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Ser Feliz na FEC A Flor do Amor Houve um Tempo... ...Evangelho... Espíritas de Ontem Verdinho, O Lagarto do Rolinha

Ano XXX - Nº 121 - Trimestral - janeiro/fevereiro/março 2014


Fraternidade Espírita Cristã

Horário

2014

2ª Feira

Estudos Espíritas - das 20h00 às 21h30 ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – Ano II EIMECK Estudo e Interpretação da Mensagem dos Espíritos Codificada por Kardec – Ano I JESUS CONTEMPORÂNEO – Viagem ao mundo das emoções – Ano II Estudos só com inscrição prévia

3ª Feira Integração no Centro Espírita (Entrevista individual) Entre as 17h00 e as 19h00 Com inscrição prévia

4ª Feira Estudo Doutrinário (Palestra pública) Momentos de Reflexão - 19h30 – 19h45 Estudo Doutrinário - 20h30h – 21h30 Assistência Espiritual (Passe) - 21h30h – 21h45 Com transmissão vídeo on-line em direto em - http://www.fec.pt

5ª Feira Assistência Espiritual (Passe) Abertura - 17h30 Assistência Espiritual – 18h00 – 19h30 Atendimento Fraterno – 18h00 – 19h45 Momento de Reflexão – 19h00 K Iniciação (Iniciação ao Estudo da Doutrina Espírita) – 19h30 – 20h30

6ª Feira

- Ser Feliz na FEC (Continuação) - A Flor do Amor - Houve um tempo... - ...Evangelho... - Espíritas de Ontem - Verdinho, O Lagarto do Rolinha - BD - Nosso Lar - Notícias

Sessão Evangélica “Casa do Caminho” (Sessão de oração e comentário do Evangelho) Momentos de Reflexão – 19h30 – 19h45 Livro Pronto Socorro Espiritual – 20h00 – 20h20 Sessão Evangélica – 20h30 – 21h30 Sessão pública Com transmissão vídeo on-line em direto em - http://www.fec.pt

Sábado Aulas D.I.J. Evangelização Infanto-Juvenil Aulas de Evangelização e Atividades Complementares – 15h00 – 18h00 Assistência Espiritual para crianças e jovens (Passe) – 15h30 – 16h30 Receção Individual – 16h00 – 17h00 Estudo Básico das Obras de André Luiz (para adultos) – 16h30 – 18h00 Nota: Com inscrição prévia


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Editorial

Sempre que o calendário nos avisa que, em breve, vai surgir de novo o mês de janeiro, folheamos a nossa Agenda cujas folhas, marcadas pelos muitos compromissos, trazem à memória os dias vividos. Alguns deles com apreensão, outros preenchidos com tarefas rotineiras e aqueles em que se sorriu interiormente porque foram dias de conquistas, de realizações concluídas. Há os dias de tristeza, os que ficaram marcados pela perda, aqueles em que tudo foi difícil e que terminaram envolvidos na sensação de fadiga extrema e há aqueles em que se pensou que, apesar de tudo, viver na Terra – Planeta de Provas e Expiações –, também nos traz alegria e um pouco de felicidade. Entre o acordar e o voltar a adormecer surgiu o dia, a página em branco, a oportunidade de repetir até fazer bem feito, de ver chegar o inabitual, o diferente, o desconhecido e enfrentá-los não como adversários mas como amigos poderosos do nosso crescimento interior. Houve também o momento do reencontro com o mesmo problema de sempre, a desafiar a paciência, e a exigir mudança para que, por ter sido finalmente resolvido, não volte a angustiar-nos. É a ciência de viver, a sabedoria do Tempo a passar pela nossa vida, dando abrigo aos reencontros mesmo quando parecem desencontros, para que se estabeleça um novo patamar de entendimento. E todos prosseguimos mais ricos de experiências, mais crentes Naquele que tudo sabe e a tudo provê, que tudo dirige e a todos conforta. Não é no ano novo que a vida se torna nova, é no momento em que a alma amadurece que a vida se define de outra forma e nos dá essa maravilhosa emoção de recomeço. Dia a dia, como passo a passo, se vence a barreira da dificuldade e do medo. E é por isso que, na cadência do tempo que não se atrasa nem se apressa, todos temos o direito, o dever mesmo, de recomeçar a busca de tudo aquilo que nos faz bem, que nos conduz à paz, sem esperar por outro momento que não seja aquele por que a alma clama.


