Sempre Jesus A Minha Missão na Terra Seminário da UERL: “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo"
Ano XXXI - Nº 125 - 1 de janeiro de 2015 - Trimestral - janeiro/fevereiro/março 2015 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA AOS SÓCIOS
Fraternidade Espírita Cristá
Horário Sábado
2ª Feira Estudos Espíritas - 20h00 - 21h30 ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – Ano III EIMECK Estudo e Interpretação da Mensagem dos Espíritos Codificada por Kardec – Ano II Estudo Básico das Obras de André Luiz - Ano I Com inscrição prévia
3ª Feira Integração no Centro Espírita - 17h00 - 19h00 (Entrevista individual) Com inscrição prévia
5ª Feira Assistência Espiritual - 17h30 - 19h30 - (Passe) Atendimento Fraterno – 18h00 – 19h45 Momento de Reflexão – 19h00 K Iniciação (Iniciação ao Estudo da Doutrina Espírita) – 19h30 – 20h30
índice
- Editorial - Espíritas de Hoje e de Amanhã - Dezembro, Mês de... Jesus - Parte I - Evangelho: Fazer o bem sem ostentação - Frutos da Fé - Histórias do Rolinha - O Pião - BD - Nosso Lar - Notícias
Aulas D.I.J. - 15h00 - 18h00 (Aulas de Evangelização Infanto-Juvenil e Atividades Complementares) Assistência Espiritual para crianças e jovens - (Passe) – 15h30 – 16h30 Receção Individual – 16h00 – 17h00 Estudo Básico das Obras de André Luiz - Ano IV (para adultos) 16h30 – 18h00 Com inscrição prévia Domingo Estudo Doutrinário - 17h00 - 18h00 - (Palestra) Assistência Espiritual - 18h00 - 18h30 - (Passe) Sessão Evangélica “Casa do Caminho” - 18h30 19h20 (Sessão de oração e comentário do Evangelho) Atendimento Fraterno - 17h00-19h00 Livro Pronto Socorro Espiritual – 18h00-18h30 Sessões públicas Com transmissão vídeo on-line em direto em - http://www.fec.pt
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Editorial
Feliz 2015 É sempre interessante pensar no novo ano, quando ainda estamos no último trimestre de um ano civil. Mal saídos de um verão cujos dias quentes se prolongam por outubro, parece-nos ainda distante a data que marca o início de mais trezentos e sessenta e cinco dias distribuídos pela folha de calendário de onde ressaltam os números dois, zero, um, cinco. Mas ele chega, em breve, o Novo Ano. Logo a seguir ao tempo de Natal quando ainda nos sentimos envolvidos por sentimentos brandos. A cada ano que passa a alma aspira a viver o Natal de uma forma diferente daquela que o mundo apregoa. E de acordo com emoções que só o coração conhece, pensa no modo como aquela época deve ser vivida nas Colónias Espirituais e deseja ter a oportunidade de poder participar ou pelo menos assistir, ainda que de longe… Quando o calendário assinala a aproximação do fim de mais um ano torna-se inevitável a análise do que se fez e sobretudo de como nos sentimos. Logo após, surge o necessário agendamento de projetos e iniciativas que fortaleçam o bem-estar – ou o devolvam à nossa vida se sentirmos que dela se afastou. Recomeça o ciclo das rotinas que na verdade não têm o seu termo a 31 de dezembro mas ali podem ter a sua meta para prosseguirem logo após. E a vida surge como convite à procura de harmonia, de interligação com os outros, de busca dos portos de paz e dos meios de ali permanecer para se seguir depois, mais fortalecidos, em novos rumos de lutas que nos farão sentir a alegria das vitórias. Nenhum ser humano pode viver bem sem experimentar as diferentes e alternadas emoções que nos conduzem na trilha do progresso. Até mesmo as relacionadas com os insucessos, tão difíceis de aceitar. Cair e reerguer-se, fazer e repetir, parecem ser condição comum a todos nós. A fadiga emocional que nos assalta em certos pontos do caminho também. Mas a importância de aproveitar a reencarnação não pode ser esquecida. Não regressámos à experiência no mundo material para sofrer mas para aproveitar a oportunidade. Quando o sofrimento chega deve ser encarado com naturalidade, mas outros processos de crescimento moral estão igualmente presentes. O que não podemos é escolher o desespero, o isolamento, o abandono de nós mesmos. Que cada novo dia seja então vivido com a preocupação de buscar e encontrar a integridade da alma, a harmonia interna, a integração com o universo, nosso lar e nosso ninho, onde sempre haverá lugar para nós. Feliz 2015!
