Inspirar é preciso Nas próximas páginas você vai encontrar o conteúdo
tos aos seus filhos todos os dias. Em cada aula, em cada
exclusivo do Marista Maringá. A revista Em Família é uma
momento ou experiência partilhada, há um pouco de
excelente oportunidade de reforçarmos o nosso com-
luz e de inspiração para fazer de cada criança ou jovem
promisso com uma educação de excelência, pautada
um ser humano melhor, mais capacitado e mais sensível
em valores. Aqui trazemos algumas histórias, projetos e
às necessidades do mundo que está à sua volta. Enfim,
principalmente um pouco das ideias que refletimos jun-
uma pessoa mais feliz.
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Com a palavra
Ir. Pedro Danilo Trainoti - Diretor Geral
Na foto, Bruna Bellinato Scrivanti Santana (Direção Educacional), Irmão Pedro (Direção Geral) e José Roberto Facco (Gerência Administrativa)
Grandes realizações A
migos pais, alunos, educadores e comunidade em geral, saudações fraternas! Estamos quase no encerramento da primeira metade do ano. O tempo passa rápido e é exatamente por esse motivo que é preciso estarmos atentos em todos os minutos e detalhes para cumprirmos a nossa meta de oferecer uma aprendizagem significativa para nossos alunos. Queremos que optem, de maneira gradual e autônoma, pelos caminhos da pesquisa, da síntese, da criatividade, mas sem perder o foco da ética e da solidariedade. Como sonhava nosso Fundador, Marcelino Champagnat: precisamos fazer o possível para que nossos educandos sejam pessoas de virtudes e cidadãos promotores do bem. Quem sonha coisas grandes e dedica-se na busca de seu sonho, coisas grandes há de colher. Para que as crianças e os jovens alcancem o sucesso, o colégio necessita da colaboração e do trabalho da família e do próprio aluno. Para alcançarmos nossos objeti-
vos compartilhados, é de suma importância que todos se conscientizem da necessidade de nada deixar para trás: “Lição dada, lição estudada hoje!” É de suma importância organizar-se em casa de tal forma que em todos os dias da semana haja um ambiente e um tempo de qualidade para o estudo. O educando deve acolher o seu ofício de aluno e empenhar-se para crescer como pessoa e como cidadão. Chamo a atenção sempre para alguns itens que devem ser levados a sério no processo educativo: pontualidade, atenção, disciplina, respeito, empenho e responsabilidade com os estudos, trabalhos e tarefas. Assim, tudo sairá a contento: ao final do ano letivo, todos estarão alegres e felizes pelo dever cumprido. Aproveitemos o ano com muito trabalho, perseverança e bons frutos colhidos ao longo e ao final do mesmo. Que Deus, por intercessão da Boa Mãe Maria e de São Marcelino, abençoe nossa caminhada conjunta.
Para que as crianças e os jovens alcancem o sucesso, o colégio necessita da colaboração e do trabalho da família e do próprio aluno
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Educa�
Educação Infantil
Aprender na prática Mais que livros e teoria, os projetos envolvem os alunos em situações práticas e torna o aprendizado muito mais significativo
Clovis Lopes Junior, Assessor Psicopedagógico da Educação Infantil e Ensino Fundamental I
O
Colégio Marista tem como finalidade formar cidadãos comunicativos, solidários e investigadores. As ações pedagógicas realizadas para atender a esse objetivo são trabalhadas desde muito cedo com os alunos da Educação Infantil, pois a organização pedagógica estimula a autonomia, as relações entre sujeitos, a valorização das múltiplas linguagens e a pesquisa. O trabalho na Educação Infantil é marcado pela pedagogia dos projetos, que conta com a investigação, a discussão, o levantamento de hipóteses, a inferência, as trocas de experiências, as vivências e a representação por meio das múltiplas linguagens. Dessa forma, o foco do processo educacional é o alu-
no, por ser um sujeito histórico e situado em seu contexto. A proposta pedagógica é fruto de estudos e de reflexões constantes realizadas a mais de seis anos por assessores pedagógicos da mantenedora e dos colégios que fazem parte da Província Marista do Brasil Centro-Sul. Desses estudos, originou-se o documento Projeto para a Educação Infantil – Currículo em Movimento, que é o marco referencial para os professores da Educação Infantil. A Educação Infantil Marista, ao longo de todo esse tempo, preocupou-se em construir uma escola de infância e para infância, em que a pedagogia da escuta é o centro do processo. Por
meio dessa prática o professor poderá atender às necessidades pedagógicas dos alunos, permitindo aos mesmos a criatividade, a construção e a elaboração de conceitos, como possibilidade de participação no meio social em que estão inseridos. No Marista, o trabalho realizado com as crianças tem como referência e inspiração a pedagogia desenvolvida com os alunos das escolas de uma cidade do norte da Itália, chamada Reggio Emilia. As escolas infantis dessa localidade foram reconhecidas pela ONU (Organização das Nações Unidas) como a melhor proposta para a Educação Infantil no mundo.
