- Imunologia da Fé - Matizes de Primavera - Esquizofrenia: Transtorno Mental ou Espiritual?
Ano XXXII - Nº 130 - 1 de abril de 2016 - Trimestral - abril/maio/junho 2016 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA AOS SÓCIOS
Horário Fraternidade Espírita Cristã
2015/16 2ª Feira Estudos Espíritas - 20h15 - 21h30 ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – Ano I EIMECK Estudo e Interpretação da Mensagem dos Espíritos Codificada por Kardec – Ano III Estudo Básico das Obras de André Luiz Ano II Com inscrição prévia 3ª Feira Integração no Centro Espírita - 17h00 19h00 (Entrevista individual) Com inscrição prévia 5ª Feira Assistência Espiritual (Passe)- 17h30 19h30 Atendimento Fraterno – 18h00 – 19h30 Momento de Reflexão – 19h00 -19h15 K Iniciação (Iniciação ao Estudo da Doutrina Espírita) – 19h30 – 20h30
índice - Editorial - p. 3 - Imunologia da Fé - por Sandra Sequeira - p. 4 - Matizes de Primavera - por Liliana Henriques - p. 7 - Evangelho - Sede Perfeitos. - por Isabel Costa - p. 8 - Esquizofrenia: Transtorno Mental ou Espiritual? - por Sílvia A. - p. 10 - Os Amigos do Rolinha - O Abel - p. 13 - BD - Nosso Lar - p. 14 - Notícias - p. 16
Sábado Aulas D.I.J. - 15h00 - 18h00 (Aulas de Evangelização Infanto-Juvenil e Atividades Complementares) Assistência Espiritual para crianças e jovens (Passe) – 15h30 – 16h20 Receção Individual – 16h00 – 17h00 Estudo Básico das Obras de André Luiz Ano V (para adultos) - 16h30 – 18h00 Com inscrição prévia Domingo Estudo Doutrinário (Palestra) - 17h00 18h00 Assistência Espiritual (Passe)- 18h00 18h30 Casa do Caminho - Conversas com Jesus - 18h30 - 19h20 Atendimento Fraterno - 17h00-19h00 Livro Pronto Socorro Espiritual – 18h0018h20 Estudo Doutrinário com transmissão vídeo on-line em direto em http://www.fec.pt
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Editorial
Paz Manter a paz através do desenvolvimento da paciência quando se vivem momentos desagradáveis dos quais não se consegue escapar, ou sequer alterar, porque são as naturais injunções da vida na matéria, desencadeia também a “força do coração”, ou seja a coragem com a ajuda da qual tudo se suporta. A paciência é pouco valorizada nos dias de hoje quando tudo se pretende alcançar com rapidez. No entanto, e porque são inevitáveis lições cuja aprendizagem é determinada por Deus, os momentos e os lugares onde temos de permanecer parecem-nos toleráveis, se a paciência se apresentar como companheira da nossa viagem. O momento de transformação da alma não tem data marcada no calendário. Acontece quando se alcança o limite máximo de saturação das situações onde nos demoramos por rebeldia ou medo de mudar. Pode-se, então, viver uma súbita primavera renovadora de intenções. E sob esse impulso, a energia anímica renova-se e sentimo-nos fisicamente mais fortes já que as contradições e os dilemas, as dores silenciosas e inconfessáveis, destroem as resistências físicas diminuindo as defesas naturais. Mesmo que se atrevesse dias de inverno, pode-se trazer o coração abrigado no ambiente ameno que antecede os dias gloriosos. E para isso muito contribui a paciência que, sorridente e sem ruído, nos ampara segurando-nos as mãos, levando-nos a percorrer os caminhos macios da aceitação. Os estados de alma depressivos, reveladores de intensas dores de alma, recebem também a sua boa influência e são substituídos, regenerando o pensamento e as emoções, recuperando o equilíbrio e o bem-estar da mente saudável. Inspiradora e reconfortante, a paciência conduz-nos ao êxito de todos os empreendimentos. Jesus foi, e permanece, muito paciente… Por isso, nesta primavera dê-lhe mais atenção e alargue o espaço que ela tem na sua vida para que a sua ação benfazeja o inunde de paz.
O momento de transformação da alma não tem data marcada no calendário. Acontece quando se alcança o limite máximo de saturação das situações onde nos demoramos por rebeldia ou medo de mudar.
