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ANOS
INFORMATIVO Nº 9 NOVEMBRO DE 2015
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Para refletir...
O brinca r e o compor tam e nto infa nt i l na e ra d i g i ta l “BRINCADEIRAS MILENARES CORREM RISCO DE EXTINÇÃO SE AS CRIANÇAS NÃO TIVEREM COM QUEM APRENDÊ-LAS.” O fato de a maioria dos indivíduos tomar contato com o mundo através das telas do computador ou da televisão certamente determina formas de cognição diferentes daquelas que, por várias décadas, influenciaram nosso modo de pensar. Essa situação, tão característica da contemporaneidade, e particularmente beneficiada pela globalização, com a difusão em massa das novas tecnologias e seus conteúdos, incide, é claro, sobre o comportamento infantil. Isso nos leva a questionar sobre o impacto dessas mídias na cultura lúdica – nos modos de brincar, no valor atribuído à brincadeira e no repertório de jogos e brincadeiras das crianças de hoje. Estarão as brincadeiras e a própria capacidade de brincar correndo risco de extinção? São numerosos e alarmantes os efeitos da interação com as novas tecnologias sobre o comportamento infantil, identificados por pesquisas na área. Muitos psicólogos denunciam o prejuízo causado pelos meios eletrônicos à nossa capacidade de escolha, devido ao controle do espaço interno exercido pelos estímulos externos. A capacidade de criar, pensar e analisar criticamente estaria sendo afetada. Alguns dos produtos desses meios eletrônicos – como determinados programas de televisão e alguns jogos eletrônicos por exemplo, graças à produção de um estado de tensão constante, não deixariam tempo para a elaboração interior de seu conteúdo. Considerando especialmente o brincar, somam-se a esses possíveis efeitos dos meios eletrônicos o fato de que imporiam seu próprio ritmo, sem considerar a capacidade incipiente das crianças de exercer autocontrole sobre as atividades lúdicas. Seu alto poder de imersão facilitaria a emergência do comportamento compulsivo. A maioria dos estudiosos do comportamento humano que critica as novas mídias está de acordo quanto a uma questão: a cultura lúdica digital potencializa a solidão, o isolamento e a abdicação de contatos sociais reais.
Nem é preciso recorrer a estudos científicos para se perceber que as condições da infância vêm se modificando ao longo do tempo: famílias com menor número de filhos, às vezes distantes dos demais familiares (como tios, avós, primos), novas configurações familiares e diminuição de espaços para a brincadeira. A rua das grandes cidades, com suas calçadas, parques e praças, é vista, e com razão, como ameaçadora. Ir à casa de outra criança nem sempre é viável, pois implica na disponibilidade dos adultos. Diante desse panorama muitas vezes sombrio, as indagações revigoram-se: afinal, como as diferentes formas de brincar e os brinquedos criados ao longo da história são experimentados pela infância atual? De que maneira essa cultura lúdica, com seu vasto repertório de jogos, brincadeiras e brinquedos, amealhados ao longo de séculos e que integram o patrimônio cultural da Humanidade, será conhecida no futuro? Pensemos seriamente que a criação e a transmissão da cultura lúdica ocorre por meio de trocas; tanto a invenção quanto a difusão de práticas lúdicas requerem tempo, espaço e parceiros com quem aprender e ensinar a brincar. As mais diversas brincadeiras e jogos, com seus modos específicos de execução e regras variadas, só ganham execução de uma maneira: BRINCANDO. Por outro lado, alguns estudiosos enfatizam o potencial das tecnologias para a ampliação do conhecimento e da cultura. A sociabilidade virtual também contribui para a construção da personalidade, o enfrentamento da timidez e a ampliação dos contatos sociais, além de estimular a aprendizagem coletiva, na qual todos aprendem com todos. Além do que, estão em sintonia com alguns dos valores centrais da nossa época – sucesso e rapidez, por exemplo. Não se pode contestar a legitimidade dos novos modos de brincar da era digital, mas persiste a dúvida: serão as condições atuais propícias ao brincar? Acredito na importância de se garantir às futuras gerações o direito de brincar, por meio do qual as crianças terão acesso às formas de brincar milenarmente acumuladas. Brincar é, em si mesmo, um direito por meio do qual a própria vida se afirmar, já que, como modo de compreensão e expressão, tornamo-nos quem somos brincando.. Além disso, as brincadeiras fazem parte do nosso patrimônio cultural, sendo nosso dever, como adultos responsáveis pelas novas gerações, partilhar esse patrimônio e difundi-lo.
