A Prática do Desenvolvimento Natural da Igreja
Christian A. Schwarz Christoph Schalk
A Prática do Desenvolvimento Natural da Igreja 3ª edição Tradução: Valdemar Kroker
Curitiba/PR 2021
Christian A. Schwarz Christoph Schalk
A Prática do Desenvolvimento Natural da Igreja Coordenação editorial: Claudio Beckert Jr. Tradutor: Valdemar Kroker Capa: Claudio Beckert Jr. Revisão: Fred R. Bornschein, Doris Körber, Josiane Zanon Moreschi Diagramação: Rafael Filipe Panfil 1ª edição brasileira: Setembro de 2000 2ª edição brasileira: Fevereiro de 2008 Reimpressão revisada: Julho de 2010 3ª edição brasileira: Março de 2020 Título do Original em Alemão: “Die Praxis der natürlichen Gemeindeentwicklung” Copyright©1997 C & P Verlags-GmbH Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schwarz, Christian A. A Prática do Desenvolvimento Natural da Igreja / Christian A. Schwarz, Christoph Schalk. - - 3. ed. - - Curitiba.PR : Editora Evangélica Esperança, 2021. - - (Série “o desenvolvimento natural da Igreja”) Título original: Die Praxis der natürlichen Gemeindeentwicklung. Bibliografia ISBN 978-65-87285-33-7 1. Igreja - Crescimento 2. Novas igrejas 3. Desenvolvimento I. Schalk Christoph. II. Título 08-12184 CDD-262.001
Índices para catálogo sistemático: 1. Igreja : Desenvolvimento natural : Cristianismo 262.001 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial sem permissão escrita dos editores. EDITORA EVANGÉLICA ESPERANÇA Rua Aviador Vicente Wolski, 353 – CEP 82510-420 – Curitiba – PR Fone: (41) 3022-3390 comercial@editoraesperanca.com.br www.editoraesperanca.com.br
Sumário Introdução: O que você pode esperar deste livro…..........................................7 Parte 1 Como você pode descobrir o perfil da sua igreja............................................9 Por que descobrir o perfil de uma igreja?.......................................................10 Como agir na prática............................................................................................12 A interpretação do perfil da igreja......................................................................14 Acompanhar o progresso.....................................................................................17 Por que a intuição às vezes engana................................................................20 Parte 2 Dez passos para a ação........................................................................................23 O passo antes do primeiro passo.....................................................................24 Passo 1: Fortalecer a motivação espiritual...........................................................26 Passo 2: Descobrir o fator mínimo........................................................................28 Passo 3: Colocar objetivos qualitativos................................................................29 Passo 4: Identificar os empecilhos........................................................................31 Passo 5: Pôr em prática princípios da natureza..................................................34 Passo 6: Aproveitar os pontos fortes da igreja..................................................35 Passo 7: Implantar material baseado em princípios da natureza.................36 Passo 8: Acompanhar o progresso......................................................................37 Passo 9: Concentrar-se em novos fatores mínimos.........................................38 Passo 10: Reproduzir a vida................................................................................39 Parte 3 Como você pode trabalhar nos seus fatores mínimos.................................41 A individualidade da sua igreja.......................................................................42 Marca número 1: Liderança capacitadora........................................................47 Marca número 2: Ministérios orientados pelos dons....................................55 Marca número 3: Espiritualidade contagiante................................................63 Marca número 4: Estruturas funcionais...........................................................73 Marca número 5: Culto inspirador...................................................................84 Marca número 6: Grupos pequenos integrais...............................................93 Marca número 7: Evangelização orientada para as necessidades.........101 Marca número 8: Relacionamentos marcados pelo amor fraternal.......111