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LILIANA HENRIQUES (FEC – 1978) “No corpo de menina Escondia as camadas trazidas como herança, Percursos detidos nos abismos da alma, Ecos longínquos, Imagens esbatidas… No olhar distraído Trazia a saudade de um abraço maior E na mão infantil O fio de um papagaio feito de sonhos, De promessas recentes, A voar alto sobre os meus passos, Como anjo da guarda A atrair ao céu o meu olhar… Foi assim que eu entrei neste lar. Foi neste lar que sempre ouvi As vozes brandas A direcionar o meu caminho, Ensinando-me a pensar, Educando o meu sentir. Foi nele que sempre recebi O terno abraço, Apaziguando as correntes de um rio Que flui em mim. É neste lar que eu encontro a fonte Que me galvaniza o ser, Dilatando-me a fé e a esperança. Porque nele ecoam, Em cada canto, Os corações amigos Que desde menina me acompanham E que me conhecem tão bem… Conhecem todos os gritos de mudas confissões, Todos os sorrisos de vitórias solitárias, Todos os avanços e recuos

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De uma alma persistente que teima em crescer. É nele que eu encontro Os sorrisos que me fazem bem E desenho na alma O sorriso De quem aprende a ser feliz.” MARCIAL BARROS (FEC – 1978) “Foi no século passado, era muito pequenino, meio franzino e com mais cabelo, quando comecei a frequentar as aulas da Julieta, a ouvir histórias de um peixinho azul com muito carinho muita ternura, e Sugos também!

À medida que crescia, aumentava a minha família que se estendia a todos os que, fim-desemana após fim-de-semana, nos encontrávamos para ouvir falar de Jesus. Fomos jovens e tornarmo-nos adultos, crescemos a estudar a Doutrina Espírita e em todos os momentos a FEC e os seus trabalhadores – A Minha Família, esteve presente, ensinando-me pelo exemplo a tornar-me numa pessoa melhor e a valorizar o que não termina com o desencarne. Hoje sou sinceramente FELIZ porque a FEC me ensinou a sê-lo em todas as situações e sei que do alto dos seus 85 anos vai continuar a levar essa mesma felicidade a todos os que procuram este “Nosso Lar, Porto de abrigo”. Parabéns FEC!”


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Todos os dias me deparo, há já alguns anos, na Casa onde trabalho, com um ritual afectivo e regular mantido por um senhor de uma certa idade. Todos os dias o senhor visita a sua esposa, naquela casa internada, levando-a para um espaço junto a uma grande janela, onde ternamente lhe dá o lanche à boca e tranquilamente permanece, lendo o jornal junto dela. A esposa tem uma doença degenerativa, cujos sinais são bem visíveis: numa cadeira de rodas, movimentos limitados, afasia, olhar inexpressivo, boneco de peluche na mão. O senhor leva-a para junto de uma janela, num local que é um pouco de passagem, mas que também permite um certo recolhimento ao casal, um afastamento do ambiente habitual, longe dos outros doentes e perto do sol. Um passeio sem sair de casa. Dá-lhe o lanche pacientemente, num monólogo carinhoso, como quem fala com um bebé, sabendo contudo que nem um sorriso obterá como resposta. Sua vibração é tranquila. Seus movimentos são os mesmos, esperados e nunca esquecidos. Depois, senta-se de frente para ela e lê o jornal em silêncio. Na companhia dela ali fica um pouco, banhando-se na luz que entra pela janela. Na companhia dele, fica ela também um pouco, banhando-se da sua luz, acalmando-se no seu amor tranquilo. Um silêncio que é um cântico de amor, poema cantado a viva voz do coração, serenata que se repete, serena, ao luar de uma existência.

Todos os dias passo, todos os dias lhe digo “Boa tarde”, oferecendo-lhe o meu sorriso que desenho nos lábios e pinto no olhar. Faço questão de lhe dar, de tanto que me enterneço, de tanto que o admiro, de tanto que me acanho pelas palavras que não tenho. Faço questão de lhe dar devagar, sem pressa. E ele responde-me com o mesmo “Boa Tarde”. Antes, mero reflexo educativo; agora, acompanhado por uma cabeça que se levanta quando eu passo, por um olhar que acompanha, que fala sem palavras, que quase sorri, quase…. Como terão sido as serenatas daquele casal quando o sol resplandecia no corpo, quando as bocas riam e os olhares cintilavam? Que poemas, que cânticos ecoaram aos ouvidos um do outro? Como amadureceu a sua paixão? Que timbre teve o seu amor? De certo, um timbre infantil, encantador mas infantil, como quase tudo a que os homens chamam de amor. Tudo tem um tempo para amadurecer e tudo requer condições para que tal aconteça. Há um tempo para ser criança, tempo de felicidade ingénua, limitada, mas de preparação para trabalhos e conquistas futuras. Tempo para ser


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adolescente, jovem, adulto. Um caminho que se alarga, num desenvolvimento que robustece as pernas e os passos. Uma alegria que se aprofunda, quando a alma não se deixa deturpar. Uma consciência que se amplia, possibilidades que se multiplicam, num amadurecimento constante. Mas a robustez dos músculos depende da intensidade regular do exercício, que por sua vez se associa à dificuldade do caminho ou à disciplina da caminhada. Assim é o amor. Leio, sobre o amor, alguns pensadores actuais e quase nunca me identifico com as suas equações. Conceitos que me parecem sempre tão limitados, tão estreitos, tão pequenos, tão perto de experiencias banais de vidinhas vulgares, embora aparentemente coloridas… mas tão longe do amor. Vidinhas de bebés que se amedrontam às primeiras dificuldades; que fazem birra nos caprichos impostos; que só conhecem o mundo pelo prazer sensorial, chafurdando nas facilidades, nas ilusões e na intolerância; fogem dos compromissos, desconhecem a responsabilidade, querendo apenas brincar, num jogo infantil, cujo interesse logo mais se desfaz. Mas que tem isso a ver com o amor? Se o amor inicia ao som de um madrigal, onde os sonhos iluminam a ânsia do corpo e orientam os passos, múltiplos caminhos se desenham logo a seguir, múltiplos jardins se abrem à alma porque, na verdade, é esta que edifica o grande templo onde o amor se abriga, seguro, cantando com doçura a cantata final. O que faz a semente crescer e da pequenez obscura tornar-se beleza aos olhos de todos? Em que momento o botão floresce em esplendor? Como nasce o perfume das pétalas aveludadas? A semente dilacera-se para se alongar na vontade, estende-se em força na disciplina de cada dia,