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Fé
Imunologia da
Sandra Sequeira
Ter fé é confiar em absoluto em Deus, de tal forma que tudo à nossa volta se transforma… os grandes obstáculos reduzem-se a poeiras… a nossa força e perseverança parecem ilimitadas… Emmanuel diz-nos que “Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer eu creio, mas afirmar eu sei, com todos os valores da razão, tocados pela luz do sentimento.”(1) Mas para além da confiança e da serenidade que a fé proporciona, ela é também capaz de alterar o campo mental daquele que a possui, promovendo verdadeiros milagres, não só transportando as “montanhas” das dificuldades, mas, por exemplo, alterando o sistema imunológico. Na nossa relação com o mundo somos chamados a reagir ao meio ambiente - todo e qualquer estímulo origina uma resposta, quer seja a fome, um cheiro, um ruído, uma música… Biologicamente falando este processo ocorre no sistema nervoso central de uma forma tão rápida que o nosso consciente não consegue aperceber-se dessa sequência de reações em cadeia. No entanto, ela está estudada e pode ser explicada: O cérebro humano é constituído por cerca de 100 mil milhões de neurónios que comunicam entre si, através das sinapses, para a execução das mais diversas atividades. Esta comunicação entre neurónios permite transmitir informações a todo o nosso corpo. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo e o sistema endócrino vai regular a resposta interna do organismo a esta informação. Por isso dizemos que as glândulas endócrinas, juntamente com o sistema nervoso, coordenam 4 A Libertação
as atividades sincronizadas entre os vários sistemas do corpo humano, por exemplo, quando a temperatura ambiente está muito alta, as glândulas sudoríferas (após a mensagem do sistema nervoso) reagem com transpiração, de forma a controlar a temperatura corporal. Está na altura de fazermos o paralelismo entre o corpo físico e a parte espiritual. Há situações difíceis, como um desemprego, a morte de um familiar querido, uma doença grave, que podem ter o nível de impacto negativo (e consequentemente o índice de stress que naturalmente causam), significativamente diminuído pela presença da fé. Logo, as reações fisiológicas são minimizadas e o sistema imunitário parece não ser alterado. Ao contrário, quando a fé não está presente, o sistema físico e hormonal pode atuar de tal forma que desencadeia a alteração do sistema imunitário, causando imunodepressão. Vejamos estudos que corroboram estas afirmações: “Pesquisas recentes elaboradas pela Universidade de Duke (EUA) provam que as pessoas que adotam práticas religiosas apresentam uma probabilidade menor, em 40%, de terem hipertensão e ainda têm o seu sistema imunológico mais fortalecido”(2) “… numa grande revisão sistemática, com cerca de 11 mil estudos, baseados na relação religião-saúde (300 estudos na saúde física e 800 estudos na saúde mental), comprovou-se uma correlação positiva entre maior envolvimento religioso, melhor saúde mental e física, e menor utilização de serviços de saúde. Numa amostra americana de cerca de 20 mil adultos, atribuiu-se ao envolvimento religioso um prolongamento no tempo de vida em torno de sete anos. (…) Um
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outro estudo concluiu que existe um aumento de interleucina-6 (3) (fator imunológico) no sangue de pessoas que não frequentem regularmente cultos religiosos, quando comparadas com praticantes religiosos. A interleucina-6 geralmente encontra-se elevada no plasma de indivíduos submetidos ao stress constante. Dessa forma, pessoas religiosas teriam mais “resistências” aos fatores stressantes do dia-a-dia, ou seja, melhor adaptação psicológica.”(4) José Roberto Leite, professor da Unidade de Medicina Comportamental da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e um dos pioneiros no estudo da relação mente-corpo no Brasil, explicou numa entrevista que "Há pouco tempo deparávamos com situações clínicas que não compreendíamos, como pacientes obtendo resultados fantásticos apenas por acreditarem firmemente que iriam melhorar. Hoje compreendemos que existe uma interação clara entre as células do sistema imunológico e o cérebro, e que o estado de humor interfere em tudo isso. (…) Um grupo da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, nos EUA, constatou que pessoas felizes apresentam três vezes menos possibilidade de contrair resfriados. (…) O investigador Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin, observou a atividade cerebral de 52 pessoas enquanto elas escreviam a sua experiência de vida mais feliz e a mais intensa tristeza que já haviam sentido. Os voluntários que
Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer eu creio, mas afirmar eu sei, com todos os valores da razão, tocados pela luz do sentimento
