A Libertação 152 Boletim Fraternidade Espírita Cristã
Lisboa - Portugal
Ano XXXVI| Nº 152 | 1 de outubro de 2021 - trimestral | PVP 5€| distribuição gratuita aos sócios
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A CONSTITUIÇÃO ÍNTIMA DO PERISPÍRITO
colaboradores
“A constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda”...
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CONFISSÕES DE LUÍS XI “Numa fase em que o Espiritismo ganhava adeptos e
Carmo Almeida
em que era fundamental dar um cunho sério, e não de diversão às comunicações mediúnicas, era importante que as comunicações estivessem revestidas de idoneidade e que não houvesse probabilidade de representarem um engodo”...
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Elizabete Henriques
MÉDIUNS ESPECIAIS…
“Todas as variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em sua intensidade. Algumas, são apenas matizes; mas, apesar disso, constituem aptidões especiais. Um médium pode, sem dúvida, ter muitas aptidões”...
Francisco Ribeiro
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PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO Liliana Henriques
“No Evangelho de Lucas encontramos a conhecida parábola do Filho Pródigo, embora com outro título (1), contada por Jesus em resposta à crítica dos fariseus e dos doutores da Lei, por ele acolher, comer e conversar com os pecadores”.. .
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QUE SERIA DA PEDRA SEM O MARTELO? “A Dor e as Agruras da vida são, assim, o martelo, a que Emmanuel se refere, a burilar as nossas almas empedernidas, diamantes em bruto”...
Paulo Henriques
Paula A. Graça Sandra Sequeira
Capa Image by Sweet Louise Pixabay
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editorial
Por | Carmo Almeida Apesar de ser rei, o reino de Jesus não tem sido notado porque a sua maneira de governar é feita através da verdade e esta, na atualidade como ao longo dos tempos, dificilmente tem sido descortinada. A verdade é desejada e há quem dê a vida por ela. Há quem a esconda, quem a desfigure, mas a sua essência jamais se perde porque é de origem divina e indestrutível. Jesus preparou-se para mostrá-la, levando-nos a identificar a sua presença em situações onde apenas a mentira habitava, dando-nos uma visão renovada daquilo que era tido como certeza e que, afinal, não correspondia aos verdadeiros desígnios do Pai. No reino que o Mestre governa, a verdade reside sem impedimentos de qualquer natureza, é bem-amada e lidera os comportamentos de todos. Ele representa-a e quando se aproximou dos reis terrenos, sabia que não seria aceite por estes já que temiam, no seu obscurantismo, perder o poder que detinham, conseguido, muitas vezes, à custa de falsidades. A Sua verdade incomodava e atemorizava os pequenos reis terrenos. No entanto, na simplicidade do seu manto, a cabeça emoldurada apenas pelos cabelos cor de amêndoa bem madura, como ceptro as mãos sempre estendidas sobre os sofredores, que tinha Jesus da realeza terrena, tão dada à ostentação, tão convencida de que os símbolos do poder os colocavam acima de qualquer outro ser, que podiam mentir sem que ninguém se atravesse a desdizê-los? Ele era a franqueza na dubiedade, a honestidade perante a tentativa trapaceira de lidar com os outros, o equilíbrio junto das desarmonias pessoais e do conjunto. A interpretação diferente das escrituras sagradas, que não lhes retirava a importância mas lhes acrescentava saber; o diálogo fácil, as expressões compreensíveis, isentas de malabarismos de palavras, transformando as conversas em alimentos para a alma; o Seu olhar, por vezes entristecido, de outras vezes condutor de uma energia vigorosa e contagiante, eram os seus diplomas, as suas leis. Transparecia Dele uma verdade que maledicência alguma conseguia toldar. Por isso tanta intriga, tanto conluio, tanta manipulação foram necessários até ao culminar da sua prisão para o testemunho final da Sua verdade que, ao tentarem abafar, maior publicidade lhe deram. O reino de Jesus não é deste mundo. Ainda. Mas no caminho que todos, penosamente ainda, vamos fazendo, há um rasto de verdade que se apura após a eliminação das falsidades que a cultura e o intelecto conseguem agora destrinçar, expondo, retirando a névoa que circunda o reino de que o Mestre é símbolo e certeza: o Amor! “És, pois, rei? – Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz” – Jesus.
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Kardec Hoje
A constituição íntima do perispírito Por | Elizabete Henriques
A constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda. Porque embora o perispírito seja constituído a partir do Fluido Cósmico Universal que existe em torno do planeta onde o Espírito vai encarnar, esse fluido não é homogéneo. Assim, cada Espírito, conforme o grau do seu adiantamento irá atrair para si as moléculas, os fluidos que a sua natureza pode assimilar. O seu perispírito irá ser constituído pelas partículas mais puras ou mais grosseiras em função dessa compatibilidade. Então, a natureza do envoltório fluídico está sempre relacionada com o grau de adiantamento moral do Espírito. Além disso, podemos ainda dizer sobre o perispírito, que este é como uma tela onde ficam impressos os nossos pensamentos e atos. É como uma película onde tudo fica fotografado. Nele ficam registadas tanto as reações que produzimos em nós, como as que produzimos nos outros. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a história completa das ações praticadas no mundo. Preenchemo-lo, por essa razão, com paisagens sublimes ou com imagens sombrias, de acordo com as virtudes que procuraremos desenvolver na alma. Somos como artistas, a construir uma obra de arte, de acordo com a nossa sensibilidade, a nossa vontade, o nosso esforço e a nossa determinação.
