E D I Ç Ã O E S P E C I A L C O M E M O R AT I VA
The Alchemist A R E V I S TA D O C L U B E D O G I N SETEMBRO DE 2020 • ANO 2 • Nº 12
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ANO VIAGEM: OH! MINAS GERAIS NHOQUE DE BAROA COM PESTO DE ORA-PRO-NÓBIS A HISTÓRIA RECENTE DOS GINS BRASILEIROS
ora-pro-nóbis
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VIVA O NOSSO CLUBE DO GIN! por Erico de Angelis Já são 12 meses de THE ALCHEMIST! Há 365 dias iniciamos esta jornada para levar até você um pouco do que nos fez apaixonar por este mundo do gin. Já são 12 edições de um Clube que cresce mais de 20% a cada mês. E isso é motivo de muita alegria para a equipe da The Gin Flavors. Desde os primeiros passos, do planejamento do Clube, às escolhas da plataforma e curadoria dos gins, colocamos muito coração e a nossa alma neste projeto, porque queríamos levar até você o nosso mundo THE GIN FLAVORS – art, botanics & lifestyle! C l a r o q u e i s s o n ã o a c o n t e c e r i a s e m o pessoal da indústria. Dos produtores nacionais, aos importadores. Das equipes dos grandes conglomerados das grandes companhias de bebidas, aos vendedores, distribuidores e, em especial, à nossa EQUIPE. O GIN não é MODA. Essa bebida veio de fato para fi c a r , porque tráz em cada rótulo: história, amor, conceito, confraternização e criatividade. Espero que gostem desta edição, que destaca o Artesanal O’GIN, cujo principal botânico é ora-pro-nóbis, e que promete revolucionar o mercado nacional com 12 lançamentos até fevereiro de 2021. O Clássico é a celebração à indústria espanhola, responsável por esta “nova onda” do gin. Para isso, trouxemos o MOM LOVE, mais doce e que, com perdão do trocadilho, você vai amar. Finalmente, para lembrar os inventores do gin, escolhemos um holandês amado em todo o mundo, o BOBBY’S, um dos primeiros Superpremium da nossa carta. Vida longa à The Alchemist! Saúde a todos vocês alquimistas que são o combustível que nos move a trazer ainda mais novidades, e a nos impulsionar para melhorar sempre. MUITO OBRIGADO!
The Alchemist
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SUMÁRIO
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Fora de casa Trem bão!
A arte de receber
Construções e cidades históricas
Botânico do mês Ora-pro-nóbis
O Clube do Gin
A seleção com os gins do mês
Viagem
Oh! Minas Gerais. Quem te conhece não esquece jamais...
Gastronomia
Nhoque com pesto de ora-pro-nóbis
Crônica
Um causo sobre a “possível” invenção do pão de queijo
Saúde
Um ano se passou...
Matéria Especial
De mulher pra mulher, a alquimia sensorial do gin
Acontece
O gin-tônica na rede
Marketing e negócios
De Lagoa Santa para o mundo
Gins do Brasil
A história recente do gins brasileiros
Drinque do mês Casa Branca
The Alchemist
Colaboradores
Editores
Aline Bortoletto
Erico de Angelis e Fernando Aviles Projeto gráfico Marcelo Katsuki Criação e layouts Marcelo Peixoto Fotos Shutterstock, Unsplash e divulgação
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pesquisadora - ESALQ/USP
Jacqueline Dallal Mikahil Marcelo Petrarca
chef e restauranteur
Marco De la Roche Patrícia Dijigov Paula Rahal
Be Happy Viagens
mixologista
bióloga - Escola de Botânica
dermatologista
Rodayka Santana
design de ambientes
The Alchemist
TODO MÊS UMA SELEÇÃO COM OS MELHORES GINS, TÔNICAS E BOTÂNICOS NA SUA CASA.
The Alchemist Club O clube do gin
ARTESANAIS NACIONAIS R$ 169,90 O’Gin London Dry Gin (6) St. Pierre Pink Lemonade (1) taça de vidro The Alchemist Club (1) pack de canela em pau
CLÁSSICOS R$ 269,90 Mom Love Gin (6) tônicas Riverside Light (1) taça de vidro The Alchemist Club (1) pack de canela em pau
SUPERPREMIUM R$ 369,90 Bobby’s Gin (6) Tônicas 1724 (1) taça de vidro The Alchemist Club (1) pack de canela em pau
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FORA DE CASA
TREM BÃO! por Fernando Aviles
Era uma época da minha vida em que ainda trabalhava em banco e era o responsável pelas contas corporativas de Minas Gerais. Conheci diversos bares e restaurantes dessa terra abençoada, de um povo acolhedor, e que possui uma culinária maravilhosa, celebrada diariamente na capital Belo Horizonte, e nas demais cidades do estado. Enquanto escrevo esse texto, consigo sentir o cheiro do tempero mineiro e viajar nas lembranças desse tempo. É muito gostoso conhecer e viver Minas Gerais. Programar uma viagem para conhecer sua natureza, paisagens e cidades históricas é obrigatório. Degustar a culinária desse lugar é necessário demais da conta! Xapuri, BH
O restaurante Xapuri lembra um fazenda incrustada na Pampulha, bairro icônico de Belo Horizonte. Para passar o dia todo! Lugar especial, com comida generosa, gente bacana e ótimos drinks. Rua Mandacaru, 260. Trevo - Pampulha, Belo Horizonte
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HORIZONTE PERDIDO, Araxá A visão linda da Serra da Canastra, uma rampa para saltos de asa delta e um restaurante com queijos e comidinhas
mais
que
especiais.
