Boletim epidemiolรณgico - CHC - UFPR - AIDS
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ESPAÇO EPIDEMIOLÓGICO
CONTEXTO EPIDEMIOLÓGICO ATUAL...............................................................4 POR QUE AINDA HÁ ÓBITOS POR SIDA?...........................................................5 COMO REDUZIR MORTALIDADE?.......................................................................6 REFERÊNCIAS.......................................................................................................6
ESPAÇO SCIH
PARANÁ ALERTA DE BACTÉRIA PORTADORA DO GENE MCR-1.....................8 IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE ASSISTENCIAL NA TRANSMISSÃO DE BACTÉRIAS...........................................................................9
ALERTAS E NOTIFICAÇÕES
PERGUNTAS E RESPOSTAS - FEBRE AMARELA............................................12
ESPAÇO CULTURAL
CONHEÇA 21 CURIOSIDADES SOBRE OS VÍRUS............................................15
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ESPAÇO EPIDEMIOLÓGICO Boletim epidemiológico - CHC - UFPR - AIDS
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HIV/AIDS
No ano de 2016, completou-se 35 anos desde o reconhecimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). O Brasil teve o primeiro caso em 1982. Desde então, diferentes momentos epidemiológicos ocorreram. Inicialmente era uma doença letal, sendo quarta causa de maior mortalidade no mundo em 2005 (GBD 2015 HIV Collaborators, 2016). Hoje é possível dizer que uma pessoa com diagnóstico precoce e acesso à terapia tem expectativa de vida semelhante à da população geral. É considerada uma doença crônica tratável, porém ainda amarga os Top 10 em causas de mortalidade global.
CONTEXTO EPIDEMIOLÓGICO ATUAL Com a queda na mortalidade na última década associada à manutenção na incidência
da doença, vivemos uma era de aumento na prevalência da doença.
Fonte: GBD 2015 HIV Collaborators, 2016. (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5056319/pdf/main.pdf)
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No nível local não é diferente. Curitiba dobrou o número de pessoas vivendo com HIV/ AIDS (PVHA) com diagnóstico em uma década. Foram notificados em Curitiba 15909 casos de HIV/AIDS e segundo a cascata do HIV de 2013, havia uma estimativa de 13888 PVHA na cidade. Apesar de a incidência estar em tendência lateral, há aumento progressivo da proporção de diagnósticos de HIV em relação aos diagnósticos de SIDA, demonstrando que o diagnóstico está cada vez mais precoce. Porém, há parcelas da população cuja taxa de detecção de HIV/AIDS está em forte ascendência, como homens de 20 a 29 anos, onde houve aumento de 51,3/100 mil habitantes para 242,9/100 mil habitantes (aumento de 370%). A proporção desses diagnósticos vem aumentando especialmente entre homens que fazem sexo com homens (29,9% em 2002 para 53,7% em 2015), refletindo dados nacionais de que a prevalência de HIV/AIDS é de 10,5% nessa população. Isso mostra a necessidade de um olhar diferenciado para essa e as outras populações chave, que possuem maior prevalência da doença e maiores barreiras de acesso
POR QUE AINDA HÁ ÓBITOS POR SIDA? O número de óbitos vem diminuindo ao longo do tempo, após um pico nos anos 90,
porém a queda nos últimos anos é lenta. Por que mesmo com tratamentos cada vez mais eficazes e com menos efeitos colaterais ainda há óbitos? O CHC interna em média 27 casos de HIV/AIDS por mês, quase 1 caso por dia, sendo 36% na unidade de infectologia, 29% na maternidade, 24% em unidades críticas e 11% no restante. Reinternamento ocorreu em 16% dos casos. Excluindo os casos da maternidade, 24% desses internamentos evoluem para o óbito, ou seja, praticamente 1 a cada 4 pacientes. Internamentos e Óbitos de pacientes com HIV no CHC ÓBITOS
INTERNAMENTOS
40
50% 45%
35
40%
30
35%
25 20
26%
24% 18%
15 10 5 0
22%
22% 19%
17%
9%
9% 4%
12%
8%
11%
12%
11% 10%
16%
14%
30% 24%
25%
19%
17%
20% 15%
8%
10%
4% 0%
5% 0%
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O CHC é um hospital terciário e referência para os casos graves de HIV/AIDS, justificando o alto número de internamentos e de óbitos. Pouco pode ser feito no nível terciário para mudança desses números. Deve ser considerado todo o processo de cuidado contínuo do HIV, envolvendo a atenção primária, atenção especializada e redes hospitalares, que devem trabalhar como uma engrenagem e em sintonia. Além disso, um olhar diferenciado para as populações chave (HSH, profissionais do sexo, transgêneros, usuários de drogas, população em situação de rua, pessoas privadas de liberdade) que devido às vulnerabilidades e dificuldades de acesso à saúde possuem maior prevalência do HIV. Já se passou a fase de que cuidar do HIV significava criar leitos e consultas. Isso não é suficiente.
