A Libertação 133

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A Libertação 133 Boletim Fraternidade Espírita Cristã

Lisboa - Portugal

Ano XXXIII| N 133 | 1 de janeiro de 2017 - trimestral | PVP 5€| distribuição gratuita aos sócios


índice 005

A ESPADA QUE GASTOU A BAINHA Abrimos espaço, com esta rubrica, para a reflexão em torno do Codificador (Allan Kardec) e da Doutrina Espírita.

008 CONVERSAS COM JESUS Segundo os estudiosos da Bíblia, em nenhum lugar do Antigo Testamento está escrito que se deve odiar os inimigos.

009 DUENDES À LUZ DO ESPIRITISMO Analisando a questão da possível existência de duendes à luz da Doutrina Espírita e retirando a capa de superstição, maravilhoso e fantástico...

012 CHICO REVISITADO

Haverá situações em que, só por ser mais fácil alguém fazer certas coisas por nós, nos “encostamos” ao esforço alheio, sobrecarregando desnecessariamente os nossos companheiros de trabalho ou de vida?

013 MEDIUNIDADE A mediunidade não é uma doença. É uma faculdade inerente ao ser humano, adicional aos seus cinco sentidos.

014 QUEM CONTA UM CONTO

A Bíblia tem histórias vividas ou imaginadas pela humanidade, desde os tempos mais remotos de que os homens se recordam, já que o conhecimento científico tem, por vezes, visões diferentes.

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editorial As transformações produzidas pelo calor e pelo frio, na alternância das temperaturas, desencadeiam os processos que visam a produção dos vários tipos de frutos. A natureza adapta-se a todas as circunstâncias de modo a sobreviver às várias alterações que vão ocorrendo. Sem conflito, submete-se a todas as condições e tanto se sujeita aos extremos do calor como do frio, sem ressentimentos. Observando-a, vemos os seus vários representantes buscando o melhor meio de sobreviver ou de beneficiar das condições de cada hora. A vida existe para ser usufruída em todas as circunstâncias. O ser humano diz a si mesmo que é mais feliz nos dias amenos, ou quando a luz do sol se apresenta sem os impedimentos das nuvens sombrias. Mas quando segue, resguardando-se na sua roupa de lã, mal distingue o brotar corajoso dos rebentos que escolhem o tempo mais frio para se apresentarem à luz de uma nova época. Quando os dias parecem mais sorridentes e calorosos muitos seres estão em fase de preparação para se transformarem, conhecendo a dor de perder o viço e a energia para darem lugar a outros que os substituirão, ou amadurecendo para serem colhidos e completarem a sua missão. Também o Homem é convidado a realizar a sua missão no mundo, sem conflitos, sem ressentimentos. Submetendo-se ao que cada hora lhe traz, utilizando-se de cada momento para construir-se como um ser melhor, usufruindo a vida através das várias lições que os dias se encarregam de lhe fazer chegar. Eleger os dias amenos como os únicos em que é bom viver é excluir as abundantes oportunidades de crescimento que os dias de invernia comportam. É um mito muito antigo, esperar ou desejar que a ausência de desafios represente a felicidade. Saber olhar e retirar de cada situação o ensinamento que ela encerra é o que nos torna mais sábios e nos mantém flexíveis para aproveitarmos a vida, sentindo-nos plenos ainda que o tempo não pare nem o sol brilhe sem qualquer impedimento.

Por | Carmo Almeida

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Kardec Hoje

A espada que gastou a bainha Abrimos espaço, com esta rubrica, para a reflexão em torno do Codificador (Allan Kardec) e da Doutrina Espírita, procurando explorar episódios ou considerações que remontam à época da Codificação. Não propriamente aspetos do corpo doutrinário do Espiritismo, mas factos ou situações que dizem respeito à sua fundação, divulgação e futuro. Esperamos, desta forma, criar uma oportunidade de divulgar e meditar sobre assuntos menos explorados da Doutrina e, ainda assim, não menos importantes para a sua prática e compreensão. Na Terra, limitados pelo corpo físico, temos os nossos sentidos de certo modo condicionados pelas estreitas possibilidades que a matéria nos concede. À maioria esta dificuldade causa talvez poucos constrangimentos. Às grandes almas, ansiosas pelas paisagens grandiosas do infinito, constitui uma limitação acrescida e o corpo fraco quase não consegue conter a fortaleza de um Espírito destinado a quebrar todas as fronteiras e a projetar-se no Mundo Maior.