Araxá é uma cidade que vive da gastronomia
e
isso
faz
toda
a
diferença no cardápio. Fazenda Horizonte Perdido - Araxá
ALPENROSE, Caeté Um
restaurante
austríaco,
bem
simples, que fica no pequeno distrito do Morro Vermelho, paraíso dos jipeiros que se encontram para um almoço e uma ótima seleção de bebidas. Pode ser uma aventura chegar até lá, mas a vista vale muito a viagem. É o típico lugar que você só chega com um amigo mineiro e aventureiro. Fazenda Alpenrose - Distrito de Morro Vermelho, 11 Km, Caeté
ASSUNTA FORNERIA, Juiz de Fora Único, grandioso e construído em uma antiga pedreira. Bom gosto, refinamento e uma bela decoração. Uma agradável e imperdível surpresa em Juiz de Fora. Ladeira Alexandre Leonel, 221 - São Mateus, Juiz de Fora
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A ARTE DE RECEBER
CONSTRUÇÕES E CIDADES HISTÓRICAS por Rodayka Santana | @rodayka_santana Para um arquiteto, visitar cidades históricas é um prato cheio para ver e sentir como o passado influencia o futuro. Por isso, caso você chegue a uma cidade histórica e perceba uma pessoa olhando por um longo tempo cada detalhe dos telhados, janelas ou mesmo os peitoris das casas, possivelmente é um arquiteto! Vamos a algumas curiosidades: Você conhece a expressão “sem eira nem beira”? Fulano não tem eira nem beira... A expressão veio de Portugal, e está relacionada àquelas pessoas que não possuíam muitos bens materiais. Olhando as casas de baixo para cima, percebemos que os telhados possuem abas. As casas do período colonial que tinham eira (do latim "area", significando um espaço de terra onde nas aldeias portuguesas se secavam cereais) eram de proprietários e produtores, com terras, casa e bens. Quer dizer que tinha riqueza, poder e status social. Já a beira é a aba da casa, aquela extensão do telhado que serve para proteger da chuva. 8
Então se uma pessoa era pobre significava que ela não tinha “eira nem beira". Em Minas Gerais, você verá também características marcantes do estilo artístico denominado Barroco mineiro, que se caracteriza por construções extremamente detalhadas, rebuscadas, com uso de ouro, cedro e pedra sabão. O principal representante do Barroco mineiro foi o escultor e arquiteto Antônio Francisco de Lisboa (1730-1814), o Aleijadinho. Suas obras tinham grande caráter religioso e eram feitas com madeira e pedra-sabão. Em Ouro Preto, por exemplo, esses materiais são muito usados na produção dos souvenirs vendidos pelas lojas locais. Bom, isso foi só um aperitivo, mas o que você deve fazer mesmo é visitar essas cidades históricas espalhadas por várias partes do Brasil. Eu, como mineira orgulhosa da minha origem, sugiro Ouro Preto e São João Del Rei, pra começar.
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Detalhe de casa colonial com acabamento no telhado Igreja Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto
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CAPA
ORA-PRO-NÓBIS
por Patrícia Dijigov | @escoladebotanica | Escola de Botânica
D a fa m í l i a b o t â n i c a C a c t a ce a e e p o p u l a r m e n te co n h e c i d a co m o ora-pro-nóbis, a espécie Pereskia aculeata é uma planta semi lenhosa de porte arbustivo, com espinhos ao longo dos ramos, perene e rústica, resistente à seca e com hábito de liana, comum em cercas vivas.
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Seu nome popular, que significa "rogai por nós", vem da história de pessoas que colhiam a planta do quintal de um padre, no momento de sua oração.
É originária das Américas, sendo nativa e não endêmica do Brasil (ocorre nos domínios fitogeográficos da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica), encontrada desde a Argentina até a Flórida. Seu nome botânico é uma homenagem ao botânico e astrônomo francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc (1580 – 1637). O termo aculeata (do latim ăcŭlĕus) significa "agulha" ou "espinho". As folhas da ora-pro-nóbis são simples e glabras, apresentam textura carnosa e medem entre 3 e 8 cm de comprimento. São ricas em proteínas e aminoácidos essenciais (como a lisina) e contém vitaminas A, B e C, ferro, magnésio, cálcio e fósforo. Já os frutos apresentam bioativos de potencial antioxidante, como α-caroteno e β-caroteno. Floresce entre os meses de janeiro e abril. Os frutos são bagas globosas de coloração amarela-alaranjada. Tanto as folhas, quanto flores e frutos são utilizados em diversos preparados c u l i n á r i o s : p ã o, s a l a d a s , fa r i n h a , massas, tortas, bolos, doces e geléias. A ora-pro-nóbis é uma das PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) mais versáteis, que pode ser adaptada à alimentação de várias formas. The Alchemist
Sua mucilagem também é utilizada para substituir ovos em preparações e ajuda no funcionamento dos intestinos. A planta é utilizada para a produção de mel por sua floração rica em néctar e pólen, e também apresenta aplicações na medicina tradicional, em tratamentos de anemia, para abrandar processos inflamatórios, na recuperação de queimaduras e como emoliente. Os frutos são utilizados como expectorantes. O consumo de cápsulas também é muito popular. Com todo seu potencial gastronômico, a criação de bebidas e drinks com as folhas de ora-pro-nóbis também conquista seu espaço no mercado, oferecendo novas alternativas de usos e sabores inéditos, divulgando toda a riqueza vegetal que a Natureza nos oferece. As espécies Pereskia grandifolia (de fl o ra ç ã o ro s a ) e P e r e s k i a b l e o (d e fl o ra ç ã o l a ra n j a ) são muito comuns no Brasil e também conhecidas como ora-pro-nóbis, mas para diferenciar as plantas é recomendado observar a floração. Existe ainda a variedade Pereskia aculeata var. Godseffiana, a ora-pró-nobis dourada, de crescimento menor e grande valor ornamental. 11
O CLUBE DO GIN
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O CLUBE DO GIN
ARTESANAIS NACIONAIS
O’ Gin London Dry Gin Don Luchesi R$ 169,90 Inclui o O’Gin, seis St. Pierre Pink Lemonade, uma taça The Alchemist Club comemorativa de 1 ano, um pack de canela em pau e a revista The Alchemist. A missão do O’GIN é unir clássico e exótico para criar destilados contemporâneos. Sabendo disso fica fácil entender porque combinar elementos é a nossa principal inspiração. Depois de viajar pela Ásia, Europa e Américas reunimos os botânicos perfeitos e criamos uma receita única. Da europa vem o tradicional zimbro, fomos até a Índia conhecer o exótico Buddha’s hand e o Japão nos brindou com o sabor do yuzu.
