O caminho por si só

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O CAMINHO

por si só Christian A. Schwarz

Vejam como crescem elas não trabalham, roupas para

as flores do campo: nem fazem si mesmas. —Jesus

Uma introdução ao Desenvolvimento Natural da Igreja



Christian A. Schwarz

O CAMINHO

por si só Uma introdução ao Desenvolvimento Natural da Igreja

1ª edição Tradução: Josiane Zanon Moreschi

Curitiba 2015


Christian A. Schwarz

O caminho por si só Coordenação editorial: Walter Feckinghaus Tradução: Josiane Zanon Moreschi Revisão: Sandro Bier Capa: Sheree Hanbury (marmaladesoul.com) Impressão: Mohndruck GmbH, Gütersloh, Alemanha Também disponível em e-book: www.ncd-tools.org/pathway Alguns trechos deste livro foram publicados anteriormente como parte do livreto O ABC do Desenvolvimentro Natural da Igreja. © 2015 Christian A. Schwarz, NCD Media www.ncd-international.org © 2015 Editora Evangélica Esperança www.editoraesperanca.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schwarz, Christian A. O caminho por si só : uma introdução ao Desenvolvimento Natural da Igreja / Christian A. Schwarz ; tradução Josiane Zanon Moreschi. - - 1. ed. - - Curitiba, PR : Editora Esperança, 2015. Título original: The all by itself pathway ISBN 978-85-7839-120-1 1. Igreja - Crescimento 2. Liderança cristã I. Título 15-05522

CDD-262.001

Índices para catálogo sistemático: 1. Igreja : Desenvolvimento natural : Cristianismo

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Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total e parcial sem permissão escrita dos editores. Editora Evangélica Esperança Rua Aviador Vicente Wolski, 353 - CEP 82510-420 - Curitiba - PR Fone: (41) 3022-3390 - Fax: (41) 3256-3662 comercial@esperanca-editora.com.br - www.editoraesperanca.com.br


Sumário

Prefácio: Igreja – esta sou eu.............................................4 Explorando o horizonte....................................................8 Os reais obstáculos para o crescimento da igreja..........14 Qualidades das igrejas que crescem – ou padrões vitais de comportamento?......................21 O benefício de uma abordagem orientada por princípios................................................27 As oito marcas de qualidade das igrejas que crescem..................................................31 Qualidade 1: Capacitação....................................33 Qualidade 2: Ativação de dons...........................35 Qualidade 3: Paixão.............................................37 Qualidade 4: Eficácia...........................................39 Qualidade 5: Inspiração......................................41 Qualidade 6: Comunidade...................................3 Qualidade 7: Alívio das necesidades...............45 Qualidade 8: Amor..............................................47 Declínio não é destino....................................................51 Liberando o crescimento “por si só”............................55 Transformando energias................................................62 Do que se trata as três cores............................................68 Qual é o seu ponto decisivo?.........................................73 Qual é o seu trabalho – e qual é o de Deus?.................77 O que cada um de nós pode fazer – imediatamente..............................................................79 Princípios e ferramentas.................................................86 Convide outras pessoas para a sua descoberta..........89

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Prefácio: Igreja – esta sou eu

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ra uma professora escolar participando de uma das minhas conferências que me fez um elogio que acabou por ser uma crítica disfarçada. “Seus livros dão mais do que prometem”, disse com um olhar malicioso que me fez esperar por um “mas”. Ela não me decepcionou. “Mas”, disse depois de uma pausa deliberada, “você escolheu títulos enganosos. Ao comprar um livro sobre o desenvolvimento da igreja, ninguém espera ler sobre como se tornar mais semelhante a Cristo, mais capacitado, ou, simplesmente, mais bem-sucedido. Mas este é o foco de todos os seus escritos. Como professora, eu avaliaria seus livros com o seguinte comentário: ‘Você tem um ótimo argumento para o desenvolvimento pessoal, mas, infelizmente, não abordou o tema indicado’”.

Essa professora pode estar certa. Ao pensar em desenvolvimento ou crescimento da igreja, todos os tipos de temas vêm à mente – variando de técnicas de marketing até elaboração de projetos – mas certamenA igreja são te não a dinâmica que contribui para tornar cada cristão mais semelhante a as pessoas. Cristo, capacitado e bem-sucedido. Você faz uma

igreja crescer pelo crescimento das pessoas.