Vamos esculpindo o nosso ser, no todo, de acordo com as nossas emoções. Assim, além do perispírito variar na sua constituição em virtude da variação do grau de evolução de cada Espírito que habita no planeta, ele vai ainda variar em função da influência das emoções, ações e pensamentos mantidos ao longo de uma existência. Quando essas emoções, ações e pensamentos são de natureza inferior, produzem efeitos mórbidos sobre o perispírito. Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve esses elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexo nas células materiais. Quando essas emoções, ações e pensamentos são superiores, naturalmente que os efeitos sobre o perispírito são justamente o contrário: benéficos, salutares, purificadores. Consequentemente, essa vibração característica de cada um influenciará os que o rodeiam positiva ou negativamente, de acordo, claro, com as afinidades. Certas pessoas que emitem fluidos depurados podem servir de instrumento para os bons Espíritos, que os potenciam e os aproveitam na cura espiritual de pessoas doentes. E isto porque o perispírito é um envoltório semimaterial do Espírito, estando interligado, célula a célula com o corpo físico. É através dele que passam as sensações que vão do
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Espírito para o corpo físico e vice-versa. Qualquer sensação experimentada pelo corpo material passa pelo perispírito antes de chegar à alma e é o que permite que ela tome conhecimento de qualquer facto ocorrido. Por outro lado, os estados da alma repercutem no perispírito, transferindo-se e afetando o estado do corpo material, como foi referido anteriormente. Percebemos, então, que o perispírito de cada um de nós assume características próprias em função: • das ações praticadas no mundo; • do género de vida; • da natureza das emoções, sentimentos e pensamentos; • do grau de evolução espiritual. Quando estamos encarnados, se, por exemplo, o nosso perispírito é denso e pesado ficamos circunscritos a certas regiões espirituais, não conseguindo afastar-nos com facilidade do corpo material durante o sono e estabelecemos, em geral, relações apenas com Espíritos da mesma ordem. Além disso, não conseguiremos desprender-nos com facilidade do envoltório corporal por ocasião da morte, experimentando perturbação ou mesmo sofrimentos. Por outro lado, se o nosso perispírito é mais leve e purificado, poderemos, por exemplo: (Quando desencarnados) •Ter fácil acesso às regiões elevadas do mundo espiritual, desfrutando das bem-aventuranças existentes na vida superior, em companhia dos bons Espíritos;
• Ver, ouvir, sentir e perceber as coisas espirituais de forma muito aguçada e manifestar as nossas faculdades mais facilmente; • Locomovermo-nos com a rapidez da força do pensamento, desfrutando da facilidade de ir a “toda a parte”; (Quando reencarnados) • Durante o desprendimento parcial propiciado pelo sono, receber boas influências mentais e orientações e, no final da vida corporal, desprendermo-nos com facilidade do corpo material, amparados pelos bons Espíritos, enfrentando o processo da desencarnação com serenidade e livres de uma perturbação prolongada. Nesta reflexão em torno do perispírito voltamos à questão inicial: “A constituição íntima do perispírito é idêntica em todos os Espíritos que povoam a Terra?” Não. A constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra, varia em função da evolução alcançada. E essa constituição vai-se alterando no tempo a partir das escolhas individuais e ganhando beleza por impulso da vontade e da ação no bem. Significa isto que temos um grande desafio pela frente: Conquistar o equilíbrio, tornar o nosso coração numa sala iluminada onde se encontram inscritas as Leis Divinas, fazendo com que o nosso perispírito, cada vez mais leve e subtil, reflita uma alma que quer voar rumo aos planos altos da vida, onde encontrará a felicidade prometida por Jesus. Photo by Pexels
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Confissões
de
Luís XI Por | Sandra Sequeira
Numa fase em que o Espiritismo ganhava adeptos e em que era fundamental dar um cunho sério, e não de diversão às comunicações mediúnicas, era importante que as comunicações estivessem revestidas de idoneidade e que não houvesse probabilidade de representarem um engodo. Ermance De La Jonchére Dufaux era uma das médiuns de confiança do mestre Kardec. Foi um dos membros fundadores da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em Abril de 1858 e foi também nesse ano que Kardec publicou a Autobiografia do Rei Francês Luís XI, recebida mediunicamente por Ermance (1). Explica Kardec que: “Esse trabalho, um dos mais completos no género, contém documentos preciosos do ponto de vista histórico. Nele Luís XI revela-se o profundo político que conhecemos; mas, além disso, dá-nos a chave de vários factos até hoje inexplicados. Do ponto de vista espírita é uma das mais curiosas mostras de trabalhos de fôlego produzidos pelos Espíritos. A esse respeito, duas coisas são particularmente notá-