Quisemos começar esta primeira incursão pela época da Codificação, homenageando o seu fundador, Allan Kardec – Espírito chamado por Jesus, que não partia do Espaço só. Como refere o Espírito Emmanuel, “na sua missão de esclarecimento e consolação, fazia-se acompanhar de uma plêiade de companheiros e colaboradores, cuja ação regeneradora não se manifestaria tão-somente nos problemas de ordem doutrinária, mas em todos os departamentos da atividade intelectual do século XIX.” É essa a razão pela qual, a Ciência, a arte tipográfica, o telégrafo, os caminhos de ferro, a literatura e as artes conhecem “uma onda de claridades inexprimíveis”. À cabeça das grandes transformações, de acordo com os planos de Jesus para o planeta, estava Kardec, em cujas mãos sábias e experientes a tarefa (que pelo peso e gravidade acabrunharia outros) se tornava simples e fácil.

Por | Sílvia Almeida -4-


Kardec Hoje Nos últimos tempos da sua jornada, o crescimento diário das suas relações e do próprio Espiritismo, levaram-no a rodear-se de alguns auxiliares inteligentes, como que desejando preparar o futuro e ampliar a sua possibilidade de ação. É interessante considerar que foi justamente nesse ponto que partiu para uma nova jornada, na qual acompanharia, da outra dimensão da vida, esse grupo que ficava no seu lugar, a atender às necessidades do momento e a dar seguimento aos projetos futuros de Kardec, pelo menos essa era a sua intenção quando, em 1869, escrevem uma espécie de editorial da Revista de maio, no qual fazem ainda a biografia do seu mestre. Kardec era, segundo contam ali, sempre o primeiro a tomar a obra e o último a deixá-la, morrendo conforme viveu: trabalhando. A sua condição física exigiria repouso intelectual e mínima atividade material, requisito pouco compatível com uma consciência segura de ter uma missão para cumprir. O corpo parecia recusar as reclamações do Espírito que “cada vez mais vivo, mais enérgico, mais fecundo, ia sempre alargando o círculo da sua atividade.” Aconteceu-lhe, segundo a feliz expressão dos seus discípulos, o que se dá com todas as almas de forte temperamento: “a lâmina gastou a bainha”. Expressão de um espírito indómito, com uma força que ultrapassa os limites e condicionalismos da matéria e que, de tanto se exercitar para além dela, de tanto desgastá-la, com a argúcia da sua inteligência afinadíssima, acaba por romper, à força de exercício, persistência e grandeza, essa matéria que aprisiona e acabrunha por não poder conter nos seus próprios condicionalismos o pássaro que deseja voar. É assim que a lâmina gasta a bainha e cede o mais fraco, o corpo, já que a alma é imparável e imortal. Cumpriram-se os vaticínios do discípulo – na Terra a obra substituiu o obreiro e os adeptos passaram a congregar-se em torno dela, tal como ele a estruturou, beneficiando ainda dos seus

Kardec era, segundo contam ali, sempre o primeiro a tomar a obra e o último a deixá-la, morrendo conforme viveu: trabalhando.

conselhos e da sua influência. É por isso que apesar da obra ser o foco, a personalidade do Codificador é a bússola, já que a extensão e o poder das suas conceções devem continuar a inspirar todos os que queiram ser cumpridores fiéis desta proposta divina para a humanidade, que com o Espiritismo se cumpre. Lâmina que não fere mas que desgasta os estreitos limites da bainha que a aprisiona – os limites da matéria, para revelar um mundo livre de condicionamentos e abrir espaço ao pensamento e ao espírito livres, debruçado agora sobre o seu destino infinito.

1 Francisco Cândido Xavier (Emmanuel), “Allan Kardec e os seus colaboradores” in A Caminho da Luz, Cap. XXIII. 2 Idem. 3 Como é referido no artigo de abertura da Revista Espírita de maio de 1869, o primeiro número depois da partida de Kardec. 4 Idem. 5 Idem. 6 Idem.

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Conversas

Jesus

com

1. Aprendestes que foi dito: “Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos.” Eu, porém, vos digo: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre os justos e os injustos. - Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não fazem outro tanto os pagãos?” (S. MATEUS, cap. V, vv. 43 a 47.) - “Digo-vos que, se a vossa justiça não for mais abundante que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no reino dos céus.” (S. MATEUS, cap. V, v. 20.)

Por | Sílvia Almeida Na tradição farisaica antiga existia a Torá escrita, atribuída tradicionalmente a Moisés e a Torá oral, ou a lei dos anciãos, composta por um conjunto de leis que supostamente deveriam ajudar o povo a cumprir a Torá escrita, mas que, a dado momento, introduziram interpretações e novidades que chegaram até a contradizê-la. O povo não sabia ler. A leitura e a escrita eram privilégio da classe dos fariseus e escribas, cuja função era justamente ler e interpretar para aqueles que não sabiam fazê-lo. Então, restava aos judeus em geral, ouvir a Torá e repeti-la oralmente, até que a conhecessem de cor. Assim, o seu conhecimento da Lei ficava sempre restrito ao que ouviam dizer dela e nunca à sua constatação direta através da leitura. A contradição entre aquilo que os judeus haviam ouvido e aquilo que estava efetivamente escrito explica por que razão não disse Jesus “está escrito na Lei” e sim “ouvistes o que foi dito”, ou seja,