tinham apresentado maior atividade no lado direito do córtex pré-frontal enquanto descreviam o momento infeliz tiveram uma baixa resposta imunológica após tomarem uma vacina contra a gripe. De modo inverso, aqueles que tiveram uma atividade excecional enquanto se lembravam de momentos felizes apresentaram altos níveis de anticorpos.”(5) Na verdade a relação é muito simples: quando o espírito ama, essa vibração de amor é transmitida ao perispírito que, por sua vez, a transmite ao organismo físico. Quando odiamos, quando nos sentimos magoados, ressentidos, produzimos uma “vibração” negativa e o caminho é idêntico ao que falámos acima: A “vibração” é absorvida pelo sistema nervoso central, que atua no sistema endócrino, refletindo-se no aparelho imunológico. Naturalmente que se vivermos toda uma vida magoados e ressentidos, estaremos sempre a emitir vibrações nocivas que são captadas pelo nosso cérebro e que levarão ao desequilíbrio e à doença! É fácil de entender que alguém irritado tem o coração acelerado, a oxigenação sanguínea é deficiente, a respiração fica alterada e todo o organismo reage para tentar repor o equilíbrio. O sistema imunitário é chamado a intervir, ficando assim com imunodepressão nesses momentos e enquanto “perde” energia a repor o equilíbrio não poderá prevenir-se contra outras situações que podem colocar a vida em risco (por exemplo vírus ou bactérias). Talvez por isso existem tantas doenças que não resultam dos processos cármicos, mas antes são consequência da nossa vida mental. Em qualquer caso, não é o corpo desequilibrado que limita a saúde, é o espírito que emite a vibração salutar ou nociva e o corpo físico acompanha o estado emocional, entrando em equilíbrio ou desequilíbrio. Além dos inúmeros estudos, alguns deles já A Libertação 5
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citados, têm havido numerosos outros avanços na abordagem científica a esta problemática. Basta lembrar que em 1981 surgiu uma nova ciência - a psiconeuroendocrinoimunologia (PNE) que corresponde ao estudo das interações entre comportamento e os sistemas nervoso, endócrino e imunológico. Ou seja, a interação entre os estímulos emitidos pela mente ao sistema nervoso central, as glândulas, e o sistema imunológico e a sua
O cérebro humano é constituído por cerca de 100 mil milhões de neurónios que comunicam entre si, através das sinapses, para a execução das mais diversas atividades relação com a saúde ou a doença, o que demonstra que começamos a assistir à aliança da ciência com a Religião de que nos fala a Doutrina Espírita!(6) A confiança absoluta, aquela fé que “desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem”(7), vai-nos levar a produzir, no campo mental, vibrações saudáveis que fortalecem o sistema imunitário… Mas se a ciência já demonstra que o homem que tem fé pode ser mais saudável, ou pelo menos terá um organismo mais fortalecido, para os cristãos esta ideia não deve ser inovadora, uma vez que, há 2000 anos já Jesus nos falava da fé como condição da cura... Ou seja a fé e o otimismo não evitam todas as doenças, mas fazem com que quando elas surgem as más sensações sejam como que 6 A Libertação
anestesiadas, reduzindo a dor! Na verdade, com frequência estamos doentes do corpo físico para deixarmos de estar doentes espiritualmente… e a nossa atitude mental, mesmo que não cure a doença presente, está a trabalhar os registos da alma para assegurar que a doença atual não permanecerá no futuro!
Referências Bibliográficas: 1 - Francisco Cândido Xavier, O Consolador, Rio de Janeiro 2001, 121. 2 - Joel Rennó Jr., Ter fé faz muito bem à saúde, http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mente_fe.htm [consultado em junho de 2015]. 3 - A interleucina-6 está aumentada quando há stress ou uma infeção, ou seja é uma reação de defesa do sistema imunitário. 4 - Edna Paciência Vietta, Coping Religioso e Saúde F í s i c a e M e n t a l , http://www.ufrgs.br/psicoeduc/ed23/tag/aumento-dainterleucina-6/ [consultado em junho de 2015]. 5– http://www.grupos.com.br/group/medicina2007.2/Me ssages.html?action=message&id=188&year=05&mo nth=1 [consultado em julho de 2015]. 6 - Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Brasília 2004, 62. 7 - Allan Kardec, Evangelho Segundo o Espiritismo, Brasília 2004, 362.
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Matizes de Primavera
Liliana Henriques
No caminho para o trabalho, De manhã, Andando a pé, Invadiram-me os aromas, misturados, Das flores e dos arvoredos… Mil sons sensibilizavam-me os ouvidos, Penetravam-me o ser, Oferecendo-me bem-estar… Eram os insetos, os grilos Sinfonia primaveril em modo allegro… E no céu brilhava o maestro Estendendo a batuta luminosa, O sol altaneiro, sorridente, Orquestrando as notas da alegria. Reconheci a bênção de ter nascido num país com sol, Onde há liberdade para a Natureza se expressar, Oferecendo-nos as suas dádivas; Onde a Primavera pode dar os seus passeios matinais, Suavizando as nossas dores Com mensagens de alegria e bom-ânimo. Senti a alma sorrir, Num movimento espontâneo. Inspirei profundamente, Desejando em secreto, Que a Primavera se impregnasse em mim.