COMO REDUZIR MORTALIDADE?
Não basta ter tratamento de ponta se não forem feitos diagnósticos (estima-se no Brasil 112 mil PVHA que não sabem do seu diagnóstico). Não basta fazer diagnóstico se não for garantida a vinculação à rede assistencial. Não basta a vinculação se não houver uma estratégia para melhorar a retenção e revinculação. Isso tudo não basta se não houver uma rede capacitada para reconhecimento das vulnerabilidades, acolhimento, atendimento e tratamento. Cada um desses estágios do cuidado contínuo do HIV possuem barreiras que devem ser reconhecidas e combatidas. São barreiras relacionadas às comorbidades (doenças mentais; vulnerabilidade social), à burocracia do sistema de saúde e, principalmente ao estigma e discriminação. A Universidade deve ampliar seu escopo de atuação para além de atendimento ambulatorial e hospitalar, participando dos outros processos do cuidado contínuo do HIV. Para isso, deve haver integração com outros setores como a saúde coletiva, psicologia, assistência social, epidemiologia e setores ligados à gestão. Só assim vislumbraremos redução na mortalidade pelo HIV. Autor: Dr. Bernardo Montesanti Machado de Almeida, médico do Serviço de Epidemiologia do CHC/UFPR.
REFERÊNCIAS GBD 2015 HIV Collaborators ; Estimates of global, regional, and national incidence, prevalence, and mortality of HIV, 1980-2015: the Global Burden of Disease Study 2015; Lancet HIV 2016; 3: e361–87 GBD 2015 Mortality and Causes of Death Collaborators ; Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specifi c mortality for 249 causes of death, 1980–2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015; Lancet 2016; 388: 1459–544 Ministério da Saúde; Relatório de Monitoramento Clínico do HIV; Dezembro 2016; disponível em http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2016/59290/ relatorio_indicadores_web_pdf_19710.pdf Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba; Boletim Epidemiológico HIV/AIDS; Ano 3-N 1 Dezembro 2016; disponível em http://www.saude.curitiba.pr.gov.br/images/BOLETIM%20 epidemiologico_WEB.pdf Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba; Boletim Epidemiológico HIV/AIDS; Ano 3-N 1 Dezembro 2015; disponível em http://www.saude.curitiba.pr.gov.br/images/Boletim%20 Epidemiol%C3%B3gico%20HIV%20-%20AIDS%202015.pdf 6
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ESPAร O SCIH espaรงo epidemiolรณgico
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PARANÁ ALERTA DE BACTÉRIA PORTADORA DO GENE MCR-1 Em 14 de dezembro de 2016 a Secretaria Estadual de Saúde emite um Comunicado de Risco n°01/2016 - SESA/PR¹, informando sobre a circulação do gene mcr-1 no Paraná, identificado a partir de um isolado humano de Escherichia coli confirmado pelo Laboratório Central do Paraná (LACEN/PR). Este gene mcr-1 é capaz de tornar as bactérias resistentes à polimixina, antibiótico utilizado como último recurso para o tratamento de algumas infecções causadas por bactérias multirresistentes (BMR). O principal agravante deste mecanismo de resistência é o fato do gene mcr-1 estar localizado em um plasmídeo, pequeno fragmento de DNA, capaz de se mover de uma bactéria a outra com extrema facilidade. Essa condição confere ao gene alto potencial de transmissibilidade, espalhando-se rapidamente para outras bactérias. A polimixina é uma opção crucial como último recurso terapêutico. Tem sido recentemente utilizada no tratamento de pacientes com infecções causadas por BMR a múltiplos fármacos, contra as quais a polimixina continua a ser eficaz. Se a resistência a polimixina se propagar para bactérias que já são resistentes a todos os outros antibióticos, essas bactérias podem causar infecções verdadeiramente intratáveis. No presente Comunicado de Risco, foram ressaltadas as seguintes medidas de controle de infecção para a assistência dos pacientes: 1. Higienização das mãos com preparação alcoólica, que deve ser disponibilizada à beira do leito do paciente, em lugar visível e de fácil acesso, de forma que os profissionais de saúde não necessitem deixar o local de assistência para higienizar as mãos. Limpeza e desinfecção de superfícies, que deve ser feita diariamente e sempre que