veis: a rapidez de execução (quinze dias foram suficientes para ditar a matéria de um grosso volume) e, em segundo lugar, a lembrança tão precisa que um Espírito pode conservar dos acontecimentos da vida terrestre. Aos que duvidarem da origem desse trabalho, e o creditarem à memória da senhorita Dufaux, responderemos que seria preciso, com efeito, da parte de uma menina de catorze anos, uma memória bem fenomenal e um talento de precocidade não menos extraordinário, para escrever, de uma assentada, uma obra dessa natureza; mas, supondo que assim o fosse, perguntamos onde essa criança teria haurido as explicações inéditas da nebulosa política de Luís XI, e se não teria sido mais conveniente a seus pais atribuir-lhe o mérito.” (2) Ou seja, a particularidade desta obra é que veio esclarecer factos que não eram compreensíveis aos historiadores, existiam algumas incongruências na história do rei, cujos relatos mediúnicos vieram dissipar. Naturalmente que este tipo de comunicações
não acontece apenas por vontade do Espírito em clarificar pormenores, ou para satisfazer a vã curiosidade. Este relato não representa assim a resposta a uma curiosidade histórica, mas corresponde à confirmação de que os Espíritos existem e comunicam-se com os encarnados. (3) Luís XI, nasceu a 3 de julho de 1423 e foi rei de França de 1461 até à sua morte, em 30 de agosto de 1483. (4) A sua vida foi plena de episódios complexos, aparentemente inexplicáveis alguns. Um desses episódios foi a oferta da tenência geral da Normandia a um rival. Não a um simples rival, mas ao seu principal opositor. Na Biografia ditada por Luís XI a Ermance Defaux é, porém, explicada a situação. Diz Kardec, como nota prévia a um pequeno trecho que publica na Revista Espírita que: “Os historiadores, defrontando-se com o facto histórico de que “Luís XI deu ao conde de Charolais a tenência geral da Normandia” confessam não compreender por que um rei, que foi tão grande político, haja cometido tão grande falta. As explicações dadas por Luís XI são difíceis de contradizer, visto estarem confirmadas por três episódios de todos conhecidos: a conspiração de Constain, a viagem do conde de Charolais, em seguida à execução do culpado e, enfim, a obtenção por esse príncipe da tenência geral da Normandia, província que reunia os Estados do duque de Borgonha, inimigos sempre ligados contra Luís XI.” (5) Mas Kardec, não publicou apenas este excerto, veio a publicar mais dois, um relativo à trama com o irmão mais novo de Luís e outro a descrição da sua morte. A descrição pormenorizada da trama, explicada ao detalhe, não deixa de levantar alguma admiração pela lucidez com que o Espírito descreve a situação. Comenta Kardec, “O facto que acabamos de relatar não é menos notável, pelo duplo ponto de vista da História e do fenómeno das manifestações; (…) a vida desse rei, tal como foi ditada por ele mesmo é, sem contestação, a mais completa que temos e, podemos mesmo dizer, é a mais imparcial. O estado de espírito de Luís XI permite-lhe hoje apreciar as coisas em seu justo valor; pudemos ver (…) como ele faz o seu próprio julgamento; explica a sua política melhor que qualquer um dos seus historiadores; não absolve a sua conduta; e na sua morte, tão triste e tão vulgar para um monarca que fora todo-poderoso até algumas horas antes, vê um castigo antecipado. Como facto de -7-
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Hoje já não há necessidade deste tipo de relatos, as necessidades são diferentes, mas há sempre algo comum a todas as mensagens: A moral cristã, base para a melhoria do ser humano
manifestação, esse trabalho oferece um interesse todo particular: prova que as comunicações espíritas podem nos esclarecer sobre a História, quando nos sabemos colocar em condições favoráveis.” (6) A descrição da sua morte, por seu lado, não deixa de representar uma grande lição moral. Quem tudo dominou, quem jogou com interesses, quem urdiu teias de intrigas vê-se agora sozinho… Mas com a possibilidade de nos relatar esse momento, que revela, sem dúvida a fragilidade do poder humano! “Falai pouco”, e eu saberia o que isso significava. Quando já não havia mais esperança, Olivier le Daim me disse duramente, na presença de Francisco de Paula e de Coittier: – Majestade, é preciso que nos desobriguemos de nosso dever. Não tenhais mais esperanças neste santo homem, nem em qualquer outro, porquanto chegastes ao fim; pensai em vossa consciência; não há mais remédio. A essas palavras cruéis, toda uma revolução operou-se em mim; eu já não era o mesmo homem e me surpreendia comigo mesmo. O passado desenrolou-se rapidamente ante meus olhos e as coisas me pareceram sob um aspeto novo: não sei que de estranho se passava em mim. O duro olhar de Olivier le Daim, fixado sobre o meu rosto, parecia interrogar-me. Para subtrair-me a esse olhar frio e inquisidor, respondi com aparente tranquilidade:
– Espero que Deus me ajude; talvez eu não esteja tão doente como imaginais. Ditei minhas últimas vontades e mandei para junto do jovem rei aqueles que ainda me cercavam. Encontrei-me só com meu confessor, Francisco de Paula, le Daim e Coittier. Francisco me fez uma exortação tocante; a cada uma de suas palavras parecia que os meus vícios se apagavam e que a natureza retomava seu curso; senti-me aliviado e comecei a recobrar um pouco de esperança na clemência de Deus. Recebi os últimos sacramentos com uma piedade firme e resignada. Repetia a cada instante: “Nossa Senhora de Embrun, minha boa Senhora, ajudai-me!” Terça-feira, 30 de agosto, cerca de sete horas da noite, caí em nova prostração; todos os que estavam presentes, crendo-me morto, retiraram-se. Olivier le Daim e Coittier, temendo a execração pública, permaneceram junto ao meu leito, já que não tinham outro asilo. Logo recobrei inteiramente a consciência. Ergui-me, sentei-me na cama e olhei em torno de mim; ninguém de minha família lá estava; nenhuma mão amiga buscava a minha nesse momento supremo, para suavizar-me a agonia numa última carícia. Àquela hora, talvez, meus filhos, se divertissem, enquanto seu pai morria. Ninguém pensou que o culpado ainda pudesse ter um coração que compreendesse o seu. Procurei ouvir um soluço abafado, mas só ouvi as risadas dos dois
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miseráveis que estavam junto de mim. Em um canto do quarto, percebi minha galga favorita que morria de velha. Meu coração estremeceu de alegria: tinha um amigo, um ser que me estimava. Fiz-lhe sinal com a mão; a galga se arrastou com dificuldade até o pé de meu leito e veio lamber-me a mão agonizante. Olivier percebeu esse movimento; praguejando, levantou-se bruscamente e golpeou o infeliz animal com um bastão até que morresse; ao morrer, meu único amigo lançou-me um longo e doloroso olhar. Olivier empurrou-me violentamente sobre o leito. Deixei-me cair e entreguei a Deus a minha alma culpada.” (7) Relato sem dúvida comovente e emocional, de um Espírito que não se tentou desculpar, que assumiu as suas responsabilidades e aceitava as consequências. Estes relatos, a que se seguiram outros de outras personalidades, foram fundamentais para o início do Espiritismo. Se se tratasse de uma história referente a um homem comum, pouco ou nenhum impacto teria, até porque não havendo registos históricos, pouco se podia confirmar. Reuniram-se assim, varias características: A posição e credibilidade da médium, a posição da sua família, os relatos históricos… Iniciava-se uma fase, que já não correspondia às batidas das mesas girantes, mas à psicografia que pro-
porcionava mensagens mais longas e complexas. Hoje já não há necessidade deste tipo de relatos, as necessidades são diferentes, mas há sempre algo comum a todas as mensagens: A moral cristã, base para a melhoria do ser humano. Referências:
1 - CF www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Ermance-Dufaux.pdf Consultado em fevereiro de 2018 2 e 5 - Kardec, Allan, “Confissões de Luís XI…”. Revista Espirita, Março 1858. De realçar que a família tinha excelentes relações sociais e politicas. Seria por isso até mais conveniente fazer passar este ditado mediúnico por uma obra de autoria própria, do que arriscar a credibilidade do nome de família, assumindo que se tratava de uma comunicação mediúnica. 3 - Quando a médium publicou “A história de Luís IX, ditada por ele mesmo”, em 1854, a censura do Governo de Napoleão III proibiu a sua distribuição, o que chamou à atenção de várias pessoas, incluindo o próprio Napoleão III, que chegou a convidá-la para sua casa, tendo recebido uma comunicação do seu tio, desencarnado, Napoleão Bonaparte. Estas relações sociais chamaram à atenção sobre a médium, apesar das censuras da Igreja. 4 - Foi chamado de o Prudente, mas também o Rei Aranha ou Aranha Universal, devido à sua tendência de tecer intrigas contra os seus rivais, seja seu pai, seu irmão ou seus inimigos europeus. Ele provou ser um político habilidoso pois terminou com a Guerra dos Cem Anos (1337-1453). 6 – Kardec, Allan, “Confissões de Luís XI…”. Revista Espirita. Junho 1858. 7 - Kardec, Allan, “Confissões de Luís XI…”. Revista Espirita, Maio 1858.