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Sede Perfeitos
Isabel Costa
CAPÍTULO XVII Item 3 - O homem de bem 1. Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. - Porque, se somente amardes os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? - Se unicamente saudardes os vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os pagãos? - Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.) Quando Jesus nos diz “Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito”, não nos está a dizer que algum dia poderemos alcançar a perfeição Divina, está antes a apontar-nos o caminho, a dar-nos um modelo de referência, para que nos esforcemos por conseguir alcançá-lo. E atendendo à perfeição relativa que a Humanidade é capaz de compreender, Jesus acrescenta: “Amar aos inimigos, fazer o bem àqueles que nos odeiam, orar pelos que nos perseguem e caluniam”. Ou seja, Jesus diznos que a essência da perfeição é a Caridade no seu significado mais amplo. A Caridade contém implicitamente todas as outras virtudes da alma; todo e qualquer defeito, todos os vícios morais, alteram de alguma forma o sentimento da caridade, pois todos eles têm as suas raízes no egoísmo e no orgulho, que só por si são a sua negação. Para trilhar o caminho da perfeição, o homem tem que verdadeiramente procurar transformar-se num homem de bem, ou seja, tem que desenvolver esse esforço contínuo de praticar, de vivenciar a lei de Justiça, de Amor e de Caridade. Esta procura, leva-o a permanentemente auto analisar-se, a questionar a sua conduta, os seus pensamentos, as suas palavras e as suas ações, tentando avaliar se em algumas delas se afastou do caminho reto, se de alguma forma negligenciou os exemplos de Jesus e a sua lei de amor; se em algum momento deixou de fazer aos outros aquilo que gostaria que lhe fizessem a si. É estar permanentemente vigilante, é um processo de avaliação e correção contínuos, procurando no dia a dia ir burilando as arestas da imperfeição. O verdadeiro homem de bem tem Fé em Deus, confia na justiça e sabedoria Divinas, sabe que nada é obra do acaso e que nada acontece sem a Sua permissão, daí submeter-se sem revolta à Sua vontade. Compreende e aceita as suas provas e expiações, sabe que elas são fruto da sua conduta errada, da sua imprevidência, no passado ou mesmo no presente; mas elas não são mais motivo para lamentações, para tristezas, para amarguras. São antes um processo de crescimento e de amadurecimento da alma endividada. 8 A Libertação
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Mas, o homem de bem tem Fé no futuro. Por isso, aprende a valorizar os bens espirituais, colocando-os acima dos bens temporais. Sabe que os bens materiais são simples ferramentas de trabalho que lhe são emprestadas para fazer o percurso evolutivo a que se propõe; são as enxadas de que necessita para arrotear os bens espirituais que vai aprendendo a valorizar e sublimar à medida que vai amadurecendo espiritualmente. O homem de bem, aprende a fazer o bem pelo bem sem esperar qualquer espécie de recompensa. Ele sacrifica sempre os seus interesses à justiça, sente-se verdadeiramente feliz ao procurar levar a felicidade aos outros e ao distribuir generosidade, consolações, alegrias e sorrisos aos aflitos. Ele consegue pensar primeiro nos outros antes de pensar em si, acudir aos interesses dos outros antes de acudir aos seus. O homem tem o dever de procurar a perfeição, de melhorar-se, para ir apagando todos os vestígios de homem velho que há séculos vem alimentando. Há que trabalhar para que o homem novo que existe em gérmen na alma de cada um de nós possa crescer. Vida após vida temos feito as nossas apostas, algumas já foram ganhas, mas certamente que todos temos ainda muito caminho a percorrer nessa tentativa de sermos homens e mulheres de bem. Hoje estamos aqui, neste lar espírita, abraçando esta Doutrina Consoladora, que nos permite entender melhor as palavras e os exemplos do Mestre Jesus, que nos permite desenvolver uma fé raciocinada e nos ajuda a verticalizarmo-nos. Mas isso implica esse esforço constante de transformação íntima, de aprimoramento. Implica trabalharmos a nossa alma, para fazer brilhar nela todas essas luzes que são as qualidades do homem de bem. É um caminho fácil? Não de todo. É antes um caminho árduo, que exige muito de cada um de nós. É um caminho de renúncia, mas é um caminho ao alcance de todos, sobretudo quando temos a bênção que é a Doutrina Espírita. Procuremos conhecê-la melhor. Estudemo-la. Inscrevamo-la na nossa mente e no nosso coração para podermos aprender a vivenciá-la em pleno, e ela será o nosso farol e o nosso guia para um futuro melhor. Que cada um de nós saiba entender quais as mudanças que precisa encetar e vivenciar em cada dia, para que nos possamos realmente sentir e ser reconhecidos como homens de bem, para nos aproximarmos mais das palavras de Jesus “Sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito”.
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Esquizofrenia Transtorno Mental ou espiritual? Sílvia Almeida
