A Bíblia do Pregador - 6 - RC - Capa Marrom Claro/Escuro

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O Santo Evangelho segundo

MARCOS Introdução O Evangelho de Marcos, considerado o mais antigo de todos os Evangelhos, anuncia a boa notícia a respeito de Jesus Cristo, dando atenção especial à sua atividade constante e à sua autoridade. Jesus vai de um lugar para outro, anunciando a vinda do Reino de Deus, ensinando multidões, fazendo milagres e curando doentes. Para ajudá-lo, ele escolhe doze homens, a quem chama de “apóstolos”. Estes acompanham Jesus por toda parte, aprendem o mistério do Reino de Deus e depois saem para anunciar a mensagem da salvação e curar pessoas. A autoridade de Jesus vem de Deus. Ele é o Filho do Homem, aquele que Deus escolheu e enviou para ser o Salvador de todos (10.45). Portanto, ele tem autoridade para expulsar demônios, curar doentes e perdoar pecados. Este Evangelho começa com o batismo de Jesus no rio Jordão por João Batista (1.9-11) e termina com a ressurreição de Jesus (16.1-8).

João Batista (Mt 3.1-12; Lc 3.1-18; Jo 1.6-8,19-36) 1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho a de Deus. 2 Como está escrito no profeta Isaías: b Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti. 3 Voz do que clama no c deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. 4 Apareceu João batizando no deserto d e pregando o batismo de arrependimento, para remissão de pecados. 5 E toda a província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém iam ter com ele; e e todos eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 6 E João andava f vestido de pelos de camelo e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre, 7 e pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, g do qual não sou digno de, abaixando -me, desatar a correia das sandálias. 8 Eu, em verdade, tenho-vos h batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.

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Esquema do conteúdo Prólogo (1.1-15) Pregação de João Batista (1.1-8) Começo do ministério de Jesus (1.9-15) 1. Jesus, o Messias (1.16—8.30) a. Atividades e ensinamentos de Jesus (1.16—3.12) b. Proclamação do Reino de Deus (3.13—6.6) c. Jesus se revela como o Messias (6.7—8.30) 2. Jesus, o Filho do Homem (8.31—16.20) a. Jesus anuncia a sua morte (8.31—11.11) b. Atividades de Jesus em Jerusalém (11.12—13.37) c. Paixão, morte e ressurreição (14.1—16.20)

O batismo e a tentação de Jesus (Mt 3.13-17; 4.1-11; Lc 3.21-22; 4.1-13; Jo 1.32) 9 E aconteceu, i naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galileia, foi batizado por João, no rio Jordão. 10 E, logo que saiu j da água, viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele. 11 E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu k Filho amado, em quem me comprazo. a 1.1 Mt 14.33; Lc 1.35; Jo 1.34 b 1.2 Ml 3.1; Mt 11.10; Lc 7.27 c 1.3 Is 40.3; Mt 3.3; Lc 3.4; Jo 1.15 d 1.4 Mt 3.1; Lc 3.3; Jo 3.23 e 1.5 Mt 3.5 f 1.6 Mt 3.4; Lv 11.22 g 1.7 Mt 3.11; Jo 1.27; At 13.25 h 1.8 At 1.5; 2.4; 10.45; 11.16; 19.4; Is 44.3; Jl 2.28; 1Co 12.13 i 1.9 Mt 13.18; Lc 3.21 j 1.10 Mt 3.16; Jo 1.32 k 1.11 Sl 2.27; Mt 3.17; Mc 9.7

O Senhor Jesus, em Mc 1, é citado como:

Mc 1

1. O obediente, que cumpre a justiça de Deus (v. 9; Mt 3.15). 2. O humilde, que se identifica com o homem pecador (v. 9). 3. O comprovado por Deus (v. 11). 4. O tentado por Satanás (v. 13). 5. O pregador do Evangelho de Deus (v. 14). 6. Aquele que convida para segui-lo (v. 17). 7. O mestre, que ensina com autoridade a Palavra (vs. 21-22).


