BOLETIM
EPIDEMIOLÓGICO
CHC-UFPR
INFLUENZA HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
QUAL O PAPEL DA ASSISTÊNCIA NA
EPIDEMIOLOGIA? O outono se aproxima, e com ele a proximidade das doenças de inverno. E a Vigilância Epidemiológica (VE) no CHC UFPR continua, faça chuva ou faça sol. Recentemente, houve atualização das portarias de vigilância pelo Ministério da Saúde, sendo publicadas as de número 204 e 205, com o objetivo de aprimorar o provimento de informações epidemiológicas para a tomada de ações oportunas, em parceria com a Atenção Básica. Oportunidade. Essa é a palavra chave nas Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs), agravo para o qual o CHC é sentinela, ou seja, realiza monitoramento constante ao longo dos 365 dias no ano. Entre os anos de 2013 e 2015 foram notificados aproximadamente 1000 casos, e como parte desse trabalho, está a coleta de amostras para pesquisa de vírus respiratórios, que permite a identificação dos agentes em circulação. A adesão à requisição e coleta precisa melhorar, pois o percentual de coleta em algumas unidades do CHC chega a perto de 1/3 dos casos de SRAG. As unidades críticas, que são as que mais realizam pesquisa de vírus respiratórios, tem taxa de coleta de 61%. Os gráficos abaixo mostram as taxas de coleta nos diferentes setores do CHC anualmente. E quais são as consequências disso? É importante lembrar que os vírus são os principais agentes relacionados às pneumonias comunitárias (PAC) graves em crianças e importante causa de PAC grave em adultos. Muitas vezes a apresentação clínico-radiológica é indistinguível da pneumonia bacteriana, sendo fundamental a coleta de amostra respiratória para distinguir etiologia.
Gráfico 1 – Taxa de coleta global no CHC Taxa de coleta anual (n = 2051)
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Gráfico 2 – taxa de coleta nas enfermarias clínicas e unidades cíticas Enfermarias (n = 309)
Unidades críticas - Adultos (n = 355)
Gráfico 3 – Taxa de coleta na pediatria e outras unidades Pediatria (1327)
Outras (N = 57)
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Apesar da captação e notificação dos casos pelo Serviço de Epidemiologia, durante busca ativa diária, muitos casos acabam encerrados por critérios clínicos, sem diagnóstico etiológico e inviabilizando a comparação com outras instituições. Ao mesmo tempo, a não identificação oportuna de vírus pode ocasionar surtos e atrasar a tomada de medidas pelo CHC e pela rede assistencial.
Vamos relembrar os critérios diagnósticos de SRAG? FEBRE (aferida ou referida) + TOSSE OU DOR DE GARGANTA + DISPNEIA OU DESSATURAÇÃO < 95% OU DESCONFORTO RESPIRATÓRIO
Portanto, a notificação de caso depende do conjunto de sinais e sintomas que podem estar relacionados ao vírus influenza, mas pode estar relacionado a outros agentes virais ou bacterianos. Essa diferenciação não é possível se não há coleta de amostras, visto que a sensibilidade para diagnóstico etiológico das pneumonias bacterianas não são boas e dependem de amostra de via aérea inferior.
O QUE É NECESSÁRIO PARA REALIZAR COLETA DE AMOSTRA PARA PESQUISA DE VÍRUS RESPIRATÓRIOS? Coleta baseada em swabs 3 swabs – localizadas nas unidades críticas (UTI/CTSI); Pediatria e PA observação (10o andar do CHC). Solicitar à enfermagem do setor. 1 tubo de ensaio com o meio de transporte – localizadas no congelador das mesmas unidades acima. Solicitar à enfermagem do setor.
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Coleta baseada em aspirado de nasofaringe Seringa + cateter – Conectar o cateter na seringa e proceder a aspiração da secreção após instilar soro fisiológico em pequena quantidade. Misturar o conteúdo no tubo de ensaio do meio de transporte.
Coleta baseada em aspirado traqueal ou lavado broncoalveolar Após a realização do aspirado, aspirar o conteúdo do meio de transporte. Encaminhar a amostra ao laboratório de virologia com a requisuição do exame (código 436 no SIH)
Em caso de dificuldade ou falta de material, acionar Epidemiologia no ramal 1035 para providenciar reposição.
