Escape Livre Magazine 53

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Nº53 –

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Série II

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Roteiro

ESTRADA DE CONTRABANDO E TOUROS

NA VANGUARDA DO PRAZER! TODO O TERRENO DE LINHARES A PIODÃO

ESCAPE LIVRE EM PAUL RICARD

DESAFIO 4X4 EM ESTREIA

NOVO CONCESSIONÁRIO NA GUARDA



4 - 6 | EM MOVIM

ENTO... -BENZ 7 - 13 | APRESENTA ÇÃO COM MERCEDES

• Audi A6 Allroad

• Ford Ecoboos

Ratos, ratoeiras e …um isco!

• Audi Q5

Quando se quer apanhar um rato numa ratoeira, usa-se um pouco de queijo como isco. Ou pela pancada ou por asfixia, o bicho morre e a humanidade livra-se de mais um horripilante roedor. Se nos perdoam a analogia, Troika e Governo, usando o povo como isco, montaram uma ratoeira económica para matar um rato que dá pelo nome de défice. Solução? Aumento de impostos, taxação de tudo e mais alguma coisa, cortes nos salários, num programa denominado austeridade. Mas as ratoeiras nem sempre funcionam. O bicho pega o isco e escapa ileso. Infelizmente parece ser o que se está a passar em Portugal. Com a taxação das SCUTS (já aqui falámos disto diversas vezes) a valores insuportáveis, os condutores fogem das principais vias. Com o aumento de impostos sobre veículos (incluindo os comerciais) o setor automóvel vive o pior momento dos últimos 25 anos. Desde os anos 80 que não se vendia tão pouco. Este facto está a abrir uma crise no setor sem precedentes, prestes a entrar em colapso como, aliás, já tínhamos previsto. Com a diminuição do poder de compra, os portugueses evitam o consumo e contraem os gastos. Tudo isto tem como consequência uma recessão, também sem precedentes e que está a conduzir a economia nacional a uma asfixia lenta. A pergunta é: e se o animal (leia-se economia) morre? Adiantará ter montado a ratoeira? Impõe-se o uso da inteligência. Não há fórmulas mágicas, mas estava na altura de ouvir quem sabe, de modo a fazer alguma coisa que nos retire do marasmo e da lenta caminhada para uma morte anunciada. Há que ser mais inteligente e mudar de método quando a ratoeira permite que o roedor escape. Assiste-se a um lento asfixiar de setores chave, como o setor automóvel. Não tarda, as casas-mãe olham para Portugal como um canto onde se vendem maia dúzia de veículos, não justificando a existência de importadores. Passaremos a ser meras sucursais de Espanha. E milhares de pessoas vão para o desemprego. Deixa de haver cobrança de impostos (diminui a receita) e passa a haver mais despesa (no pagamento de mais subsídios de desemprego). Funciona, a ratoeira? Não parece. Mas tenham a certeza que o povo começa a estar podre de farto de servir de isco…

• Hyundai i30 • Mazda Cx-5 • Volvo C30 / V60

• Ford Ranger

14 - 23 | LAZER 24-25| DESPORTO 26 - 27 | REPORTA GEM

28 - 44 | AO VOLA 45- 46 | BREVES 47 - 50 | ROTAS D

III | Julho Nº53 – Série

João Oliveira Lopes

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A REGIÃO

• De Linhares ao

embro 2012

| Agosto | Set

Piódão

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Novos Model

ns | Roteiros

| Reportage

ESTRADA DE CONTRABAND O E TOUROS

NA VANGUA DO PRAZER RDA ! Nº53 | Série III | Julho | Agosto | Setembro 2012

TODO O TERR ENO DE LINHARE S A PIODÃO

Produção: Organizações Escape Livre, SA | Redação: Luís Celínio, João Oliveira Lopes, Pinto Moreira, Nuno Antunes, Susana Margarido Colaboradores: Luis Coelho e Nuno Costa (Radiomodelismo) | Colaboração Especial: Carlos Sousa | Bruno Amaro | Fotografia: Escape Livre Magazine,

AIFA, Média Digital e Oficiais | Publicidade: Rua Marquês de Pombal, 45 – 2º _ 6300-728 GUARDA | Tel. 271 205 285 Fax 271 205 289 | escapelivre@netvisao.pt | escapelivremagazine@escapelivre.com, www.escapelivre.com

ESCAPE LIV RE EM PAUL RIC AR

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Design Gráfico e Paginação: Organizações Escape Livre, Lda (Rui Coelho) | Impressão: Fig, Indústrias Gráficas S.A

Tiragem: 16.500 exemplares Suplemento nos Jornais “A Guarda” e “Diário de Coimbra” | Nº de Depósito Legal: 292878/09 Esta edição da Escape Livre Magazine foi escrita segundo o novo acordo ortográfico.

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[04] EM MOVIMENTO... COM MERCEDES-BENZ

Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

Na rota do contrabando e dos touros A

briram-se as fronteiras, cessou o contrabando familiar que serviu de sustento a inúmeras gerações ao longo dos séculos. Contrabando, touros e tradição, são aliás, as palavras que mais se destacam pela raia beirã. E no concelho do Sabugal são vividos intensamente. Nesta edição partimos à descoberta de um destes territórios de vincados costumes, entre a Guarda e Vilar Formoso, passando pelo centro nevrálgico do contrabando e dos touros: o concelho do Sabugal.

Mercedes SLK 200 Cilindrada: 1 796 cc Potência: 184 cv Velocidade máxima: 240 km/h Aceleração (0-100 km): 7.3 s Consumo combinado: 6.8 l Emissões de CO2: 158 g/km Preço: desde 47 100 €

Saia da Guarda, em direção à A23, rumo ao Sabugal, mas em vez de entrar na autoestrada, siga em direção à EN 233, um percurso muito agradável, de belas paisagens e bastante calor se o fizer no Verão. Sensivelmente com 8 kms percorridos, encontra a Catraia do Sortelhão, uma anexa da freguesia de Santana d’Azinha. Prossiga em direção ao Adão, e aí atenção à placa que aparece à direita: deve virar em direção a Lameiras de Baixo e a Aldeia de Santa Madalena. A estrada é em alcatrão e já tem alguns anos, mas a ruralidade da paisagem com a presença de algum gado, pastores e tratores vale a pena e torna a viagem bem relaxante. Entre na Aldeia de Santa Madalena, onde o granito é rei, e siga o alcatrão após saída da aldeia. Quando aparecer a placa para Monte Vasco, ignore-a. Prossiga caminho e um pouco mais à frente entra em Lameiras de Baixo, com Lameiras de Cima a apresentarse como destino seguinte. A estrada está bem conservada, mas requer atenção por ser estreita e com algumas curvas. É por esta altura que aparece a indicação para o Cabeço das Fráguas. Se não conseguir nesta primeira visita fazer o percurso, agende-o para uma próxima, pois vale bem a pena. O Castro do Cabeço das Fráguas, a 1.015


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EM MOVIMENTO... COM MERCEDES-BENZ [05] a placa à esquerda para Retorta. Atravesse a aldeia de Água da Figueira, uma anexa de Pena Lobo, onde pode ver a capela da Srª da Boa Morte. Siga para o Sabugal, à esquerda. Ignore placa para Caldeirinhas e Quinta dos Vieiros. Prossiga depois em direção a Sortelha/ Casteleiro, à direita. Atenção ao cruzamento que aparece a seguir e vire à esquerda, em direção a Sortelha. Terá percorrido cerca de 40kms. A visita a Sortelha é obrigatória. Logo nas primeiras casas da povoação, pode contornar a Aldeia Histórica pela direita, em direção ao castelo, podendo entrar pela porta Este. Estacione o carro e dedique pelo menos uma hora a visitar o interior da aldeia, a pé. O castelo foi construído por D. Sancho I e renovado por D. Dinis e D. Fernando. Está classificado como Monumento Nacional desde 1910. Das suas muralhas alcança-se o interior da aldeia e belíssimas paisagens, que ultimamente sofreram com a colocação de eólicas. Na Praça Pública está instalado o belo pelourinho manuelino, do séc. XVI. Do património religioso destacam-se os Passos da Via Sacra, a Igreja Matriz, a Capela de São Sebastião, a Capela de Santiago e as Ruínas da Igreja da Misericórdia. Sortelha é uma aldeia de granitos amarelados, mas se erguer o olhar vai descobrir outros encantos, como

metros de altitude, é um sítio arqueológico da maior importância, referente a um antigo local de culto a divindades lusitanas. No seu cume, encontram-se vestígios de ocupação humana do século VIII a.C. até ao século I d.C., altura em que o povoado terá sido abandonado. Depois de passar Lameiras, siga em frente, em direção a Quinta de São Domingos, via Semideiro. Pelo caminho, pequenos aglomerados de pinheiros escuros contrastam com a paisagem de campos e granitos e acolhem até algumas vacas a pastar. Predominam na paisagem as diversas quintinhas agrícolas espalhadas pela região, com os campos cultivados em parcelas e os parques eólicos. Ao longe, a grande extensão de recortes montanhosos acompanha o percurso. Não siga para Vale Nicolau. Sensivelmente com 25 kms percorridos aparece Pena Lobo, terra agrícola onde foram encontrados vestígios pré-históricos e romanos, hoje freguesia do concelho do Sabugal. A bem conservada igreja de São Nicolau dá as boas vindas. No seu interior, destaque para as imagens de S. Nicolau, S. Francisco e S. Brás, nos seus três altares. Prossiga desde a rua da igreja, pela direita, até ao café Falupo e saia da povoação. Continuando a viagem, ignore

Tradição de capeia e forcão

As lides com os touros denominam-se por terras do Sabugal de ‘capeia raiana’, já considerada Património Etnográfico, e são uma tradição aguardada pelos habitantes dos Forcalhos, Aldeia da Ponte, Alfaiates, Aldeia Velha, Soito, Lageosa da Raia, Nave, Aldeia do bispo, Fóios, Ozendo e Rebolosa. Atrai estas gentes a tensa espera dos touros na arena, a corrida, a busca de refúgio, correndo à frente ou atrás dos animais, o encerro em si. O forcão, uma armação triangular em madeira

e que pode chegar aos 300 quilos, entra em cena. De um dos lados, os homens mais destemidos agarram a estrutura e, do outro, o touro tenta investir contra eles. Depois de cansado e dominado, o touro regressa ao curral, entrando outro na arena. Além do espetáculo tauromáquico, a capeia atrai pelo conjunto festivo que congrega churrascada, baile e procissão, bombos e animação. O Sabugal está entre os municípios que pretendem declarar a tauromaquia como Património Cultural e Imaterial de Interesse Municipal.


[06] EM MOVIMENTO... COM MERCEDES-BENZ

campanários com os seus sinos e algum ninho de cegonhas. Pela aldeia encontra várias casas de artesanato e produtos típicos e uma bebida refrescante é especialmente apreciada na pacatez da aldeia. Leve consigo um dos produtos junça e ráfia, pífaros em madeira, as mantas de farrapos e os tapetes de lã, ou ainda os tradicionais doces e compotas, pão e queijo caseiros e enchidos. Se optar por fazer por ali uma refeição vai encontrar pratos de cabrito ou borrego na brasa, javali e veado, perdiz e coelho bravo, filhós, arroz doce e leite creme, bolos esquecidos e papas de milho. Terminada a visita, prossiga em direção ao Sabugal, a cerca de 13 km da aldeia, ignorando outras saídas. Por esta altura terá percorrido um total de 50 kms. A paisagem é maravilhosa e vai suavizando à medida que se aproxima do Sabugal, com os montes a dar lugar a planícies. Visite o castelo e muralha, a proporcionar sempre excelentes fotografias. O castelo do Sabugal, também referido como Castelo das Cinco Quinas devido ao formato incomum de sua torre de menagem, foi de grande importância na antiguidade e na época medieval e domina a povoação e a travessia do rio Côa na sua margem direita. Aproveite para uma refeição

INFORMAÇÕES Restaurante Bar Dom Sancho Largo do Corro 6320-536 Sortelha Restaurante Robalo Largo do Cinema 4, Sabugal Tel: 271753566 / Fax: 271 753 594 Albergaria Sta. Isabel (RaiHotel) Largo do Cinema, 9 - Apartado 26 6324 - 909 Sabugal Tel.: 271 750 100 / Fax: 271 754 300 Palheiros do Castelo Sabugal Tel: 916 036 269 palheirosdocastelo@logradouro.pt Museu do Sabugal Largo de S. Tiago 6320-447 Sabugal Tel: 271 750 080 / Fax: 271 750 088 museu@sabugalmais.com contacto@museusabugal.net Hotel Lusitano Rua Dr. José Limão Andrade, Nº 12, 6355-286, Vilar Formoso Tel: 271 513 503 hotelusitano@sapo.pt

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que bem pode ser de um dos pratos de cabrito, coelho bravo, javali ou truta do rio Côa, bem representativos da gastronomia do concelho. Siga em direção a Vilar Formoso pela EN2333. Aqui sugerimos-lhe o percurso mais rápido que vai direito a Alfaiates. No entanto, pode sempre optar por um percurso alternativo, mas culturalmente enriquecedor, muito marcante na Rota do Contrabando e nas tradições tauromáquicas. Em vez de ir pela EN, opte por uma das suas saídas pelas estradas municipais. Vai passar bem perto da Barragem do Sabugal e das aldeias de Quadrazais, Vale de Espinho, Foios, Aldeia do Bispo e Aldeia Velha, retomando o nosso percurso em Alfaiates. Pode ainda encurtar esta alternativa se, na aldeia de Quadrazais, virar em direção ao Soito e daí seguir até Alfaiates. O traçado principal que fazemos leva-o, a partir do Sabugal, a passar pelo interior de Rendo, com a sua grande e airosa igreja matriz junto à estrada, Vila Boa, onde devera encontrar ninhos de cegonhas, e Nave. Sabese que a aldeia foi totalmente incendiada no século XVII pelos castelhanos. Está a chegar a Alfaiates, com o seu castelo à espera de ser fotografado, a capela da Santa Casa da Misericórdia, o pelourinho. A aldeia raiana assumiu, em tempos, grande importância política, diplomática e estratégica, que lhe marcou um futuro grandioso, mas o seu concelho acabou por ser extinto nos finais do século XIX. Regressando à estrada, faça um pequeno desvio mais à frente, junto ao magnífico convento de Sacaparte, um conjunto barroco constituído por uma igreja e pelo convento em ruínas. Repare no pormenor da chaminé. No largo, excelente refúgio de silêncio apenas interrompido pelas aves e insetos. Os telheiros com balcões graníticos serviram noutros tempo para as feiras. Aldeia da Ponte é o destino que se segue, e um dos poucos locais da raia beirã com praça de touros. Até agora terá percorrido 75km. Vale a pena entrar na pacata aldeia e esticar as pernas na ponte romana que lhe dá nome, sobre o rio Cesarão. Repare ainda no convento dos Padres Marianos, mais conhecido por Colégio, encimado pelo

famoso ninho de cegonhas. Saindo de Aldeia da Ponte, sugerimos um segundo percurso alternativo, (virando à esquerda em vez de prosseguir pela EN até Vilar Formoso) que também é riquíssimo em história e nos seus legados. O traçado é ligeiramente paralelo à EN 332 e leva a descobrir o Castelo de Vilar Maior, a Anta de Malhada Sorda, a Aldeia de Freineda, onde o Duque de Wellington instalou as suas tropas, entre outros marcos históricos. Após a Freineda irá terminar em Vilar Formoso. Não fazendo este desvio, depois da passagem em Nave de Haver, a chegada a Vilar Formoso marca o fim desta viagem, após sensivelmente um centena de quilómetros percorridos.

