E2. O restante deverá ser reestruturado para melhoria da ocupação do estacionamento. Existem 71 vagas fixas para estacionamento no E2 e 19 vagas fixas no E11. Existem 142 vagas rotativas no E2 e 38 vagas rotativas no E11 Poderão ser direcionadas para a doca, em média por dia, 16 carretas do E11, e no dia de maior movimento 33 carretas. A implantação da doca diminuirá o número de vagas, disponíveis para caminhões de compradores no E2, de 71 vagas fixas para 37. Existem 2.900 vagas para estacionamento no Entreposto Terminal de São Paulo, somando as vagas nas áreas de estacionamento e nos pavilhões. Se considerarmos dois veículos por vaga teremos 5.800 vagas. Se considerarmos uma hora como o tempo necessário para a descarga, o número de vagas rotativas na doca representará 5% do número total de vagas, que ocupará 0,86% da área total do Entreposto Terminal de São

Paulo, de 64.500 m2 . O corredor melhorará muito a agilidade e a segurança do trânsito das empilhadeiras. A diminuição do número de carretas terá grande efeito positivo no fluxo de veículos no mercado. O número de carretas é 27% dos veículos paletizados e 71% das carretas trazem carga paletizada. A facilidade na descarga paletizada será um incentivo ao crescimento da paletização na lavoura e à melhoria do manuseio do produto. Haverá mais espaço para a descarga não paletizada e para os compradores Melhoria da movimentação no mercado, atração de maior número de compradores e fornecedores. Precisaremos de outras docas de descarga e de docas de consolidação de carga para o nosso comprador, mas é preciso ‘dar um passo de cada vez’, para que o próximo passo seja melhor.

Centro de Qualidade, Pesquisa e Desenvolvimento da CEAGESP cqh@ceagesp.gov.br 11 36433825/ 11 36433890


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QUAIS SÃO OS NOSSOS PRINCIPAIS PROBLEMAS E DESAFIOS? O Entreposto Terminal de São Paulo é um dos maiores entrepostos de abastecimento de frutas e hortaliças frescas do mundo. O levantamento da percepção do atacadista, permissionário do ETSP, sobre o seu negócio é o caminho mais curto e eficiente para compreender o funcionamento do mercado e traçar estratégias de melhoria do nosso entreposto e ou a construção de um novo. O Centro de Qualidade, Pesquisa e Desenvolvimento da CEAGESP vem realizando a cada dois anos, desde 2005, entrevistas com permissionários e compradores do ceasa paulistano. Aqui estão os principais problemas e desafios do nosso mercado, segundo a percepção dos atacadistas de frutas e hortaliças do ETSP. Foram entrevistados 496 atacadistas, que representam 41% dos atacadistas de frutas e hortaliças da CE-

AGESP paulistana, localizados em todos os pavilhões. O número de entrevistados por pavilhão foi determinado estatisticamente para garantir uma boa representatividade. A última pergunta do questionário foi sobre os três principais problemas enfrentados pelos atacadistas no ETSP. Foram registradas 1.249 reclamações. A limpeza foi a principal reclamação com 26% de todas as respostas, seguida pela estrutura, segurança, logística, organização, fiscalização, horário e conservação, como pode ser observado na tabela ao lado. Estão enquadrados em ‘Estrutura’ todas os problemas relacionados a enchente, energia, banco de caixas, água, espaço, local adequado para alimentação. Os problemas ‘comércio clandestino’, ‘contrabando de caixas’,

‘sublocação’ e outros estão enquadrados em ‘Fiscalização’ e os problemas caracterizados como ‘segurança’ e ‘roubo de caixas vazias’ como segurança. No item ‘Organização’ estão os problemas caracterizados como ‘administração’, ‘ambulância’, ‘gestão’, ‘regras mais claras’, ‘marcação de pedras’, ‘restrições de entrada’, ‘dias de funcionamento’, ‘ sinalização’ e outros. No item ‘Logística’ estão os problemas relacionados ao ‘estacionamento’, ‘dificuldade de acesso’, ‘mobilidade’, ‘trânsito’. Os problemas ‘horário extenso’, ’mudar horário’, horário de descarga e comércio’, ‘fechar aos feriados’, ‘trabalhar sábado’ foram enquadrados no item ‘Horário’. Centro de Qualidade, Pesquisa e Desenvolvimento da CEAGESP cqh@ceagesp.gov.br 11 3643 3825/ 3643 3890