Parte 4 Aprendendo a pensar de acordo com os princípios da natureza................117 O programa de treinamento.............................................................................118 Unidade de treinamento 1: Interdependência..............................................120 Unidade de treinamento 2: Multiplicação.....................................................130 Unidade de treinamento 3: Transformação de energia..............................141 Unidade de treinamento 4: Efeitos múltiplos...............................................150 Unidade de treinamento 5: Simbiose.............................................................162 Unidade de treinamento 6: Funcionalidade.................................................171 Unidade de treinamento 7: Achar soluções e avaliá-las...........................183 Parte 5 As perguntas mais frequentes sobre o DNI.................................................189 Apêndice 1 Folhas de trabalho originais para cópia........................................................213 Apêndice 2 O lado científico do perfil da igreja.................................................................225 Apêndice 3 O Desenvolvimento Natural da Igreja............................................................231
Introdução
O que você pode esperar deste livro… “…e o que você não deve esperar dele” – assim de- “Este livro é para veria continuar o título deste capítulo introdutório. cristãos e igrejas Vamos começar então com a segunda parte da declaque perguntam: ração, com tudo aquilo que este livro não quer e nem ‘Como isso pode lhe oferecer: ● Não é objetivo deste livro fazer propaganda para pode acontecer a implantação do Desenvolvimento Natural da na prática?’” Igreja, nem convencer aqueles que são céticos em relação a este método. ● Ele não estabelece a base do Desenvolvimento Natural da Igreja. Isso foi feito no livro anterior O Desenvolvimento Natural da Igreja. ● O livro não apresenta o pano de fundo teológico em que se baseia o Desenvolvimento Natural da Igreja (o livro Mudança de Paradigma na Igreja dedica-se especificamente a este assunto). ● O livro não pretende ser um passatempo, não faz questão de ser uma leitura leve e agradável. Propositadamente é objetivo, pesado, não apologético. É um livro de trabalho.
A função deste livro O que muitos leitores talvez considerem um ponto negativo neste livro está relacionado ao lugar que ele ocupa entre os diversos materiais sobre o Desenvolvimento Natural da Igreja. Ele tem por objetivo ajudar cristãos interessados em aplicar na sua própria igreja local os princípios descritos no livro anterior O Desenvolvimento Natural da Igreja. Por isso, ele começa onde termina o livro anterior e termina onde começam os materiais práticos de trabalho referentes às oito marcas de qualidade. É destinado a cristãos e igrejas que estão convencidos deste princípio e que agora se perguntam: “Como fazer isso na prática?” O que chamamos de “Desenvolvimento Natural da Igreja” baseia-se no projeto de pesquisa mais abrangente sobre o crescimento de igreja que foi realizado até hoje: mais de 70.000 igrejas em 84 países nos cinco continentes foram pesquisadas. No entanto, o presente livro não tem por objetivo mostrar os resultados da pesquisa. Pretende ir além e ajudar você a tirar proveito dos resultados mais importantes da pesquisa para a sua igreja.
Qual é o pré-requisito Este livro tem como pré-requisito um conhecimento básico dos fundamentos principais do Desenvolvimento Natural da Igreja. “Processos automáticos de crescimento”, “Oito marcas de qualidade”, “Princípios baseados na natureza”, “Paradigma tecnocrático e paradigma da espiritualização”, “Princípios versus visão orientada por um modelo”, “Estratégia dos fatores mínimos”,
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“A hipótese do nível 65” (todos esses são exemplos de conceitos que não são esclarecidos de forma detalhada neste livro). Sempre que forem de importância prática para a sua igreja, você encontrará uma definição breve desses conceitos em uma caixa de texto com indicação das páginas do livro O Desenvolvimento Natural da Igreja (DNI). Como exemplo de “caixa de definição”, encontramos nesta página a explicação do conceito “Desenvolvimento Natural da Igreja”.
Função dupla Este livro tem uma função dupla: ● Em primeiro lugar, é um guia de implantação dos princípios do Desenvolvimento Natural da Igreja como um todo e por isso, com certeza, será usado por algumas igrejas que (ainda) não se preocuparam em fazer um levantamento do “perfil da igreja”. ● Em segundo lugar, o livro é indicado para toda igreja que gostaria de fazer um levantamento do seu perfil. É um resumo das sugestões práticas, avaliadas de forma individual pelo computador, com indicações das páginas correspondentes. A explanação relativamente “seca”, O Desenvolvimento Natural de forma não narrativa, associada à utida Igreja tem por objetivo lização de tabelas, folhas de trabalho e liberar o potencial que Deus já formulários de avaliação e, finalmencolocou na sua igreja. te, ao uso do computador relacionado Mais detalhes: DNI, p. 6-14 com o levantamento do perfil da igreja – tudo isso pode parecer um tanto “tecnocrático” para um leitor iniciante. Por isso não podemos deixar de observar que Desenvolvimento Natural da Igreja não tem nada a ver com tecnocracia, mas é uma alternativa consciente para princípios tecnocráticos de edificação da igreja. Indício de pensamento tecnocrático não é a aplicação das técnicas de trabalho mencionadas, mas a ilusão de poder levar a igreja a crescer por meio do esforço próprio, humano.