Era crime, mas aos olhos da Igreja não era pecado, e a viagem clandestina até se fazia acompanhada de terços e orações. Servia, sim, de modo de sobrevivência, para outros de criação de grande riqueza, e para todos uma perigosa e emocionante aventura por campos, matos, muros e rios. A pé, carregando 30 quilos de carga, com animais, e mais tarde de carro, todas as gentes da região fronteiriça mantinham esse modo de vida secular que se prolongou até à abertura das fronteiras. Caminhavam afastados uns dos outros, para fugir mais rapidamente dos carabineiros espanhóis e dos guardas-fiscais portugueses (chamados de picachouriços, devido à vareta em ferro que usavam para verificar as sacas de produtos) e assim não verem a carga apreendida. De Espanha entrava todo o tipo de artigos, desde loiças, a enlatados, carne e óleos, perfumaria e cosmética, mas também café, tabaco e álcool, máquinas de costura, gado e outras. Os artigos de uso familiar e destinados ao pequeno comércio eram frequentemente desonerados pelas autoridades, muitas vezes mediante subornos, mas o grosso comércio tornava-se motivo de grandes multas e de prisão. Mas porque o contrabando se revelava rentável, chegava a valer a pena envolver até dezenas de pessoas em redes organizadas. Do contrabando raiano beirão restam as guaritas, pequenas casernas de pedra onde os guardas se abrigavam, e centenas de testemunhos vivos que pode procurar ao longo do roteiro que aqui lhe propomos. Na Internet, muita informação está também disponível.

Contrabando de “antigamente”


Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

Nova Audi A6 Allroad

Multifacetado D

epois do sucesso alcançado com as duas primeiras gerações do Audi A6 allroad quattro, lançadas em 2000 e 2006, a Audi espera alcançar um sucesso similar com a terceira geração que acaba de iniciar a sua carreira graças ao princípio simples, que onde acaba o alcatrão… começa a diversão! Pronta para enfrentar uma condução no fora-de-estrada, o novo Audi A6 allroad quattro é ligeiramente maior do que a versão Avant e é seis centímetros mais alta tendo sido utilizado o mesmo processo de construção híbrida em alumínio da restante gama Audi A6, o que possibilita a redução de peso em cerca de 70 kg em comparação com o modelo anterior. Com uma postura distinta e desportiva, o desenho apresenta uma profunda revisão, e a distinção faz-se pelo acabamento das embaladeiras, pelo alargamento dos guardalamas e pela grelha dianteira singleframe com barras verticais. Elementos em aço inoxidável cobrem e protegem a parte inferior da carroçaria à frente e atrás do veículo, enquanto o sistema de escape termina em duas generosas ponteiras de forma redonda e achatada em

baixo. As exclusivas barras de tejadilho são montadas em elementos duplos. Os contornos dos guarda-lamas, dos párachoques e as embaladeiras estão pintados numa cor contrastante. A Audi também oferece a pintura integral como opcional. A cor Castanho Java está disponível exclusivamente para o novo A6 allroad quattro. No interior do Audi A6 allroad quattro destaca-se a generosa abundância de espaço, a ergonomia exemplar e acabamentos de qualidade superior, bem como a dotação (generosa) do equipamento de série que pode ser complementada com uma enorme lista de opcionais, incluindo as mais recentes inovações em termos tecnológicos, de apoio à condução. O novo A6 allroad quattro está disponível com uma oferta de quatro potentes motores V6 tecnologicamente evoluídos: um bloco a gasolina TFSI e três unidades TDI. Todos têm uma cilindrada de 3.0 litros com sobrealimentação e injeção direta. O motor 3.0 TFSI possui um compressor acionado mecanicamente e debita uma potência de 310cv e um binário máximo de

APRESENTAÇÃO [07]

440 Nm. A aceleração 0-100 km/h é cumprida em apenas 5,9 segundos e a velocidade máxima está eletronicamente limitada a 250 km/h. O consumo médio de combustível é de 8,9 litros aos 100 km. As três variantes do bloco 3.0 TDI possuem potências de 204, 245 e 313cv enquanto os valores dos binários são de 450, 580 e 650 Nm, respetivamente. A versão de entrada consome, em média, apenas 6,1 litros de,combustível aos 100 km, correspondendo a 159 g/km de CO2. Consoante as motorizações, a transmissão pode ser tiptronic de oito velocidades ou S tronic de 7 velocidades com dupla embraiagem desportiva. A versão a gasolina 3.0 TFSI quattro S tronic (310cv) apresenta um preço a partir de 89.660 euros, enquanto as três versões diesel possuem valores a partir de: 3.0 V6 TDI quattro S tronic (74.910€ / 204cv e 85.810€ / 245cv) e o topo de gama 3.0 V6 BiTurbo quattro tiptronic, de 313cv, um preço de 90.810€. Já disponível em Portugal, conduzimos esta versão e deixamos-lhe as impressões.

[AO VOLANTE] A subir sempre no patamar da exclusividade, a nova A6 Allroad continua a provar o conceito de um veículo que circula por diferentes universos. Exclusiva na linha estética, no interior encontramos a referência de sempre. Num ambiente único, desfrutamos de uma condução apoiada nos diferentes modos colocados ao dispor do condutor. Para além do modo automático, podemos escolher mais quatro modos, um deles parametrizável ao nosso gosto. Se no modo eficiente apreciamos a suavidade da resposta, essencialmente do motor e da caixa (para andar a passear!), no modo dinâmico o caráter transfigura-se… Incisiva na resposta do acelerador, na rapidez da caixa de velocidades, da direção e na dureza da suspensão, o V6 oferece uma condução insuspeitada para além de uma suspensão que permite curvar bem nos limites onde o sistema quattro potencia a aderência, seja ele qual for o tipo de piso. Mas é fora de estrada que apreciamos o desempenho. Com um controlo específico em todos os parâmetros do veículo (e auxílio de um completo inclinómetro digital) e com um incremento da altura ao solo, é com facilidade que evoluímos em terrenos mais acidentados com conforto e eficácia, dentro da fronteira do bom senso.


[08] APRESENTAÇÃO

Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

Ford EcoBoost

Uma

revolução O mercado automóvel sofreu uma alteração significativa nos últimos anos, quando outrora os veículos a gasóleo eram apenas os veículos ligeiros de mercadorias, pesados e talvez os táxis da praça... de repente deparamo nos como uma atualidade bem

distinta. Mas mais recentemente muito também mudou nos combustíveis: se nos mesmos tempos tínhamos o litro de gasóleo abaixo dos 60 cêntimos, neste momento temos o mesmo litro a custar quase um euro e meio e com uma diferença não tão

[AO VOLANTE] O decréscimo de vendas no segmento C, onde se insere o Focus, foi significativo, caindo para cerca de metade, daí que este foi o primeiro modelo a receber a nova tecnologia da Ford e que tivemos oportunidade de ensaiar na apresentação à imprensa. A primeira constatação é, de facto, a excelente insonorização e que começa na sonoridade do motor, abandonando o inconfundível ruído dos motores de três cilindros. De seguida, a disponibilidade constante do motor, mesmo em baixas rotações, e que a rodar numa 4ª ou 5ª velocidade, é notória e agradável. Conduzimos o Focus EcoBoost em estrada de montanha e autoestrada e num dia em que o ar condicionado era imprescindível, e nem assim o pequeno bloco se mostrou aquém do solicitado. No entanto e não obstante a viatura ainda estar em rodagem, os consumos

anunciados pareceram-nos uma miragem, já que foram impossíveis de alcançar. O Focus nesta versão EcoBoost Edition revela-se no entanto, um boa proposta contra os diesel, e com o habitual nível de qualidade, recheado de equipamento por 19.000€... a concorrência que se cuide!

significativa para o litro da gasolina. É por aqui que a Ford quer mudar a mentalidade dos clientes e mostrar lhes o novo motor 1.0 EcoBoost. Poderá este ser a verdadeira revolução dos motores a gasolina? Existe uma certeza! Este motor EcoBoost de 1.0 litros é único e inovador. O bloco turbocomprimido, com injeção direta e uma vasta lista de tecnologias, extrai uma maior potência e eficiência de combustível a partir de um bloco de três cilindros. Inovador é por exemplo, a correia de distribuição que é banhada com o óleo do motor, causando menos atrito, e com a primeira mudança prevista para os 250.000 Kms. A maioria dos motores tricilíndricos sofrem de alguma vibração e têm um ruído característico e não muito agradável. A Ford conseguiu, através da colocação estratégica do volante do motor e da polie da cambota, compensar os habituais desiquilíbrios caraterísticos deste tipo de blocos oferecendo assim algo realmente inovador: um motor tricilíndrico suave e agradável de se ouvir. No interior do compartimento do motor, o mais pequeno produzido pela marca, o espaço que sobrou é ainda suficiente para se criar uma caixa de ressonância que mais uma vez ajuda a que as vibrações e ruídos sejam menores e não passem para o habitáculo. Para além destas, inovações tecnológicas como a grelha dianteira com sistema de fecho ativo, o Sistema Regenerativo Inteligente que ajuda a manter a carga da bateria da forma mais eficiente, reduzindo por sua vez a quantidade de combustível utilizado, e o Sistema Ford Eco Mode que premeia uma condução eficiente através de gráficos no painel. A nova motorização vai estar disponível com 100 e 125cv mas a marca quer apostar forte neste último que anúncia um consumo médio de 5.0 l/100km e emissões de CO2 de 114g/km por um valor de 19.000€ e 19.750€ para a versão SW. Ambas são versões denominadas de EcoBoost Edition que tem como base o nível de equipamento mais elevado Titanium, com três extras adicionais na fase de lançamento, jantes 17”, vidros escurecidos e chave inteligente.


Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

APRESENTAÇÃO [09]

Q5 Hybrid já à venda

A

Passar a palavra

SIVA, o importador para Portugal dos modelos da Audi, deu início à comercialização dos modelos híbridos, com especial destaque para o Q5 que promete menores consumos e muito equipamento. As vantagens dos híbridos começam a cativar as marcas e é no "passa a palavra" que reside, muitas vezes, a chave do sucesso. O principal objetivo das marcas com os modelos híbridos é, principalmente, reduzir as emissões de CO2 e reduzir os consumos. No entanto, há ainda que derrubar algumas barreiras e desmistificar alguns conceitos. No seu SUV intermédio (recorde-se que a gama dispõe ainda do Q3 e do Q7) partiuse de um Q5 com tração quattro equipado com o motor 2.0 TFSI de 211cv.E que fez a marca dos anéis? Pegou na caixa de velocidades automática e substituiu o conversor de binário por uma embraiagem

de duplo disco, passou a ser a Tiptronic com 8 velocidades equipada com uma bomba eléctrica para manter o circuito com pressão e assim funcionar o sistema stop/start. A isto associou um motor elétrico com 54cv e 240 Nm de binário. A bateria está colocada na bagageira, no local onde estava o pneu suplente, e assegura uma autonomia de 3 km, desde que não se ultrapasse os 60 km/h (a velocidade máxima em modo elétrico é 100km/h), sendo possível recarregar a bateria durante as travagens. Juntos, os dois motores debitam uma potência total de 245cv e permitem ao Q5 Hybrid chegar aos 225 km/h e acelerar dos 0-100 km/h em 7,1 segundos. Com emissões de 159 gr/km, o consumo anunciado do Q5 Hybrid quattro é de 6,9 l/100 km. Para se distinguir dos restantes elementos da gama

Q5, o Hybrid , além da indicação específica, está dotado de jantes exclusivas, em liga leve, de 19 polegadas. Além disso, o chassis foi rebaixado em cerca de 25 mm e a cor (Prata Ártico) é, igualmente, exclusiva. Não sendo propriamente uma proposta barata (preço final de 65.700€) acaba por compensar, graças não só às vantagens inerentes à proposta, como à dotação especial de (muito) equipamento, salientando-se, entre outros itens, o computador de bordo a cores com programa de eficiência, sistema de som Audi e MMI com sistema de navegação Plus e banco traseiro com regulação longitudinal. A Audi aproveitou esta ocasião de lançamento do Q5 para revelar a oferta que irá constituir toda a gama híbrida da marca. Assim, o Audi A6 Hybrid possui as mesmas características do Q5 por um preço de 65.160€. Já o Audi A8 Hybrid como topo de gama apresenta um equipamento (ainda) mais reforçado e é proposto a 101.110€.


[10] APRESENTAÇÃO

Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

Novo Hyundai i30

Para melhor...

O

novo i30 tem “apenas” a responsabilidade de substituir o primeiro modelo da nova geração Hyundai e que foi “só” o modelo mais vendido da Hyundai na Europa! Mas graças ao engenho e arte dos técnicos sul-coreanos, argumentos não lhe faltam para honrar o compromisso e em boa hora houve mudanças. Porque, de facto, para melhor… muda-se sempre!

O novo i30 tem um problema. Além de ser, de imediato, comparado com o modelo que vem substituir, tem no seu segmento uma luta árdua com modelos como o Citroen C4, o VW Golf ou o Ford Focus… Mas a política da Hyundai tem estado assente na substituição de modelos pouco cativantes por automóveis de qualidade, oferecendo mais que os líderes do segmento oferecem, por um preço razoável e uma qualidade idêntica. Em termos estéticos, marca pela personalidade e consegue um linha original fugindo de algum conservadorismo no segmento. Onde também ganha pontos é na qualidade, muito acima do (bom) nível do anterior i30, no muito interessante espaço interior e conforto a bordo e no equipamento, superior na maioria dos casos aos melhores do segmento.