Marcos 1

908

12 E logo l o Espírito o impeliu para o deserto.

ensinava como tendo autoridade e não como os esali esteve no deserto quarenta dias, tentado por cribas. Satanás. E vivia entre as feras, m e os anjos o serviam. 23 E u estava na sinagoga deles um homem com um espírito imundo, o qual exclamou, dizendo: 24 Ah! Que temos v contigo, Jesus Nazareno? Vieste Vocação dos primeiros apóstolos (Mt 4.12-25; Lc 5.1-11; Jo 1.35-51) destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus. 14 E, depois que João foi entregue à prisão, veio Je- 25 E repreendeu-o Jesus, w dizendo: Cala-te e sai dele. sus para a Galileia, pregando o evangelho do Reino 26 Então, o espírito imundo, agitando-o x e clamando com grande voz, saiu dele. de Deus 15 e dizendo: n O tempo está cumprido, e o Reino 27 E todos se admiraram, a ponto de perguntarem de Deus está próximo. Arrependei-vos o e crede no entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina evangelho. é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos 16 E, andando junto ao mar da Galileia, p viu Simão imundos, e eles lhe obedecem! e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, 28 E logo correu a sua fama por toda a província da pois eram pescadores. Galileia. 17 E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que l 1.12 Mt 4.1; Lc 4.1 m 1.13 Mt 4.11 n 1.15 Dn 9.25; Gl 4.4; Ef 4.10 sejais pescadores de homens. o Mt 3.12; 4.17 p 1.16 Mt 4.18; Lc 5.4 q 1.18 Mt 19.27; Lc 5.11 18 E, q deixando logo as suas redes, o seguiram. r 1.19 Mt 4.21 s 1.21 Mt 4.13 t 1.22 Mt 7.28 u 1.23 Lc 4.33 19 E, passando dali r um pouco mais adiante, viu Tia- v 1.24 Mt 8.29 w 1.25 Mc 1.34 x 1.26 Mc 9.19 go, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes, 20 e logo os chamou. E eles, deixando o seu pai ZeMc 1.16 André bedeu no barco com os empregados, foram após ele. 1. Era irmão de Pedro. 13 E

A cura do endemoninhado de Cafarnaum (Lc 4.31-37) 21 Entraram em s Cafarnaum, e, logo no sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava. 22 E maravilharam-se t da sua doutrina, porque os Tentações

Mc 1.13

1. Qual é a origem das tentações? Satanás e a cobiça do coração (Mc 1.13; Tg 1.14). 2. Quem é tentado? Todos (Mc 1.12-13; Jó 1.8). 3. Quando somos tentados? Sempre, especialmente depois de grandes bênçãos (Mc 1.11; Mt 4.1). 4. Quando somos tentados? Nas áreas de fragilidade (Jesus: quando teve fome) (Lc 4.2-3). 5. Em que áreas somos tentados? Todas (Lc 4.3,6,9; 1Jo 2.16). 6. Qual a frequência das tentações? São contínuas (Lc 4.13). 7. Qual o propósito em Deus permitir as tentações? Provar-nos (Lc 4.1; Gn 22.16-18). 8. Como alcançamos a vitória nas tentações? Usando a Palavra (Lc 4.4,8,12; “Está escrito”). 9. Como alcançamos a vitória nas tentações? Usando a armadura de Deus (Ef 6.10-12).

2. Sua profissão era pescador (v. 16). 3. O chamado do Mestre: “Vem após mim” (v. 17). 4. O motivo do chamado: tornar-se pescador de homens (Jo 20.21-23). 5. O revestimento divino para o ministério (Mc 3.14-15). 6. Sua primeira experiência como pescador de almas (Jo 1.40-42). 7. Sua comunhão com outros no ministério (Jo 12.22). 8. Sua comunhão de oração (At 1.13-14). 9. O testemunho junto dos apóstolos (At 2.14).

Instruções para “pescadores de homens”

Mc 1.17

O Senhor chamou dois de seus discípulos que estavam ativamente envolvidos no trabalho. Eram pescadores de peixes e deveriam tornar-se “pescadores de homens”. Um verdadeiro pescador sabe atrair os peixes. “Pescadores de homens” devem estudar a maneira de pensar, os costumes e a vida das pessoas. Os pescadores de homens necessitam ter… 1. Tato e sabedoria (Mt 10.16; Pv 11.30). 2. Persistência (não devem desanimar) (1Tm 4.16). 3. Consciência dos perigos (Mt 10.16-17).


909 A cura da sogra de Pedro (Mt 8.14-17; Lc 4.38-41) 29 E y logo, saindo da sinagoga, foram à casa de Simão e de André, com Tiago e João. 30 E a sogra de Simão estava deitada, com febre; e logo lhe falaram dela. 31 Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão e levantou-a; e a febre a deixou, e servia-os. 32 E, tendo chegado a z tarde, quando já estava se pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos e os endemoninhados. 33 E toda a cidade se ajuntou à porta. 34 E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades a e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam. 35 E, levantando-se de manhã muito cedo, b estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava. 36 E seguiram-no Simão e os que com ele estavam. 37 E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam. 38 E ele lhes disse: c Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue, porque para d isso vim. 39 E pregava nas sinagogas deles, por toda a e Galileia, e expulsava os demônios. A cura de um leproso (Mt 8.1-4; Lc 5.12-14) 40 E aproximou-se dele f um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.