Isso é um problema, e é grave. Por que, ao lidar com o crescimento da igreja, quase ninguém volta sua atenção para as coisas que precisam acontecer em nossas cabeças, mãos e corações?

A igreja são as pessoas. Você faz uma igreja crescer pelo crescimento das pessoas. Você aumenta a qualidade de sua igreja, aumentando a qualidade nas cabeças, mãos e corações das pessoas, e por nada mais. A qualidade de uma igreja nunca deve ser confundida com a qualidade dos bancos da igreja, nem com a

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Os livros do Desenvolvimento Natural da Igreja foram publicados em 48 idiomas. Eles lidam com princípios que se aplicam independentemente da cultura, denominação ou tamanho da igreja.

qualidade do show no púlpito. Em vez disso, a qualidade de uma igreja é a qualidade das pessoas que se sentam nos bancos.

Indo para o DNI 3.0 Considerando que já se passaram 18 anos desde que as primeiras publicações de Desenvolvimento Natural da Igreja foram lançadas, chegou o momento de apresentar uma nova introdução ABC que dá crédito a muitas coisas que aconteceram desde aquela época. Mais de 70 mil igrejas tornaram-se envolvidas com o DNI, e a caixa de ferramenta que suporta todo esse desenvolvimento foi ampliada consideravelmente: • Na primeira geração de ferramentas (DNI 1.0), enfocamos a igreja como um todo. Os principais recursos para esta fase foram o livro Desenvolvimento Natural da Igreja e o Perfil da Igreja.

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• Na segunda geração (DNI 2.0) abordamos o fato de que a igreja são as pessoas, e que desenvolvimento da igreja é, na verdade, o desenvolvimento das pessoas. Este é o tema do livro Realce as cores do seu mundo com o Desenvolvimento Natural da Igreja e de todos os livros publicados da “Série das 3 cores” (Recursos práticos do DNI). • Agora nos encontramos no início do DNI 3.0. Após anos de preparação, pudemos lançar um amplo espectro de ferramentas baseadas na web, destinado a apoiar os indivíduos para que eles possam Dê às pessoas um pa- colocar em prática o que é mais relevante para eles pessoalmente radigma com o qual – imediatamente, e sem a neceselas possam se identifi- sidade de aprovação de qualquer car, tome cuidado para outra pessoa. O foco está em uma nova geração de testes (por que esse paradigma tenha profundidade bí- exemplo, Teste dos Dons, Teste Comunitário, Teste de Capacitablica e, em seguida, faça ção) orientados para liberar os reas perguntas certas – o cursos dados por Deus dentro de nós. Este livro fala sobre o DNI resto seguirá por si só. 3.0 e as crescentes possibilidades que esta nova fase oferece.

Aprendendo na conversa Depois de anos comunicando os conhecimentos que adquirimos através da nossa pesquisa em um estilo de relatório, mudei para uma forma mais indireta, interativa e intensiva de comunicar a mensagem, com foco em fazer perguntas às pessoas e ajudá-las a avaliarem suas respostas. Quando as pessoas me visitam no meu escritório na fronteira entre a Dinamarca e a Alemanha para aprender sobre o DNI, eu não começo com uma palestra qualquer, nem me concentro em responder a perguntas. Em vez disso, tento dar a meus visitantes um paradigma baseado na Bíblia – uma forma alternativa de olhar para as coisas, geralmente sob a forma de uma história, uma imagem ou um diagrama – e,

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em seguida, faço perguntas e deixo meus visitantes refletirem sobre elas. Aplicando essa abordagem eles descobrem por conta própria muitos dos princípios que escolhemos chamar de Desenvolvimento Natural da Igreja. E eles entendem, desde o início, o quão relevantes são esses princípios para os desafios que estão enfrentando. Neste livro, eu tento dar forma a essa abordagem, e quero encorajá-lo a aplicar isso a você mesmo. Dê às pessoas um paradigma com o qual elas possam se identificar, tome cuidado para que esse paradigma tenha profundidade bíblica e, em seguida, faça as perguntas certas – o resto seguirá por si só.