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O que a minha missão significa para mim? 1º - Considero que ser espírita, ter tido a possibilidade de conhecer e abraçar a Doutrina Espírita é um privilégio (a maioria da população mundial não tem acesso ou ainda não travou conhecimento com o Espiritismo); 2º - Os benefícios do conhecimento espírita são tantos e tão vastos que penso que só os compreenderei na totalidade após o desencarne; 3º - A possibilidade de frequentar um Centro Espírita é outra bênção que Deus me concedeu. Aqui encontro o Templo, para uma ligação mais próxima e mais fácil com o Criador; aqui encontro o posto de socorro, o Hospital para tratar as minhas feridas e para recuperar forças e energias; aqui encontro a Escola para estudar, aprofundar, entender, refletir e encontrar o sentido da vida. Aqui tenho encontrado o auxílio de que necessito nos momentos mais difíceis. 4º - Por tudo isso, estou grata a Deus e estou grata a esta casa. 5º - Se eu considero que a FEC foi e é tão importante na minha vida e se sinto essa gratidão, só me cabia uma coisa: contribuir para que ela mantenha as suas portas abertas e possa também ser importante na vida de outros. 6º - De família espírita, sempre tive esse exemplo de devotamento à FEC e de como ser trabalhador espírita era uma tarefa da mais alta importância e sempre ambicionei também sê-lo. 7º - Assim, é uma honra poder encontrar-me entre os servidores de Jesus, embora certamente entre aqueles mais pequeninos, mais ignorantes, mais imperfeitos, mas ainda assim capaz de dar algum contributo, por mais singelo que seja. 8º - Com essa noção sei também que para servir Jesus, independentemente das tarefas que possa realizar no Centro Espírita, tenho o dever de me melhorar e isso também é parte da minha missão. Pensando bem, talvez a maior e mais difícil missão do trabalhador espírita seja instaurar a Nova Era dentro de si. Acredito que todo o 4 A Libertação
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trabalho no Centro é válido porque é útil e pode beneficiar a casa, os frequentadores, etc. Mas se não efetuar esse esforço missionário em favor da minha alma, se não der o exemplo, o que é que os meus mentores poderão fazer por mim? O que é que os meus obsessores sentirão quando eu tinha a possibilidade de lhes dar o exemplo e de os conquistar com esse exemplo e não o fiz? O que é que eu sentirei em relação a mim mesma? 9º - Volto a repetir que, para mim, a maior e mais difícil missão do trabalhador espírita é instaurar a Nova Era dentro de si, é ser um verdadeiro espírita como Kardec define, é ser firme e exigente consigo mesmo, é adquirir força moral, é dar o exemplo porque é esse exemplo que nos conferirá proteção, que nos dará autoridade moral. Só essa autoridade nos permitirá um dia ser dirigentes, por exemplo. Claro que isto não significa que temos que ser perfeitos primeiro para depois podermos ser trabalhadores espíritas, mas sinto que não posso esquecer que trabalhar para Jesus não é só realizar muitas tarefas no Centro, é sobretudo realizar a tarefa interna de amadurecer a minha alma infantil e imperfeita. 10º - À parte dessa missão interna, cabe-me ir contribuindo nas tarefas da casa espírita, que cada vez são mais. 11º - E sim, tarefas equivale a responsabilidade, a compromisso, a tempo, a disponibilidade. Todos estes elementos fazem parte de tudo o que na vida é sério e importante. Mas é bom sentirmos que conseguimos cumprir os compromissos e ser mais responsáveis. No entanto, também há o outro lado: será que vou conseguir, será que estou à altura? 12º - Lembro-me de ouvir a Mª do Carmo contar que olhava para a Laurita e pensava “mas como é que ela consegue, como é que aguenta?” e um dia viu-se a ela própria a fazer ano após ano a abertura da Casa do Caminho. Por isso, sim, também eu me sinto assustada de olhar para os meus dirigentes e quase ficar sem ar – como é que eles aguentam? – eu acho que não conseguiria… Mas também penso: cada coisa tem o seu tempo, quando somos crianças há coisas que nos parecem assustadoras de tão difíceis que são, mas à medida que vamos crescendo vamos conseguindo, porque não há saltos na evolução. Mas sim, é claro que esse receio existe, criança espiritual que ainda me sinto. Calma, nada que seja tão aterrorizante que me faça fugir! 13º - A questão da organização do tempo, da gestão da vida pessoal com os horários do Centro também é uma preocupação. 14º - É a minha missão que me faz sentir feliz por servir Jesus. Em relação a mim eu sinto que esta é a minha missão, mas não sei avaliar em relação à missão dos outros, se este ou aquele têm que ser trabalhadores ou não e em que medida. Como saber? É algo íntimo, que cada um descobrirá, de preferência sem pressões. 15º - Por fim, sinto que neste grupo a minha missão será mais fácil, porque contarei com o apoio e compreensão daqueles que, para além de companheiros de tarefa, são meus verdadeiros amigos e estarão aqui para mim mesmo que falhe. 01.11.2014 A Libertação 5