Maiores problemas apontados Problema Limpeza Estrutura Segurança Logística Organização Fiscalização Horário Conservação

% 26 21 17 14 10 7 3 2


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‘AMBIENTE LIMPO NÃO É O QUE MAIS SE LIMPA E SIM O QUE MENOS SE SUJA.’ Chico Xavier

Muitas empresas de governo e privadas já enfrentaram a manutenção da limpeza como seu principal desafio e a solução sempre passa pela prevenção da formação de lixo. Nós enfrentamos uma situação especialmente complexa, agravada pela perecibilidade do produto e pela imensa diversidade de origens, multiplicidade de fornecedores e de clientes. A nossa capacidade de geração e de distribuição de lixo é imensa. A grande maioria dos entrevistados colocou a limpeza como o principal problema. Nós todos nos sentimos incomodados, envergonhados e até humilhados com a sujeira do mercado. Entretanto nós, que dependemos do mercado para a nossa sobrevivência, que permanecemos aqui a maior parte do nosso dia, que acreditamos que um ambiente digno deve ser limpo, não fazemos nada para prevenir a formação do lixo. Muitas das nossas empresas nem mesmo possuem uma lata de lixo para uso interno. Tudo vai para o chão na frente da empresa. É só prestar atenção no lixo que cobre o nosso mercado, tentar entender a sua origem e como cada um pode prevenir a formação e distribuição do lixo em nosso ambiente de trabalho. Aqui estão algumas das nossas propostas: 1ª Prevenção da entrada do lixo É comum que os compradores tragam lixo para ser descartado na CEAGESP, fugindo das multas e do custo do descarte de lixo em seus locais de trabalho. Proposta de solução: Priorizar a fiscalização os veículos na entrada, impedindo a entrada dos veículos com lixo ou cobrando uma taxa muito alta para descarte de lixo na CEAGESP. Incluir o nome do infrator e do seu veículo no ‘Cadastro do Infrator’. A reincidência poderá resultar na proibição de sua entrada

na CEAGESP e do encaminhamento de denúncia ao órgão de fiscalização competente. 2ª. Restrição da entrada de produto a granel A maior parte de produtos de grande volume como abacaxi, mamão Formosa, coco, jaca, melancia e uma parte de outros produtos como melão, manga e outros são enviados a granel, empilhados uns sobre os outros, com palha ou papel para proteção. O produto a granel precisa ser colhido fora do seu ponto ideal de maturação e fica sem sabor ou ácido. Ele sofre na carga, no transporte e na descarga. A desvalorização e as perdas do produto são descontadas do produtor. No mercado ele gera lixo (palha, papel, restos de produto), ocupação da doca (um caminhão a granel demora em média 6 horas para descarregar), caminhões sem descarregar com os frutos cozinhando embaixo da lona e competição desleal com os produtores que trazem produtos maduros, embalados, refrigerados e paletizados. Alguns ceasas brasileiros já impedem a entrada de produtos a granel como o de Pernambuco e o de Minas Gerais. Proposta de solução: Estabelecer cronograma de proibição de entrada de produto a granel. Exigir de cada atacadista, que recebe produto a granel, um plano e cronograma de adequação de sua empresa. Aumentar a cobrança pela CEAGESP da taxa de lixo dos atacadistas que recebem produto a granel Criar um sistema de controle de produto a granel na portaria, em que o técnico da portaria, anote na nota fiscal se o produto veio a granel Diferenciar na cotação os produtos que chegam a granel e os mesmos produtos que chegam embalados da produção Multar o atacadista que não obedecer ao cronograma

