Jornal Entreposto | Julho 2013

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 158 | julho de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Ciência

Flashes

Alteração genética impede oxidação da maçã

Confira mais fotos inéditas da Femetran 2013

Nova variedade preserva textura e sabor por mais tempo e pode reduzir o desperdício de alimentos no varejo e na casa do consumidor Pág. 20

Págs. 14 e 15

Estudo detalha mercado do mamão Pesquisa do CQH avalia desempenho das variedades da fruta no entreposto paulistano CAROLINA DE SCICCO

Técnicos do CQH desenvolvem metodologia para entender a competitividade na venda do mamão Formosa e apoiar o produtor na comercialização. Projeto permite compreender as dificuldades do agricultor e determinar estratégias de mudança e custo-benefício de investimento para melhoria da qualidade.

PÁGINAS 4 a 11

Artigo |

PÁGINA 22

Especialista escreve sobre a floricultura na Amazônia

Eventos | PÁGINA 23 Holambra recebe 22º Enflor e 10ª Garden Fair em SP

Planhort | PÁGINA 16 Debate político reúne lideranças do setor de abastecimento

Aniversário |

PÁGINA 18

Baixa -3,77 %

Frutas Baixa

-1,46 %

Geral

Legumes

Índice Ceagesp - junho 2013

Instituição que criou o feijão carioca comemora 126 anos

Baixa -11,11 %

Verduras

Ceasas |

PÁGINA 24

Ceasa RS lança programa de responsabilidade socioambiental

Bio Brazil Fair destaca ascensão do mercado de orgânicos no país

PÁGINA 19

Baixa -16,30 %

Diversos Baixa -0,74 %

Mostra |

Pescado Alta

1,84 %

Hortitec | PÁGINA 12


02

Ó Senhor, por intercessão de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, dai-nos firmeza e vigilância nos muitos caminhos da vida em busca de trabalho, lazer, felicidade e realização. Todos somos caminhantes nas estradas deste mundo, acompanhai-nos constantemente para chegarmos ao destino sem acidentes e contratempos. Protegei, ó Senhor, os motoristas que conduzem os modernos meios de transportes. Que eles possam ser guiados por vosso Espírito, e assim ajam com sabedoria e respeitem as leis de trânsito. Protegei, ó Senhor, aqueles que caminham conosco e ajudai-nos a respeitar a todos, pedestres e transeuntes, agindo sempre com prudência. Protegei, ó Senhor, os jovens que dirigem e dai-lhes um coração sempre voltado à vida. Que possam descobrir vossa presença viva no mundo e respeitem a todos. Que cresçam sempre guiados pelo vosso Espírito para que sejam os protagonistas da nova sociedade do terceiro milênio. Confortai, ó Senhor, as famílias que perderam as pessoas queridas, vítimas do cruel trânsito brasileiro. Dai-lhes a esperança necessária para viverem em vossa presença sem condenação ou rancor. Que possamos, Senhor, descobrir vossa presença na natureza e um tudo o que nos rodeia, amando assim cada vez mais a vida.

"Cristóvão" significa "aquele que carrega Cristo". São Cristóvão, protetor dos viajantes e dos motoristas. Martirizado no século três, possivelmente viveu na Síria. De acordo com algumas das lendas, Cristóvão era um gigante materialista com manias de grandeza. Supondo que o rei a quem servia seria o maior do mundo, Cristóvão servia, sem saber, ao satanás, dentro da presteza; porém, o gigante vivia triste, mal-humorado e imundo! Através de um ermitão, o gigante descobriu o verdadeiro Rei. Informado, passou a fazer caridade para servir ao novo Senhor; Cristóvão trocou suas manias, e passou a servir seus semelhantes, pegando a nova causa com fé e

garra, transformando-a em sua lei. No rio, passou a baldear as pessoas, vadeando-as com louvor. O gigante, agora limpo, passou a ter a alegria em seus semblantes! Numa noite, um menino chegou ao bom gigante e lhe pediu: "É possível tu me transportar para a outra margem do rio?” Cristóvão pegou o menino nos ombros e seguiu o seu roteiro. Só que, a cada passo dado, o menino lhe pesava cada vez mais; parecia ao gigante estar carregando o peso do mundo inteiro! Ao observar o espanto de São Cristóvão, o menino lhe falou: "Em teus ombros, levaste mais que o mundo inteiro. Tu carregaste o Senhor do Mundo. Eu sou Jesus, aquele a quem tu serves...

Nota de retificação: Na reportagem “Mercado aquecido favorece negócios na Femetran”, publicada na página 20 da edição anterior deste jornal, leia-se Alexandre das Neves como “contato comercial”.

Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

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Um jornal a serviço do agronegócio


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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

julho de 2013

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JORNAL ENTREPOSTO

Qualidade

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Panorama da comercialização de mamão na Ceagesp Gabriel Vicente Bitencourt de Almeida Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

de mamão no mercado interno. Em 2012 o mamão foi o quinto produto com a maior volume de comercialização geral e a segunda fruta mais comercializada, perde apenas para a laranja. Quanto ao volume financeiro ficou com a sétima colocação com valores próximos a 205 milhões de reais. Gráfico 1 – Evolução das quantidades comercializadas no ETSP da Ceagesp de 2007 a 2012 (t)

~ ~

A Bahia é o grande fornecedora de frutos do tipo Solo com 69% do volume comercializado em 2012, o Espírito Santo tem 26% e a somatório dos dois estados é maior que 96%. Já se pode destacar Minas Gerais, que não participava em 2007 e hoje já é responsável por 3% do fornecimento de mamões do grupo Solo (Gráfico 2). Uma característica marcante da comercialização no ETSP é a grande preferência pelo ‘Sunri-

se’ e suas variações como o ‘BS’ (Benedito Soares) em detrimento do ‘Golden’. Apesar do ‘Golden’ ter como características uma melhor resistência pós-colheita e uma menor ocorrência de manchas fisiológicas, o sabor do ‘Sunrise’ é muito superior devido ao maior conteúdo de sólidos solúveis (maior doçura) e grande parte dos varejistas paulistanos, como feirantes, hortifrutis e ambulantes possuem contato muito próximo

ao consumidor e constatam que estes acabam rejeitando o ‘Golden’ pela maior dureza da polpa e menor conteúdo de açúcares da polpa. Entre os dez principais municípios fornecedores de mamão Solo, todos os baianos estão na mesorregião Sul da Bahia e todos os capixabas na mesorregião Norte, as duas mesorregiões fazem fronteira e compreendem justamente a faixa próxima ao litoral dos dois estados.

180.000

160.000

140.000

120.000

Quantidade (t)

De acordo com os dados de produção coletados e organizados pela FAO em 2011, até agora o último ano com dados completos e tabulados, o mundo produz mais de 11 milhões de toneladas de mamão. O Brasil detém a segunda colocação, somente a Índia produziu mais, foram colhidas nada menos que 1,85 milhões de toneladas em terras brasileiras, isto corresponde a 16,5 % da produção mundial. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) contabilizou para 2011 uma produção de 1,85 milhões de toneladas, o que coincide com a informação da FAO. Duas unidades federativas, Bahia e Espírito Santo, são responsáveis por 80% da produção brasileira. O que se constata é a existência de uma grande faixa contínua de áreas produtivas ao longo dos litorais capixaba e baiano que vai das cercanias de Linhares no Espírito Santo até Porto Seguro na Bahia. A FAO e o IBGE não contabilizam separadamente as áreas e produções dos mamões do grupo Solo e do grupo Formosa. Em 2011 foram comercializadas no Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), 110 mil toneladas de mamão do grupo Solo e 58 mil toneladas do grupo Formosa, ou seja, um total de 168 mil toneladas, nada menos que 9,1% de toda a produção nacional de mamão foi comercializada na Ceasa paulistana. Em 2012 as quantidades diminuíram bastante, muito provavelmente em função dos baixos preços praticados, principalmente para o Solo, em 2011 o que levou a uma grande descapitalização e desestímulo dos produtores que não renovaram as áreas no mesmo ritmo e diminuíram os gastos com tratos culturais. Em 2012 foram negociadas 80 mil toneladas de Solo e 52 mil de Formosa. A grande representatividade da Ceagesp na comercialização nacional e a alta exigência do mercado paulista faz do entreposto de São Paulo um ótimo lugar para se estudar, constatar e apontar novas tendências na comercialização

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0 2007

2008

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Ano Formosa

Solo

2011

2012


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

Qualidade

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Gráfico 2 100 90

80

Participação no total (%)

70

60 50

40 30 20 10 0 2007

2008

2009

2010

2011

2012

2011

2012

Ano Bahia

Espírito Santo

Minas Gerais

São Paulo

Outros

Gráfico 3 100 90

Participação no total (%)

80 70 60

50 40

30 20

10 0 2007

2008

2009

2010 Ano

Espírito Santo

No entanto, pode-se constatar que os municípios mais tradicionais como Teixeira de Freitas (BA) e Linhares (ES) apresentam importância declinante e novos municípios como Lajedão e Ibirapuã, também na mesorregião Sul da Bahia, passam a ter grande relevância e estão surgindo com força nas estatísticas da Ceagesp. Isto indica que a cultura está migrando dentro do Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo. Gráfico 2 – Variação da participação porcentual das unidades da federação no fornecimento de mamões Solo ao ETSP da Ceagesp

No grupo Formosa há uma inversão, o Espírito Santo foi o principal abastecedor com 21 mil toneladas ou 40% do total e a Bahia participou com 14,5 mil toneladas ou 28%. Neste caso a soma das participações dos dois estados é atualmente de “apenas” 68%. Os envios capixabas saem quase todos da região dos municípios de Pinheiros, São Mateus e Montanha. E é no grupo Formosa que se observa uma rápida mudança do modelo de comercialização de mamão.