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empurra a escuridão da terra e ergue-se milagrosamente ao esplendor do sol. Este, disco de luz a condensar os valores morais, atrai a si a semente pequenina que, fiel ao compromisso, deixa o chão da vulgaridade. Inebriada de esperança e de fé, alça-se devagar a novas conquistas, descobrindo-se capaz de novas formas, novas texturas e novas cores. A beleza debuxa-se devagar, em cada pétala de dedicação, paciência, alegria, tolerância, lealdade, sacrifício… são tantas as pétalas que compõem uma flor e são tantos os aromas que perfumam um jardim! É no sacrifício de si mesma que a semente conquista a beleza e o perfume. Assim é o amor. Nessa serenata regular, o senhor estende uma flor ao coração da esposa, cujo perfume é mais delicado sob a luz do luar. Um dia, quando os dois se reencontrarem no olhar um do outro, distantes do ruído do mundo e de seus corpos enrugados, passearão de mãos dadas nesse jardim privado. Inalarão, felizes, os perfumes de todas as flores que se ofereceram. E ela, desatando o sorriso, tanto tempo amordaçado, tirará do coração as flores oferecidas sob o luar dos dias passados, delas fará um colar com que o enleará, no abraço mais quente e demorado de todos os abraços anteriormente dados.


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A Fraternidade Espírita Cristã, ao instalar-se no número 8 da Rua Saudade, em maio de 1977, iniciou um percurso que, garantindo a continuidade dos trabalhos realizados nas instalações da Av. Marquês de Tomar, também em Lisboa, deu início ao estudo sistemático da Doutrina Espírita, privilegiando uma área do conhecimento que anteriormente tinha sido colocada em segundo plano.

Apresentação do tema em estudo “Doutrina Espírita Hoje”

Até abril de 1974 as ideias Espíritas eram alvo de relativa “perseguição” porque, como sabemos, o Estado Novo definiu como religião oficial de Portugal o Catolicismo. E, tal como em outras épocas, qualquer ideia que sugerisse outros comportamentos era cerceada. Para que as instituições Espíritas conseguissem manter as suas portas abertas, a atividade principal, ou de maior visibilidade, era a que reunia ações beneficentes, a que se chamava de “caridade”, feita junto das camadas mais pobres da sociedade. Era a recolha e entrega de alimentos, a confeção de sopa diária, a organização de berços e enxovais para as famílias carentes. Dessa forma, quando havia denúncias e os fiscais da Polícia iam investigar encontravam a assistência social que os inibia de encerrar as instalações. Mas, em simultâneo, e em semelhança com os tempos em que os cristãos se reuniam no espaço reservado às catacumbas, nos arredores de Roma e de outras cidades, para poderem falar de Jesus e se reconfortarem com as lições do Mestre, também nas salas mais reservadas dessas instituições se reuniam, em grupos, pessoas que estudavam o Evangelho em singelas reflexões, quase sempre seguidas da prática mediúnica, realizada de forma cautelosa. Hoje parece mentira que na segunda metade do século XX, tão rico de liberdades e de conquistas, os Espíritas de Portugal se dirigissem em pequenos e discretos grupos, a essas casas e de lá saíssem posteriormente,

Carmo Almeida de forma o mais silenciosa possível, como se os seus trabalhos representassem algo de gravoso ou de ilícito. Ainda eu não tinha dez anos quando acompanhei o meu pai a uma dessas reuniões mediúnicas, à noite, e lembro ainda o sentimento de receio que me envolvia, ainda que já dentro de autocarro, de regresso a casa, no meu imaginário infantil. Nesses dias, não era sequer ainda uma instituição Espírita quem nos acolhia mas sim uma senhora, médium, que cedia a sua casa para as reuniões essencialmente de prática mediúnica com Passe e manifestação psicofónica. Era uma situação mais comum do que se podia imaginar. Posteriormente, em reuniões semanais, também eu fazia parte de um grupo mediúnico que se reunia regularmente, e rotativamente, em minha casa e na casa de outros elementos do grupo. Lia-se um pouco de Evangelho, orava-se após o que os médiuns se entregavam à tarefa de mediunidade de psicofonia, por vezes também de psicografia. Hoje recordo esses momentos e penso naquelas pessoas que assim se encontravam e que enfrentavam todos os dias o receio da denúncia ou do aborrecimento com algum vizinho. Na verdade os Espíritas sempre foram muito corajosos, seguindo em busca de algo que era apresentado como sendo proibido mas que os Médiuns, sobretudo, enfrentavam com determinação porque sentiam a responsabilidade de serem portadores de algo que iria beneficiar a muitos: a possibilidade da comunicação com os Espíritos desencarnados sofredores com o objetivo de serem doutrinados, como se dizia, e afastados, como se esperava, daqueles que lhes padeciam a ação obsessiva. E também, claro, a possibilidade de se ouvirem as palavras de consolo dos Amigos Espirituais. Com todo esse ambiente de receio, as ações de beneficência ganhavam mais força como defesa do Ideal, mas o estudo da Doutrina A Libertação 7