O Hyundai i30 já está à venda em Portugal e a gama reparte-se por onze as versões diferentes, contemplando uma oferta que se resume a um motor a gasolina (1.4 litros, 100cv) e dois motores diesel (1.4 CRDI 90cv e 1.6 CRDI com 110 e 128cv), a gama do i30 comtempla, ainda, três níveis de equipamento (Classic, Comfort e Style) e vários pacotes de equipamento opcional. Os preços começam nos 17.450 euros do 1.4 litros a gasolina, passam pelos 21.950 euros do 1.4 CRDI 90, pelos 22.950 euros do 1.6 CRDI 110, terminando nos 24.450 euros do 1.6 CRDI 128 CV. O importador nacional aposta forte na versão equipada com o motor 1.6 litros turbodiesel de 110 CV. Foi essa a versão que conduzimos numa curta experiência, em redor de Vila Franca de Xira.

[ AO VOLANTE ] O primeiro destaque vai, desde logo, para a qualidade, muito acima do já exibido pelo anterior i30, o espaço interior que impressiona e o conforto a bordo ao qual não é estranha a dotação de equipamento. A posição de condução é fácil de encontrar e é agradável. Sobressai o conforto de rolamento e a capacidade do i30 em absorver as irregularidades. No que diz respeito ao comportamento, os (poucos) kms rodados não são suficientes para um juízo correto mas gostámos da capacidade de inserção em curva e do pouco rolamento da carroçaria. O seu ponto forte reside no motor, cujas subidas de regime se fazem sem hesitações, e com boas prestações: 185 km e aceleração 0-100 km/h em 10,8 segundos, graças, igualmente, a uma caixa bem escalonada. Surpreendente, é o facto de que consumindo 3,8 l/100 km e emitindo apenas entre 97 e 100 gr/km de CO2, não se nota um funcionamento limitado. Para tirar todo o partido das suas potencialidades, necessitamos estar acima das 1800 rpm, o que impede os consumos anunciados. Como resumo final sempre diremos que estamos perante um modelo muito melhor que o anterior e um rival sério para os líderes do segmento.


Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

Mazda CX-5

SKYACTIV

N

código vencedor!

o assumir de uma nova estratégia, a Mazda deu início a uma renovada página da sua história ao criar o novo CX-5. Trata-se de um SUV compacto dotado das mais recentes tecnologias associadas a uma linguagem estilística que sublinha a robustez, a vitalidade e a agilidade. Disponível nas versões 4x2 e 4x4, o novo CX-5 concilia a tradição do construtor, os desafios tecnológicos e o bem-estar dos utilizadores.

O Mazda CX-5 é o novo modelo do construtor que inaugura dois novos desafios: o desafio de uma linguagem de design dinâmica designada por KODO (a alma em movimento) e um conjunto de novas tecnologias (tecnologia SKYACTIV) que englobam importantes desenvolvimentos

tecnológicos ao nível dos motores, da transmissão, da carroçaria e do chassis que conseguem conciliar o prazer de condução, a segurança e a sustentabilidade ambiental. O novo design está centrado na nova grelha dianteira com uma assinatura tipo “asa”, as laterais esculpidas, os guarda-lamas

APRESENTAÇÃO [11]

dianteiros vincados e uma traseira que reforça a robustez dinâmica das formas. Esta linguagem estende-se ao interior que reflete dinamismo com novos materiais, novos acabamentos num espaço pensado para o bem-estar dos ocupantes onde as cotas de habitabilidade são uma referência. O espaço interior foi pensado com uma modularidade exemplar com base na funcionalidade Karakuri que permite acrescentar aos 560 l da bagageira uma gestão eficiente dos bancos. Do novo equipamento (distribuído pelas versões Essence, Evolve e Excellence) de conforto e de segurança, destaca-se o sistema multimédia que inclui navegação, ecrã tátil, ligações USB, Bluetooth e leitura de iPOD, som com a assinatura da BOSE, a climatização, o sistema Park Assist com uma câmara de visão traseira, o sistema Smart City Brake Support que trava automaticamente o carro para evitar ou reduzir os impactos de uma possível colisão frontal a velocidades inferiores a 30 km/h, o Lane Departure Warning System que alerta o condutor a desvios involuntário da faixa de rodagem e o High Beam Control, que otimiza não só a utilização das luzes como controla automaticamente a altura dos faróis. Mas é ao nível mecânico que o CX-5 se destaca. A tecnologia SKYACTIV está aplicada em dois motores (gasolina e diesel) e a dois tipos de transmissão (manual e automática com 6 relações), equipados de série com o sistema i-stop. Para Portugal apenas estará disponível o motor diesel 2.2, dotado da mais baixa taxa de compressão do mundo, para além de estar dotado de um turbo variável de dupla fase com potências entre os 150 (380 Nm) e 175 cv (480 Nm) com índices de CO2, respetivamente de 119 e as 136 g/Km. O Mazda CX-5 está disponível com preços entre os 31 456 € (versão 2.2 D 4x2 Essence) e os 48 283 (versão 2.2 D 4x4 AT Excellence). [AO VOLANTE] Mercê, também, da aplicação da tecnologia SKYACTIV, no novo chassis do CX-5 assenta a maior redução de peso. O novo esquema de suspensão e a nova direção permitem uma condução muito linear não só com uma rápida resposta às condições do piso bem como à sensibilidade à resposta por parte do condutor. Dotado de uma ampla superfície vidrada e de uma boa ergonomia, a suavidade de condução é uma constante, graças ao acerto da suspensão (conciliando-se com um verdadeiro prazer de condução devido à reatividade que exibe), suavidade da caixa e disponibilidade do motor em qualquer regime de utilização.


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elétrica de 70cv e 200Nm no eixo traseiro. O resultado são emissões de Co2 de 48g/km e um consumo médio de apenas 1,9l/100km. O condutor pode escolher, através da seleção de um de três botões à disposição na consola central, que tipo de condução pretende: Puro - apenas com motor elétrico e numa distância máxima percorrida de 50km, híbrido, através de uma cooperação entre elétrico e motor de combustão, ou potência, para uma condução mais desportiva.

C30 Electric

Volvo Dupla

ecológica C30 Electric

A Volvo já produz a sua primeira experiência no mundo dos carros totalmente elétricos. Tendo como base o comum C30, este destaca-se pelos toques azul claro ao longo da carroçaria e pelas soluções aerodinâmicas (painéis por baixo da carroçaria que melhoram o fluxo de ar, aileron e difusor traseiro idêntico aos da versão DRIVe com motor de combustão, rodas de 16 polegadas mais leves). No interior do capot, um motor elétrico é capaz de debitar 111cv de potência e um binário máximo de 220 Nm, valores garantidos através de um sistema de alta tensão de 400V que vai buscar a energia a duas baterias de ião-lítio, de 24 kWh, a maior parte deles para mover o veículo. As baterias, com peso total de 280kg, estão dispostas em dois blocos, ao longo do túnel de transmissão e debaixo do banco traseiro, (não afetando a bagageira) e precisam de 6 a 8 horas para serem carregadas. Um seletor apresenta cinco opções: Ponto

V60 Plug-in Hybrid

Morto (N), Estacionamento (P), Marcha atrás (R) e Drive (D), sendo que nesta última, pode optar-se pelo funcionamento tradicional ou modo Highway (H), ideal para autoestrada. A aceleração dos 0 aos 100km consegue-se em apenas seis segundos e a velocidade máxima é de130km/h. A autonomia anunciada é de 163 quilómetros, de acordo com o Novo Ciclo de Condução Europeu (NEDC) ou 150 quilómetros, segundo as contas da Volvo. Até ao final de 2012 deverão ser produzidas 250 unidades.

V60 Plug-in Hybrid

Ainda em 2012 a Volvo prepara o lançamento de um segundo veículo, desta vez híbrido, e com baterias recarregáveis numa simples tomada caseira. O V60 Plugin Hybrid é o Volvo tecnologicamente mais evoluído de sempre e o primeiro híbrido diesel com ligação à tomada elétrica. Combina um motor D5 turbo-diesel de cinco cilindros, de 2,4 litros, 215cv e 44Nm de binário no eixo dianteiro, a uma unidade

Volvo Ocean Race terminou em festa O Groupama4 com Frank Cammas ao leme, é o grande vencedor da 11ª edição da Volvo Ocean Race 2012. Ao fim de nove etapas e de oito meses em alto mar, com inúmeros percalços pelo caminho, inclusive uma inundação a bordo passando pela queda do mastro, Franck Cammas consagrou-se como vencedor. A equipa francesa vence assim esta edição da Volvo Ocean Race com mais 24 pontos que o segundo classificado, o Camper. A equipa Puma conquistou o terceiro lugar. A prova de circum-navegação começou em Novembro do ano passado em Alicante e passou pela Cidade do Cabo, Dubai, Sanya, Nova Zelândia, Itajaí, Miami, Lisboa e Lorient, terminando no dia 2 de Julho na cidade irlandesa de Galway. A que é considerada a maior e melhor regata do mundo esteve, pela primeira vez na sua história (desde 1973) “atracada” em Lisboa, de 31 de maio a 10 de junho, levando à doca de Pedrouços milhares de curiosos e uma logística impressionante, não só pelas equipas, como por todas as atividades de diversão e promoção geradas em torno da Volvo Ocean Race. A prova realiza-se em cada três anos e é um desafio à resistência física e mental do homem, sendo também uma mostra do que mais evoluído há em termos de ciência e tecnologia aplicada à construção naval e aos sistemas de navegação em alto mar. No total, esta regata percorreu 39 270 milhas náuticas e passou por quatro oceanos Atlântico, Pacífico, Índico e Antártico - e cinco continentes - Europa, Ásia, África, América e Oceânia.


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Nova Ford Ranger

Inspiração

renovada

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otivo de sucesso imediato assim que entrou em comercialização, a Ford Ranger sofreu, agora, uma renovação que pretende manter as capacidades e o estilo mas modernizar e dinamizar este “polivalente” da Ford.

A nova Pick-up Ford Ranger é uma carrinha com maior capacidade de carga, potência e segurança que está equipada para qualquer desafio, tendo sido testada até ao limite: nos ambientes mais hostis, em temperaturas extremas e nos terrenos mais duros do planeta. Por isso está preparada para lidar com qualquer desafio ou tarefa todo-oterreno. O modelo mais recente da pick-up Ford Ranger também é mais potente do que nunca. Esta potência adicional deve-se a uma nova gama avançada de motores diesel Duratorq, que possibilitará o transporte de cargas até 1336 kg e a rebocar até 3350kg. Além disso, estes motores cumprem as normas de emissões Euro V e contribuem para economizar ainda mais combustível. A nova Ford Ranger é a primeira pick-up de sempre a receber a classificação de segurança Euro NCAP 5 estrelas. Agora, também com níveis de cinco estrelas no que diz respeito ao conforto, permitindo mais espaço para os joelhos, um interior moderno e um sistema de entretenimento integrado. A nova carroçaria da Ford Ranger, inovadora e moderna, foi criada com base na imagem de um veículo robusto para os fins a que se destina, mas tem agora uma linha mais

aerodinâmica e esculpida. E isto por um objetivo muito claro: a frente aerodinâmica contribui para a economia de combustível enquanto a nova linha mais alta aumenta a segurança do habitáculo. O estilo contemporâneo do exterior e o look ainda mais dinâmico contribuem para a imagem de robustez da Ford Ranger, conferindo-lhe uma presença mais potente e imponente. A frente do veículo tem uma nova forma e a nova linha mais alta da Ford Ranger não só proporciona uma maior proteção do habitáculo, como contribui para a imagem de robustez do veículo.

O cliente da nova Ranger pode optar pelas versões XL (prática, trabalhadora e robusta) com cabina simples, dupla ou alongada: 4x4; cabina simples ou alongada: 4x2 e cabina simples ou alongada em Chassis 4x4. Já a versão XLT (concebida para desempenho em estrada e fora de estrada) está disponível em cabina dupla ou alongada 4x4. Há ainda as versões Limited (concebida para o levar a qualquer lugar no maior luxo e conforto) em cabina dupla ou alongada com tração 4x4 e a versão de topo Wildtrak com desempenho máximo em estrada e fora de estrada, interior em pele Alcântara e estilo desportivo distinto, também em cabina dupla ou alongada 4x4. Com preços para todos os gostos e bolsas, estes começam nos 23. 820€ da versão XL cabine simples de 2 lugares e vão até aos 47.850 da versão topo de gama. A nova Ford Ranger está assim apta a oferecer ao cliente mais exigente do setor tudo quanto ele procura numa moderna pick-up, com argumentos para combater a concorrência que chega, sobretudo, do Japão, mas sem ignorar o que de mais importante a Europa prefere.


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Pelo prazer da descoberta de outras paragens, o roteiro da aventura do BMW X Experience deste ano uniu duas das mais belas pérolas Naturais de Portugal. Os caminhos entre o Alvão e o Geres serviram de palco para uma experiência única através da paisagem, da história, da religiosidade e de todo um património cultural tipicamente nortenho. Depois de uma noite de breu envolta em nevoeiro e chuva, o Santuário Mariano de N. Sra. da Graça serviu apenas de inspiração para um percurso que atravessou montes e vales onde todos os BMW, do X1 ao X5, passando pelo X3, se mostraram à vontade em ultrapassar corta fogos e trilhos que à primeira vista pareciam intransponiveis! Depois do agreste das serranias da Cabreira, aqui e ali recortada pelas mil e uma cores e perfumes primaveris e de algumas manadas de garranos, apareceu no horizonte o recorte do Geres. Depois da imponente paisagem e do verdadeiro santuário natural a descobrir com toda a tranquilidade do cimo do miradouro da Pedra Bela, o trajeto seguiu a costear o Parque Nacional sempre com altitudes elevadas até Montalegre. A visita obrigatória ao Eco Museu e um almoço tendo como base os tradicionais pratos de carne barrosã, regresso às paisagens das seculares terras de Basto. Desta vez, a chegada ao alto do Monte Farinha permitiu a observação da paisagem em redor. Para completar o mapa de aventura, uma incursão em pleno Parque do Alvão. Depois da cascata das Fisgas do Ermelo, não faltaram os desafiantes corta fogos das Minas de Monte Figueira antes da chegada a Amarante, com visita guiada à igreja de São Gonçalo pertencente ao complexo do mosteiro, e ao Museu Amadeo Souza Cardoso.

