Exercício Físico e Vírus da Imunodeficiência Humana Guilherme Borges Pereira
Conteúdo Programático Exercício Físico e Vírus da Imunodeficiência Humana
Guilherme Borges Pereira
• Definição • Evolução • Terapias anti-HIV • HIV e Exercício Físico • Sistema Imune e Exercício • Adaptações e Benefícios • Recomendações para a Prescrição • Exercícios Aeróbios • Exercícios Aeróbios + Exercícios de Forca • Treinamento de Forca
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) • Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS): • 1) CAUSADA PELO HIV • 2) ASPECTOS CLÍNICOS: imunodepressão com infecções oportunistas, perda de peso e degeneração do sistema nervoso central (SNC)
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) O HIV infecta as células Tauxiliares (CD4+), macrófagos e células dendríticas
Contaminação de mais de 47 milhões de pessoas e morte de mais de 14 milhões; Produz doença lentamente progressiva e fatal – família dos lentivírus dos retrovírus; 2 tipos principais: HIV-1 e HIV-2.
Boletim Epidemiológico - Aids e DST – 2008 e 2009
Boletim Epidemiológico - Aids e DST – 2008 e 2009
Boletim Epidemiológico - Aids e DST – 2008 e 2009
Provoca AIDS porque destrói o sistema imune do hospedeiro, não sendo capaz de erradicar a infecção pelo vírus Fase inicial: infecção aguda, controlada parcialmente pela imunidade 2ª fase: linfonodos e baço são locais de contínua replicação do HIV e destruição tecidual
FASES CLÍNICAS DO HIV Fase da doença
Aspecto Clínico
Doença HIV aguda
Febre, cefaléia, inflamação de garganta com faringite, linfadenopatia generalizada, erupções
Período clínico latente
Declínio do número de células T CD4+
AIDS
Infecções oportunistas Tumores Encefalopatia Síndrome caquetizante
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Como ocorre a infecção, disseminação e transmissão do HIV
O Papel das células dendríticas na infecção e disseminação do HIV
Mecanismos de transmissão do HIV mediado pelas células dendríticas
Infecção primária das células do sangue e das mucosas Infecção instalada nos tecidos linfóides
Síndrome HIV aguda, propagação da infecção por todo o corpo
Viremia
Resposta imune Controle parcial da replicação viral
Latência clínica
Instalação de infecção crônica; vírus aprisionados nos tecidos linfóides; baixo nível de produção viral
Outras infecções microbianas; citocinas
AIDS
Aumento da replicação viral
Destruição de tecido linfóide; depleção de células T CD4+
MEDICAMENTOS
Classes de medicamentos antirretrovirais Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. São eles: Zidovudina, Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina e Tenofovir.
Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus. São eles: Efavirenz e Nevirapina.
Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV. São eles: Amprenavir, Atazanavir, Darunavir, Indinavir, Lopinavir, Nelfinavir, Ritonavir e Saquinavir.
Classes de medicamentos antirretrovirais Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir. É a Enfuvirtida. Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. É o Raltegravir.
Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes. Adesão e efeitos colaterais
Pรกginas 1 e 2
O exercício é seguro para indivíduos portadores do HIV? Qual a intensidade, volume, duração e freqüência do exercício para esta população? Quais as adaptações decorrentes do exercício em indivíduos com HIV?
O exercício apresenta potenciais benefícios profiláticos;
Associado ao aumento massa magra e melhora da aptidão cardiovascular.
Exercício está ligado a melhora a imagem corporal; Importante para indivíduos infectados com o HIV Pode ocorrer redução nas concentrações totais de colesterol e triacilgliceróis
Melhora no VO2max e melhoras superiores com intensidade alta comparado a intensidade moderada; Melhora de parâmetros psicológicos com o exercício Pequena ou nenhuma melhora dos parâmetros imunes c/ o exercício aeróbio
Cinética do metabolismo de lactato após exercício submáximo em pacientes HIV-infectados
Indivíduos infectados pelo HIV podem apresentar toxidade mitocondrial; Hiperlactacidemia e esteatose hepática devido ao tratamento farmacológico; Levando a náuseas, fadiga, vômito e perda de peso Lipodistrofia = atrofia do tecido adiposo;
Concentrações de lactato aumentadas Células musculares durante o exercício
Concentrações plasmáticas de lactato
Toxidade mitocondrial
Remoção hepática • Esteatose, álcool • DNSAI, metformina • Co-infecção hepatite
Existem diferenças no metabolismo do lactato entre indivíduos saudáveis e portadores do HIV; O HIV pode induzir a hiperlactacidemia associado também ao tratamento farmacológico; Possível remoção comprometida do lactato (inclusive após o exercício).