ENTÃO, CRIOU-SE A INTERPRETAÇÃO DE QUE ERA PARA AMARMOS APENAS O NOSSO PRÓXIMO, DONDE A PERMISSÃO, PELA TRADIÇÃO JUDAICA, DE SE PODER ODIAR OS INIMIGOS. -6-


conversas com Jesus

aprendestes a partir do que outros vos disseram, depois de eles mesmos o interpretarem. Como Jesus sempre garantiu não vir destruir a lei ou os profetas, mas antes cumpri-los, será que estará realmente escrito nalgum lugar da Lei, que a prescrição divina era amar o próximo e odiar os inimigos? Segundo os estudiosos da Bíblia, em nenhum lugar do Antigo Testamento está escrito que se deve odiar os inimigos. A lei manda amar o nosso próximo (Lv 19,18), que é o que encontramos, por exemplo, no Levítico: “Não te vingarás; não guardarás rancor contra os filhos de teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.” Nesta perspetiva, de facto, Jesus não veio contrariar a lei ou os profetas, mas restituir-lhes a sua correta interpretação, derrogando a interpretação errada que lhe era dada. “Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus.” (Mt 5,20) Os escribas e fariseus davam à Lei de Deus uma interpretação errada, que não permitia que a justiça se cumprisse. Muitas vezes temos, assim, erradamente, a ideia que Jesus vinha alterar a Lei, na medida em que alterava sobretudo a Lei de Moisés legislador e

não a Lei Divina, mas provavelmente, em muitas ocasiões, a própria lei de Moisés legislador não se afasta assim tanto da Lei Divina quanto as interpretações que dela foram feitas. Por exemplo, a própria lei de talião, que não foi criada por Moisés, mas que foi introduzida por ele, visava a proporcionalidade entre o dano e a punição e somente num julgamento imparcial poderia ser aplicada, de modo que a lei não permitia que a vítima revidasse imediatamente uma agressão. Só os juízes poderiam legitimamente aplicar a lei de talião, de modo que se uma pessoa era vítima de agressão, ou se um parente dela falecesse em decorrência de um assassinato, poderia ir ao tribunal requerer a vingança. Não obstante, foi difundida a ideia errada de que quem sofresse uma agressão poderia desde logo revidar. Jesus, em todas as ocasiões tratou de desmentir os entendimentos errados da Lei, repondo tudo no seu lugar. O que vemos repetidamente é que na verdade os ensinamentos de Jesus estão por toda a parte no Velho Testamento e até nas próprias máximas da seita dos fariseus. No Livro de Provérbios, por exemplo, encontramos: “O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados.” (Pr 10,12) Que poderia Jesus recomendar senão o amor aos inimigos? Porque se alguém que se considera nosso inimigo se sentir estimado por nós, deixará de sê-lo. Não há, pois, outro caminho para fazer desvanecer todos os desacertos entre os homens. Fonte de consulta: Estudo Bíblico - Lei de Talião e os ensinos de Jesus https://sites. google.com/site/defensoriabiblica/estudos-bblicos/a-lei-de-taliao-e-os-ensinos-de-jesus#sdfootnote10sym [consultado em maio de 2016]

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Por |Cláudia Lucas

Os Duendes à Luz do Espiritismo

A crença em seres sobrenaturais é de todos os tempos. Certamente que já todos ouvimos falar de duendes. São pequenos personagens comuns nas histórias infantis, em particular naquelas que dizem respeito ao Pai Natal. Na verdade, muito antes da crença ou da ideia do Pai Natal integrar o imaginário infantil, já os duendes eram figuras que integravam a mitologia de muitos povos europeus. As suas características divergem de país para país e até de região para região. Há, a bem dizer, duendes para todos os gostos e feitios! Bons e benevolentes: Brownies – Escócia; Caprichosos, travessos e maus: Bogles – Escócia; Gobelins – Normandia; Bogharts - Inglaterra; Cluricanues – Irlanda; e Pucks – Alemanha, entre outros. A crença na existência de duendes é de tal forma marcada nos países nórdicos que, inclusivamente, na Islândia (na capital Reiquiavique) há uma escola para o seu estudo.(1) Particularmente em Portugal, especialmente na região de Trás-os-Montes, os duendes são chamados de Trasgos. O Trasgo é um ser encantado, sobrenatural, do folclore do norte do país.(2) Os trasgos são parecidos com os seres humanos,

mas de baixa estatura, usam gorros vermelhos e possuem poderes sobrenaturais. Pregam partidas e fazem maldades e travessuras, principalmente de noite: partem louça, quebram vidros, arrastam móveis, espalham a fruta, mudam os objectos de lugar.(3) Allan Kardec, logo no 1º ano de edição da Revista Espírita, no seu primeiro mês, em Janeiro de 1858, trata deste assunto, mostrando como à época ele era atual - “Eles batem nas portas, deslocam os móveis, aplicam golpes nos tonéis, marteladas no teto e no assoalho, assobiam baixinho, soltam suspiros lamentosos, puxam os lençóis e as cortinas dos que estão deitados, etc.”(4) Os factos dessa natureza eram e continuam a ser até bastante comuns; todos se assemelham mais ou menos e diferem apenas pela intensidade ou pela maior ou menor tenacidade. Serão os duendes e os efeitos que eles provocam fruto de mera imaginação, da mitologia ou das

