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Celebração do Dia Nacional para a Prevenção do Cancro da Mama
A A cce elle eb brra aççã ão o d do o D Diia a N Na acciio on na all p pa arra a a a P Prre ev ve en nççã ão o d do o C Ca an nccrro o d da a M Ma am ma a a assssiin na alla a--sse e n no o d diia a 3 30 0 d de e O Ou uttu ub brro o,, p prre ecce ed de en nd do o--sse e a a e esstte e d diia a a a cco om me em mo orra aççã ão o d do o D Diia a M Mu un nd diia all d da a S Sa aú úd de e d da a M Ma am ma a a a 1 15 5 d de e O Ou uttu ub brro o,, tto orrn na an nd do o--sse e o o m mê êss d de e O Ou uttu ub brro o cco om mo o o o m mê êss d de ed diicca ad do o à à ssa aú úd de e d da a m ma am ma a.. Sendo o cancro da mama um dos problemas com mais gravidade na saúde em todo o mundo e segunda causa de morte por cancro, na mulher, no mundo ocidental, constitui-se como uma das maiores preocupações atuais em termos de saúde já que traz consigo grandes impactos na qualidade de vida da mulher. (Eberhardt, 2014). O cancro obriga a uma perspetiva multidisciplinar com uma abordagem articulada com os vários intervenientes para além das estruturas de saúde na medida em que é uma das doenças do futuro (e do presente) (DGS, 2014). A instituição precoce de um programa de reabilitação da mulher mastetomizada reveste-se de grande importância e tem como objetivo primário prevenir ou minimizar as complicações físicas identificadas. Deste modo, o enfermeiro de reabilitação poderá intervir ao nível do desempenho das atividades de vida diária e da própria vivência social da pessoa. O enfermeiro especialista de reabilitação auxilia e orienta o percurso promovendo na pessoa a capacitação para a continuação do processo na vida diária, dependendo este da soma de conhecimentos e capacidades alcançadas. As competências acrescidas do enfermeiro de reabilitação possibilitam intervenções ao nível de educação para saúde, prevenção de complicações, tratamento e reabilitação maximizando o potencial da pessoa e dando-lhe informação e capacitação que permitem o empoderamento para gerir eficazmente a doença no seu percurso oncológico. O desafio atual é o de conceber dinâmicas que incitem à evolução de uma situação onde prevalece a diminuta informação e a subordinação aos saberes e às ações dos profissionais de saúde, para inter-relações de desenvolvimento e partilha contínua de informação e de conhecimento, de proatividade, de capacitação e da autonomia (PNS 2011-2016) da mulher mastetomizada. Sequeira (2014) através de uma revisão sistemática da literatura, sobre a eficácia dos programas de reabilitação funcional do membro superior, na mulher submetida a mastectomia radical unilateral, constatou que uma intervenção precoce de reabilitação conduzia a benefícios, prevenindo complicações pós-cirúrgicas e reabilitando as mulheres para as atividades de vida diária. Da análise crítica efetuada concluiu que “...um programa
estruturado e sistematizado gera benefícios na funcionalidade do membro superior e na qualidade de vida tanto a curto como a longo prazo. Os seus efeitos incidem sobretudo na diminuição da dor, prevenção de linfedema, recuperação das amplitudes articulares, realçando-se também a importância da precocidade das intervenções e a qualidade de vida das mulheres”. A limitação da amplitude de movimentos de flexão e abdução do ombro surge como a mais frequente complicação após a cirurgia. Se é superior a 30º não permite a execução de atividades da vida diárias tão simples como a higiene ou arranjar-se. A diminuição da amplitude de movimentos do ombro causa dificuldade no desempenho de algumas atividades que envolvem amplitudes de movimento maior como é o caso do vestir e despir, lavar o membro contralateral à mastectomia ou pentear-se sendo restritiva na realização das atividades de vida diária (Camões, 2014). A manifestação desta dificuldade e de outras complicações pode ser minorado através de programas de reabilitação e de acompanhamento contínuo da mulher mastetomizada. A reabilitação funcional do movimento do membro homolateral permite prevenir ou minimizar complicações na mulher mastetomizada trazendo ganhos em autonomia. O programa de exercícios deverá ser repetido quatro vezes ao dia e continuado durante um período mínimo de seis semanas após a cirurgia. Refira-se que poderá haver necessidade de prolongar este período até aos seis meses, de forma a adquirir completa aquisição de mobilidade e de flexibilidade (Otto, 2000). A reabilitação da mulher mastetomizada será tanto melhor sucedida quanto mais informada estiver a mulher, pelo que estes programas devem alicerçar-se em programas de ensino individualizados a cada mulher coadjuvados com as intervenções de reabilitação a prosseguir pós-alta até à desejável capacitação por forma a evitar limitações ou reduzir incapacidades. Os profissionais de saúde numa perspetiva holística devem (re) pensar as suas práticas sustentando-as nestas premissas, redefini-las e (re) configurar abordagens inovadoras nos seus contextos e concretamente à mulher mastetomizada. À enfermagem de reabilitação exige-se dinâmicas de reinvenção e redescoberta de novos caminhos que conduzam a práticas mais efetivas demonstrando os contributos que pode dar com as suas intervenções. O enfermeiro de reabilitação deve estar presente ao longo de todo o processo de doença ajudando-a na adaptação à doença, fornecendo informação para proporcionar conhecimento que a ajude a ultrapassar obstáculos e constrangimentos, minimizando complicações. Ao reforçar o potencial de cada mulher para o autocuidado, contribui para a minimização do impacto da doença nas suas atividades de vida e facilita a descoberta de estratégias adaptativas para superar dificuldades.
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Helena Raquel Cruz
UCC Carvalhos hrcruz@arsnorte.min-saude.pt
Patrícia Margarida Pinto
UCC Carvalhos pmpinto@arsnorte.min-saude.pt