A Libertação 153 Boletim Fraternidade Espírita Cristã
Lisboa - Portugal
Ano XXXVII| Nº 153 | 1 de janeiro de 2022 - trimestral | PVP 5€| distribuição gratuita aos sócios
índice 04
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SENDO O CRIADOR SOBERANAMENTE JUSTO E BOM, QUAL É A ORIGEM NO HOMEM DA PROPENSÃO PARA O MAL?
“Deus, na Sua Infinita Justiça, Bondade e Sabedoria criou a harmonia e a ordem que se observa em todo o Universo e nas Leis Naturais”...
07 SOCIEDADE ESPÍRITA NO SÉC. XVIII “No artigo em análise, Allan Kardec publica uma carta que tinha recebido e que assinalava a anterioridade dos fenómenos espíritas na sociedade parisiense”...
Carmo Almeida
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SOU MÉDIUM… EM DESENVOLVIMENTO… Francisco Ribeiro
“A psicografia é o género de mediunidade mais difundido; não só o mais simples e cómodo, mas também aquele que proporciona os resultados mais satisfatórios e completos. ”...
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Liliana Henriques
A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO
“Felicidade, segundo o dicionário da língua Portuguesa, é o estado de quem é feliz, ventura, boa fortuna, sorte, bom êxito, contentamento”…
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Paulo Henriques
APRENDER TRABALHANDO
“Vivemos hoje numa sociedade em que o trabalho se vai tornando cada vez menos físico, mas essa transição aplica-se a uma franja muito limitada da sociedade planetária”... Paula A. Graça
Sílvia Almeida
Capa Image by Pixabay
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editorial
Por | Carmo Almeida
Permanece ecoando no Espaço o conselho de Jesus para que não se ofusque o nosso coração. Nenhum acontecimento deve perturbar-nos tão seriamente, que nos deixe desarmados, ensombrados, distanciados da nossa crença espontânea na proteção divina. Quanto maiores são os desafios e mais graves são os acontecimentos, maior tem de ser a nossa confiança em Deus, desafiando os nossos medos a dissiparem-se sob a luminosidade de esperança. Olhar o mundo e ver como as sociedades se movem, se relacionam entre si, exige de todos nós um exercício, firme e constante, de convicção na sabedoria de Deus. A crença irrestrita no Criador não pode ser, porém, apenas uma teimosia, uma afirmação exterior que se diz ser fé. A fé, sendo uma convicção interior definitivamente estabelecida na alma, é uma força poderosa que dá brandura àquele que a abriga. Irradia, como uma fonte de calor, que envolve os que se lhe abeiram. É uma fonte inesgotável de vitalidade, mesmo na adversidade, permitindo que a tranquilidade não se lhe afaste do peito. Dá ao ser uma criatividade que lhe permite encontrar soluções onde outros se abandonam à tormenta. Transforma em missionários pessoas comuns. Em heróis, pessoas que tinham medo. Acreditar, coloca-nos acima das misérias que desesperam os incrédulos ou aqueles cuja visão de Deus é a de um Ser partidário e corruptível. Não porque elas se afastem de nós, mas porque as abraçamos como lições de vida. E ponderando numa realidade que tem de existir, para além da ilusão em que estamos mergulhados, embora ainda nos sintamos cegos para podermos avaliá-la, estendemos a mão tentando alcançar o horizonte distante, o infinito lugar repleto de outras moradas. E a ideia reconfortante de que outros espaços aguardam por nós, de que, onde por enquanto permanecemos, nada é tão áspero que não consigamos segurar, nada é tão difícil que não possamos resolver, remete-nos para as palavras de Jesus, o Mestre: “Credes em Deus, crede também em mim”. Sim, Mestre, acreditar em Ti também, aproxima-nos ainda mais do Pai, Daquele que nos ensinaste que é Amor e Compaixão e não vingança e punição. Crer, não nos tira do mundo, enraíza-nos nele, faz-nos amá-lo mais. Seja este ou outro, dos muitos que existem, e onde está aquele, especial, que preparaste para nos receber, retirando-nos, da exaustão das lutas acerbas, para junto de Ti, levando-nos a estar onde estiveres – na paz aconchegante do teu amor, a refletir o Divino Pai. É por isso que podemos sempre repetir, em qualquer cenário, sossegando as nossas dores: “Não se turbe o vosso coração…”.