O benefício de princípios universais Como o Desenvolvimento Natural da Igreja não é “outro modelo” de crescimento de igreja, mas é baseado em pesquisas sólidas em milhares de igrejas ao redor do mundo – e, ainda mais, pelo acompanhamento do seu desenvolvimento ao longo dos últimos 18 anos – estamos falando de princípios universais de crescimento que são aplicáveis sem distinção de cultura, denominação e tamanho da igreja. A maioria das pessoas não se importa se está lidando com modelos ou com princípios. Elas simplesmente querem encontrar algo “que funciona”, e eu entendo sua preocupação. No entanto, estou confiante de que, depois de ler este pequeno livro, você possa entender por que eu, literalmente, investi toda a minha vida identificando princípios universais de crescimento e ajudando os indivíduos e as igrejas a aplicá-los. Concentrar-se em princípios tem um efeito colateral maravilhoso, que pode realmente ser visto como o principal efeito: sempre que lidamos com os princípios, podemos ter a certeza de que estamos em terreno bíblico sólido. Juntos a Seu serviço Christian A. Schwarz

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Explorando o horizonte

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ocê vem ao meu escritório, como tantas pessoas vieram ao longo dos últimos 18 anos, para aprender mais sobre Desenvolvimento Natural da Igreja e o que ele pode significar para os desafios que está enfrentando. Você fez uma longa viagem, uma vez que o nosso escritório é tão longe de qualquer civilização urbana, no extremo norte da Alemanha, perto do Mar do Norte e a uma curta distância da fronteira dinamarquesa. Eu não tenho ideia do que você esperava encontrar quando visitasse o quartel-general do DNI, mas algumas pessoas ficam surpresas ao chegar a uma antiga fazenda, com o celeiro como no escritório. “Bem-vindo, eu sou Christian. É maravilhoso conhecê-lo. Estou realmente ansioso para a próxima hora e meia que vamos passar juntos. Como foi sua viagem?” “Honestamente, estou um pouco cansado agora”, você pode dizer, com algumas dúvidas sobre o que realmente vai acontecer nos próximos 90 minutos. Você sente o cansaço Não quero ficar que resulta de anos de envolvisatisfeito com nossa mento alegre e desgastante em igreja como ela é agora. sua igreja local. Deve haver mais além Você teve uma vida muito plena como cristão, e é grato por cada do horizonte. pedacinho dela. No entanto, não está disposto a se juntar às fileiras daqueles que acreditam que o que você está enfrentando atualmente na vida de sua igreja seja o limite do que Deus tem reservado para você. Deve haver mais sobre o horizonte. Quando você é honesto com você mesmo, muitas vezes você se sente mais frustrado do que realizado com sua experiência de vida na igreja. Um de seus objetivos para esta viagem é descobrir o que pode estar além do horizonte. “Estou curioso para ver o que eu posso aprender”, você finalmente diz.

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Olhando para fora da janela Eu lhe ofereço uma xícara de café, e antes de começar nossa conversa, convido você a dar uma olhada para fora da minha ampla janela do escritório, a partir da qual podemos ver o horizonte, e entre nós e no horizonte, nada mais do que pastagens, ovelhas, algumas árvores e algumas casas. “É incrível o quão longe você pode ver daqui”, você diz. “É”, eu respondo. “Você pode ver o horizonte de onde você mora?” “Na verdade, não”, você responde. “O que impede você ou qualquer outra pessoa ao seu redor de vê-lo?” Reflexivamente você responde: “Bem, duas coisas, eu acho. É um pouco difícil ver o horizonte se você não está alto o suficiente”. “Isso é verdade, e?” Você continua: “Também ajuda se não houver obstáculos bloqueando seu caminho. Quando sua visão está bloqueada por milhares de coisas, não há maneira alguma de ver o horizonte”. “Exatamente”, eu respondo. “Nesse caso, você sabe que há um horizonte, mas porque você não pode vê-lo, para todos os efeitos práticos, ele não existe para você.” “Isso é verdade”, você diz. “Às vezes eu me sinto assim. E sempre que vejo o horizonte, quero explorar o que pode haver além dele.” “Você quer dizer que, uma realidade que você sabe que existe, mas porque você não pode vê-la, em termos práticos, ela não existe para você?” Antes que você tenha a chance de responder à minha pergunta, tomamos nossos lugares na grande mesa de reuniões de vidro no centro do meu escritório, um em frente ao outro, de modo a manter um bom contato visual e dar-lhe a oportunidade constante para deixar seus olhos

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Olhando para fora da janela do meu escritório com os olhos no horizonte. Quais são os seus sonhos para a igreja de acordo com o projeto de Deus? Você permite que o seu horizonte atual limite suas expectativas para o futuro?

vaguearem pelo horizonte. Essa breve pausa lhe deu a chance de refletir um pouco sobre a sua experiência atual.