Formação continuada A formação continuada dos educadores maristas é condição necessária para o desenvolvimento de uma qualidade educacional. A partir dessa perspectiva, a instituição tem enviado profissionais às escolas infantis de Reggio Emilia para conferir em loco a proposta pedagógica empregada com as crianças italianas. É de interesse da instituição realizar um trabalho na Educação Infantil, que considere o aluno como protagonista de sua própria aprendizagem, pois entende que o mesmo é produtor de cultura.
A Educação Infantil Marista busca construir uma escola de infância e para infância, em que a pedagogia da escuta é o centro do processo
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Ser melhor
Um Colégio Evangelizado Além das ações de pastoral, a evangelização materializa-se no testemunho e mediação dos professores Cesar Augusto Ribeiro, José Carlos Pereira e Lucas Augusto Vieira fazem parte do Núcleo de pastoral do Colégio Marista de Maringá.
A
Missão Marista visa educar as crianças, os adolescentes e jovens (integrando fé, cultura e vida) para que sejam promotores da cidadania, preparando-os para ser fermento na comunidade humana, em vista da construção do Reino de Deus. A equipe de pastoral do Marista articula e desenvolve diversos projetos e ações para que ocorra a evangelização (tornar Jesus - sua pessoa e valores – conhecido por todos, como referência de vida, como alguém a quem imitar e seguir – Fl 2,1-11) na vida da Comunidade Educativa. Quando alguém pergunta para os alunos que estão concluindo a terceira série do Ensino Médio - “O que você leva de bom do seu tempo no Marista?” - muitos relatam que levam para a vida as amizades cultivadas, a dedicação e parceria dos professores, os valores aprendidos, as práticas solidárias e muitas vivências pastorais marcantes. Por isso, louvado seja Deus! A evangelização não ocorre somente nas ações específicas da equipe de pastoral: materializa-se no cotidiano
de sala de aula, pelo testemunho e mediação dos professores. O Projeto Educativo para o Brasil Marista destaca que todo educador deve ter como foco a formação integral de seus alunos: formar para o crescimento e o equilíbrio da mente, do coração, do corpo e do espírito. Tendo como foco a ética e o bem comum: derivações do Projeto de Deus. Essa missão caminha concomitante ao trabalho de formação intelectual. A direção, as assessorias pedagógicas e a equipe de pastoral desenvolvem um trabalho de motivação e formação Marista, ressaltando sempre a missão de cada educador: vivenciar os valores institucionais, ser parceiros nas ações pastorais específicas e testemunhar os valores cristãos, pois as atitudes são profundamente formativas. A presença significativa, o cultivo da espiritualidade cristã, o amor ao trabalho, um olhar solidário para o mundo que nos rodeia, o espírito comunitário e a simplicidade que aproxima são vivenciados pelos educadores e fazem do Marista uma Escola Evangelizadora.
Muitos alunos relatam que levam para a vida as amizades cultivadas, a dedicação e parceria dos professores, os valores aprendidos, as práticas solidárias e muitas vivências pastorais marcantes
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Caleidoscópi�
Nossos aprovados no Vestibular de Verão 2010 da UEM. Parabéns aprovados, vocês merecem!
A Equipe Fisk dentro do nosso Colégio. Nossas alunas ginastas se apresentam para o Colégio, no início das aulas.
A Academia Daisa Poltronieri Nosso querido Ir. Ilário e
se apresenta nas primeiras
sua criação de mais de 40 anos: um Timer Multivolti
Na parceria Marista e STB, recebemos
para 6V, 9V, 110V e 220V.