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Carmo Almeida Com a chegada do mês de dezembro (de 2014), na FEC passou a viver-se o mês de... Jesus! Nem poderia ser de outra maneira. Estes são os dias em que, de uma forma mais constante, nos recordamos do Mestre porque nos dispomos a celebrar o Seu nascimento, o momento em que surgiu junto da Humanidade. Mas se recordamos a data de nascimento de Jesus, nesse Natal que deve ser vivido, interiormente, com uma alegria cada vez mais genuína, mais despida de apego à matéria por compreendermos melhor, a cada ano que passa, que estar mais perto de Jesus é entender os conceitos de partilha, de compreensão e solidariedade, isso se deve a todos aqueles que, ao longo dos últimos dois milénios, tiveram a preocupação de não deixar que desaparecesse a biografia de Jesus de Nazaré. Os factos da Sua vida, enquadrados nas referências históricas que não é possível desmentir, foram repetidamente relatados, oralmente durante décadas, até que surgiram os primeiros documentos escritos, por vezes apenas fragmentos, com descrições do que tinha sido observado por muitos contemporâneos de Jesus. Entre os factos ocorridos até ao ano 33 e o aparecimento dos primeiros textos biográficos, passou-se muito tempo. Por cerca de três décadas, a divulgação dos ensinamentos de Jesus realizou-se através da prédica, do discurso, do sermão muitas vezes realizados por homens quase iletrados, apesar de iluminados porque o Mestre se rodeou, na maioria, de homens intelectualmente simples mas portadores de mediunidade, qualidade que posteriormente lhes permitiria serem inspirados por Jesus e pelos 6 A Libertação
Espíritos Benfeitores que sempre permaneceram ao Seu serviço. Os primeiros textos de inspiração cristã, que tinham como objetivo fortalecer a fé entre os que formaram as primeiras comunidades cristãs, foram as Epístolas, essas cartas que circularam entre os vários núcleos cristãos e que continham informações e ensinamentos de Jesus, por vezes exortações e instruções em torno dos comportamentos a adotar com vista a manter-se a união entre todos e a correta divulgação do pensamento do Cristo. Mas em breve os primeiros cristãos sentiram necessidade de documentar a vida e os ensinamentos do Mestre, aquilo a que haviam assistido, situações de que haviam participado, ou acontecimentos referentes à vida do Messias e que lhes tinham sido relatados. É assim que surgem dezenas ou talvez centenas de textos conhecidos como Evangelhos. Do grego euangélion, que significa “boa notícia” ou “boa nova”, evangelho, no sentido mais antigo da palavra, está relacionado a uma gorjeta que era dada aos que traziam as boas notícias, sendo também utilizada a palavra euangélion quando ecoava a notícia de uma vitória militar ou do nascimento do filho de um rei ou de um imperador, caso em que se unia à notícia cânticos e cerimónias festivas. Euangélion, nesse contexto, recebeu a conotação de alegria. Dos vários Evangelhos, que começaram a circular, faziam parte também, naturalmente, as versões de Apóstolos que estiveram mais perto de Jesus e
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de discípulos que se tornaram posteriormente cristãos. Destas várias versões foram sendo feitas cópias, algumas das quais foram sendo acrescentadas ao sabor de interpretações pessoais. Diz Léon Denis na obra “Cristianismo e Espiritismo”(1) que (...) “Um atento exame dos textos demonstra que, em meio das discussões e das perturbações que agitaram, nos primeiros séculos, o mundo cristão, não se hesitou, para aduzir argumentos, em desvirtuar os factos, em falsear o verdadeiro sentido do Evangelho. Muitos factos parecem imaginários e acrescentados posteriormente. (...)” Celso, filósofo grego do século II, lembrado como opositor do Cristianismo, lançava aos cristãos a acusação de retocarem constantemente os Evangelhos e eliminarem no dia seguinte o que havia sido inserido na véspera. A sua obra “O Discurso verdadeiro ou A Verdadeira Palavra”, foi contestada por Orígenes, um filósofo, considerado um dos Padres Gregos, prolífico escritor cristão de grande erudição, ligado à Escola Catequética de Alexandria no período pré niceno – numa polémica que se tornou famosa e se fixou na sua obra Contra Celsum. Em torno de 245 d.C. a obra de Celso foi enviada para Orígenes para ser refutada, e o resultado foi a Contra Celsum, que contém trechos do original e interpolações de Orígenes. O conteúdo da obra de Celso atacava a forma de nascimento de Jesus, que alegou ter sido adulterina, afirmando Ele aprendeu sua filosofia no Egito. Também negou Sua natureza divina. Rebateu a doutrina da encarnação de Deus como absurda, e também a da providência divina. Defendeu o proselitismo e disse que cada lugar e povo tem suas deidades particulares, e seus profetas, que aparecem de tempos em tempos. O livro é interessante também porque dá uma visão externa do Cristianismo no século II. Já a existência de Orígenes só é atestada pelos seus escritos, e nada se sabe sobre sua vida. O que se depreende de sua obra é que foi um seguidor de Platão e talvez de Fílon. Tinha um bom conhecimento do Gnosticismo, da religião egípcia e da teologia do Logos judaica. Escreveu num tempo em que o Cristianismo estava sendo ativamente perseguido, o que deve ter ocorrido no reinado de Marco Aurélio. (2) Na já referida “Cristianismo e Espiritismo”, no item II – Autenticidade dos Evangelhos, Léon Denis refere que (...) ”Os Evangelhos, escritos em meio das convulsões que assinalam a agonia do mundo