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Kardec Hoje
Sendo o Criador soberanamente justo e bom, qual é a origem no homem da propensão para o mal? Por | Liliana Henriques
Deus, na Sua Infinita Justiça, Bondade e Sabedoria criou a harmonia e a ordem que se observa em todo o Universo e nas Leis Naturais que regem todos os fenómenos da Natureza, tendo por único objetivo o Bem. O elemento espiritual foi criado simples e ignorante, mas submetido à Lei do Progresso, pela Lei da Reencarnação. É assim que ao longo das sucessivas experiências na matéria, o homem – tal como todos os seres da Natureza – vai enfrentando diversos desafios, dificuldades, necessários ao desenvolvimento das suas potencialidades – intelectuais e morais – e dentro do imperativo da Lei do Progresso. Nesse período, o corpo é destruído muitas vezes, mas o que é o corpo diante da imortalidade da vida espiritual e das aprendizagens do Espírito que jamais se perdem? Os males de toda a espécie que afligem a Humanidade dividem-se em dois tipos que importa distinguir: aqueles que o homem pode evitar e os que ele não pode evitar, pois não dependem da sua ação. Estes últimos prendem-se com os desafios que
acabámos de mencionar, necessários ao progresso e que correspondem aos desígnios divinos, insondáveis para o Homem, cujas faculdades são ainda muito restritas. Na sua pouca evolução espiritual, o Homem aprecia e interpreta as coisas do ponto de vista da sua personalidade e dos interesses fictícios que criou para si, mas que não se enquadram na ordem da Natureza. Por isso, afigura-se-lhe mau e injusto aquilo que consideraria justo e admirável, se lhe conhecesse a causa, o objetivo e o resultado definitivo. Então, nestes casos, o chamado mal é apenas uma incorreta avaliação humana e não o acontecimento em si. O primeiro tipo referido - os males que o homem pode evitar- inclui, segundo Allan Kardec, os flagelos naturais e os abusos das paixões. Poderíamos perguntar: os flagelos naturais? Mas eles não pertencem aos que independe da vontade humana? Sim e não. É verdade que para o homem progredir, certos males a que se acha exposto são um estímulo para o exercício da sua inteligência, das suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de evitá-los. Se
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nada tivesse que temer, não seria induzido a procurar o melhor, nada inventaria, nem descobriria; o Espírito entorpecer-se-ia na inatividade. O homem com a sua inteligência tem capacidade de compreender progressivamente, de prever as consequências de determinadas situações, de planear e, por isso, de evitar ou pelo menos atenuar os efeitos de determinados flagelos naturais. Quanto mais saber adquire, menos desastrosos se tornam os flagelos naturais, se ele se organizar sabia e sensatamente. É assim que ele fertiliza terras áridas, organiza o solo contra as inundações, constrói habitações mais seguras, cidades mais salubres, organiza todo um sistema de produção respeitador das leis da Natureza, enfim, desenvolve a ciência e melhora as condições de habitabilidade do globo. Mas não é isso que ocorre muitas vezes… Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos vícios e pelo abuso das paixões. São os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, enfim, de todos os excessos. Essa é a verdadeira causa de todas as enfermidades, das dissensões, das injustiças,
da opressão do fraco pelo forte, das guerras e suas consequências nefastas. Sabemos que as Leis Divinas são sábias e visam apenas o Bem. O homem, transportando no seu íntimo a consciência, tem tudo o que necessita para cumpri-las, decidindo com acerto. A Lei Divina está gravada no seu coração e Deus recorda-lhe essa Lei por intermédio de seus missionários. “Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra.” Mas, em virtude do seu livre-arbítrio assim não procede, sofrendo-lhe as consequências. Mas qual a raiz profunda dos vícios e das paixões? A raiz encontra-se no instinto de conservação. Este instinto impregna toda a Natureza e nos animais encontra-se em toda a plenitude, na medida em que o ser ainda não despertou para a vida intelectual, pois o instinto tem a característica de enfraquecer à medida que a inteligência e o senso moral se desenvolvem. O Espírito tem por destino a vida espiritual, porém, nas primeiras fases da existência corpórea, num es-
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O elemento espiritual foi criado simples e ignorante, mas submetido à Lei do Progresso, pela Lei da Reencarnação
tado de desenvolvimento muito próximo da animalidade, apenas lhe cumpre satisfazer as exigências materiais e, para tal, o exercício das paixões constitui uma necessidade, para conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Porém, à medida que ele vai evoluindo espiritualmente em inteligência e moralidade, as necessidades vão evoluindo também, passando a ser de natureza semimaterial, semimoral, até chegarem a ser de natureza exclusivamente moral. Nesse momento, o Espírito exerce domínio total sobre a matéria. Se, durante este processo de evolução, ele se deixa dominar pela matéria em situações que já teria capacidade de superar, deixa-se atrasar, identificando-se com o bruto. Nessa situação, “o que era outrora um bem, porque era uma necessidade de sua natureza, transforma-se num mal, não só porque já não constitui uma necessidade, como porque se torna prejudicial à espiritualização do ser.” As paixões têm, portanto, uma utilidade providencial; é no abuso que reside o mal e o homem abusa em virtude do seu livre-arbítrio. Então, a origem no homem da propensão para o mal reside na má utilização do seu livre-arbítrio, que o leva a abusar das paixões, ou seja, a deturpar a sua utilidade providencial, submetendo-se voluntariamente ao seu jugo e entorpecendo as suas faculdades espirituais. Esta situação reside no grau de domínio que ele permite que a matéria tenha sobre ele. A responsabilidade é proporcionada ao grau de adiantamento do Espírito. Neste mecanismo Sábio e Divino de responsabilidade, de submissão à lei de ação e reação, fazendo com que o homem experimente as consequências de suas ações, ele é instruído pela experiência, sendo induzido a procurar, mais tarde, pelo seu próprio livre-arbítrio, o Bem; é constrangido a melhorar-se moralmente para ser mais feliz, porque o mal moral torna-se-lhe intolerável. Se é dentro do próprio homem que o mal nasce, pelas escolhas equivocadas, também é dentro dele que se encontra o remédio, quando ele se eleva com o bem que procura, que escolhe, que pratica, com perseverança e com sabedoria cada vez maiores. Referências: KARDEC, Allan, A Génese, Cap. III. Photo by Pexels