A cura do endemoninhado O milagre do Senhor foi tão poderoso, que todos os sinceros foram conduzidos à reflexão (Is 61). 1. Quando aconteceu o milagre? a. Imediatamente após a prisão de João Batista (Mc 1.14). b. Exatamente onde João parou, o Senhor continuou. c. Aconteceu num sábado. 2. O local, onde o milagre se realizou: a. Em Cafarnaum, onde tantas coisas aconteciam. b. Na sinagoga, durante um culto. 3. Um culto abençoado. a. Uma grande multidão ouvia atentamente. b. Um endemoninhado estava na sinagoga. Ele era uma habitação de Satanás. Homens em poder de Satanás também podem ser religiosos e ouvir uma pregação. O medo do

Marcos 1 – 2

41 E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo! 42 E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo. 43 E, advertindo-o severamente, logo o despediu. 44 E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que g Moisés determinou, para lhes servir de testemunho. 45 Mas, h tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; i e de todas as partes iam ter com ele.

O paralítico de Cafarnaum (Mt 9.1-8; Lc 5.18-36) 1 E, alguns a dias depois, entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa. 2 E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta eles cabiam; e anunciava-lhes a palavra. 3 E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro. 4 E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.

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y 1.29 Lc 4.38 z 1.32 Mt 8.16; Lc 4.40 a 1.34 Mc 3.12; Lc 4.41; At 16.17 b 1.35 Lc 4.42 c 1.38 Lc 4.43 d Is 61.1; Jo 16.28; 17.4 e 1.39 Mt 4.23; Lc 4.44 f 1.40 Lc 5.12 g 1.44 Lv 14.3-4,10; Lc 5.14 h 1.45 Lc 5.15 i Mt 2.13 a 2.1 Lc 5.18

Mc 1.23-28 endemoninhado era grande. Onde o Senhor se manifesta, tremem os maus espíritos. 4. O poderoso libertador. a. Sua presença libertou rapidamente o endemoninhado. b. Jesus é o Salvador dos perdidos (Mt 1.21; Hb 7.25ss.). c. O Autor da salvação (Hb 2.10). d. O Doador do arrependimento e o Restaurador (At 5.31). e. O único Salvador e Redentor do mundo (At 4.12). 5. A maravilhosa libertação. a. Jesus veio para destruir as obras de Satanás (1Jo 3.8). b. O Senhor não dizia muitas palavras (Mc 4.39). 6. Grande espanto e perguntas. Infelizmente não lemos de pessoas que creram.


Marcos 2

910

5 E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados. 6 E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seu coração, dizendo: 7 Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? 8 E Jesus, b conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? 9 Qual é mais fácil? c Dizer ao paralítico: d Estão perdoados os teus pecados, ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda? 10 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), 11 a ti te digo: Levanta-te, e toma o teu leito, e vai para tua casa. 12 E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.

A cura do paralítico

A vocação de Levi (Mt 9.9-13; Lc 5.27-32) 13 E tornou a sair para o mar, e toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava. 14 E, passando, e viu Levi, filho de Alfeu, sentado na 1 alfândega e disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o seguiu. 15 E aconteceu f que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores, porque eram muitos e o tinham seguido. 16 E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? 17 E Jesus, tendo ouvido isso, disse-lhes: g Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores. b 2.8 Jó 14.4; Is 42.35 c 2.9 Mt 9.4 d Mt 9.5 e 2.14 Mt 9.9; Lc 5.27 1 ou recebedoria f 2.15 Mt 9.10 g 2.17 Mt 9.12-13; 18.11; Dt 5.31-32; 19.10; 1Tm 1.15

Mc 2.1-12

A fama de Jesus percorria o país inteiro. Também os amigos do paralítico ouviram falar do Senhor e se prontificaram a levá-lo até ele. 1. O paralítico. a. Estava totalmente desamparado e não podia ir sozinho. b. Era completamente dependente e foi carregado por seus amigos. c. Estava interiormente e exteriormente na miséria (v. 5). 2. Os amigos do paralítico. a. Eram cheios de amor fraternal. b. Tiveram grande fé. c. Estavam em quatro, um sozinho não conseguiria nada. d. Eram, em seu amor, criativos e incansáveis (v. 4). 3. O grande Redentor. a. Ao primeiro olhar viu a fé que os carregadores tinham (v. 5). b. Depois olhou o enfermo (v. 5). c. A fala amorosa de Jesus: “Meu filho”. d. Seu maior ato de amor: o perdão dos pecados (v. 5). e. A palavra poderosa de Jesus: “Levanta-te e anda” (v. 11). 4. A multidão perplexa. Aquele que foi trazido carregado por quatro homens agora carregava a sua própria cama! O perdão dos pecados traz vida nova e nova força para o serviço (Ef 2.5-6; Jo 11.43-44; At 3.7-8; Rm 6.1-4; 1Ts 2.9).