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Médiuns especiais… Por |Julieta Barbosa
Todas as variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em sua intensidade. Algumas, são apenas matizes; mas, apesar disso, constituem aptidões especiais. Um médium pode, sem dúvida, ter muitas aptidões. Todavia, há sempre uma que é dominante. São bons médiuns, os médiuns sérios, os que se servem de suas faculdades para o bem e para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, se as utilizassem para satisfação de curiosos ou futilidades. Uma característica comum dos médiuns, em qualquer dos géneros de mediunidade, é que eles são sensitivos, isto é, são pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos, por uma impressão geral ou local, vaga ou material. É uma faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras. Distinguem os bons dos maus Espíritos, pela natureza da impressão. O médium reconhece não só a natureza do Espírito que está a seu lado, como também a sua individualidade. Considera-se, em relação aos Espíritos, verdadeiro sensitivo. Um bom Espírito produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um mau Espírito, ao contrário, é penosa e desagradável. No quadro sinóptico dos vários géneros de mediunidade, sem que esta classificação tenha algo de absoluto, apresentamos alguns exemplos de médiuns psicógafos, segundo o seu modo de execução e o desenvolvimento da faculdade, respetivamente. Médiuns mecânicos: aqueles cuja mão recebe um impulso involuntário e que nenhuma consciência têm do que escrevem. São muito raros. Médiuns semimecânicos: aqueles cuja mão se move involuntariamente, mas que têm, instantaneamen-
te, consciência das palavras ou de frases à medida que escrevem. São os mais comuns. Médiuns polígrafos: aqueles cuja escrita muda com o Espírito que se comunica, ou são aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida. É muito vulgar o primeiro caso; o segundo, o da identidade da escrita, é mais raro. A mudança de caligrafia só acontece com os médiuns mecânicos ou semimecânicos, porque neles é involuntário o movimento da mão, dirigido unicamente pelo Espírito. O mesmo já não sucede com os médiuns intuitivos. Neste caso, o Espírito apenas atua sobre o pensamento, sendo a mão dirigida pela vontade do médium. A variação da forma da escrita não é condição absoluta na manifestação dos Espíritos: deriva de uma aptidão especial – são os chamados médiuns polígrafos. Médiuns explícitos: são aqueles cujas comunicações têm toda a amplitude e toda a extensão que se podem esperar de um escritor consumado. Esta aptidão resulta da expansão e da facilidade de combinação dos fluidos. “Os Espíritos procuram estes médiuns para tratar de assuntos de grandes desenvolvimentos”. Médiuns maleáveis: são aqueles cuja faculdade se presta mais facilmente aos diversos géneros de comunicações e pelas quais, quase todos os Espíritos podem manifestar-se. ”Esta espécie de médiuns aproxima-se muito da dos médiuns sensitivos”. Se é médium especial, procure o esclarecimento e o auxílio num Centro Espírita. Referências: Cf . KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2ª Parte – Cap. XVI , itens 164, 188, 197, 198, 191, 192 ; Cap. XVII , item 219 Photo by Pexels
Por |Liliana Henriques
Conversas com
Jesus
Parábola do Filho Pródigo No Evangelho de Lucas encontramos a conhecida parábola do Filho Pródigo, embora com outro título(1), contada por Jesus em resposta à crítica dos fariseus e dos doutores da Lei, por ele acolher, comer e conversar com os pecadores. No seu discurso, esta parábola vem na sequência de outros exemplos que ele deu em resposta, como a parábola da ovelha perdida e do pastor que se rejubila por tê-la encontrado ou da parábola da mulher que se rejubila por ter encontrado a moeda de prata, perdida em casa. Antes de conhecer e analisar com maior cuidado estes detalhes contextuais, na verdade, esta parábola sempre me comoveu, em especial a partir de uma certa época da minha juventude em que também eu retornava a um caminho abandonado e, como tal, identificava-me com o filho pródigo. A história é simples: Um homem abastado tinha dois filhos e, um dia, o filho mais novo exige ao pai a sua parte da herança, partindo para longe com os bens doados. Dissipa toda a herança numa vida desregrada, começando depois a passar por muitas dificuldades,
ao ponto de passar fome. Até que cai em si. Lembra-se que nem os criados do seu pai passavam tais dificuldades, pelo que, arrependido, decide voltar e pedir ao pai, não só o perdão, mas que o acolha como empregado. Decide e faz. Mas o pai, reconhecendo ao longe o filho que voltava, corre para ele, acolhendo-o com imenso carinho e alegria, mandando fazer um festim em sua honra. O filho mais velho, indignado, sente-se injustiçado, reclamando e, amuado, não participa no festim. O pai diz-lhe, e assim acaba a parábola: “Filho, estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado.” Hoje, afigura-se-me que a parábola do Filho Pródigo resume, virtuosamente, a missão de Jesus e, consequentemente, o objetivo do Cristianismo bem como do Espiritismo, neste planeta. Expressa a essência da mensagem cristã e os dois tipos de comportamento que, do ponto vista espiritual, têm caracterizado a Humanidade, ao longo da história - a Humanidade