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Espírita era relegado para segundo senão terceiro plano. O facto de ser vivido em clandestinidade fazia também com que o Espiritismo fosse encarado como assunto obscuro, que ficou envolto em crendice porque à crença esclarecida não se dava o devido valor. É por isso que nessa área estava quase tudo por fazer. E embora a Fraternidade Esotérica – primeira designação da FEC – tenha sempre tentado levar a cabo ações de caráter cultural, deparava-se também com o desinteresse de muitos dos seus frequentadores. Porém, chegados finalmente à Rua da Saudade, e com o potencial que estas instalações apresentavam, foi possível iniciar o estudo da Obra Básica, a fim de que a mediunidade também fosse praticada com maior segurança, porque tudo o que é proibido e tratado na sombra gera o murmúreo. Como em outros setores da vida, há aqueles que se encerram nos mesmos hábitos, aqueles que se acomodam aos mesmos procedimentos e receiam a novidade e a mudança. Por isso, após os inevitáveis ajustamentos aos trabalhos que passaram a realizar-se livremente, neste espaço, o estudo da Doutrina Espírita surgiu na FEC, na forma de Palestra, com a assistência de um público interessado que era composto pelos trabalhadores da FEC e por todos aqueles que chegavam, na sua maioria sentindo necessidade de assistência espiritual. Como era claro para os Dirigentes de então – os quais já anteriormente se tinham dedicado ao estudo intensivo da Obra de Allan Kardec, que o conhecimento tinha de ser um dos pilares das atividades Espíritas, promoveram, através das Palestras, um outro momento de Estudo. Todo esse movimento se inicia durante a década de 80 do século passado, sem que tenhamos a referência precisa da data ou dos primeiros temas abordados mas já era uma atividade das noites de quarta-feira, um pouco mais tarde do que o horário atual, mas apresentadas semanalmente e onde progressivamente foram sendo introduzidos os meios audiovisuais a fim de que se tonassem apresentações apelativas mas também mais eficazes na passagem do conhecimento. Maria Laura Barros, ou Laurita como todos 8 A Libertação

lhe chamávamos, era uma oradora veemente, que abordava qualquer tema porque se fizera autodidata, rodeando-se de livros, estudando-os a fim de abordar as questões que eram do interesse de todos e relacioná-las com as respostas que o Espiritismo fornece. Assim, aqueles foram anos de grande efervescência na vida cultural da FEC que assumia a atual designação ainda durante a década de 80 do século XX. Mas os temas não obedeciam a uma programação. A Laurita recolhia nas suas próprias vivências e nos dramas que escutava das pessoas a quem assistia fraternalmente, os temas que depois trabalhava na Palestra esclarecendo a todos e divulgando as informações Espíritas. Após as alterações introduzidas na estrutura diretiva da FEC, surge, em 1986, pela primeira vez uma programação anual, nessa época dividida por meses e com subtemas por semanas, iniciando, nesse distante outubro de 1986, a CAMPANHA PARA O ANO DOIS MIL – A CAMPANHA DA CULTURA ESPÍRITA 1986/1987 e 1987/1988. Como todos os ciclos que se iniciam, também este terminou, dando origem ao estudo programado das obras Básicas, com a referência Kardec Hoje que se debruçava sobre “O Livro dos Espíritos”, trabalhando exaustivamente todos os aspetos da primeira obra publicada por Allan Kardec. Após vários anos deste estudo, seguiram-se as restantes obras que compõem o Pentateuco Espírita, em simultâneo com as obras complementares regularmente publicadas no Brasil e que os dirigentes da FEC tudo faziam para adquirir. Outros livros e temáticas foram trabalhados também de forma intercalada, concluindo-se este ciclo de estudos com a abordagem, ponto a ponto, de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, concluída já nos primeiros anos do século XXI. E o tempo foi correndo… De vez em quando a sua voz, firme embora branda, chamava um de nós: “Ó Menina Carminho venha cá que tenho um trabalhinho para si!” – e lá íamos nós com aquele contentamento na alma. Vindo da Laurita era sempre alguma coisa entusiasmante. Era assim que ela nos levava para junto de si, rodeando-se dos mais novos, na verdade