Bahia

Minas Gerais

São Paulo

Rio Grande do Norte

Outros

O Espírito Santo passou de uma participação de 62% em 2007 para apenas 34% em 2011, recuperando-se levemente em 2012 quando atingiu 40%. Por outro lado, Minas Gerais passou de uma participação de 2% em 2007 para 20% em 2012. O Rio Grande do Norte de 0,3% para 5% e São Paulo de 2% para 6% neste mesmo período. Na Tabela 4 se observa a grande evolução do município de Jaíba, localizado no Norte de Minas Gerais e onde existe um grande projeto de irrigação com o mesmo nome, esta município que não enviou nada em 2007 passou para o segundo posto no fornecimento para a Ceagesp em 2012. Também merecem grande destaque a evolução dos municípios de Baraúna (RN), Pedro Canário (ES) e Sátiro Dias (BA), este município baiano fica em uma região não tradicional na mesorregião Norte da Bahia e relativamente distante do litoral. Ao mesmo tempo é notável a grande decadência de Pinheiros e Montanha. Esta mudança na geografia do Formosa no ETSP da Ceagesp pode ser explicada pela maneira completamente diferente que os produtores destas regiões em crescimento trabalham a colheita, pós-colheita e transporte do produto. Gráfico 3 – Variação da participação porcentual das unidades da federação no fornecimento de mamões Formosa ao ETSP da Ceagesp

Os produtores destes novos municípios na produção de mamão Formosa trabalham de maneira totalmente distinta da grande maioria dos produtores capixabas. Enquanto a maior parte das cargas do Espírito Santo vem com os frutos a granel na carroceria dos caminhões, os produtores das novas áreas, principalmente Oeste da Bahia e Rio Grande do Norte, colhem frutos mais maduros, classificam e embalam na origem, muitos em caixas de papelão ondulado bastantes atrativas, com rede de poliuretano protegendo os frutos que também são etiquetados com a marca do produtor e as cargas são transportadas paletizadas em caminhões refrigerados. Ou ao menos embalam em caixas de madeira no origem que é o caso da maior parte da produção de Jaíba. É sabido que o fruto do ma-

05 moeiro, como climatérico, é capaz de amadurecer a partir do momento que as sementes estão negras. No entanto, se o mamão continuar no mamoeiro continuará recebendo açúcares da planta mãe e isto resultará em um sabor muito melhor no fruto maduro. O arcaico sistema de transporte a granel exige a colheita de frutos ainda com a casca totalmente verde e polpa bastante firme e que, portanto armazenaram uma menor quantidade de açúcares. Esta é a única maneira dos frutos resistirem a esta maneira de transportar, mesmo assim as perdas são enormes e o descarte do mamão Formosa a granel é o principal gerador de lixo orgânico. Estes mamões frutos terão sabor pouco pronunciado quando maduros. Já os frutos colhidos mais maduros, já começando a mudar a coloração com pelo menos duas listras amarelas, serão muito mais saborosos quando totalmente maduros e como estão sendo identificados com marca, os varejistas e consumidores os identificam como produtos superiores. E com o tempo concluem que vale muito mais a pena levar um produto, que apesar de bem mais caro, é capaz de proporcionar uma satisfação muito maior. Em geral, os mamões embalados na origem conseguem um valor de venda entre 50 e 100% acima dos que chegam a granel e são embalados no entreposto. Esta é uma tendência geral para o mercado de frutas e hortaliças. E quem embala na origem vem ganhando terreno rapidamente. Um caminhão de Formosa a granel demora mais de seis horas para ser descarregado, ocupando espaço no já tumultuado entreposto e se considera normais perdas ao redor de vinte por cento da carga. A descarga de Formosa gera uma paisagem deprimente ao redor. No grupo Sol, o domínio é quase que total dos municípios baianos e capixabas da faixa litorânea do Norte do Espirito Santo e Extremo Sul da Bahia. Mas também, de pouco tempo para cá, vários produtores desta região e alguns deles também são atacadistas no ETSP, estão começando a trabalhar com embalagens de papelão ondulado do mesmo modo que os produtores de Formosa do Oeste Baiano e do Rio Grande do Norte.


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Qualidade

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A competitividade do mamão Formosa Anita de Souza Dais Gutierrez CQH/Ceagesp André Afonso Alves Via Pomme Os produtores de frutas e hortaliças frescas consideram a comercialização o seu maior desafio. É comum que o produtor não participe da grande diferenciação de valor por qualidade e por tamanho, praticada no mesmo dia de comercialização. É difícil para o produtor compreender o que determina a sua competitividade e qual é a melhor estratégia de melhoria, onde investir para ter o melhor custo-benefício. Preocupados com esta situa-

ção os técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp desenvolveram e testaram uma metodologia para a compreensão do processo de valoração e de monitoramento da competitividade e de apoio ao produtor na comercialização. Ela está baseada na constatação que a perspectiva de lucro e de melhoria de vida é o melhor impulso de mudança. A metodologia foi adotada pelo “Projeto para Desenvolvimento de Capacidade para Práticas Pós-Colheita e de Marketing na Região de Jaíba”, iniciado em julho de 2012, que tem como objetivo o fortalecimento da competitividade dos

pequenos e médios produtores. O projeto é o resultado de uma parceria entre a JICA (Japan International Cooperation Agency), agência do governo japonês que financia projetos de desenvolvimento em outros países, e o governo mineiro e tem como foco os produtores de atemóia, banana, limão, mamão, manga do Jaíba. O Projeto, com previsão de término para o final de 2014, surgiu da constatação de que a comercialização é o principal desafio do produtor de frutas da região. “O governo do Japão financiou uma parte da implantação da estrutura de irrigação e vem acompanhando o seu

Razão média entre as notas, por atributo, dos lotes de maior e menor valor 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00

desempenho”, esclarece André de Abreu Milagre, responsável pelo apoio à comercialização na Ceasa de Contagem (MG) e técnico da equipe de Mercado da Nippon Koei LAC, empresa contratada pela JICA para a implantação dos procedimentos. Atualmente, André é responsável pela prestação de serviço de informação de mercado (Boletim de Mercado) e pelo serviço de monitoramento da competitividade do produtor. O produtor recebe ainda por SMS as cotações de preços do seu produto, todos os dias, da Ceasa de Minas e da Ceagesp. O Boletim de Mercado é composto por duas partes. A primeira parte apresenta o comportamento do produto no mercado, por região de origem, a situação atual e as perspectivas de mercado para a próxima semana. A segunda parte levanta a cada semana a diferenciação de valor por qualidade entre lotes de mesma classificação e confere nota aos seus atributos de qualidade. Ela registra a diferenciação de valor praticada e determina as suas causas. A determinação e quantificação das causas e da extensão da diferenciação do valor permitem compreender com clareza a força de cada atributo no valor final do produto e indicam o caminho para a melhoria da qualidade. A metodologia pode ser utilizada na avaliação e na caracterização da qualidade do produto no controle de qualidade do produto no seu recebimento pelo atacado, varejo, serviço de alimentação, na avaliação da sua qualidade e do seu potencial de diferenciação de valor por pesquisadores – melhoristas, fitotecnistas, especialistas em pós-colheita e na arbitragem de atritos comer-

PARCERIA

Manuseio mínimo reduz perdas na Granada Especializada na venda do mamão papaya golden, a atacadista Granada mantém parcerias com produtores que lhe fornecem frutas de qualidade durante o ano todo. Márcio Ferreira de Souza, vendedor, explica que algumas fazendas dão preferência a Granada e que a fidelidade gera bons negócios por muito tempo. Para garantir o sucesso na comercialização, Souza conta que o próprio dono da atacadista visita as lavouras e analisa a produção. “Dessa maneira, ele seleciona

apenas os melhores agricultores e consegue eliminar aqueles que não se preocupam com técnicas agrícolas ou manuseio”, afirma. Muito preocupada com a questão do manejo de alimentos frescos, a administração evita que os mamões sejam tocados e as caixas são vendidas exatamente como chegam da roça. “Não existe espaço físico para o manuseio de FLV na Ceagesp. Quanto mais mexemos a fruta, maior a probabilidade de desperdício”, alerta Márcio.

ciais. Ela permite que o produtor avalie a sua competitividade frente aos produtos mais e menos valorizados e determine a estratégia de mudança e o custo-benefício do investimento necessário para a melhoria do produto. Aqui estão os resultados da comparação entre os atributos dos lotes de maior e de menor valor de mamão Formosa, entre a semana 27 de 2012 e a semana 22 de 2013 – num total de 140 caixas avaliadas. Os atributos avaliados foram: coloração da casca, coloração da polpa, conteúdo de sólidos solúveis, ocorrência de danos mecânicos, defeito de polpa, defeito de formação, homogeneidade de coloração, homogeneidade de tamanho e sanidade, seguindo um gabarito de avaliação como notas de 1 a 10 por atributo. A diferença média de preço por qualidade ao longo da avaliação foi de 66% entre os frutos de maior e menor valor no mercado, de mesma classificação de tamanho. A maior variação foi 231% e a menor 8%. O gráfico mostra em ordem de importância os atributos responsáveis pela diferenciação de valor. As causas mais frequentes de desvalorização são a baixa homogeneidade de tamanho por classificação mal feita, frutos imaturos por ponto de colheita incorreto (coloração da casca e da polpa) e danos mecânicos por manuseio incorreto problemas de fácil solução. A origem predominante dos lotes de mamão mais valorizados foram Luís Eduardo Magalhães e Barreiras na Bahia e Baraúna no Rio Grande do Norte e dos lotes menos valorizados foram Linhares no Espírito Santo e Jaíba em Minas Gerais.