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que somos todos nós - Espíritos imortais, filhos de Deus, ainda imaturos, repetindo sem cessar experiências reencarnatórias, demorando a compreender a natureza do festim que nos aguarda. Esta parábola resume o mecanismo da Lei do Progresso e é, ao mesmo, um hino à Humildade. O filho mais novo simboliza a imaturidade que se equivoca no objetivo da vida material; é a visão materialista e imediatista que submerge o seu portador às paixões e aos vícios de todo o tipo, com todas as consequências inerentes: a irresponsabilidade e a aflição, não só na relação com o próximo, mas sobretudo consigo mesmo; os bens da herança, aparentemente perdidos, com leviandade e insensatez, tais como o tempo, a saúde e todas as oportunidades de trabalho e progresso, porque se prefere as ilusões… O filho mais velho, com valores espirituais já adquiridos, sobretudo cognitivos, é, aparentemente, o mais bem comportado, dentro do padrão da obediência e do trabalho; nunca negou o Pai, esforçando-se por cumprir o dever de cada dia e esse esforço, louvável, poderia refletir-se em frutos, num acesso direto à paz interna da abundância do Pai (“Filho, estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu”). Mas tal não ocorre… Em vez de sentir paz e alegria, sente despeito e indignação. Na escuridão interna em que vive, não percebe a falha que lhe padroniza a alma, que é a ausência do Amor. A Justiça de Moisés, superficialmente vivida, não
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compreende a Justiça Amorosa do Cristo. O real progresso espiritual só se concretiza por intermédio do progresso moral. As religiões são apenas guiões orientadores desse trabalho interno. O filho mais velho era limitado na sua visão espiritual pelo Orgulho que o caracterizava e pela ausência de Amor pelo seu irmão. Jesus falava aos fariseus, aqui representados no filho mais velho. Em qualquer setor religioso, essa também tem sido a nossa falha ao longo dos milénios. Contentamo-nos e limitamo-nos a uma adoração superficial de Deus, entregando-nos a muitas práticas exteriores (muitas das quais louváveis e importantes), mas o trabalho de reeducação interior continua por fazer ou é feito de modo insuficiente, sendo que é ele que estabelece a verdadeira sintonia com o Divino. Deus Ama e Deseja o progresso de todos os seus filhos, como o bom pai da parábola. Não quer o aniquilamento dos filhos pecadores e sim a sua salvação, ou seja, a sua transformação interior, único caminho do Progresso Moral e da Felicidade. As leis Divinas são sábias, justas e bondosas. Por elas, o Espírito imortal experimenta as consequências das suas decisões e atos, compreendendo, desse modo - pela dor e pela aflição – o equívoco em que persiste, sobretudo quando a rebeldia lhe caracteriza a vibração interna. O livre-arbítrio não nos é violentado, mas as Leis Divinas
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Como caminhamos nós na tarefa de servir na seara Divina? Não interessa o tipo de tarefa, mas sim a vibração interna e a atitude que alimentamos
trabalham-nos a alma, na sua dupla dimensão (cognitiva e emocional), para chegarmos ao momento de cairmos em nós mesmos, como o filho mais novo caiu em si. Neste ponto do caminho, só nos resta uma direção: reerguermo-nos, com humildade e coragem, e voltar à Casa Paterna, sem exigências nem caprichos, superando culpas e vergonhas, cansaço e fraqueza; pedir a oportunidade de apenas servir, para merecer um simples e justo salário. Este ponto da história comove-me profundamente, sendo rico, per si, de profundas e continuadas reflexões. Como caminhamos nós na tarefa de servir na seara Divina? Não interessa o tipo de tarefa, mas sim a vibração interna e a atitude que alimentamos. Os nossos dias, na presente reencarnação, são os de retorno à Casa Paterna. Dela nos afastámos no passado, com os equívocos que perpetrámos e com todas as fragilidades que ainda hoje nos caracterizam. Não se muda radicalmente de um momento para o outro, é certo, mas a reflexão interna representada no “cair em si” deve estar presente em todos os nossos dias. A visão do acolhimento futuro do Pai é a Fé que temos hoje e é ela que nos dá a coragem de continuar, persistindo no trabalho, no esforço de cada dia, nas atitudes corretas. É a Fé que nos faz confiar em Deus em todos os momentos e a Ele nos entregarmos. Essa confiança, essa sinceridade, essa humildade trabalhada na aceitação das circunstâncias e no esforço