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segurando-nos junto ao seu coração que era um porto de abrigo para todos nós. Num desses dias, em que interrompeu o silêncio da sua pequena sala de trabalho, chamou a Maria Emília. Estávamos provavelmente em 1993 ou no princípio de 1994 (a Laurita não tinha o hábito de datar os seus projetos e trabalhos) e estaria já a aproximar-se o dia em que ela iria regressar ao seu Lar Espiritual. Mas disso ninguém poderia suspeitar. E então apresentou um projeto que estava a delinear e para o qual solicitava a colaboração da Maria Emília. Na branca folha de papel que gostava de utilizar porque as folhas pautadas lhe limitavam o processo criativo, estava o título de um Estudo, mais um!, que se propunha desenvolver a partir da Obra Básica. Desta vez, porém, não seria para as Palestras de quarta-feira que nesse ano de 1993 tinham começado a ser apresentadas, já não só por ela mas por um grupo variado de Palestrantes que assim se iniciavam nesta tarefa de ser Expositor da Doutrina Espírita, alguns deles mantendo-se nesta tarefa até ao presente. E os olhos azuis da Maria Emília pousaram naquelas brancas folhas e puderam ler: “Estudo e Interpretação da Mensagem dos Espíritos Codificada Por Kardec” Mas não era só um título: era o desenvolvimento de várias aulas para o “Estudo das Obras Básicas tentando alertar a consciência humana para as suas bases de ensino, não como observadores mas como participantes de uma verdade que Jesus trouxe ao Planeta, para auxiliar a evolução humana”. Como objetivos específicos pretendia que todas as criaturas conseguissem convergir para o mesmo ponto de união que é o pensamento divino; caminhar para a unificação; uniformizar o procedimento pela prática do Bem, do Equilíbrio e da Paz; absorver os ensinamentos de Jesus trabalhados no íntimo da alma; sentir a necessidade de raciocinar, questionando-se para conseguir uma lógica interna de compreensão ponto por ponto. Para isso seria utilizada como estratégia a criação de um sistema de estudo em que colocasse em confronto as mensagens estudadas e o “eu” individual de cada um. Os meios utilizados seriam o conhecimento, a comunicação e a conclusão que levaria à interiorização dos conceitos. Assim nasceu o EIMECK, cuja estrutura foi

terminada só pela Maria Emília porque, em dezembro de 1994, Laurita regressou à sua casa espiritual. No ano seguinte foi inserido nos Estudos Espíritas, área que trabalha o conhecimento através dos Cursos estabelecidos na FEC, iniciados com o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, elaborado pela Federação Espírita Brasileira, e que anualmente responde pela formação de quatro turmas, numa frequência média de 40 pessoas. É com base neste estudo e interpretação da mensagem dos Espíritos codificada por Kardec, que foi feita a programação do ciclo de Palestras deste ano de 2013/14. Assim, recuperando o objetivo do EIMECK, que é o de promover o progresso, trazemos para este ambiente esse manual de bem viver, idealizado há vinte anos atrás, e que tem ajudado a esclarecer, ao longo de duas décadas, aqueles que aqui chegam em busca de compreensão para as suas dúvidas e inquietações. E nada nos dá maior alegria do que a de nos sentirmos herdeiros dos trabalhados daqueles que nos antecederam no estabelecimento, na Terra da atualidade, desta velha Casa do Caminho, nascida por amor a Jesus. Seguiremos por isso os mesmos passos daqueles que se mostraram valorosos e incansáveis, até ao leito da morte, registando os atos dessas vidas onde vamos buscar a inspiração e a vontade para prosseguir num trabalho que não é nosso, que não nos pertence mas do qual queremos participar, assumindo o papel dos trabalhadores da última hora. Que este novo ciclo de palestras seja proveitoso para todos nós, já que foi com esse objetivo que foi criado, e que possa preencher a nossa alma da mesma força e coragem com que os guerreiros da vida se transformam em heróis inesquecíveis.

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“Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus.” (S.MATEUS, cap. V, v. 3.) Esta é uma proposta audaz que Jesus nos faz a todos, pois vivemos num mundo cheio de pobres morais, onde é mais importante ter do que ser. Assim, dá-se mais importância a ter um bom carro ou uma conta bancária volumosa do que ser-se verdadeiramente bom. Pela busca do poder que tanto almeja, o Homem é capaz de tudo... até prejudicar aquele que está ao seu lado só para atingir os seus fins. Mas o que é, então, ser pobre de espírito segundo Jesus? Será que é viver na miséria e sem qualquer bem material? Não, não é isso que Jesus nos quer dizer. Até porque o Homem vive na Terra e precisa de determinados bens para a sua vida. Não pode é depender deles para ser feliz. Muitos são aqueles que fazem da sua vida uma corrida incessante pela aquisição dos bens, afirmando que só serão verdadeiramente felizes quando tiverem determinado objeto. No entanto, quando o conseguem, continuam a sentir um vazio interno. Estas pessoas não vivem em paz, porque procuram a paz no exterior, através da posse de bens materiais. A verdadeira Paz é interna e só se consegue através da consciência do dever bem cumprido. Ser pobre de espírito é ser capaz de desfrutar dos bens materiais sem ficar preso a eles, pois esses bens não nos pertencem e um dia quando desencarnarmos ficarão cá. Levaremos apenas connosco as conquistas morais que fomos capazes de fazer ao longo da existência. Mas muitas vezes o Homem deixa-se levar pelo seu lado mais sombrio, esquecendo-se das promessas que fez antes de reencarnar, entregando-se ao orgulho e ao egoísmo, deixando que a sua alma se transforme num jardim repleto de ervas daninhas. É, por isso, urgente que o Homem se reencontre com o seu