Qual é a sua visão? “Você colocou muito bem, Christian”, você começa. “No momento há obstáculos demais que bloqueiam a minha visão do que a vida da igreja poderia ser, e o que eu poderia fazer para chegar lá. Estou ansioso para levar para casa alguns conselhos práticos e talvez algumas ferramentas que serão úteis na minha situação.” Eu me levanto da minha cadeira, caminho até as prateleiras da minha biblioteca e pego um dos inúmeros livros que se encontram lá. Você imagina: Isso poderia ser a ferramenta que está procurando? Olhando com mais atenção, no entanto, você fica meio confuso. Eu não peguei um dos muitos livros sobre o desenvolvimento da igreja, mas The Wisdom of the Sands (A sabedoria das areias), de Antoine de Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe. Dado o fato de que programamos apenas uma hora e meia para a nossa reunião, você começa a se sentir um pouco impaciente com o meu estilo de comunicação.

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Eu lhe pergunto: “Posso ler uma frase deste livro?” Mais por cortesia do que por curiosidade genuína, você concorda. “Saint-Exupéry escreve: ‘Se você quer construir um navio, não contrate homens para recolher madeira, dividir o trabalho e dar ordens. Em vez disso, ensine-lhes a ansiar para o vasto e infinito mar’”. Depois de um breve período de silêncio, eu pergunto: “Você acha que estamos começando a falar sobre a situação que você está enfrentando?” Os seus olhos ainda são atraídos para os muitos títulos de livros promissores sobre desenvolvimento da igreja que forram minhas prateleiras, e está curioso para saber o que está por trás de cada um deles. Mas The Wisdom of the Sands, de Saint-Exupéry, por mais comovente que possa ser, definitivamente não é um deles. Embora ainda tentando ser educado, você não pode esconder sua impaciência por mais tempo. Olha para o relógio e diz: “Christian, nós não temos muito tempo juntos, e viajei muitas horas para chegar aqui. Por mais que eu aprecie sua veia poética, podemos ir direto ao ponto?” “Para ser honesto”, respondo, “eu suspeito que já estejamos lá”. “Onde?” “Direto ao ponto que é mais relevante para você. Eu reli seu e-mail sobre a situação da sua igreja pouco antes de você chegar, e estou convencido de que a sugestão de Saint-Exupéry é um bom ponto de partida para explorar os seus próximos passos. Não se preocupe. Durante o nosso tempo juntos, vamos discutir como reunir madeira, dividir o trabalho e que tipo de ‘ordens’ podem ser úteis, mas primeiro eu quero passar algum tempo explorando sua visão do vasto e infinito mar que pode estar escondida além do horizonte que nós dois acabamos de ver.” “Tudo bem, vá em frente”, você diz, não completamente convencido sobre essa maneira de passar os próximos minutos, mas começando a sentir alguma curiosidade surgindo dentro de você. “Não”, eu digo, “você vai em frente. Você me diz que tipo de igreja espera encontrar além do horizonte. Que tipo de

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igreja você almeja? A mesma que você está experimentando atualmente, com mais algumas pessoas presentes, ou uma forma diferente de cristianismo, que irradia o amor de Cristo de uma forma que atraia cristãos e não cristãos por si só?”