de cada dia, ao invés da vitimização, nos conduzirão à meta feliz. Mas ainda antes de chegarmos à meta (à perfeição ou mesmo à redenção), já Deus vem ao nosso encontro para nos galvanizar (por intermédio do amparo dos Benfeitores Espirituais), como o pai da parábola, que avistando o filho ao longe, “correu ao seu encontro, abraçou-o e cobri-o de beijos.” Ao longo do nosso percurso espiritual temos, com certeza, deambulado entre uma conduta e outra, ora representando o papel do filho mais novo, ora representando o do filho mais velho. Mas não esqueçamos que a alegria do festim demonstra o facto, realçado por Jesus noutras passagens do Evangelho, de muitos erros e atitudes serem antes a consequência de uma imaturidade espiritual que acabarão por ser corrigidos e superados, na verdade, mais rapidamente do que as atitudes perpetradas pelo Orgulho - esse espinho, que nos anoitece a alma há tanto tempo. Antes ser o filho estroina, aquele que todos nós tendemos a julgar precipitadamente, numa falsa sensação de superioridade. Foi ele que teve a coragem de regressar. Foi ele que sentiu a vibração da Alegria do Pai, no festim de boas vindas. Foi ele cujo coração amanheceu. Foi ele que “estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado.” 1 - Sob o título Os dois filhos, segundo a Bíblia Pastoral, Ed. ediclube, tradução de Ivo Storniolo e Euclides Martins Balancin. Photo by Pexels
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Que seria da
Pedra sem o
Martelo? Normalmente começo o artigo com uma breve apresentação que depois ligo a um episódio da vida do Chico Xavier. Socorro-me dos exemplos que o médium mineiro nos deixou para demonstrar, na prática, como podemos viver os princípios espíritas. Desta vez, contudo, começarei pela passagem da vida de Chico Xavier. “Na sua profissão de serventuário público, o Chico, certa vez, foi visitar um companheiro, que residia alguns quilómetros além de Pedro Leopoldo. O companheiro, intempestivamente, o recebe com duas pedras na mão. Xinga-o a valer. E, quando o Chico tentava responder, delicadamente, Emmanuel intervém, dizendo-lhe: - Não diga nada, exemplifique a própria fé, suportando-lhe a injustiça e os desabafos. - Ele sofre do fígado, e há dias que vem sentindo cólicas hepáticas. — Não revide a insultos e exacerbações. Ele precisa exteriorizar os venenos que lhe estão na alma e no corpo e, você, de limar-se, apurar-se e burilar-se, silenciando...
E com um sorriso doce, o bondoso Mentor rematou o assunto com esta pergunta: - Ademais, que seria da pedra sem o martelo?...” (1) Dizer que os dias atuais têm sido tumultuosos é uma mera constatação do óbvio. Diariamente a nossa sensibilidade é assaltada pelas mais variadas agressões. Partindo nós do pressuposto que tudo tem um fim útil e bom, somos levados a concluir que os tumultos que se têm abatido sobre a Humanidade também têm de ter o seu fim útil e bom. É claro que semelhante raciocínio não é fácil, nem tranquilo. Primeiro, convida-nos a uma maior aceitação dos problemas que nos afligem e, segundo, orienta-nos o raciocínio de que não devemos “lutar” contra o “martelo” que lapida o diamante em bruto que ainda é a nossa alma. Façamos uma breve comparação: o companheiro desabrido é a nossa casa comum a precisar de exteriorizar “os venenos” de que a temos carregado de forma tão constante e irresponsável. As catástofres
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Por |Francisco Ribeiro
naturais, tão comuns nos últimos meses, mas também aquelas que têm causas humanas, são a tentativa da Terra de nos levar às mudanças que nos fazem falta, a nível planetário e a nível pessoal. Sucede porém que, ao contrário da orientação de Emmanuel, enveredamos pelo revide, pela revolta e pela reação tumultuosa, tanto fisicamente como mentalmente. Tal postura, anti-apaziguadora, ao invés de contribuir para a harmonia geral, alimenta o caos destes dias, fazendo com que sejamos agentes de perturbação em vez de cooperadores do Cristo e da Obra Divina. Mas é importante ressaltar, na história apresentada, que em momento algum a integridade física ou mental de Chico Xavier esteve posta em causa. Se tal tivesse acontecido, a intervenção de Emmanuel provavelmente teria sido outra, mais no sentido de assegurar que o seu tutelado pudesse dar continuidade à tarefa mediúnica assumida. Mas, voltando à reflexão em curso, o Mestre Jesus esteve entre nós há mais ou menos dois mil anos, para nos mostrar o “Caminho que conduz ao Pai”. Mas os Homens, mergulhados no seu personalismo, preferem considerar,