Brincadeiras milenares, como bolinha de gude, amarelinha ou passa anel, por exemplo, correm sério risco de extinção se as crianças de hoje não tiverem com quem aprendê-las, tão pouco onde e com quem brincar. Somente assim elas poderão transmiti-las, no futuro, para outras crianças. Ou seja, oferecer reais oportunidades de brincar Por isso é tão importante discutir o papel do adulto diante da criança e da cultura lúdica na era digital. Muito mais do que simplesmente autorizar e ou negar o uso do computador para jogar, ou ainda limitar o tempo de acesso aos jogos eletrônicos, por exemplo, cabe-lhe ser parceiro das descobertas infantis nesse ambiente virtual, ajudando a criança a elaborar seus novos conhecimentos e experiências. Oferecer-lhe oportunidades de interagir com outras crianças é fundamental: assim elas partilham e constroem cultura, mas também se regulam mutuamente em relação às tecnologias digitais. Isso porém, não é privilégio das situações que envolvem as mídias digitais. A bem da verdade é o que se espera de todos os adultos que têm cuidado com o mundo o bastante para assumir sua responsabilidade sobre ele e pelas novas gerações. Com carinho e cuidado pelas nossas crianças Regina
NATAL DOS AJUDANTES A lista de Natal para os nossos ajudantes está aberta na Secretaria da Escola, para contribuições dos Pais.
FORMAÇÃO CONTINUADA DAS PROFESSORAS • Grupos de formação – leitura e discussão de textos; discussão de casos de alunos; orientação de projetos pela Coordenação Pedagógica e Direção. • Universidade Corporativa Pinheiros • Grupo de formação com Cleide do Amaral Terzi • Palestra sobre inclusão – Prof. Dr. Paulo Afonso Caruso Ronca • Encontros inspiradores com Lia Diskin, Humberto Maturana e Ximena Dávila
AGENDA DE novemBRO
02 – Feriado 07 – Mostra de trabalhos* 10 – Passeio à Sitiolândia (Jardim 3)* 20 – Feriado 27 – Aniversários do mês 28 – Sábado de brincadeiras (Mini e Maternal 1)* *seguirão circulares informativas
AGENDA DE dezembro (sujeita a alterações)
30/11, 01 e 02/12 – Reuniões de pais* 03 – último dia de aulas 04 – Formatura (não haverá aula)* 05 – Confraternização de final de ano*
ROTEIRO DE AULAS – 2016 28/01 - Apresentação do Projeto Pedagógico do Jardim de Infância para pais de alunos novos. LOCAL: Teatro do CCR HORÁRIO: 18h30 28/01 – Reunião de Pais: Mini, Maternal 1 e Maternal 2 Período da manhã – 9h Período da tarde – 14h 29/01 – Reunião de Pais: Jardim 2 e Jardim 3 Período da manhã – 9h00 Período da tarde – 14h00 01/02 a 05/02 – Adaptação dos maternais e mini manhã: das 8h30 às 10h00 tarde: das 13h30 às 15h00 11/02 – Início geral Atenção: Pais e mães não associados favor entrar em contato com a Escola a partir de 26/01/2016 para agendar a entrada pela portaria da Escolinha. Tel: 3598-9852 (Ana Lúcia)
REGINA DELDUQUE Diretora- Orientadora RENATA MARTINS COSTA Coordenadora Pedag贸gica
Afonso Ferreira Figueiredo Diretor de 谩rea Cultural