LEITURA

500 Perguntas 500 Respostas: Mamão

A obra oferece aos produtores e profissionais da área respostas e informações atualizadas sobre tecnologias desenvolvidas pela pesquisa para a cultura do mamoeiro. Abrange desde o preparo do solo até a comercialização do produto, com destaque para os trabalhos de melhoramento genético, manejo do solo, controle integrado de pragas, doenças e de plantas invasoras e agregação de valor ao produto. Livraria Embrapa: vendasliv. sct.embrapa.br (R$24,00)


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Mercado

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CONSUMO

MODERNIZAÇÃO

Nata Frutas se adapta para atender clientela mais exigente

Boa estrutura nos negócios consolida Frutart no mercado nacional

Com o intuito de oferecer produtos frescos diariamente e o melhor atendimento, a Nata Frutas desenvolveu, há 35 anos, a fórmula exata para garantir qualidade e acompanhar as tendências de consumo da população. Para encurtar o espaço entre a roça e o cliente varejista, a atacadista faz entregas em todo o território brasileiro. Com vasta experiência de mercado, a empresa atende supermercados, hotéis, motéis, clubes, distribuidoras e possui estrutura completa para o conforto dos clientes que visitam o box na Ceagesp. Há três anos a empresa passou a comercializar o mamão Novo Horizonte, famoso pela doçura e excelência no tratamento que recebe desde a colheita até a prateleira. “Estávamos mesmo querendo mudar e incluir produtos mais selecionados. É necessário acompa-

nhar as mudanças no mercado”, explica Nelson Natalino, conhecido no mercado como Quarentinha. Segundo ele, o mamão Novo Horizonte foi aprovado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp (CQH) tanto pelo sabor quanto pela qualidade do manuseio e embalagem. “Vem paletizado e resfriado a 10 C”, conta orgulhoso. Os funcionários da Nata Frutas sabem que precisam dar continuidade ao trabalho minucioso que começou na lavoura. “Depois que os produtos chegam ao box, mantemos o cuidado no trato. Além de evitar danos ao alimento, reduzimos desperdícios”, esclarece Natalino. Para ele, produtores e permissionários precisam estar preparados para o futuro. “A Nata Frutas já está se adaptando para atender demandas de clientes mais exigentes e modernos”, garante.

Maranhão:

comprometimento em oferecer frutas perfeitas Para não depender do mamão que vem da Bahia, maior estado produtor do Brasil, mas que fica muito distante da cidade de São Paulo, a atacadista Maranhão adquire as frutas no Espírito Santo. Além de diminuir o custo do frete, a empresa aproveita as ofertas do estado capixaba, que ocupa o segundo lugar em volume comercializado. A Maranhão existe desde 2001 e vende apenas mamão. “Focando em apenas um produto, existe maior comprome-

timento em oferecer a fruta perfeita”, explica João Batista, vendedor. “É nosso único item. Não podemos falhar nem deixar faltar mercadoria”, completa. Para conservar os mamões que chegam paletizados e refrigerados, a atacadista possui câmaras frigoríficas que controlam a temperatura. “Essas frutas recebem tratamento padrão exportação desde a seleção das sementes. A estrutura no cultivo, transporte e armazenamento é expecional”, garante João.

A Frutart se destacou rapidamente no setor de distribuição de FLV e, atualmente, é uma das maiores atacadistas de frutas frescas, secas e exóticas. Além da matriz, localizada no ETSP, a companhia possui duas filiais estrategicamente localizadas: uma em Juazeiro, na Bahia, e outra em Fraiburgo, Santa Catarina, dois importantes estados produtores. Na Ceagesp, a estrutura da

empresa garante excelente integração entre os departamentos de compra, armazenamento, gerenciamento e distribuição. Ao todo, são 16 módulos no pavilhão MFE-B, dois boxes no pavilhão HFG e câmaras frias que mantém os produtos na temperatura ideal. O mesmo plano de organização é seguido nas filiais e, assim, a qualidade dos serviços oferecidos fora das capitais aumenta.

Contato com produtor gera regularidade nos negócios da OPI

Ailton Cesario Marques, funcionário da Frutart desde 2009, explica que todos os mamões comercializados pela atacadista são selecionados e embalados em caixas de papelão. “Desde quando a gerência aboliu a caixa de madeira não temos problemas com desperdício”, garante o vendedor. “Além disso, cumprimos a exigência do mercado e conseguimos nos manter ativos na cadeia”, completa. Dia sim, dia não, a OPI recebe caminhões que chegam da Bahia carregados de mamão para abastecer o box na Ceagesp. Ao todo, cerca de duas mil caixas da fruta são comercializadas por semana. Jaime Teixeira, vendedor, explica que o contato direto e periódico com o produtor garante qualidade e regularidade aos negócios. “Nos especializamos no comércio de mamão formosa, e fizemos muitas parcerias ao longo dos anos”, afirma, complementando que a atacadista também possui sua própria produção de laranjas, no interior de São Paulo. Na lavoura de citros, a empresa conta com o auxílio de agrônomos. Além do controle e da comunicação com outros integrantes da cadeia, a OPI seleciona e entrega a mercadoria de acordo com o gosto do cliente. “Fazemos como eles preferem. O mercado é bastante diversificado”, afirma o funcionário.


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Qualidade

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Morfologia

Ilustrações Bertoldo Borges Filho Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Variedades de mamão comercializadas na Ceagesp


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Qualidade

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Mamão Gabarito de Avaliação Homogeneidade de tamanho

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2

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4

Sanidade

Dano mecânico

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9

10

Homogeneidade de coloração

1

2

3

4

2

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4

5

6

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9

10

Coloração da casca

1

2

3

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10

1

5% 2

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5

6

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2

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3

sem defeito 6

7

8

9

10

Defeito de formação

4

1

Coloração da polpa

Defeito de casca

10 % 1

6

5

3

1

2

Defeito de polpa

4

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9

10

1

2

Conteúdo de sólidos solúveis em ºBrix

1

º14 Brix

11º Brix

9º Brix 2

3

4

5

6

7

8

9

10

Mamão granel

Mamão embalado

Mamão Formosa Padrão mínimo de qualidade e de tamanho Defeitos proibidos

Equivalência entre as denominações de classificação e medidas de tamanho

Defeito grave de casca

Defeito grave de formação

Defeito de polpa

Ferimento

Imaturo e < 9º Brix

Podridão

Existem diferentes tipos de embalagem de Mamão Formosa - 13 kg, 18 kg, e 20 kg de madeira e 10 kg, 11 kg e 12 kg de papelão. A classificação do mercado atacadista é caracterizada pelo número de frutos na embalagem. A homogeneidade visual de tamanho e de coloração são as primeiras exigências de uma boa classificação. A garantia da homogeneidade visual de tamanho exige uma tolerância máxima de 10% de variação dos pesos do maior e do menor fruto da caixa, em relação ao peso médio dos frutos na caixa. Existe grande diferença de valor entre as classificações. A intensidade da coloração é utilizada como indicador da diferença de valor.


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Evento

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CADEIA AGRÍCOLA

Hortitec apresenta tecnologias agrícolas Evento recebeu 25 mil visitantes interessados em novos métodos de plantio e manejo Do dia 19 a 21 de junho, em uma área de 30 mil metros quadrados, empresas e organizações ligadas à cadeia agrícola brasileira ofereceram aos trabalhadores rurais soluções modernas que incrementam a produção e ampliam o consumo. Considerada a maior feira de horticultura da América Latina, a Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas (Hortitec) se tornou referência para agricultores, estudantes e profissionais de agribussiness interessados em conhecer as tendências do mercado. Neste ano, a mostra chegou a sua vigésima edição e reuniu mais de 400 expositores que trouxeram as principais novidades do setor agrícola para a cidade de Holambra, em São Paulo. Segundo a organização, o evento recebeu 25 mil pessoas de todas as regiões do Brasil e de diversas partes do mundo. O volume de negócios gerado foi de aproximadamente 95 milhões de reais. A intensa participação de estrangeiros e empresas internacionais despertam a atenção e indicam a grande visibilidade do agronegócio brasileiro no exterior. “Os profissionais de outros países vêm em busca de soluções criativas e inovadoras, mas, sobretudo para conhecer de perto a qualidade dos produtos do Brasil”, explica Renato Opitz, diretor da RBB Feiras e Eventos, organizadora do evento. Em sua primeira visita a Hortitec, Mônika Bergamaschi, secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, ficou impressionada com as dimensões do evento. “O produtor que chega sai com a certeza de que foi na fronteira do conhecimento de tudo aquilo que é disponível e está ao alcance de suas mãos”, comentou, parabenizando todos aqueles que vieram expor e, também, os que queriam ver de perto as novas tecnologias disponíveis para o setor. Eventos de Capacitação Técnica

Além de apresentar as novidades da área, a Hortitec também disponibilizou espaços para capacitação e reciclagem de conhecimento. Durante os três dias do evento aconteceram cursos e workshops, organizados pela Flortec e Dessa Consult, que permitiram aos visitantes agre-

CAROLINA DE SCICCO

lização georreferenciada, mapa de ocorrências próprio e personalizado, consultoria de técnicos da BASF e mais mobilidade nos diagnósticos. O produto agiliza o trabalho de assistência técnica no campo. Cinco novos tomates Topseed Premium são os destaques da Agristar

NORIVAL ESPERANÇA

ciais para garantir melhores negócios, e a BASF tem o Sistema AgCelence HF que contribui para isso”, afirma o gerente de Marketing para Hortifruti da BASF, Eduardo Eugênio. O Sistema AgCelence HF para batata e tomate integra a aplicação sequencial dos fungicidas Cantus e Cabrio Top, proporcionando melhor manejo fitossanitário as culturas e apontam também um aumento de rendimento e qualidade dos produtos colhidos. Na cultura da uva, os fungicidas Collis e Cabrio Top são empregados em diferentes etapas do manejo. Esse modelo permite melhor qualidade dos frutos e maior teor de graus brix, tornando o fruto mais doce e palatável. Digilab

gar valor ao currículo profissional. Segundo a organização, a proposta é discutir assuntos cotidianos do produtor, contribuindo com a capacitação técnica de todos os envolvidos na cadeia de horticultura nacional. Qualidade de frutas e hortaliças é o foco da BASF