De publicano a apóstolo

Mc 2.13-17

Levi, como seu nome já diz, era de descendência sacerdotal, da casa de Arão. Porém era dominado pelo dinheiro. Os judeus consideravam os publicanos como traidores e pecadores (Mt 9.11). 1. Um chamado divino. a. Ele foi dirigido a um apóstata. b. A um homem que trabalhou para os inimigos romanos. 2. Onde Levi recebeu o chamado. a. Na coletoria, cobrando impostos. b. Durante o seu serviço. 3. Como recebeu o chamado. a. Totalmente inesperado. b. Quando o Senhor passou (Não durante uma pregação). 4. Foi convidado para: a. Desistir do seu negócio rendoso. b. Seguir ao desprezado Nazareno. 5. Como Levi avaliou o chamado. a. Deixou tudo. b. Seguiu imediatamente, como outrora Abraão (Gn 12.4). 6. O que se seguiu a este chamado divino. a. Uma vida completamente nova. b. Um novo serviço: pescador de homens. c. Um novo ministério como apóstolo. d. A ele agradecemos o Evangelho segundo Mateus.


911 O jejum (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39) 18 Ora, os discípulos de h João e os fariseus jejuavam; e foram e disseram-lhe: Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, e não jejuam os teus discípulos? 19 E Jesus disse-lhes: Podem, porventura, os filhos 2 das bodas jejuar, enquanto está com eles o esposo? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar. 20 Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias. 21 Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica maior. 22 E ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo rompe os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser posto em odres novos. Jesus é senhor do sábado (Mt 12.1-8; Lc 6.1-5) 23 E i aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, caminhando, j começaram a colher espigas. 24 E os fariseus lhe disseram: Vês? Por que fazem no sábado o que não é lícito? 25 Mas ele disse-lhes: k Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam? 26 Como entrou na Casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu l os pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam? 27 E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado. 28 Assim, m o Filho do Homem até do sábado é senhor. A cura de um que tinha uma das mãos mirrada (Mt 12.9-21; Lc 6.6-11) 1 E outra vez entrou a na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada. 2 E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem. 3 E disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio. 4 E perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar? E eles calaram-se. 5 E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a mão, sã como a outra. 6 E, tendo saído b os fariseus, tomaram logo conse-

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Marcos 2 – 3

lho com os herodianos contra ele, c procurando ver como o matariam. 7 E retirou-se Jesus com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galileia, d e da Judeia, 8 e de Jerusalém, e da Idumeia, e dalém do Jordão, e de perto de Tiro, e de Sidom; uma grande multidão que, ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele. 9 E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não comprimisse, 10 porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum 3 mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem. 11 E os espíritos e imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és f o Filho de Deus. 12 E ele os ameaçava muito, para que não o manifestassem. A eleição dos doze (Mt 10.1-4; Lc 6.12-16) 13 E subiu ao g monte e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele. 14 E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar 15 e para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios: 16 Simão, h a quem pôs o nome de Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão; h 2.18 Lc 5.33 2 2.19 Gr. da câmara nupcial i 2.23 Lc 6.1 j Dt 23.25 k 2.25 1Sm 21.6 l 2.26 Êx 29.32-33; Lv 24.9; 1Sm 21.6 m 2.28 Mt 12.8 a 3.1 Lc 6.6 b 3.6 Mt 12.14 c Mt 22.16 d 3.7 Lc 6.17 3 3.10 ou flagelo e 3.11 Mc 1.23-24; Lc 4.41; Mt 14.33 f Mt 12.16; Mc 1.25,34 g 3.13 Lc 6.12; 9.1 h 3.16 Jo 1.42

Renunciar por amor a Jesus

Mc 2.14

1. Abraão deixou Ur na Caldeia (At 7.2; Is 41.9). 2. Rebeca deixou a casa de seus pais (Gn 24.57-60). 3. Levi deixou a tesouraria e se tornou um apóstolo (Mc 2.14). 4. Neemias deixou sua posição privilegiada (Ne 2). 5. José deixou sua veste para permanecer puro (Gn 39.12). 6. O filho pródigo deixou o cocho dos porcos (Lc 15.18). 7. “Quem não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33).


