Programa Eleitoral para Ermesinde Autárquicas 2013 Este mês terá lugar, no dia 29 de Setembro a população portuguesa é chamada às urnas para as Eleições Autárquicas, para eleger para a Câmara Municipal e para a Junta de Freguesia. O Grupo ErmesindeTV não podia deixar passar em branco este período em Ermesinde, e assim sendo fomos conversar com os cinco candidatos à Junta de Freguesia de Ermesinde. Com base nas mesmas questões, conseguimos abordar os diferentes aspectos vividos por esta população, podendose proceder à comparação das respostas de todos os candidatos, e, desta forma, perceber o que melhor se adequa às exigências de cada eleitor. Estivemos, assim, à conversa com: A1
- Artur Pais – Candidato pelo CDS-PP (Centro Democrático e Social - Partido Popular) - Tavares Queijo – Candidato pelo PS (Partido Socialista); - Carla Sousa – Candidata pelo BE (Bloco de Esquerda) - Luís Ramalho – Candidato pelo PSD/PPM (Partido Social Democrata/Partido Popular Monarquico) - Adelino Soares – Candidato pela CDU (Coligação Democrática Unitária) Esperamos, com isto, contribuir para o serviço público que é a informação, trabalhando para uma população mais esclarecida. As entrevistas serão, posteriormente, transmitidas em formato televisivo, acompanhenos no Facebook e fique a par de datas e novidades - https://www. facebook.com/ErmesindeTV .
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Entrevista a Artur Pais Candidato à Junta de Freguesia de Ermesinde pela Lista do CDS-PP MagazinETV - Quem é o Artur Pais e anos na política ao serviço da população como iniciou a sua actividade política? através de uma coligação PSD/CDS, agora Artur Pais - O Artur Pais é um homem o PSD entendeu que se devia candidatar que está neste momento aposentado dos sozinho, eu podia usar o termo “rejeitado”, Caminhos de Ferro Portugueses. Quando mas dentro dos partidos é mesmo assim, passei à reserva, alguém me abordou para por isso é que aparecem muitas candidaturas fazer parte da equipa do PSD para candidato independentes, eu não fui por esse caminho, à Junta de Freguesia. Pensei um pouco, aguardei quatro anos pacificamente, o CDS porque embora fosse militante do PSD, não convidou-me, para ser militante, eu já tinha foi à primeira vista que aceitei, porque não vindo da democracia cristã, e estamos aqui estava entrosado na política mas depois de porque o povo tem de ter alguém sempre contactar algumas pessoas e também com a presente, se nós no outdoor estamos 24 horas ajuda em casa da família resolvi avançar, e fui a pedir o voto, se não estivermos pelo menos bem-sucedido. 12 para servir as pessoas é mau, isso não pode No início foi muito difícil, eu não percebia ser. nada de política, vali-me de ajudas de quem Venho para fazer uma politica de sabia, claro, e fez-se várias coisas na Junta de proximidade, tive muita gente até mesmo Freguesia, houve transformações. É certo que Social-democrata que me disse que não as grandes obras são da responsabilidade do gostou que eu me tivesse ido embora, e que Município, porque a Junta de Freguesia não tinha sido um “assalto” que me fizeram, pode fazer as grandes obras porque não tem porque ganhei com maioria. Os partidos são verbas, por exemplo o Fórum e o Mercado soberanos escolhem quem querem, não sei se tem de ser com a Câmara Municipal, apesar é por conveniência. Agora vou regressar para de ser a Junta a explorar. As grandes obras servir, é para ganhar. no Cemitério da Costa têm de ser com a Camara, os pequenos reparos e manutenções METV - Impõe-se, agora, conhecer melhor têm de ser com a Junta de Freguesia porque os projectos que o CDS tem em áreas como lhe foi cedido para exploração. a edução, transportes e acessos, área social, O meu regresso agora é um serviço de ambiente e segurança… voluntariado e por gostar AP - As Freguesias estão de pessoas, eu não O meu regresso agora é um serviço de sempre dependentes venho cá por caprichos voluntariado e por gostar de pessoas dos tostões e do poder próprios, eu estive quatro Municipal. Temos três