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crenças populares, sem qualquer fundamento? Mas como explicar esses fenómenos presenciados por incontáveis testemunhas em tantos lugares distintos? Haverá explicação racional e lógica? Analisando a questão da possível existência de duendes à luz da Doutrina Espírita e retirando a capa de superstição, maravilhoso e fantástico que envolve o tema, certamente conseguiremos chegar a conclusões mais esclarecedoras. Tal como Kardec questionava no seu artigo: Quem, conhecendo a Doutrina Espírita, não reconhecerá nessas diabruras, os Espíritos batedores e perturbadores? (5) De acordo com O Livro dos Espíritos, na ordem dos Espíritos Imperfeitos enquadra-se a classe dos Espíritos Batedores e Perturbadores. Estes espíritos costumam manifestar-se por “efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, movimento e deslocação anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc.”(6) Estes são espíritos particularmente ligados à matéria e que se entretêm e divertem com as diabruras que fazem e com as partidas que pregam. São Espíritos mais levianos do que maus, que se divertem com o medo que provocam e com as pesquisas inúteis que são feitas para descobrir a causa dos fenómenos por eles produzidos.(7) Por isso, devemos também analisar a classe dos Espíritos Levianos. Estes são “ignorantes, maliciosos, inconsequentes e zombeteiros. (…) A esta classe pertencem os Espíritos vulgarmente designados sob os nomes de duendes, trasgos,

gnomos, diabretes.” (8) As causas para os espíritos provocarem os referidos efeitos físicos numa casa e não noutra podem variar. Por vezes ligam-se a uma determinada pessoa, passando a acompanhá-la mesmo que ela mude de casa; outras vezes ligam-se a uma determinada casa ou lugar por capricho; e ainda outras, fazem-no como vingança. Pode também acontecer que provoquem esses fenómenos com uma intenção louvável, como uma forma de estabelecer contacto com os reencarnados, para chamar a atenção para determinados aspectos, como por exemplo: um aviso útil à pessoa a quem se dirigem, para solicitar algo para si mesmos (preces, cumprimento de promessas que não puderam pagar), ou querendo reparar alguma ação menos correta que tiveram enquanto reencarnados. (9) Os Espíritos superiores, assim como entre nós os homens nobres e sérios, não se divertem em fazer tamanhas malandrices. (10) No entanto, em algumas ocasiões, esses espíritos inferiores acabam por ser instrumentos de espíritos mais adiantados, servindo-lhes de auxiliares para produzir certos fenómenos e manifestações, mas com uma finalidade útil. (11) Essa finalidade poderá ser, através da repercussão que têm e do medo que causam, chamar a atenção dos incrédulos e convencer-nos da existência de seres incorpóreos e de um poder superior ao do homem. (12) Seja qual for a causa do fenómeno e a sua finalidade, importa que não nos amedrontemos, podem importunar-nos, mas não oferecem perigo.

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É natural que as pessoas, sobretudo as que não conhecem o Espiritismo, tentem todos os meios para se livrarem desse incómodo, mas normalmente as técnicas utilizadas, seja de exorcismos ou não, ainda divertem mais esses espíritos brincalhões, incentivando-os a continuar com as suas partidas. Se pelo contrário, tentarmos encarar esses fenómenos como chamadas de atenção para a existência dos espíritos e para a possibilidade de eles se comunicarem connosco e desvalorizarmos as partidas de mau gosto que nos pregam, eles acabarão por se cansar e por desistir. (13) No caso desses fenómenos serem provocados para atingir um fim útil, sob a orientação de espíritos mais adiantados, é natural que só terminem quando conseguirmos entender o que pretendem. Muitos frequentadores dos centros espíritas lá chegaram precisamente para obter respostas a fenómenos deste género e depois disso, os fenómenos terminaram, já não havia motivo para continuarem. Tal como referimos no início, de acordo com as crenças populares, os duendes são de vários tipos, há também os que protegem os animais, os que protegem o homem e os que protegem a natureza. Se substituirmos a palavra e, consequentemente, o conceito de duende, e o analisarmos à luz da Doutrina Espírita, assumindo que quando se fala desses seres, na verdade, estamos a falar de espíritos pouco evoluídos, como vimos anteriormente, então verificamos que, neste caso, também a crença popular não é totalmente desprovida de fundamento. Existem de facto, segundo a Doutrina Espírita, seres que se encontram particularmente ligados à Natureza, são conhecidos como espíritos elementais ou espíritos da natureza. Uns mais evoluídos, outros menos, atuam nos fenómenos da Natureza sob as ordens daqueles espíritos que regem esses fenómenos em nome do Criador. Mas de onde provém a convicção de que estes seres, chamados de duendes, são de pequena dimensão embora de forma idêntica à humana?