Por | Sílvia Almeida
Sociedade espírita no Séc. XVIII
(Revista Espírita – Outubro 1859)
No artigo em análise, Allan Kardec publica uma carta que tinha recebido e que assinalava a anterioridade dos fenómenos espíritas na sociedade parisiense, relativamente à referência do ano de 1853, indicado nas obras espíritas como aquele em que os Espíritos haviam começado a manifestar-se pelo movimento das mesas e por pancadas. Relata então este correspondente que, lendo a obra de Mercier, foi surpreendido com um capítulo intitulado “Espiritualistas”. Mercier, mais concretamente Louis Sébastien Mercier (1740-1814) foi um dramaturgo e escritor francês que, entre 1781 e 1788, publicou uma série de 12 volumes intitulada “Tableau de Paris” (quadro de Paris) (1). Mercier refere então, nesse volume de 1788 que “Uma nova seita acredita na volta dos Espíritos a este mundo. Ouvi várias pessoas que estavam realmente persuadidas de que existem meios de evocá-los. Somos rodeados por um mundo que não percebemos. Em volta de nós estão seres dos quais
não fazemos a mínima ideia. Dotados de uma natureza intelectual superior, eles nos veem. Nenhum vazio existe no Universo, eis o que asseguram os adeptos da ciência nova. Assim, a volta das almas dos mortos, aceite desde a mais remota Antiguidade, (…) é hoje aceite por homens que nem são ignorantes, nem supersticiosos. (…) Diz Aristóteles que os Espíritos aparecem frequentemente aos homens porque uns necessitam dos outros. Nada mais faço aqui do que reportar o que dizem os partidários da existência dos génios. Se cremos na imortalidade da alma, devemos admitir que essa multidão de Espíritos deve manifestar-se depois da morte. Entre essa profusão de prodígios de que estão cheios todos os países da Terra, se um só ocorreu de facto, a incredulidade está em erro. Creio, pois, que não haveria menos temeridade em negar do que em sustentar a veracidade das aparições. Estamos num mundo desconhecido”. A Este relato de Mercier, que chega a Allan Kardec
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O Espiritismo apresenta essa doutrina “de um ponto de vista mais racional, mais acorde com as leis progressivas da Natureza e mais de conformidade com a sabedoria do Criador, despindo-a de todos os acessórios da superstição
por meio deste correspondente, o Codificador acrescenta as seguintes observações: “Prova que, desde aquela época, homens recomendáveis pela inteligência se ocupavam seriamente com a Ciência Espírita.” E que “não é certo dizer que as evocações foram interrompidas até 1853. Cerca dessa última época, é verdade que as manifestações tiveram o maior desenvolvimento, mas está provado que elas nunca cessaram. Em 1818, tivemos em mãos uma notícia manuscrita sobre a Sociedade dos Teósofos, (…) a qual pretendia que, pelo recolhimento e pela prece, era possível entrar em comunicação com os Espíritos. (…) Desde o ano de 1800 o célebre Abade Faria, de acordo com um cônego seu amigo, antigo missionário no Paraguai, ocupava-se com evocações e obtinha comunicações escritas. Diariamente ficamos sabendo de algumas pessoas que as obtinham em Paris, muito antes que se cogitasse dos Espíritos na América. Mas convém esclarecer que antes dessa época todos aqueles que possuíam tal conhecimento faziam mistério. Hoje, que é do domínio público, ele se vulgariza. Eis toda a diferença.” (2) “Constituindo uma lei da Natureza, o Espiritismo
há de ter existido desde a origem dos tempos e sempre nos esforçamos por demonstrar que dele se descobrem sinais na antiguidade mais remota. (…) o que não padece dúvida é que uma ideia não atravessa séculos e séculos, nem consegue impor-se a inteligências de escol, se não contiver algo de sério. Assim, a ancianidade desta doutrina, em vez de ser uma objeção, seria prova a seu favor.” O Espiritismo apresenta essa doutrina “de um ponto de vista mais racional, mais acorde com as leis progressivas da Natureza e mais de conformidade com a sabedoria do Criador, despindo-a de todos os acessórios da superstição.” (3) Completa-se a informação em O Livro dos Espíritos da seguinte forma: 628. Por que a verdade não foi sempre posta ao alcance de toda gente? “Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. Jamais permitiu Deus que o homem recebesse comunicações tão completas e instrutivas como as que hoje lhe são dadas. Havia, como sabeis, na antiguidade alguns indivíduos possuidores do que eles próprios consideravam uma ciência sagrada
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e da qual faziam mistério para os que, aos seus olhos, eram tidos por profanos. Pelo que conheceis das leis que regem estes fenómenos, deveis compreender que esses indivíduos apenas recebiam algumas verdades esparsas, dentro de um conjunto equívoco e, na maioria dos casos, emblemático. Entretanto, para o estudioso, não há nenhum sistema antigo de filosofia, nenhuma tradição, nenhuma religião, que seja desprezível, pois em tudo há gérmenes de grandes verdades que, se bem pareçam contraditórias entre si, dispersas que se acham em meio de acessórios sem fundamento, facilmente coordenáveis se vos apresentam, graças à explicação que o Espiritismo dá de uma imensidade de coisas que até agora se vos afiguraram sem razão alguma e cuja realidade está hoje irrecusavelmente demonstrada. Não desprezeis, portanto, os objetos de estudo que esses materiais oferecem. Ricos eles são de tais objetos e podem contribuir grandemente para vossa instrução. Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom senso. Na Antiguidade, era objeto de estudos misteriosos, que cuidadosamente se ocultavam do vulgo. Hoje, para ninguém tem segredos.