Para finalizar trouxemos um pouco de Brasil com o nosso exclusivo ora-pró-nóbis. O resultado dessa união de elementos é um gin com 10 botânicos: moderno, cosmopolita e ao mesmo tempo fiel à sua origem e aos seus criadores. Seu teor alcoólico de 43% garante uma bebida extremamente leve e refrescante. O’GIN é a prova de que a Destilaria Don Luchesi chegou para revolucionar o mercado brasileiro de destilados artesanais.
Características Garrafa
700 ml The Alchemist
ABV
Botânicos
43%
álcool de cereais de origem agrícola, água desmineralizada, zimbro, coentro, raíz de angélica, buddha’s hand, yuzu, casca de laranja amarga, pimenta rosa, canela verdadeira, lavanda francesa e ora-pro-nóbis 13
O CLUBE DO GIN
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O CLUBE DO GIN
CLÁSSICOS
Mom Love R$ 269,90 Inclui Mom Love, seis tônicas Riverside Light, uma taça The Alchemist Club comemorativa de 1 ano, um pack de canela em pau e a revista The Alchemist.
Mom Love é um fantástico gin rosa feito com morangos e botânicos exóticos que perfazem um sabor jovem, sofisticado e contemporâneo. Frescor e juventude definem a personalidade deste gin espanhol que infusiona os morangos após 4 destilações.
Esta mistura gera uma cor rosa natural e vibrante de um gin premium com acabamento macio. Recomendamos servir em uma taça balão com muito gelo, adicionando morangos e uma guarnição refrescante como o alecrim, por exemplo.
Características Garrafa
700ml The Alchemist
ABV
Botânicos
37,5%
zimbro, morango fresco, limão e especiarias aromáticas
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O CLUBE DO GIN
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O CLUBE DO GIN
SUPERPREMIUM
Bobby’s R$ 369,90 Inclui o Bobby’s Gin, seis tônicas 1724, uma taça The Alchemist Club comemorativa de 1 ano, um pack de canela em pau e a revista The Alchemist.
Bobby’s Schiedam Dry Gin é uma homenagem ao avô do fundador, Jacobus Alfons, conhecido por seus amigos e familiares como Bob ou Bobby. Foi a sua receita que inspirou a criação do Bobby’s, um gin muito fino e equilibrado, com oito botânicos, todos destilados individualmente, sem aditivos, açúcares ou extratos. Simplesmente o puro sabor.
Bobby’s é uma mistura única de especiarias da Indonésia e botânicos tradicionais. Condimentado e perfumado no nariz, uma explosão cítrica e herbal ao primeiro gole e um leve residual de pimenta.
Características Garrafa
700 ml The Alchemist
ABV
Botânicos
42%
capim-limão, cravo-da-índia, coentro, pimenta cubeba, canela, zimbro, rosa e erva-doce
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O CLUBE DO GIN
TÔNICAS ST. PIERRE PINK LEMONADE
RIVERSIDE LIGHT
A St. Pierre Pink Lemonade é um refrigerante delicioso. As framboesas de sua composição proporcionam um sabor bem original, ao mesmo tempo que o limão destaca o toque cítrico da bebida. Esses ingredientes conferem uma linda cor ao seu drink e faz uma grande diferença na hora de criar uma bebida. A garrafa de 200ml tem a medida certa para evitar desperdícios e oferece o que há melhor em sabor.
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O CLUBE DO GIN
TÔNICAS 1724 TONIC WATER
A Riverside Light Tonic Water é uma água tônica de quinino da Amazônia com sabor e textura diferenciados e possui 34% menos calorias. O seu segredo é o equilíbrio entre o quinino extraído da casca da árvore Cinchona, que é a fonte do amargor característico das águas tônicas com o açúcar natural de frutas (frutose), além de aromatizantes cítricos naturais, como óleos essenciais da casca de laranja californiana. Tudo isso misturado à água cristalina gaseificada para que tenha o máximo de carbonatação e borbulhas persistentes.
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A Tônica 1724 possui produção 100% artesanal, feita com ingredientes naturais, baixa gaseificação e é bastante doce. Destaca-se pelo sabor de Yuzu (cítrico do Japão). O quinino utilizado para a produção da tônica é colhido a 1.724 metros do nível do mar, na trilha Inca do Peru. Daí o nome 1724. Contém água mineral de uma nascente na Patagônia, não possui adição de adoçantes artificiais e é caracterizada por um equilíbrio notável entre amargo e doce. As bolhas são pequenas, similares as do champanhe.