Páginas da internet para um mergulho mais profundo no Desenvolvimento Natural da Igreja: • 6 minisseminários (cada um com 4-5 minutos de duração) apresentando cada um dos seis tijolos do Desenvolvimento Natural da Igreja: ncd-tools.org/miniseminars • 26 vídeos (cada um com 2-12 minutos de duração), explicando as origens teológicas e estratégicas do DNI: ncd-tools.org/26videos • Todas as ferramentas relacionadas à teoria e à prática do Desenvolvimento Natural da Igreja: ncd-tools.org • Informações sobre o Perfil da Igreja DNI: ncd-tools. org/churchsurvey • Acesso a todos os Testes online: ncd-tools.org/etests

“Por si só?”, você pergunta. “Isso parece bom demais para ser verdade. No entanto, quando você me confronta com essas duas alternativas, estou definitivamente à procura de uma igreja radicalmente de acordo com o projeto de Deus. Uma igreja que tenha redescoberto a essência da sua dinâmica do Novo Testamento, mas de uma forma que seja relevante para o terceiro milênio. Uma igreja que tenha significado para o nosso contexto específico, que é tão diferente, tanto do contexto do Novo Testamento quanto do da igreja de 20 ou 30 anos atrás. Uma igreja com cristãos verdadeiros e comprometidos, que estejam realmente interessados em ministrar às necessidades de pessoas feridas. Que não sejam motivados apenas para mudar o mundo, mas também sejam capacitados para fazê-lo”.

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detalhes, mas suas palavras descreveram claramente sua visão. Este é o seu desejo para o vasto e infinito mar. Vamos usar nosso tempo restante para ver o que impede essa visão de se tornar realidade, e o que pode ser feito para utilizar esses obstáculos de maneira que a sua visão possa se tornar realidade.”

Vendo obstáculos como recursos “Utilizar os obstáculos?” À medida que faz essa pergunta, você não tem certeza se ouviu minhas palavras corretamente. Quando você pensa sobre “obstáculos”, você consideraria principalmente “removê-los”. “Sim, estou falando sobre utilizar obstáculos. Muitas das coisas que vemos como obstáculos podem ser reinterpretadas como recursos que podemos usar para a edificação da igreja e para ver o Reino de Deus tomar forma. Essa ideia pode ser confusa no início, simplesmente porque é desconhecida para a maioria das pessoas, mas estou confiante de que, no final da nossa conversa, você vai ter entendido o conceito – e terá realmente começado a aplicá-lo.” “Bem, agora estou curioso”, você admite.

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Os reais obstáculos para o crescimento da igreja

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u ando até um grande armário de madeira diretamente trás da minha cadeira de escritório. Quando eu o abro, você percebe que ele está cheio de imagens e gráficos, impressos e laminados. Eu tiro alguns e os coloco sobre a mesa de vidro. O de cima é um desenho um pouco estranho: uma carroça com quatro rodas quadradas, transportando muitas rodas maravilhosamente redondas e extremamente funcionais, sendo empurrada e puxada por duas pessoas que parecem estar significativamente exaustas por seu trabalho entediante.

O desenho das rodas quadradas “Eu entendo que você seja um comprometido seguidor de Cristo”, eu digo. “As duas pessoas nesta imagem são altamente comprometidas também. Estão fazendo seu melhor para colocar sua igreja em movimento. Você pode diPorque você acha zer isso?” que a situação da sua Você dá uma olhada mais de própria igreja está tão perto na imagem. O que à prilonge da visão que você meira vista parecia apenas um desenho, parece revelar algo imtem para ela? portante. Enquanto você ainda está pensando sobre as potenciais implicações dessa imagem, eu interrompo seus pensamentos com mais duas perguntas. “Por que você acha que o cristianismo está fazendo um progresso tão escasso? Porque você acha que a situação da sua própria igreja está tão longe da visão que você descreveu tão maravilhosamente?” Você está um pouco confuso enquanto seus olhos continuam a se concentrar nas rodas quadradas do desenho, e seus ouvidos ouvem minhas perguntas. Você decide ignorar o desenho por um momento e olha em meus olhos. “Eu

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A carroça com as rodas quadradas: Será que essa imagem lhe dá qualquer indicação sobre por que o cristianismo não está avançando como poderia ou deveria?