Marcos 3 – 4

912

18 André, e Filipe, e Bartolomeu, e Mateus, e Tomé, 32 E a multidão estava assentada ao redor dele, e e Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o Zelote, disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te pro19 e Judas Iscariotes, o que o traiu. curam e estão lá fora. 33 E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? A blasfêmia dos escribas 34 E, olhando em redor para os que estavam assen(Mt 12.22-32; Lc 11.14-23) 20 E foram para uma casa. E afluiu outra vez a tados junto dele disse: Eis aqui minha mãe e meus multidão, i de tal maneira que nem sequer podiam irmãos. 35 Porquanto qualquer que fizer a vontade de Deus, comer pão. 21 E, quando os seus parentes ouviram isso, saíram esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe. para o prender, j porque diziam: Está fora de si. 22 E os escribas, que tinham descido de Jerusalém, A parábola do semeador diziam: k Tem Belzebu e pelo príncipe dos demônios (Mt 13.1-23; Lc 8.4-15) 1 E outra vez começou a a ensinar junto ao mar, expulsa os demônios. 23 E, chamando-os a si, l disse-lhes por parábolas: e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que Como pode Satanás expulsar Satanás? ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e 24 Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino toda a multidão estava em terra junto ao mar. 2 E ensinava-lhes b muitas coisas por parábolas e lhes não pode subsistir; 25 e se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa dizia na sua doutrina: 3 Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. não pode subsistir. 26 Se Satanás se levantar contra si mesmo, e for divi- 4 E aconteceu que, semeando ele, uma parte da sedido, não pode subsistir; antes, tem fim. mente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do 27 Ninguém m pode roubar os bens do valente, céu e a comeram. entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar 5 E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita o valente; e, então, roubará a sua casa. terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda. 28 Na verdade vos digo que n todos os pecados serão 6 Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha perdoados aos filhos dos homens, e toda sorte de raiz, secou-se. 7 E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espiblasfêmias, com que blasfemarem. 29 Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito nhos, a sufocaram, e não deu fruto. Santo, nunca obterá perdão, 4 mas será réu do eter- 8 E outra caiu em boa c terra e deu fruto, que vingou no juízo. e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e 30 (Porque diziam: Tem espírito imundo.) outro, cem. 9 E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que A família de Jesus ouça. 10 E, quando d se achou só, os que estavam junto (Mt 12.46-50; Lc 8.19-21) 31 Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; o e, es- dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola. tando de fora, mandaram-no chamar. 11 E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de Deus, mas aos que estão de fora e todas essas coisas se dizem por parábolas, Mc 4.14 Sementeira e ceifa 12 para que, vendo, f vejam e não percebam; e, ouvin1. O que devemos semear: a Palavra (Mc 4.14). do, ouçam e não entendam, para que se não conver2. Como devemos semear: muitas vezes chorando tam, e lhes sejam perdoados os pecados. (Sl 126.5). 13 E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, 3. Onde devemos semear: em todos os lugares pois, entendereis todas as parábolas? (Is 32.20). 14 O que semeia g semeia a palavra; 4. Quando devemos semear: em todo tempo 15 e os que estão junto ao caminho são aqueles em (Ec 11.6; 2Tm 4.2). quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, 5. Semeamos sem olhar para as circunstâncias

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adversas (Ec 11.4). 6. Nós ceifaremos com júbilo (Sl 126.5-6; Gl 6.9). 7. A recompensa do ceifeiro será grande (1Co 15.58; Jo 4.36).

i 3.20 Mc 6.31 j 3.21 Jo 7.5; 10.20 k 3.22 Mt 9.34; Lc 11.15; Jo 7.20; 8.48 l 3.23 Mt 12.25 m 3.27 Is 49.24; Mt 12.29 n 3.28 Mt 12.31; Lc 12.10; 1Jo 5.16 4 3.29 Gr. mas é réu de um eterno pecado o 3.31 Lc 8.19 a 4.1 Lc 8.4 b 4.2 Mc 12.38 c 4.8 Jo 15.5; Cl 1.6 d 4.10 Mt 13.10; Lc 8.9 e 4.11 1Co 5.12; Cl 4.5; 1Ts 4.11; 1Tm 3.7 f 4.12 Is 6.9; Mt 13.14; Lc 8.10; Jo 12.40; At 28.26; Rm 11.8 g 4.14 Mt 13.19


913 vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles. 16 E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem; 17 mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18 E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; 19 mas os cuidados deste mundo, e os enganos das h riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera. 20 E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.