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VIAGEM
OH! MINAS GERAIS. QUEM TE CONHECE NÃO ESQUECE JAMAIS... por Jacqueline Dallal Mikahil | Be Happy Viagens
Consagrada em prosa e verso, Minas Gerais concentra incontáveis atrativos naturais e históricos capazes de deixar qualquer viajante deslumbrado. Seja por suas cachoeiras paradisíacas, suas ruas de paralelepípedo, suas cidadezinhas charmosas, ou até mesmo por conta de suas montanhas que emolduram as paisagens de tirar o fôlego, explorar esse Estado é sempre uma oportunidade perfeita para aqueles que estão em busca de atividades culturais, ecológicas e até mesmo esotéricas.
EXPERIÊNCIA HISTÓRICA E CULTURAL - ESTRADA REAL
aurora boreal
A Estrada Real, caminho que liga Minas Gerais a São Paulo e Rio de Janeiro, foi construída com o intuito de servir como passagem para o ouro e diamante que eram extraídos das minas na época da coroa portuguesa. O objetivo era controlar a distribuição da produção do interior para o litoral, fiscalizando a circulação das riquezas. Ao todo são mais de 1500 quilômetros de estrada, que passam por cidades históricas e cantinhos paradisíacos.
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MARIANA
Com cara de cidade pacata, Mariana, em Minas Gerais, ainda consegue preservar suas origens embora seja um importante marco na história. Não estamos falando do fato da cidade ter sido palco de um dos maiores desastres ambientais do mundo, mas por ter sido fundamental durante a época do Brasil Colônia. Com construções históricas e diversas igrejas espalhadas pela cidade, o destino é uma versão menos turística do que a vizinha Ouro Preto. Lá está a Mina da Passagem, considerada uma das maiores minas de ouro aberta para visitação, de onde saíam toneladas da matéria que servia para impulsionar a economia na época da colonização. Para aqueles que tiverem a curiosidade de ver de perto esse lugar incrível, é possível descer 120 metros abaixo do solo e conhecer os túneis e esconderijos dessa mina desativada.
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OURO PRETO
Parada obrigatória para entender sobre a história do Brasil, Ouro Preto é um dos destinos mais visitados de Minas Gerais. Com um clima interiorano e acolhedor, a cidade foi palco de um dos momentos mais importantes do nosso país: a Inconfidência Mineira - luta pelo fim do domínio português e o período da escravidão. Os principais artistas barrocos deixaram suas marcas e obras pela cidade, o que faz com que Ouro Preto seja um verdadeiro museu a céu aberto, repleto de atrações e pontos turísticos históricos. Um dos locais mais importantes da cidade, e um dos melhores para entender a história da região, é o Museu da Inconfidência Mineira. Por lá, o viajante encontra objetos e documentos que demonstram a importância do movimento que buscava ir contra o domínio português. Além disso, o prédio que abriga o museu é um dos mais bonitos e icônicos da cidade! 21
CONGONHAS
A cidade de Congonhas, assim como Mariana e Ouro Preto, nasceu da exploração do ouro para abastecer a economia na época do Brasil Colônia. A cidade é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade. O grande destaque do local é a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, que constitui um dos mais famosos e belos conjuntos arquitetônicos do Brasil. Localizado em cima de uma montanha, os visitantes são recebidos com estátuas dos 12 profetas esculpidos em pedra-sabão pelo artista Aleijadinho, entre 1800 e 1805.
TIRADENTES
Recebendo o nome de um dos personagens principais da Inconfidência Mineira, Tiradentes une o melhor de todas as cidades da Estrada Real e é um daqueles lugares apaixonantes. O destino, que é bem famoso por seu Carnaval de rua, abriga igrejas e casarões bem conservados ao longo das ladeiras com o tradicional calçamento de pedra do Brasil colonial. O principal ponto da cidade é o Centro Histórico, que abriga lindas igrejas, em especial a Igreja Matriz de Santo Antônio, cuja localização privilegiada, no alto de uma montanha, 22
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garante uma bela vista da região, principalmente no pôr do sol, quando a luz dourada parece cobrir de ouro os casarões. Se a fachada já impressiona, o interior do espaço revela uma grande quantidade de ouro utilizada na decoração.
SÃO JOÃO DEL REI
É uma das mais importantes e antigas cidades mineiras quando falamos sobre a época da colonização. A cidade nasceu em 1702 às margens do Rio das Mortes pelas mãos de bandeirantes paulistas.
A melhor forma de conhecer São João Del Rei em sua essência é percorrer suas ruas de paralelepípedos, sem pressa. Não deixe de visitar a Igreja São Francisco de Assis, construção barroca, tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Outro passeio imperdível é o roteiro de Maria Fumaça, fundado por Dom Pedro II, que tem como destino a cidade de Tiradentes.
EXPERIÊNCIA PARA OS AMANTES DA NATUREZA
CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO As maiores belezas de Minas Gerais estão em Conceição do Mato Dentro, cidade considerada a “Capital Mineira do Ecoturismo”. Um dos atrativos mais visitados da região é a Cachoeira do Tabuleiro – a terceira queda d’água mais alta do Brasil, com 273 metros.
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CONCEIÇÃO DO IBITIPOCA
Conceição de Ibitipoca é um imenso parque nacional pertencente ao município de Lima Duarte, localizado ao sul de Minas Gerais. O lugar chama a atenção por suas belezas 100% naturais e suas montanhas que oferecem uma linda vista. Além disso, há mais de 72 grutas de quartzo e 48 belas cachoeiras que oferecem experiências inéditas. Um dos lugares que você não pode deixar de conhecer em Ibitipoca é a Janela do Céu – uma cachoeira que, em conjunto com o restante da paisagem, transforma-se em uma incrível e grandiosa janela natural.
CAPITÓLIO
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Capitólio fica localizada na região da Serra da Canastra e é um dos principais pontos do ecoturismo de Minas Gerais. O Lago de Furnas e o Morro do Chapéu são algumas das atrações que conquistam os privilegiados visitantes.