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“Esta é uma proposta audaz que Jesus nos faz a todos, pois vivemos num mundo cheio de pobres morais, onde é mais importante ter do que ser.” próprio eu, fazendo uma auto-análise do como se tem conduzido durante esta vida, colocando a si mesmo esta questão: E se eu morresse agora, como me apresentaria no Plano Espiritual? Será que as minhas mãos estariam cheias de nada? Ou será que se apresentariam cheias de trabalho e de conquista moral? É importante não esquecer que a nossa felicidade futura dependerá das ações que praticarmos durante esta existência, colhendo os frutos das boas ou más decisões que tivermos tomado. Nesta passagem, Jesus vem ainda dizer-nos que só é concedida a entrada no Reino dos Céus a todos aqueles que tenham simplicidade de coração e humildade de espírito, sendo preferível ser ignorante do que apenas crer em si mesmo. Normalmente, aqueles que são considerados doutos desconsideram as coisas divinas, julgando-as indignas da sua atenção e do seu tempo, sentindo-se superiores a elas. Muitos afirmam que acreditar em Deus é uma crendice para ignorantes, afirmando que Deus não existe e que o Universo é fruto do acaso. Mas como pode o acaso ser tão perfeito e reger-se por leis tão complexas? O Homem continua a ignorar a sua essência divina, deixando-se levar pelo seu orgulho. Assim, pobre de Espírito é todo aquele que é bom, que sabe amar o próximo e que busca o seu aprimoramento moral. Mas o Homem só consegue ser pobre de espírito se cultivar dentro de si a Humildade, pois segundo Jesus a Humildade é a virtude que mais nos aproxima de Deus enquanto o Orgulho é aquele que mais nos afasta dele. Ao longo dos tempos, têm surgido na Terra verdadeiros Apóstolos que nos demonstram o que é a Humildade. Um deles foi Chico Xavier, esse trabalhador incansável que se denominava como um cisco de Deus. Se essa grande alma se considera um cisco, o que seremos nós…? Que durante esta semana, amparados pelo Apóstolo Estêvão - o Apóstolo da Humildade, cada um possa desenvolver na sua alma essa virtude que tanta falta nos faz para sermos verdadeiramente felizes.

Texto lido na Sessão Evangélica da Casa do Caminho: Noite de Estêvão – O Apóstolo da Humildade, em 11.10.2013. Capítulo VII- Bem-Aventurados os Pobres de Espírito

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O fim do Espiritismo é a melhoria do homem. Ninguém busque nele senão o que possa favorecer o progresso moral e intelectual

A sentença supra, do codificador da Doutrina Espírita, aquele que, com justeza, apelidaram de – bom senso encarnado – não deixa dúvidas quanto ao alvo supremo da Nova Revelação. Quantos, porém, dentre os adeptos do Espiritismo, se acham perfeitamente convencidos de que aquele é o alvo da fé que professam? Muitos? Poucos? Alguns? “Pelos frutos os conhecereis”. Entretanto, é conveniente ficar perentoriamente estabelecido que Kardec, cujo nome muito se repete, e a propósito de cujos conceitos muito se discute, disse, e com autoridade, que o fim do Espiritismo é a melhoria do homem; e que, nessa doutrina, não de deve buscar senão o que possa favorecer o nosso progresso moral e intelectual. Parece que em assunto algum, que se prenda aos postulados do Espiritismo, Kardec foi tão claro e tão explícito. Resta que seus admiradores honrem sua memória, aceitando e propagando a fé espírita pelo que ela encerra de melhor e de mais elevado. Quando se planta vinha, não é pelas suas folhas: é pela uva que ela produz. Quando se cultiva o trigo não é pela palha, nem pelo farelo que ele fornece: é pelo trigo mesmo, pelo grão que nos dá farinha. É certo que a palha é bom adubo, e o farelo é ótimo para o gado. Todavia, não é isso que se leva em mira quando se arroteiam os campos. O objetivo do agricultor é o trigo, é o pão, alimento humano por excelência. É verdade que ele aproveita o farelo e a palha, porém, como acessórios. Jamais se viu lavrador algum preocupar-se com desusado esmero, da palha, descurando o grão. Seria garantir o menos, com prejuízo do mais. É bom aproveitar-se de tudo, quanto possível; mas, a perder-se alguma coisa da colheita, seja antes a forragem e não o trigo. Anunciemos, pois o Espiritismo por tudo o que ele encerra de bom e de útil; mas, não nos esqueçamos do principal, não olvidemos a sua razão suprema.