acho que nós temos tido momentos tão difíceis nesses dias porque há muitos fatores trabalhando contra nós. Nós, os cristãos, estamos nos esforçando bastante, mas a nossa mensagem simplesmente não é uma boa vendedora para as multidões de hoje.” “Se eu fizesse as mesmas perguntas aos dois homens empurrando e puxando a carroça, o que você acha que eles responderiam?” Você olha novamente para o desenho e, pela primeira vez, vê os aspectos de sua própria experiência sendo vividos pelos dois homens. Até certo ponto, você pode se identificar com eles. Você se relaciona com o fardo de empurrar e puxar a igreja, tendo a impressão de que há algo fundamentalmente errado, mas sendo incapaz de colocar em palavras. Você pensa sobre a imagem dessas duas pessoas, mas antes que tenha a oportunidade de compartilhar suas ideias, eu interrompo seus pensamentos mais uma vez. “Eu posso lhe dizer o que eles falam, porque eu me encontro com pessoas como essas diariamente. Gostaria de saber sua resposta mais frequente?” “Claro”, você diz, antecipando o que eu poderia dizer em seguida.

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“Eu posso ver nos seus olhos que você tem uma ideia. O que você acha que é? “ Você responde: “Posso imaginar que essas pessoas possam dar uma resposta muito semelhante à que eu dei. Uma pode dizer que a luta contra o forte vento contrário faz com que seja uma tarefa muito difícil. E a outra pessoa pode adicionar que o progresso é tão lento porque a carroça tem que ser empurrada para cima de uma montanha muito íngreme.” “E as suas respostas deles estão erradas?”, eu quero saber. Você para por um momento para pensar. “Não necessariamente”, responde, pensando nas experiências da sua própria igreja. “De vez em quando nós, cristãos, sentimos mesmo o vento soprando em nosso rosto, e às vezes o caminho da igreja parece levar a uma íngreme subida. Você não concorda?” “Eu certamente concordo”, é a minha resposta. “No entanO problema é que os to, você pode ver que, mesmo dois homens não usam que essas respostas estejam os recursos que Deus corretas, elas não chegam à raiz da questão. As circunsjá lhes deu. Eles nem tâncias mencionadas não são sequer parecem vê-los. o problema real. Mesmo que as condições que cercam a igreja fossem muito mais favoráveis, o problema continuaria a existir. Qual você diria que é a raiz do problema nesta imagem?”

Você olha para a foto novamente, e a resposta parece bastante óbvia. “O problema é que as rodas que poderia facilitar o movimento da carroça estão dentro dela, e não nela. Os dois homens não estão usando os recursos que Deus já lhes deu. Eles nem sequer parecem vê-los. Ou talvez eles tenham começado a pensar que usar rodas quadradas é exatamente o que a igreja deve fazer. Então, eles tentam empurrar e puxar a igreja com suas próprias forças, em vez de usar as ferramentas que Deus já lhes deu.”

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“O que pode se tornar bastante cansativo, certo?” “É claro.” “Você me disse que você mesmo está muito cansado.” Você pensa por um momento. Depois de um tempo, você diz: “Sim, e eu percebo que não é apenas devido à viagem. Em alguns sentidos posso me identificar com as duas pessoas do desenho, o que me faz pensar: O que posso fazer, na prática, para fazer uso das rodas redondas que Deus já nos deu? Eu quero entender o que tudo isso significa em termos práticos, não apenas na linguagem nebulosa das metáforas”.

Como você pode identificar rodas redondas? “Bem, vamos traduzir tudo isso, passo a passo, para as realidades cotidianas de sua vida”, eu sugiro. “As metáforas que usamos até agora podem não ser tão nebulosas quanto parecem. Eles representam realidades ainda mais profundas do que os nossos lemas teológicos usados rotineiramente. Antes que você possa aproveitar os recursos que Deus lhe deu, você deve descobri-los. Em alguns casos, você deve ser capaz de tornar visível o invisível. Você se lembra do que você definiu como os dois pré-requisitos para ver o horizonte?” “Ter uma perspectiva bastante elevada e uma visão panorâmica”, você diz. “Então vamos supor que, em nossa reunião, você tenha atingido um ponto de vista bastante alto. Agora, temos que fazer a pergunta: Quais são os obstáculos que impedem você de ver, apreciar e utilizar as rodas redondas que já estão disponíveis para você? Elas são os verdadeiros obstáculos que temos que enfrentar e abordar – não o vento que sopra na nossa cara ou o caminho que leva para cima.” “Se eu entendi corretamente”, você diz, “nós basicamente temos que aprender a fazer duas coisas. Número um, descobrir essas rodas redondas que foram abundantemente