Numa entrevista que deu a 15 de Julho de 2010, Divaldo Franco esclarece-nos que “Alguns deles, senão a grande maioria dos menos evoluídos, que ainda não tiveram reencarnações na Terra, apresentam-se não raro, com formas especiais, de pequena dimensão, o que deu origem aos diversos nomes nas sociedades mitológicas do passado.” (14) Aqui vemos que Divaldo salienta que os espíritos menos evoluídos que ainda não tiveram reencarnações na Terra apresentam formas especiais. E porquê? Continua Divaldo: “Acreditamos, pessoalmente, por experiências mediúnicas, que alguns vivem o período intermediário entre as formas primitivas e hominais, preparando-se para futuras reencarnações humanas.” (15) Pode mesmo acontecer que os mais atrasados não suspeitem sequer que estão a ser servidores de Deus, mas são úteis na mesma pela ajuda que prestam ao conjunto. Estes espíritos vivem em regiões do Espaço adequadas ao seu desenvolvimento, embora muitas vezes se misturem com os homens ou vivam na Natureza. Concluindo, a Doutrina Espírita explica como os espíritos se manifestam e provocam fenómenos físicos. A mitologia e a imaginação popular, por sua vez, criaram as mais diversas superstições e os mais variados seres para justificar esses fenómenos. Fadas, gnomos e duendes, traquinas e maldosos ou bonzinhos e protetores, não são mais do que espíritos ainda imperfeitos, infantis espiritualmente, que a imaginação e a criatividade populares, na sua ignorância, “pintaram” como sendo verdes ou brancos, com chapéu vermelho ou verde, associados aos trevos e à sorte, ao ouro, ou às florestas. De qualquer forma, esses espíritos inclinados ao bem ou ao mal, dependendo do tipo de influência que sofram, dada a característica “infantil” de suas mentes, são seres em evolução que certamente estão a trilhar os mesmos caminhos que já percorremos, porque o Progresso é Lei Divina incontornável. 1 - http://www.tsf.pt/sociedade/interior/os-duendes-vivem-entre-os-humanos-5182981.html [consultado em 26 de Junho de 2016] 2, 3 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Trasgo [consultado em 26 de Junho de 2016] 4, 5 - Allan Kardec, Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos, Janeiro 1858. 6, 8, 11 - Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro, 1981, 92. 7, 9, 10, 12, 13 - Allan Kardec, Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos, Fevereiro 1859, 49-51. 14, 15 - http://grupoallankardec.blogspot.pt/2010/07/gnomos-ou-duente-existem.html [consultado em 7 de Julho de 2016]

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Por |Francisco Ribeiro

revisitado Conta-se que, certa vez, Chico Xavier e mais alguns companheiros estavam a fazer distribuição de géneros num bairro pobre. Nisto, uma senhora bastante incomodada chega ao pé de Chico e, apontando para um homem que estava na fila, diz-lhe: “Aquele ali já veio levantar comida três vezes, e ele não precisa!” Chico terá olhado para o homem em causa durante alguns segundos e, depois, sem se alterar ou mostrar qualquer desagrado perante a atitude abusiva, olhou para a senhora indignada, respondendo: “Ah, minha filha, não faz mal! Sabe, ele está treinando para a próxima reencarnação!” A reação do Chico é muito interessante!... Normalmente, quando confrontados com situações de abuso, especialmente no contexto da ajuda aos mais necessitados, a nossa reação é de indignação e de querer estabelecer a “justiça” no imediato, como a senhora que se dirige a Chico. E, convenhamos, que a vontade de querer corrigir, logo ali, a situação “errada” demonstra que o nosso sentido de justiça está plenamente funcional. Pior seria se, perante um problema semelhante, a nossa atitude mental fosse: “só tenho pena de não conseguir fazer o mesmo”. No entanto, Chico consegue, dentro do seu sentido de justiça, ir além do que é o habitual. Perante o abuso, ele não se altera. Compreende que quem abusa assim da boa vontade de terceiros está a abusar daqueles que o Senhor colocou no mundo para auxiliar os seus filhos mais necessita-