3ª. Punição do descarte de lixo pelos compradores Os compradores que trazem lixo para descartar dentro da CEAGESP, não recebem punição, não pagam taxa de lixo e ainda fazem o descarte fora do local apropriado. A atividade é ilegal e ocorre dentro de uma empresa de governo Proposta de solução: Punir o infrator. Impedindo a saída do seu veículo até que ele pague a multa mais a taxa de limpeza Incluir o nome do infrator e do seu veículo no ‘Cadastro do Infrator’. A reincidência poderá resultar na proibição de sua entrada na CEAGESP e do encaminhamento de denúncia ao órgão de fiscalização competente. 4ª. Diminuição da geração de lixo no mercado pelas operações de preparo do produto pelos compradores dentro do entreposto As operações de preparo do produto (limpeza, desmembramento, reembalamento) realizada pelos compradores são realizadas em locais inadequados e geram uma grande quantidade de lixo. A ocupação do espaço para o preparo e o lixo gerado não são pagos pelos compradores à CEAGESP. A atividade é ilegal e ocorre dentro de uma empresa de governo. Proposta de solução: Cobrança de estacionamento por tempo de estadia na CEAGESP Proibição de preparação do produto pelos compradores, dentro da CEAGESP Punir o infrator. Impedindo a saída do seu veículo até que ele pague a multa mais a taxa de limpeza Incluir o nome do infrator e do seu veículo no ‘Cadastro do Infrator’. A reincidência poderá resultar na proibição de sua entrada na CEAGESP e do encaminhamento de denúncia ao órgão de fiscalização competente.

5ª. Diminuição da geração de lixo no mercado pelas operações de preparo do produto pelos distribuidores permissionários do entreposto As operações de preparo do produto (limpeza, desmembramento, reembalamento) realizada pelos distribuidores geram uma grande quantidade de lixo e de caixas vazias espalhadas ao redor da empresa distribuidora. Os distribuidores permissionários não pagam taxa de lixo proporcional ao lixo gerado. Proposta de solução: Cobrança de taxa pela geração de lixo proporcional ao lixo gerado Exigência do cumprimento do regulamento da CEAGESP. 6ª. Restrição à entrada de caixas vazias O comércio ilegal de caixas de madeira, mudou das áreas externas para dentro do Entreposto Terminal de São Paulo. Em alguns momentos da comercialização as caixas vazias ocupam mais espaço no mercado que as caixas com produto. É comum a entrada de caminhões lotados de caixas vazias novas para serem entregues ou comercializadas dentro do mercado. Dez permissionários comercializam caixas de madeira usadas e fora das especificações legais. A atividade é ilegal é permitida oficialmente por uma empresa de governo. Existe um grande comércio de caixa vazia usada dentro do mercado. O comerciante de caixas não tem registro no entreposto e não paga pelo espaço ocupado ou pelo lixo gerado. A atividade é ilegal e praticada dentro de uma empresa de governo. A entrega de caixas vazias usadas pelos compradores toma grande tempo e ocupa grande espaço no estacionamento e gera confusão no transito. O retorno das caixas vazias à produção faz com que muitos caminhões permaneçam no mercado, esperando a chegada das caixas dos compradores, ocupando espaço e atrapalhando o trânsito. A maioria das caixas plásticas retornáveis são


TRABALHAMOS COM TODOS OS PLANOS DE SAÚDE E ODONTOLÓGICOS

utilizadas sujas, sem limpeza ou higienização. Proposta de solução: Retirar a autorização dos permissionários que comercializam caixas de madeira usadas e fora das especificações legais. Só permitir a entrada de caixas vazias novas no entreposto se acompanhadas de nota fiscal direcionada para o permissionário que a solicitou. Cobrar estacionamento. Implantar o Banco de Caixas. Exigir Rotulagem. Punir a comercialização de caixa vazia usada, impedindo a saída do seu veículo até que ele pague a multa mais a taxa de limpeza. Exigir cadastramento e identificação de pedestres na entrada do entreposto, que não possuam identificação de permissionário ou funcionário de permissionário. Impedir a entrada de catadores de lixo. 7ª. Obediência à legislação de controle de pragas urbanas O permissionário não cumpre o regulamento do entreposto ou a sua obrigação legal como comerciante de alimentos. A maioria dos permissionários acha que a CEAGESP é a única responsável pelo controle de pragas urbanas. O esforço individual de controle é muito pouco efetivo. A falta de limpeza, o lixo acumulado e a fartura de alimento e de esconderijos tornam o mercado o local ideal para a proliferação de pragas urbanas. Existem inúmeros locais de abrigo para pombos e ratos. Proposta de solução: Levantar os pontos de abrigo das pombas e ratos e propor soluções concretas. Comunicar ao permissionário as exigências da lei e as providências da CE-