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EXPERIÊNCIA ESOTÉRICA
SÃO THOMÉ DAS LETRAS
Vários mistérios rondam São Thomé das Letras, a cidade mística de Minas Gerais. Mas pode ficar tranquilo, porque o lugar é considerado um espaço de vibrações magnéticas e campos de energia que facilitam a conexão espiritual e harmonização do cosmo. Durante o dia, uma excelente (e divertida) opção de passeio em São Thomé das Letras é a Ladeira do Amendoim. O local é gravitacional, ou seja, ao invés de as coisas descerem a rua, elas sobem e desafiam a gravidade. Para sentir o fenômeno, basta desligar o motor do carro, deixá-lo em ponto morto e vê-lo subir a Ladeira do Amendoim.
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Se estiver a pé, desça a rua de costas para, posteriormente, também subir de costas. Ao anoitecer, a dica é contemplar a noite estrelada de São Thomé das Letras, acampando na Pirâmide – um mirante de pedra onde você vai poder admirar um céu diferente de tudo que já viu.
AIURUOCA
Dizem que na cidade estão localizadas as montanhas místicas da Serra da Mantiqueira. A tranquilidade típica do sul de Minas impera em Aiuruoca e o clima bucólico, o ecoturismo e o misticismo atraem diversos turistas. São muitas cachoeiras, poços, mirantes e trilhas. O lugar favorito dos turistas é o Vale do Matutu. Aiuruoca é considerada uma das 7 Cidades Sagradas da Eubiose, que mantém um templo na cidade. 25
GASTRONOMIA
VERSÁTIL POR NÓS por Marcelo Petrarca | @marcelopetrarca Se tem algo interessante com essa planta, além de seu alto valor nutritivo, é o nome: Ora-pro-nóbis (orai por nós em latim). Procurando a origem encontramos duas versões: uma conta que deram esse nome porque tinha muita ora-pro-nóbis nos fundos de uma igreja em Minas e enquanto as pessoas colhiam a planta ouviam o padre rezando a missa em latim: – Ora-pro-nóbis… A outra versão conta que os Quilombolas descobriram a plantinha em uma situação de extrema escassez. Nesta época a solução foi começar a testar plantas para comer, e à medida que experimentavam uma nova diziam: – Ora-pro-nóbis! – Pedindo proteção caso ela fosse venenosa. Versões à parte, verdade é que suas folhas podem ser ingeridas cruas, refogadas ou ainda desidratadas, o que permite conservá-las durante um tempo maior. Neste caso, a ora-pro-nóbis seca e moída pode vir a enriquecer farinhas de trigo ou polvilho de mandioca e entrar assim na composição de pães, massas e tortas. As flores podem ser consumidas cruas em salada. Os frutos também são comestíveis, podendo ser acomodados em geleias e conservas. Para comemorar essa data especial, em que completamos um ano de The Alchemist, resolvi apresentar para vocês uma receita que gosto muito e sirvo sempre em meus restaurantes. Espero que gostem e brindem com uma bela taça de gin.
NHOQUE AO SUGO DE TOMATE SAN MARZANO COM PESTO DE ORA-PRO-NÓBIS Rendimento: até 4 porções
Nhoque 1 kg de baroa 300 g de farinha de trigo 200 g de queijo grana padano 1 ovo Sal a gosto
Modo de preparo Cozinhe as batatas e quando estiverem cozidas, passe por uma peneira grossa e leve à geladeira. Assim que gelar misture com os outros ingredientes e faça porções pequenas, coloque em cima de uma mesa enfareada e vá amassando até parecer continhas, cortando no tamanho ideal de sua preferencia. Leve dois litros de água ao fogo para ferver, e prepare dois litros de água com gelo separado em um bowl. Quando a água ferver, coloque as bolinhas de nhoque, elas irão descer ao fundo da panela e quando começarem a subir, tire da água quente e coloque na água gelada. Retire depois de três minutos e reserve.
Molho ao sugo de tomate san marzano 300 ml de água 10 ml de azeite 40 g de extrato de tomate 10 g de alho e cebola picadas 6 tomates italianos Sal a gosto
Modo de preparo Coloque a água para ferver, faça um corte superficial em cruz nos tomates. Quando começar a ferver coloque os tomates por dois minutos, espere esfriar um pouco e depois tire a casca com ajuda de uma faquinha. Leve uma panela ao fogo médio com azeite e deixe esquentar. Refogue a cebola e o alho, e quando estiverem dourados coloque os tomates e em seguida o extrato de tomate. Tampe a panela e deixe cozinhar por oito minutos em fogo baixo. Acerte o sal.
Pesto de ora-pro-nóbis 60 ml de azeite 80 g de folhas de ora-pro-nóbis lavadas e rasgadas 50 g de amêndoas 50 g de queijo de grana padano 1 dente de alho Sal a gosto
Modo de preparo Bata no liquidificador o ora-pro-nóbis com 20 ml de azeite por dois minutos, reserve. Coloque no liquidificador os outros ingredientes e bata por três minutos. Em seguida, misture o ora-pro-nóbis reservado e bata por mais dois minutos, corrigindo o sal.
Montagem Coloque parte do molho quente no fundo do prato, acrescente o nhoque, regue com mais molho em cima e finalize com o pesto de ora-pro-nóbis e um pouco de queijo ralado. Se quiser, decore com folhas pequenas de ora-pro-nóbis.
