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Entrevista aos novos vogais da Direcção da EPM

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S. Valentim

S. Valentim

NOVA DIRECÇÃO DA EPM-CELP

Entrevista ao Drº Miguel Costa

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O Conselho Directivo da EPM-CELP tem novo vogal, para a área administrativo-financeira. Trata- -se do Mestre José Miguel Carreiras Costa que nasceu a 3 de Maio de 1950 em Seda, Alter do Chão, no distrito de Portalegre.

Da sua formação académica destaca-se uma licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, pelo ISEG, e um mestrado em Ciências da Educação – Área de Administração Educacional pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa.

A sua experiência profissional tem sido multifacetada, desenvolvendo-se quer na área do ensino, quer na área empresarial. Tem vindo a colaborar com o Ministério da Educação, desempenhando funções diversas nos seus organismos centrais, tais como a Direcção-Geral do Ensino Particular e Cooperativo, a Direcção-Geral do Ensino Secundário, a Direcção-Geral do Ensino Superior e o Gabinete de Gestão Financeira. Desempenhou, também, funções de chefia na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sendo responsável pelo serviço de Planeamento e Controlo de Gestão. É Professor titular do departamento de Ciências Sociais do Ensino Secundário, na Escola Secundária de Cacilhas – Tejo, pertencendo ao quadro de nomeação definitiva. .

PL - Antes de mais, gostaríamos de lhe dar as boas vindas em nome da comunidade educativa da EPM-CELP e de saber o que o levou a escolher esta área profissional ( o ensino).

Dr. Miguel- Esta profissão começou por ser, numa primeira fase, a resposta a uma necessidade imediata de encontrar trabalho. De frisar que estávamos no pós-25 de Abril de 1974 e eu encontrava-me num momento em que terminara a licenciatura em gestão de empresas e realizara um estágio nos Estaleiros da Lisnave, na área de investimentos. Iniciei as minhas funções como docente na Cooperativa de Ensino do Laranjeiro, dando aulas a adultos. No entanto, como o relacionamento com as pessoas e o gosto pela formação e educação são aspectos que me apaixonam, depressa passei a encarar esta profissão como uma carreira que seguiria com grande empenho e dedicação.

PL - Muito se tem discutido sobre o papel da escola na sociedade. As opiniões divergem, os diagnósticos abundam, as soluções, essas, são de difícil implementação no terreno. Na sua opinião, qual deve ser o papel da escola enquanto agente de mudança social e cultural?

Dr. Miguel - Antes de mais é importante preparar a escola para a mudança. A escola não muda por si só. Partindo do pressuposto que a escola é uma entidade que gera um determinado produto: dotar os jovens com competências que lhes permitam traçar percursos que os conduzirão a exercer uma actividade social e profissional, em suma, a serem cidadãos activos. Torna-se imperioso a adaptação da escola às mudanças sociais e às transformações do mercado de trabalho. Assim, o trabalho realizado na área educativa, independentemente das funções, deve ser encarado com extrema seriedade, rigor e entrega, para que se consiga uma formação de qualidade que é o objectivo último de qualquer instituição de ensino.

PL - Quais são as suas primeiras impressões sobre esta Instituição de ensino?

Dr. Miguel- Devo dizer que fiquei deslumbrado com as condições físicas desta escola. Diria até que o equilíbrio arquitectónico aliado aos recursos disponíveis faz com que esta escola ofusque muitas por onde tenho passado. É um espaço muito aprazível para trabalhar.

PL - Que expectativas tem relativamente à função de

Vogal do Conselho Directivo da EPM-CELP, para a área administrativa que agora inicia?

Dr. Miguel - Sou por natureza uma pessoa exigente comigo próprio. Gosto de me superar, de abrir novos horizontes, de encarar novos desafios, procurando sempre deixar uma marca pessoal no trabalho que desenvolvo. Naturalmente que numa primeira fase estou a inteirar-me dos procedimentos correntes nesta instituição, continuando o trabalho realizado pelo meu antecessor e a seu tempo procurarei inovar e melhorar o que julgar pertinente.

PL- Que prioridades de actuação considera haver na EPM-CELP, no âmbito das suas funções?

Dr. Miguel - O meu objectivo primeiro foi fazer uma análise da situação financeira deste organismo. Posso dizer que a estrutura do balanço aponta para um equilíbrio financeiro.

Parece-me prioritária uma rentabilização dos recursos existentes, no sentido de optimizar os resultados pedagógicos.

PL - Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar a toda a comunidade educativa da EPM-CELP?