In Luz e Caridade, Órgão do Centro Espírita de Braga, Agosto de 1924 12 A Libertação


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“Não maltrate os animais! São amigos que precisam da nossa ajuda e carinho.” – in Minutos de Sabedoria. , p. 36 – C. Torres Pastorino

Era uma oliveira enorme com muitos buracos ao longo do tronco. O Rolinha sentava-se à sua sombra para almoçar e, após uma manhã de trabalho duro na horta, devorava o almoço preparado pela mãe. Um bom bocado de pão, toucinho cru, farinheira cozida, um bocadinho de chouriço cozido – o manjar da refeição, umas azeitonas e um copinho de vinho para repor a energia. Terminava com uma peça de fruta da época, uvas, cerejas, figos, nozes, melancia, melão ou maçã. Os seus restos era deixados junto ao tronco da árvore, onde deviam apodrecer e servir de estrume. Porém, um dia o Rolinha viu dois olhinhos brilhantes e uma cabecinha verde, a espreitarem por um dos buracos do tronco da árvore. Tinha acabado de deixar no chão os restos da maçã quando muito devagarinho viu sair da sua toca o lagarto que olhou com receio para ele, depois avançou com pequenos passinhos e finalmente pegou num pedacinho de maçã e fugiu apressadamente para o abrigo. Era um lagarto grande, verde, bonito, com uma longa cauda e que deixou o Rolinha apaixonado. Os dias repetiram-se e a cena também. Ficaram amigos. Logo que o lagarto ouvia o Rolinha chamar pelo Verdinho, saía, aproximava-se e vinha comer à sua mão a iguaria que ele destinara. O Rolinha afagava-lhe a cabeça e o lombo com a ponta do dedo indicador e ele ficava tão quieto que parecia dormir. Quando chegou o Inverno, vieram as primeiras chuvas e o frio começou a apertar, ele deixou de aparecer e o amigo ficou triste, pensando não mais o ver, mas na Primavera seguinte ele reapareceu. Mais tarde na escola o Rolinha aprendeu que certos animais hibernam, ou seja, ficam imóveis a dormir profundamente, suspendendo as suas funções vitais, esperando que o calor do sol regresse para voltarem à sua vida normal. Durante anos encontraram-se regularmente à hora do almoço, até que o Rolinha mudou de vida e não mais o viu. Voltou lá, mais tarde, nas férias da Páscoa, mas ele não voltou a aparecer.

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Nosso Lar

Autor Espiritual: André Luiz I Psicografado por: Francisco Cândido Xavier Adaptado e ilustrado por: Paulo Henriques I Com a autorização da Federação Espírita Brasileira

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UERL – CONSELHO DELIBERATIVO O Conselho Deliberativo da UERL – União Espírita da Região de Lisboa – decorreu no dia 12 de janeiro, pelas 15 horas, na Associação de Cultura Espírita Fernando Lacerda (Loures) contando com a presença dos Dirigentes dos Centros da Região de Lisboa.

UERL – SEMINÁRIO Promover a divulgação Espírita por todos os meios ao seu alcance e estimular o interesse nas Instituições da Região pelo Estudo da Doutrina Espírita continua a ser um dos objetivos da UERL - União Espírita da Região de Lisboa. Por isso, de acordo com a sua calendarização de atividades, realizar-se-á, no

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dia 16 de março, um Seminário subordinado ao tema “Espiritismo: Cristianismo Redivivo | 150 anos de O Evangelho Segundo o Espiritismo”. (para mais informações consulte http://www.uerl.org)

ESTUDO DOUTRINÁRIO NA FEC Nas palestras públicas de quarta-feira voltámos, este ano letivo, à análise da Obra Básica da Doutrina Espírita, tendo como ponto de partida a estrutura concebida para o curso EIMECK - um dos estudos disponibilizados aos frequentadores dos Estudos Espíritas, à segunda-feira, na FEC. Tal como no curso EIMECK, partimos do estudo da obra O Livro dos Espíritos, complementando-o com informações expostas não só na restante obra de Allan Kardec, mas também nas obras complementares da Doutrina Espírita e nos autores espíritas contemporâneos. É ainda objetivo das exposições deste ano, analisar os temas da atualidade, à luz desses conhecimentos e informações. Renovamos o convite para assistir às nossas Palestras Públicas e aprender um pouco mais sobre a Doutrina Espírita. Também relembramos que poderá assistir às palestras através da internet. Basta aceder a www.fec.pt.


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Por: Sílvia Almeida

DIA DOS PAIS NA FEC Teve lugar, no dia 18 de Janeiro, mais um Dia dos Pais na FEC. Trata-se de um dia em que os pais são convidados a assistir e participar nas atividades que os filhos frequentam ao sábado à tarde, quer seja as aulas de Evangelização propriamente ditas, quer sejam as aulas complementares, de música, expressão plástica e outras. Como nos anos anteriores, foi um dia muito feliz, em que as crianças beneficiam da presença amiga dos pais, enquanto estes aproveitam para se inteirar mais de perto dos conteúdos e metodologias utilizados na Evangelização Espírita. É sempre, além disso, um pretexto para ampliar cumplicidades e desenvolver atividades em família, que pais e filhos tanto gostam.

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÃO DIVULGA IMAGEM DA SUA PRIMEIRA EDIÇÃO EM 1965

Cópia da primeira edição do boletim SEI ("Serviço Espírita de Informações") hoje na sua terceira fase, que segue ininterruptamente ata atualidade em formato digital. No cabeçalho, o mês e o ano da publicação: maio de 1965.