dos, podendo levar à diminuição da boa vontade por parte daqueles que descobrem a situação desonesta. É, pois, infeliz sem o saber. Uma vez que não respeita a necessidade dos que buscam o auxílio em situações muitas vezes miseráveis, terá no futuro, provavelmente, que experimentar situações semelhantes, a fim de valorizar as dificuldades que a prova da pobreza acarreta. E como também desrespeitou o esforço e a dedicação dos que ajudam, talvez tenha que passar pela prova sem os anjos da caridade que agora despreza e de cuja boa vontade agora abusa. Convém, então, perguntarmo-nos que situações estaremos nós a treinar, no presente? Quantas vezes clamamos por ajuda sem realmente precisarmos dela? Haverá situações em que, só por ser mais fácil alguém fazer certas coisas por nós, nos “encostamos” ao esforço alheio, sobrecarregando desnecessariamente os nossos companheiros de trabalho ou de vida? Pela Lei do Uso (1), se hoje abusamos de um recurso de que não necessitamos, um dia, nesta ou em próximas existências, iremos ser colocados em situações nas quais esse recurso nos será imprescindível, a fim de que aprendamos a valorizá-lo. E, para que a lição fique bem vincada na nossa consciência, pode muito bem dar-se o caso de, nesse dia, o recurso não estar disponível. (1) Expressão utilizada por Emmanuel nas obras Pão Nosso e Fonte Viva. Ver F.C. Xavier (Emmanuel), Pão Nosso, Cap. 171. RJ: FEB, 1950 e F.C. Xavier (Emmanuel), Fonte Viva, Cap. 86. RJ: FEB, 1956.

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Por |Isabel Piscarreta

Mediunidade

Tenho Mediunidade: O que é? Por que sofro fenómenos estranhos? O que fazer? Caso se reveja na condição daquele que ouve ruídos e pancadas; observa o acender e o apagar das luzes; o movimento de objetos; sente impressões vagas no seu corpo; ouve vozes no foro íntimo ou exteriores claras e distintas, qual a de uma pessoa viva; vê silhuetas espirituais ou imagens simbólicas incompreensíveis; ou se, em dadas circunstâncias, tem o pressentimento de ocorrências futuras… - fenómenos aparentemente estranhos oriundos de uma causa insólita e desconhecida que ocorrem inteiramente à sua revelia onde quer que se encontre, e que por vezes, atingem proporções de uma verdadeira perseguição - é, não só provável, mas natural, que venha a sentir-se confuso, perturbado e desorientado sem saber o que pensar ou que rumo tomar… Não tenha medo, não está a enlouquecer! O Espiritismo tem um termo explicativo para todos esses fenómenos: Mediunidade. O que é? A mediunidade não é uma doença. É uma faculdade inerente ao ser humano, adicional aos seus cinco sentidos e que pode manifestar-se de diferentes modos e variedades, conforme esclarece o Codificador Allan Kardec: “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse facto, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenómenos desta, ou daquela

ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações.”(1) Por que sofro fenómenos estranhos? É importante entender o motivo pelo qual os Espíritos perturbam, por vezes, a tranquilidade dos homens: “Na sua maioria, fazem-no apenas para se divertirem. São mais levianos do que maus, que se riem dos terrores que causam e das pesquisas inúteis que se empreendem para a descoberta da causa do tumulto. (…) Também, não raro, exercem por essa forma uma vingança.”(2) Mas, importa igualmente saber que: “Estes fenómenos, conquanto operados por Espíritos inferiores, são com frequência provocados por Espíritos de ordem mais elevada, com o fim de demonstrarem a existência de seres incorpóreos e de uma potência superior ao homem.”(3) São então um chamamento divino à espiritualização do ser ou à concretização do compromisso do serviço mediúnico, assumido previamente no espaço, antes da reencarnação. O que fazer? Não recorrer à mediunidade paga envolta em charlatanismo e às práticas obsoletas dos exorcismos que apenas fazem rir os Espíritos e os incitam a provocar mais tumultos. Evitar os perigos a que a mediunidade está exposta, esclarecendo-se gratuita e convenientemente num Centro Espírita. Realizar um cuidadoso adestramento da faculdade, através do estudo de O Livro dos Médiuns e das outras obras básicas e complementares, e, socorrer-se diariamente da oração e da caridade multifacetada, a fim de prontificar-se como um médium sério que eleva a sua mediunidade à categoria de missão, unicamente ao serviço de Jesus. (1) Allan Kardec; O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, Cap. XIV, item 159 (2) Idem, Cap. V, item 90 (3) Idem, item 91