Ouvir vozes, ter paranoia, ver algo que mais ninguém vê, ter crenças extremistas mal fundamentadas, ser descuidado consigo mesmo, manifestar hostilidade, falar incompreensivelmente e ter mudança na personalidade, catatonia ou sintomas depressivos, são alguns dos possíveis sintomas de esquizofrenia (1). São, simultaneamente, sintomas que podem ser associados pelos conhecedores da Doutrina Espírita à simples existência de mediunidade (auditiva ou de vidência, nos casos de ouvir e ver coisas que mais ninguém ouve nem vê), ou também à existência de um processo obsessivo grave e que pode estar na origem de alguns dos sintomas acima descritos. A mudança de personalidade, por exemplo, pode decorrer de um processo de subjugação, no qual o obsessor desencarnado se sobrepõe ao obsidiado reencarnado, levando-o a ter comportamentos perturbados ou a utilizar linguagem alheia à sua, ou ainda a manifestar sentimentos e ideias que não lhe são habituais. Mas então, perguntamos, será a esquizofrenia um termo médico utilizado para explicar aquilo que a medicina não consegue interpretar e que se refere, afinal, à mediunidade e à obsessão, perfeitamente explicada pelas relações entre os dois planos da vida que o Espiritismo se ocupa em estudar? 10 A Libertação
Cumpre considerar, para começar, que o diagnóstico da esquizofrenia é difícil de ser realizado e muitas vezes é erróneo, porque na verdade a ciência desconhece ainda as causas profundas da doença. Por outro lado, existem na esquizofrenia condicionamentos que têm uma origem imediata física, o que explica os resultados positivos de algumas terapias utilizadas, sem a interpretação/abordagem espírita do problema. Ou seja, a esquizofrenia existe, independentemente da mediunidade ou dos processos obsessivos, ainda que possamos colocar a hipótese de esta existir concomitantemente com eles. Segundo a Dra. Marlene Nobre (1937-2015), fundadora da Associação Médico-Espírita (de São Paulo, do Brasil e Internacional), autora de diversos livros e membro do Conselho Nacional das Entidades Especializadas da FEB refere, por outro lado, que “Existe uma percentagem de pessoas que são consideradas psicóticas por ouvirem espíritos e que, na realidade, são médiuns. (…) Muitos deles poderiam encontrar um caminho mais fácil para a cura, a partir do momento em que é diagnosticado um caso de obsessão ou de comunicação espirítica.”(2). Mediante esta informação, fica, portanto, a referência de que há efetivamente casos em que o suposto paciente não é mais do que médium ou objeto de um processo obsessivo
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que, com a devida terapia espírita poderia reencontrar o seu equilíbrio. Mas restam ainda os outros casos em que existem efetivamente alterações e irregularidades de natureza eminentemente física, os casos de verdadeira esquizofrenia, o que coloca uma outra questão: Como distinguir a alucinação por transtorno mental da que decorre do processo obsessivo ou da simples visão mediúnica? O Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na Universidade de São Paulo esclarece que “A distinção entre alucinação, clarividência ou clariaudiência é uma situação bastante complexa.” No entanto a melhor forma de distinguir esquizofrenia e obsessão é, segundo a sua opinião, aquilo a que chama “a prova terapêutica”. Isto é, estabelecer o tratamento medicamentoso e psicoterápico e associar-lhe o tratamento espiritual, “sobretudo a magnetização e a desobsessão”, que oferecerá uma noção do enquadramento espiritual do caso. Acrescenta mesmo que “casos em que há uma predominância do fator obsessivo-espiritual, a melhora com a magnetização e desobsessão chega a s e r e s p e t a c u l a r, trazendo novos horizontes para a Psiquiatria.”(3) Decorre do texto transcrito que muitas vezes é extremamente difícil identificar perante qual das situações nos encontramos: se uma situação de origem fundamentalmente espiritual ou se uma situação com uma preponderância física, caso em que um tratamento médico é indispensável. A complexificar a questão existe a reconhecida ligação entre físico e espiritual, sendo que os transtornos mentais e no caso em concreto a esquizofrenia, são doenças que estão necessariamente associadas a condições e envolvimentos espirituais extremamente graves. O Dr. Leonardo Machado Tavares (1985- ), psiquiatra e psicoterapeuta, espírita, caracteriza o esquizofrénico referindo que este padece de uma dificuldade de exteriorização do seu pensamento, o que constitui uma imposição expiatória, depois de ter sido mal sucedido noutras tentativas de expiação, em anteriores existências. Refere este autor que,