Marcos 4 – 5

maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra. 33 E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, q segundo o que podiam compreender. 34 E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos. Jesus apazigua a tempestade (Mt 8.23-27; Lc 8.22-25) 35 E, naquele dia, r sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra margem. 36 E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos. 37 E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia de água. 38 E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? 39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. 40 E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé? 41 E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?

A parábola da candeia (Lc 8.16-18) 21 E disse-lhes: i Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do cesto ou debaixo da cama? Não vem, antes, para se colocar no velador? 22 Porque nada há j encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto. 23 Se alguém tem ouvidos k para ouvir, que ouça. 24 E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. l Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada. O endemoninhado gadareno 25 Porque ao que m tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não (Mt 8.28-34; Lc 8.26-39) 1 E chegaram à outra margem do mar, à províntem, até o que tem lhe será tirado. cia dos gadarenos. A parábola da semente 26 E dizia: n O Reino de Deus é assim como se um h 4.19 1Tm 6.9,17 i 4.21 Mt 5.15 j 4.22 Mt 10.26; Lc 12.2 k 4.23 Mt 11.15; 4.9 l 4.24 Mt 7.2; Lc 6.38 m 4.25 Mt 13.12; 25.29; homem lançasse semente à terra, Lc 8.18; 19.26 n 4.26 Mt 13.24 o 4.29 Ap 14.15 p 4.30 Lc 13.18; 27 e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a At 2.41; 4.4; 5.14; 19.20 q 4.33 Mt 13.34; Jo 16.12 r 4.35 Lc 8.22 semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. 28 Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a “Passemos para a outra margem” Mc 4.35-41 erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga. Podemos comparar o texto com a nossa vida 29 E, quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a e com a igreja. o foice, porque está chegada a ceifa. 1. Nossa vida é uma viagem do tempo para a

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A parábola do grão de mostarda (Mt 13.31-32; Lc 13.18-19) 30 E dizia: p A que assemelharemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos? 31 É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra; 32 mas, tendo sido semeado, cresce, e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal

eternidade (Hb 11.16). 2. A tempestade é um quadro das provações da vida (Mt 7.25). 3. O piloto é o Senhor (jamais perecerá quem nele confia) (Mc 4.38; At 27.22-25). 4. A bússola são as promessas de Deus (At 27.22-25). 5. O lastro que dá estabilidade é a Palavra de Deus (Mc 4.39). 6. O barco tem uma âncora (Hb 6.19).


Marcos 5

914

2 E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, 3 o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender. 4 Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar. 5 E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras. 6 E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. 7 E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes.

Com Jesus na tempestade

Mc 4.35-41

1. Uma ordem clara: Jesus ordena que naveguem para a outra margem (v. 35). 2. Uma atitude sábia: os discípulos levam Jesus consigo (v. 36). 3. Um acontecimento perigoso: água entra no barco (v. 37). 4. Uma visão tranquilizadora: o Senhor dorme na tempestade (v. 38). 5. Um grande contraste: os discípulos assustados e o Senhor dormindo (v. 38). 6. Uma pergunta cheia de dúvidas: “Não te importas?” (v. 38). 7. Uma resposta maravilhosa: Jesus acalma a tempestade (v. 39). 8. Uma repreensão merecida: “Homens de pequena fé!” (v. 40). 9. Um final abençoado: temor ao Senhor (v. 41).

8 (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.) 9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província. 11 E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. 12 E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. 13 E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar. 14 E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. 15 E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram. 16 E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca dos porcos. 17 E começaram a a rogar-lhe que saísse do seu território. 18 E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que b fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. 19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti. 20 E ele foi e começou a anunciar em Decápolis quão a 5.17 Mt 8.34 b 5.18 Lc 8.38

Jesus cura os que estão em pior estado O Senhor havia acalmado uma grande tempestade no mar. Neste texto, lemos sobre sua luta contra uma tempestade no coração humano. O Senhor veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8). 1. Um homem preso por Satanás. a. Estava endemoninhado (Ef 2.2). b. Morava em sepulcros (Lc 1.79). c. Estava fora do juízo (louco) (Rm 1.21ss.). d. Encontrava-se em grande miséria (Ap 3.17; Sl 88). e. Ele se autoflagelava (Mc 5.4-5). f. Era um grande perigo para sua vizinhança (Mt 8.28). g. Ninguém conseguia dominá-lo (Mc 5.4). 2. O poderoso Salvador. a. O Senhor veio para salvar os perdidos (Lc 19.10).