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Raid Inatel TT Douro

Uma terra entre patrimónios… O distrito da Guarda encerra um conjunto de tesouros que, hoje, se partilham em cada trilho que se percorre. O Raid Inatel levou os participantes numa descoberta entre o património natural da serra da Estrela e o património mundial do vale duriense, entre as gravuras paleolíticas e os vinhedos. Depois de um passeio noturno pela encosta norte da serra Estrela, o castelo de Celorico da Beira e o Solar do Queijo serviram de pretexto a uma noite tranquila que antecipou a viagem até ao vale do Douro. Uma vista aos núcleos das gravuras paleolíticas e ao museu do Côa fizeram com que todos regressassem milénios atrás numa história testemunhada pelos vestígios arqueológicos. Nada que um regresso por entre os vinhedos não trouxesse outras memórias na visita ao castelo de Trancoso. A derradeira etapa foi percorrida pelos mais belos trilhos da Estrela. Depois da visita ao castelo de Linhares, o caminho subiu para o planalto serrano com passagem em Videmonte e na Quinta da Taberna, onde se cruza o rio Mondego. Alguns corta-fogos e a paisagem sobre a Cova da Beira e da Sra. da Assedasse, com as tradicionais quintas agrícolas (casais), antecederam o regresso a Vila Ruiva. Aposta ganha também para o Dacia Duster 4x4 que como viatura oficial ultrapassou todas as dificuldades mesmo as dos trilhos e corta fogos mais acidentados.



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Uma vez mais, o Clube Escape Livre voltou a inovar com a organização do passeio Dacia Duster 4x2. Para além de ter constituído o primeiro passeio nacional deste SUV, o clube da Guarda conseguiu levar os modelos 4x2 a descobertas únicas que também este tipo de veículos proporcionam. Horizontes e paisagens que se destacam pela beleza e pela história entre a secular Moreira de Rei, no concelho de Trancoso, e o vale do rio Douro. Depois da visita a um dos núcleos arqueológicos e à quinta da Ervamoira, o museu do vale do Côa recebeu a caravana antes de rumar para o coração duriense. As paisagens dos trilhos (alguns difíceis) dos vinhedos e sobre o vale do rio observadas no alto da Sra. do Viso presentearam todos aqueles que descobriram – ou confirmaram - nos Dacia Duster um companheiro inseparável de aventuras. E, para regalo dos sentidos, a derradeira jornada passou-se a bordo de um barco. Um passeio inesquecível no coração do rio Douro entre o Pinhão e o Pocinho culminou uma jornada entre amigos e entre um património de todos que se deixa descobrir em toda a sua plenitude de vida.

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X Road

epois de uns meses de descanso para muitos portugueses, o Clube Escape Livre apresenta propostas aliciantes e irrecusáveis para regressar ao terreno em grande forma e renovado espírito de aventura. O leque de ofertas vai da zona raiana e Beira interior, ao Património Mundial da Humanidade no Douro, e até ao norte de Portugal e Santiago de Compostela. As inscrições continuam abertas!

Desafio FirstStop Bridgestone Para recuperar um verdadeiro espírito aventureiro, a proposta de aventura levará os participantes a percorrer os mais belos trilhos da serra da Estrela e da zona raiana de Penha Garcia e de Monfortinho a 14, 15 e 16 de setembro. Para além dos horizontes infindáveis, as dificuldades vão aparecer durante o

caminho nos corta fogos da Estrela e da Gardunha. Esta será uma aventura turística e de lazer de mãos dadas com a prática do todo o terreno e de um conjunto de desafios competitivos que incluem a navegação, a canoagem e o tiro.

Passeios a não perder! Inscreva-se...

M 4


X Off d ACP

Para recordar ou para descobrir, está de regresso o mais cultural e ecuménico dos caminhos. Secular nas tradições, os sócios do ACP que ainda não tiveram oportunidade de viver de perto a peregrinação a Santiago de Compostela podem desvendar a cultura, a história e a fé que sempre marcaram este trajeto. Cinco dias de aventura, de 4 a 8 de Outubro, entre Trancoso e Santiago de Compostela, com pontos de passagem obrigatórios no mosteiro de Tarouca, ponte de Ucanha, Lamego, Mondim de Basto, Gerês, mosteiro de Tibães, monte de Sta. Luzia, mosteiro de S. João de Arga e de Oia. Na chegada à Catedral de Santiago de Compostela, mais uma vez, o bispo da Guarda, D. Manuel Felício, celebra a missa para os participantes que irão assistir à cerimónia do Bota Fumeiro.

Mercedes-Benz 4MATIC Experience Este é um passeio histórico. No verdadeiro sentido da palavra. A descoberta da História da humanidade, nomeadamente de dois marcos da existência do Homem na região do Douro – as figuras rupestres e as paisagens vinícolas – é posta em destaque e em exclusivo para os proprietários dos Mercedes-Benz com tecnologia 4MATIC (ML, G, GL e GLK). O passeio inédito que decorre de 19 a 21 de Outubro mereceu já a recomendação da Secretaria de Estado da Cultura e da Fundação Rei Afonso Henriques. Os alciciantes não iludem: além das grandiosas paisagens do Vale do Douro Internacional, o programa inclui a visita à vila

histórica de Trancoso, aos núcleos de gravuras rupestres do lado português e espanhol, ao Museu do Côa, à Quinta da Ervamoira e aos centros históricos de Ciudad Rodrigo e Salamanca. Um antigo castelo transformado em hotel aloja a caravana e remata os atrativos históricos deste evento.


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1ª Volta Turística… n Foi na Sovicentro que se deu a partida para este passeio de estrada pela região da Guarda. Do novo concessionário Skoda na Guarda, partiram, logo pela manhã, cerca de dez equipas e quase 30 pessoas que quiseram conhecer um pouco mais da paisagem e da história entre a Guarda e a Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo. A descida da Guarda em direção ao vale do Mondego, pela estrada que antes fazia o acesso à capital, proporcionou os primeiros retratos memoráveis, com as grandiosas e agrestes serranias a acompanhar a viagem, os vales habitados, e a barragem do caldeirão a espreitar. Num passeio que foi também uma saudável prova de competição, os participantes foram acompanhados de uma prova de estrada, devendo responder a diversas perguntas de conhecimento e observação e charadas engraçadas que envolviam todos os elementos da equipa. A chegada a Trancoso foi assinalada com uma visita ao castelo, um esticar de pernas com direito a uma breve aula de história e à observação do horizonte verde, embora com baixas temperaturas. A paragem seguinte foi no Museu do Côa, que a 30 de Julho completa 2 anos de existência. Surpreendeu quem ainda não conhecia o espaço, a história da humanidade vista na perspetiva dos multimédia e a grandiosa paisagem. No Bruíço, em Foz Côa aguardavam já as tenras doses de meia-rate, uma das especialidades da casa, que preparavam o estômago para a prova seguinte e convidavam a dois dedos de conversa. O Douro acompanhou a caravana nos quilómetros seguintes, descendo rumo ao Pocinho e por ali ficando no olhar mais algum tempo. A subida pelas serras foi propositadamente pouco

acompanhada da prova de estrada, para que todos aproveitassem a paisagem que revelava alguns socalcos e quintas vinícolas, as aldeias do interior, em granito ou xisto. Chegados ao alto da serra reaparecia o Douro com toda a majestosa composição de montanhas a servir-lhe de berço, e ao fundo, Barca d’Alva. Tempo para um café e prosseguia mais uma série de perguntas, que o objetivo também era pontuar. Escalhão foi o local que se seguiu, com o museu etnográfico a mostrar ao vivo as artes e ofícios das gentes da região, e Castelo Rodrigo espreitava no alto poucos minutos depois. Uma última visita à aldeia histórica em tons ocre e estava completa a 1ª Volta Turística. O regresso à Guarda ficou marcado por um lanche e entrega de prémios na Sovicentro. Num balanço que ficou aquém das expectativas em número de participantes, de salientar a satisfação dos que aderiram. Fátima Duarte, da equipa 5, salientou que


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na estrada! “em termos de organização não é surpresa, porque corre sempre muito bem quando é com Escape Livre”. Habituada a passeios TT, a participante refere que achou a prova “interessante, pois torna mais divertido o passeio, uma vez que não há a adrenalina do todo terreno. Acho que demos uma volta por sítios bastante agradáveis e bastante diferentes e por tudo repetiria um passeio do género”.

Skoda está na Sovicentro O dia 7 de Julho ficou também marcado pela inauguração oficial da Sovicentro como novo concessionário Skoda na cidade da Guarda. José Gralha, gerente da Sovicentro (integrada no grupo Soviauto), salienta os vários aspetos desta parceria como ”uma mais-valia”. O responsável refere que “com a turbulência de mercado automóvel que estamos a passar, as empresas têm necessidade de ter mais que uma marca”. A consolidação da empresa mantendo os postos de trabalho e a relação com a SIVA – importador nacional da Skoda e empresa de renome e qualidade, são apontadas como outras das vantagens. Na ótica dos clientes, José Gralha garante que também estes ficam a ganhar com a nova concessão, “porque a Skoda fica inserida num grupo pequeno mas saudável, onde se podem sentir bem. Estamos ligados a mundo automóvel há 33 anos e achamos que quer os nossos clientes, quer a SIVA, encontrarão aqui um parceiro que vai dignificar a marca”. Este terá sido, aliás, um dos critérios da SIVA para esta parceria de negócio: “Os importadores querem empresas sólidas, parceiros de negócios que até podem ter outras marcas, mas que consigam criar nome numa parceria que dure bastante tempo. Não querem apenas representantes de passagem”. Serviço de qualidade, bom atendimento, experiência e satisfação são as bandeiras que o empresário quer continuar a acenar.

Quem é José Gralha Homem movido pela paixão pelo mundo automóvel e pelas relações humanas e comerciais, José Gralha é um empresário de 56 anos com quase 34 anos de experiência neste sector. Iniciou-se com a marca Renault e prosseguiu com a representação de marcas como Opel e Bedford, Mercedes, Smart, e atualmente Skoda, Hyundai e Mitsubishi. José Gralha entende que “os nossos clientes são amigos, eles merecem”. Afirma que gosta de conversar e criar amizades, com todo o tipo de clientes “desde o mais humilde ao das classes económicas mais altas”. Com o vasto conhecimento que tem na área, garante que “hoje em dia não há marcas más, são todas boas, quando lhe dedicamos o nosso tempo e vestimos a camisola”. Por isso, tem como lema que “neste ramo de negócio devemos estar com paixão. As marcas são o que são em função de quem está à frente da empresa”.


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ARC SPORT

Nos caminhos do sucesso

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s sucessos alcançados pela ARC Sport ao longo dos últimos anos transformaram a equipa de Aguiar da Beira numa das mais conceituadas no panorama do desporto automóvel em Portugal. Com elevado grau de profissionalismo tanto nos ralis como no todo o terreno, a equipa continua a lutar pela defesa dos diversos títulos alcançados. Nesta época o departamento de TT da ARC Sport ainda não esteve em acção e é o Campeonato de Portugal de Ralis, IRC e WRC que concentram todas as atenções da equipa.

O Campeonato de Portugal de Ralis 2012 arrancou na terra do Campeão. Este inédito começo para IRC e nacional da especialidade abraçou as fantásticas especiais da ilha de São Miguel para os primeiros sinais competitivos da temporada. Depois de ter conquistado todos os títulos nacionais em que esteve envolvida na época passada, a ARC Sport quer voltar a contribuir para a evolução desta vertente do desporto automóvel. A preparação de um Subaru Impreza R4 foi uma das apostas da casa de Aguiar da Beira. Para além de encetar a defesa do título de Ricardo Moura, a ARC Sport estreou no Sata Rallye Açores um Subaru Impreza R4 projectado nas oficinas de Aguiar da Beira, que foi tripulado por Rui Lousado, contando com Nuno Rodrigues da Silva como navegador. Ricardo Moura, Campeão de Portugal de Ralis, voltou a ser o melhor piloto português no Sata Rallye Açores, repetindo o 6º lugar absoluto da época passada. Ricardo Moura e Sancho Eiró rubricaram uma prova exemplar, nada podendo fazer frente aos mais competitivos S2000 presentes. Moura não foi apenas o melhor piloto luso em prova, como também triunfou entre os carros do Agrupamento de Produção. Contando com o apoio da ARC Sport, Sérgio Silva terminou como o 2º melhor piloto português, conquistando o 8º lugar da classificação geral. Mais um resultado fabuloso para o piloto do Subaru Impreza WRX, que agora acompanhado por Fernando Nunes, repetiu os êxitos

dos dois anos anteriores, voltando a dar pontos à Subaru para o IRC. Depois de uma carreira brilhante a nível nacional e de um resultado fantástico alcançado em finais de fevereiro na ilha de São Miguel, tornava-se difícil resistir ao apelo internacional, ainda mais quando a próxima prova se disputava nas Canárias, região insular espanhola perto dos Açores. A presença da ARC em mais uma prova do IRC 2012 foi mais uma experiência para a equipa de Aguiar da Beira. No Vodafone Rally de Portugal, mais uma experiência de WRC para a ARC Sport. Ricardo Moura voltou a averbar dez pontos para o Campeonato de Portugal, depois de um primeiro dia azarado, mas com um regresso à prova mundial mais objectivo. Para Augusto Ramiro, a equipa de Aguiar da Beira tudo fez para conquistar um resultado positivo. Este ano a ARC Sport regressa ao CPR2 com nova equipa. Renato Pita gosta de assumir desafios importantes, tendo por base projectos credíveis. É assim que o piloto de Viana do Castelo dá um importante salto do Open para o Campeonato de Portugal de Ralis, onde com um competitivo Renault Clio R3 preparado pela ARC Sport vai disputar o CPR2. Para a ARC Sport começam mais desafios importantes. A equipa de Aguiar da Beira vai tentar revalidar diversos títulos nacionais que foi conquistando nos últimos anos. Na época passada o título absoluto, de produção e CPR2 foram alcançados por pilotos que confiaram na equipa técnica. Esta época continua tudo em aberto, com a ARC Sport a tentar manter intactos os caminhos do sucesso.


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Slalom de Castelo Rodrigo

Venha daí a um grande espectáculo Na verdadeira “catedral” do slalom, Figueira de Castelo Rodrigo recebe, no fim de semana de 21 e 22 de julho, mais uma jornada dupla do Troféu nacional. A jornada noturna conta sempre com uma moldura humana entusiasta para ver os melhores pilotos nacionais que dão início a uma prova que se prolonga para o dia seguinte. O tira-teimas final conta com o habitual espetáculo nas ruas de Figueira, onde os campeões nacionais correm ao milésimo de segundo para vencerem num misto de espetáculo, velocidade e desportivisvo. A prova de Figueira tem este ano, e como vem sendo habitual, um espetáculo complementar. Mais uma vez, o Clube Escape Livre, desta vez em colaboração com a Renault Portugal e o seu concessionário Litocar, vai trazer um grande nome do automobilismo nacional, Pedro Matos Chaves, para conduzir o competitivo e recém -lançado Pedro Matos Chaves, um dos grandes nomes do automobilismo nacional, campeão Campeonato GT Espanhol, da Fórmula 3000 e do Campeonato Português de Ralis, e um dos poucos portugueses a passar pela Formula 1, vai ser o piloto oficial do Mégane RS que irá levar público e convidados num co-drive na oval do Estádio Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. Uma maisvalia para todos os que vão assistir à etapa noturna do slalom que se desenrola a partir das 21h00.