de acordo com as contribuições da ciência espírita, a esquizofrenia é “uma síndrome que tem no seu fundamento um transtorno espiritual. Este gera no corpo os meios fisiológicos necessários à sua exteriorização, sendo influenciado por diversos fatores psicossociais. Além disso, é preciso levar em conta a influência negativa, através da obsessão, gerada pela(s) antiga(s) vítima(s) do atual doente, o que contribui para o agravamento do quadro e para o surgimento de outras disfunções características do transtorno.”(4) Quanto às alucinações e aos delírios, refere que tanto podem ser efetivos contactos mediúnicos, como podem ser reflexos da própria consciência desajustada, projetando no presente sensações do passado, como podem ainda ser apenas reflexos da própria desorganização física. Joanna de Ângelis, Espírito responsável por várias obras dedicadas à psicologia perspetivada pela Doutrina Espírita, resume o assunto de modo bastante elucidativo, nomeadamente no que respeita à identificação das causas profundas do transtorno apontando que há razões espirituais profundas, relacionadas com uma espécie de “cobrança” que a consciência impõe a si mesma e que se traduzem fisicamente neste tipo de transtornos. De acordo com esta perspetiva, a verdadeira causa da esquizofrenia reside na alma inquieta, profundamente marcada pelo sentimento de culpa, pelo erro do passado que não foi reparado, nem, em muitas circunstâncias, descoberto e devidamente penalizado pela justiça terrena. Gravado nas fibras da consciência, esse sentimento de culpa, esse mal-estar traduz-se em marcas perispirituais que, na ligação com o corpo físico, impedem o seu funcionamento saudável. Além disso, em articulação com a própria mente desajustada do paciente, coexistem outras mentes cuja ação é igualmente indutora da distonia. (5) Para resumir a questão, utilizarei uma descrição contida numa obra mediúnica ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda: “Definimos então a esquizofrenia, primeiro: como um transtorno espiritual que se manifesta no corpo físico (…) Chamá-la-emos, nesse caso, um distúrbio orgânico (…) Segundo: de A Libertação 11
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Espíritas de Hoje
Amanhã
e de
dij
Ouvir vozes, ter paranoia, ver algo que mais ninguém vê, ter crenças extremistas mal fundamentadas, ser descuidado consigo mesmo, manifestar hostilidade, falar incompreensivelmente e ter mudança na personalidade, catatonia ou sintomas depressivos, são alguns dos possíveis sintomas de esquizofrenia Margarida Sequeira Novembro de 2015 um processo de natureza obsessiva, em que o agente perturbador, hospedando-se no perispírito do seu inimigo (…) desorganiza-o interiormente, desestabiliza as conexões neuronais, produz-lhe outras disfunções orgânicas, delírios, alucinações… Terceiro: de um processo misto, no qual o enfermo fisiológico é também vítima de cruel perseguição, tornando-se obsidiado simultaneamente.”(6) Para concluir, então, direi que a esquizofrenia é um transtorno espiritual que se manifesta em transtorno mental. Enraíza-se na identidade do ser espiritual e traduz-se depois no corpo físico, razão pela qual a terapia farmacológica proposta pela psiquiatria é totalmente indispensável. Uma vez que a causa profunda é milenar e se enraíza no ser espiritual e nos compromissos assumidos para com a Lei Divina no passado, o paciente tem um papel essencial no próprio processo de reequilíbrio, ainda que salvaguardando, de acordo com vozes autorizadas no assunto, que não se devem esperar resultados exageradamente rápidos, dada a gravidade do problema.(7) O paciente pode e deve trabalhar-se interiormente, fortalecer a confiança em Deus e, sobretudo, enfrentar os seus próprios medos, certo de que se encontra no caminho da recuperação e que de si depende, em grande parte, não só desfazer a sintonia com os obsessores, através de uma atitude renovada, mas também a vontade de percorrer o caminho que o conduzirá à libertação plena e que corresponde à presente oportunidade que lhe é dada viver. O que acontece é que, algumas vezes, “desejando fugir à sanha dos inimigos, o Espírito busca o corpo como um refúgio, no qual se esconde, bloqueando os centros da lucidez e 12 A Libertação
da afetividade, que respondem com indiferença e insensibilidade (…).”(8) Considera-se, assim, que grande parte do sucesso ou insucesso da terapia se encontra na mão do paciente que deve recorrer também à fluidoterapia, à frequência do Centro Espírita e à oração, “dedicando-se ao serviço de benemerência e abnegação em favor do próximo, através do qual granjeará méritos que influirão na regularização das suas dívidas, pela diminuição dos seus débitos”(9) já que “o amor, terapêutico e profilático, é, e sempre será, o divino remédio.”(10) Referências Bibliográficas: 1 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia [consultado em junho de 2015]. 2 - “Nem sempre é alucinação” (matéria publicada na Folha Espírita em junho de 2004). www.amebrasil.org.br/html/duv_nem.htm [consultado em junho de 2015]. 3 – Idem. 4 - Leonardo Machado, “Esquizofrenia”, in O Consolador – Revista semanal de divulgação espírita. A n o 1 , n º 1 2 5 , ( 2 0 0 7 ) , e m http://www.oconsolador.com.br/25/leonardo_machad o.html [consultado em junho de 2015]. 5 - Divaldo Franco (Joanna de Ângelis), Triunfo Pessoal, Salvador 2004, 108-112. 6 - Divaldo Franco (Manoel Philomeno de Miranda), Entre os dois mundos, Salvador 2005, 144. 7 - De acordo com o Dr. Leonardo Machado, nestes casos não se deve “vislumbrar apenas o momento fugidio, mas, sobretudo, o relógio do futuro.” Leonardo Machado, “Esquizofrenia”… . 8 - Divaldo Franco (Manoel Philomeno de Miranda), Entre os dois mundos,…, 144. 9 – Idem. 10 - Leonardo Machado, “Esquizofrenia”, … .