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CRÔNICA
UM CAUSO SOBRE A “POSSÍVEL” INVENÇÃO DO PÃO DE QUEIJO por Armando de Angelis
Segundo o Wikipédia, “o pão de queijo é uma receita típica brasileira, de Minas Gerais. A sua origem é incerta, especula-se que a receita existe desde o século XVIII, mas tornou-se efetivamente popular no Brasil a partir da década de 1950”. Uma outra fonte acredita que “a farinha de trigo chegava de Portugal com uma baixa qualidade e imprópria para o consumo, assim a população optava por fazer suas receitas usando a farinha de mandioca, ou seja, o polvilho. O pão de queijo é reconhecido como uma receita típica brasileira do estado de Minas Gerais, também muito conhecido por sua produção de leite e derivados. A d e r i n d o à e c o n o m i a d e produtos, a população do estado acabou criando uma receita usando o polvilho e os queijos que sobravam e ficavam duros para o consumo, criando um pão macio e com um forte gosto de queijo”. Conforme uma lenda que circula nos bastidores da história, o verdadeiro e autêntico pão de queijo foi reinventado no século XIX pelas mãos da escrava Manoela que servia à cortesã Ana Jacinta de São José, a Dona Bêja ou Beija, como foi adotado na telenovela da TV Manchete. Dona Bêja atraía muitos homens pela sua rara beleza e pelos sabores da sua famosa quitanda, trocando seus favores e sabores por jóias e ouro. Da sua cozinha, a receita do pão de queijo de Manoela vazou para outras cozinhas e se perpetuou como uma das mais deliciosas quitandas de Araxá.
estudo, chegou em Araxá para pesquisar a flora do Barreiro, onde brotavam águas salitrosas, tendo a oportunidade de se deliciar com o pão de queijo e por ele se apaixonar, a ponto de levar em sua bagagem os segredos da receita da escrava Manoela. Dizem que por onde passava, repassava a receita para outras pessoas, pulverizando o sabor do pão de queijo pelos sertões das Gerais e nas montanhas das Minas. No início do século XX, Santos Dumont também esteve em Araxá para uso das águas do Barreiro, hospedando-se anonimamente no Hotel Rádio, onde conheceu o pão de queijo e fez questão de levar uma receita em sua mala. Em seus voos experimentais era comum vê-lo deliciando o já famoso pão de queijo mineiro de receita araxaense que levava em sua matula. Em 1944, o presidente Getúlio Vargas inaugurou o Grande Hotel de Araxá, tendo conhecido pelas mãos do governador Benedito Valadares o autêntico pão de queijo araxaense, que passou a ser uma das suas preferências no seu lanche matinal. Construído para abrigar suas termas de águas medicinais e um cassino que perdurou apenas por 2 anos em função da proibição do jogo no Brasil, o Grande Hotel foi o grande difusor do pão de queijo junto aos seus hóspedes e visitantes. A partir da divulgação e pulverização da receita araxaense, o pão de queijo ganhou o Brasil e hoje esta nossa iguaria já é encontrada em vários lugares do mundo.
Saint-Hilaire, um cientista francês que estava coletando espécies vegetais para
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CMSlim UM TRATAMENTO CORPORAL ALIADO À INOVAÇÃO A novidade que chegou ao Brasil e promete músculos definidos com perda de gordura.
@ c linic a otav iom a ce d os jc @ c linic a or m s p
/ c linic a orm
@ clinicaotaviomacedoeassociados
www.c linic a otav iom a ce d o.co m .b r
SAÚDE
UM ANO SE PASSOU... por Dra. Paula Rahal | @paula_rahal Clínica Otavio Macedo e Associados
Um ano se passou, e que ano! Nem nos mais loucos dos meus sonhos eu pensaria passar por tudo isso. A Clínica Otavio Macedo e Associados funcionava trabalhando intensamente e eu adentrava 2020 com muitos projetos. Em março fechamos as portas, não por obrigação, mas sim por respeito e um pouco de receio também. Aliás a dermatologia não era tão necessária contra a tragédia da Covid-19. Sempre mantivemos contato com nossos pacientes de perto. Logo, apareceram os primeiros problemas. Alergias pelo excesso do álcool em gel e o ritual de lavagens diárias com água e sabão, alterações de pele devido ao novo coronavirus: eczema, exantema, livedo, desidrose e necrose. Muitos nomes difíceis e muitas dúvidas. Iniciamos a telemedicina, mas será que daria certo na dermatologia? Não, não deu certo. Em meados de abril re t o r n e i a o m e u a m a d o t ra b a l h o. Mesmo diante dessa quarentena interminável a consulta presencial tornou-se primordial. As queixas eram tantas: rosácea, q u eda d e c a b e l o, c r ise d e a cn e, p so rías e e d e r m at i te s. A v id a e o co n sultór i o foram voltando ao seu ritmo. E quando eu menos esperava a cosmiatria aparecia de forma certeira.