DESPORTO [25]

Renault Mégane RS, permitindo a realização de vários co-driver a alguns membros do público e convidados especiais, e que irão constituir, sem dúvida, um momento de grande adrenalina no sábado à noite. No domingo à tarde, a prova estará completa com uma segunda jornada a fazer faiscar o asfalto da Avenida Sá Carneiro. Na jornada dupla esperam-se, como sempre milhares de espectadores. Em conferência de imprensa para apresentação do 14º Slalom de Castelo Rodrigo, que decorreu na Litocar – concessionário Renault na Guarda - António Edmundo, presidente da Câmara Municipal de Figueira, salientou que “Na diversidade de apostas que a Câmara Municipal de Castelo Rodrigo continua a fazer para promover e divulgar o seu concelho, o Slalom de Castelo Rodrigo continua a ser uma das suas principais referências”. Também Luís Celínio, presidente do Clube Escape Livre, acrescentou que “O slalom de Castelo Rodrigo continua a oferecer um grande espetáculo, quer pelos pilotos que discutem a dupla jornada de slalom, quer pelas surpresas que vamos organizando para o público, nomeadamente este ano com a presença de Pedro Matos Chaves, um dos poucos pilotos portugueses que passou pela Formula 1, para proporcionar emoções fortes e na primeira pessoa, aos mais destemidos. Porque achamos que o público e as gentes de Figueira merecem, continuamos a fazer um esforço grande para proporcionar um espetáculo diferente e apelativo para toda a região”. Esta 14ª edição inicia-se com a prova noturna, no estádio municipal de Figueira, no sábado dia 21, a partir das 20h00, e no domingo, dia 22, a discussão dos primeiros lugares continua a partir das 14h00 na Avenida Sá Carneiro.

Do espetáculo noturno no estádio municipal, à emoção nas ruas de Figueira, o slalom é sempre uma grande festa de perícia e velocidade a não perder


[26] REPORTAGEM Jul | Ago | Set | 2012 | ELM MINI UNITED 2012

Festa MINI em Paul Ricard!

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INI UNITED, o maior evento MINI do mundo teve a sua quarta edição em Maio, em Le Castellet, França. O Escape Livre fez-se à estrada e foi, uma vez mais, até à festa MINI, viver de perto a paixão e o que leva multidões a percorrerem milhares de quilómetros com um só objetivo. O evento é realizado de dois em dois anos em qualquer parte do mundo. Misano em Itália, Zandvoort na Holanda e Silverstone em Inglaterra foram os locais das edições anteriores e desde 2009, aquando da presença do Escape Livre em Silverstone, que esperamos pela edição seguinte para mais uma festa entre fanáticos e entusiastas da marca e do mítico modelo criado por Sir Alec Issigonis. Tardou um ano. Inicialmente previsto para 2011, a festa foi adiada mas o local escolhido para a edição de 2012 prometia um evento memorável. O lendário circuito de fórmula 1, Paul Ricard, acolheu perto de 10.000 MINI e mais de 30.000 pessoas de cerca de 50 países diferentes. Foi de 11 a 13 de Maio que a cidade situada a noroeste de Toulon, nas proximidades de La Cadière-d'Azur, acolheu todos os fãs da marca para mais três dias de puro culto a um automóvel cujo nome conta já com mais de

50 anos. Os quilómetros que antecedem a chegada ao circuito e em estrada de montanha, são literalmente invadidos por MINI de todas as cores, modelos, versões, idades e oriundos de todo o mundo, que contrastam a cor e a alegria dos seus condutores e passageiros com as lindíssimas paisagens locais. O bilhete para o evento abria as portas para um sem número de atividades MINI, desde voltas ao circuito, tesdrives MINI, autênticos drifts com modelos MINI com pneus traseiros adaptados, Karts, experiências ao lado de pilotos profissionais do MINI Trophy entre muitas outras e onde não faltam exposições de todos os modelos, protótipos e viaturas utilizadas em filmes e séries. Sem dúvida um universo MINI que deixa ao rubro uma multidão que partilha uma paixão e um espírito comum, para alguns um estilo de vida!

À semelhança das anteriores edições, o MINI UNITED prolonga-se noite dentro e este ano os cartazes prometiam muitas horas de animação, já que a organização apostou forte neste tema. Iggy Pop, Martin Solveig, The Ting Tings e Gossip foram os cabeças de cartaz que arrasaram as noites de verão do festival até de madrugada. O mundial de ralis também esteve presente através do Armindo Araújo e da sua equipa


Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

WRC Team MINI Portugal com o MINI Countryman WRC que tem feito sucesso, para o piloto de Santo Tirso foi um prazer participar na festa MINI e sentir o apoio do público português a cerca de 1500 kms de distância de casa. O Escape Livre aproveitou ainda a viagem para se deslocar até Monte Carlo – Mónaco, um local mítico para qualquer apaixonado do MINI, e onde outrora fizeram história os MINI conduzidos por Rauno Aaltonen e Paddy Hopkirk, também presentes em Le Castellet e que trocaram algumas palavras com a ELM. A viagem do Escape Livre até França teve o apoio da Best Travel Guarda e da Go Pro para registar todos os momentos desta aventura que foi já só por si, inesquecível! Em 2014 nós queremos voltar!

PORTUGAL EM LE CASTELLET! A comunidade MINI em Portugal esteve representada em Le Castellet pelo MINI Spirit, clube fundado em 2008 e que conta já com mais de 1000 membros registados dos quais cerca de 200 participam ativamente nas atividades do clube. O reconhecido clube português enviou uma apresentação dos seus eventos e atividades para se candidatar a um espaço na zona de clubes, e onde apenas 22 clubes de todo o Mundo tiveram oportunidade de estar presentes. Os responsáveis dinamizaram o espaço através de uma pista de slot cars, fotografias de MINI de membros, e partilharam experiências e iniciativas com fãs e clubes de todo o mundo. Alexandre Herédia, membro do clube, viajou até Le Castellet no seu MINI John Cooper Works GP, o seu terceiro MINI, e descreve nos a viagem como radical, atribulada mas memorável, marcada por episódios que foram sucedendo. Fez cerca de 4000 Kms e apesar da situação e do valor da viagem, tendo em conta o preço dos combustíveis e as médias de 10l/100 kms que nos confessa ter feito, diz-nos que voltava a repetir a experiência que considera ser única. “Em 2014 estou lá de novo!”, diz-nos o jovem de 31 anos, amante da marca e das viagens.

REPORTAGEM [27]

[NOVO MINI GP APRESENTADO!] Mais uma vez a MINI aproveitou a festa do MINI United para apresentação do MINI GP. O modelo que substitui o anterior, lançado em 2006, conta com inúmeras novidades e, à semelhança do seu antecessor, a produção será limitada a 2000 unidades. Podemos comparar os aspetos agressivos de ambos mas também o tempo por volta no circuito de Nürburgring com 8:23m, menos 18 segundos que o GP 2006. O GP 2012 foi totalmente desenvolvido pela MINI, está melhor aerodinamicamente, e vem equipado com jantes 17” em vez de 18”, devido à agressividade da suspensão JCW, conta também com um sistema de travagem totalmente novo e inovador. Os cerca de 220cv do bloco 1.6 com turbo compressor prometem uma diversão contínua e mantém no com o estatuto do MINI mais rápido alguma vez construído. Anunciado para meados de Novembro, o preço previsto deste novo MINI GP é de 46.500€, estando ainda por definir a homologação dos pneus Khumo semi slicks no nosso país.


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Suzuki Swift 1.3 DDiS Cilindrada: 1248 cc Potência máxima: 75 cv Velocidade máxima: 165 Km/h Aceleração (0-100 Km/h): 12,7 s Consumo combinado: 4,2 l Emissões CO2: 109 g/Km Preço: 18.830 €

Passo a passo

O pequeno e dinâmico Swift tem-se mantido jovem, moderno e com linhas que lhe conferem um design e uma aerodinâmica cativantes para um público específico mas ainda abrangente. Juntamente com tudo isto, também as motorizações têm sido alvo de notórias evoluções e atualizações, como é o caso deste 1.3 DDiS que assenta no pequeno Suzuki como uma luva. Possui um novo sistema de filtro de partículas com catalisador incorporado, montado à saída do motor o que o leva

a libertar apenas 0,001 g/km de partículas, cumprindo com a regulamentação Euro 5. Se a boa posição de condução é importante e aqui foi bem conseguida, também a agradabilidade na condução é fundamental e constata se logo nos primeiros quilómetros ao volante do Swift. Confortável, e com (quase) tudo à mão, este é aquele exemplo que não é preciso inventar muito para apresentar uma boa proposta neste segmento dos pequenos citadinos. E embora seja isso que o Suzuki é, um pequeno

citadino, também não se deixa intimidar com mais dois adultos atrás, nomeadamente nesta versão cinco portas em que até o acesso aos lugares traseiros é facilitado, nem tão pouco com alguns quilómetros “a mais” se o destino for longínquo. Os 75cv revelam-se suficientes para as manobras do pequeno Suzuki e confirma-se que a economia é o seu ponto forte. Ficamos apenas surpreendidos com a ausência do start&stop, o qual elogiámos na versão 1.2 a gasolina e que não está disponível para a motorização

diesel. Este novo Swift encontra-se no mercado com duas carroçarias, três e cinco portas, e três níveis de equipamento, GL+, GLX e GLX Sunroof, todos disponíveis em dez cores, duas sólidas e as restantes metalizadas (acresce 295€), de onde se destaca este Vermelho Ablaze Pearl. A unidade ensaiada com o nível de equipamento GLX, conta com o cruise control e comandos áudio no volante, ignição com botão start associado à chave inteligente, ar condicionado automático, coluna de direção regulável em altura e profundidade, e o sistema de comunicação com Bluetooth, para além dos vidros traseiros escurecidos, disponíveis só nas versões de cinco portas. Sabendo-se manter no mercado, o Swift vai ganhando fãs e clientes que adquirem uma proposta interessante e capaz não deixando de conseguir poupar alguns euros. O valor de cerca de 18.000€ desta versão 1.3 DDiS, parece-nos mais que justo. A versão cinco portas acresce 700€.


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Renault Mégane Tourer 1.5 dCi Cilindrada: 1461 cc Potência máxima: 110 cv Velocidade máxima: 190 Km/h Aceleração (0-100 Km/h): 12,4 S Consumo combinado: 3,5 l/100 Km Emissões CO2: 90 g/Km Preço: 28.100 €

É uma referência no mercado e desde há muito tempo que tem evoluído continuamente de forma a manter a liderança num dos segmentos mais importantes. É sempre um risco fazer alterações num modelo líder, seja para um simples restyling, seja para uma verdadeira restruturação, mas a Renault tem sabido manter a receita do sucesso. É o caso desta nova Mégane Tourer edição GT line que sobressai logo à partida pelo azul Malte, em conjunto com os retrovisores em cinza mate, as jantes 17” em antracite e as siglas GT line na grelha frontal e no portão da bagageira. No interior, as linhas vermelhas nos manómetros bem

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Mérito

reconhecido

como no tablier também com a mesma sigla, conferem-lhe, de alguma forma, um aspeto mais desportivo, com os bancos a proporcionarem um enorme conforto e apoio lateral. Todo o habitáculo transpira harmonia e bom gosto, cada vez mais requintado e aprimorado, com os comandos simples e de fácil habituação. Na consola central, o comando do sistema GPS Carminat Tomtom tem uma posição um pouco baixa mas

acaba por se tolerar, enquanto o facto de num ecrã tão grande (oito polegadas), apenas três linhas de texto serem utilizadas para, por exemplo, escolher o ficheiro MP3 da pen USB que quer ouvir já é … incompreensível. Para um modelo que, mais que uma referência, é um líder no segmento, a cereja no topo do bolo é apenas o equipamento que passa a disponibilizar e que envergonhará muitos…

senão vejamos. Sensor de qualidade do ar, alerta de transposição involuntária da faixa de rodagem, faróis de estrada (máximos) automáticos, câmara traseira de estacionamento, sensor de pressão de pneus, cartão mãos livres, ar condicionado bi-zona, Bluetooth, cruise control e limitador de velocidade e mais alguns pormenores. No capítulo do conforto, a Mégane nesta versão GT line, é mais dura face ao que a marca francesa já nos habituou, também devido ao chassis 12mm rebaixado nesta versão, mas nem por isso compromete o conforto, e a bagageira de 525 litros, expansível até 1595 litros chega e quase que sobra para toda a família. A motorização Energy dCi de 110cv anuncia consumos de apenas 3,5 litros, ainda que tenhamos feito consumos reais de cinco litros, e emite 90g de CO2, o que o torna o motor mais sofisticado e ecológico do mercado neste segmento, mas claro está que não há bela sem senão… não espere grandes prestações apesar do binário ter sido alvo de aumento. Em suma, é certo que a Mégane tem tudo para se manter numa liderança invejada por muitos, mas o mérito é reconhecido.


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Seat Ibiza 1.2 TSI 105cv DSG Cilindrada: 1197 cc Potência máxima: 105 cv Velocidade máxima: 190 Km/h Aceleração (0-100 Km/h) 10 s Consumo combinado: 5,3 l/100 Km Emissões CO2: 124 g/Km Preço: 19.675 €

Tendências… Certamente não se recorda, mas a primeira geração do Seat Ibiza data de 1984 e é atualmente o modelo de maior sucesso de vendas da marca espanhola. Consequência das atuais tendências e modas no mercado automóvel, a marca alargou a gama Ibiza em 2010 ao anunciar a Ibiza ST, uma carrinha de cinco portas com vertente familiar sem perder o design dinâmico do modelo. Agora, e para se manter na luta cada vez mais disputada que é este mercado, a Seat lança um novo Ibiza e disponibiliza-o com uma ampla gama de motores de três e quatro cilindros. O 1.2 TSI da unidade ensaiada conta agora com caixa de sete

velocidades DSG opcional e que confere uma condução despreocupada e relaxada com consumos reduzidos, mas com uma diferença de preço face à mesma motorização com caixa manual de cerca de 1500€. Com quatro níveis distintos de equipamento, Reference, Fresc, Style e FR, o Ibiza ST

está disponível para todos os gostos e todas as bolsas, ainda que as diversas versões variem consoante as motorizações. Este 1.2 de 105cv está disponível apenas para as duas últimas. Esta versão Style conta de série com espelhos retrovisores exteriores elétricos e aquecidos na cor da carroçaria, pilares B e

C em preto brilhante, jantes de liga leve 15", computador de bordo, vidros elétricos dianteiros e traseiros, faróis de nevoeiro dianteiros com função cornering, ar condicionado e alarme, e a unidade ensaiada contava ainda com ESP, pré-instalação para sistema de navegação, pacote de arrumação, Bluetooth, entrada USB, e o pacote técnico que inclui sensores de estacionamento traseiro, espelhos retrovisores com recolhimento elétrico, sensor de chuva, espelho interior anti encadeamento, acendimento automático dos faróis e luzes dianteiras de presença. Tudo isto torna este modelo mais que bem equipado para o dia-a-dia e o preço final nem por isso fica fora do aceitável. Se a família vai aumentar, se precisa apenas de mais espaço, ou se simplesmente se quer manter de acordo com as tendências do mercado, esta é sem dúvida uma boa opção sem sacrificar demasiadamente as suas poupanças.