judaico, depois sob a influência das discussões que caracterizam os primeiros tempos do Cristianismo, se ressentem das paixões, dos preconceitos da época e da perturbação dos espíritos. Cada grupo de fiéis, cada comunidade, tem seus evangelhos, que diferem mais ou menos dos outros. A fim de pôr termo a essas divergências de opinião, no próprio momento em que vários concílios acabam de discutir acerca da natureza de Jesus, uns admitindo, outros rejeitando a sua divindade, o papa Dâmaso confia a São Jerónimo, em 384, a missão de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo Testamento. Essa tradução deverá ser, daí por diante, a única reputada ortodoxa e tornar-se-á a norma das doutrinas da Igreja: foi o que se denominou a “Vulgata”.” (3). “Vulgata” é, assim, a tradução para o latim dos textos escritos em grego, pelos cristãos, textos esses que foram produzidos ao longo do tempo até ao século IV, aproximadamente. “Esse trabalho oferecia enormes dificuldades. São Jerónimo achava-se, como ele próprio o disse, em presença de tantos exemplares quantas cópias. Essa variedade infinita dos textos o obrigava a uma escolha e a retoques profundos. É o que, assustado com as responsabilidades incorridas, ele expõe nos prefácios da sua obra, prefácios reunidos num livro célebre. Eis aqui, por exemplo, o que ele redigiu ao papa Dâmaso, encabeçando a sua tradução latina dos Evangelhos: “De velha obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que, de alguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo, e como diferem entre si, que eu distinga os que estão de acordo com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido. (...)”. (4) “Assim, é conforme uma primeira tradução do hebraico para o grego, por cópias com os nomes de Marcos e Mateus; é, num ponto de vista mais geral conforme numerosos textos, cada um dos quais difere dos outros que se constitui a Vulgata, tradução corrigida, aumentada, modificada, como confessa o autor, de antigos manuscritos. Essa tradução oficial, que deveria ser definitiva segundo o pensamento de quem ordenara a sua execução, foi, entretanto, retocada em diferentes épocas, por ordem dos pontífices romanos. O que havia parecido bom, do ano 386 (Vulgata elaborada entre os anos 384 a 386) ao de 1586, o A Libertação 7
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que fora aprovado em 1546 pelo concílio ecuménico de Trento, foi declarado insuficiente e erróneo por Sixto V, em 1590. Fez-se nova revisão por sua ordem; mas a própria edição que daí resultou, e que trazia o seu nome, foi modificada por Clemente VIII em uma nova edição (Vulgata Clementina), que é a que hoje está em uso e pela qual têm sido feitas as traduções francesas dos livros canónicos, submetidos a tantas retificações ao longo dos séculos. (...)” (5) Nota: Após o Concílio Vaticano II, por determinação de Paulo VI, foi realizada uma revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. Esta revisão, terminada em 1975 e promulgada pelo papa João Paulo II, em 25 de abril de 1979, é denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida como a nova Bíblia oficial da igreja Católica. (6) Em relação aos povos anglo-saxónicos e não obstante a existência de várias traduções realizadas durante a Idade Média, somente no século XVI se regista uma tradução definitiva na forma como ainda hoje é conhecida. A tradução inglesa foi realizada do original grego e não do latim. (7) Não foi acaso que Allan Kardec, na Introdução de “O Evangelho segundo o Espiritismo” refere que (...) “É certo que tratados já se hão escrito de moral evangélica; mas, o arranjo em moderno estilo literário lhe tira a primitiva simplicidade que, ao mesmo tempo, lhe constitui o encanto e a autenticidade. Outro tanto cabe dizer-se das máximas destacadas e reduzidas à sua mais simples expressão proverbial. Desde logo, já não passam de aforismos, privados de uma parte do seu valor e interesse, pela ausência dos acessórios e das circunstâncias em que foram enunciadas. Para obviar a esses inconvenientes, reunimos, nesta obra, os artigos que podem compor, a bem dizer, um código de moral universal, sem distinção de culto. Nas citações, conservamos o que é útil ao desenvolvimento das ideias, pondo de lado unicamente o que se não prende ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução de Sacy, assim como a divisão em versículos. (8) Em vez, porém de nos atermos a uma ordem cronológica impossível e sem vantagem real para o caso, grupamos e classificamos metodicamente as máximas, segundo as respetivas naturezas, de modo que decorram uma das outras, tanto quanto possível. A indicação dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite se recorra à classificação vulgar, em sendo oportuno. Esse, entretanto, seria um trabalho material que por si só, apenas teria secundária utilidade. O essencial era pô-lo ao alcance de todos, mediante 8 A Libertação