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linhas para a questão social a nível do vir à pressa resolver essas questões, são quatro município. O empreendedorismo e emprego, anos para trabalho, como disse obrigamos as que é muito importante, a dinamização pessoas a olhar para nós durante 24 horas s empresarial e a reformulação das finanças pedir o voto e depois não os servimos? Essa locais. não é a minha política, porque eu não venho Eu vou pedir a reforma do Mercado de aqui à procura de emprego e de me acomodar. Ermesinde, por muito que lhe tenham dado No primeiro mandato, um pouco por um jeito é um espaço frio. As pessoas que inocência, politicamente fui dizendo ámen lá estão a vender e a comprar são senhoras, com o partido, não foi tudo porque acabei embora haja lá cavalheiros, que têm de sentir por chumbar 24 milhões porque não sabia o conforto onde vão todos os dias ou três para onde ia. Estou descansado. ou quatro vezes fazer as suas comprar. Não podemos celebrar o Dia Internacional da METV – Em Ermesinde também se Mulher, porque se celebra todos os anos aqui discutem as questões de acessibilidade, em Ermesinde no Fórum, só pregando outras nomeadamente em Mirante de Sonhos. questões e servindo-as mal. Vai-se muito AP - Isso é um estudo que temos de fazer para o problema da com os Transportes, eu violência doméstica, mas Se eu for ganhador, vou convencer o quando lá estive tinha há muitas violências, e o partido a construir ali um pavilhão boas relações com a mercado é uma violência multiusos para se fazer muitos mais empresa, inclusive o para quem lá está oito eventos ... pedir autorização e aquilo presidente dos STCP é horas a trabalhar. Se da minha terra. É uma ia abaixo eu for ganhador, vou exigência que as próprias convencer o partido a construir ali um pessoas nos ajudam a fazer, não é assim tão pavilhão multiusos para se fazer muitos mais difícil chegar à administração dos Transportes eventos, se ganharmos o município é o que Colectivos do Porto. vou propor ao partido. METV - Falava-me de empreendedorismo. AP - Dinamização empresarial! Dinamizar METV - Esse pavilhão multiusos seria o espaços para que os empresários invistam cá edifício ou a área da feira? no Concelho. O Concelho não é assim tão AP - Renovar totalmente toda a área grande como isso, mas temos uma grande abrangente, pedir autorização e aquilo ia mancha verde, não se pode destruir tudo, abaixo, reformar totalmente aquele edifício e temos de dizer aos empresários que venham aquela área toda. Se fazemos de dois em dois para a nossa terra. Temos 9500 desempregados anos uma Expo temos de ter condições, e no concelho, segundo números do Centro assim outras coisas se fariam. Se eu ganhar as de Emprego, e temos de dar ocupação à coisas são para se fazer, não é no último ano juventude onde há um grande índice de
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não podemos dizer as pessoas “vamos construir um formo e é aqui que temos de vos cremar” desemprego. Temos que empregar esta gente, o melhor que se pode fazer é ocupar uma pessoa. O CDS vai procurar dinamizar o sector empresarial no concelho. METV – A nível urbanístico temos alguns edifícios em Ermesinde já em degradação, alguns são privados como é o caso do antigo cinema, a Fábrica de Sá, e também edifícios e locais públicos. Essa seria uma preocupação do CDS? AP - Não sei se a nível do Concelho se vai falar mas eu falo, porque o edifício não é propriamente da Freguesia. O Edifício Faria Sampaio foi trazido por dinheiros públicos que agora estamos a pagar. O partido que está no poder teve muitos anos aquele edifício vazio, e as Associações andam aí de guardachuva a fazer reuniões em qualquer canto. Se somos tão amigos das associações, elas é que nos representam onde quer que vão, porque não se cedeu um andar daqueles para as associações, bastava se calhar um andar e colocavam-se lá todas. Agora vai ser alugada a uma empresa que vem Holanda, vamos ver se isso acontece, isso foi só uma promessa. Ceder às Associações pelo menos uma parte não prejudicava ninguém, as Associações estavam muito mais ricas em tudo, até mesmo a Universidade Sénior. Na questão do cinema, ele pertence ao Centro Social, tem outro nome, Ermesinde Cidade Aberta, já no meu mandato foi
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passado para o Centro Social de Ermesinde com essa designação, e está a demorar a ser recuperado provavelmente por falta de verbas. É uma questão de abordar o Sr. Director do CSE e ver o que se pode fazer, porque é uma mancha negra que temos ali. É um edifício simbólico, teve que se colocar lá blocos para que não fossem para lá os marginais. METV – Mas há locais de domínio público como é o caso da feira velha. AP – O maior espaço da feira velha é da Junta de Freguesia, o Centro Social já cedeu partes, e muito bem, mas para essa parte não tenho soluções. METV – Outro dos temas falados aqui na cidade é a questão dos cemitérios que não têm dado resposta aos óbitos, o CDS teria alguma proposta nesse sentido? AP – As questões dos cemitérios, devido aos lençóis freáticos que Ermesinde tem, e são bastantes, os corpos têm alguma dificuldade em entrar em decomposição, é preciso uns 12 ou 15 anos e não estamos a responder. Para criar um crematório em Ermesinde, primeiro temos de ter sensibilidade, porque não sei se as pessoas já se mentalizaram com isso, há um ou outro caso que já querem ser cremados, estamos a lidar com princípios, não podemos dizer as pessoas “vamos construir um formo e é aqui que temos de vos cremar”, se calhar é melhor construir um novo cemitério para o lado de Sampaio, para não estar a amontoar tudo lá em cima, mas tem que se fazer um estudo devido aos lençóis freáticos. O crematório é uma adição à população mas não é polo de qualquer maneira, a rentabilidade