O SEI, vale lembrar, nasceu por sugestão do espírito Emmanuel transmitida a tarefeiros do Lar Fabiano de Cristo por intermédio de Chico Xavier, em 1953. Mais detalhes em www.boletimsei.com.br.

FEB COMEMOROU 130 ANOS A Federação Espírita Brasileira, na sua sede em Brasília, comemorou, na tarde do dia 19 de janeiro, 130 anos da sua fundação, 131 anos de Reformador, 180 anos do nascimento de Bittencourt Sampaio e 150 anos do lançamento de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cerca de 700 pessoas superlotaram o auditório da FEB e houve o comparecimento de dirigentes de instituições da cidade e região, de diretores da FEB e do ex-presidente Nestor João Masotti.

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O Livro dos Médiuns “O Livro dos Médiuns” é uma das cinco obras que constituem a Codificação da Doutrina Espírita. Reúne “o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os géneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades que se podem encontrar na prática do Espiritismo”. Apresenta ainda, na parte final, precioso vocabulário básico espírita. De leitura e consulta indispensável para os espíritas, será sempre uma preciosa fonte de conhecimento também para qualquer pessoa indagadora e atenta ao fenómeno mediúnico, que se manifesta crescentemente no mundo inteiro, dentro ou fora das atividades espíritas. “O Livro dos Médiuns” é o manual mais seguro para todos os que se dedicam às actividades de comunicação com o Mundo Espiritual. Editora: FEP

Agenda Cristã Este livro orienta a conduta do homem com base nos ensinamentos envangélicos. André Luiz traz a palavra amiga do Plano Espiritual a todos os corações, concitando à prática da moral cristã. Amor ao próximo, aproveitamento do tempo, esforço próprio, ociosidade, prática do bem e vigilância são alguns dos assuntos tratados. O autor espiritual destaca que “a conquista da perfeição é obra de esforço, conhecimento, disciplina, elevação, serviço e aprimoramento no templo do próprio eu”. Editora: FEB

Ação e Reação Neste livro, vai encontrar uma descrição das regiões inferiores da esfera espiritual e do sofrimento da consciência culpada, após a morte do corpo físico. André Luiz apresenta estudos de casos reais, oferecendo orientações sobre o débito aliviado, a lei de causa e efeito, os preparativos para a reencarnação, os resgates coletivos e o valor da oração. O autor espiritual mostra-nos que as possibilidades na atual existência estão vinculadas às ações em existências passadas, do mesmo modo que as ações na atualidade condicionarão as possibilidades futuras. Editora: FEB

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Desobsessão Este livro objetiva prestar valioso auxilio àqueles que se propõem a tratar, com a devida seriedade, em reuniões específicas da Casa Espírita, o grave problema da obsessão, que, como as mais diferentes e temíveis doenças do corpo físico, se constitui em flagelo da Humanidade. Através de 73 capítulos, devidamente ilustrados, escritos de maneira objetiva, são abordados temas que orientam os trabalhadores das reuniões de desobsessão, desde o despertar no dia da reunião, até aos procedimentos posteriores ao trabalho de desobsessão. Alerta sobre a gravidade do assunto, salientando que cada Casa Espírita deve possuir a sua equipe de servidores da desobsessão, não somente para sua defesa e conservação, como também para socorrer as vítimas da desorientação espiritual. Editora: FEB

E a vida continua Este livro apresenta o retrato espiritual da criatura ao desencarnar e demonstra que a vivência dos habitantes do Além está relacionada com sua condição mental. Relata a história de personagens reais que, desencarnando, se deparam com o amparo dos amigos espirituais. Estes incentivam-nos à renovação pelo estudo e trabalho, preparando-os para rever a sua vida e desvendar as tramas do passado, permitindo-lhes traçar novas diretrizes de conduta. Esta obra ensina-nos a prática do auto-exame na certeza de que a vida continua além da morte ajustada às leis de Deus, plena de esperança e trabalho, progresso e realização. Editora: FEB

Entre a Terra e o Céu Este é um romance que nos oferece notícias sobre o intercâmbio existente entre os dois planos da vida. André Luiz revela-nos a comovente história de Amaro, Zulmira, Odila e outras personagens, recuando aos acontecimentos das suas anteriores existências. No prefácio, Emmanuel assegura-nos que “os quadros fundamentais da narrativa nos são intimamente familiares”, como os desajustes familiares, a tormenta do ciúme, as lutas quotidianas para aquisição do progresso moral. Editora: FEB


Nº 121 Ano XXX janeiro/fevereiro/março Trimestral / 2 0 1 4 Direção Diretor Maria Emília Barros Diretor Adjunto Carmo Almeida Redação Alexandra Caeiro Carmo Almeida Joaquim Tempero Liliana Henriques Marcial Barros Paula Alcobia Graça Paulo Henriques Sílvia Almeida Realização Imagem Gráfica Sara Barros Montagem Zaida Adão

Revisão Carmo Almeida Mira Benedito

fec

Fraternidade Espírita Cristã


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