Dorival Pinotti para uma palestra com os alunos sobre carreira.
semanas de aula.
Destaque
E o Oscar vai para...
Curta-metragem do Marista fica entre os cinco melhores do país Anselmo Baraldi é Assessor de Tecnologia e responsável pelo Festival de Curtas-Metragens.
E
m nosso colégio o cinema sempre foi um atrativo para aplicar e desenvolver conteúdos em sala de aula. Em meio a essa práxis pedagógica, demos início, em 2003, ao I Festival de CurtasMetragens. Hoje, esse projeto está inserido em um outro, o “Palavra Cantada em Prosa e em Verso”, que acontece a cada dois anos. No processo de desenvolvimento do projeto pedagógico, nossos alunos frequentam oficinas de vídeo, nas quais aprendem como se faz storyboard, roteiro, minutagens, direção de vídeo, iluminação, planos de filmagem e tratamento de áudio. Depois, vão para a ilha de edição do colégio e, juntos aos profissionais da área, editam o seu curta-metragem. Com esse projeto obtivemos resultados surpreendentes, tendo a criatividade como palavra-chave na criação dos trabalhos. Um bom exemplo é o filme “O Cortiço”, produzido no Festival de 2009 pelos alunos do 2º ano A, do Ensino Médio. Em 2010, tomamos conhecimento do I Festival de Literatura em Vídeo, da Editora Abril. Nesse contexto, por que não inscrevermos um de nossos curtas? “O Cortiço” se encaixava nos pré-requisitos, assim, tínhamos o desafio de adaptá-lo ao regulamento, que solicitava no máximo cinco atores e cinco minutos de duração. Confessamos que foi um tra-
balho difícil, pois o original continha 13 minutos, ou seja, tínhamos a missão (quase) impossível de reduzi-lo a cinco. No entanto, com o esforço e dedicação do nosso aluno Fabrício Pires Machado Filho, diretor e ator (João Romão), conseguimos fechar a edição. Para nossa surpresa, em janeiro de 2011, recebemos a notícia de que fomos selecionados entre os 10 melhores do país na categoria Ensino Médio, ressaltando que centenas de vídeos foram enviados. No evento da premiação, o curta se classificou entre os cinco melhores do país. Estamos muito orgulhosos dos nossos alunos Fabrício, Giuseppe, Flávia, Nadia, Elton Filho e todo o 2º A de 2009, que tanto se empenharam neste trabalho. Este ano acontecerá a 5ª edição do Festival de Curtas do Marista de Maringá e estamos ansiosos pelos novos trabalhos que virão!
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Diz aí
Tecnologia ajuda ou atrapalha? A tecnologia veio para somar. Há anos discutimos sua interferência na sociedade e, em especial, na vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens. Conversamos com alguns alunos do Marista para saber qual a relação deles com a tecnologia, e se ela ajuda ou atrapalha na hora dos estudos. Confira algumas respostas!
Minha relação com a tecnologia é bem direta, eu jogo videogame, pelo menos duas vezes por semana. Uso o computador para divertimento e para estudos, quase todos os dias. Por um lado, a internet ajuda. Com ela o aluno agiliza pesquisas que podem conter informações não encontradas em outras fontes. Pode também estudar com os amigos pelas comunidades de relacionamento, pedir as tarefas que os professores passaram no dia em que ele faltou e tirar as dúvidas sobre as aulas, além de se manter informado sobre vários assuntos. Já por outro lado, a internet atrapalha, pois o aluno não estuda e não faz as tarefas, ele busca a internet para conversar com os amigos e acaba esquecendo que os estudos são mais importantes.
A internet nos ajuda nos estudos, já que é uma fonte rápida e prática de informações. As crianças estão se familiarizando com a tecnologia cada vez mais cedo; qualquer um tem acesso ao computador e, com isso, acabam deixando os livros um pouco de lado, buscando na internet novas formas de pesquisa. Eu, apesar de usar livros para estudar, geralmente opto pela internet para fazer pesquisas não só sobre assuntos escolares, mas também sobre outros que me interessam. É preciso saber usá-la como fonte de pesquisa, porque nem todas as informações são confiáveis, não se pode entrar em qualquer site e simplesmente copiar e colar o texto e dizer que estudou.