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A Cosmiatria nada mais é que a parte da dermatologia que cuida dos procedimentos estéticos. Sim, no meio desse turbilhão de emoções, as pessoas se tornaram mais críticas, cada defeito saltava aos olhos nas reuniões virtuais. O olhar nunca foi tão valorizado e os procedimentos em boca foram finalmente desbravados, aliás podíamos esconder hematomas e inchaços com as famosas máscaras. Loucura e frustação, não. Somente o ser humano tentando sobreviver e manter a mente sã. Um olhar minucioso e atento se voltou para nós mesmos. Hoje, praticamente no final do mês de agosto, vejo meus atendimentos voltarem ao “normal”. Cansamos um pouco de nos esconder, mas os cuidados e o distanciamento social deve ser respeitado. Eu, Paula Rahal, dermatologista, não estou tentando me adaptar ao “novo normal”. Não quero! Quero o “antigo normal”, quero uma vacina e que as pessoas tomem a vacina. Desse um ano do The Alchemist Club quero as coisas boas. Que bom que pudemos levar mais alegria, conhecimento, cultura e sabor para a casa dos assinantes e clientes da The Gin Flavors. Valorizo o aprendizado do que nos realmente importa, a família, o amor, o autocuidado e a saúde, sempre com o otimismo que nos foi interrompido. Seguimos firmes e fortes até o segundo ano do clube. E se a sua pele reclamar, por favor, cuide dela. 31
MATÉRIA ESPECIAL
DE MULHER PRA MULHER, A ALQUIMIA SENSORIAL DO GIN Dra. Aline Bortoletto | CEO Inovbev Pesquisa e Desenvolvimento de Bebidas Pesquisadora ESALQ/USP
Bebida integrante em diversos drinques refrescantes, aromáticos e elegantes. O moderno gin faz sucesso na coquetelaria dos bares das grandes cidades do mundo há alguns anos! O surpreendente mercado de gin continua aumentando exponencialmente nos últimos tempos. Só na Inglaterra o número das destilarias triplicou em 5 anos e a diversificação dos produtos é o que chama a atenção do consumidor e define esta nova tendência mundial. 32
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No Brasil ainda se observa o surgimento de muitas novas marcas e profissionais interessados em investir nesta crescente tendência em destilados. MAS PORQUÊ DE FATO
Costumo sempre dizer que a receita ou formulação deve traduzir sentimentos exclusivos para conectar à memória sensorial do consumidor e fidelizar à marca com base no perfil emocional em que traduzimos na bebida.
ESTA BEBIDA AGRADA TANTO AO PALADAR?
PODE PARECER POÉTICO, MAS A FORMULAÇÃO DE UMA
A definição do gin é a bebida elaborada mediante a destilação do álcool etílico potável de origem agrícola com aromatizantes, tendo sabor predominante, o zimbro (Juniperus communis) e outros botânicos, que trazem uma experiência sensorial complexa e muito diversificada com relação aos aromas e sabores da bebida. A diversidade de vegetais (botânicos) brasileiros atrai e amplia todo potencial nacional e internacional na contribuição de aromas e sabores especiais, criando perfis sensoriais exóticos e com apelo inovador devido à abundância de matérias-primas vegetais exploradas nas diversas regiões brasileiras. Certamente, as características dos botânicos influenciam no que denominamos tipificação da bebida de acordo com as mais variadas combinações vegetais testadas para atingir o bouquet aromático desejado. A originalidade do gin assume papel específico na preferência do consumidor, qualidade e premiunização do mercado.
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RECEITA DE GIN SEGUE A MESMA METODOLOGIA DE FORMULAÇÃO UTILIZADA PELOS GRANDES PERFUMISTAS NA ELABORAÇÃO DE ESSÊNCIAS DE LUXO.
O perfil sensorial da bebida engloba aspectos gerais traduzidos pelos nossos órgãos do sentido, sendo eles captados pelo olfato, paladar e tato em sua maior interação com o consumidor. Outros parâmetros tais como os sentidos da visão e audição também contribuem para construir a marca, em sua apresentação da embalagem, rotulagem e propagandas que podem fazer uso de imagens e áudios. Mas, na formulação aplicamos técnicas criativas direcionadas ao perfil aromático e gustativo. O perfil aromático envolve os aromas e sabores construídos na busca de complexidade, equilíbrio e harmonia sensorial. O perfil gustativo nos traduz como as sensações olfativas e bucais são conectadas ao retrogosto e à memoria sensorial que desejamos proporcionar no produto. 33
O desenvolvimento de um produto premium é complexo e envolve multidisciplinariedade para atingir o sucesso absoluto no mercado. Por isso, algumas marcas surgem e não permanecem nos pontos de venda por muito tempo. Outras, apresentam sucesso imediato e crescente. Muitos segredos de produção, receitas, desenvolvimento, aplicações,
imagem e tipificação são essenciais para que o sucesso do produto aconteça! Montar uma marca não é algo simples, exige conhecimento, tecnologia, investimentos; mas acima de tudo exige comprometimento com a emoção a ser traduzida dentro de uma garrafa elegante e assertiva.
A PRIMEIRA MULHER A DIRIGIR UMA DESTILARIA EXCLUSIVA DE GIN SURGIU COM A ABERTURA DA DON LUCHESI DESTILARIA. A EMPRESÁRIA LAIZA MACHADO VIAJOU MAIS DE 8 PAÍSES PARA CONHECER INÚMERAS DESTILARIAS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO O’GIN. AGORA, SE PREPARA PARA TRANSFORMAR A SUA DESTILARIA EM UMA DAS MAIS COMPLETAS DO BRASIL.
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ACONTECE
O GIN-TÔNICA NA REDE Poste uma foto do drinque mais fotogênico com a hashtag #theginflavors
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MARKETING E NEGÓCIOS
DE LAGOA SANTA PARA O MUNDO Erico de Angelis Embora esteja muito engajado no mundo do gin, confesso que nunca entendi muito bem o processo de destilação e da escolha dos produtos. Mas recentemente em uma visita à Minas Gerais, fui conhecer a nova destilaria de Minas Gerais, a Don Luchesi, em Lagoa Santa, bem pertinho do aeroporto de Confins. Fui muito bem recebido pela L a i z a , proprietária, que me mostrou o passo a passo do processo, desde a escolha e armazenamento dos botânicos, até o produto final. Confesso que senti orgulho pela proximidade de nossa indústria nacional para as destilarias que já visitei na Europa. A preocupação está em cada detalhe da produção deste gin que carrega no
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DNA, um pouco da rica história do estado de Minas, e usa o ora-pro-nóbis como elemento símbolo de sua receita. Um pouco mais de conversa e chegou o Alexandro Luchesi, marido da Laiza. Perguntei, então, de onde veio a idéia de montar uma destilaria. E a resposta dada foi rápida e em sintonia...“Paixão pela alquimia!” - está nos planos deles, abrir a destilaria para visitas. Eu acredito que a paixão é a mola impulsionadora desta indústria tão fantástica que é a do gin. Recomendo ao leitor, visitar uma destilaria e entender todo esse processo artesanal. Um processo que começa intern a m e n t e, no co ração de pe sso as como a Laiza e o Alexandro.