necessária. Nas áreas de atendimento dos pacientes portadores de BMR é recomendada a desinfecção a cada troca de plantão ou duas vezes ao dia, principalmente nos locais de maior contato das mãos do paciente e dos profissionais de saúde, por exemplo, maçanetas das portas, telefones, interruptores de luz, grades da cama entre outras.A desinfecção do material de limpeza deverá ser realizada logo após a sua utilização, para evitar a contaminação de outras superfícies. Para pacientes em Precaução de Contato, recomendase dispor de kit de limpeza e desinfecção de superfícies (balde e rodo) exclusivos, devendo estar identificados. Vigilância intra e inter-hospitalar, realizada por meio da coleta do swab retal e/ou nasal e outras conforme situação clínica, quando da admissão de paciente com histórico de internamento prévio por mais de 48 horas nos últimos 30 dias ou qualquer internamento prévio com procedimento ou passagem por Unidade de Terapia Intensiva nos últimos seis meses. No caso de transferência intra ou inter-institucional de paciente com BMR o setor/serviço de destino dever ser previamente avisado sobre as medidas de Precauções a serem adotadas. O prontuário do paciente deve estar sinalizado acerca das Precauções
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recomendadas e o profissional que transporta o paciente devidamente paramentado, com especial atenção para a higienização das mãos antes e após o contato com o paciente. Laboratórios de Microbiologia que avaliam a sensibilidade às polimixinas por microdiluição em caldo, ao detectarem cepas de microrganismos (em especial E. coli) com Concentração Inibitória Mínina (CIM) ≥ 4mg/L deverão informar imediatamente os Serviços/Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH/CCIH) da sua Instituição.
IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE ASSISTENCIAL NA TRANSMISSÃO DE BACTÉRIAS Há evidências que suportam que o ambiente do paciente portador de BMR
está envolvido na transmissão destas bactérias durante a assistência, pois: O ambiente onde estão pacientes colonizados ou infectados está frequentemente contaminado por suas bactérias; Bactérias são capazes de sobreviver nas superfícies e equipamentos por períodos prolongados; O contato com o ambiente e equipamentos contaminados frequentemente contaminam as mãos e luvas dos profissionais; A frequência com a qual o ambiente é contaminado está correlacionado com a frequência com que as mãos e luvas dos profissionais se contaminam; Tem sido demonstrado que surtos de transmissão de bactérias, de mesmo clone, do ambiente contaminado, ocorre por meio da transmissão cruzada, ou seja, de pessoa a pessoa, ou por compartilhamento de equipamentos; Um paciente admitido em um ambiente previamente ocupado por portador de BMR, tem possibilidade aumentada de também desenvolver infecção ou colonização pela mesma bactéria; A limpeza e desinfecção terminal dos ambientes leva a uma diminuição da taxa de infecção, assim como a diminuição da infecção do próximo paciente admitido neste mesmo ambiente. (Adaptado, Weber D.J., Rutala W.A. Understanding and Preventing Transmission of Healthcare-Associated Pathogens Due to the Contaminated Hospital Environment ICHE 34,5 May 2013)
1- http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/PARANCOMUNICADODERISCON012016_genemcr1.pdf
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ALERTAS E NOTIFICAÇÕES 10 Boletim epidemiológico - CHC - UFPR - AIDS
COMPLEXO HOSPITAL DE CLÍNCAS - CHC Dados Referentes 2016* Nº Pessoas Fixas na Equipe do NHE Nº Pessoas Temporárias na Equipe do NHE Nº Pessoas Estagiários PET Vigilância Notificações e Investigações Acid. Animal Peçonhento Acid.Trabalho com Exposição Mat. Biológico Acid.Trabalho Grave Atendimento Anti-Rábico Botulismo Brucelose Câncer Relacionado ao Trabalho Cisticercose Não Especificada Coqueluche Dengue Doenças Causadas por Protozoários. Gravidez, Parto Doenças Exantemáticas Dermatoses Ocupacionais Doença de Lyme Doenças Priônica Esquistossomose Eventos Adversos pós Vacinação Febre Amarela Febre Chikungunya Febre Maculosa/Rickettsioses Febre Pelo Vírus Zyka Hanseníase*** Hantavirose Hepatite Viral*** HIV/AIDS*** HIV/Criança