Fala uma linguagem clara, sem ambiguidades. Nada há nele de místico, nada de alegorias suscetíveis de falsas interpretações. Quer ser por todos compreendido, porque chegados são os tempos de fazer-se que os homens conheçam a verdade.” (4) Este artigo mostra-nos, portanto, que os fenómenos espíritas são de todas as épocas. Nem sempre explicados à luz da razão, aliás, normalmente atribuídos ao sobrenatural, encontram na Doutrina Espírita, no momento certo, a forma de se afirmarem, de se exporem à vista de todos para que sejam estudados, analisados, comparados e, por fim, explicados. Referências: 1 - Esta obra é uma espécie de um guia crítico da cidade de Paris, reunindo descrições e observações, acompanhadas por ilustrações, pretendendo traduzir a fisionomia física e moral da cidade na sua época - uma imagem geral do que existia à sua volta, histórica e sociológica, que contempla a moral e os costumes e as suas opiniões contra o Antigo Regime. 2 – KARDEC, Allan, “Sociedade espírita no Séc. XVIII”, in Revista Espírita, outubro de 1859. 3 – KARDEC, Allan, “Considerações sobre a pluralidade das existências”, in O Livro dos Espíritos. 4 - Idem, “Conclusão”, item 6. Photo by Pexels
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Por |Julieta Barbosa
Soumédium…
em desenvolvimento… A psicografia é o género de mediunidade mais difundido; não só o mais simples e cómodo, mas também aquele que proporciona os resultados mais satisfatórios e completos. Manifesta-se em crianças e idosos, em homens e mulheres, independentemente do temperamento, estado de saúde e desenvolvimento intelectual e moral. Nos dias de hoje, a escrita obtém-se diretamente com a mão. Para que um Espírito possa comunicar-se, é necessário que entre ele e o médium haja relações fluídicas; relações essas, que se estabelecem à medida que a faculdade se desenvolve e o médium adquire a pouco e pouco, a aptidão necessária. Sob as mais variadas formas e em graus muito diferentes, pode apresentar-se a faculdade mediúnica – nada é mais elástico! Logo, uma pessoa pode ser médium, sem dar por isso, e até num sentido diverso daquele que imagina. Ao médium, é indispensável a pureza de intenção, o desejo e a boa vontade. Muito embora a fé não seja condição rigorosa, sem dúvida alguma que lhe secunda os esforços. Esta faculdade prende-se a uma disposição orgânica, dado que se tem constatado que pessoas completamente incrédulas ficam admiradas de escrever, muito embora a seu mau grado, enquanto que crentes sinceros não o conseguem. Os médiuns procuram conseguir a escrita mecânica. Porém, é raríssimo o mecanismo puro. Muito frequentemente ele está associado à intuição. Esse facto, leva muitas vezes o médium a duvidar da sua faculdade. Ele não deve preocupar-se com isso, pois facilmente descobrirá que uma série de coisas que não tinha em mente e até eram contrárias às suas ideias, provam que tais coisas não provêm do seu Espírito. O médium pode ser dotado de mediunidade intuitiva. Não se preocupando em saber se o seu pen-
samento promana de seu Espírito ou de uma fonte diversa, a experiência ensinar-lhe-á a distinguir. Acontece, muitas vezes, que posteriormente se desenvolve o movimento mecânico. Essa dúvida ocorre quando o médium é intuitivo ou inspirado e executa, por si mesmo, um trabalho de imaginação. Pouco importa que atribua a si próprio um pensamento que lhe foi sugerido; se lhe acodem boas ideias, agradeça ao seu bom génio, que não deixará de sugerir-lhe outras. Tal, é a inspiração dos poetas, dos filósofos e dos sábios. Admitindo que a faculdade mediúnica esteja completamente desenvolvida - o que se chama de médium feito - ele apenas venceu uma resistência material. Mais do que nunca, ele precisa de conselhos da prudência e da experiência, para não cair em armadilhas. Deve lembrar-se que a faculdade foi-lhe dada para o bem e não para a satisfação da curiosidade. Convém que se utilize dela em ocasiões oportunas, em dias e horas determinadas. Se a mediunidade, não se revelar àquele que a deseja, deverá ele renunciar a ser médium. Nem por isso será privado da assistência dos Espíritos. Estes, que nos consagram afeição, encontram-se junto de nós, sejamos médiuns ou não. Tal como o pai não abandona um filho porque é surdo e cego, ao contrário, cerca-o de toda a solicitude, o mesmo fazem os Bons Espíritos connosco. Se não podem transmitir-nos materialmente os seus pensamentos, auxiliam-nos por meio da inspiração. Se é médium em desenvolvimento, procure o esclarecimento e o auxílio num Centro Espírita. (continua) Referências: KARDEC, Allan, O Livro dos Médiuns, 2.ª Parte, Cap. XVI, itens 200, 203-5, 209, 214-18. Photo by Pexels
