Em Família - Paranaense

Page 1

Inspirar é preciso Nas próximas páginas você vai encontrar o conteúdo

juntos aos seus filhos todos os dias. Em cada aula, em

exclusivo do Marista Paranaense. A revista Em Família

cada momento ou experiência partilhada, há um pou-

é uma excelente oportunidade de reforçarmos o nosso

co de luz e de inspiração para fazer de cada criança ou

compromisso com uma educação de excelência, pauta-

jovem um ser humano melhor, mais capacitado e mais

da em valores. Aqui trazemos algumas histórias, proje-

sensível às necessidades do mundo que está à sua volta.

tos e principalmente um pouco das ideias que refletimos

Enfim, uma pessoa mais feliz.


20

Com a palavra

Elemar Menegati - Diretor Geral

Na hora dos conflitos e diferenças N

a Escola, como organização aberta, constituída por indivíduos com formas de pensar e com normas e valores diferenciados, é compreensível que surjam divergências e conflitos nas relações interpessoais. Estes constituem preciosas oportunidades de crescimento, quando compreendidos e geridos com afeto e eficácia na Instituição de ensino e na família. Urge interagir com as pessoas, conciliar vontades, respeitar diferenças e não apenas tolerá-las. Entendemos que a escola é lugar privilegiado para isso; portanto cumpre exercer a boa mediação, com intervenção preventiva, com definição clara de limites, de maneira segura, justa e adequada na solução de conflitos, visando garantir os direitos individuais e as responsabilidades pessoais e coletivas. As crianças e jovens facilmente atuam conforme aquilo que observam, e agem consoante os estímulos do meio, sejam eles bons ou ruins. Esta perspectiva nos chama à responsabilidade; haja vista que a escola pode criar ambiente facilitador das relações sociais, com

O princípio que norteia a criança e o jovem é o de liberdade e justiça, que se apresenta por meio de um desejo permanente de transformar a realidade função formadora da personalidade dos educandos. Criança e adolescente não podem ter ainda correta noção dos limites que só a disciplina familiar e escolar poderão proporcionar-lhes. No ambiente escolar, além da sua função educacional e formativa, o papel da disciplina é de harmonizar as atividades discentes, a fim de que se possa criar um ambiente escolar que

favoreça a aprendizagem e enseje relações humanas equilibradas. O princípio que norteia a criança e o jovem é o de liberdade e justiça, que se apresenta por meio de um desejo permanente de transformar a realidade; por isso, muitas vezes, eles entram em choque com a disciplina escolar. Há necessidade de tratar o fato com naturaliade e diálogo, respeitando sua opinião, é verdade; porém sem abrir mão dos princípios que eles mais do que ninguém, defendem, especialmente porque eles se tornam os primeiros beneficiários. A disciplina deve existir na perspectiva da busca de equilíbrio na relação social, familiar e escolar. Desse modo, a escola é necessariamente aliada da família. Consequentemente, de direito e de dever moral, cabe à Escola definir com clareza aquilo a que visa e, na prática, com paciência e constância, perseguir esses objetivos, em nome da própria coerência e do respeito pelas pessoas que lhe confiam a alta e estratégica missão de completar a educação de crianças e jovens, para o bem deles e da sociedade.



22

Educa�

Educação Infantil

Descobertas sem fim Projetos de investigação incentivam o prazer pela aprendizagem Fabiana Armacollo, Profª Educação Infantil

T

ornar possível uma aprendizagem significativa tem sido o desafio da escola no contexto contemporâneo. Neste cenário, a Pedagogia de Projetos visa à ressignificação do espaço escolar, com seus tempos, rotinas e processos voltados para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, pesquisadores, comunicadores e solidários. É nessa perspectiva que os alunos mergulham nos projetos de investigação, como o desenvolvido pela turma do Infantil 5 D, em 2010. Tudo começou com o interesse da turma por uma grande concha, trazida por um dos alunos. Intrigados com o objeto e suas características, surgiu a pergunta: "De onde vêm as conchas?" As respostas foram diversificadas: "São os homens que fabricam e jogam no mar!" ou ainda “Foi Deus quem fez as conchas!” Foi então que algumas crianças sugeriram uma pesquisa para encontrarem todas as respostas. Já nas primeiras pesquisas, nos livros disponíveis na biblioteca do Colégio, as crianças encontraram a resposta para a pergunta inicial: "As conchas são formadas pelos moluscos, para prote-

ger seu corpo mole de predadores e que utilizam principalmente o carbonato de cálcio para tal." O entusiasmo tomou conta da turma. Todos se encantaram com as informações e, de forma especial, com fotos de outros seres que encontraram durante esta investigação. Novas perguntas e hipóteses surgiram: "Como vivem as tartarugas?" "Como nascem seus filhotes?" "Os tubarões e as baleias são peixes?" "As estrelas do mar são animais?" Mediados pela professora, os alunos decidiram dar continuidade à pesquisa que foi intitulada: “Mistérios do Fundo do Mar". Diversas metodologias foram utilizadas durante o processo investigativo e tudo foi devidamente registrado. As famílias se envolveram nas pesquisas e na busca de materiais; as professoras de biologia, de arte, de música e outras contribuíram na exploração de obras de artistas que retrataram o fundo do mar e suas releituras; na busca de informações ou vivência de momentos de leitura de obras literárias de variados gêneros; no laboratório de ciências e no museu fixo; no contato com compositores, que utilizaram o mar

