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NA PONTA DA LÍNGUA | Ensino a distancia
Ensino a distância
Os quadros das salas de aulas viraram telas, Telas de telemóveis, computadores, telas eletrónicas. Alunos viraram professores de si mesmos, Salas de aula são agora as paredes das nossas casas.
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A semana passou a ter sete dias de aulas, Dia e noite, estudantes lutam pelo seu futuro E o peso do pagamento cai, depois, nas nossas costas: Pagar pelo crédito, pela internet, são demasiadas despesas E os nossos pais trabalham no duro.
Para alguns de nós aproxima-se a data do exame nacional. Por isso, damos o nosso esforço fi nal. Os trabalhos e o estudo já não têm limite de hora. Hoje estudamos em casa, para amanhã estarmos lá fora.
A cada dia relembramos as memórias De acordarmos cedo para ir à escola, E de estarmos no meio de tanta gente. Mas, agora parecem apenas histórias Porque vivemos um período diferente Onde temos de lutar e seguir em frente! Mónica Pereira (11.ºA2 - 2020 Ofi cina da Escrita
Bruno Dray (11.ºA4-2020) “Em busca de um amanhã mais feliz”
Isolamento físico ou social? Em que fi camos?
Acordo todas as manhãs com o ar preso no pulmão. Questiono-me: será realidade ou mais uma refl exão? Pois bem, acho que não. É mesmo verdade.
Saio da cama num reboliço de ideias e emoções. Dou por mim, e já tomei banho e tomei o pequeno almoço, E agora estou à frente do ecrã do computador. Queimo os olhos em busca de sabedoria, Mas pouco entra. E uma voz dentro de mim diz, aguenta, aguenta… Passam alguns minutos e já estou com o telemóvel na mão: Vejo nas redes antissociais Pessoas banais
A andarem na rua sem máscara e sem hesitação, Altas férias na praia, todos os dias uma nova curtição… Na minha cabeça sinto-me confuso: Como é que eu estou em casa a proteger-me e ao resto da população E esta não tem compaixão? As mesmas pessoas que afi rmam estar muito tristes com a situação, Basta ouvirem as caricas a baterem no chão, que se juntam todas com grande excitação. Todos os dias a situação piora… Nunca fui de rezar, só desejo que nenhum dos meus se vá embora. Entretanto, o mundo roda e eu já perdi a noção temporal e espacial. Sinto-me cada vez mais um robô e distancio-me do meu lado animal… Nesta quarentena já me isolei ao nível físico, social… E agora? O que advém? Isolamento mental?