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Quem um Conto conta

Reflexões Bíblicas Por |Jota Tê

A minha relação com a Bíblia: Porque gosto da Bíblia (1). A Bíblia encanta-me porque tem histórias muito bonitas vividas ou imaginadas pela humanidade, desde os tempos mais remotos de que os homens se recordam, já que o conhecimento científico tem, por vezes, visões diferentes. Assim, podemos lembrar os quatro primeiros números da Génesis (2) e ver o início do trabalho divino no planeta Terra com a HISTÓRIA DAS ORIGENS: 1 – CRIAÇÃO DO MUNDO “No princípio, quando Deus criou o céu e a terra, a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas e disse no primeiro dia: -FIAT LUX – faça-se a luz. A luz foi feita e chamou-lhe: dia, enquanto às trevas chamou: noite. No segundo dia fez um firmamento sobre as águas de baixo, separou-a das águas de cima e chamou céus ao firmamento. No terceiro dia reuniu as águas de baixo num só lugar e fez aparecer a terra seca e mandou que se produzisse verdura, erva com semente, árvores de diferentes espécies com frutos e sementes. No quarto dia Deus fez o sol para iluminar o dia, a lua para iluminar a noite e as estrelas. No quinto dia Deus criou todas as espécies de peixes no mar e todas as aves aladas dizendo-lhes “crescei e multiplicai-vos” tal como todos os animais sobre a terra exceto o homem. No sexto dia Deus criou o homem como senhor de toda a criação, a partir do pó da terra, insuflando-lhe o “sopro da vida”, pelas narinas e para o acompanhar, durante um sono profundo, tirou-lhe uma costela e fez a mulher, chamando-lhes Adão e Eva.” Tudo isto aconteceu cerca de quatro mil anos antes de Cristo. O Livro dos Espíritos confirma a chegada da raça adâmica cerca dessa data, mas a restante criação recua a milhões de anos, confirmada pela ciência. Deus criou o paraíso – Éden e colocou-os lá para

serem felizes com a sua descendência, como donos de tudo, exceto da árvore da vida – a macieira. Eva é enganada pela serpente, come a maça, dá a comer a Adão e os seus olhos abrem-se para o conhecimento do bem e do mal, desobedecendo assim a Deus. Como castigo são expulsos do paraíso e passarão a ter que trabalhar para se alimentarem, a sentir a dor e o seu fim será voltar ao pó donde saíram. Algumas filosofias científicas defendem esse fim para o Homem, mas o Espiritismo diz-nos que a vida continua após a morte, renascendo-se sucessivamente até atingirmos a perfeição espiritual relativa, pois a absoluta só a Deus pertence. Dos dois primeiros filhos do casal, Abel e Caim, o primeiro será morto pelo segundo, já que Deus aceita a oferenda de Abel, que como pastor lhe oferece o melhor cordeiro do seu rebanho, enquanto recusa a oferta de Caim, agricultor que guarda para si as melhores sementes e oferece a Deus as piores. Deus castiga-o dizendo “serás vagabundo fugitivo sobre a terra” e marca-o a seu pedido para que ninguém o mate. Se alguém o matar será sete vezes mais castigado do que castigou Caim. Após o castigo Caim saiu da face de Deus e encontrou a sua mulher de quem teve o seu filho Henoc. Então, segundo a Bíblia, o Espiritismo tem razão, pois já havia outras pessoas sobre a terra sem serem os descendentes de Adão e Eva. Façamos uma leitura à Génese que é uma Parábola maravilhosa da Humanidade. (1) Conjunto de livros escritos por inspiração divina composto por ANTIGO TESTAMENTO – com cinco livros formando o PENTATEUCO: GENESIS; ÊXODO; LEVÍTICO; NÚMEROS e DEUTERONÓMIO, e, NOVO TESTAMENTO com os quatro evangelhos escolhidos, ATOS DOS APÓSTOLOS, CARTAS DE PAULO e APOCALIPSE. (2) Significa origem, princípio.

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Cultivando

Pensamentos Por |Paulo Henriques

A Fraternidade Espírita Cristã acabou de lançar o livro “Nosso Lar – para pintar”, com 44 páginas para colorir, com conteúdos interativos complementares.

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Por |Paula Alcobia

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notícias A REVISTA EM REVISTA

DIJ

JESUS ATRAVÉS DE PAULO

No âmbito do 88º Aniversário da FEC foi criado um novo Ciclo de Palestras...

30º aniversário do seu nascimento na estrutura diretiva da FEC...

Dado o interesse que despertou junto dos frequentadores da FEC o Curso do Verão 2016...

Estudo de alguns temas da Revista Espírita integrado no Estudo Doutrinário O conhecimento é um dos recursos mais valiosos que a Doutrina Espírita nos oferece e, por isso, é muito importante estudarmos para nos inteirarmos, cada vez mais e melhor, dos conceitos e das ideias que os Espíritos nos deixaram. Precisamente para dar continuidade a esse estudo e construir bases sólidas de conhecimento, este ano letivo daremos continuidade ao estudo da obra “O Livro dos Espíritos”, como temos feito, ao longo dos últimos anos. Mas, neste novo ano letivo, trazemos-lhe uma novidade neste estudo. No âmbito do 88º Aniversá-

rio da FEC foi criado um Ciclo de Palestras em que alguns dos temas abordados e desenvolvidos na Revista Espírita de Allan Kardec serão estudados. Para tal, criámos a rubrica “A Revista em Revista”, na qual, durante os meses de março e abril, estará integrado o estudo de diversos artigos da mesma, num modelo que reune mais do que um tema e mais do que um expositor por palestra, com lugar, no final, para perguntas por parte do público.