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MINI Cooper SD Roadster Cilindrada: 1995 c.c. Potência máxima: 143 cv Velocidade máxima: 212 Km/h Aceleração (0-100 Km/h) 8,1 s Consumo combinado: 4,5 l/100 Km Emissões CO2: 118 g/Km Preço: 32.950 €

O melhor de dois

mundos

Na edição anterior da Escape Livre Magazine, tivemos oportunidade de ensaiar o MINI Coupé JCW. Este Roadster é talvez o outro lado da moeda, o mais equilibrado, o melhor compromisso, enfim… o melhor de dois Mundos! Os modelos MINI vão sucedendo, todos com um estilo próprio e imagem de marca MINI, cada um com o seu público-alvo, mas nem todos com o mesmo sucesso. Se no Coupé a diversão é a dois mas limitados ao “cockpit”, este Roadster permite-nos andar a céu aberto e desfrutar de um prazer só compreendido por

alguns. Para isso, são apenas precisos poucos segundos e sem quaisquer condicionantes, já que o processo de abertura é manual! Chocado? Deixe-se disso! Nem tudo tem de ter automatismos e neste caso o processo é simples e facilitado através de apenas um puxador, que ao rodar 90 graus, solta a capota assim como os sonhos de qualquer um. É um puro roadster! Ainda assim, se fizer questão, fica a saber que pode dispensar cerca de 800€ para ter uma capota semi-automática. Tal como no coupé, a ausência dos dois lugares traseiros beneficia a bagageira, 240

litros para um roadster de dois lugares é mais que suficiente para uma viagem onde o prazer de condução é exponencial aos quilómetros percorridos, e se tivermos em conta que o MINI normal tem cerca de 160 litros de capacidade atrás dos bancos traseiros, conseguimos ter ideia da vantagem deste modelo em prol dos dois passageiros. Mas se este Roadster tem o melhor de dois mundos ao poder desfrutar de um ambiente com algum requinte, fruto dos bancos em pele lounge (1450€), do painel de instrumentos forrado também a pele (900€), e do pack Wired (1800€) que inclui rádio Visual Boost com sistema MINI Connected e

navegação entre outros, a céu aberto e com um excelente nível de isolamento no habitáculo, tem também o melhor de dois mundos no que diz respeito a esta motorização SD. O bloco 2.0 diesel com um binário de 305 Nm, proporciona uma constante disponibilidade do motor e uma condução divertida e solícita em qualquer regime, os 143cv não desperdiçam potência e os consumos são realmente comedidos e cumprem os valores anunciados, acabando por ser relevar o melhor compromisso face ao Cooper S ou ao JCW, também disponíveis neste Roadster. O senão é mesmo o preço, já que a cilindrada e os impostos inerentes o colocam em valores acima dos 32.000€, sendo fácil ultrapassar bem esse valor ao iniciar a configuração que lhe enche as medidas. Este lindíssimo e viciante exemplar ascende aos 43.000€, valores que lhe poderão fazer pensar… mas se os tem, não pense muito, deixe a razão de lado, sinta o coração e goze os momentos de diversaão que só este MINI lhe pode proporcionar. Vai compreender!


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Do 8 para o 80 Mandam as regras da evolução da espécie que a cada estádio evolutivo seja não só melhor do que o anterior como, também, responda com novas adaptações à nova fase de vida. Assim é o novo M5. Quando se olha estacionado, nota-se que é diferente… quiçá vestido com um dos kits assinados pela M Sport. Nada disso. Ele é assim mesmo: grande, encorpado, musculado, rebaixado, apêndices específicos (performance “oblige”) rodas enormes (que, “indiscretamente”, põem a nu as maxilas dos travões azuladas e os discos ventilados perfurados tão grandes como as jantes).Espreitando para dentro, aparentemente, tudo igual. Ambiente requintado, qualidade de materiais referenciais e… ah…. claro, uma série de botões a mais na consola! Ordem para arrancar o motor e… barulho encantador, “surdo” e sem vibrações.

BMW M5 Cilindrada: 4 395 cc Potência máxima: 560 cv Velocidade máxima: 250 km/h Aceleração (0-100 km/h): 4.4 s Consumo combinado: 9.9 l Emissões de CO2: 232 g/km Preço: 137.645,08 €

Manuseando a pequena alavanca do seletor da caixa automática de dupla embraiagem com 7 relações arrancamos para o … passeio. Sim, sim. Este carro, aqui, para as voltinhas, é uma cestinha de mão. Espaçoso (até para levar as compras do supermercado) confortável, superequipado e dócil. A caixa nem se dá por ela,

a direção leve, a visibilidade boa (com a ajuda dos sensores de estacionamento na traseira!). Mas este não é um carro dito desportivo? Bom, bom… Sim, claro. Estamos à espera disso mesmo. Mas antes, há que ler algumas instruções. Vejamos: um BMW, 560 cv, 680 Nm de binário entre as 1 500 e as 5 750 rpm, tração traseira, cinco parâmetros de ajuste (caixa, direção, suspensão, acelerador e controlo de estabilidade, cada um com três níveis… ou seja mais de 240 possibilidades de regulação… onde apenas o diferencial traseiro ativo se adapta automaticamente). Desisti… Mandaram as regras de bom senso para experimentar o 8 e o … 80! No 8, não se passa “nada”, a não ser o vigor experimentado logo desde cedo pelo binário e depois lá mais em cima nas rotações pela potência. Já aqui, deu para experimentar as leis da gravidade, o comando de caixa sequencial nas patilhas do volante (na alavanca é preciso um hábito de estarem os comandos ao contrário, mas como mandam as regras

da desportividade (reduzir com um toque para a frente) e a sonoridade do escape, sim porque o antigo V10 já era! Agora, o 80 que é como quem diz, afinações à piloto! Fico já com esta apreciação: indescritível, brutal…! Já tinha andado com outros tantos cavalos na rédea, mas aqui, a raça era outra! Não há perdão para nada… Ou se sabe ou então, toca pôr a pastar os equídeos! E, claro, não sou piloto! Vi eu que a frente é muito incisiva, a traseira digna de um concurso nipónico de drift (não deve haver muitos iguais) e a travagem colossal… Era demasiado para poder desfrutar este carro por aqui: ele é grande e o espaço é pouco… Então, resolvi passar para os 40 (hum, acho eu!) Ao fim de algum tempo lá consegui arranjar ali uma afinação mais condizente com as minhas qualidades… Continuo a dizer: indescritível! Um verdadeiro desportivo e equilibrado, eficaz na medida certa, traquina na essência que cada um pode desfrutar ao máximo.


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Nascido em berço

Mercedes GLK200 4x2

de ouro Senhor de uma presença inegável, de linhas tradicionais e vincadas mas modernas e elegantes, apresentando um interior luxuoso, espaçoso e de requinte, assim é o GLK. Traduzindo do alemão, “Geländewagen Luxus Kompaktklasse”, ou seja, crossover compacto de luxo, modelo com o qual a marca pretende invadir o mercado e conquistar lugares aos principais rivais da BMW e Audi, mas estará de facto ao nível de tamanha concorrência? Equipado com a caixa 7G-TRONIC PLUS, otimizada em termos de consumos e eficiência, resultando num consumo de combustível mais reduzido, passagens de caixa suaves e nível de ruído

igualmente mais baixo, está também associado o modo ECO start/stop que desliga o motor temporariamente no trânsito e que, em conjunto com a caixa referida, funciona de forma irrepreensível, e ainda a opção de poder escolher entre dois modos de condução: “E” de Económico, com passagens mais suaves e mais prematuras e o “S” de Sport, funcionando de forma inversa, com passagens mais tardias. Em conjunto com as patilhas integradas no volante, disponíveis como opção, é adicionado um terceiro modo de condução que proporciona passagens de caixa ainda mais rápidas mas manuais, o modo "M" de Manual. Num regime misto de estrada e cidade, os consumos deste GLK

Cilindrada: 2143 cc Potência máxima: 143 cv / 4200 rpm Velocidade máxima: 190 Km/h Aceleração (0-100 Km/h): 10,8 s Consumo combinado: 5,7 l/100 Km Emissões CO2: 149 g/Km Preço: 57.465 €

rondam os oito litros, valores aquém do anunciado, mas que se compreendem, face ao peso do conjunto. É certo que quando pensamos num jipe desta dimensão, pensamos em tração integral e neste caso no sistema 4MATIC e nas vantagens que daí advêm, mas neste caso estamos perante um 4x2, naturalmente com a habitual tração traseira típica da marca alemã. Na hora da incursão ao fora de estrada, as aventuras não podem ser muitas, mas em trilhos de terra solta a diversão está garantida porque aí tiramos partido da tração traseira e varremos os estradões com um conforto e uma segurança ímpar. São de facto presenças assíduas nos modelos da marca alemã e o GLK está equipado com os melhores e mais evoluídos

sistemas nesta área. O modelo revela-se também um estradista puro, proporcionando uma condução ao nível da melhor berlina do mercado, a caixa 7G Tronic não é do melhor que já conduzimos a nível de passagens mas adequa-se ao modelo, já que a componente desportiva não faz parte neste caso. Embora a unidade ensaiada ascendesse o valor a 57.000€, o preço base situa-se perto dos 50.000€, cerca de 7.000€ abaixo do valor mínimo pedido pela versão 4Matic com tração integral, se não pensa nas aventuras e nas potencialidades verdadeiramente fora de estrada, sem dúvida que poupa uma quantia interessante, não abdicando de tudo o resto que o modelo oferece.



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Mazda 5 MZ-CD 1.6 Cilindrada: 1560 cc Potência máxima: 115 cv Velocidade máxima: 180 Km/h Aceleração (0-100 Km/h): 13,7 s Consumo combinado: 5,2 l/100 Km Emissões CO2: 138 g/Km Preço: 29.800 €

E porque não?

Nisto dos automóveis, inúmeras vezes fui confrontado com a pergunta: “Então e um carro de sete lugares? O que aconselhas?”. Mesmo estando no meio, nem sempre é fácil a resposta, e deparamo-nos com outras questões, nomeadamente o preço, a estética, as dimensões exteriores, entre outras… mas e o Mazda 5? Confesso que não era modelo do qual me lembraria logo de imediato mas tive oportunidade de olhar para ele com outros olhos e... gosto! Lançado em 1999, inicialmente surgiu no mercado com o nome de Premacy, e assim se manteve até 2004, altura em que passou o testemunho para a segunda geração, denominada então de Mazda 5 e que perdurou até 2010. A terceira e atual geração foi apresentada em 2010 e recebeu entretanto um trunfo, a nova motorização diesel MZ-CD

1.6 common-rail, com caixa de seis velocidades que anuncia reduções significativas de consumos e emissões poluentes, fruto também da inclusão de um filtro de partículas que não requer qualquer tipo de manutenção, reduzindo assim os custos para o proprietário. Os 115cv são mais que suficientes para o conjunto e permitem consumos entre os seis e os sete litros, enquanto o posicionamento da alavanca de velocidades é ideal e proporciona uma condução agradável e relaxada. O interior conta com um novo painel de instrumentos, nova coluna de direção e consola central, bem como novos bancos. O conjunto é algo conservador e fiel à tradição da marca japonesa, mas agradável, e que revela novos e elevados padrões de qualidade dos materiais e de

construção. O conforto está sempre presente, pelo menos nas duas primeiras filas. Esta última adapta-se facilmente à configuração desejada tanto dos assentos, que são agora 50mm mais extensos, como das costas dos bancos, prolongadas para baixo também em 50mm, para um maior conforto e para que os passageiros da terceira fila também possam desfrutar de algum conforto. Claro está que, com a lotação máxima esgotada, o espaço para bagagens não é muito, condicionando o destino, mas quatro ou cinco adultos viajam tranquilamente com uma das

configurações possíveis. Rebater ou levantar a terceira fila de lugares é tarefa simples e o acesso à mesma é facilitado pela versatilidade dos bancos em si e pelas portas deslizantes que são, sem dúvida, uma mais valia em qualquer situação, nomeadamente em estacionamentos mais apertados, onde apenas 159 mm ficam saídos das linhas da carroçaria, permitindo a entrada e saída. Como opção, as portas podem também ser elétricas com sensores de alta sensibilidade nos extremos, detetando obstruções e evitando acidentes. Tudo isto aliado a um design atraente e moderno com dimensões não exageradas e bom equipamento fazem com que o Mazda 5 seja aquela proposta a ter em conta. Seja para cinco ou para sete lugares, agora tenho nova resposta para a mesma pergunta de outrora. E porque não o Mazda 5?


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Peugeot 107 Cilindrada: 998 c.c. Potência máxima: 68 cv Velocidade máxima: 157 Km/h Aceleração (0-100 Km/h) 12,3 s Consumo combinado: 4,3 l/100 Km Emissões CO2: 99 g/Km Preço: 10.035 €

Citadino

puro!

Está prevista uma nova geração durante o ano de 2013, mas até lá a Peugeot não quis deixar de atualizar alguns pormenores no seu mais pequeno modelo, o 107. Mais moderno e com uma nova e mais ampla gama de equipamento, o 107 recebe uma frente redesenhada onde o novo capot se destaca com formas

mais arredondadas e com a grelha em favos, embora as versões com faróis e nevoeiro o tornem bastante mais apelativo. O pequeno motor tricilíndrico de 68cv está concebido para a cidade assim como o conforto que não convida a grandes viagens, mas revela-se económico e prático para as manobras citadinas.