Objetivo: desenvolver a individualidade da sua igreja Está claro para nós que esta introdução quase se tornou uma “advertência”. Se você, mesmo assim, quiser continuar a leitura – ou melhor, continuar o trabalho – então sua motivação já deve ser bastante forte. Se esse for o caso e você nos acompanhar pelos próximos capítulos, atingirá uma percepção cada vez melhor da individualidade da sua própria igreja. Você, então, não irá – assim esperamos – procurar por receitas milagrosas ou por igrejas-modelo bemsucedidas para imitá-las. Pelo contrário, irá investir toda a sua força para desenvolver cada vez mais o potencial único que Deus já colocou em sua igreja. Isso é fácil? Não, é um caminho um tanto difícil. Os outros cristãos irão aplaudir você por isso? Não, você pode esperar o contrário. Vale a pena? Com certeza. Outono de 1997
Christian A. Schwarz / Christoph Schalk
Instituto para o Desenvolvimento Natural da Igreja
Parte 1: O perfil da igreja
Como você pode descobrir o perfil da sua igreja
Um diagnóstico confiável é a base para toda terapia com resultado positivo. Não existe um remédio miraculoso que ajude todos os “pacientes”. O que é o certo para um, pode ser errado para o outro. No Desenvolvimento Natural da Igreja, descobrir o perfil da igreja tem a mesma função do diagnóstico. Esta parte do livro explica o porquê disso e como agir, na prática, para descobrir o perfil da sua igreja.
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Por que descobrir o perfil de uma igreja? Você já experimentou cultivar hortaliças? Tomates, por exemplo? O que é necessário para se ter uma boa colheita? No momento apropriado, na primavera, você plantou as mudas. Cada pé de tomate foi amarrado a uma estaca. Você cuidou para que as plantas sempre tivessem água e adubo suficientes. No início, provavelmente, você teve que proteger suas plantas de geadas fora de época.
“Sem diagnóstico corre-se o risco de receitar óculos para miopia em caso de catarata.”
Entendemos por “Perfil de uma Igreja” a intensidade com que cada “marca de qualidade de igrejas em crescimento” está desenvolvida na igreja e qual, atualmente, é o seu fator mínimo.
Mas o que tudo isso tem que ver com Desenvolvimento Natural da Igreja? Analise: Quando você rega os seus tomateiros? Quando você aduba? Você rega quando a meteorologia prevê geada? Não, você fará a coisa certa no tempo certo – regar quando a terra Mais detalhes: DNI, p. 50-53, está seca, adubar quando há falta de 108-109, 120-121 nutrientes, etc. E para descobrir “qual a coisa certa a fazer”, você constantemente fará pequenas “análises”: talvez aperte a terra com o dedo para ver se está seca ou úmida. Regularmente dará uma olhada no termômetro e ficará atento à previsão do tempo. Se você é um jardineiro por hobby, provavelmente fará até uma análise do solo para determinar exatamente a composição dos nutrientes. Essas “análises” darão a você as informações para decidir o que é correto fazer em cada situação. É exatamente isso que acontece quando você deseja pôr em prática os princípios do Desenvolvimento Natural da Igreja: em vez de cultivar de forma desordenada, ou seja, promover o desenvolvimento da igreja por impulso e sem coordenação, você deve perguntar: Qual é, neste momento, a chave para o desenvolvimento da nossa igreja?
