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1.1 CONTEXTO HISTÓRICO

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6.0 REFERÊNCIAS

6.0 REFERÊNCIAS

1.1 CONTEXTO HISTÓRICO

Os parques urbanos surgiram na Inglaterra no final do século XVIII, mas somente no século seguinte, ou seja, século XIX foi quando sua popularidade começou a se difundir com grandes jardins contemplativos. Depois da Revolução Industrial, no século XVIII, foram percebidas algumas mudanças no modo de viver nas cidades. Com o crescimento das cidades, houve também um aumento na preocupação estética e sanitária. No século XIX surgem os Jardins Contemplativos, os parques de paisagem, os “parkways”, os parques de vizinhança americanos e os parques franceses formais e monumentais. (MACEDO e SAKATA 2001). Os parques surgem como uma necessidade diante da crescente urbanização no final do século XVIII na Europa. Nascem como jardins contemplativos, com seus desenhos ortogonais e centralizados. O parque urbano é produto da cidade da era industrial e nasce a partir do século XIX, da necessidade de dotar as cidades de espaços adequados para atender a uma nova demanda social: o lazer, o tempo do ócio e para contrapor-se ao ambiente urbano – diz KLIASS 2006. Sua evolução acompanha as mudanças das necessidades, estilos e tendências em diferentes países, que vão surgindo nestes dois últimos séculos. Sendo assim, isso demonstra uma significativa importância dos valores sociais e culturais das populações urbanas. O parque público como conhecemos hoje, é um elemento típico da grande cidade moderna, estando em constante processo de recodificação, conforme cita MACEDO E SAKATA 2001.

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O parque urbano brasileiro não surge diante da necessidade de sua população diante de uma expansão urbana massiva pós revolução industrial século XIX. O parque é criado, pela elite emergente que procuravam construir um ambiente urbano semelhante à Europa, especialmente ingleses e franceses, de acordo com MACEDO E SAKATA 2001.

A história dos parques europeus se confunde com a história dos jardins renascentistas, os quais foram inspiração para criação dos parques na Europa, em especial na Inglaterra. Estes espaços se destacaram em meio às novas ideias paisagísticas, principalmente em países como a Itália, França e Inglaterra. Os jardins ingleses acabaram dando origem aos parques e jardins públicos que tiveram por finalidade refrescar as áreas urbanas. Estes parques inicialmente estavam diretamente relacionados com as reservas de caças inglesas, localizados no entorno dos palácios rurais. (ALBUQUERQUE 2020).

Com a criação dos subúrbios modernos no século XIII na Inglaterra, o parque paisagístico passou a ser concebido para recreação. Foi nesse sentido que os campos de caça passaram a ter um tratamento paisagístico, com a finalidade de construir lugares de contemplação, onde a natureza representa o belo. Trata-se de uma natureza manipulada pelo homem, e não mais um elemento natural e espontâneo. O que estava sendo feito por essa nova classe, com um novo capital, novos equipamentos e novos especialistas contratados, era, de fato, uma reposição da “natureza” de modo a adaptá-la a seu ponto de vista. Estes de fato eram espaços privados, divergindo da concepção atual de parque urbano como espaço público. (ALBUQUERQUE 2020). Com o intuito de reduzir os conflitos sociais urbanos gerados pelas péssimas condições de trabalho e salubridade. A partir de 1839, segundo Katy LaytonJones foram criados os primeiros parques públicos urbanos, como o Victoria Park, construído em 1845 em Londres, o qual passou a servir de modelo para a construção de um outro tipo de parque, diferente dos parques suburbanos. Seguindo os moldes do Victoria Park, vários outros parques públicos foram construídos por toda parte da Inglaterra. Por volta de 1900, em quase cada cidade surgiu ao menos um, os quais passaram a ser de uso principalmente da população local. Neste momento, seguindo a expansão dos parques urbanos na Inglaterra, houve um impulso para o surgimento destes em diversos países (ALBUQUERQUE 2020). Assim, os parques se multiplicaram por vários outros países. Nos estados unidos no final do século XIX, para que os trabalhadores pudessem se recuperar da fadiga causada pela rotina no emprego e passassem a ter mais disposição para o trabalho foi visto que se necessitavam de parques para criar amenidades no espaço urbano. Diferente dos parques ingleses, estes passaram a ser construídos nos centros urbanos, como uma tentativa de democratização desses espaços. O exemplo que serviu de modelo para vários outros parques que foram construídos nos Estados Unidos foi o Central Park de Nova York. Uma obra com objetivos bem definidos, de contemplação, recreação e prática de esportes, desenvolvida por Frederick Law Olmsted. (ALBUQUERQUE 2020). Eles obtiveram seu próprio conceito de parque urbano a partir de soluções tradicionais. Nos anos 30 do século 20, os administradores abandonaram os esforços idealistas de usar os parques como um mecanismo da reforma social. A recreação foi aceita como uma função municipal e uma instituição estabelecida, melhor que um movimento de reforma. O uso frequente do termo "recreação" veio para servir a todos os grupos de todas as idades, não apenas para as crianças nos ‘playgrounds’. Esta foi uma importante ruptura entre o parque do ‘playground’ e a instalação recreativa emergente. Este novo período “Áreas de Facilidade Recreativa” se estende de 1930 a 1965 (CRANZ, Galen. Op. Cit em ALBURQUERQUE 2020). O século XIX marcou a transformação formal dos velhos largos e terreiros em espaços “modernos”. Durante a gestão do barão de Hausmann, Paris passa por profundas transformações urbanísticas. Seus novos parques e jardins públicos, possuem ambientes cenograficamente inspirados em uma visão pastoril e romântica, típica do