como tema das suas canções. Desenvolvemos ainda diversas atividades e intensas discussões nas assembleias realizadas em sala, ensejando a partilha de conhecimentos significativos para as crianças. Foi organizado um telejornal para apresentar as informações pesquisadas pelos alunos e uma entrevista com a assistente do laboratório, formada em Biologia, socializando-se assim os novos conhecimentos. As crianças, então, orgulhosamente apresentaram às famílias e outros alunos o "Telejornal Marista Paranaense", e a música "Os peixinhos do mar", de Pixinguinha (assista ao vídeo no Youtube; Mistérios do Fundo do Mar - Infantil 5D ou pelo endereço http://www.youtube.com/ watch?v=GlhQhuCRGqc). No final do projeto, vimos crianças com olhar de admiração em face dos "mistérios do fundo do mar". Houve ainda a compreensão de diversos processos naturais e importantes, para a continuidade desse sistema de vida. Mas, mais importante do que isso, percebe-se o interesse pela busca do conhecimento, o prazer em investigar, dialogar e aprender.


Mistérios do Fundo do Mar - Infantil 5D http://www.youtube.com/watch?v=GlhQhuCRGqc

A Pedagogia de Projetos visa à formação de sujeitos ativos, reflexivos, pesquisadores, comunicadores e solidários.


24

Ser melhor

Experiência única Participantes contam sua impressão ao participarem da Missão Solidária Marista Diogo Marangon Pessotto e Josemar Baldo Mandira, Agentes de Pastoral

O

tempo condiciona, em grande parte, a vida humana. Essa sucessão de acontecimentos nos permite perceber a vida de um modo particular: passado, presente e futuro. Porém, certas experiências se tornam perenes quando ultrapassam a barreira cronológica. O V Missão Solidária Marista foi uma dessas experiências. Durante uma semana, 90 jovens maristas deixaram suas férias de lado e doaram boa parte de seu tempo e de si mesmos para outras pessoas. A comunidade do Jardim Zanelatto, em São José/SC, viveu dias diferentes com a presença desses jovens, que visitaram as famílias, realizaram oficinas educativas e recreativas com as crianças e auxiliaram na reforma de uma creche da comunidade. Mas o que tornou o MSM uma experiência duradoura foram as marcas deixadas nessa juventude que se despojou e assumiu esse compromisso: “É linda e indizível a experiência de olhar para baixo e ver uma criança de braços abertos, levantados, e olhos brilhando para você. E não importa se ela está suja ou mal cuidada, a única vontade é de pegá-la no colo; dar um abraço forte; colocá-la nos ombros; não soltá-la mais.”, conta o ex-aluno Guilherme Perotta.

É certo que a PJM (Pastoral Juvenil Marista), por meio dessa atividade, selou o coração de muitos jovens, que retornaram diferentes para suas casas: “O Missão Solidária Marista mudou a minha vida. Meus pontos de vista e minhas concepções sobre as comunidades e as pessoas que lá moram mudaram completamente. Após uma semana de obras, visitas e oficinas com as crianças, volto com um gosto de ‘quero mais’. Fui para lá achando que ajudaria e voltei tendo a certeza de que fui ajudado.”, destaca o ex-aluno Pedro Augusto de Oliveira. Os dias de missão se encerraram e cada um voltou para seu trabalho, para a faculdade... Mas levaram um pouco (ou muito) do que viveram naqueles dias, o que se perpetuará em suas memórias e ações. “Entendi que o ato de se doar completamente é quase sempre a própria recompensa”, conta a ex-aluna Ana Gabriela Fioravanti.

Meus pontos de vista e minhas concepções sobre as comunidades e as pessoas que lá moram mudaram completamente. Após uma semana de obras, visitas e oficinas com as crianças, volto com um gosto de ‘quero mais’


iba t i r u C e dos d i n U s o Estad l i s a r B ltural u C o r t Cen

.

AIS!

PECI S E S O ESCONT D s o e it Aprove

Kids

Young Learners

Pre-T een

Teen

Basic

e diat e m r e Pr e-Int

Adv a

ed nc

Bas ic

ermediate Int

www.interamericano.com.br Venha conhecer nossas unidades! Batel 3323-2438

Centro 3320-4704

Port達o/Palladium 3212-3203

Cabral 3252-3274

Prado Velho 3334-5532

EBC - Cabral 3352-8693


26

Caleidoscópi�

A banda de alunos animou o Music Nova fachada e cobertura

Awards durante a contagem dos votos.

da Educação Infantil O idealizador do Marista Music Awards, professor Tony Serur, com o troféu que os vencedores receberam.