Primeiro o diagnóstico, depois a terapia Imagine que você vá a um oftalmologista porque não consegue mais ler muito bem textos impressos em letras pequenas. Seu oftalmologista, sem examiná-lo, coloca os seus próprios óculos em você e diz: “É, esse problema eu conheço muito bem. Há algum tempo eu também tinha esse tipo de problema, e esses óculos me ajudaram. Por favor, leve-os, pois com certeza também ajudarão você”. Você confiaria nesse médico? Claro que não. No entanto, constantemente vivemos situações parecidas em nossas igrejas. É de se admirar com que frequência pessoas bem-intencionadas dão receitas e conselhos sem antes se esforçar para saber o diagnóstico. “Aquela famosa igreja em Chicago tem o
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seu culto agora na quarta-feira à noite e desde então tudo está melhor. Vocês também deveriam fazer o mesmo.” “O que vocês precisam são peças teatrais nos seus cultos.” “A sua cidade irá se converter se vocês orarem muito.” “Na América Latina a batalha espiritual resolve todos os problemas – é isso que vocês deveriam experimentar.” Desenvolvimento Natural da Igreja tem um princípio diferente. Todo o trabalho de pesquisa dos últimos anos teve como objetivo também desenvolver um instrumento confiável para o diagnóstico. O diagnóstico não é tudo, mas sem ele – para ficarmos com a ilustração – existe o perigo de se receitar óculos para miopia em caso de catarata.
A utilidade de um perfil de igreja ● ● ● ● ●
O perfil de igreja utilizado no Desenvolvimento Natural da Igreja… dá a você uma visão dos pontos fortes e fracos da sua igreja; mostra a você como concentrar as energias que são limitadas (cooperadores, tempo, finanças, etc.) de forma objetiva nos pontos essenciais; ajuda sua igreja a descobrir o ponto de partida decisivo para o seu desenvolvimento futuro; baseia-se em pesquisas realizadas em mais de 70.000 igrejas em todos os cinco continentes e é um método científico exato; fornece à sua igreja uma “perspectiva externa”: Como sua igreja está em comparação com outras?
Descobrir assuntos relevantes Às vezes recebemos convites para realizar seminários em igrejas que simplesmente querem ouvir algo sobre dons, ou sobre “cultos inspiradores”, ou sobre outro assunto qualquer, relevante no sistema do Desenvolvimento Natural da Igreja. Entretanto, um seminário desse tipo pode até ser informativo e interessante, mas, provavelmente, pouco irá contribuir para o futuro desenvolvimento da igreja – pois falta o diagnóstico. E como não queremos fazer o que desaconselhamos aos outros, então não aceitamos fazer um seminário antes de se descobrir o perfil da igreja. Sou inflexível? Sim! E dou com prazer os meus óculos velhos a você…
Suas ideias: ● Neste capítulo você conheceu algumas vantagens em descobrir o perfil de sua igreja. Se você mesmo assim continua cético, seria sábio perguntar: Que vantagens você teria em não descobrir o perfil da sua igreja? Anote todas as vantagens que possa imaginar!
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Como agir na prática “Cada pessoa que preenche um questionário deve saber exatamente do que se trata ao fazê-lo.”
Agora a coisa se torna prática: Como você pode agir de forma concreta, se quiser descobrir o perfil da sua igreja? Você pode adquirir o material do Perfil da Igreja através da Editora Esperança. Entre em contato conosco. Você receberá 30 questionários para cooperadores da sua igreja e um questionário para o pastor. Para descobrir o perfil da sua igreja você deve seguir os seguintes passos:
Passo 1: Questionário do Pastor O questionário do pastor deve ser preenchido pelo pastor titular da igreja. Se na sua igreja há vários pastores, sem que um deles tenha uma posição de liderança destacada, aquele pastor que está mais envolvido com as atividades relacionadas com o desenvolvimento da igreja deve preencher esse questionário. Se sua igreja não possui um pastor principal – nenhum cooperador com esse título – então a pessoa que, na prática, tem mais responsabilidade na equipe de liderança, deve preencher o questionário.
Passo 2: Questionário do Cooperador Esses questionários devem ser preenchidos pelos cooperadores da igreja. Independentemente do tamanho da sua igreja, esse número deve ser no máximo 30 (caso sua igreja tenha menos de 30 pessoas, serão preenchidos menos questionários). Se você tiver dificuldade em convencer 30 pessoas a preencherem o questionário, um número aproximado está bom. Menos de 20 questionários faz com que os resultados sejam imprecisos. Os cooperadores que preencherem o questionário devem, se possível, ser escolhidos de acordo com os seguintes três critérios: a. Devem ser as pessoas que, na opinião do pastor, estão mais no centro da vida da igreja. b. Devem ter uma tarefa regular na igreja. c. Devem ser membros de um grupo pequeno (grupo familiar, grupo de estudo bíblico, grupo de trabalho, etc.). Dá bons resultados entregar os questionários – sem nome – para serem preenchidos em um tempo determinado para uma pessoa responsável por essa tarefa. O mais fácil é usar, para o preenchimento dos questionários, uma reunião em que as respectivas pessoas estejam presentes. Nesse caso, os questionários podem ser recolhidos e encaminhados na hora. Nessa reunião também podem ser esclarecidos o sentido, o objetivo e a prática dessa tarefa, como também podem ser discutidas as perguntas que eventualmente surgirem. Eventualmente os questionários também podem ser distribuídos em um seminário de esclarecimento em sua igreja.