PALESTRAS AO VIVO

A FEC NO FACEBOOK

Renovamos o convite para estarem presentes no Estudo Doutrinário, todos os domingos, às 17h...

Para além de poder assistir às palestras diretamente no nosso site, agora, também emitimos em direto no Facebook Institucional - 16 -

da FEC, todos os domingos, entre as 17h e as 18h. De qualquer forma, todas as palestras ficarão disponíveis no nosso canal no youtube para que as possa rever ou assistir (para quem não o pôde fazer). Basta aceder a www.youtube.com e digitar “Fraternidade Espírita Cristã”. Experimente!


No dia 19 de novembro a Direção para a Infância e Juventude assinalou o 30º aniversário do seu nascimento na estrutura diretiva da FEC. Para tal, convidámos todos os pais e educadores a participarem nas aulas dos filhos/ educandos e a acompanharem-nos, no final da tarde, na pequena celebração que os evangelizadores DIJ prepararam para todos, na qual não faltou o tradicional bolo de aniversário!

Reposição do Curso “Jesus através de Paulo” na Fec, aos sábados à tarde Dado o interesse que despertou junto dos frequentadores da FEC o Curso de Verão 2016 “Jesus através de Paulo”, decorreu uma nova edição deste estudo, de 29 de outubro a 10 de dezembro, ao sábado. Mais uma vez foram superadas todas as espectativas, dada a larga participação dos frequentadores da FEC, e dos participantes que se inscreveram on-line neste curso.

“Jesus através de Paulo” – exemplos, lições e desafios para apóstolos da atualidade foi um estudo concebido a partir das palestras sobre Paulo de Haroldo Dutra Dias, da obra de Emmanuel (F. C. Xavier) “Paulo e Estêvão” e do livro “As Marcas do Cristo” de Hermínio C. Miranda”.

A Direção da Orientação Espiritual da Fraternidade Espírita Cristã deu início a um novo estudo mensal em torno da obra Diversidade dos Carismas de Hermínio C. Miranda, dirigido à equipa dos médiuns trabalhadores do Centro.

soluções

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colaboradores

Carmo Almeida

Francisco Ribeiro

A Libertação Nº 133 Ano XXXIII janeiro/fevereiro/março 2017

Claúdia Lucas

Nome do Proprietário e Editor Fraternidade Espírita Cristã Morada Sede do Proprietário e Editor, Redação e Impressão Rua da Saudade, nº 8 - 1º 1100-583 Lisboa, Portugal Nº de Contribuinte 501091670 Nº de Registo na ERC 109883 Nº de Depósito Legal 10.284/85 ISBN 0871-4274

Isabel Piscarreta

Direção Diretor - Maria Emília Barros Jota Tê

Paula Alcobia

Paulo Henriques

Sílvia Almeida

Colaboradores Carmo Almeida Claúdia Lucas Francisco Ribeiro Isabel Piscarreta Joaquim Tempero Paula Alcobia Graça Paulo Henriques Sílvia Almeida Periodicidade Trimestral Tiragem 500 exemplares Realização Design Gráfico - Sara Barros Montagem - Zaida Adão

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horário

Fraternidade Espírita Cristã

2ª Feira Estudos Espíritas - 20h15 - 21h30 (Com inscrição prévia) ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – Ano II EIMECK - Estudo e Interpretação da Mensagem dos Espíritos Codificada por Kardec – Ano IV Estudo Básico das Obras de André Luiz - Ano III 3ª Feira Integração no Centro Espírita - 17h00 - 19h00 (Entrevista individual com inscrição prévia) 5ª Feira Assistência Espiritual (Passe) - 17h30 - 19h30 Atendimento Fraterno – 18h00 – 19h30 Momento de Reflexão – 19h00 -19h15 K Iniciação (Iniciação ao Estudo da Doutrina Espírita) – 19h30 – 20h30 6ª Feira Casa do Caminho – 20h15 - 21h00 Livro Pronto Socorro Espiritual – 19h45-20h05 Ambulatório Espiritual – 19h45-20h05 Sábado Aulas de Evangelização Infantojuvenil e Atividades Complementares - 15h00 - 18h00 Assistência Espiritual para crianças e jovens (Passe) – 15h30 – 16h30 Receção Individual – 16h00 – 17h00 Estudo Básico das Obras de André Luiz - Ano VI (para adultos) - 16h30 – 18h00 (Com inscrição prévia) Domingo Palestra de Estudo Doutrinário - 17h00 - 18h00 (com transmissão vídeo on-line em direto em http:// www.fec.pt) Assistência Espiritual (Passe) - 18h00 - 18h30 Atendimento Fraterno - 17h00-19h00

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Nยบ 132 Ano XXXII outubro/novembro/dezembro


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