Para ajudar no controle de pragas e doenças em hortifruti,

a BASF apresentou na 20ª Hortitec os fungicidas CabrioTop, Cantus, Forum e Collis; os inseticidas Pirate e Nomolt, além do Sistema AgCelence HF, que contribui para aumentar a produtividade. “O hortifruti é um setor representativo no agronegócio brasileiro, que engloba principalmente pequenos agricultores. A qualidade e a integridade dos produtos finais são essen-

Outra novidade da BASF é o Digilab Mobille na versão para tablet, que auxilia na identificação dos sintomas das principais doenças, pragas e plantas daninhas em diferentes culturas, inclusive em hortifruticultura. Com o auxílio de uma lupa wirelless (sem fio), que aumenta em até 200 vezes, é possível capturar a imagem e detectar, por meio da biblioteca virtual, a saúde vegetal da planta. A tecnologia permite consultar e comparar as imagens capturadas, além de disponibilizar um banco de dados, conteúdo explicativo e informativo, loca-

A Agristar, produtora e comerciante de sementes, apresentou aos visitantes da Hortitec as novidades de suas linhas com destaque para a Topseed Premium e Superseed. O atual foco da empresa são cinco novos tomates híbridos: os saladetes Centenário, Caribe e Pioneiro, o santa cruz Pegasus e o tipo caqui Vento. Entre outros lançamentos, a Topseed Premium mostrou os resultados da cultivar de tomate caqui indeterminado Predador F1, que se destacou em 2012 especialmente em regiões, como a Serra do Ibiapaba (CE), Minas Gerais e Goiás. O Predador F1 chamou a atenção pelo excelente acabamento do fruto, brilho intenso e coloração, além de uma ótima produtividade e resistência a TYLCV (Geminivirus) e TSWV (Vira-cabeça). A linha Superseed trouxe para a Hortitec os lançamentos Tomate Ágata F1, que possui resistência ao TYLCV (Geminivirus) e excelente tamanho do fruto, e a Melancia Karlla F1, que se destaca por apresentar boa resistência a viroses, frutos graúdos, pesados e uniformes. Agritech acredita no desenvolvimento da mecanização no campo

A Agritech, fabricante de tratores e cultivadores motorizados da marca Yanmar Agritech, participou da última edição da Hortitec com o intuito de fortalecer a produção no campo por meio da mecanização das propriedades. O grande destaque da empresa é o modelo 1175 AGRÍCOLA Versão Cultivo, com potência de 75 cv, uma opção aos produtores que querem um trator com grande capacidade, boa manobrabilidade, econômico e que possibilite o uso de implementos para tratos culturais, como encanteiradores, plantadora semeadora, pulverizador, subsolador, arado, entre outros.


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ABASTECIMENTO

Governo aprova preços mínimos da safra 2013/14 O Conselho Monetário Nacional (CMN) divulgou a relação dos preços mínimos para a safra 2013/14 no fim de junho. Houve reajustes em produtos como arroz, feijão, milho, mandioca e leite. De acordo com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, “a definição dos valores para a safra que se inicia procurou garantir renda aos produtores em relação às culturas fundamentais para o abastecimento interno, como o feijão e a mandioca”. No caso do arroz, houve aumento dos preços mínimos da saca de 60 kg do Tipo 1 entre 6,6 e 12,9%, e do Tipo 2, entre 12,7% e 12,9%. Já a saca de feijão de 60 Kg dos Tipos 1 das variedades de feijão cores, preto e Caupi apresentaram elevações de 9,9% a 41,6%. A saca de 60 kg de milho também teve alta nos preços, variando entre 1,2% e 20,4% de aumento. Já o valor do litro de leite teve altas de 9,8% a 11,3%. Houve elevações ainda nos preços de farinha de mandioca.

AGENDA

Macfrut 2013 A Mostra Internacional de Sistemas, tecnologias e serviços para a produção, condicionamento, comercialização e transporte de frutas e verduras (Macfrut) vai reunir mais de 800 expositores na cidade de Cesena, Itália. Entre os dias 20 a 28 de setembro, o evento será o ponto de encontro daqueles que operam no setor e além de oferecer diferentes oportunidades de negócios. Em 30 mil metros quadrados de exposição, a MacFrut recebe cerca de 80 delegações oficiais estrangeiras e mais de 20 mil visitantes a cada edição. www.macfrut.com info@macfrut.com

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Agronegócio

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Exportações agrícolas ultrapassaram US$ 100 bilhões na safra 2012/13 Recorde representa crescimento de 4,2% em relação a safra anterior

As vendas internacionais do agronegócio brasileiro ultrapassaram, pela primeira vez na história, a cifra dos US$ 100 bilhões de dólares anuais. O Brasil exportou o montante de US$ 100,61 bilhões em produtos agropecuários durante a safra

2012/13 (entre julho de 2012 e junho deste ano), o que representou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. O superávit comercial do setor também atingiu um novo recorde, somando US$ 83,91 bilhões.


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FLASHES DA FEMETRAN O bom desempenho setor de frutas e a alta dos preços de boa parte dos produtos agrícolas impulsionaram a aquisição de novos veículos comerciais na 12ª edição da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas. Além de fomentar novos negócios, a Femetran foi o evento em que empresários e profissionais do comércio atacadista de alimentos frescos se confraternizaram. As ofertas especiais das montadoras paras os permissionários, varejistas e transportadores que atuam em centrais de abastecimentos foram complementadas com sorteios de brindes, bingo, touro mecânico e muito moais

Evento

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Política Agrícola

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PLANHORT

Deputado ouve lideranças do setor Designado pela Capadr – Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural relator do projeto de Lei (174/2011) que institui o PlanHort – Plano Nacional de Abastecimento de Hortigranjeiros e fixa normas gerais para os entrepostos públicos de abastecimento alimentar, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) intensificou a coleta de subsídios visando aperfeiçoar a proposta. O objetivo do parlamentar é garantir ao parecer a ser elaborado profundidade e abrangência esperadas pelos diferentes elos da cadeia produtiva, que também podem ajudar a superar pontos de atrito existentes no texto. O primeiro debate reuniu lideranças de categorias que atuam na unidade paulistana da Ceagesp – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo, o maior complexo da América Latina. “Estou aqui para colher informações e sugestões que estudarei criteriosamente no sentido de inserir no parecer a ser apresentado”, explicou Junji que também preside a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, além de ser empresário rural e registrar um histórico de mais de 40 anos como líder agrícola. Organizado por Robson Coringa, presidente do Sincaesp – Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo, a reunião realizada nesta quinta-feira (04/07/2013), contou com a participação de Cláudio Simões Furquim Leite Júnior, diretor da Apesp – Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo, Mario Marcos, vice-presidente do Sindicar - Sindicato dos Carregadores Autônomos de Hortifrutigranjeiros e Pescados em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo e Milton Minoro Inada Júnior, diretor-executivo da Acapesp – Associação dos Comerciantes Atacadistas de Pescados do Estado de São Paulo. Como assinalou Junji, “a essência do projeto é muito boa”, porque trata a questão do abastecimento de modo profissional. “É de extrema importância para melhorar a tão carente rede de entrepostos públicos. Contempla as expectativas de reforma, ampliação e construção de modernas unidades, reivindicadas há tempos por todos os elos da

concessionários são definidos por meio de concorrência pública, ganhando o espaço quem paga mais por ele. De acordo com Junji, o projeto em exame poderia estabelecer que a regra de ocupação dos entrepostos considere, como item prioritário, a tradição do interessado na atividade mercadológica, prevendo, por exemplo, cinco anos de experiência comprovada. “Seria um meio de resguardar o lugar de quem entende do ramo, tem competência para atuar numa central de abastecimento e não é um simples aventureiro”. Já a concorrência simples, baseada na oferta de melhor preço pelo espaço, valeria para instituições como bancos, restaurantes, lanchonetes e lojas de insumos, entre outros, segundo o parlamentar. Perfil

cadeia produtiva para garantir a qualidade dos produtos, menores custos e atendimento eficiente ao consumidor”, evidenciou. Seguindo seu conceito de atuação participativa, Junji trabalhou junto à consultoria técnica da Casa na elaboração de uma minuta de parecer sobre o projeto. O texto foi encaminhado às diversas entidades ligadas ao setor para que se manifestassem. Na etapa atual, o deputado vem fazendo contatos pessoais com lideranças que desejam contribuir com a proposição. Segundo Junji, que também faz parte da Frente Parlamentar em Defesa das Centrais de Abastecimento Interno – Ceasas, é preciso mergulhar os entrepostos públicos de todo o Brasil num “banho de modernidade”, capaz de compensar mais de meio século de atraso estrutural

e operacional das unidades que funcionam com “assombrosa precariedade” em prejuízo da cadeia produtiva completa – dos produtores aos consumidores. O deputado ressaltou o fato de a proposição contar com o apoio maciço das entidades classistas ligadas às centrais de abastecimento e aos produtores rurais. O projeto que institui o PlanHort envolve desde o estímulo à produção e ao consumo de hortaliças, frutas, flores, plantas ornamentais e medicinais, produtos alimentícios naturais e perecíveis, pescados e víveres até ações para promover o desenvolvimento e a difusão de técnicas e boas práticas de produção, transporte, embalagem, armazenagem e comercialização dos produtos naturais. Além de prever a construção de novos entrepostos públicos, revitalização e ampliação dos

atuais, o projeto também determina que cada unidade disponha de áreas livres a serem destinadas ao produtor rural e suas organizações. Também determina a adoção de um sistema unificado de informações que proporcione o desenvolvimento integrado do setor e a formulação de políticas adequadas, entre outras medidas catalogadas por Junji como “indispensáveis à valorização do agronegócio e o devido zelo pelo bem-estar do consumidor”. Parceria