a explicação das passagens obscuras e o desdobramento de todas as consequências, tendo em vista a aplicação dos ensinos a todas as condições da vida. Foi o que tentamos fazer, com a ajuda dos bons Espíritos que nos assistem. Muitos pontos dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores sacros em geral são ininteligíveis, parecendo alguns até disparatados, por falta da chave que faculte se lhes apreenda o verdadeiro sentido. Essa chave está completa no Espiritismo, como já o puderam reconhecer os que o têm estudado seriamente e como todos mais tarde, ainda melhor o reconhecerão. O Espiritismo se nos depara por toda a parte na antiguidade e nas diferentes épocas da Humanidade. Por toda a parte se lhe descobrem vestígios: nos escritos, nas crenças e nos monumentos. Essa a razão por que, ao mesmo tempo que rasga horizontes novos para o futuro, projeta luz não menos viva sobre os mistérios do passado. (...) “ (9) Recuando no tempo, vemos que após a seleção dos vários Evangelhos, o Novo Testamento passou a ser constituído por quatro conjuntos de livros, assim discriminados: Evangelho (que é composto pelos textos de Mateus, Marcos, Lucas e João e passou a ser pronunciado no singular); Atos dos Apóstolos; Epístolas e Apocalipse. O Evangelho, a Boa Nova, contém aspetos biográficos de Jesus e os seus principais ensinamentos de carater moral elaborados a partir das informações de Mateus, Marcos, Lucas e João. Mateus e João, Apóstolos que conviveram diretamente com Jesus, escreveram em hebraico e em grego; já Marcos e Lucas redigiram os seus textos em grego, que era a língua mais falada ou pelo menos melhor compreendida pelos homens mais cultos de todas as localidades do Império Romano. Por essa razão os evangelistas usaram o grego e não o hebraico para escrever os evangelhos, tornando-os assim, acessíveis a um maior número de pessoas. Naquele tempo não havia pontuação nem separação de palavras na escrita. As palavras eram redigidas com letras minúsculas e sem espaçamentos. A colocação de espaços entre as palavras e as frases foi adotada a partir do século IX d.C. A pontuação surgiu com o aparecimento da imprensa, no século XV. A organização dos textos bíblicos em capítulos foi introduzida no Ocidente pelo cardeal inglês Hugo, no século XIII. A subdivisão dos capítulos em versículos foi criação do tipógrafo parisiense Roberto Stefen, no século XVI. Estudos críticos e sérios demonstram que nos
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Quanto ao texto de João permanece único por se distinguir significativamente dos demais em conteúdo, estilo e forma. Os textos evangélicos sofreram várias alterações ao longo do tempo mas não parece haver dúvidas de que todos tenham sido escritos na segunda metade do primeiro século. Obras e Epístolas de outros cristãos, nomeadamente de Ignácio de Antioquia, redigidas em 107 d.C. já referem os livros do Novo Testamento. (Continua)
textos evangélicos há diferenças que evidenciam a influência pessoal do escritor, sem deixar de lado a inspiração divina. (10) É por isso que os textos de Mateus, Marcos e Lucas, chamados sinóticos – o que significa “por um só olhar” – por terem muitos aspetos comuns, apresentam também muitas diferenças. As semelhanças vão de algumas palavras a textos inteiros. A hipótese mais aceita para justificar as similaridades existentes nestes textos designados sinóticos é a denominada “teoria das duas fontes”. De acordo com esta teoria, Marcos teria utilizado uma fonte – as informações de Simão Pedro –, a qual serviria também para os relatos de Mateus e de Lucas. A outra fonte utilizada por estes dois evangelistas é designada por Fonte Q por não ser conhecida. As diferenças são encontradas nas narrativas de factos e de acontecimentos relacionados com a vida e a missão do Cristo.
1,3 e 5 - DENIS, Léon, “Cristianismo e Espiritismo”. Notas Complementares/Nota 3. Sobre a autenticidade dos evangelhos. 2 e 6 e 10 - Wikipedia.org 4 - “A obra de S. Jerónimo foi, efetivamente, mesmo em sua vida, objeto das mais vivas críticas; polémicas injuriosas se travaram entre ele e os seus detratores” ( DENIS, Léon, Op. cit.). 7 - FEP – ESDE “Religião à luz do Espiritismo – Cristianismo e Espiritismo – Módulo II: o Cristianismo – Roteiro 11: a Escritura dos Evangelhos. Os evangelistas. 8 - Biografia de Sacy: Era filho de um notário parisiense de origem jansenista cuja morte fez com que a educação de Antoine-Isaac ficasse a cargo da mãe. Estudante de línguas semitas, em 1795 foi nomeado professor de língua árabe na recentemente criada “École spéciale de langues orientales vivantes”, onde exerceu um importante magistério a alunos provenientes de toda a Europa. Em 1806 foi nomeado professor de língua persa. Feito barão em 1813, em 1815 foi nomeado reitor da Universidade de Paris e, durante a segunda restauração, teve um papel ativo na comissão de instrução pública. Em 1882 foi membro fundador, junto com Jean-Pierre AbelRémusat, da Société asiatique. Desde 1832 foi secretário perpétuo da Academia das Inscrições e Língua Antigas, e nesse mesmo ano nomeado para da França) (in Wikipédia.org). 9 - KARDEC, Allan, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Introdução.