parque inglês do século XVIII e XIX, adaptados a visão nacionalista francesa. (MACEDO E SAKATA 2001). Ainda em MACEDO E SAKATA (2001), vemos que a industrialização no século XVIII por volta de 1825 nas grandes cidades brasileiras como são Paulo e rio de janeiro, deixa para o próximo século as figuras dos operários dentro dessa história do parque urbano nas cidades. A massa urbana estava praticamente afastada de tais espaços cujo uso somente era permitido aos decentemente trajados, ou seja, como europeus. Macedo e Sakata (2001) ainda afirmam que o parque é, no Brasil do século XIX e da Belle Époque, um grande cenário, um elemento urbano codificador de uma modernidade importada, totalmente alheio as necessidades da massa urbana contemporânea de então, que usufruía de outros espaços, como terreiros e várzeas, conforme se observa nas crônicas da época. No século XIX, em contraposição as formas de expansão crescente dessas cidades emergem movimentos em defesa dos espaços livres naturais em suas bordas dentre os argumentos destacava-se a funcionalidade do ar fresco, destinação de lugares para que os jovens se exercitassem, bem como áreas de esporte. Somente na metade do século XX com a diminuição e até mesmo desaparição dessas várzeas de rios e com a real escassez de áreas para lazer das massas menos privilegiadas, que praças e parques se tornaram uma necessidade social. (MACEDO E SAKATA 2001). Os estudos de Macedo e Sakata (2001), mostram que no século XIX, foi um período de transformação e modernização da cidade brasileira dentro de um padrão europeu. O início do século XX constituiu um marco de consolidação dessa nova forma de urbanização, na qual as velhas estruturas coloniais foram profundamente alteradas, de modo a dar origem a prédios e ruas adequados a novos padrões de produção de vida e cultura.

Continuando nos estudos de Macedo e Sakata (2001), como tempo o habito de tratar paisagística e linearmente a orla praiana urbana estende-se por toda parte, dando origem a espaços de excelente qualidade projetual e funcional. Se existia, nos anos 30 e 40, uma forte onda de modernidade, essa tendência não se reflete de imediato no desenho nem no programa funcional dos poucos parques construídos em grandes cidades como São Paulo.

Ainda em Macedo e Sakata (2001), percebe-se uma mudança drástica nos usos dos parques na época do pós guerra. Sua estrutura morfológica é radicalmente simplificada, o esporte é valorizado e a possibilidade de lazer cultural é aventada, com a criação de simulações de teatros de arena, além de agora ter o reaproveitamento da vegetação nativa ainda existentes nas áreas urbanas, para a construção de novos parques. Tem muita citação na sequência dos mesmos autores, talvez fosse melhor mesclar citações diretas com indiretas e dar uma ajustada no texto A criação e adequação de grandes áreas verdes se converteram em algo constante na agenda dos governos locais de cidades de todos os tamanhos, especialmente a partir da invenção do automóvel. Isso tem a ver com o termo ilha de calor

urbana, nome através do qual se conhece a mudança climática não intencional pela qual tanto o ar quanto a superfície das metrópoles sofrem um aumento da temperatura — em relação a áreas não urbanizadas — por fatores como o tráfego rodoviário, os sistemas de aquecimento, o uso de materiais como o cimento ou o asfalto, etc. (IBERDROLA, data) Replicar elementos de valor cultural como os do Parque Güell (Barcelona), do mestre Gaudí, ou o Santuário Meiji — em Tóquio, praticamente inserido no parque japonês Yoyogi — é impossível, mas o desenho de novas soluções na criação de áreas verdes nas grandes urbes conquistou as bases dos parques históricos e incorpora elementos inovadores e surpreendentes. Jardins verticais, esculturas gigantescas e sustentáveis, enormes áreas arborizadas em zonas de escritório... Tudo isso em busca de um ar mais limpo e para oferecer ao cidadão um lugar verde onde conseguir bem-estar físico e também psicológico. Porque os parques urbanos são, devido à sua configuração e espírito, muito mais do que o pulmão das grandes metrópoles. (IBERDROLA, data)

O Horto de Limeira é uma área de espaço livre público que contém várias áreas, como o motódromo o kartódromo o centro de reabilitação, o bosque de eucaliptos, o zoológico da cidade e o deposito de lixo. É uma área de mais de 320 alqueires contando com todas as suas áreas. É um espaço onde se pode fazer trilhas de bicicleta entre os bosques de eucalipto e caminhada e passar o dia com sua família.

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