AGESP: diminuição de lixo e pontos de abrigo. Promover palestras de orientação dos permissionários. Exigir a documentação que comprove o cumprimento da legislação de controle de pragas urbanas pelo permissionário. 8ª. Pavilhão em Ordem Cada pavilhão do entreposto abriga o espaço de várias empresas e um espaço comum, administrado pela CEAGESP. A conservação de limpeza e organização no pavilhão exige o compromisso de todos os permissionários atacadistas e dos seus funcionários. A divisão entre o que é responsabilidade da CEAGESP e do permissionário atacadista é difícil. A obtenção de um ambiente limpo e organizado exige a limpeza e a prevenção de sujeira, procedimento cheio de pequenos detalhes e que exige a participação de todos – permissionários e seus funcionários. Proposta de solução: Criar um programa de adesão voluntária, de descentralização e autoadministração da limpeza e conservação por pavilhão O pavilhão deverá atender alguns requisitos para a inscrição do programa. Cada pavilhão terá um responsável e as regras serão estabelecidas em conjunto com a CEAGESP.

CONHEÇA AMIL DENTAL COBERTURA: Urgência – 24 horas (inclusive aos sábados, domingos e feriados) Consultas Limpeza, profilaxia e aplicação de flúor Raios-X panorâmicos e periapicais Tratamento de gengiva Tratamento para crianças Tratamento de canal Restaurações – obturações (de resina ou amálgama) Cirurgias – extrações (incluindo o dente do siso) Próteses unitárias – provisórias e definitivas, conforme RN 211 da ANS

PME

Porte I R$

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Porte II

27 ,00

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23,00

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transporte

20 ENTREPOSTO i AGOSTO / 2017 | www.jornalentreposto.com.br

ford caminhões está no circuito ceasa 2017 O Circuito Ceasa Ford Caminhões estará em diversas Ceasas pelo Brasil de 23 de agosto a 11 de outubro para demonstrar as novidades da linha de caminhões 2017. LINHA TORQSHIFT A linha Cargo Torqshift possui uma transmissão automatizada que permite trocas automáticas ou manuais, com 10 ou 16 marchas, conforme

o modelo. Chegou ao mercado em 2016, complementando o portifólio de veículos da marca Ford Caminhões que possui 32 modelos. A linha é formada por seis modelos, com capacidade de 16 a 45 toneladas: Cargo 1723 Torqshift, Cargo 1723 Kolector Torqshift, Cargo 1729R Torqshift, Cargo 2429 Torqshift, Cargo 1729T Torqshift e Cargo 1933T Torqshift, estes dois últimos cavalos-mecânicos.

MODELOS DA LINHA TORQSHIFT O Cargo 2429 Torqshift é um dos destaques da linha. Tem transmissão de 10 marchas, tração 6x2, peso bruto total de 23 toneladas e capacidade máxima de tração de 38.000 kg. Está no mercado com o preço de referência mais competitivo da categoria. O Cargo 1723 Torqshift é um modelo médio com peso bruto total de 16.000 kg, motor de 230

cv e transmissão de 10 marchas. A versão Cargo 1723 Kolector Torqshift vem pronta para implementação como coletor/compactador, com transmissão reforçada de 10 marchas. O médio Cargo 1729R Torqshift, com peso bruto total de 16.000 kg, tem motor de 290 cv e transmissão de 10 marchas, com as opções de cabines simples e leito. O Cargo 1729T Torqshift, com capacidade máxima de tração de 38.000 kg, é um cavalo-mecânico

com cabine leito e transmissão de 10 velocidades. O Cargo 1933T Torqshift, cavalo-mecânico com capacidade máxima de tração de 45.150 kg, tem como diferenciais a suspensão a ar e transmissão de 16 marchas. Todos esses modelos estão entre os melhores da categoria e oferecem a mesma estratégia de preços do Cargo 2429. Ou seja, estão sempre menores que seus concorrentes diretos nas diferentes configurações.