Exposta HIV Gestante Intoxicação Exógena Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Visceral LER/DORT Leptospirose Meningites Meningocócicas Meningites Pneumocócicas Meningites Virais Meningites Bacterianas Meningites Outras Paralisia Flácida Aguda Paracoccidioidomicose Pneumoconiose Rotavirus Sífilis Congênita Sífilis Gestante Sífilis não Especificada Síndrome Respiratória Aguda Grave Toxoplasmose Congênita Tuberculose*** Varicela Violencia Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências Total Registro Hospitalar de Câncer ( RHC) - Casos Novos Registro Hospitalar de Câncer - Seguimento Investigação Pacientes Internados Investigação Ambulatorial Investigação Pronto-Atendimentos Investigação de Óbito em Mulher em Idade Fértil (MIF) Investigação em Declaração de Óbito Morte Materna Óbitos Infantis (< 1 ano) Número de Internações Número de Atendimentos em Pronto-Atendimentos Nº publicações ou Divulgações de Dados Produzidos Dados Preliminares* Podem sofrer alterações ao longo do ano ND** Não disponível Óbitos agravos crônicos***: incluídos todos no período sob análise, independente da causa Demais óbitos: inclúídos apenas os relacionados ao agravo.
Janeiro Fev Mar Abr Mai Jun Jul Agosto Set Out Nov Dez Total Total 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 9 9 Total Total 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Casos Óbitos Casos Óbitos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2015 2015 Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos 1 0 2 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 9 0 11 0 4 0 0 0 1 0 2 0 4 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 26 0 40 0 41 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 1 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 5 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 4 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 5 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 1 0 1 0 0 0 5 0 13 2 3 0 13 1 8 0 2 0 1 0 0 0 2 0 0 0 2 0 1 0 1 0 3 0 36 1 4 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 2 0 2 0 3 0 2 0 3 0 0 0 0 0 15 0 35 0 0 0 3 0 1 0 3 0 12 0 3 0 4 0 2 0 9 0 7 0 1 0 3 0 48 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 4 1 1 0 1 0 1 0 0 0 3 0 1 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 7 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 2 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 3 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 3 0 5 0 31 2 16 2 15 1 23 3 25 3 15 2 13 1 15 1 18 0 15 0 17 2 14 0 217 17 187 30 13 4 13 2 12 5 14 2 14 5 14 3 12 2 14 1 10 5 15 7 13 4 7 0 151 40 179 43 14 0 4 0 9 0 9 0 6 0 6 0 7 0 6 0 8 0 6 0 8 0 6 0 89 0 101 0 2 0 3 0 2 0 3 0 6 0 4 0 1 0 5 0 3 0 4 0 2 0 1 0 36 0 64 0 7 0 4 0 7 1 6 0 8 0 4 0 2 0 14 0 6 0 7 0 10 0 6 0 81 1 52 20 0 0 0 0 1 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 3 0 10 0 10 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 1 0 3 0 0 0 3 0 1 0 0 0 0 0 2 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 11 0 9 0 3 0 6 0 7 0 8 0 2 0 5 0 3 0 1 0 1 0 3 0 1 0 2 0 42 0 43 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 2 1 4 0 4 0 3 0 9 1 3 0 2 0 1 0 1 0 3 0 1 2 1 0 1 0 5 0 34 3 29 0 4 0 3 0 4 0 3 0 2 0 1 0 6 0 7 1 4 0 0 0 5 2 6 0 45 3 26 2 4 1 1 1 6 1 3 0 2 0 1 1 4 1 0 0 3 1 1 0 4 0 5 0 34 6 22 4 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 0 3 0 0 1 1 0 0 0 1 0 8 1 6 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 1 0 0 1 0 7 1 2 2 2 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 7 0 5 0 1 0 3 0 1 0 6 0 6 0 5 0 2 0 3 0 5 0 5 0 4 0 46 0 58 0 5 0 2 0 3 0 4 0 8 0 3 0 3 0 10 0 5 0 4 0 4 0 2 0 53 0 55 0 15 0 8 0 16 0 25 0 39 0 27 0 17 0 20 0 28 0 26 0 23 0 14 0 258 0 200 0 14 2 21 0 33 2 47 3 67 3 64 5 47 2 42 6 43 1 28 2 31 5 32 5 469 36 319 31 0 0 0 0 2 0 2 0 0 0 5 0 3 0 3 0 3 0 3 0 3 0 2 0 26 0 NA** 0 1 2 5 3 1 0 4 1 3 2 0 1 2 1 0 0 1 3 3 2 3 1 3 2 26 18 54 15 0 0 1 0 4 0 9 0 4 0 2 0 1 0 1 0 3 0 1 0 0 0 1 0 27 0 19 0 37 0 33 0 53 0 48 0 50 0 35 0 56 0 61 0 62 0 42 0 38 0 58 0 573 0 479 0 177 11 151 9 209 11 235 9 272 14 203 12 202 7 225 9 225 14 181 3 180 14 209 7 2469 120 2064 138 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total 2015 61 120 142 64 114 108 95 102 71 95 68 2 1042 1384 7 25 474 156 15 11 13 16 20 12 111 145 1005 NA*** 422 360 417 449 477 488 362 453 407 315 314 305 4769 4303 86 50 36 74 115 82 114 172 72 116 138 74 1129 694 10 126 185 271 152 59 71 58 61 123 86 79 1281 462 11 5 5 4 6 4 8 4 6 12 7 7 79 61 70 47 60 41 58 57 58 61 70 72 77 55 726 574 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 4 3 3 5 2 2 4 3 2 4 2 4 3 37 47 1204 1141 1367 1396 1478 1425 1304 1503 1295 1287 1084 ND** 14484 14283 2222 2694 3641 4712 4057 3214 3102 3359 3466 3913 3932 ND** 38312 26215 4 4 4 4 5 4 4 4 5 4 4 5 51 52