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Nem todo o homem sabe dar. E saber dar é evitar a humilhação dos necessitados. Não basta deixar a ajuda, é necessário envolver com palavras carinhosas o bem que se dá, para que o coração se abra e irradie as sublimes vibrações que muito ajudarão aquele que as vai receber. Isto é caridade moral que se sobrepõe à caridade material. Esta atitude abre caminhos de luz que muito beneficiam ambas as partes. O homem que conquista a sua dignidade não humilha porque se somente deixar a ajuda com indiferença, o orgulho ganha força e a maldade instala-se no coração. Fazer o bem sem ostentação é aprender a esconder o benefício. É evitar o sofrimento originado na necessidade. É dar amor. É deixar para trás as aparências, deixando que a generosidade aqueça o coração e o eleve aos páramos do dever cumprido que se aproxima da felicidade que se pode viver na Terra. Mais ainda, a generosidade adquire toda a sublimidade, quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de se figurar como beneficiado diante daquele a quem presta serviço. Na realidade esta situação é mais que verdadeira, pois é ajudando que se é ajudado, amando que se é amado e as bênçãos são ainda maiores quando existe a ingratidão por parte daquele a quem possamos beneficiar. Quem vê e ignora os infortúnios ocultos, provoca na sua alma autênticas sombras que impedem o seu crescimento, quais algemas castradoras que não permitem que o homem se eleve. Por que razão é tão difícil dar a mão, praticar a caridade moral? Por que razão é tão difícil abrir o coração? São as sombras, as imperfeições e os
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vícios de vária ordem que cegam, que ensurdecem e que obliteram os canais de ligação com o mais além. Por vezes, basta um olhar brilhante, um olhar ligado a Jesus ou somente ouvi-lO para que o coração do homem se abra aos seus mentores, lhe dê força e se rompa a máscara de mediocridade que o envolve. Comece o quanto antes o seu crescimento, sentindo que está a vencer os cilícios morais, a fim de ganhar coragem e abraçar o seu trabalho na seara espírita de Jesus. E porquê na seara espírita? Porque o conhecimento dos princípios da Doutrina Espírita e das leis universais são muito importantes para que o homem cresça. É necessário o equilíbrio entre o intelecto e a moral, pois só assim o homem abraça Jesus e, nesse abraço, poder-se-á tornar uma individualidade que sabe de onde vem, porque está na Terra e para onde vai. Doando-se, utilizando os seus sentidos, as suas potencialidades e não somente o isolamento para elevar-se e brilhar só com o intelecto. O coração engrandece-se, ganha consciência e sabe o que deve fazer, onde deve estar e qual o seu dever. Se lhe fecharem as portas e tudo parecer estar a ruir e ligado à Terra só por um fio, existe uma porta que nunca se fecha - a porta estreita - . Essa dá-lhe muita luminosidade e nela entrando, a generosidade e o amor ganham vigor. Adentrando a porta estreita, a generosidade descobre melhor onde existe o infortúnio oculto porque nasce qual fonte acolhedora que vê quais os frutos que deve colher e dar com carinho a quem deles precisar. É o renascer para libertar-se de todas as sombras da existência presente e passadas. E o pensamento liberta-se! Encontra a sua estrada de Damasco. Para o Espírito, a estrada de Damasco representa o homem velho que tem de saber morrer para o mundo e renascer para Deus. O homem deve aprender a olhar o espelho da alma e a refletir. O que são sombras deitar fora; ou então, tal como um escritor fazia, que se isolava junto ao mar e depois de muito pensar, atirava as pedras das dificuldades em locais profundos do fundo do mar para que não pudessem voltar mais; ou ainda, carregar todo o seu passado até que se humilhe, glorificando-se na humildade até que o orgulho e a vaidade se diluam e o homem cumpra a sua função socio-espiritual. Abra os braços, eleve-os a Jesus e diga: - Estou pronto. Eu quero ser escolhido para uma missão na Terra e com uma generosidade exemplar melhor abraçar o trabalho espírita. A generosidade alia-se ao amor. Os olhos e os ouvidos abrem-se e o homem encontra o seu caminho e nele prossegue, levando a sua charrua sem nunca mais olhar para trás – Para todo o sempre!
Explanação de O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIII, item leitura: 1/ itens comentário: 3, 4 - 08.11.2013
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Estudando o fascinante século das luzes, na história da Europa, confrontamo-nos com uma plêiade de Espíritos que, embora seguindo caminhos diferentes, renderam culto ao exercício da razão e ao espírito critico, difundindo nas massas um movimento, iniciado no sec XVI, de libertação do pensamento dos velhos monstros da ignorância e da superstição. É uma época de uma luta vigorosa contra a tradição e a autoridade da Igreja, em que surgiram várias correntes filosóficas, entre os quais o materialismo e o ateísmo. Lutas, contudo, necessárias, para o progresso do pensamento e extinção de um abuso de uma classe social que tinha por missão promover o progresso moral dos homens. No fundo, o materialismo, deve-se, em última análise, ao mau serviço dos representantes da Igreja, ao longo dos séculos, que com os dogmas e teorias que acrescentaram, deturpando a verdadeira essência do Cristianismo primitivo, abafaram o exercício e o progresso da razão, bem como da moral. O Cristianismo não tem nada de irracional, mas os representantes da igreja assim o revestiram, tentando abafar nos homens as manifestações do raciocínio libertador com a imposição de dogmas, esses sim, irracionais, e de práticas devocionais que serviam, antes, as suas paixões desenfreadas e a ambição temporal. Tentaram travar o progresso intelectual e bloquearam o progresso moral, com as suas filosofias malsãs e, sobretudo, com o seu péssimo exemplo de conduta cristã. Mas