Considero minha relação com a tecnologia algo indispensável, pois estamos ligados a ela de todas as formas. Acredito que a internet é uma ferramenta espetacular que pode nos auxiliar muito nos momentos dos estudos, das pesquisas, dos trabalhos, etc. Encontramos nela uma grande biblioteca virtual que nos auxilia em tudo que precisamos, facilitando assim nossas vidas. No entanto, é preciso saber usá-la, pois com a facilidade em apenas copiar, colar e imprimir, algumas pessoas perdem o interesse em ler, prejudicando o seu desempenho estudantil. De qualquer forma, a internet é um grande instrumento de pesquisa, basta apenas que nós saibamos fazer o uso dela de forma adequada.
Tiago Romanovski é aluno da 8ª série do Ensino
Lorena Gonzalez é aluna do Terceirão.
Ensino Médio.
Fundamental.
Elizeu Proença é escritor e aluno do 1º ano do
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Educa�
Ensino Fundamental
Ler é mais importante que estudar? Adriane Gisbert Maranho é Assistente Psicopedagógica do Ensino Fundamental e Médio
O
escritor Ziraldo afirma que “Ler é mais importante que estudar.” E você, concorda? Nós, do colégio Marista de Maringá, fazemos uma leitura ampliada dessa frase, ou seja, acreditamos que uma situação complementa a outra. Levamos em consideração que, ao estudar, a criança está fazendo uma leitura, e ao ler, está estudando. Pensando desse modo, ampliamos o significado do ato de ler, pois, como sabemos, trata-se de um movimento que incita várias áreas diferentes e importantes do cérebro e, sendo assim, promove o desenvolvimento da sensação, da percepção, da emoção, da criatividade, do espírito crítico, da compreensão, da interpretação e da cognição, além de oportunizar “viagens” por contextos/mundos diferentes. De acordo com o pensamento de Marisa Lajolo, a literatura é porta para variados mundos que nascem das várias leituras que dela se fazem. Para
o autor, “os mundos que ela cria não se desfazem na última página do livro, na última frase da canção, na última fala da representação e nem na última tela do hipertexto. Permanecem no leitor, incorporados como vivência, marcos da história de leitura de cada um”. Podemos dizer então, que o ato de ler significa a imersão em mundos, situações e contextos diferentes. Por isso, nossa escola investe em espaço adequado, em acervo que conta com obras literárias clássicas, modernas e contemporâneas, o que faz da biblioteca um despertar de interesses, de curiosidade e de alegria. Observar a leitura de uma criança, a sintonia existente entre ela, o livro e as emoções evocadas, é algo que transcende, podemos dizer que é tão mágico quanto o próprio ato de ler. Verdadeiramente acreditamos que propiciar esse momento no ambiente escolar significa desenvolver e formar o nosso aluno.
Nelly Novaes Coelho, sabiamente diz que “a literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização...”. Com o intuito de continuar estimulando nossos alunos, este ano, a nossa escola trabalha a leitura paralelamente ao PROJETO BIBLIOCONEXÃO, baseado na vida e obra de Monteiro Lobato, cujo objetivo é realizar várias leituras, como a de obras clássicas, que vão desde as artes plásticas, a música, o filme, a escultura, a pintura, a dança e, claro, os livros. Os alunos vivenciarão a leitura individual, a contação de história, entre outros momentos literários importantes para a formação do leitor. Enfim, aqui no Marista de Maringá, ler é gosto, é hábito, é prazer. É conexão!