Conversas com
Por |Isabel Costa
Jesus
A Felicidade não é deste mundo F
elicidade, segundo o dicionário da língua Portuguesa, é o estado de quem é feliz, ventura, boa fortuna, sorte, bom êxito, contentamento…É um conceito tão vasto, tão abrangente e, se repararmos tão ligado ao que é material; boa fortuna, sorte, bom êxito…na realidade quando dizemos que alguém é feliz, ou infeliz, prendemo-nos a aspectos materiais da vida dessa pessoa; com a sorte que tem, com os bens materiais que possui, com as conquistas profissionais alcançadas…mas, será isso felicidade? Será que o ter mais ou menos possibilidades materiais para adquirir mais isto ou aquilo, é felicidade? Será que o conseguir este ou aquele lugar de destaque, é felicidade? Será que aqueles que parecem levar a vida sem preocupações nem sobressaltos, terão alcançado a felicidade? Será que o nosso conceito de felicidade está correto? Aquilo que a grande maioria de nós considera felicidade, prende-se muito com o material, é algo de tal modo passageiro e efémero, que se esgota rapidamente no tempo e no espaço. Quem não busca a felicidade? Todos a procuramos incessantemente, todos desejamos vivê-la em ple-
no. Mas onde estamos ainda reencarnados? Que tipo de planeta é a Terra na categoria dos mundos? É ainda um mundo de provas e expiações, onde a dor e o sofrimento são ainda a tónica dominante. Então, perante esta evidência, é fácil concluirmos que a felicidade num contexto destes é algo ainda limitado, algo que tem um significado de certa maneira individualista. Cada um tem o seu próprio conceito de felicidade, cada um procura-a à sua maneira. Tantas vezes dizemos, fulano ou beltrano, é que são felizes! Mas será que o são na realidade? Será que não estamos a circunscrever –nos a determinadas situações concretas, pontuais da vida dessas pessoas? Será que para além dessa felicidade que vemos, não haverá também amarguras e deceções? Num mundo onde ainda há tanta injustiça, tanta fome, tanta desavença, tanta desigualdade, poderá haver verdadeira felicidade? Não podemos pensar que podemos conhecer a felicidade absoluta aqui na Terra, mas podemos sim conhecer a Felicidade relativa, ter momentos de Felicidade, assim os saibamos reconhecer.
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A Doutrina Espírita ajuda-nos a compreender que a verdadeira Felicidade não a conheceremos aqui na Terra, mas é aqui que temos de trabalhar para a conquistar
A existência corporal não é um destino, é antes um percurso, um trajecto, ela é temporária! E o grande problema está em que grande parte da humanidade pensa que esta é a verdadeira existência; isso vai gerar angústia existencial, que é um dos grandes problemas da humanidade de hoje. Se analisarmos bem, poderíamos de alguma forma resumir isto a uma gestão de expectativas, das nossas expectativas! De um lado temos a realidade, do outro temos as nossas expectativas. É nesta contabilidade emocional, realidade versus expectativas, que nós vamos encontrar felicidade relativa ou infelicidade. E mais uma vez a doutrina espírita vem em nosso auxílio, trazendo-nos conhecimento, esclarecimento, para podermos fazer o nosso percurso de aprendizagem, de amadurecimento, de reeducação, e isso no fundo é o que é a nossa vida corporal, de uma forma mais correta, aprendendo também a saber gerir melhor as nossas expectativas. E lá está a lei de causa e efeito, constantemente lembrando-nos que só colhemos o que semeámos, e o facto é que algumas das nossas sementeiras nas vidas pretéritas foram muito pouco cuidadas e, sendo assim, não poderemos esperar colheitas risonhas e sem problemas. Grande parte do nosso sofrimento, vem do facto de nós resistirmos aos processos da vida, que têm por objectivo o nosso aperfeiçoamento espiritual.