PASSOS PRÁTICOS PARA A COLETA. Há diferentes métodos para coleta de secreção para pesquisa de vírus respiratórios. Para facilitar a coleta, dentro do CHC foi padronizado que as enfermarias clínicas realizem swab combinado (3 swabs, sendo 1 de mucosa nasal à direita, 1 de mucosa nasal è esquerda e 1 em nasofaringe) e as demais unidades, incluindo as unidades críticas, realizem aspirado de nasofaringe ou amostra de via aérea inferior via aspirado traqueal ou lavado broncoalveolar. A amostra deve ser enviado ao laboratório de virologia junto do meio de transporte (com os 3 swabs mergulhados dentro do meio de transporte ou com o meio de transporte aspirado junto ao frasco em que foi coletado o aspirado de nasofaringe/via aérea inferior).
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PASSOS PRÁTICOS PARA A COLETA.
Secração de orofaringe e nasofaringe (swab combinado) Coletar até o terceiro dia após o início dos sintomas (Máximo 7 dias após o início dos sintomas)
demais unidades Aspirado de nasofaringe (ANF) (swab combinado) Coletar até o terceiro dia após o início dos sintomas (Máximo 7 dias após o início dos sintomas)
Se possível... Lavado brônquico alveolar Coleta a critério médico
COLETAR ANTES DO INÍCIO DO TRATAMENTO 1.Paciente internado com SRAG: notificar SRAG; preencher requisição laboratorial GAL 2.Proceder à coleta de aspirado de nasofaringe
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aerossóis acima 1,8m
gotículas menores de 0,9 - 1,8m
gotículas maiores de 0,3 - 0,9m
ATENDIMENTO DOS PACIENTES COM INFLUENZA (GRIPE)
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Ao colocar o respirador, alguns passos na hora da colocação devem ser seguidos para garantir que a máscara funcione perfeitamente. Confira nas etapas abaixo e nas imagens o modo correto de vesti-la. a) Segurar o respirador com a pinça nasal próxima à ponta dos dedos deixando as alças pendentes; b) Encaixar o respirador sob o queixo; c) Posicionar um tirante na nuca e o outro sobre a cabeça; d) Ajustar a pinça nasal no nariz; e) Verificar a vedação pelo teste de pressão positiva.
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RETIRADA DO RESPIRADOR: A coreta retirada do respirador, é tão importante quanto a colocação. Se ela não for feita da forma certa, a proteção oferecida pelo respirador durante o uso acaba sendo comprometida. Para uma retirada segura, confira nas etapas abaixo e nas imagens o modo correto de fazer. a) Segurar e remover o elástico inferior; b) Segurar e remover o elástico superior; c) Remover o respirador segurando-a pelos elásticos, sem tocar em sua parte frontal externa, descartando-o.
AAlém da máscara cirúrgica, usar avental, luvas e óculos quando houver a possiblidade de contato com material infeccioso (sangue, secreção, excreção, etc.) ou seja, a prática da Precaução Padrão. As luvas e o avental devem ser removidos após o atendimento do paciente e as mãos higienizadas. Não usar o mesmo par de luvas ou o mesmo avental para o cuidado de mais de um paciente. BOs óculos devem ser desinfetados com desinfetante de superfície fixa padronizado, imediatamente após o seu uso. CO gorro será utilizado nos procedimentos que possam gerar aerossóis.
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MÁSCARA - é um equipamento de proteção individual que cria uma barreira entre a boca e o nariz do usuário e os potenciais contaminantes do ambiente próximo. Podem ter visor plástico que também protegem os olhos. Ela bloqueia o contato com gotículas, espirros e sprays que possam conter germes (vírus e bactérias). Devem ser descartáveis e substituídas quando estiverem úmidas. Não deixar penduradas no pescoço. Devem ser manuseadas pelas tiras.
RESPIRADOR N95/PFF2 - é um equipamento de proteção individual que cobrindo a boca e o nariz do usuário reduz o risco de inalação de partículas aéreas nocivas (de pó ou de agentes infecciosos), de gazes ou vapores. Para serem úteis os respiradores devem ser corretamente colocados na face do usuário que deve realizar o teste de vedação, ou seja ao inspirar o respirador deve colabar e ao expirar, deve expandir.
Enfatizamos que a principal medida para prevenção da transmissão de Influenza é a Higienização de Mãos.
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tel: 8854-6966
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