Dr. Miguel - Gostaria de convidar todos os elementos da comunidade educativa, sem excepção, para um envolvimento cada vez maior em torno dos objectivos traçados no Projecto Educativo da Escola e no Plano de Actividades do corrente ano. Se cada um der o seu melhor, estou certo de que faremos uma grande equipa.

NOVA DIRECÇÃO DA EPM-CELP Entrevista à Drª Alice Feliciano

A nova vogal para a área pedagógica é a Dr.ª Alice Feliciano. Natural de Lisboa, viveu em Luanda entre os 6 e os 15 anos pelo que diz, por graça, que se fez gente em África. Licenciada em Direito, pela Universidade Lusíada, com estágio em advocacia e com o curso de Qualificação em Ciências da Educação, desenvolveu a sua actividade profissional entre o ensino e a consultadoria jurídica, até que optou definitivamente pela educação. Trabalhou seis anos em Moçambique, no ensino, área na qual se sente verdadeiramente realizada.

PL - Antes de mais gostaríamos de lhe dar as boas vindas

em nome da comunidade educativa EPM-CELP e de saber o que o levou a escolher esta área profissional ?

Dr.ª Alice - Muito obrigada. Escolhi esta área profissional, porque percebi cedo que gostava de transmitir conhecimentos, experiências e colocar-me também perante situações de aprendizagem. Sempre me foi gratificante ouvir os meus alunos dizer, após o 1º período, que já percebiam melhor o sentido do que ouviam nos telejornais, descodificavam as mensagens e isso deixava-os contentes e a mim também. Ao longo do tempo fui percebendo que é das actividades profissionais que mais obrigam a uma actualização permanente de conhecimentos e que melhor contribuem para nos mantermos intelectualmente activos.

PL Muito se tem discutido sobre o papel da escola na

sociedade. As opiniões divergem, os diagnósticos abundam, as soluções, essas, são de difícil implementação no terreno. Na sua opinião qual deve ser o papel da escola enquanto agente de mudança social e cultural?

Dr.ª Alice- A escola tem de estar atenta à mudança mas constituir-se também ela própria como um instrumento de mudança. Não se pode limitar a reproduzir os modelos sociais vigentes, é necessário que crie mecanismos que ajudem a orientar a caminhada social. É importante que abra portas para experiências novas, que indique novas linhas de raciocínio para, dessa forma, permitir aos alunos fazerem opções esclarecidas e, por isso, livres.

PL Tendo em conta as suas experiências quer em

território nacional, quer em Moçambique, que especificidade pensa existir na missão e objectivos da EPM-CELP?

Dr.ª Alice - A EPM-CELP começa por ser uma escola e, como tal, tem como missão preparar solidamente, aos mais diversos níveis, os seus alunos para as caminhadas por que optarem.. Tem que lhes transmitir conhecimentos sólidos, alicerces sobre os quais construirão outros saberes, desenvolverão as competências que a vida lhes vier a exigir. A EPM-CELP tem também um Centro de Recursos Educativos e um Centro de Formação que servem a escola e são base para a cooperação que esta Instituição desenvolve, sobretudo na área da formação. E nesta vertente, a formação, podemos constituir-nos como uma mais-valia significativa porquanto o fazemos na língua em que todos nos entendemos, portugueses e moçambicanos.É importante nesta área que organizemos os nossos recursos para, na medida do possível, oferecer o que ajudar a concretizar as escolhas de quem tenha por competência escolher o rumo a seguir.

PL- Face à sua experiência anterior na EPM-CELP, como

sentiu a Escola agora que regressou?

Dr.ª Alice - Não senti alterações significativas em termos de rumo. A escola cresceu no sentido em que já crescia, ou seja, há mais meios, mais equipamentos, mais arte a alindar os nossos espaços. Há professores novos e experiências novas a ser implementadas.

PL Que expectativas tem relativamente à função de

Vogal do Conselho Directivo da EPM-CELP que agora inicia?

Dr.ª Alice -Tenho a vontade e o querer de trabalhar mais aprofundadamente a área dos conhecimentos básicos, estruturantes, sem descurar todas as outras áreas. É preciso avaliar a forma, eficácia e eficiência da utilização dos equipamentos de ponta que possuímos. É importante que se estabeleçam ligações práticas de trabalho entre ciclos para optimizar o esforço de todos nós.

PL - Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar a toda a comunidade educativa da EPM-CELP.

Dr.ª Alice- Começo por agradecer a forma acolhedora como fui novamente recebida e pedir a todos e cada um o seu melhor contributo para engrandecermos continuamente esta Instituição.

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