A ARTE DE RECEBER
I
BRASÍLIA
por Rodayka Santana - @rodayka_santana
E s s e m ê s v o u falar de um tema diferente – vou falar de uma cidade! Uma cidade que vemos muito na tv mas que poucos conhecem pessoalmente : Brasília. Essa cidade é muito especial para mim e minha família. Nasci em uma cidade de Minas bem próxima, e por isso mesmo a minha referência de “cidade grande” sempre foi Brasília. Lá vivi durante parte da minha préadolescência e fui muito feliz! Brincava livre debaixo do “bloco”, ia para escola a pé...Quanta liberdade... Nos finais de semana visitávamos monumentos, museus, igrejas e toda a família passeava de carro pelas ruas com nomes nada comuns para a maioria das pessoas - W3, Eixo, Tesourinha. Pensando agora, acho que veio daí a minha vontade de ter uma profissão relacionada a “viver, morar, conviver...” Brasília é uma cidade linda e que te propicia usar os espaços públicos como poucas cidades no Brasil. Tem problemas, como tantas outras capitais: crescimento desordenado, desemprego e sim, uma segregação de classes, que não combina com o plano inicial, já que foi concebida para ser uma cidade moderna 8
e que deveria ser modelo de convivência harmoniosa e integrada entre todas as classes. Em 1956 iniciou a sua construção e em 21 de abril de 1960 foi inaugurada. Com plano urbanístico de Lúcio costa e orientação arquitetural de Oscar Niemeyer. Joaquim Cardozo foi o engenheiro responsável pelos projetos estruturais do Palácio da Alvorada, do Planalto, do Supremo Tribunal Federal, do Itamarati, do Congresso Nacional e da Justiça; e da Igreja Nossa Senhora de Fátima, dentre outros. Destaco aqui a construção que mais me encanta na cidade - A Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida ou Catedral de Brasília. O local da Catedral foi previsto por Lúcio Costa para ficar em uma praça autônoma por questões protocolares - simbolizando fisicamente a laicidade do estado e a separação entre religião e governo. Na praça de acesso existem esculturas de bronze que representam os Quatro Evangelistas, de Alfredo Ceschiatti. Um campanário de 20 metros de altura sustenta quatro grandes sinos. Na entrada, está um pilar com passagens da vida de Maria, The Alchemist