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nas lições do Mestre, apenas as partes que lhes são úteis ou aquelas que não interferem com os seus interesses pessoais. Devido a essa postura, tantas vezes assumida por nós ao longo dos séculos, é que a História dos últimos dois milénios foi de mortandade, dores e misérias, quando tínhamos tudo para que fosse diferente, melhor e fraterna. O Mestre bem sabia que nós, Seus irmãos em evolução, iriamos optar pelo que nos é mais agradável, tanto que quando promete o Consolador, informa que parte da sua tarefa seria “recordar tudo” o que Ele havia dito. O Consolador veio na hora prevista, a fim de dar novo impulso à evolução moral da Humanidade. Mas o Consolador Prometido e as suas lições, apesar do esclarecimento que nos tem trazido, ainda não conseguiu eliminar a carapaça do nosso personalismo. Continuamos, apesar de tudo, especialistas em considerar apenas as lições que não obstam aos nossos prazeres, à nossa maneira de ser e aos hábitos perniciosos que nos acompanham de existência em existência. A História mostra-nos que quando somos tratados com excessiva brandura, pouco ou nada progredimos, por nos ser confortável a posição em que nos encontramos. Nesses casos, é preciso recorrer à terapia mais assertiva, a fim de que o desconforto que esta nos causa nos impulsione à mudança que se torna imperiosa para nosso próprio benefício. A Dor e as Agruras da vida são, assim, o martelo, a que Emmanuel se refere, a burilar as nossas almas empedernidas, diamantes em bruto. Mas no dia em que, dóceis à vontade do Pai, optemos por evoluir por nós mesmos, a Dor será cada vez menos necessária, até que deixará de se expressar, por termos extinguido a sua utilidade. Até esse dia, temos por consolo estas palavras de Emmanuel e as Promessas do Mestre Jesus, cujo Amor e Amparo nunca nos faltam, pois Ele mesmo nos disse que, se o Pai cuida das aves do céu e dos lírios dos campos, muito mais cuida de nós, Seus filhos bem amados. (2) Referências: 1 - GAMA, Ramiro, “Que seria da Pedra sem o Martelo?...”. Lindos Casos de Chico Xavier, item 94. 2 - Evangelho Segundo Mateus, capítulo 6, versículos 25-34. Photo by Pexels
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o Mestre Jesus esteve entre nós há mais ou menos dois mil anos, para nos mostrar o “Caminho que conduz ao Pai”
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ATIVIDADES ON LINE ABERTURA DO ANO LETIVO 2021-22 Estão abertas as inscrições para os Estudos Espíritas para adultos e para crianças e jovens. Estes Estudos iniciar-se-ão na semana de 11 a 16 de outubro. Já as palestras de Estudo Doutrinário terão o seu início no dia 3 e outubro, dia do Aniversário de Allan Kardec, que será também o dia em que se assinalará publicamente o 93º Aniversário da FEC.
A FEC arranca este novo Ano Letivo com o prosseguimento das suas atividades on line, quer no que respeita aos Estudos Espíritas, quer no que diz respeito às palestras, devido ao atual momento e pandemia que ainda atravessamos e às condições físicas do seu espaço material. Continuarão a ser presenciais as atividades de Terça e Quinta Feira, com o Acolhimento àqueles que nos visitam pela primeira e vez e com o Passe, respetivamente.
93º ANIVERSÁRIO FEC A FEC completou, no passado dia 28 de setembro, 93 anos de existência. A data foi assinalada com uma pequena reunião particular e será comemorada na abertura do Estudo Doutrinário com uma palestra proferida pela atual presidente, Maria Emília Barros.
Por |Paulo Henriques
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Por |Paula Alcobia Graça
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2ª Feira - Estudos Espíritas ESDE I – 19h30 - 20h30 (por videoconferência) ESDE II – 21h00 – 22h00 (por videoconferência) ESDE III – 19h30 - 20h30 (por videoconferência) ESTUDO OBRAS DE ANDRÉ LUIZ – Ano VII – 19h30 – 20h45 (por videoconferência) 3ª Feira - Integração no Centro Espírita - 17h00 - 19h00 - Atendimento individual com marcação prévia exclusivamente pelo número 917600135 (A receção abre às 16h30) 4ª Feira EIMECK – 19h30 - 20h45 (presencial) 5ª Feira Assistência Espiritual (Passe) 16h30 - 19h00 (presencial) (Receção - 16h00 - 19h00) KIniciação - 20h00-21h00 (por videoconferência) Sábado Aulas DIJ (por videoconferência) das 15h00 às 17h50 Estudo das Obras de André Luiz – Ano XI – 17h00 – 18h30 Domingo Palestra pública (online) 17h00 – 18h00 NOTA: Nas atividades presenciais é obrigatório uso de máscara.
A Libertação Nº 152 Ano XXXVI outubro/novembro/dezembro 2021 Nome do Proprietário e Editor Fraternidade Espírita Cristã Morada Sede do Proprietário e Editor, Redação e Impressão Rua do Vale Formoso de Cima, nº 97A 1950-266 Lisboa, Portugal Nº de Contribuinte 501091670 Nº de Registo na ERC 109883 Nº de Depósito Legal 10.284/85 ISBN 0871- 4274 Direção Diretor - Maria Emília Barros Colaboradores Carmo Almeida Elizabete Henriques Francisco Ribeiro Julieta Barbosa Liliana Henriques Paula Alcobia Graça Paulo Henriques Sandra Sequeira Periodicidade Trimestral Tiragem 500 exemplares Realização Design Gráfico - Sara Barros
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