O deputado ressaltou que para a construção e operação de mercados “não adianta esperar do poder público. É preciso juntar a categoria e captar empreendedores interessados em uma PPP – parceria público-privada. O governo entra com linhas de financiamento e deixa a iniciativa privada trabalhar em conjunto com as categorias do setor”, orientou o deputado federal Junji Abe, crítico contumaz da inoperância de órgãos públicos na gestão das centrais de abastecimento. Se ficar a cargo da iniciativa privada, a operação das centrais de abastecimento ganhará dinamismo, eficiência e os esperados investimentos, como acredita Junji. A legislação, completou ele, se encarregaria de garantir a participação direta dos agentes da cadeia produtiva. Para ilustrar, o deputado citou a ocupação das futuras unidades decorrentes de PPP. Hoje, os permissionários ou

O projeto de Lei que institui o PlanHort traz um panorama da representatividade econômica das centrais de abastecimento. São 72 entrepostos públicos ocupando área total superior a 13 milhões de metros quadrados (m²) para acolher 442 pavilhões onde 11 mil empresas e cerca de 22 mil produtores rurais – a maioria da agricultura familiar, atuam na comercialização de seus produtos. Dados da Abracen – Associação Brasileira de Centrais de Abastecimento dão conta de que o sistema gera aproximadamente 200 mil empregos diretos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento atesta que, em 2008, foram comercializados 18 milhões de toneladas de frutas, legumes e verduras, movimentando cifras da ordem de R$ 20 bilhões. O autor assinala que “os entrepostos públicos de abastecimento alimentar são indispensáveis na formação de preços de produtos sujeitos a variações quase diárias, porque concentram, no mesmo espaço físico, o produtor e o atacadista incumbidos da distribuição ágil de alimentos perecíveis”. De acordo com a proposição, caberá ao Poder Público Federal estabelecer diretrizes uniformes para os regulamentos de mercado, que deverão reger as relações entre as administrações dos entrepostos e seus usuários. Atualmente, com exceção da Ceagesp e da Ceasa Minas, ainda sob gestão da União, os demais entrepostos são estaduais ou municipais.


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Bio Brazil Fair

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EVENTO

Feira destaca ascensão do mercado de orgânicos Exposição realizada na capital paulista termina com muitos negócios e excelente visitação Consideradas as principais feiras nos seus respectivos segmentos, a Bio Brazil Fair | BioFach América Latina e a Naturaltech confirmaram sua importância no mercado representando com força e qualidade setores em franca ascensão em âmbito nacional. Os quatro dias dos eventos, entre 27 e 30 de junho, registraram 21.485 visitantes e profissionais do setor nos corredores da Bienal do Ibirapuera. Eles conheceram, provaram e adquiriram produtos de mais de 200 expositores para consumo próprio ou para suas lojas.

Neste ano, o número de compradores profissionais foi 20% superior ao do ano passado. Para Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, promotora dos eventos, o sentimento é de dever cumprido. “A grande movimentação nos corredores e estandes, tanto de compradores profissionais como também do público consumidor, comprovam o sucesso de mais esta edição”. Na avaliação do executivo, as feiras representam a grandiosidade do setor de orgânicos e produtos naturais, além de reforçar a crença de que a

alimentação e hábitos saudáveis podem e devem tornar-se opções mais viáveis ao consumidor, mantendo-se a rentabilidade dos produtores e fabricantes. Os quatro dias dos eventos, entre 27 e 30 de junho, registraram 21.485 visitantes e profissionais do setor nos corredores da Bienal do Ibirapuera. Eles conheceram, provaram e adquiriram produtos de mais de 200 expositores para consumo próprio ou para suas lojas. Neste ano, o número de compradores profissionais foi 20% superior ao do ano passado.

ESALQ

ENTREPOSTO

4º Encontro de Produtores de Hortaliças

Destaques do Festival de Sopas Ceagesp

Acontecerá em 22 de julho o 4º Encontro de Produtores de Hortaliças da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ). O objetivo do evento, além de comemorar o dia do agricultor, é fornecer ao produtor conhecimento sobre tecnologias de plantio e colheita. Voltado para produtores rurais e profissionais do setor, a atividade inclui palestras que terão como foco o uso de bandejas descartáveis no plantio de hortaliças, que garantem melhor manejo e fácil descarte. A técnica resulta em mais qualidade e sanidade após a colheita. O encontro será realizado no Sítio Santana, localizado na rodovia SP-127, Piracicaba Rio Claro, km20, na IBS Mudas, das 13h30 às 18h. Inscrições devem ser feitas na Casa do Produtor Rural (CPR), localizada na Av. Pádua Dias, 11, bairro São Dimas, pelo telefone (19) 3429-4178 das 8h às 12h, e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira, ou pelo e-mail cprural@ usp.br. As vagas são limitadas, gratuitas e exclusivas para produtores e profissionais. A realização é da CPR, com o apoio da Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx), Serviço de Cultura e Extensão Universitária (SVCEx), Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Sema), Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Geagesp/Ceasa) de Piracicaba.

O cardápio da semana de 17 a 21 de julho do Festival de Sopas Ceagesp tem como destaque o Creme de Mandioquinha com Bacalhau. Além desse sabor, haverá ainda as sopas de Fricassé de Carne aos dois Funghis, Sopade Alho Poró com Queijo Gruyére e as sopas de Cebola e de Cebola Gratinada. O Festival de Sopas também oferece como pratos adicionais Canjica Doce, às quartas-feiras; Creme de Pinhão com Cream Cheese, às quintas-feiras; e Sopa de Chocolate com Frutas, aos domingos. Esses sabores ficam incluídos no preço de R$ 26,90 do buffet. Quem quiser acompanhar mais detalhes e informações sobre o evento pode acessar o site www. festivaldesopasceagesp.com.br. O Festival de Sopas funciona de quarta a domingo nos seguintes horários: às quartas,quintas e domingos, das 18h à meia-noite, e às sextas e sábados, das 18h às 2h. As pessoas podem servir-se à vontade (apenas das sopas) por R$ 26,90. Também há uma mesa de antepastos (cobrados à parte), várias opções de vinhos de diversas nacionalidades, e de outras bebidas, incluindo sucos e refrigerantes. Café e sobremesa complementam o cardápio. A entrada é pelo Portão 3 do Entreposto Terminal São Paulo, da Ceagesp, na av. Dr. Gastão Vidigal, 1.946, na Vila Leopoldina. O estacionamento é grátis.


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Parcerias Uma das novidades da Bio Brazil Fair deste ano foi parceria com a NürnbergMesse, promotora alemã da BioFach – mais importante feira de negócios de orgânicos do mundo, com edições na Alemanha, Índia, China, Japão e Estados Unidos - e com o IPD – Instituto de Promoção do Desenvolvimento, parceiro da Apex-Brasil no Projeto Organics Brazil de estímulo às exportações do setor. Segundo Ming Liu, coordenador executivo de projetos do IPD, “a Bio Brazil Fair| BioFach América Latina mostrou ao mercado a força com que os segmentos de produtos orgânicos, naturais e sustentáveis têm se mostrado nos mercados globais. A união dos dois eventos apenas reforça a imagem do País como a principal feira do segmento, fortalecendo o mercado interno na medida em que aproxima toda a cadeia: consumidor, produtor, processador, varejo e as tradings em um único ambiente de negócios”. Ligia Amorim, diretora geral da NürnbergMesse Brasil, concorda. “Observando o potencial crescimento do setor de orgânicos, a BioFach América Latina

IAC comemora 126 anos e lança milésima cultivar Instituição de pesquisa responsável pelo desenvolvimento do feijão carioca, cria variedade resistente a doenças

Ao completar 126 anos de fundação em junho, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) lançou sua milésima cultivar: o feijão IAC Milênio. Uma das mais tradicionais instituições de pesquisa brasileiras, de onde saíram diversas cultivares de café e de frutas, assim como as pesquisas que propiciaram o cultivo da soja no Cerrado nos anos 70, também é a responsável por um alimento que não pode faltar na nossa dieta, o feijão carioca. Segundo o instituto, a IAC Milênio destaca-se pelo seu pacote tecnológico, que apresenta qualidade de grão de alto padrão, caldo espesso e alto rendimento de panela, alta produtividade, porte ereto que viabiliza colheita mecanizada, e resistência às doenças antracnose e murcha de Fusarium. A antracnose é uma doença que danifica folhas e vagens, depreciando o produto; já a murcha de Fusarium, principal doença da raiz,

leva a planta à morte. “A resistência a essas doenças reduz em cerca de 30% a aplicação de agrotóxicos. Hoje o agricultor tem alto custo para controle da antracnose”, diz o pesquisador Alisson Fernando Chiorato . Ele afirma que o custo total de produção do feijoeiro varia de R$ 2 mil a R$ 6 mil por hectare, sendo que grande parte desse montante envolve produtos químicos usados na prevenção e controle de pragas e doenças. Sérgio Augusto Morais Carbonell, diretor-geral do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, informa que hoje cerca de 20% do mercado nacional de feijão é ocupado materiais desenvolvidos na instituição. Segundo ele, a cultivar IAC Milênio apresenta produtividade média de 2.831 kg/hectare, que é semelhante a outros materiais do mercado, e potencial produtivo de 4.625 kg/hectare.