FILME OFICIAL DA CAMPANHA DO DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA AIDS 2016
PERGUNTAS E RESPOSTAS FEBRE AMARELA Com os surtos de febre amarela em outras regiões do país, a Secretaria estadual da Saúde esclarece dúvidas e reforça as orientações para proteger a população paranaense e evitar que o problema se repita no Estado. Em que regiões o risco de pegar febre amarela é maior? No Brasil, o risco é maior em regiões de matas e rios em todos os estados da região norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e região centro-oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal). Também há risco em alguns estados da região nordeste (Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia), região sudoeste (Minas Gerais, oeste de São Paulo e norte do Espírito Santo) e região sul (oeste dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Na América Latina, os países de risco e que já tiveram casos confirmados são Colômbia e Peru.
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Como se proteger? Quem vai viajar para algumas dessas regiões é recomendado se vacinar contra a febre amarela 10 dias antes da viagem para garantir um passeio mais tranquilo. A recomendação é válida para quem nunca foi vacinado ou o fez há mais de 10 anos. Quem mora em locais de risco também deve ser imunizado. Outras medidas também podem evitar a doença, como usar calças e camisas que cubram a maior parte do corpo; aplicar repelente e reaplicar sempre que molhar o corpo ou entrar na água; e usar mosquiteiro quando dormir em áreas de risco. Onde tomar a vacina? A vacina é disponibilizada gratuitamente em Unidades de Saúde em todos os municípios do Paraná. Ao ser vacinado, as pessoas recebem um comprovante de vacinação válido em todo o território nacional. Esse documento deve ser levado na viagem. Algumas áreas internacionais também exigem a vacinação e o Certificado Internacional de Vacinação (CIV), fornecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) pode ser acessada pelo link: http://who.int/ith/ ITH_country_list.pdf (em inglês). O Brasil não exige o CIV para entrada no país. Quais são os sintomas da doença? No início, a febre amarela tem sintomas semelhantes aos de uma gripe, mas a atenção deve ser maior quando associados ao deslocamento para locais de risco. Ao apresentar febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos ou dores no corpo é necessário procurar atendimento médico imediatamente e informar sobre a viagem. A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença. Nesses casos, os sintomas são febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e nos olhos), hemorragia (especialmente do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Como é feito o diagnóstico? Como os sintomas da febre amarela são muito parecidos com os da dengue e da malária, o diagnóstico preciso é realizado apenas por exames laboratoriais específicos. Como funciona o tratamento? O doente precisa de suporte hospitalar para evitar que o quadro evolua com maior gravidade. Não existem medicamentos específicos para combater a doença. Basicamente, o tratamento consiste em hidratação e uso de antitérmicos que não contenham ácido acetilsalisílico, como AAS e Aspirina, que podem favorecer o aparecimento de hemorragias. Fonte: SESA PR. Disponível em http://www.saude.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=5283&tit=Parana-recebemais-vacinas-e-reforca-monitoramento-da-febre-amarela
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ESPAร O CULTURAL