Mc 5.1-20 b. Não foi por acaso até este pobre. c. Jesus perdoa a grande e a pequena culpa (Lc 7.41-42). d. Curou o geraseno através do poder da sua palavra, como no acalmar da tempestade (Mc 5.8). 3. A grande mudança. a. O curado assentou-se aos pés de Jesus. b. Estava calmo e vestido (Mc 5.15; Is 61.10; Lc 15.22). c. Estava em perfeito juízo (Mc 5.15). 4. O testemunho maravilhoso. O geraseno tornou-se uma testemunha de Jesus Cristo. Não como os discípulos, mas na casa com seus familiares, em toda circunvizinhança, onde todos conheciam sua vida anterior. Seu testemunho trouxe muitos frutos (Mc 5.20).


915

Marcos 5

grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravi- 29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu lhavam. no seu corpo estar já curada daquele 5 mal. 30 E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesA filha de Jairo. mo saíra, e voltou-se para a multidão e disse: Quem A mulher que tinha um fluxo de sangue tocou nas minhas vestes? 31 E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a mul(Mt 9.18-26; Lc 8.40-56) 21 E, passando Jesus outra vez num barco para o tidão te aperta, e dizes: Quem me tocou? outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e 32 E ele olhava em redor, para ver a que isso fizera. 33 Então, a mulher, que sabia o que lhe tinha aconele estava junto do mar. 22 E eis que chegou c um dos principais da sinagoga, tecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prospor nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés trou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade. 23 e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está mo- 34 E ele lhe disse: f Filha, a tua fé te salvou; vai em paz ribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos e sê curada deste teu mal. 35 Estando ele ainda g falando, chegaram alguns do para que sare e viva. 24 E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha que o apertava. está morta; para que enfadas mais o Mestre? 25 E certa mulher, d que havia doze anos tinha um 36 E Jesus, tendo ouvido essas palavras, disse ao fluxo de sangue, principal da sinagoga: Não temas, crê somente. 26 e que havia padecido muito com muitos médicos, 37 E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aprovei- Pedro, e Tiago, e João, irmão de Tiago. 38 E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu tando isso, antes indo a pior, 27 ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a o alvoroço e os que choravam muito e pranteavam. 39 E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e multidão, e tocou na sua vestimenta. 28 Porque dizia: Se tão somente tocar nas suas ves- chorais? A menina não está morta, h mas dorme. tes, sararei. c 5.22 Mt 9.18; Lc 8.41 d 5.25 Lv 15.25; Mt 9.20 5 5.29 ou flagelo e 5.30 Lc 6.19; 8.46 f 5.34 Mt 9.22; Mc 10.52; At 14.9 g 5.35 Lc 8.49 h 5.39 Jo 11.11

Tocando Jesus

Mc 5.25-43

1. Sua necessidade. a. Doze anos doente (pessoas vivem ainda mais tempo no pecado) (Mc 5.25). b. Grande necessidade (o pecado também traz necessidades) (Mc 5.25-26). c. A enfermidade a tornou impura diante da lei (Lv 15.25-27). d. Sua situação era desesperadora (Mc 5.26). 2. Seus esforços vãos por alcançar cura. Foi a muitos médicos (quantos “médicos” espirituais existem) (Mc 5.26; Jó 13.4). 3. Sua fé no Senhor. a. Ouviu dele (Rm 10.17). b. Veio a ele (Jo 6.37; 1Rs 10.1). c. Tocou-o com fé (Mc 5.27). 4. Sua cura. a. Poder saiu de Jesus (Mc 5.30). b. Tocar e ser curada foram experiências simultâneas (Mc 5.28-29). 5. Seu testemunho. a. Contou sua experiência com tremor (Mc 5.33). b. Testemunhou sem constrangimento (Mc 8.38; Rm 10.10). c. Paz inundou sua alma (a fé traz a paz) (Mc 5.34; Rm 5.1).

Três passos importantes

Mc 5.25-34

Esta história é comovente. Observemos somente alguns fatos. A mulher estava sofrendo há doze anos e gastou tudo que possuía (vs. 25-26). Conforme a lei, ela era impura e excluída e totalmente sem esperança, porque toda ajuda humana tinha falhado. Nesta hora difícil apareceu uma mensagem alegre. 1. Ela ouviu do Senhor e das suas curas e milagres (Gn 42.1; 1Rs 10.1-9). 2. Foi ao Senhor. a. Somente ouvir não é suficiente, o homem precisa ir ao encontro de Jesus. b. Ele chama: “Vinde” (Mt 11.28; 19.21; Lc 6.47; 14.17; Jo 6.35,37). 3. Ela tocou no Senhor! a. “Se eu apenas lhe tocar as vestes”. b. “Tocando” em Cristo o homem é curado (Lc 6.19). 4. A rica bênção deste toque no Senhor. a. O poder divino curou-a do seu flagelo. b. O Senhor disse-lhe palavras de conforto. c. Deu-lhe mais do que cura: deu-lhe paz. d. Ela confessou a cura diante de todos. e. Seu testemunho foi uma ajuda para Jairo e outros.