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paga a obra, mas temos que ter em conta os nossos princípios. METV – O crematório, ser cremado, é uma opção pessoal. AP – Sim mas é muito ínfima, um ou outro caso é que pede a cremação, são sei se se justificará ter cá um crematório, o terceiro cemitério era mais interessante nem que fosse pequeno já aliviava. METV – Falemos agora na questão do Estádio de Sonhos, que a CMV adquiriu-o por meio de um contrato de permuta o que tem gerado algumas discussões, o CDS tem posição em relação a isto? AP – Eu estou em desvantagem porque não faço parte da Assembleia Municipal, nem sou político activo, mas pelo que ouvi, e estive lá no dia, eu não aprovava na questão que é uma compra ao proprietário do Estádio, neste caso do parque desportivo porque aquilo para ser um Estádio tem de levar muita obra, e ainda por cima lhe cede terrenos, eu não pactuo com isso, porque os dinheiros são nossos. Se a Câmara quer comprar e tem capacidade de ter um parque desportivo, adquire e paga ao proprietário, agora estar ainda a oferecer-lhe um terreno depois de lhe dar 280 mil euros, segundo se fala, eu não estive nisso fui feliz em estar lá no dia da votação e ouvir esta conversa. O meu partido disse sim, mas comigo não, porque isso quem tem de pagar somos todos nós para beneficiar um privado que depois ainda vai colher a construção nos Montes da Costa estragando nascentes e linhas de água onde não se pode construir. Como já disse,
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Estádio tem de levar muita obra O meu partido disse sim, mas comigo não chumbei em 2009 24 milhões que não sabia para que eram e foi ao meu partido, portanto, eu isto também não passava, porque estamos a prejudicar uma população lá em cima, e depois a manutenção não sei se está garantida. Pois se temos aí estádios pelo país onde não se fazem manutenções, Algarve, Leiria que até está a venda, e nós aqui com um défice de 64 milhões, nem parece uma compra deste tempo. METV – Em relação à população mais idosa e mais jovem aqui de Ermesinde. AP – Para a população mais jovem, se conseguirmos trazer para o concelho o investimento empresarial, acho que se resolve aqui a questão, para a população mais velha, faz-se o Dia dos Avós, o Passeio anual dos idosos, mas da maneira como estão na parte da saúde e da assistência, é uma questão que eu vou pensar ainda melhor no que a Junta pode dar aos idosos e àqueles que não têm capacidade para pagar os seus medicamentos e até uma ou outra assistência numa ou outra especialidade. Isso é que temos de ver, eu fui apologista de que os nossos avós, que olham pelos nossos filhos, precisam de um dia para saírem, mas agora penso que precisam mais de ajuda no capítulo da saúde. Vou estudar esse caso. METV – Para terminar dou-lhe a palavra… AP – O apelo que eu faço é que os Ermesindenses votem na imagem do
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não vale a pena ser autarca, nem estar por cá e girar só em volta do nosso umbigo... Tenho tempo, posso servir é uma espécie de voluntariado como lhe disse
Artur Pais, e na pessoa que vai estar das 9 às 22 sempre pronto para lhes resolver os problemas e exigir ao Município que lhes resolva todas as questões que têm, isto é o que prometo, porque no tempo em que estamos se não ajudarmos as pessoas a resolverem os seus problemas, não vale a pena ser autarca, nem estar por cá e girar só em volta do nosso umbigo. Temos de estar de facto aqui prontos para servir nas partes mais difíceis nas
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acessibilidades na questão da saúde é muito importante, naquilo que a Junta de Freguesia possa fazer estou lá presente e estou presente em qualquer lado, e nada me prende sequer porque venho despido de caprichos pessoais é a isso que me submeto, porque também tive o apelo de muita gente para regressar à política. Tenho tempo, posso servir é uma espécie de voluntariado como lhe disse.
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