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O Mundo Mágico dos Animais|
Jota Tê
Abel
O
“Os predadores perseguem, os perseguidos defendem-se. Ambos desenvolvem a sua inteligência”
O Abel era um melro, caíra do ninho onde ficaram mais três irmãos. A árvore era alta e o Rolinha tinha dificuldade em devolvê-lo ao lar. Meteu-o numa gaiola, pendurado na árvore, com a porta aberta, para que os pais o alimentassem. Passaram a manhã, depois a tarde e ainda o dia seguinte sem que os pais se aproximassem. Ele bem piava, cheio de fome mas os pais passavam e só alimentavam os irmãos, não lhe dando qualquer atenção. Então o Rolinha resolveu salvá-lo, fazendo o papel dos pais, alimentando-o. Foi à loja, comprou granulado para melros e começou a procurar insetos iguais aos que via no bico dos pais para alimentar a ninhada: minhocas, borboletas, larvas e quando ele abria desmesuradamente o seu grande bico amarelo, enfiava-lhos pela garganta abaixo. Os dias passaram e ele começou a crescer e a manifestar-se cada vez mais com a presença do Rolinha, batendo as asas, pulando e abrindo o bico logo que o via. Habituou-se a vir para a mão do Rolinha e a ficar muito quieto e afável com as carícias que ele lhe fazia ao longo das penas que iam tomando o lugar da penugem primitiva. Perante tanta docilidade e sem saber porquê chamou-lhe Abel e com a passagem do tempo a ave habituou-se ao nome. Inicialmente era transportado numa pequena gaiola e acompanhava sempre o Rolinha, não só para a escola, onde era acarinhado por todos, ficando entregue à menina Gisélia, a auxiliar durante as aulas, como para todo o lado para onde ia. Com o decorrer dos dias foi ganhando liberdade e, por fim, já se passeava no ombro do Rolinha donde dava pequenos voos e para onde voltava de seguida. Na horta passeava-se livremente e quando o Rolinha apanhava uma minhoca, chamava-o: - Abel! Ele dava pequenos voos e tirava-lhe o verme da mão, engolindo-o avidamente. Um dia o Rolinha teve de partir para uns afazeres inadiáveis. Pensou que o melhor era mantê-lo no ambiente campestre até que regressasse. Fez uma grande gaiola de rede, pôs-lhe dentro uma taça com muita comida e outra com bastante água, convencido que ele seria feliz na meia dúzia de dias em que estaria ausente e partiu. Quando regressou, após o compromisso cumprido, ao aproximar-se da gaiola não viu qualquer movimento lá dentro, nem mesmo depois de ter chamado: - Abel! Um estremecimento percorreu-lhe todo o corpo e ao aproximar-se ficou de coração partido. O Abel partira e só deixara o corpo desprovido de cabeça dentro da gaiola. Os vizinhos disseram depois ao Rolinha que os mochos tentaram imitar o piar dos pais para o atrair para junto da rede e só atacaram o que dela ficou desprotegido. Mais tarde o Rolinha encontrou muitos ratinhos sem cabeça e foi-lhe explicado que as aves de rapina têm muito cuidado ao comer as presas evitando as partes do corpo que possam estar envenenadas. O Rolinha ainda hoje recorda com saudade a amizade que os seus animais lhe dispensavam. A Libertação 13
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Nosso Lar
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Autor Espiritual: André Luiz I Psicografado por: Francisco Cândido Xavier Adaptado e ilustrado por: Paulo Henriques I Com a autorização da Federação Espírita Brasileira
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Por: Sílvia Almeida
DIA DO PAI NA FEC Assinalou-se, no passado dia 19 de março, o Dia do Pai, com uma homenagem a crianças, jovens e educadores do DIJ, realizada pelos Evangelizadores. Esta atividade especial, que decorreu ainda no âmbito da comemoração dos 35 anos de Evangelização na FEC, contou com apresentações muito diversificadas, do vídeo ao teatro, passando pelo teatro de sombras e pela mímica. Uma tarde que ficará na memória de todos aqueles que direta ou indiretamente estão envolvidos nas atividades de evangelização das crianças e jovens.
SEMINÁRIO “35 ANOS A EDUCAR PELO AMOR” No dia 4 de junho terá lugar, na FEC, o seminário “35 Anos a Educar pelo Amor”. Serão tratados diversos temas atuais relativos à educação, enquadrados pela perspetiva espírita, como por exemplo: “Parentalidade Positiva e Doutrina Espírita”, “Educar com base no respeito mútuo. Uma utopia?” e “Não há Educação sem Amor? Ou não há Amor sem Educação?” entre outros. O programa definitivo será divulgado brevemente.
CONVERSA EM TORNO DE “CARTA AOS JOVENS” POR HAROLDO DUTRA DIAS Ainda no âmbito das comemorações dos 35 anos de Evangelização vai realizar-se, no dia 30 de abril um momento de troca de ideias e reflexão em torno de “Carta aos Jovens” de Haroldo D i a s . E s t a atividade destinas e a p a i s / educadores e a jovens a partir do 1º Ciclo da Juventude.
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ENCONTRO DE EVANGELIZADORES No dia 5 de junho, e na sequência do Seminário “35 Anos a Educar pelo Amor”, realizar-se-á um encontro de Evangelizadores, cumprindo uma promessa feita em junho do último ano na Formação de Evangelizadores que teve lugar na FEC.
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internacional ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO Aproxima-se o final do ano letivo e, com ele, a interrupção de algumas atividades. As aulas de Estudos Espíritas terminarão a 21 e 30 de maio, respetivamente, sábado e segunda-feira. A última palestra de Estudo Doutrinário Doutrina Espírita Hoje será apresentada a 29 de maio. Canal FEC Youtube Agora já pode aceder ao canal da FEC no YouTube e consultar os vários vídeos, distribuídos nas Listas de Reprodução: Edições FEC, Dij, Conferências, Doutrina Espírita Hoje, Houve um Tempo, Mês de… e Casa do Caminho. Aos domingos, às 17h00, transmitimos em direto as palestras de Estudo Doutrinário “Doutrina Espírita Hoje”. https://www.youtube.com
Efeméride: Desencarnação Bezerra de Menezes Adolfo Bezerra de Menezes exerceu atividades como médico, político e grande trabalhador do Espiritismo. Nasceu em 1831, em Riacho do Sangue (CE) e desencarnou no dia 11 de abril de 1900. No ano de 1886 intensificou os trabalhos em prol da união e da liberdade dos estudiosos da Doutrina. Por sua incansável atividade em benefício dos mais necessitados ficou conhecido como “o médico dos pobres”, tendo sido por duas vezes presidente da Federação Espírita Brasileira.