Observar a leitura de uma criança, a sintonia existente entre ela, o livro e as emoções evocadas, é algo que transcende, podemos dizer que é tão mágico quanto o próprio ato de ler
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Educa�
Ensino Médio
Qual o melhor caminho? Na hora de escolher a profissão, o melhor é deixar as pressões e modismos de lado e escutar a sua verdade interior Rosane Aparecida Alexandre é Assessora Psicopedagógica do Ensino Médio
A
escolha da carreira ideal é uma das mais difíceis e importantes da vida. Especialmente, quando se conclui o Ensino Médio, pois os questionamentos à cerca da profissão são muitos, o que gera conflitos e dúvidas. Escolher pela vocação ou pela demanda do mercado de trabalho? Essa dicotomia é capaz de camuflar as inclinações ou aversões, causando uma confusão entre o que é vocação e o que pode ser interesse temporário. Dos relatos de profissionais bem sucedidos, foi constatado que nenhum deles se deixou levar pela idolatria dos modismos que pudessem produzir o sucesso, o poder, a fama, o dinheiro e o reconhecimento. Preocuparam-se com questões mais profundas como a fidelidade a si mesmo, a preservação da própria identidade, o comprometimento com as responsabilidades assumidas. Difícil , no entanto, para os pais que, preocupados com o futuro dos filhos, querem ajudá-los a escolher uma carreira que os deixará felizes e realizados, e para os filhos que, ainda muito
jovens, se vêem diante da necessidade de tomarem uma grande decisão. Nesse contexto, a escola e a família têm importância fundamental em aliviar tanta pressão, buscando o equilíbrio em orientar sem direcionar a escolha. Uma forma de diminuir essa pressão é saber que a escolha não precisa necessariamente ser definitiva, pois durante a faculdade podem surgir novos caminhos e o próprio mercado de trabalho pode exigir adaptações. Sabendo qual caminho seguir, basta administrar os desafios futuros e acreditar em seus dons, transformando seu potencial em conhecimento, em habilidades. O que esperamos é poder contribuir para uma escolha compartilhada, discutida e baseada em informações que lhes garanta, por meio da profissão desejada, realização profissional e pessoal. O segredo é amar o que se faz, valorizar as oportunidades e perseguir com excelência cada atividade. O sucesso não será fruto do acaso e sim de muito trabalho.
Gente noss�
fotos Sylvio Sirangelo
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No destaque, Fernando Quadros com os alunos da turma de 1979 do 1º e 2º ano do Ensino Médio.
Sempre Marista
Fernando Quadros lembra dos bons tempos e dos valores que leva para a vida toda Fernando Quadros
I
niciei meus estudos no Colégio Marista de Maringá em 1979. Quando me perguntam sobre os fatores marcantes da minha formação escolar, respondo que, no Marista, aprendi a importância da vida espiritual e o hábito do estudo diário. A convivência com os Irmãos Maristas me ensinou a necessidade de reservar um espaço de tempo para a oração e para a reflexão. O ambiente no colégio era de muita harmonia, paz, exigência e seriedade. Para mim era um desafio tirar uma nota boa com a Professora Alegria. Lembro, ainda, com muito carinho, das aulas da Professora Beth e do Professor Luiz Evangelista. O colégio não era só estudo. Havia muito esporte, música e ensaios da fanfarra. Campeonatos de futebol, de handebol e de basquete. Na hora do
recreio, as esperadas disputas de bola ao mastro (espiribol). Os concursos de fanfarra projetaram o nome do Colégio e da Cidade de Maringá. O Irmão Ventura preparava gerações de jogadores de tênis de mesa. As olimpíadas maristas nos colocavam em contato com alunos do Brasil todo. A feira de ciência nos ensinava muito e nos trazia desafios. Foi um tempo de alegria, de estudos e de muita convivência com os colegas. Mas sempre foi ressaltada a presença Marista no mundo, o que nos preparou para uma visão globalizada muito antes que essa ideia fosse moda. O Irmão Pedrão sempre imprimia uma visão otimista e confiante em tudo que se dispunha a fazer, ensinava-nos a olhar para frente e para o alto. Lembro com saudades dos Irmãos Ilário, Orestes, Nilson, Carlos e Tecila.
Quanto ao método pedagógico, ressalto que o colégio nos fazia pensar e buscar autonomia, sempre com respeito aos valores cristãos. Por isso, meus filhos estudaram no Colégio Marista de Maringá e depois no Colégio Marista Santa Maria. Hoje, lançando um olhar para o passado, constato como foi importante fazer parte da comunidade marista, marcada por uma vida de muita disciplina, estudos e diversão, mas sempre inspirados nos exemplos de firmeza, de fé e de coragem, legados pelo fundador São Marcelino Champagnat.
Fernando é Desembargador no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Mestre em direito pela Universidade Federal do Paraná e Doutorando na Universidade Federal do Rio Grande do Sul