ROTEIRO CIRCUITO CEASA FORD CAMINHÕES SETEMBRO

AGOSTO

OUTUBRO

23

24

25

CEASA CAMPINAS São Paulo

4

5

6

CEASA MARINGÁ Paraná

28

29

30

CEASA CURITIBA Paraná

11

12

13

CEASA GOIÂNIA Goiás

18

19

20

CEASA BELÉM Pará

26

27

28

CEASA FORTALEZA Ceará

3

4

5

CEASA RIO Rio de Janeiro

9

10

11

CEAGESP São Paulo

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www.jornalentreposto.com.br | AGOSTO / 2017 i ENTREPOSTO 21

FORD CAMINHŌES AVANÇA NA OFERTA DE CONTRATOS DE MANUTENÇÃO PARA EMPRESAS FROTISTAS

A Ford Caminhões introduziu em suas operações o contrato de manutenção para frotistas e tem registrado um aumento na procura por essa modalidade de serviço, que oferece mais segurança e previsibilidade na assistência técnica dos veículos. Com três tipos de plano, o serviço hoje já atende mais de 300 clientes de diferentes segmentos, desde coleta de resíduos e concreto a empresas de logística e redes varejistas. O Ford Service está disponível tanto para empresas como para pessoa física, para todos os modelos de caminhões Ford Cargo e inclusive para a Série F. Os planos incluem desde as revisões de fábrica até serviços corretivos, que podem ser contratados para caminhões novos e usados da marca. A extensão do plano para

veículos usados foi uma novidade introduzida a pedidos dos clientes. Isso permite que, ao adquirir caminhões novos, o contrato de manutenção possa abranger também o restante da frota. Já os planos de pessoa física foram criados para atender principalmente os produtores rurais, tradicionais usuários dos caminhões Série F, que não dispõem de CNPJ. “Uma das vantagens do Ford Service é que o frotista sabe exatamente quanto vai gastar na manutenção e tem a segurança de contar com o caminhão sempre revisado, minimizando a possibilidade de quebra e parada não programada. Ou seja, aumenta consideravelmente a produtividade da frota”, diz Paulo Carpenito, supervisor de Programas de Serviço da Ford Caminhões.

MAN LATIN AMERICA ENTREGA EFICIÊNCIA EM TRANSPORTE PARA ATACADISTAS

O Constellation 24.280, caminhão semipesado mais vendido do Brasil, foi um dos protagonistas do Encontro Nacional da Cadeia do Abastecimento (Enacab), no São Paulo Expo, de 7 a 9 de agosto. No evento, atacadistas de toda a América Latina tiveram oportunidades diferenciadas para adquirir os caminhões e ônibus das marcas Volkswagen e MAN. Já são mais de 20 anos de parceria entre a MAN Latin America e a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), com mais de 20 mil veículos vendidos em condições comerciais especiais. Durante todo o encontro, as três concessionárias que atendem à região estarão no evento para garantir a melhor oferta em

custo-benefício aos clientes interessados. O portfólio da MAN Latin America para o segmento é vasto. Peso-pesado que conquistou o Brasil nas estradas e no ranking de vendas de caminhões, o VW Constellation 24.280 6x2 é indicado para serviços rodoviários de curta, média e longa distância e serviços que exigem alta disponibilidade. Equipado com motor MAN de 275 cv, possui a tecnologia de emissões EGR, que dispensa o uso do ARLA 32, gerando economia e facilidade para a instalação de equipamentos. Representando a linha de caminhões leves da montadora, que confere agilidade, economia e versatilidade às entregas, o Delivery 8.160 é o modelo mais

vendido do país por sua flexibilidade e adaptabilidade para o transporte de carga. Equipado com o motor Cummins ISF de 3,8 litros com potência de 160 cv e caixa de transmissão ZF S5420 HD, pode ser configurado de acordo com a aplicação para garantir maior tração, menor consumo de combustível e maior rendimento no tempo de viagem. Já o Constellation 13.190, equipado com motor MAN D08 de 190 cv, é ideal para entregas urbanas com agilidade e rapidez nos serviços rodoviários de curtas e médias distâncias. O modelo conta com inovações tecnológicas e de segurança que tornam sua condução mais simples e confortável, melhorando a sua produtividade, com durabilidade e baixo custo operacional.