Frequência e duração: 2-3 vezes por semana durante 6 semanas; Intensidade mínima: elevação para pelo menos 130-140bpm, 50-55% do VO2max ou 55% Fcmax até 65% Fcmax; 20-30 minutos, 3 x sem – 300kcal
Freqüência e duração: 3-5 sessões, 20-60 minutos; Intensidade: 45-85% do VO2max ou 50-85% da Fcmax; TF: intensidade moderada 8-12RM, aumentando estes parâmetros de acordo com a progressão individual do paciente
Exercício aeróbio constante ou intervalado; Ou a combinação do exercício aeróbio constante com treinamento de força; 20 minutos, 3 x sem, pelo menos 4 sem = benefícios e seguro em adultos c/ HIV
2010 August
Exercício aeróbio constante ou intervalado; Ou a combinação do exercício aeróbio constante com treinamento resistido; 20 minutos, 3-5x sem, pelo menos 5 sem = benefícios e seguro em adultos c/ HIV
EXEMPLOS DE PROTOCOLOS DE EXERCÍCIO AERÓBIO C/ HIV
Estudo
Tipo de exercício
Tempo e intensidade
Freqüência e duração
LaPerriere et al. (1991;1992)
Bicicleta estacionária
45min, 80% Fcmax 3min e 69-79% Fcmax 2min Aeróbio intervalado
3x por sem., 5 sem.
60-80% Fcres – 20min Aeróbio constante
3x por sem., 12 sem.
Rigsby et al. (1992)
Bicicleta estacionária
Desistência: 0%
Desistência: 35% MacArthur et al. (1993)
Stringer et al. (1998)
Perna et al. (1999)
Caminhada, trote, subir escada e bicicleta
24min, alta intensidade: 75-85% VO2max 4min x 6min intervalo 40min, baixa intensidade: 50-60% VO2max 10min x 4min intervalo Aeróbio intervalado
3x por sem., 24 sem.
Bicicleta estacionária
60min, moderado: 80% LL, 30-40min, intenso Aeróbio constante
3x por sem., 6 sem.
35min, 70-80% Fcmax 3min x 2min intervalo Aeróbio intervalado
3x por sem., 12 sem.
Bicicleta estacionária
Desistência: 75%
Desistência: 24%
Desistência: 51%
Estudo
Tipo de exercício
Tempo e intensidade
Terry et al. (1999)
Caminhada, corrida
30min, moderado: 3x por sem., 12 sem. 55-60% Fcmax Intenso: 75-85% Fcmax Desistência: 32% Aeróbio constante
Grinspoon et al. (2000)
Bicicleta estacionária e TF
20min, 60-70% Fcmax 3x por sem., 12 sem. – 15min intervalo + TF Aeróbio constante e TF Desistência: 15%
Smith et al. (2001)
Caminhada, trote, subir escada e cross country
30min, 60-80% VO2max Aeróbio constante
Bicicleta estacionária
24min, 60% Fcres, Aeróbio constante
Lox et al. (1995;1996)
Freqüência e duração
3x por sem., 12 sem. Desistência: 18% 3x por sem., 12 sem. Desistência: 4%
Baigis et al. (2002)
Máquina de esquiar
20min, 75-85% Fcmax Aeróbio constante
3x por sem., 15 sem. Desistência: 44%
PROTOCOLO DE TREINAMENTO
CONCLUSÕES DO ESTUDO
Exercício Físico e Vírus da Imunodeficiência Humana Guilherme Borges Pereira
Conteúdo Programático Exercício Físico e Vírus da Imunodeficiência Humana
Guilherme Borges Pereira
• Definição • Evolução • Terapias anti-HIV • HIV e Exercício Físico • Sistema Imune e Exercício • Adaptações e Benefícios • Recomendações para a Prescrição • Exercícios Aeróbios • Exercícios Aeróbios + Exercícios de Forca • Treinamento de Forca