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CONHEÇA ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE OS VÍRUS A palavra vírus originou-se do latim virus, que quer dizer veneno. Devido principalmente à estrutura simples do vírus, muitos cientistas têm dúvida se ele é exatamente um ser vivo ou alguma espécie de “morto-vivo” – ou zumbi. Entre as doenças causadas por vírus, as mais conhecidas são: dengue, febre amarela, catapora, caxumba, hepatite, varíola, sarampo, herpes, sífilis, poliomielite, AIDS, resfriado e gripe. Existem 3 600 espécies de vírus. Alguns cientistas acreditam, no entanto, que esse número seja bem maior. Os vírus mais facilmente transmissíveis são pouco letais e os mais letais são os menos contagiosos. Os vírus infectam animais e plantas. Algumas espécies infectam bactérias. Esse tipo de vírus é chamado de bacteriófago. Por que uma pessoa que já teve hepatite não pode doar sangue? Porque o vírus nem sempre some totalmente do organismo. Os vírus mais resistentes podem sobreviver e, caso a pessoa doe o sangue, contaminar o receptor, fazendo com que ele contraia a doença. Acredite, se quiser: nem todos os vírus são patogênicos. Alguns até beneficiam o organismo, como os vírus presentes no intestino. Como infectam bactérias presentes nessa parte do corpo, eles ajudam a evitar diarreias e gastroenterites (inflamação simultânea do estômago e dos intestinos). Os cientistas acreditam que os vírus da gripe já existiam antes da própria humanidade, mas que passaram a conseguir novos hospedeiros e sofrer novas mutações com a criação de animais e com o surgimento dos primeiros aglomerados urbanos. Existem três tipos de vírus da gripe circulando pelo mundo, sendo o mais comum o do tipo A (como o da gripe suína, por exemplo). De 300 a 900 milhões de pessoas ficam gripadas por ano em todo o planeta. Os vírus dos resfriados (detalhe: são mais de 200 tipos de vírus) se instalam somente no nariz e na garganta. Já o ataque do vírus da gripe é mais amplo.. Ele se espalha pelo corpo e atinge articulações e pulmões. Se você estiver “ruim da garganta” e com coriza, embora consiga manter a rotina, é resfriado. Se além de sentir-se mal da garganta, apresentar coriza, mal-estar, dores pelo corpo e ficar de cama, pode ter certeza de que é gripe. A herpes é uma doença provocada por vírus que afeta principalmente a região genital e mucosa da boca, mas pode causar complicações neurológicas. Alguns cientistas suspeitam da existência de uma ligação entre a herpes viral e o mal de Alzheimer. Existem mais de 200 variações do HPV (do inglês human papiloma virus), um vírus transmitido por via sexual. Calcula-se que 25% das mulheres no mundo todo estejam contaminadas com o HPV e que 75% contrairão o vírus em alguma fase da vida. A dengue, outra doença, viral afeta 50 milhões de pessoas por ano no mundo. Destas, 530 000 são brasileiras. A doença é transmitida pelo mesmo mosquito da febre amarela: o Aedes egypt. A febre hemorrágica é provocada por vários tipos de vírus, inclusive o ebola, o sabiá, o hantavirus e marlburg. A mortalidade provocada pelo hantavírus chega a 60% e a causada pelo ebola é de 90%. Até os dias atuais, o vírus da AIDS infectou quase 40 milhões de pessoas no mundo. A região com maior incidência de casos é a África Subsaariana, com 25,3 milhões de adultos e crianças infectados. No Zimbábue, país com uma das mais altas taxas de contaminação do mundo, 25% de todos os adultos estão infectados pelo vírus. O ebola é um dos vírus mais mortíferos descobertos pelo homem, podendo matar até 90% das pessoas infectadas. Ao contrário de vírus como o HIV – o vírus da AIDS, cujos sintomas podem levar anos para surgir –, o ebola tem um período de incubação muito curto: de 2 a 21 dias. Considerado o pior da história, o surto de ebola de 2 014 pode ter começado com uma criança residente na Guiné. Esse “paciente zero” transmitiu a doença a seus familiares que, daí em diante, contaminaram diversas outras pessoas. O garoto morreu em dezembro de 2 013 e até o início de 2 015 o vírus matou mais de 10 000 pessoas. http://www.maiscuriosidade.com.br/conheca-21-curiosidades-sobre-os-virus/
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