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Bio Brazil Fair retornou ao país em parceria com a Bio Brazil Fair. O objetivo é somar esforços para gerar negócios, proporcionar a troca de conhecimentos com a vinda dos palestrantes internacionais e aumentar a visibilidade dos produtos e do mercado brasileiro no mundo. Desta forma, o Brasil está definitivamente inserido no calendário mundial dos principais eventos do setor de orgânicos no mundo – BIOFACH. Apesar do pouco tempo, conseguimos atrair visitantes e expositores de diversos países como Polônia, Argentina, Holanda e Peru. Podemos afirmar que começamos com sucesso esta parceira, que promete bons resultados ao mercado”. Fórum Internacional de Agricultura Orgânica

O Projeto Organics Brazil realizou, em parceria com a Francal Feiras e NürnbergMesse, a organização da nona edição do Fórum Internacional do evento, que contou com a presença de personalidades do mundo orgânico de diferentes países para discutir as principais tendências do mercado internacional e as oportunidades dos produtos brasileiros no mercado global.

As apresentações, que contaram com auditório lotado, aconteceram durante os dois primeiros dias da Bio Brazil Fair| BioFach América Latina. Para Ming Liu, o Fórum não só apresentou novas ideias e propostas, como também ajudou na construção de uma boa imagem do Brasil junto ao mercado internacional. “A realização do Fórum Internacional, sem dúvida, contribui na construção da imagem do País. É um privilégio podemos contar, agora, com as agendas e apresentações de palestrantes internacionais que só frequentavam eventos na Europa e nos Estados Unidos. Agora eles têm uma percepção in loco de que, apesar de nosso mercado ser relativamente novo, com regulamentação própria, o mercado interno é tão representativo e forte, com exportação e muito potencial para crescer”, afirmou Liu. Ciclo de palestras

A Naturaltech também contou atrações paralelas, como o tradicional Seminário SVB – Alimentação Ética, Saudável e Sustentável, que chegou à sua 5ª edição em 2013.

NUTRIÇÃO

Mapa e setor produtivo fecham acordo sobre aumento de teor de suco em néctar

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai escalonar o aumento de 30% para 50% de suco em néctares de uva e laranja. A negociação foi feita durante audiência pública realizada nos dias 2 e 3 de julho, em Brasília (DF). Uma nova instrução normativa será publicada concedendo ao setor produtivo prazo de 18 meses para aumentar de 30% para 40% o teor de suco em néctares dessas frutas e, após esse prazo, mais 12 meses para que o teor suba de 40% para 50%. Os novos prazos para o aumento do teor de suco em néctares também permitirão que o setor produtivo providencie rótulos com a declaração quantitativa de ingredientes. A proposta também prevê que a quantidade de 30% de suco em néctares de baixa caloria seja mantida até que sejam realizados testes para ajustar o aumento do suco e a quantidade de calorias dessas bebidas. O diretor do Departamento de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Ricardo Cavalcanti, ressalta que a negociação contribuiu para que os envolvidos nessas cadeias produtivas tenham mais tempo para fazer testes de como oferecer uma bebida mais saborosa aos consumidores sem causar grandes impactos nos preços dos produtos. Segundo o diretor, durante as negociações ficou evidenciado, entre a grande maioria dos atores envolvidos, que o mais importante é que o consumidor seja privilegiado com um néctar com maior valor nutricional. “Fico muito feliz em saber que esses segmentos atingiram um grau de maturidade tal que possibilitou o fechamento desse acordo democrático e histórico”. Participaram da audiência representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir), Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), várias cooperativas e sindicatos rurais de produtores de laranja e de uva, entre outros.


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Internacional

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+ CIÊNCIA

BIOTECNOLOGIA

Maçã alterada geneticamente não escurece depois de fatiada

Multinacional testa abacaxi transgênico na Costa Rica

Governos do Canadá e EUA devem aprovar até o fim do ano o plantio comercial da fruta que mantém aparência e sabor por mais tempo

Pesquisa da variedade rosada recebeu aval do governo americano este ano

FOTOS: OSF / Divulgação

Paulo Fernando De São Paulo Duas novas cultivares de maçãs desenvolvidas por cientistas canadenses tiveram seus genes alterados para inibir a reação química catalisada pela enzima polifenoloxidase, um processo natural que deixa a fruta marrom após o contato com o oxigênio. Além do grande potencial para reduzir o desperdício de alimentos no varejo e na casa do consumidor, a modificação genética melhora o sabor, a textura e a retenção de vitamina C e antioxidantes, nutrientes geralmente queimados durante a fase de oxidação que escurece a polpa e o suco da maçã. Desde 2011, a Okanagan Specialty Fruits (OSF) aguarda a aprovação do Canadá e dos EUA para distribuir comercialmente os frutos das variedades registradas como Arctic Apples. Agora, a expectativa da pequena empresa de biotecnologia canadense é que a desregulação aconteça até o fim deste ano em ambos os países. A partir da próxima primavera no hemisfério norte, a companhia espera plantar para fornecer aos segmentos de produtos minimamente processados, food service, comércio atacadista e outros nichos de mercado. O processo de melhoramento empregado nas Arctic Apples pode ser usado em qualquer variedade de maçã, conforme explica o fundador e presidente da OSF, Neal Carter. Mas embora as Arctic Golden Delicious e Granny Smith não sejam transgênicas, investigações envolvendo organismos geneticamente modificados (OGMs) sempre são controversas. A associação que representa a cadeia produtiva da maçã dos Estados Unidos (U.S. Apple Association, em inglês) geralmente apoia esse tipo de avanço científico e não acredita que as maçãs da OSF sejam um motivo de preocupação para a saúde humana. A entidade, porém, tem sido contrária à autorização para o plantio comercial, pois teme a percepção negativa de parte dos consumidores a respeito de alimentos manipulados geneticamente. Por isso, a associação acompanha o caso de perto e

Paulo Fernando De São Paulo

O produtor Neal Carter aguarda autorização para comercializar as maçãs Arctic na América do Norte

destaca que já existem no mercado variedades cuja oxidação é naturalmente mais lenta. O Conselho de Horticultura do Noroeste (Northwest Horticultural Council, em inglês) também rejeita a inovação, alardeando o risco que os OGMs podem representar aos pomares de maçãs orgânicas e o temor da perda do mercado europeu. Apesar das polêmicas, a OSF pretende expandir suas operações. “Depois de atingido o grau de sucesso comercial na América do Norte, vamos considerar a busca de outros países, mas isso ainda vai demorar alguns anos, já que os processos regulatórios são rigorosos e somos uma companhia pequena, com menos de dez empregados”, diz o especialista em marketing da empresa, Joel Brooks. No Brasil, a Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/05) exige que qualquer OGM passe pela avaliação criteriosa da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Esse procedimento demora cerca de 18 meses. Por levar em consideração apenas os pareceres que separam os mitos ideológicos das verdades científicas, o sistema nacional tem sido elogiado mundo afora.

Supressão da enzima polifenoloxidase impede que a polpa e o suco da maçã escureçam, conforme mostram as comparações acima e abaixo

Uma das maiores empresas de fruticultura do planeta, a Del Monte está testando uma cultivar geneticamente modificada de abacaxi na Costa Rica. De acordo com a multinacional, que também possui fazendas no Brasil, os resultados deste projeto poderão levar o ananás Rosé à comercialização. “Mas essa etapa vai depender de muitos fatores, incluindo aprovações regulatórias por parte das autoridades governamentais pertinentes, onde e quando for o caso”, explica o vice-presidente de marketing da companhia, Dennis Christou. Os genes envolvidos na biossíntese de licopeno estão sendo alterados, a fim aumentar seus níveis nos tecidos comestíveis da fruta e dar cor rosada à polpa. Os genes de interesse são derivados de espécies de plantas comestíveis, abacaxi e tangerina. De acordo com um comunicado do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, em inglês), o fruto do abacaxizeiro Rosé não tem capacidade para propagar e persistir no meio ambiente depois de colhido e, portanto, não requer licença para importação ou movimento interestadual de carga. Ao redor do mundo, cientistas de outras instituições e empresas também estão pesquisando variedades transgênicas de arroz, banana, beterraba, cana-de-açúcar, laranja, mamão, mandioca e muitas outras plantas. O objetivo é expressar nessas espécies as mais diferentes características, como resistências a insetos, fungos e vírus, tolerância a outros princípios ativos e à seca, além de melhorias em suas composições nutricionais.


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JORNAL ENTREPOSTO

Artigo

julho de 2013

Um jornal a serviço do agronegócio

A floricultura na

Amazônia

Antonio Hélio Junqueira * Marcia da Silva Peetz **

A Região Norte do Brasil, constituída pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, é a área de introdução mais recente do cultivo empresarial de flores e plantas ornamentais do País. Cabe destacar, contudo, que nos últimos anos chegou a angariar números representativos no conjunto desta cadeia produtiva, agregando 3,8% do número total de produtores, 2,7% do Valor Bruto da Produção (VBP) e 2,03% da área total cultivada em todo o Brasil. Observe-se que esta ocupação geográfica pelas flores e plantas representa, no conjunto da floricultura brasileira, 2,32% da área cultivada a céu aberto, 4,97% da área cultivada sob a proteção de telados e 0,37% da área coberta com estufas. Considerando as condições geoclimáticas e ecológicas predominantes na região, a atividade está naturalmente focada na exploração de espécies tropicais nativas e/ou exóticas adaptadas, com destaque para helicônias, alpínias, bastões-do-imperador, zingiberáceas diversas, orquídeas, antúrios e folhagens tropicais de corte, especialmente palmeiras e aráceas. A floricultura praticada na região Norte do Brasil concentra-se, contemporaneamente, na exploração de espécies cultivadas para corte, sendo tanto no segmento de flores, quanto no de folhagens tropicais. Estima-se que sejam produzidas anualmente 1,5 milhão de hastes comerciais de flores tropicais de corte, sendo os principais estados produtores: Pará, Amazonas, Tocantins e Rondônia. No segmento específico de outras espécies de natureza subtropical ou temperada, a produção regional é, obviamente, bem menos expressiva, resumindo-se a uma oferta anual da ordem de 150 mil hastes cortadas, com destaque para as seguintes espécies: crisântemo (Chrysanthemum sp.), áster (Aster sp.) e angélica (Polianthes tuberosa). Note-se que na cultura regional, mesmo nos ambientes técnicos, costumam ser classificadas neste grupo