Nesta versão “Access”, o pequeno Peugeot vem completamente despido de qualquer extra, podendo apenas contar com os airbags frontais, ABS e direção assistida, tudo o resto como seja o autorádio, o ar condicionado ou os espelhos elétricos, não fazem parte desta entrada de gama. Talvez um pouco desatualizado neste capítulo, mas a marca disponibiliza outras versões, nomeadamente a nova série

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especial muito feminina, denominada “Envy”. Esta versão de moda e sedução, na nova cor “Plum” ou em “Preto Caldera”, ostenta elementos de decoração específicos, nomeadamente na porta traseira, no capot e na tampa da mala, no tapete bordado de cor “Plum” e no motivo decorativo central no conta-rotações. Também os limiares das portas em alumínio e um badge contribuem com um toque de requinte suplementar. O 107 “Envy” já inclui de série a pintura metalizada, o ar condicionado manual, as luzes diurnas em LED e faróis de nevoeiro, o auto-rádio com leitor de CD e MP3, quatro altifalantes, Bluetooth e tomada USB, decoração específica em cinzento e vidros e óculo traseiro escurecido. A nova geração não tardará a chegar mas até lá, este é o modelo que manterá o pequeno leão no mercado e que apesar de tudo se mantém com argumentos válidos para uma vida ativa na cidade.


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Škoda Yeti 1.6 TDI CR 4x2 Green Line Cilindrada: 1 598 cc Potência máxima: 105 cv Velocidade máxima: 176 km/h Aceleração (0-100 km/h): 12.1 s Consumo combinado: 4.6 l Emissões de CO2: 119 g/km Preço: 26 400 €

A primeira imagem que temos do Yeti é a que se conquista com um piscar de olho. De imediato, sentimos a essência do carro: formas bem definidas, silhueta aventureira, design compacto. Os recortes exteriores são dados pelos guarda-lamas alargados e recortados nas cavas das rodas, a grelha frontal assinada por quatro faróis, linha de cintura elevada, ampla

Aventureiro por

natureza

superfície vidrada, traseira truncada. É um design atrevido que poderia ter passado mais para o

interior. Lá dentro, encontramos uma assinatura de qualidade nos materiais, padrões de montagem rigorosos, funcionalidade e um conjunto de equipamentos que nesta versão inclui climatizador bizona, sistema multimédia com ecrã tátil, Bluetooth, sistema de navegação, sistema visual de estacionamento, volante multifunções, computador de bordo e cruise control. A funcionalidade do interior é dada pelos inúmeros espaços de arrumação, pelo sistema Vario Flex dos bancos traseiros (independentes e configuráveis

de diferentes formas que permitem obter até 1 760 litros de volume útil) e pelo sistema de fixação com calhas horizontais e ganchos amovíveis no compartimento de bagagem. A elevada (se assim desejar) e a correta posição de condução permite uma excelente visibilidade a par de uma boa ergonomia de comandos. Quando arrancamos, sentimos a facilidade com que o Yeti se movimenta, mesmo em locais mais estreitos. No empedrado urbano, o destaque vai para a elevada rigidez estrutural bem como a qualidade de amortecimento que permite cair nos buracos sem que isso se faça sentir no interior do habitáculo. Em estrada, apesar de uma generosa altura ao solo (180 mm) o Yeti curva muito bem nos limites. Esta versão (4x2) não “atraiçoa” a essência de um verdadeiro SUV. Dotado de um eficaz controlo de tração e bons ângulos permitemlhe circular em caminhos degradados, permitindo algumas experiências para longe dos olhares do alcatrão. Para além disso, o modelo insere-se no programa green line da Škoda que visa a redução de CO2. Assim, vamos encontrar um modelo dotado de algumas especificidades desde a gestão do motor passando pelas relações de caixa. Não sendo um corredor nato, a disponibilidade do binário a baixas rotações (250 Nm-1 500 rpm) permitem uma condução descontraída e dinâmica, mesmo contando com relações de caixa longas. Engenharias à parte, o resultado final traduzse em consumos reais entre os cinco e os seis litros. Com um espaço próprio no segmento, o Yeti é um verdadeiro companheiro de estrada. Para além do dia-a-dia urbano, contamos com ele para outras aventuras só possíveis com a mítica imagem das montanhas nevadas…



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Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

VW Beetle 2.0 TSI Cilindrada: 1984 cc Potência máxima: 200 cv Velocidade máxima: 223 Km/h Aceleração (0-100 Km/h): 7,5 s Consumo combinado: 7,7 l/100 Km Emissões CO2: 179 g/Km Preço: 37.362 €

Recentemente lançado, o novo Beetle surge agora apresentando outro conceito. A Volkswagen aproveitou toda a campanha de lançamento para mudar mentalidades. O Flower passou a Power! O Beetle agora tem um caráter desportivo e masculino, o que nos desafiou para este ensaio. Quem não se recorda do Herbie, o “carocha” das corridas e cujo nome do filme dá o título deste ensaio. Começamos entusiasmados, assim que vimos o “nosso” Beetle ao fundo. Versão Sport em preto com faixas brancas longitudinais desde o capot até à bagageira, e outras laterais com a sigla “Beetle”, duas ponteiras de escape nas extremidades e pinças de travão em vermelho. Sentados ao volante… é outra coisa! Perdeu a simplicidade, perdeu o “vaso” para a flor, mas ganhou outra vida, ganhou conforto e ganhou agora a caixa DSG nesta versão Sport. Damos à chave e ouvimos o ronco que só por si promete! Mas será mesmo que este Beetle tem veia desportiva? Fomos ver!

"Um carocha dos

diabos"

Semáforo vermelho! Tentamos nos abstrair que estamos ao volante do “Carocha” e 3, 2, 1… arrancamos para uma volta de aquecimento, a caixa de dupla embraiagem é uma delícia e o ronco entusiasma mas depressa percebemos que as pinças vermelhas são mesmo só uma questão de tinta. A suspensão adorna e apesar de todo o look, as jantes 17” têm montados pneus 215/55, o resultado em termos de performance é razoável, mas fruto do bloqueio eletrónico do diferencial. Ok, ficamo-nos

apenas pelo aquecimento… No interior, não faltam pormenores alusivos à tradição, como sejam o porta-luvas superior ou a pega lateral. O espaço atrás é limitado para “encaixar” os dois adultos que permite, mas o ambiente a bordo é agradável e a melhoria na qualidade de materiais e construção é notável. As três versões disponíveis, o Beetle, Beetle Design e o Beetle Sport permitem uma

configuração à medida e muitos mais pormenores não faltam para cada estilo. Não é um puro desportivo, está longe disso, mas tem muito para ter uma melhor sorte nas vendas e proporciona bons momentos de condução, principalmente com esta caixa DSG, a única disponível para a versão Sport. Pelo menos agora, os 37.000 € que pedem pelo Beetle, valores ao nível do irmão Golf (com as mesmas especificações), justificam cada cêntimo face ao que oferece, incluindo um design mais moderno e apelativo. Em 2013 teremos a versão Cabrio que também promete!


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Morada:Estrada Nacional 16 , São Miguel da Guarda | 6300-383 GUARDA Telefone: 271 239 428 | Fax: 271 230 961 | www.mazda.pt | elpidio.horacio@mail.telepac.pt


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Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

Volvo S60 D2 Cilindrada: 1560 cc Potência máxima: 115 cv / 3600 rpm Velocidade máxima: n.d Km/h Aceleração (0-100 Km): 10,9 s Consumo combinado: 4,3 l/100 Km Emissões CO2: 114 g/Km Preço: 32.000 €

A par do inconfundível conforto e bem estar a bordo, a Volvo é também sinónimo de segurança. O S60 é considerado o familiar de entrada de gama da marca, mas não é por isso que deixa de

Indiscutível!

estar repleto de equipamento e de sistemas de segurança que invejam muitos. Começando pelo City Safety, sistema que evita ou atenua os efeitos de uma colisão no trânsito até 50 Km/h, cruise control adaptativo, alerta de colisão com travagem automática completa e deteção de peões, sistema DAC de controlo de alerta ao condutor, identifica eventuais sinais de cansaço na condução e alerta

para a necessidade de uma pausa, sistema LDW de alerta de transposição involuntária da faixa de rodagem, sistema DSTC com controlo de estabilidade avançado, sistema Hydraulic Brake Assist (HBA) que ajuda a utilizar os travões em pleno numa situação de emergência, enquanto o sistema Ready Alert Brakes antecipa travagens fortes e prepara-se para isso, colocando as pastilhas dos travões mais próximas dos discos. O Electronic Brake Distribution distribui o efeito de travagem entre as rodas da frente e de trás para conseguir resultados ideais, de acordo com a carga e as condições de condução. Para além disto, as luzes de travão adaptativas ou

os faróis ABL (Active Bending Lights) que usam a tecnologia Dual Xénon e aumentam o ângulo de visão em cerca de 230%, estão também presentes. Depois desta extensa lista, não restam dúvidas sobre o objetivo e o empenho da marca na segurança do condutor e ocupantes. Atualmente a Volvo propõe este S60 D2 versão Momentum por um valor bastante tentador. Os 32.000€ já incluem sistema de qualidade do ar, sistema áudio de alta performance com Bluetooth, sensores de estacionamento traseiros, espelhos retráteis eletricamente com luzes exteriores, sensor de chuva e JLL 17", entre outros. Entre esta vasta lista de equipamento, uma condução económica, agradável, e sempre disponível graças aos 270 Nm de binário, e todo o conforto e segurança que oferece, o S60 D2 é aquele automóvel que reúne o que se procura num familiar deste segmento, e conduzi-lo é apenas a constatação de factos indiscutíveis.


Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

Audi A5 coupé cabriolet Cilindrada: 2 967 cc Potência máxima: 204 cv Velocidade máxima: 230 km/h Aceleração (0-100 km/h): 7.6 s Consumo combinado: 5.2 l Emissões de CO2: 138 g/km Preço: 61 813 €

O sonho de circularmos tendo o céu como fronteira é transformado, de quando em vez, em realidade. Tendo como base o A5 coupé, a versão cabriolet exibe um

Para seduzir

prolongamento dos sentidos. As formas elegantes mas de caráter desportivo expressamse na distância entre eixos, no capot mergulhante alongado, na linha de cintura elevada, numa

frente dinâmica marcada pelo design dos novos faróis xénon plus. A traseira encerra um conjunto de linhas homogéneas que ligam todo o perfil do carro. Também a imagem de marca

AO VOLANTE [43]

exterior continua a ser dada pela existência da capota de lona que, neste caso é opção da capota acústica que rende ao interior um ambiente ainda mais acolhedor com uma qualidade acústica e térmica excecional e que, em 15 s (de abertura até aos 50 Km/h), nos deixa de céu aberto. Envolvidos numa atmosfera com o requinte de materiais e a todo um conjunto de equipamentos que ajudam a transformar a viagem num puro prazer, do sistema multimédia passando pelos estofos em couro ou a climatização até à caixa automática S-tronic com 8 relações, ficamos rendidos à facilidade de condução. Mesmo em percursos urbanos, a suavidade do motor de 3 litros e o controlo Audi Drive Select permite que optemos por parâmetros que transformam a condução em momentos únicos de suavidade. Em estrada, mercê do mesmo sistema, podemos obter uma maior reatividade do conjunto motor, direção e caixa de velocidades que nos oferece um comportamento do A5 ao melhor nível. Como se isto não bastasse, o sistema quattro encarrega-se de gerir da melhor forma a tração, mesmo em piso seco e quando optamos por uma condução também ela mais ativa com um rigor comportamental inquestionável. Mas, desfrutemos da essência do modelo, ou não estivéssemos nós nesta época do ano. Uma vez sem a capota registamos, desde logo, o trabalho realizado ao nível da rigidez do chassis que permite passar tranquilamente em qualquer tipo de piso sem grandes oscilações parasitas. Depois, o agrado pelo facto do para-brisas não “proteger” (ainda bem!) em demasia o habitáculo, o que nos proporciona uma verdadeira sensação de liberdade. E é assim que podemos continuar a conduzir de acordo com o nosso espírito ao som da melhor música, entre o perfume do couro e da Natureza, entre a paixão e a razão…


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Jul | Ago | Set | 2012 | ELM

RS3 Sportback Cilindrada: 2 480 cc Potência máxima: 340 cv Velocidade máxima: 250 km/h (lim.) Aceleração (0-100 km/h): 4,6 s Consumo combinado: 9.1 l Emissões de CO2: 212 g/km Preço: 69 875 €

Individualismo

apurado

Dinâmico, sedutor, prático: predicados que assentam na personalidade do Audi A3 Sportback. A par de um modelo que se realça pela vertente familiar, o RS3 vem acrescentar algo mais: o dinamismo. As linhas, mais musculadas, são reforçadas com pormenores exclusivos da versão: os párachoques dianteiros distintos com amplas entradas de ar sob os faróis xénon plus, as embaladeiras largas, o

spoiler de tejadilho, espelhos retrovisores em alumínio que lhe emprestam um ar diferente. No interior, o design simples mas moderno, sublinhado por pormenores mais exclusivos de onde se destacam os bancos desportivos, o volante cortado e as inserções decorativas em alumínio. Para além do climatizador, podemos contar com um equipamento que pode incluir os faróis xénon plus, equipamento multimédia com

navegação e teto panorâmico. Mas, para o caso, importa destacar os genes do RS3. Bem sentados, o primeiro destaque vai para o trabalhar equilibrado do motor que mais se ouve pelo escape… depois, a suavidade da caixa S tronic de dupla embraiagem de seis relações que emprestam ao modelo uma suavidade exemplar para o dia-a-dia. Impercetíveis, as mudanças desfilam no visor sem se darem por ela. Podemos desfrutar de uma condução tranquila, mesmo sabendo de uma suspensão devidamente desportiva) até irmos para outras estradas, melhor apetrechadas para o protagonista. Desde logo, a aceleração impressiona. Com uma faixa de utilização muito linear, optamos pela posição “S” de sport na caixa, o empurrão sente-se desde os primeiros instantes para, depois, se

exprimir cada vez com mais vigor no topo do conta-rotações. Se optarmos pela utilização manual/sequencial, então obteremos um maior prazer… esticando até ao limite. Estamos certos que pouco mais precisaremos da terceira para desfrutarmos de um potencial desportivo do modelo. Por esta altura, nem sentimos a dureza da suspensão tão eficiente é o comportamento e, claro, é impossível apanharmos uma perda de eficácia na transmissão da potência ao solo. Irrepreensível, o sistema quattro do RS3 assegura a tração do carro (mesmo em seco, aqui apenas teremos que contar com o limite dos pneus) em qualquer circunstância. Incisivo a entrar nas curvas, mesmo nas mais lentas, basta apenas acelerar a fundo para que possamos sair incólumes mesmo de situações mais atrevidas (convém manter a dose de bom senso q.b.) e com um sistema de travagem que aguenta até às últimas. A princípio, nem se acredita na capacidade de tração mas depois… o RS3 mais parece circular em carris… impressionante! Mas voltemos ao dia-a-dia… Sossegados, vamos tranquilos para o estacionamento onde apenas temos que colocar o computador a zero para deixar para trás vestígios de uma condução… um pouquito mais empolgada!