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Quando reencarnamos, já trazemos planificadas um conjunto de dificuldades, que teremos de resolver; elas são as peças fundamentais para a nossa evolução, são elas que nos vão permitir a reeducação espiritual. Se resistirmos a esses momentos, a essas situações, sofreremos muito mais do que seria necessário. Ou seja, nós ao nascermos, já transportamos uma carga (fruto do nosso passado e das nossas apostas evolutivas para a presente reencarnação), e à medida que vamos passando e ultrapassando as vicissitudes, estamos a purificar-nos, estamos a despir as roupagens de homem velho. Não devemos resistir a esses momentos de prova, de vicissitude, antes procurar vivê-los da melhor maneira possível e, sempre com o pensamento de que são eles, quando bem vividos, que nos vão permitir aligeirar a carga e, irmo-nos tornando mais leves em termos de débitos, mas também mais ricos em termos de capacidade futura. Temos de repensar muito bem os nossos conceitos de felicidade, não a circunscrever só ao plano material. A Doutrina Espírita ajuda-nos a compreender que a verdadeira Felicidade não a conheceremos aqui na Terra, mas é aqui que temos de trabalhar para a conquistar, é aqui que temos de travar as lutas que nos vão levar à nossa libertação. Temos de aprender a procurá-la nas pequenas
coisas da vida, nas pequenas conquistas que vamos alcançando, nas dificuldades que vamos superando. Às vezes esquecemo-nos de onde a podemos procurar, onde a podemos construir. Dar e Amar já é felicidade! O simples facto de ser capaz de amar, já é uma mais valia, o simples facto de querer doar e doar-se, já é um ganho, isto independentemente do resultado. Não podemos estar sempre à espera que nos digam obrigado, que nos paguem com a gratidão; não podemos deixar que a gratidão controle o nosso amor! O grande teste do amor é a ingratidão, só aí conseguimos perceber até onde vai o nosso amor. Há muitas pessoas que se dizem infelizes, porque acham que ninguém as ama… mas, no fundo, são elas que não são capazes de amar, são elas que não sabem doar-se. O Amor é fundamental no nosso projeto de felicidade. Mas vai haver momentos na nossa vida em que nos vamos sentir sós, mesmo estando rodeados de pessoas, elas não poderão resolver nada. É nessas alturas que vamos perceber a importância e a força de estabelecer uma ligação com Deus. Quando oramos, estamos educando os nossos desejos, as nossas expectativas. Se a prece é atendida, as nossas expectativas e os nossos desejos estavam sintonizados; se não, algo não estava bem nessa sintonia expectativas/desejos, e precisamos aprender a melhorar um ou outro ou mesmo ambos, precisamos de crescer
mais um pouco, ou para merecer o que estamos pedindo, ou para saber pedir. Como diz Emmanuel, a Providência Divina, não pode descer para errar connosco. Por isso, precisamos de nos elevar, educar os nossos desejos, interagir com Deus, Ele dar-nos-á sempre resposta. Embora, como diz o Evangelho, “A Felicidade não é deste mundo”, todos nós podemos alcançar nas nossas existências momentos mais ou menos longos de uma felicidade relativa, ou ainda, todos nós podemos e devemos proporcionar momentos de felicidade aos que nos rodeiam. Para isso, temos com toda a certeza, tornar o nosso conceito de felicidade menos restritivo e mais abrangente, temos de o procurar nas pequenas coisas, nas pequenas conquistas, nos pequenos gestos. Quem sabe, procurá-lo no sorriso que conseguimos devolver ao rosto de uma criança, na lágrima que secamos no rosto enrugado de um idoso, na esperança que conseguimos devolver a um jovem, nos raios de sol que nos aquecem num dia de Inverno, na chuva copiosa que ensopa a terra… Felicidade pode ser isso, ajudar os outros a encontrarem um pouco de alegria, de esperança, de carinho, de compreensão. Quando deixamos de centrar o mundo em nós, e nos viramos para os outros, e os procuramos amar e ajudar, estamos também a ajudar-nos a nós próprios, estamos a aprender a ser Felizes.
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Por |Francisco Ribeiro
Aprender trabalhando Diz-nos O Livro dos Espíritos que “toda a ocupação útil é trabalho.” (1)
penoso, é útil, em primeira instância, àquele que o executa.
Vivemos hoje numa sociedade em que o trabalho se vai tornando cada vez menos físico, mas essa transição aplica-se a uma franja muito limitada da sociedade planetária.
O médium Francisco Cândido Xavier não foi exceção da necessidade construtiva do trabalho, como nos relata o autor Ramiro Gama na sua obra “Lindos Casos de Chico Xavier”. Logo nos primeiros apontamentos da obra, mais especificamente no capítulo 5, relata-nos o autor a importância que o trabalho teve na vida do médium, logo desde a mais tenra idade.