o progresso é uma força que ninguém estanca e o progresso intelectual, o mais fácil de se efectuar, concretizou-se na mesma. Os homens evoluíram intelectualmente, mas não no campo moral e, por isso, não amadureceram espiritualmente. Por falta de maturidade espiritual é que não souberam distinguir o trigo do joio, ou seja, o falso do certo, o que estava correcto na doutrina cristã e, por isso, metendo tudo no mesmo saco, repudiaram com um só gesto toda a religião, por lhes parecer contrária ao exercício da razão. Ainda vivemos essas consequências. Tudo, em última instância, pelo mau serviço prestado pelos representantes da igreja. Uma responsabilidade que não ficará impune na marcha do progresso. Talvez sejam esses mesmos que, hoje, arregaçam as mangas para corrigir o mal, atenuando as consequências nefastas, reabilitando o cristianismo primitivo pelo exemplo e pelo trabalho incansável, perseverante e humilde, no intuito de reabilitar com ele o progresso moral das almas, da sociedade e da ciência. O Espiritismo harmonizará a ciência com o sentimento religioso existente em cada homem, o progresso intelectual com o moral, reabilitando, verdadeiramente, o pensamento humano. Mas sarar consequências de um trabalho mal feito, recomeçando novamente, dá mais trabalho do que fazer tudo bem desde o início. Por isso, espíritas, o trabalho é demorado e doloroso. Carece de paciência, resistência moral e perseverança, no trabalho e no exemplo a concretizar. Pilares que temos que erguer no altar íntimo de nós mesmos para levar a tarefa até ao fim. Esses pilares são os frutos que a fé nos devia ter dado no passado e nos deve dar, no presente, pela mão do Espiritismo.. 12 A Libertação
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Na classificação popular, os dedos da mão são classificados do mais pequeno para o maior como: “mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolos e mata piolhos”. Se para o jogo do berlinde o mais importante é o “pai de todos”, pois pode dar grandes piparotes dada a sua força, para o jogo do pião ele precisa da ajuda do indicador. Os rapazes juntavam-se no largo da igreja, faziam um círculo no chão com um pau ou uma pedra e para lá lançavam os seus piões a rodopiar em grande velocidade. Enrolava-se um pequeno baraço ao pião a partir do seu bico de ferro e após seis ou sete voltas atirava-se com toda a força do braço em semiarco de maneira a ficar a rolar dentro do círculo traçado. Havia uma época do ano própria para este jogo, era no início da escola, no princípio do mês de outubro. O Rolinha a princípio era tão desajeitado que o pião, em vez de ficar a rodar perto dos seus pés ia parar a bastantes metros de distância. Mas com persistência, treino e muita vontade acabou por ser dos mais habilidosos a lançar o seu pião. Após o lançamento o pião ficava bastante tempo a rodar dentro do espaço escolhido e era então que com aqueles dois dedos fazia uma forca que metia por baixo do pião e puxava-o para a palma da mão esquerda. O brinquedo continuava a rodar velozmente na sua mão e era então atirado para um dos que já rodavam naquele espaço. Para ganhar teria que fazer sair do círculo o pião atingido e o seu ficar lá dentro a rodar. Com a prática que foi adquirindo chegou a fazer sair dois, às vezes três dos seus adversários. Chegou até a lançar o pião e em vez deste ficar a rodopiar no chão, ficava a rodopiar na sua mão direita onde caia diretamente. Porém, a sua mestria ia mais longe. Quando havia jogo de “racha” era quase sempre dos poucos sobreviventes. O pião era lançado de forma a que o seu bico caísse bem no centro da cabeça do pião adversário que rodopiava e o rachasse exatamente ao meio. Os piões mais sacrificados eram os de pau de “buxo”, pois os de pau de “azinho” eram rijos e não se deixavam destruir. No final da época os mais valiosos eram os que se mantinham ainda aptos para o jogo, mesmo carregados de “bicadas” e pedacinhos a menos. A Libertação 13
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Nosso Lar
14 A Libertação
Autor Espiritual: André Luiz I Psicografado por: Francisco Cândido Xavier Adaptado e ilustrado por: Paulo Henriques I Com a autorização da Federação Espírita Brasileira
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A Libertação 15
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ESTUDO DOUTRINÁRIO NA FEC Este ano letivo, as palestras públicas na FEC (domingos às 17h00), dão continuidade ao estudo de O Livro dos Espíritos, iniciado no ano passado. Renovamos o convite para vir assistir às nossas Palestras Públicas e aprender um pouco mais sobre a Obra Básica. E embora seja muito mais agradável usufruir do trabalho “ao vivo” relembramos que, sempre que não possa estar presente, poderá assistir às palestras através da internet. Basta aceder a www.fec.pt.
Por: Sílvia Almeida
UERL – CONSELHO DELIBERATIVO O Conselho Deliberativo da UERL – União Espírita da Região de Lisboa – irá decorrer no dia 11 de janeiro, pelas 15 horas, em Torres Vedras, contando com a presença dos Dirigentes que pertencem à Região de Lisboa.
UERL – SEMINÁRIO 2015 Na comemoração dos 150 anos da obra de Allan Kardec “O Céu e o Inferno”, a UERL vai realizar, em março próximo, um seminário subordinado ao tema “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo”. Como em edições anteriores, o seminário terá lugar no auditório do metropolitano de Lisboa, na estação do Alto dos Moinhos, dia 15 de março. (Para mais informações consulte http://www.uerl.org) 16 A Libertação
XXXII ENJE - LISBOA 2015 Terá lugar em Lisboa, nos dias 25 e 26 de Abril uma nova edição do Encontro Nacional de Jovens Espíritas. Este 32º ENJE decorrerá nas instalações da INATEL - Costa da Caparica e está a ser organizado pelo Dij-Lisboa. O ENJE destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 30 anos e garantem os organizadores que será um fim de semana cheio de surpresas e muita diversão!