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MATÉRIA ESPECIAL - GINS DO BRASIL
A HISTÓRIA RECENTE DOS GINS BRASILEIROS
Foto: Jez Timms / Unsplash
por Marco De la Roche | editor chefe do Mixology News, apresentador do Bartalks podcast, diretor de educação do Bar Convent SP e consultor pela Drink.Lab
Se a última década foi marcada pelo gin&tonic em todo o mundo, os bares e empórios do Brasil tiveram que espremer suas prateleiras para receber um novo integrante, o gin brasileiro. A estrutura da indústria etílica nacional se divide em algo que chamo de Velha Indústria e Nova Indústria. Tive a oportunidade de acompanhar de perto a evolução e a recente história do gin brasileiro e compartilho com você como ela se deu, através de três fases. Na Velha Indústria, notamos uma produção em larga escala, menor qualidade sensorial e produtos mais baratos, com abastecimento pensado para atingir as grandes massas de consumo de forma continental. O desenvolvimento da Nova Indústria aconteceu a partir da década de 1990, apoiado principalmente na experiência da indústria da cerveja artesanal e depois da cachaça de alambique. Produtos mais caros, sensorialmente melhores e em pequenas quantidades foram as principais características desse movimento. Boa leitura e bons drinques.
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Primeira Geração – 2016 até 2017 “Até que enfim temos um gin nacional bom!” Esse período é liderado principalmente pela chegada de marcas como Arapuru e Virga em 2016 e é um sopro de euforia e esperança, ainda que tenhamos visto algumas marcas lançando seus produtos precipitadamente e se deparando com um mercado tão curioso quanto apreensivo, já que carregávamos o estigma do produto nacional. À luz do tempo, pudemos perceber que houve um excesso na busca de ingredientes regionais para justificar a troca pelo produto importado. Limão-cravo, erva-mate, imbiriba, pitangueira, pacová, cidrão, ora-pro-nóbis, puxar, castanha-do-Pará, pimenta de macaco e uvaia foram alguns dos botânicos explorados. Segunda Geração – 2017 até 2019 “Ah, Pronto! Agora todo mundo vai fazer gin!” Vivemos nessa fase uma enorme explosão de gins nacionais, superando cem marcas registradas e aumentando a concorrência nas gôndolas e nos corações dos consumidores. Foi a própria - e possível - comparação com a primeira geração de gins nacionais e a realidade dos gins importados que fez com que os avanços da segunda geração fossem realizados. O uso de melhores ingredientes na produção começou a diferenciar as marcas e pudemos provar gins mais próximos do tradicional london dry, com zimbro presente e semente de coentro fresco, muitas vezes importados. Terceira Geração – 2019 até hoje “Terei apenas 2 gins nacionais e 2 gins importados, mas todos de alta qualidade.”
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Aí é que a brincadeira ficou boa mesmo! Com a alta disponibilidade de rótulos, os produtos se tornaram naturalmente mais coerentes e inteligentes, tanto em conceito, bebida em sí, apresentação e preço. Foi na terceira geração que marcas nacionais como Amázzoni e Yvy ganharam visibilidade global com prêmios relevantes, tanto de design quanto sensoriais. Como parte desse novo momento, marcas deixaram de ser apenas produtos para se tornar objetos de desejo na mente de consumidores apaixonados e com isso, iniciaram um processo de ampliação da sua presença, abrindo visitas às suas destilarias, bares com selo da marca, além de produtos secundários, como vestuário, tônicas, rótulos exclusivos para bares parceiros e insumos desidratados e entre outros. Com essa grande oferta e briga acirrada pelo cliente, vemos algumas marcas perdendo força, se tornando apenas locais ou simplesmente descontinuando seus produtos. E o futuro? Em tempos incertos que a pandemia nos proporciona, a instabilidade econômica e a governabilidade nacional em frangalhos, podemos esperar que a taxa de câmbio traga desafios enormes para os produtos importados e por consequência, o consumidor final pague a conta. E como é bom ter uma indústria nacional competente, autossuficiente e rica em produtos, exemplos não faltam, como a Destilaria San Basile, grande surpresa do ano passado e a mais esperada novidade de 2020, capitaneado pela Destilaria Don Luchesi e seus mais de dez gins a serem lançados nos próximos meses. E você, está esperando o quê para escolher o seu gin nacional preferido?
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DRINQUE DO MÊS
AQUÁRIO DE GIN por Erico de Angelis
Um certo dia cheguei na casa de meus pais em Casa Branca (destrito de Brumadinho) e minha mãe logo pediu um gin. Tudo bem, que não existia gin, não tinha taça e muito menos tônica. Neste dia, tinha acabado de conhecer o “então” projeto do O’Gin que ainda estava sendo concebido pela Don Luchesi e tinha ganhado uma garrafa de um dos primeiros estudos do Gin!
Desci até o armazém e comprei umas tônicas. Fui na horta e consegui colher amoras, ora-pro nóbis e limão capeta. Faltava então o copo! Criativo como sou, usei o antigo aquário que habitava um peixe Beta! Fiz o um gin tônica que ganhou aplausos! O seu nome? Casa Branca em homenagem a este vilarejo tão lindo onde moram meus pais!
Receita: 50ml de O’Gin 150ml de tônica 1 folha de ora-pro-nóbis 1 zest de limão capeta 2 amoras
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