Na sociedade Europeia e na Norte Americana discute-se amplamente a trajetória que nos leva rumo à robotização dos sectores da indústria e da produção agrícola, pecuária, etc. e os prejuízos que tal trajetória pode acarretar em termos de desemprego. Valoriza-se cada vez mais as oportunidades de estudo e progressão intelectual dos seres e são encetados esforços para a diminuição do peso físico do trabalho. Contudo, este progresso está limitado ao chamado “mundo civilizado”, e mesmo nesse, a implantação da mecanização do trabalho físico não é homogénea. Ao lado de grupos sociais cada vez mais virados para uma realidade de produtividade quase exclusivamente intelectual, há milhões de seres humanos sobrecarregados pelo peso do trabalho físico, porque o progresso ainda não chegou às suas atividades ou aos locais onde residem. Perante esta ostensiva discrepância de condições de vida, é fácil que nos insurjamos contra esta aparente injustiça. Importante, contudo, recordar que não há injustiçados no Reino do Pai e que se toda a ocupação útil é trabalho, todo o trabalho, mais ou menos
“Quando Dona Cidália reuniu os filhos menores de Dona Maria João de Deus, observou que eles precisavam do grupo escolar. O Sr. Cândido Xavier, pai da numerosa família, foi consultado. Entretanto, a situação era difícil. 1918, a época a que nos referimos, marcara a passagem da gripe espanhola. Tudo era crise, embaraço. E o salário, no fim-de-mês, dava escassamente para o necessário. Não havia dinheiro para cadernos, lápis e livros. A madrasta, alma generosa e amiga, chamou o enteado e lembrou: — Chico, vocês precisam ir à escola. E como não há recurso para isso, vamos plantar uma horta. Adubaremos a terra, plantarei os legumes e você fará a venda na rua... Com o resultado, espero que tudo se arranje.
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— A senhora pode contar comigo, — prometeu o a tranquilidade e o conforto. Pode até dizer-se que menino. toda a evolução tecnológica da Humanidade tem como fim último a obtenção desses dois estados, a A horta foi plantada. tranquilidade da mente e o conforto do corpo. Umas Em algumas semanas, Chico já podia sair à rua com vezes somos nós os criadores da nossa tranquilidao cesto de verduras. — Olhem a couve, a alface! Al- de e conforto, mas outras somos meros recetores meirão e repolho!... dos benefícios do trabalho alheio. A segunda opção, apesar de ser aquela que aparenta ser mais apeteE o povo comprava. cível, é talvez a mais danosa para as nossas almas Cada molho de couve ou cada repolho valia um tos- imortais. tão. Quando alcançamos algo com o nosso esforço, Dona Cidália guardava o produto financeiro num aprendemos a valorizá-lo e a estimá-lo. Mas se rececofre. bemos tudo de “mão beijada” os bens e circunstânQuando abriram o cofre, Dona Cidália, feliz falou cias perdem o seu interesse. Primeiramente habituamo-nos à ideia de que temos “direito” a esses bens para o enteado: ou situações. — Você está vendo o valor do serviço? Agora vocês Esta posição mental é altamente danosa para a nosjá podem frequentar as aulas do grupo. sa própria saúde mental. E foi assim que, em janeiro de 1919, Chico Xavier coHoje podemos ocupar uma posição de elevado desmeçou o A-B-C.” (2) taque social, que herdamos dos nossos parentes, Se os eventos desta história nos chegassem hoje mas amanhã, pelas voltas que a vida dá, podemos ficaríamos sem dúvida chocados com semelhante ver-nos na posição de indigentes. abuso de trabalho infantil, mas se contextualizarmos o episódio, vemos que semelhantes soluções Se nos tivermos habituado ao trabalho, à obtenção eram comuns, não só no Brasil, como por quase de bens ou posições pelo nosso trabalho honesto todo o mundo. O nosso Portugal não era isento de e digno, a situação poderá abalar-nos, mas rapidasemelhante situação. Todos nós temos familiares ou mente envidaremos esforços no sentido de resolver conhecemos histórias de pessoas que foram priva- a nossa situação. das da instrução por necessidade de ajudar os pais a Se por outro lado, a nossa postura tiver sido sempre colocar comida na mesa. uma de “tudo me é devido”, a revolta, a raiva e o deMas D. Cidália, o Anjo Bom que D. Maria João de Deus enviou para tomar conta dos filhinhos amados, tinha outros propósitos com a decisão de entregar a Chico a tarefa de vender os legumes. O primeiro, e mais imediato, era angariar os recursos financeiros necessários para a instrução dos enteados. O segundo, mais profundo e fácil de passar ao lado, foi o de ensinar ao futuro médium a importância e virtudes do trabalho digno e honesto, lançando desde logo os alicerces fundamentais para que Chico, com o tempo, se tornasse o instrumento fiel e dedicado que todos conhecemos hoje. Enquanto seres humanos é normal que busquemos
sespero serão a nossa estação de destino. É neste ponto que entra a preciosa lição de D. Cidália. Através da prática, ela ensina ao enteado a alegria de conquistar o futuro com o próprio esforço. E através da pena de Ramiro Gama, essa abençoada lição é partilhada com a humanidade inteira, apontando o caminho para a verdadeira tranquilidade e para o verdadeiro conforto. Referências: 1 – KARDEC, Allan, O Livro dos Espíritos, Parte 3ª, Cap. III, perg. 675. 2 - GAMA, Ramiro, “Horta Educativa”, in Lindos Casos de Chico Xavier, item 5 Photo by Pexels
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Atividade realizada com as jovens do 1º Ciclo da Juventude, 23/10/2021 “O Que a Doutrina Espírita significa para mim?”