22 ENTREPOSTO i AGOSTO / 2017 | www.jornalentreposto.com.br

MERCEDES-BENZ LANÇA EDIÇÃO ESPECIAL PARA COMEMORAR OS 20 ANOS DA SPRINTER NO BRASIL A Mercedes-Benz reservou uma atração marcante para a Fenatran 2017. A Empresa irá lançar, no evento, a “Sprinter Edição Especial 20 anos no Brasil”. Esta é uma série única, exclusiva e limitada, de 20 unidades, que celebra as duas décadas da presença desta linha de produtos no mercado brasileiro. “Não dá para deixar de registrar e comemorar os 20 anos da linha Sprinter no Brasil. Este é um feito histórico e muito significativo”, afirma Jefferson Ferrarez, diretor de Vendas e Marketing Vans da Mercedes-Benz do Brasil. “E para satisfação e orgulho da nossa Empresa, a Sprinter repete no nosso País o sucesso que conquistou mundialmente, consolidando-se cada vez mais como referência em qualidade, agilidade e versatilidade no transporte de passageiros e de cargas”. “O pacote de novidades dessa edição especial realça o padrão exemplar de tecnologia e segurança que é oferecido no mercado brasileiro pela linha Sprinter”, diz Jefferson. “São 20 anos sempre trazendo novas soluções para todas as demandas dos clientes, que se profissionalizam e se dinamizam cada vez

FOTON CAMINHÕES INICIA COMERCIALIZAÇÃO DE SEUS PRIMEIROS VEÍCULOS PRODUZIDOS NO BRASIL A Foton Caminhões iniciou a comercialização ao mercado brasileiro de duas novas famílias de caminhões desenvolvidas especificamente para atender às necessidades de logística urbana e interurbana do País. Tratam-se dos veículos Minitruck, de 3,5 toneladas, e do caminhão leve, Citytruck, de 10 toneladas, e agora ambos “made in Brazil”. Desenvolvidos pela engenharia brasileira da Foton Caminhões em cooperação com a engenharia da Foton chinesa, estes novos caminhões já estão em produção no Brasil com elevado índice de componentes

nacionais. A empresa alugou uma linha completa da fabricante Agrale, de Caxias do Sul, RS, para agilizar a nacionalização de seus produtos. “Este é um importante marco na história da Foton no Brasil uma vez que, a partir de agora, já temos produtos nacionais e que podem ser beneficiados pelo programa Finame”, comemora Luiz Carlos Mendonça de Barros, CEO da Foton Caminhões, empreendedor que trouxe a marca para o Brasil em 2010. Com o Foton Citytruck 1016 a empresa criou o caminhão leve com a maior capacidade de

carga útil e a maior capacidade de carga no eixo dianteiro do País: 3.600 kg. Com elevado diferencial técnico, itens de segurança e conforto, e conteúdos exclusivos, os novos caminhões Foton se posicionam na categoria Premium e não encontram similares em seu segmento competitivo. De acordo com o executivo, os transportadores de carga e autônomos poderão agora contar com veículos que oferecem de fato algo a mais: caminhões para obter maior produtividade nas operações, que entregam conforto, economia de combustível, potência e robustez.

mais”. Com amplo portfólio de vans de passageiros, furgões e chassis com cabina para transporte de cargas e prestação de serviços, a Sprinter, lançada em fevereiro de 1997, criou o segmento de “Large Vans” (3,5 a 5 toneladas de PBT) no Brasil. “Desde então, já foram emplacadas mais de 127.000 unidades da Sprinter no mercado brasileiro”, informa o executivo. “Esse notável volume de vendas atesta o sucesso dos veículos comerciais leves da nossa marca no País, segmento atendido a partir de 1994 com o MB 180 D”. Atualmente, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná são os maiores mercados da Sprinter no País. Um dos principais ícones do turismo mundial, a capital carioca, local de apresentação da Sprinter Edição Especial, tem uma importância muito grande para os negócios de Vans da Mercedes-Benz. O transporte de turistas, com destaque para o passeio ao Cristo Redentor, os traslados de executivos e personalidades e os serviços VIP praticamente são todos realizados com vans Sprinter na cidade.

JORNAL ENTREPOSTO É HOMENAGEADO PELA SCANIA

A Scania está fazendo 60 anos de Brasil e quem foi homenageado com uma placa foi o Jornal Entreposto. Ao longo do tempo, o JE acompanhou de perto o setor de transportes e logística que

envolve a cadeia de abastecimento do setor hortifrutigranjeiro. Trazendo aos permissionários da CEAGESP, as novidades automotivas. Toda a equipe da redação agradece o reconhecimento!


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