O reencontro da Ciência com a Espiritualidade Livraria Espírita A nossa livraria espírita on-line tem títulos novos, pode consultar o nosso catálogo on-line e aceder aos vários resumos dos livros. Visitar-nos pode ser o ponto de partida para uma boa leitura. http://www.livrariaespirita.pt
A Associação Médica Espírita do Estado de Mato Grosso realiza, nos dias 21, 22 e 23 de abril, em Cuiabá, o III ENCONTRAME CO 2016 – Encontro Regional das AMEs do Centro-Oeste, com o tema “O reencontro da Ciência e Espiritualidade – A redescoberta da esperança”, que terá em sua programação 19 palestras e quatro mesasredondas, contando com assistentes sociais, enfermeiros, médicos e psicólogos entre os expositores.
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Terapia pelos Passes O Projeto Manoel Philomeno de Miranda foi criado no mês de maio do ano de 1990, para dar apoio e treinamento aos integrantes da área mediúnica dos Centros Espíritas através de seminários, cursos, encontros, painéis e palestras. A abrangência das suas atividades envolve reuniões mediúnicas, terapia pelos passes, qualidade na prática mediúnica, desobsessão e atendimento fraterno ora reunidas em obras literárias publicadas pela Livraria Espírita Alvorada Editora, da cidade de Salvador (BA).
A Família Espírita - Ed. FEP FEB Editora tem a satisfação de oferecer ao público quatro obras inéditas de autoria da médium Yvonne A. Pereira. Escritas entre os anos de 1964 e 1971, trazem conteúdo notavelmente atual dedicado à leitura de toda a família. Em A família espírita, Evangelho aos simples e As três revelações da lei de Deus, o leitor será apresentado à família Vasconcelos, que vive em harmonia de acordo com os preceitos da Doutrina Espírita. Por meio das situações vividas por eles, pais e filhos conseguirão desfrutar de uma leitura que tenderá a florescer um diálogo rico sobre o Evangelho de Cristo. Soma-se a esses o livro Contos amigos, com quatro histórias fundamentadas nos ensinamentos e exemplos de Jesus e explicadas, em espírito e verdade, pela revelação dos Espíritos.
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As Leis Morais - Ed. FEP A partir da terceira parte de O livro dos espíritos, composta pelas questões 614 a 919, Rodolfo Calligaris desenvolve profundo estudo sobre as leis morais e os ensinamentos do Cristo que elas traduzem, que podem redimir o indivíduo e a sociedade. São comentários sobre o problema e a responsabilidade do mal, o trabalho e o repouso, o livrearbítrio e a família, entre outros, que apresentam também o aspecto religioso do Espiritismo e sua missão para com a humanidade. Obra repleta de respostas e explicações simples e claras, As leis morais é um preciosos objeto de estudo sobre as diretrizes e os caminhos que devemos trilhar em busca da evolução espiritual.
Espelho d'Alma Nesta obra simples e objetiva, o nobre espírito Ignotus revelanos que a vida é o espelho que reflete, hoje ou amanhã, os dramas e as glórias da alma humana. Nesse espelho, afirma o autor espiritual, todas as expressões, tanto do intelecto como do sentimento, surgem e se patenteiam como realidade feliz ou desditosa. Ele ensina-nos que, em vez de contemplarmos a nossa própria imagem refletida nas águas tranquilas de um lago - como o fez Narciso, da mitologia grega -, devemos buscar no Evangelho deJesus Cristo, que é o espelho cristalino da alma, as lições de sabedoria e amor do Mestre galileu, agora vivificadas e iluminadas pelos postulados da veneranda Doutrina Espírita. Leia Espelho D´Alma e entenda por que cada um é o construtor de sua própria vida, na viagem carnal.
Nº 130 Ano XXXII abril/maio/junho 2016 Nome do Proprietário e Editor Fraternidade Espírita Cristã Morada Sede do Proprietário e Editor, Redação e Impressão Rua da Saudade, nº 8 - 1º 1100-583 Lisboa, Portugal Nº de Contribuinte 501091670 Nº de Registo na ERC 109883 Nº de Depósito Legal 10.284/85 ISSBN 0871-4274 Direção Diretor - Maria Emília Barros Diretor Adjunto - Maria do Carmo Almeida Colaboradores Carmo Almeida Cláudia Lucas Isabel Antunes Joaquim Tempero José Carlos Almeida Liliana Henriques Maria Emília Barros Paula Alcobia Graça Paulo Henriques Sílvia Almeida Periodicidade Trimestral Tiragem 500 exemplares Realização Design Gráfico - Sara Barros Montagem - Zaida Adão