Como agir na prática
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Em todos os casos, cada pessoa que preencher um questionário deve saber por que a igreja decidiu usá-lo. De modo algum você deve fazer a pesquisa sem um esclarecimento prévio aos cooperadores. O livro O caminho por si só (veja p. 233) pode ser uma ajuda. Nele Christian A. Schwarz, fundador e líder do Instituto para o Desenvolvimento Natural da Igreja (DNI) o convida para um encontro de 90 minutos, no qual reduz as descobertas de mais de duas décadas de pesquisa em dezenas de milhares de igrejas a algumas etapas simples de ação pessoal.
Passo 3: Avaliação Depois de receber os 31 questionários preenchidos, você pode devolvê-los para a Editora Esperança, parceira nacional do DNI. O endereço você encontra na folha de O software usado para obter informações sobre os questionários. De lá o Perfil está sendo atualizado você receberá o perfil da sua igreja com suconstantemente. Ele se baseia gestões do que poderá fazer para progredir em relação ao seu fator mínimo. A avalia- atualmente no perfil de mais ção que você receberá é baseada no presen- de 70.000 igrejas avaliadas. te livro e faz sugestões de quais poderiam Mais detalhes: DNI, p. 122-123 ser, na sua situação, os passos seguintes. Sobre os preços atuais e endereços você poderá obter informações em www.editoraesperanca.com.br ou pelo telefone (41) 3022-3390.
Passo 4: Prática
Você deve tomar as providências sugeridas que mais se adaptam à sua situação. Recomendamos repetir o levantamento do perfil da igreja após 10-15 meses, assim poderá ver quanto o fator mínimo da sua igreja se desenvolveu e qual o novo fator mínimo.
Suas ideias: ● Até quando você quer descobrir o perfil da sua igreja? ● Quais pessoas da sua igreja devem ser conquistadas para esse projeto? ● Quais obstáculos existem em relação ao levantamento do perfil da igreja? ● Como você quer lidar com esses obstáculos? ● Como você quer informar aos membros da igreja sobre o conteúdo e a utilidade da pesquisa? ( ) Seminário/reunião de esclarecimento ( ) Livro “O caminho por si só” ( ) Outros:
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A interpretação do perfil da igreja “No perfil da igreja avaliase a forma de trabalho baseada nos princípios da natureza em cada área específica.” ● ● ● ● ● ● ● ●
Quando recebe o perfil da sua igreja, você sabe qual o potencial de crescimento e onde deve investir para que sua igreja experimente um crescimento qualitativo e quantitativo. O perfil da igreja dá informação sobre as oito marcas de qualidade (veja também parte 3), que são – como mostrou a nossa pesquisa – as áreas nas quais as igrejas em crescimento se distinguem de igrejas que estão decrescendo (entre parênteses estão as abreviações utilizadas):
Liderança capacitadora (LC) Ministérios orientados pelos dons (MD) Espiritualidade contagiante (EC) Estruturas funcionais (EF) Culto inspirador (CI) Grupos pequenos (GP) Evangelização orientada para as necessidades (EN) Relacionamentos marcados pelo amor fraternal (RA)
Os números detalhados Cada um dos valores do perfil é resultado do cálculo baseado em uma série de perguntas do questionário. Os valores são – na linguagem dos estatísticos – valores-padrão, padronizados em uma média de 50 com um desvio-padrão de 15. Na prática, isso significa para a sua igreja: uma marca de qualidade com valor 50 é o valor “normal” de uma igreja na média. Desvios de +/- 15 são comuns. Se os valores da sua igreja flutuam entre 35 e 65, estão dentro da média, às vezes um pouco melhor, outras vezes um pouco pior. O simples fato da sua igreja apresentar um fator mínimo não quer dizer que ela esteja muito mal
A interpretação do perfil da igreja
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nessa área – mesmo a melhor igreja-modelo tem um fator mínimo. O fator mínimo apenas indica a área na qual você deve concentrar o seu esforço para a edificação da igreja. Se um valor for maior que 65, é um sinal de qualidade bem acima da média. Se for menor que 35, indica problemas graves (ou um erro de dados?), e você deve contatar um de nossos consultores licenciados. Para um planejamento responsável de edificação de igreja, na maioria dos casos esses oito valores são suficientes. Mas, às vezes é interessante analisar os dados de maneira mais intensiva (por exemplo, basear-se em valores médios, frequência das respostas, perguntas determinadas, etc.). Como não é possível uma avaliação por conta própria por causa da base científica complicada do software, caso você tenha interesse, entre em contato com a Editora Esperança e solicite um consultor.