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JORNALISTA DO ESCAPE LIVRE HÁ MAIS DE 20 ANOS JOÃO OLIVEIRA LOPES PUBLICA “PORTA DA BAÍA” Mais conhecido pela sua atividade como jornalista ligado ao setor automóvel, João Oliveira Lopes apresentou, no início de Junho, o seu primeiro romance, intitulado Porta da Baía. Radiologista de profissão, a exercer funções no Hospital da Guarda, desde 1977 que João Oliveira Lopes está ligado à comunicação social através das duas rádios da Guarda. Primeiro na Rádio Altitude, onde foi animador de diversos programas, repórter e jornalista, tendo ainda desempenhado funções como Director de Programas e de Recursos Humanos e membro da Comissão Directiva. Mais tarde, na Rádio F, foi animador de antena e Director Comercial. Em 1989 iniciou a colaboração com o Escape Livre como responsável pelo programa de rádio, sendo co-fundador das Organizações Escape Livre, responsáveis pela publicação do jornal e mais tarde da revista Escape Livre Magazine da qual é, ainda hoje, o Editor-Chefe. “Porta da Baía” conta a história de três gerações da família Mendes de Sousa, que possuem um segredo que acompanha toda a trama que se desenrola em cidades como Paris, Lisboa, Salamanca e Macau. Publicado pela Chiado Editora, Porta da Baía está à venda, com um preço de capa de 15.00€, disponível na Livraria Jardim na Guarda e na Livraria Barata em Lisboa.

CITROËN C5 E C8 : EVOLUÇÕES DE DESIGN E NOVOS EQUIPAMENTOS Os CITROËN C5 e C8 vão beneficiar de uma evolução em termos de design, de acordo com os atuais códigos e ambições da marca. Modernidade e elegância são as palavras-chave desta evolução, que reforça a personalidade de ambos os modelos, mantendo todos os princípios que garantem o seu sucesso. Desde o seu lançamento no início de 2008, disponível nas versões berlina e carrinha, o CITROËN C5 já vendeu mais de 400 000 exemplares. Com grande sucesso comercial, o CITROËN C5 beneficia hoje de evoluções estilísticas e tecnológicas que lhe garantem uma maior modernidade e personalidade: recebe os novos «chevrons» da marca. Mais arredondados reforçam a sua expressividade. O CITROËN C5 surge também dotado das novas jantes de liga leve de 17 polegadas «Egée» (de série consoante as

versões) e de uma nova cor, castanho «Guaranja». A bordo, na versão Exclusive, o CITROËN C5 propõe um novo revestimento misto de couro e tecido e novas decorações. Para facilitar as viagens, o CITROËN C5 passa a estar equipado com um novo sistema de navegação eMyWay, associado à «Connecting Box» incluíndo uma entradas para «jack», porta USB e «kit» mãos livres Bluetooth. No CITROËN C5 Tourer, este sistema de navegação pode estar acoplado a uma câmara traseira para ajudar nas manobras de estacionamento. Já o CITROËN C8 consegue conjugar elegância, volume, bem-estar e agradabilidade de condução. Com estes pontos fortes, integra, a partir de agora as evoluções que visam modernizar e revitalizar o estilo do maior monovolume da CITROËN.

PARIS MOTOR SHOW REGRESSA EM SETEMBRO

elétricos e híbridos. Fabricantes de material especializado, fornecedores das energias alternativas, agentes ligados aos equipamentos ecológicos e sustentáveis do sector automóvel estarão igualmente presentes. A organização reservou especialmente dois dias de conferências sobre este tema, a 2 e 3 de Outubro. Porque a inovação é tecnologia, o Paris Motor Show criou uma aplicação específica sobre o salão para iPhones, IPads e sistema operativo Android. O site do salão vai ser todo ele modernizado, gráfica e tecnicamente, dando corpo ao lema “O futuro, agora”. Em www.mondial-automobile. com, encontra-se toda a informação atualizada.

Um dos maiores salões automóveis da europa está de regresso de 29 de Setembro a 14 de Outubro. O Paris Motor Show vai receber 253 representantes de 20 países ao longo de uma área de quase 180 mil metros quadrados para dar a conhecer todas as novidades. O certame dedica um pavilhão às energias limpas e renováveis, e em particular aos carros


[46] BREVES

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MAZDA MOTOR DE PORTUGAL INICIA PARCERIA COM AS ALDEIAS DE CRIANÇAS SOS A Mazda Motor de Portugal e a Associação das Aldeias de Crianças SOS de Portugal acabam de dar início a uma parceria que visa contribuir para o bem-estar das crianças e jovens adultos que contam com o suporte daquela organização no nosso país. Nas Aldeias de Crianças SOS a missão passa por acompanhar crianças e jovens que se encontram em situação vulnerável, com o objetivo de promover o seu pleno desenvolvimento e

autonomia, através do acolhimento, da prevenção e do fortalecimento das suas redes familiares e sociais. Presentes em Portugal desde 1964 (o nosso país foi o 6º a associar-se à SOS Kinderdorf International, hoje presente em 133 países), as Aldeias de Crianças SOS disponibilizam casas e oferecem esperança a crianças, jovens e deficientes, na envolvente das suas culturas e religiões, integrando-os numa atmosfera familiar. Na Europa, a Associação nasceu em Imst (Áustria) em 1949, contando, por isso, com um longo historial de crescimento e de histórias com final feliz.

AGUIAR DA BEIRA RECEBE PROVA DE RALLY

PNEU DA BRIDGESTONE LEVA NOTA MÁXIMA

A vila de Aguiar da Beira acolhe, no dia 1 de Setembro, uma prova de rally integrada na manifestação desportiva Critérium de Ralis, uma organização do Clube Automóvel da Marinha Grande e Clube Automóvel do Centro que pretende levar os automóveis a Aguiar da Beira e divulgar esta região. O Critérium é composto por dois tipos de prova – Ralis Sprint e Regularidade e tem inscrições abertas até uma semana antes do evento. Na prova de Aguiar da Beira, que decorre ao longo de todo o dia, podem participar todos os carros desde que tenham roll bar e cumpram todas as normas básicas de segurança. Para mais informações, contactar o Clube Automóvel da Marinha Grande ou ver o regulamento em www.fpak.pt.

A Bridgestone Europe vai lançar o novo EP001S ECOPIA com nota "A / A" – o máximo em termos de eficiência de combustível e aderência em piso molhado, a partir de Outubro de 2012. O novo pneu é, igualmente, o primeiro a atingir o rótulo de topo na classificação na Europa e no Japão. O EP001S é o mais recente membro da gama Ecopia, a linha de eficiência de combustível e será apresentado oficialmente no Salão Automóvel de Paris, em Setembro, para depois ser introduzido no mercado europeu em Outubro. Entretanto a marca já começou a rotulagem dos seus pneus em Julho. Os novos rótulos já serão incluídos na maioria dos pneus disponíveis na União Europeia. A partir de 1 de Novembro, todos os pneus comercializados na Europa irão estar em conformidade com a rotulagem, tal como definido pelo regulamento Europeu de Pneus (EC) número 1222/2009. A rotulagem será acompanhada de informação, através da distribuição de kits de ferramentas práticas e material educativo em forma de folhetos e cartazes, junto de todos os revendedores, de forma a chegar ao consumidor. Os rótulos destacam o desempenho do pneu ao nível da eficiência de combustível, aderência em piso molhado e ruído exterior.


De Linhares ao Piódão

Linhares, também és da Estrela Passado com lendas animas Penedo granítico encimas Tuas gentes, teus lugares Mondego e seus vales dominas. És Museu ao ar livre Falando em todas as esquinas Às tuas gentes deixas rimas Em paisagens de montanha Em tuas águas cristalinas. Teresa Duarte Reis


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M

esmo à beira do estio, a frescura da montanha constitui um apelo à evasão se bem que a altitude do trajeto possa não significar essa tão desejada evasão. Andar nas alturas constitui um desafio constante aos sentidos, em qualquer época do ano. Subida atrás de subida, descida de socalco em socalco, os horizontes desenham-se com uma maior vastidão no olhar seguidos de uma vontade enorme de estarmos para lá daquilo que se observa. Escolhemos um percurso que calcorreia os altos da Estrela e do Açor. Tendo como ponto de partida Linhares da Beira, só por si, este local, merece uma pausa… A história passada faz desta localidade um verdadeiro museu ao ar livre que se descobre em cada rua, em cada casa, em cada monumento. Foi D. Afonso Henriques que lhe atribuiu o primeiro foral, em 1169. Conta a lenda histórica que, numa noite de lua nova do ano de 1189, as tropas do reino de Leão e de Castela invadiram a região numa tentativa de assalto ao castelo de Celorico. Linhares acudiu em defesa e o exército inimigo, ao ver-se cercado na retaguarda, acabou por debandar. É em Linhares que podemos descobrir, gravadas nas armas, um crescente e cinco estrelas que perpetua esse acontecimento. Durante um pequeno passeio a pé, não perca a oportunidade de visitar a igreja matriz. Com origem românica, o monumento guarda três consideráveis tábuas que são atribuídas a mestre Vasco Fernandes, mais conhecido como Grão Vasco. Também o castelo marca a imagem granítica da aldeia. Foi construído em 1291, no reinado de D. Dinis, sobre ruínas de um antigo castro pré-romano da Idade do Ferro. Mas a marcar a transversalidade histórica de Linhares estão diferentes monumentos. Se o pelourinho, junto da antiga cadeia, é um símbolo do exercício da justiça,

os testemunhos da época manuelina estão espelhados na Casa Manuelina que também representa a passagem dos judeus pela localidade e exibe um belo exemplar de janela manuelina. Posto isto, vamos para o caminho pela saída da porta da unidade


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Inatel de Linhares. A primeira parte sobe em asfalto em direção ao planalto central da Estrela. No início do trajeto de terra, a paisagem estende-se entre as antigas quintas (os casais) e o vale glaciar do Zêzere em direção às Penhas Douradas e à aldeia mais alta de Portugal, o Sabugueiro. Já em Seia, importa destacar um conjunto de visitas obrigatórias que lhe mostram a região pelas mais diferentes perspetivas: o Museu do Pão, o Centro de Interpretação da Serra da Estrela, o Museu do Brinquedo e o Museu da Eletricidade (em S. Romão). A segunda parte do percurso une a cidade de Seia ao Piódão. O road book tem início na localidade de Alvôco das Várzeas. Para lá chegar, de Seia siga em direção a Coimbra através da EN 17, a conhecida “Estrada das Beiras”. Na localidade de Vendas de Galizes, deixe a EN 17 e vir à esquerda, na direção da Covilhã (EN 230). Após atravessar a Ponte das Três Entradas, prossiga na EN até Alvoco das Várzeas. No centro da localidade, junto do cruzamento que dá acesso à ponte romana, tem início o road book. Antes de prosseguir, dê um pulo até à ponte medieval. Trata-se de uma estrutura gótica com dois arcos, um redondo e outro em ogiva e tabuleiro de dois lances, em cavalete de inclinação acentuada. Apesar de comummente ser designada de “romana”, esta é uma ponte construída no século XVI. Depois de regressar à estrada nacional, coloque a zero e prossiga. O trajeto segue sempre a piscar o olho à ribeira de Vide. As águas transparentes convidam a um constante refrescar nos inúmeros açudes. Já em Vide, tem início um troço de beleza única. A subida

ROTAS DA REGIÃO [49]

do corta-fogo transporta-nos para alturas do monte Colcurinho, onde a paisagem se espraia em redor, dos contrafortes da Estrela até ao Caramulo, sentindo-se já o recorte do Açor. A paisagem xistosa é única, recortando o horizonte em perfis povoados de casas e de pessoas. Pessoas que herdaram um passado de isolamento, mas que souberam evidenciar a tenacidade de uma cultura. Ao longe, a típica aldeia do Piódão é uma imagem de marca. Encostada na Serra do Açor, as casa construídas em xisto e cobertas de lajes, com portas e janelas de madeira pintadas de azul e a igreja alva. Um toque subtil na paisagem que faz do viajante um cúmplice de tradições seculares. Este conjunto arquitetónico insere-se na rede de Aldeias Históricas, tendo recebido na década de 80 o Galo de Prata por se assumir com uma aldeia típica. Em redor, o agreste da paisagem contrasta com os terraços ainda cultivados. E na origem remota do lugar, está um outro povoado denominado “Casal de Piodam” que, traduzido, significa “a gente ou o povo que anda a pé”. É só constatar… As referências que existem em relação à aldeia estão associadas ao local de refúgio e de isolamento do mundo. Dizem as gentes de lá que Piódão vem de “pior do


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mundo“. É uma história longa que fala de um criminoso que por lá se refugiou, fugindo da justiça. Ele enviou notícias para a família, muito distante, descrevendo o local onde se encontrava como sendo “o pior do mundo“. Hoje, talvez exageros mas, o que é certo, é que os tempos são outros e Piódão transformouse numa aldeia acolhedora e que oferece ao forasteiro o melhor que a natureza tem. Por detrás de um olhar pela paisagem ficam as tradições das gentes. Fruto da experiência passada, sentem os cheiros da terapia popular que recorria à utilização de infusões de ervas silvestres, conduzidas por rezas e tradições antigas que aguentavam o mau-olhado e o mal de inveja. Ouvese o responso de Santo António ou o responso para afastar a trovoada (por cima de algumas portas ainda se observam algumas cruzes para manter afastados os males). E, claro, sentem-se os verdadeiros sabores serranos, verdadeiros hinos ao paladar: a chanfana, o cabrito assado, o caldo da panela, a açorda, as migas de bacalhau, os enchidos a broa de milho, a tigelada, os bolos do forno, as filhoses e os biscoitos de azeite. Espirituosa é a aguardente de mel e de medronho. Caminhos inesquecíveis que se percorrem ao sabor do ano, num pleno piscar de olho aos sentidos, numa região única.

[ ONDE DORMIR ] • Piodão Inatel Piódão

Tel: 235 730 100/1 Fax: 235 730 104 inatel.piodao@inatel.pt 6285-018 Piódão

• Linhares - Inatel

Largo da Misericórdia Tel: 271 776 081 Fax: 271 776 082 inatel.linhares@inatel.pt 6360-080 Linhares da Beira

[ ONDE COMER ] • Cova da Loba

Largo da Igreja 6360-080 Linhares da Beira Tel: 271 776 119 | geral@covadaloba.com

• Restaurante Piódão XXI

Largo Cónego Manuel Fernandes Nogueira Telm. 967537491 6285-018 PIÓDÃO

• Museu do Pão

Quinta Fonte do Marrão Tel: 238 310 760 | Fax: 238 310 769 info@museudopao.pt 6270 Seia




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