Marcos 5 – 6

916

40 E

riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, consigo o pai e a mãe da menina e os que com ele estavam e entrou onde a menina estava deitada. 41 E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talitá cumi, que, traduzido, é: Menina, a ti te digo: levanta-te. 42 E logo a menina se levantou e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se com grande espanto. 43 E mandou-lhes j expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer. i tomou

Jesus retira-se para Nazaré (Mt 13.53-58; Lc 4.16-30) 1 E, partindo dali, a chegou à sua terra, e os seus discípulos o seguiram. 2 E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: b De onde lhe vêm essas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? 3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria c e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? d E escandalizavam-se nele. 4 E Jesus lhes dizia: e Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. 5 E não f podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. 6 E estava admirado g da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando. 7 Chamou h a si os doze, e começou a enviá-los

6

Seis toques de Jesus no Evangelho de Marcos

Mc 5.41

O Senhor está pronto para ajudar a todos. Quem ele toca ou aqueles que o tocam, experimentam sua ajuda e poder. 1. A sogra de Pedro experimentou a cura (1.31). 2. O leproso recebeu a purificação (1.41). 3. A filha de Jairo recebeu uma nova vida (5.41). 4. O surdo experimentou uma total restauração (7.33-35). 5. Para o jovem possesso ele deu a libertação (9.27). 6. Para as crianças ele deu ricas bênçãos (10.13-16). O Senhor é acessível a todos. Seu toque significa: cura, purificação, nova vida, restauração, liberdade e bênçãos.

de dois a dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, 8 e ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto; 9 mas que i calçassem sandálias e que não vestissem duas túnicas. 10 E dizia-lhes: Na casa j em que entrardes, ficai nela até partirdes dali. 11 E, quando k alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos l vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância no Dia do Juízo para Sodoma e Gomorra do que para os daquela cidade. 12 E, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse. 13 E expulsavam muitos demônios, m e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam. A morte de João Batista (Mt 14.1-12; Lc 3.19-20; 9.7-9) 14 E ouviu isso n o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara notório) e disse: João, o que batizava, ressuscitou dos mortos, e por isso estas maravilhas operam nele. 15 Outros o diziam: É Elias. E diziam outros: É um profeta ou como um dos profetas. 16 Herodes, porém, p ouvindo isso, disse: Este é João, que mandei degolar; ressuscitou dos mortos. 17 Porquanto o mesmo Herodes mandara prender a João e encerrá-lo manietado no cárcere, por causa i 5.40 At 9.40 j 5.43 Mt 8.4; 9.30; 12.16; 17.9; Lc 5.14 a 6.1 Lc 4.16 b 6.2 Jo 6.42 c 6.3 Mt 12.46; Gl 1.19 d Mt 11.6 e 6.4 Mt 13.57; Jo 4.44 f 6.5 Gn 19.22; 32.25; Mt 13.58; Mc 9.22 g 6.6 Is 59.16; Mt 9.35; Lc 13.22 h 6.7 Mt 10.1; 3.13-14; Lc 9.1 i 6.9 At 12.8 j 6.10 Mt 10.11; Lc 9.4; 10.7-8 k 6.11 Mt 10.14; Lc 10.10 l At 13.51; 18.6 m 6.13 Tg 5.14 n 6.14 Lc 9.7 o 6.15 Mt 16.14; Mc 8.28 p 6.16 Mt 14.2; Lc 3.19

O amor do Senhor pelas pessoas

Mc 6

1. O Senhor veio para as multidões famintas (v. 34; Lc 19.10). 2. O Senhor vê a necessidade das pessoas (v. 34; Lc 10.33). 3. O Senhor se compadece diante das necessidades humanas (v. 34; Mt 11.28-30). 4. O Senhor ensina as multidões (v. 34; Lc 24.45). 5. O Senhor se preocupa com as pessoas (v. 37; Mt 6.25-34). 6. O Senhor dá orientação para as pessoas (v. 39; Jo 6.27). 7. O Senhor alimenta as pessoas (v. 41; Jo 21.9).




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