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O DIA DOS PAIS NA FEC - 24 DE JANEIRO Como em anos anteriores, realizou-se mais uma vez, o dia dos pais na FEC, mais concretamente no DIJ. Trata-se de um dia em que pais e filhos partilham a experiência das aulas de Evangelização Infanto-Juvenil e das Aulas Complementares. É uma oportunidade dos pais tomarem conhecimento do registo em que decorrem as aulas das suas crianças e jovens, mas também de colaborarem nas várias tarefas propostas pelos Monitores para cada uma dessas aulas. Os pais participam, as crianças adoram. Uma partilha que pretende, falando de Jesus e do Espiritismo, não só aproximar mais os pais das atividades da Evangelização, como também contribuir para reforçar cumplicidades entre os vários elementos da família.
“DATA LIMITE SEGUNDO CHICO XAVIER” SERÁ LANÇADO EM CONFERÊNCIA EM LYON, NA FRANÇA, EM JANEIRO DE 2015
NOVA SÉRIE DA TV BRASIL: LIDERANÇAS ESPIRITUAIS E ESPECIALISTAS FALAM SOBRE CRENÇAS DE PÓS-VIDA
“Vida após a morte é o episódio que marca a estreia de Entre o Céu e a Terra. O programa apresenta o biólogo Alberto no dia em que recebe a notícia da morte de seu pai, quando mergulha em uma crise sobre suas certezas científicas e sai em uma jornada rumo a novas descobertas. Partindo das indagações de Alberto, lideranças espirituais e especialistas de outros saberes apresentam suas crenças de como seria uma pósvida, as implicações existenciais da fé em uma vida pós-morte e as implicações éticas de não se acreditar em um plano espiritual. No episódio, o historiador de religiões Mircea Eliade diz que a percepção de que há vida após a morte acompanha a própria história da humanidade. Há também depoimentos de representantes de algumas crenças professadas no Brasil, como o Candomblé, por meio da baiana Makota Valdina, para quem “a gente quer ser feliz aqui e agora”; do Islamismo, representado pelo Imam Sami Isbelle, que conta como será o Paraíso para os muçulmanos; da possibilidade de comunicação com os mortos para os espíritas; da terra sem males do povo Guarani na voz de Kaká Werá; do filósofo Renato Janine Ribeiro, do teólogo pernambucano Gilbraz Aragão, do ateu Daniel Sottomaior, entre outros. Entre o céu e a terra pretende abrir um espaço plural de debate e reflexão sobre ideias e conceitos que permeiam a enorme gama de religiões e crenças presentes no Brasil. Levando-se em conta a relevância do assunto para a construção de uma sociedade democrática, com respeito à diversidade e às diferenças, o programa também pretende transmitir conhecimento sobre as diferentes religiões, suas vivências e manifestações.” Fonte: http://www.vinhadeluz.com.br
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Amor Luz - Força Motriz do Universo Palestra proferida por: Maria Laura Barros Sobre a força do Amor Ficheiro MP3 para download Editora: Workfecdesign
O Problema das Religiões no Séc. XX Palestra proferida por: Mª Laura Barros Sobre o problema das religiões no Séc. XX Ficheiro MP3 para download Editora: Workfecdesign
Espiritismo e a Ciência Positiva Palestra proferida por: Sandra Silva Sobre o papel do Espiritismo e da Ciência no pensamento humano Ficheiro MP3 para download Editora: Workfecdesign
18 A Libertação
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Pai Nosso Autor: Fraternidade Espírita Cristã Pai Nosso - A Prece, "sob a mais singela forma, resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo." Editora: FEC
Cartas e Crónicas Autor: Francisco Cândido Xavier (pelo Espírito Irmão X) O Espírito Irmão X, pseudónimo de Humberto de Campos, que na vida física ocupou lugar de destaque no cenário da literatura brasileira, oferece, ao longo de 40 capítulos, preciosos ensinamentos sobre temas inquietantes da atualidade. Editora: FEB
Estude e Viva Autor: Francisco Cândido Xavier (pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz) Emmanuel e André Luiz tecem, ao longo de 40 capítulos, comentários em torno de “O Livro dos Espíritos” e de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Esya obra é um valioso auxiliar aos estudos sistematizados realizados nos Centros Espíritas, apresentando um índice alfabético dos temas estudados, para uma mais fácil consulta. Editora: FEB
Nº 125 Ano XXXI janeiro/fevereiro/março 2015 Nome do Proprietário e Editor Fraternidade Espírita Cristã Morada Sede do Proprietário e Editor, Redação e ImpressãoRua da Saudade, nº 8 - 1º 1100-583 Lisboa, Portugal Nº de Contribuinte - 501091670 Nº de Registo na ERC - 109883 Nº de Depósito Legal - 10.284/85 ISSBN - 0871-4274 Direção: Diretor - Maria Emília Barros Diretor Adjunto - Maria do Carmo Almeida Colaboradores: Carmo Almeida Claúdia Andrade Cremilde Andrade Líliana Henriques Joaquim Tempero Paula Alcobia Graça Paulo Henriques Sílvia Almeida Periodicidade - Trimestral Tiragem - 500 exemplares Realização: Design Gráfico Sara Barros Montagem Zaida Adão