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Celebração do Dia Nacional para a Prevenção do Cancro da Mama

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Editorial

Editorial

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estruturado e sistematizado gera benefícios na funcionalidade do membro superior e na qualidade de vida tanto a curto como a longo prazo. Os seus efeitos incidem sobretudo na diminuição da dor, prevenção de linfedema, recuperação das amplitudes articulares, realçando-se também a importância da precocidade das intervenções e a qualidade de vida das mulheres”. A limitação da amplitude de movimentos de flexão e abdução do ombro surge como a mais frequente complicação após a cirurgia. Se é superior a 30º não permite a execução de atividades da vida diárias tão simples como a higiene ou arranjar-se. A diminuição da amplitude de movimentos do ombro causa dificuldade no desempenho de algumas atividades que envolvem amplitudes de movimento maior como é o caso do vestir e despir, lavar o membro contralateral à mastectomia ou pentear-se sendo restritiva na realização das atividades de vida diária (Camões, 2014). A manifestação desta dificuldade e de outras complicações pode ser minorado através de programas de reabilitação e de acompanhamento contínuo da mulher mastetomizada. A reabilitação funcional do movimento do membro homolateral permite prevenir ou minimizar complicações na mulher mastetomizada trazendo ganhos em autonomia. O programa de exercícios deverá ser repetido quatro vezes ao dia e continuado durante um período mínimo de seis semanas após a cirurgia. Refira-se que poderá haver necessidade de prolongar este período até aos seis meses, de forma a adquirir completa aquisição de mobilidade e de flexibilidade (Otto, 2000). A reabilitação da mulher mastetomizada será tanto melhor sucedida quanto mais informada estiver a mulher, pelo que estes programas devem alicerçar-se em programas de ensino individualizados a cada mulher coadjuvados com as intervenções de reabilitação a prosseguir pós-alta até à desejável capacitação por forma a evitar limitações ou reduzir incapacidades. Os profissionais de saúde numa perspetiva holística devem (re) pensar as suas práticas sustentando-as nestas premissas, redefini-las e (re) configurar abordagens inovadoras nos seus contextos e concretamente à mulher mastetomizada. À enfermagem de reabilitação exige-se dinâmicas de reinvenção e redescoberta de novos caminhos que conduzam a práticas mais efetivas demonstrando os contributos que pode dar com as suas intervenções. O enfermeiro de reabilitação deve estar presente ao longo de todo o processo de doença ajudando-a na adaptação à doença, fornecendo informação para proporcionar conhecimento que a ajude a ultrapassar obstáculos e constrangimentos, minimizando complicações. Ao reforçar o potencial de cada mulher para o autocuidado, contribui para a minimização do impacto da doença nas suas atividades de vida e facilita a descoberta de estratégias adaptativas para superar dificuldades.

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Helena Raquel Cruz

UCC Carvalhos hrcruz@arsnorte.min-saude.pt

Patrícia Margarida Pinto

UCC Carvalhos pmpinto@arsnorte.min-saude.pt

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