Com a palavra, as jovens: “Doutrina significa amor, esperança, trabalho e transformação. A Doutrina Espírita é bastante importante para mim, faz-me bem e ajuda-me a ser uma pessoa melhor. Com todas as aprendizagens consigo ajudar-me a mim e aos outros. A Doutrina também é um refúgio, nela conseguimos arranjar forças para continuar a espalhar o bem e ajudar os outros.” Madalena Grade, 13 anos “A doutrina para mim é como uma casa, é um lugar onde eu me tornei uma pessoa melhor e de bem, sabendo distinguir o bem do mal. Com a Doutrina também conheci pessoas maravilhosas que me acompanharam e ajudaram durante a minha vida inteira.” Mafalda S., 13 anos
“Para mim, a Doutrina Espírita é como uma segunda casa, um lugar onde me posso refugiar de tudo. Também é um constante incentivo para ser a melhor versão de mim mesma, e um guia para o caminho do bem.” Inês Guedes, 15 anos “A Doutrina Espírita desde sempre me ajudou a compreender as coisas de maneira diferente e que a morte não é o fim. Ajudou-me a perceber também que ninguém é melhor que ninguém pelas coisas que possui ou pela forma como pensa, somos todos iguais e devemos respeitar a opinião dos outros.” Joana Basílio, 13 anos
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notícias ESTUDANDO LÉON DENIS Lembrando que em 2021 se comemorou o 175º Aniversário de Léon Denis, a FEC aproveitou para se debruçar sobre a sua extensa e variada obra, elegendo-a como base das palestras deste ano letivo de 2021-22.
DIA DOS PAIS NA FEC Apesar de estarmos ainda a realizar os estudos DIJ on line, os pais foram convidados, por ocasião do Aniversário DIJ, a 20 de Novembro, a participarem mais ativamente nas aulas dos filhos. Como sempre, este dia foi assinalado por momentos de grande partilha e cumplicidade entre pais e filhos.
ASSEMBLEIAS GERAIS Realizaram-se no dia 19 de Dezembro as duas Assembleias Gerais previstas para o final deste ano, sendo uma delas para previsão orçamental para 2022 e a outra para realização de eleições para os Órgãos Sociais da Associação.
Por |Paulo Henriques
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Por |Paula Alcobia Graça
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2ª Feira - Estudos Espíritas ESDE I – 19h30 - 20h30 (por videoconferência) ESDE II – 21h00 – 22h00 (por videoconferência) ESDE III – 19h30 - 20h30 (por videoconferência) ESTUDO OBRAS DE ANDRÉ LUIZ – Ano VII – 19h30 – 20h45 (por videoconferência) 3ª Feira - Integração no Centro Espírita - 17h00 - 19h00 - Atendimento individual com marcação prévia exclusivamente pelo número 917600135 (A receção abre às 16h30) 4ª Feira EIMECK – 19h30 - 20h45 (presencial) 5ª Feira Assistência Espiritual (Passe) 16h30 - 19h00 (presencial) (Receção - 16h00 - 19h00) KIniciação - 20h00-21h00 (por videoconferência) Sábado Aulas DIJ (por videoconferência) das 15h00 às 17h50 Estudo das Obras de André Luiz – Ano XI – 17h00 – 18h30 Domingo Palestra pública (online) 17h00 – 18h00 NOTA: Nas atividades presenciais é obrigatório uso de máscara.
A Libertação Nº 153 Ano XXXVII janeiro/fevereiro/março 2022 Nome do Proprietário e Editor Fraternidade Espírita Cristã Morada Sede do Proprietário e Editor, Redação e Impressão Rua do Vale Formoso de Cima, nº 97A 1950-266 Lisboa, Portugal Nº de Contribuinte 501091670 Nº de Registo na ERC 109883 Nº de Depósito Legal 10.284/85 ISBN 0871- 4274 Direção Diretor - Maria Emília Barros Colaboradores Carmo Almeida Francisco Ribeiro Julieta Barbosa Liliana Henriques Paula Alcobia Graça Paulo Henriques Sílvia Almeida Periodicidade Trimestral Tiragem 500 exemplares Realização Design Gráfico - Sara Barros
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