Tudo depende dos adjetivos Observe a ilustração do perfil de igreja no quadro acima: à primeira vista salta aos olhos que “espiritualidade” e “culto” têm uma marca de qualidade bem acima da média (e as áreas “relacionamentos” e “liderança” estão na média). No entanto – e este é o aspecto decisivo – no perfil de igreja não se mede nem “espiritualidade”, nem “relacionamentos”, nem “culto”, nem “liderança”. Mede-se exclusivamente a forma de trabalho baseada nos princípios da natureza nessas áreas. Trabalhar de acordo com A espiritualidade dessa igreja é simPrincípios da Natureza: plesmente “contagiante” (e esse adjetivo é somente um indicador para a abreviatura para a aplicação aplicação de todos os seis princípios da contínua dos seis princípios natureza nessa área), o culto é percebi- da natureza em cada área de do como “inspirador” pelos membros trabalho da sua igreja. da igreja. No entanto, a liderança da Mais detalhes: DNI, p. 61-82 igreja não é especialmente “capacitadora”, os relacionamentos apenas de forma mediana são “marcados pelo amor fraternal”. Em todas as oito áreas o perfil depende dos adjetivos. Cada igreja tem liderança e cooperadores, e mesmo o culto não é nada de especial. Por isso, quando essas áreas são examinadas, a pergunta decisiva sempre é: Quão bem a igreja está nesta área? E o critério de qualidade para o Desenvolvimento Natural da Igreja sempre é a abrangência do trabalho baseado nos princípios da natureza nesta área, indicado pelos adjetivos correspondentes.
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Suas ideias: ● A marca de qualidade citada a seguir é o fator mínimo do momento da sua igreja: ● O valor numérico do fator mínimo é __________
na média (entre 35 e 65) no extremo positivo (acima de 65) no extremo negativo (abaixo de 35)
● Qual a sua opinião em relação a esse resultado? Quanto você consegue se identificar com esse resultado? ● Seria razoável fazer contato com um consultor para uma análise detalhada?
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Acompanhar o progresso Algumas igrejas têm enormes dificuldades em avaliar “Fazer o os progressos no seu desenvolvimento. Depois de allevantamento guma relutância, chega-se finalmente à conclusão de do perfil de uma fazer o levantamento do perfil da igreja. Toma-se conhecimento dos resultados e decide-se trabalhar no igreja apenas seu fator mínimo. Mas o último passo, o acompanhauma vez faz mento dos resultados, é totalmente excluído: – “Nós já pouco sentido.” fizemos uma vez o levantamento do perfil da igreja.” “O último levantamento de perfil foi há apenas alguns meses.” “Nós fizemos as nossas tarefas de casa, por que fazer um novo perfil?” Mas quando esse passo não é dado, a igreja se fecha para a experiência tão importante de acompanhar seu próprio progresso.