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Após as rodas redondas serem colocadas no seu devido lugar, podemos subir na carroça e fazer a alegre descoberta de que o vento do Espírito Santo a coloca em movimento “por si só”.

providas por Deus. E número dois, colocá-las onde elas deveriam estar de acordo com o plano de Deus”. “Exatamente. Mas essa não é a resposta completa. Há mais um passo que tem de ser dado, e que pode ser o mais controverso. Algum palpite do que isso pode ser?” “Humm. Talvez seja isso: a fim de colocar as rodas redondas no seu devido lugar, a igreja deve substituir as rodas quadradas. Eu posso ver que isso é necessário, mas eu tenho dificuldade em compreender por que você chamaria isso de um passo controverso. Parece ser evidente.”

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Defendendo as rodas quadradas “Se as pessoas têm usado rodas quadradas por anos, talvez até mesmo décadas, e tenham experimentado progresso aplicando essa abordagem – embora com um progresso incrivelmente lento – podem se sentir ameaçadas pela perspectiva de usar algo tão simples como rodas redondas”, eu digo. “Elas podem ter a impressão de que, se ‘uma abordagem de rodas redondas’ estivesse certa, anos de seu compromisso cristão ao usar rodas quadradas se tornaria sem sentido. Grande parte da resistência que experimentamos na vida da igreja pode ser muito melhor explicada por essas dinâmicas do que pelos supostos obstáculos mencionados quando você pede às pessoas para nomeá-los.” “Entendo”, você diz, enquanto algumas situações de sua própria experiência na igreja lhe vêm à mente. “Assim, toda a abordagem não é tão fácil como parecia à primeira vista, certo?” “Bem, se você começar removendo as rodas quadradas - sem ter descoberto primeiro as rodas redondas – pode realmente fazer mais mal do que bem. Mas se você começar descobrindo as rodas redondas...” “... As pessoas podem ficar mais confiantes a respeito do desapego de suas rodas quadradas”, você acrescenta, terminando minha sentença. “Elas vão ver que podem alcançar seus verdadeiros objetivos de forma mais eficaz com a ajuda das rodas redondas do que continuando com o que se tornou confortável para elas.” “O segredo é exatamente este.” “Você pode me ajudar a entender como colocar essa metáfora em prática?” “Claro. Esse é o propósito do nosso encontro. No final da nossa hora e meia juntos, você poderá não se sentir totalmente equipado para aplicar essa abordagem para todas as áreas imagináveis da sua própria vida e da vida de sua igreja, mas definitivamente vai estar suficientemente

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equipado para dar o primeiro passo decisivo, o que resultará em um ponto sem retorno.” “Não posso esperar para chegar lá”, ouço você dizer. “O que é realmente empolgante na nossa pesquisa é que, figurativamente falando, nós descobrimos uma infinidade de rodas redondas que já existem na igreja. A diferença é que algumas igrejas as usam, outras não.” “Talvez você devesse me contar mais sobre seu projeto de pesquisa para me ajudar a entender exatamente como as rodas redondas se parecem.”

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Como sua igreja pode crescer em qualidade e quantidade, independentemente das tendências desfavoráveis na sociedade?

Como você pode ter o maior impacto em sua igreja, independentemente do seu nível de responsabilidade?

Como você pode maximizar sua frutificação em todas as áreas da vida, independentemente do seu atual ponto de partida?

O caminho por si só o convida para um encontro de 90 minutos com Christian A. Schwarz, fundador e líder do Instituto para o Desenvolvimento Natural da Igreja (DNI). Christian irá reduzir as descobertas de duas décadas de pesquisa em dezenas de milhares de igrejas a algumas etapas simples de ação pessoal. Enquanto inúmeras igrejas implementaram aspectos individuais do Desenvolvimento Natural da Igreja, a maioria ainda tem que descobrir a chave estratégica que Christian chama de O caminho por si só – viver consistentemente em consonância com os dons, energias e recursos únicos que Deus já concedeu a você e à sua igreja.

Todo cristão pode colocar em prática tudo o que é essencial para o crescimento de uma igreja saudável – imediatamente e sem necessidade da permissão de ninguém. —Christian A. Schwarz

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