espécies exóticas de clima tropical como zínias, cristas-de-galo, perpétuas e outras. Um dos principais motivos para esse fato é que estes produtos não são cultivados de maneira exclusiva, nem tampouco em áreas extensivas de terra. Pelo contrário, a instalação se dá na forma de pequenas leiras ou canteiros isolados, em terrenos da própria habitação dos produtores e seus familiares. Seu cultivo é efetivamente programado apenas em função das vendas para o Dia de Finados,

com raras exceções no caso da produção de angélicas, que tem utilização nas ornamentações religiosas e sociais, especialmente de casamentos, ao longo de todo o ano. No segmento das plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem, as principais espécies cultivadas são: palmeiras (diversas), ixoras (Ixora coccinea, I. chinensis e I. finlaysoniana) e mini-ixoras (Ixora coccínea “Compacta”), durantas ou pingos-de-ouro (Duranta repens), árvores e arbustos

nativos e regionais (diversas espécies), mussaendas (Mussaenda alicia, M. erytrophylla e M. philippica), agaves (Agave spp.), abacaxi-roxo (Tradescancia spathacea), entre não muitos outros itens. O segmento de flores e plantas envasadas responde pela entrega anual ao mercado de cerca de 500 mil unidades. Entre as principais espécies cultivadas encontram-se: petúnias (Petunia sp.), begônias (Begonia sp.), café-de-salão (Aglaonema commutatum), afelandra

(Aphelandra squarrosa), vincas (Catharanthus roseus), tagetes ou cravos-de-defunto (Tagetes patula), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia amoena), jibóias (Epipremnum pinnatum), antúrios (Anthurium sp.), alocásias (Alocasia sp.), colocásias (Colocasia sp.), filodendros (Philodendrum sp.) e tinhorão e malangas (Caladium sp.; Caladium lindenii), entre outras. Nos últimos anos, importantes investimentos em pesquisa e extensão têm sido realizados em apoio ao desenvolvimento da floricultura tropical na região Amazônica, especialmente no que se refere à adubação, cultivo, controle de pragas e doenças, colheita e pós-colheita de diversas espécies de flores tropicais, com ênfase em diferentes espécies de helicônias. Parte desse esforço empreendido, principalmente por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental será agora publicado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em livro que circulará nacionalmente no segundo semestre de 2013. Os consultores da Hórtica Consultoria honrosamente participam deste trabalho, colaborando nos temas referentes à socioeconomia da floricultura amazônica, a partir do conjunto de estudos por eles realizados na região no período de 2005 a 2010, e que inclui os Perfis das Cadeias Produtivas de Flores e Plantas Ormentais dos Estados da Região Norte do Brasil, além do Diagnóstico da Competitividade e Eficiência da Floricultura da Amazônia, entre outros, sempre em parceria com os SEBRAEs de todos os Estados envolvidos.

*Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento. **Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.


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Paisagismo

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22° ENFLOR E 10ª GARDEN FAIR

Holambra recebe simultaneamente eventos de paisagismo e arte floral Feiras apresentaram novas tecnologias e direcionaram profissionais do setor com propostas de capitação O 22° Encontro Nacional de Floristas, Atacadistas e Empresas de Acessórios (Enflor) e a 10° Feira de Tecnologia em Jardinagem e Paisagismo (Garden Fair) aconteceram simultaneamente na cidade de Holambra (SP) entre os dias 14 e 16 de Julho. Os expositores apresentaram aos profissionais do setor as novidades em cores, texturas e combinações de flores e plantas ornamentais. A orquídea, cada vez mais acessível para o público brasileiro, ganhou destaque no evento e continua chamando a atenção do visitante. Depois das Phalenopsis azul e lilás, o Sítio Kolibri apresentou a variedade na cor verde. Já a Dendrobium Berry Oda, resistente ao frio, atrai pela cor roxa em

tons claros e escuros, mas principalmente pelo agradável perfume que exala. Na sessão de jardinagem, a novidade ficou por conta do lançamento do Cróton Brasileiro, cultivar de rosa desenvolvido no Brasil nas cores verde e amarela, alusão à Copa do Mundo de Futebol a ser realizada no país em 2014. Dentro da programação dirigida aos profissionais, inúmeras atividades de capacitação foram realizadas durante os três dias do evento. Além da oficina com o famoso florista Vic Meirelles, os visitantes puderam acompanhar workshops sobre embalagens, projetos de decoração, buquês, lagos ornamentais, palestras do Sebrae entre outros.


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Ceasas do Brasil

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Um jornal a serviço do agronegócio

ECONOMIA

Índice Ceagesp confirma trajetória de queda e recua 3,77% em junho Legumes e verduras foram os setores que registraram as maiores quedas. No ano, o Índice Ceagesp apresenta retração de 0,29% e, nos últimos 12 meses, elevação de 6,86%

Tendência Caso as condições climáticas permaneçam inalteradas, a expectativa é de mais redução de preços em julho, principalmente frutas, legumes e diversos.

Milho verde 24,1%

altas: Melão amarelo (39,9%), figo (37,8%), goiaba (32%) e uva niagara (23,1%). No setor de diversos a redução foi de 0,74%. Principais baixas: alho estrangeiro (-4,7%), batata lisa (-3,7%) e milho de pipoca estrangeiro (-2,89%). Os principais aumentos foram da canjica (26,8%), amendoim (10%) e coco seco (9,7%). Por fim, o setor de pescados registrou alta de 1,84%. Os principais aumentos foram da sardinha congelada (49%), anchovas (20,7%), salmão (15,7%) e lula congelada (12,2%). Principais quedas: Atum (-18,4%), camarão ferro (-13,7%), polvo (-12,9%) e cavalinha (-10,2%).

Repolho -40,9%

O setor de verduras apresenta preços muito próximos aos de custo e, portanto, não deverão sofrer mais quedas tão acentuadas como nos últimos meses. É natural a retração no consumo nessa época do ano. Como as condições climáticas devem continuar propícias à produção, a expectativa é de mais elevação no volume ofertado, ótima qualidade e redução dos preços praticados da maioria dos produtos comercializados. A redução de preços neste período deverá, inclusive, auxiliar na manutenção dos índices inflacionários em patamares satisfatórios para os consumidores.

Índice Ceagesp Com o objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp passou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à

Mamão papaya -30,3%

(-40,9%), espinafre (-33,9%), catalonha (-30, 9%), rabanete (-28%), alface americana (-25,8%) e agrião (-24,9%). Somente o milho verde (24,1%) registrou alta no setor, impulsionado pela demanda aquecida em razão das festas juninas. O setor de legumes, com recuo de 11,11%, registrou a segunda maior queda. As principais baixas ocorreram no pimentão amarelo (54,1%), beterraba (-43,3%), cenoura (-39,5%), pimentão verde (-35,85) e tomate (-18,3%). Principais altas: Jiló (46,7%), ervilha torta (37,9%), pepino japonês (34,5%) e chuchu (29,8%). Já o setor de frutas apresentou retração de 1,46%. As principais quedas foram mamão papaya (-30,3%), morango (-30,2%), maracujá azedo (-14,5%), laranja lima (-13,9%) e melancia (-13,8%). Principais

Alho estrangeiro -4,7%

cesta, que agora contabiliza 150 itens. Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogumelo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares durante todos os meses de 2011. Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abastecimento.

Em junho, o Índice de preços Ceagesp recuou 3,77%. Com exceção do setor de pescados, todos os demais setores registram redução dos preços praticados. “Está é uma época satisfatória para a produção agrícola, notadamente hortaliças. Com pouca incidência de chuvas e temperaturas mais amenas, o volume de perdas diminui acentuadamente neste período do ano”, explica Flávio Godas, economista da Ceagesp. Além da oferta satisfatória, o inverno invariavelmente apresenta uma natural retração no consumo, principalmente nas hortaliças folhosas, refletindo em preços mais baixos. No ano, o Índice apresenta retração de 0,29% e, nos últimos 12 meses, elevação de 6,86%. Novamente, o setor de verduras apresentou a maior queda, de 16,3%. Com destaque para coentro (-61,5%), repolho

Camarão ferro -13,7%

MEIO AMBIENTE

Ceasa/RS lança programa de sustentabilidade socioambiental As Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/ RS) lançou no mês de junho o Ceasa Mais Cuidada, que tem como principais objetivos melhorar a separação de resíduos, reduzir os custos aos permissionários e aumentar a sustentabilidade na comercialização de alimentos no complexo. O programa prevê além do aumento do quadro funcional no trabalho dos resíduos a construção da estação de transbordo e de um biogestor, para a separação e beneficiamento dos resíduos, consequentemente. Nove orientadores serão responsáveis pela distribuição de

material informativo e educativo junto ao público da Ceasa, bem como orientar e conscientizar da importância da separação e destinação correta dos resíduos orgânico e inorgânico nos contêineres de cores verde e laranja. A iniciativa, além de contribuir para a melhoria do meio ambiente, visa reduzir o custo operacional da Central, contemplando também os permissionários e produtores. Uma vez que a composição do custo envolve desde a varrição, o transporte, o custo do maquinário e a disposição dos resíduos na Estação de Transbordo do DMLU (Departa-

mento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre), sendo que o resíduo inorgânico tem como destino final o aterro sanitário localizado na Região Metropolitana, distante cerca de 100 quilômetros da capital gaúcha. De acordo com o presidente da Ceasa. Paulino Donatti, a meta num futuro próximo, com a participação e envolvimento de todos, é aproveitar 70% do lixo orgânico gerado no complexo. Ele lembrou que no ano passado, cerca de 9.500 toneladas de resíduos foram produzidas 38 toneladas/dia. Porém, somente apesar de mais de 80% do resí-

duo ser de origem orgânica, somente 25% teve destinação final como tal. Isto comprova a importância do programa, dar início a separação correta do lixo, complementou Donatti. Já o diretor técnico-operacional da Ceasa, Gerson Madruga da Silva, destacou a Estação de Manejo e Transbordo dos Resíduos, que já se encontra em obras e deve entrar em funcionamento no início de agosto, para posterior utilização para produção de biogás. O investimento desta primeira etapa será de R$ 320 mil. O próximo passo será a construção do biogestor den-

tro do complexo, para produção e aproveitamento de energia a partir do processo fermentativo aneróbico. Segundo o diretor administrativo financeiro, Paulo de Tarso Tavares, aposta na viabilidade econômica do programa, citando como exemplo o custo atual mensal com transporte e disposição, na ordem de R$ 23 mil e 47 mil, respectivamente. Com o programa, o custo com transporte pode cair para R$ 9,2 mil e com disposição na ordem de R$ 23,5 mil, o que representará uma economia de R$ 37,3 mil/mês, explicou Tavares.