Consequências da falta de acompanhamento dos resultados Há pouco tempo, o nosso instituto assessorou uma igreja que estava bastante entusiasmada com o Desenvolvimento Natural da Igreja. Nove meses antes ela havia feito um levantamento do perfil da igreja e – segundo afirmava – trabalhava intensamente no fator mínimo. O problema era que a igreja decrescia de forma acelerada. Um novo levantamento do perfil da igreja revelou que o fator mínimo continuava o mesmo, só que com valores ainda mais baixos que os anteriores. Durante uma sessão de consultoria descobriu-se que nessa igreja se falava muito em possíveis passos que deveriam ser dados (tanto que todos tinham a impressão de ter feito algo), mas, na prática, não estavam fazendo nada. Mas também pode acontecer o contrário: uma igreja que trabalhou inten- Acompanhar o Progresso no samente no seu fator mínimo, que era Desenvolvimento Natural da “Ministérios orientados pelos dons”, Igreja é avaliar a extensão dos pôde perceber frutos bem visíveis como resultados das providências consequência dos seus esforços. Entre tomadas. Um dos modos outros resultados, quase todas as áreas pelos quais isso acontece é da igreja haviam sido supridas com o levantamento de um novo cooperadores e estes estavam muito perfil da igreja. mais motivados do que anteriormente. E foi por causa desses resultados que a Mais detalhes: DNI, p. 120-121 igreja deixou de fazer o levantamento de um novo perfil da igreja – os resultados positivos eram muito visíveis. Mas então a igreja começou a decrescer. O pastor e os líderes da igreja não sabiam o que fazer. Tudo parecia estar em ordem. Quando finalmente foi feito um segundo levantamento do perfil da igreja, chegou-se ao seguinte
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resultado: a marca de qualidade “Ministérios orientados pelos dons” realmente havia melhorado muito, mas a qualidade na área de “Estruturas funcionais” havia diminuído e se tornado o novo fator mínimo.
Descobrir erros ao implantar mudanças Analisando melhor a situação, descobriu-se que a igreja cometeu um erro enquanto trabalhava na área de “Ministérios orientados pelos dons”. A liderança da igreja ajudou os membros a descobrirem seus dons, ofereceu aconselhamento na área de dons e intermediou tarefas correspondentes. No entanto, não implantou uma estrutura para cuidar dos cooperadores e deixou de organizá-los em equipes. Agora havia cooperadores com tarefas correspondentes aos seus dons em todas as áreas da igreja, mas eles eram como lutadores solitários – sem equipe ou parceiro para debater os problemas. Para muitos, além disso, faltava informação básica para a execução das respectivas tarefas. Tudo isso contribuiu para que o entusiasmo diminuísse novamente e essa igreja, inclusive, decrescesse em número. Entretanto, a igreja aprendeu com essas experiências e atualmente avalia regularmente as medidas tomadas por meio de um perfil da igreja. Você pode acompanhar o progresso do desenvolvimento da igreja comparando dois (ou mais) perfis de igreja entre si. Quando você fizer um novo perfil, obterá um gráfico comparativo que representa as mudanças de todas as oito marcas de qualidade na sua tabela. Com esse gráfico (veja figura) você percebe com um olhar em que áreas a qualidade da sua igreja melhorou e se as medidas para o desenvolvimento da igreja deram resultado. Mas você também percebe as áreas nas quais houve desenvolvimento negativo. Caso solicite o levantamento do Perfil, você receberá os gráficos em arquivo eletrônico, o que facilitará a apresentação à igreja, se for o caso.
Acompanhar o progresso
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O progresso por vários anos Igrejas estão sujeitas a mudanças constantes. Novas pessoas são acrescentadas, outras vão embora, os membros mudam, fatores do ambiente influenciam a igreja, a sociedade deixa suas marcas, correntes espirituais vêm e vão, cooperadores e líderes marcam a igreja por um tempo determinado, programas de edificação da igreja são mudados ou não. Uma igreja nunca está congelada no seu “status quo”. Se você quer acompanhar constantemente o desenvolvimento da igreja, é importante observar as mudanças que ocorrem ao longo de períodos mais longos. Não faz muito sentido fazer o levantamento do perfil da igreja apenas uma vez – como instrumento para administrar uma crise ou mesmo por curiosidade. Mesmo que o perfil da igreja seja levantado para a avaliação das medidas iniciais, o benefício deste instrumento de análise ainda não está esgotado. Desenvolvimento da igreja acontece onde se tem por objetivo o desenvolvimento a longo prazo, tomando as medidas necessárias e reavaliando-as continuamente.
Suas ideias: ● Quando você quer reavaliar o resultado do seu trabalho no fator mínimo?
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