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Ceasas do Brasil

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Um jornal a serviço do agronegócio

ABASTECIMENTO

Lei amplia prazo de concessões na Ceasa-RJ Aproximadamente mil comerciantes serão beneficiados com a regularização

Polo de Tangerina Ponkan e Laranja Capixaba é inaugurado na Ceasa ES O primeiro dia de mercado do Polo de Tangerina Ponkan e da Laranja Capixaba marcou a manhã o dia 20 de junho no entreposto central das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES). Além dos produtores, compradores e comerciantes que circulam diariamente na unidade, autoridades e representantes marcaram presença na inauguração do espaço. O dia de mercado é desenvolvido pela Ceasa/ES em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e o principal objetivo é priorizar os produtos que fazem parte do programa ‘Polos da Fruticultura’ e estão em período de safra, por meio de um espaço destinado aos produtores para a exposição das frutas e a realização de contatos comerciais. ANUNCIO entreposto.pdf

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O projeto também contará com a participação de outros produtos que compõem o Polo da Fruticultura mostrando, valorizando e dando a oportunidade de conquistar novos mercados. Segundo o governador Renato Casagrande é melhorando a gestão, interiorizando as unidades e marcando presença no dia a dia do produtor, que contribuirá para resolver os problemas relacionados a logística e a comercialização de cada produto. “Dessa forma, conseguimos ajudar o produtor a vender o produto, o que gera renda e emprego para quem está no interior. Temos que dar prioridade ao trabalho do produtor e fortalecer a Ceasa. Usar a agricultura para desenvolver o Estado de forma equilibrada. Por isso, investimos nos programas Caminhos

05/03/2013

13:03:11

Redes e Contentores

do Campo, Telefonia Móvel e equipamos os municípios com máquinas”, pontua. “Este espaço dá oportunidade aos produtores de expor os produtos e comercializarem também. Dessa forma, além do contato comercial, eles podem mostrar de onde vêm e a boa qualidade do produto. Quero agradecer a todos que participaram para a realização desse projeto, que já é um sucesso aqui no entreposto da Ceasa”, destaca o diretor- presidente da Ceasa/ES, José Paulo Viçosi. Segundo o diretor- presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, “o Incaper está presente em cada canto do nosso Estado. Com isso, podemos trabalhar para melhorar cada vez mais esta parceria entre técnicos e prefeituras. Isso é fundamental para o sucesso dos nos-

sos produtores”, destaca. De acordo com o diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Davi Diniz de Carvalho, o Idaf quer manter parceria com os produtores, porque assim, trabalhando juntos, conseguem manter um produto de qualidade. “A atuação do Governo na vida do agricultor começa com os incentivos, por meio de diversos programas, além de repasse de mudas e caixas plásticas para intensificar a produção e logística. O Espírito Santo vai produzir 24 mil toneladas de tangerina ponkan nesta safra que está em curso e estamos fechando um ciclo ao trazer produtos para este importante espaço”, finaliza o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

A lei 6.482/2013 que regulariza a ocupação dos imóveis das Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro S.A. (Ceasa/RJ), permitindo a assinatura de novos contratos com o Estado pelo prazo de 15 anos renováveis por mais 15 anos foi publicada no dia 3 de julho, no Diário Oficial. A lei beneficia aproximadamente mil comerciantes que atualmente já ocupam boxes, lojas e demais espaços físicos nas unidades da Ceasa/RJ, que estavam com prazo por encerrar. Para as áreas vagas, será realizada a abertura de um edital de licitação. O prazo para requerer a regularização das atividades é até o dia 31 de agosto. O Secretário de Desenvolvimento Regional, Felipe Peixoto, comentou que essa segurança jurídica aos comerciantes é mais do que merecida. “Com essa lei, contribuímos para a atividade, dando segurança a esses comerciantes e a todos os trabalhadores. Além do lado humano e social, essa lei também garantiu que não houvesse abalos à cadeia produtiva do setor agroalimentar”, declarou.

Acesse o site: Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

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Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

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Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

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Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

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julho de 2013

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NACEME recebe doações do BCA O Núcleo Assistencial à Criança Excepcional “Mundo Encantado” (NACEME) atua há 20 anos com o objetivo de promover e articular ações, prestação de serviços e apoio à família, direcionados para a melhoria de qualidade de vida de pessoas com deficiência intelectual, múltipla e do espectro autista. Atualmente o NACEME tem parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME) e Secretaria Municipal de Assistência Social (SMADS), através de convênio. A diretoria da entidade é composta por pais de alunos que realizam um trabalho da maneira mais transparente possível para conseguir o maior retorno na administração dos recursos provenientes de um convênio com a Prefeitura de São Paulo de eventos realizados pelo próprio núcleo e doações de terceiros. Telefones: (11) 3936-6593 / 2690 / 4959 E-mails: nnaceme@uol.com.br / naceme@naceme.com.br Resumo BCA - Junho / 2013 Cinco alimentos mais doados 1. Tomate 2. Laranja 3. Mamão 4. Coco 5. Mandioca Cinco maiores doadores 1. Batista 2. Shin 3. AGP 4. ADL 5. Roque Neves

Volume de doações recebidas: 91.997 toneladas Volume de doações distribuídas: 10.100 toneladas Total de Permissionários doadores: 50 Total de Entidades beneficiadas: 93 Seja um doador Banco Ceagesp de Alimentos Telefones: (11) 3643 - 3832 / 3850 / 3929 Nextel: 55*45*4964 E-mail: bacodealimentos@ceagesp.gov.br

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Cá entre nós

Arraial da Nossa Turma agita Ceagesp Por Manelão Vamos caminhando para o segundo semestre em passos largos. Nossos amigos heróis da estrada protestaram nos bloqueios e mostraram indignação, pedindo melhorias no asfalto, redução dos pedágios e segurança. Tão logo os fogos dos pneus foram apagados, as estradas liberadas, os transportadores de hortifrutícolas vieram descarregar na Ceagesp e a mesa dos trabalhadores brasileiros não ficou desabastecida. Abastecimento é coisa séria. No dia 6 de julho realizamos a nossa festa julina, com brincadeiras, bingo, doces, bolos e salgados preparados pelas quituteiras da Paróquia São Mateus, do bairro Rio Pequeno - Tia Elza, Isabel, Eunice, Eulíria, Zú e Maria Giarola – que, com seus temperos, agradaram o paladar de todos. No bingo, a rodada mais concorrida foi da chuteira que o craque da seleção brasileira Hulk nos mandou. Agradecemos a todos os departamentos da companhia que não mediram esforços para o nosso evento ser realizado. No “voluntariado do amor”, Os Atados vieram e fizeram a diferença: enfeitaram as barracas e o pavilhão PBCF com bandeirolas, e organizaram a fila nas barracas da pescaria, tomba-lata, jogo de argolas, boca do palhaço e do coelho. O churrasco ficou por conta do pai do Pietro, e do marido da Gorete, que é coletor na Ceagesp. Agradecemos a K Gelo que nos doou cubos para o re-

frigerante e a cerveja ficarem gelados. As maçãs do amor ganhamos no NK. O gengibre para o quentão da Iguape e o abacaxi do vinho quente da AJM. Já a batata, da Campo Vitória; a cebola da Cantu e o alho da Capanema. Aos que também contribuíram com produtos ou dinheiro, valeu! A “quadrilha do bem” foi dançada pela comunidade do 9, da linha e do Singapura Villa Lobos. A parte musical foi show de bola e contou com a apresentação magistral da dupla que representou todos os plantadores e comerciantes de flores, direto de Santo Antonio da Posse, Tais & Eduardo, cantaram um repertório legal. E, como sempre, brindaram o público com o calor que lhes é peculiar. No final,

foram aplaudidos entusiasticamente. Só falta um empurrãozinho para a dupla ir ao Domingão do Faustão. No dia 10 de julho, a Nossa Turma foi visitada pelo voluntariado da Loreal Citzen Day que, na companhia do Instituto da Criança do RJ, dançaram a quadrilha com a nossa garotada que estava vestida a caráter. Foi uma festa maravilhosa. Dia 14 de julho, o Restaurante do Festival da Sopa de Cebola nos doou 200 convites para apreciar esta iguaria. O Chefe Ivair Félix, recepcionou a todos e o maior grupo foi dos colaboradores da Telefônica. A renda já foi depositada na conta da Nossa Turma (Banco do Brasil. Agência: 0663-7 Conta Corrente: 13467-8 ).


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Um jornal a servi莽o do agroneg贸cio


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