Trotes do Terceirão; todo sábado, um tema diferente para descontrair. Nova sala de arte e música no parque infantil Recreios da PJM; todo mês animando os alunos da manhã.


Destaque

DOS TATAMES PARA AS QUADRAS Destaque no Paraná, Daniel sonha com o basquete norte-americano

U

m dos sonhos mais comuns entre garotos em idade escolar é ser um atleta de sucesso e, através disso, conquistar fama e prestígio. O que muitos não sabem é que, para chegar ao topo, é necessário muito treino e disciplina, além de dedicação; o que não é tarefa expedita para uma faixa etária acostumada com a rapidez dos acontecimentos. No caso de Daniel Nicola Martinez, da 3ª série do Ensino Médio do Marista Paranaense, o esporte nunca foi um problema. Desde pequeno, participou de diversas modalidades no Colégio; mas foi no judô que começaram suas primeiras conquistas. Por oito anos praticou a arte marcial, até que conheceu o basquete, graças a um colega que treinava com ele e praticava a outra atividade na sequência. Os treinos para a sua categoria eram apenas na sexta à tarde, mas com o seu bom desempenho, o técnico de basquete da época o chamou para treinar com os mais velhos no período da noite, nas segundas, quartas e sextas, o que lhe rendeu o troféu de atleta revelação em 2006. A partir daí, Daniel também começou a jogar pelo Thalia, tradicional clube curitibano, em que os atletas têm a chance de ser federados, ou seja, jogar pela Federação Paranaense de Basquete. O aluno marista participou de um campeonato estadual, no qual o seu time se destacou, assegurando-lhe uma vaga na Seleção Paranaense sub 17 para disputar o Campeonato Brasileiro de

Basquetebol Masculino, divisão especial. "A sua convocação é a recompensa pelos anos de treinamento; além de bom atleta, é um excelente aluno", conforme o professor terceirizado de basquete do Marista Paranaense e Técnico da Seleção do Paraná, Fábio Pellanda. Daniel vai para Atlanta-EUA em julho, em viagem de intercâmbio. Seu maior sonho é conseguir uma bolsa de estudos em uma boa faculdade estadunidense, jogando basquete. Com o seu potencial, este sonho pode tornar-se realidade. Esta é a torcida de todos no Marista Paranaense.

Pequeno campeão Destaque

também

para

Guilherme

Lunardon Trevisan, da 5ª série A do Ensino Fundamental II, que em 2010 disputou alguns campeonatos de judô e teve colocações muito expressivas. • 3º colocado Campeonato Brasileiro Interclubes (Budokan), disputado em São Paulo-SP. • Vice-campeão Paranaense, disputado em Ponta Grossa-PR. • 3º colocado no Campeonato Sul-Brasileiro, disputado em Florianópolis-SC.

27


28

Diz aí

Tecnologia ajuda ou atrapalha? A tecnologia veio para somar. Há anos discutimos sua interferência na sociedade e, em especial, na vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens. Conversamos com alguns alunos do Marista para saber qual a relação deles com a tecnologia, e se ela ajuda ou atrapalha na hora dos estudos. Confira algumas respostas!

C

M

Y

CM

Eu fico o dia todo na internet. Diariamente entro no Facebook, Orkut e Twitter, o que dificulta o estudo. Quando sento em frente aos livros, paro para pensar se alguém me respondeu em alguma das redes sociais. Aí vou verificar, achando que vou ficar rapidinho; mas, quando vejo, já estou há três horas. Para mim atrapalha, mas ao mesmo tempo ajuda. É impossível hoje alguém não ter acesso à internet, todo o mundo tem que ter, ainda mais adolescentes. É um tempo para se relacionar com os amigos, não só pessoalmente, mas virtualmente também; é uma diversão a mais, mas é preciso saber conciliar com os estudos. O celular é outra mania. Às vezes, na aula, fico mandando mensagem para amigas que estudam em outros colégios e não presto atenção direito. Ipod eu uso todos os dias; ouço música, fazendo lição e até secando o cabelo, mas o meu vício maior ainda é o computador.

Agora que estou no Terceirão, está mais difícil ficar o tempo todo ligado nas tecnologias, mas antes, eu chegava em casa e ia direto para o computador conferir as redes sociais, como o Twitter, Orkut, Myspace, Msn etc. Gosto muito de música, mas não sou de ficar o tempo todo carregando MP3 para onde eu vou e o meu celular uso mais para coisas sérias. Esses jogos e aplicativos para telefone não sou muito chegado. Neste ano, a Internet virou uma ferramenta de estudo para mim. Acredito que ela ajuda bastante, desde que seja usada conscientemente e que se saiba administrar o tempo, para não deixar acumular conteúdo. Uma das melhores coisas da rede é poder fazer trabalho em grupo sem sair de casa. Desde pequenos temos aulas de informática no Marista, e acredito que esse incentivo do colégio colabora com a inserção dos alunos no meio digital.

Quando preciso ler um livro, acabo ficando entediada e caio na monotonia. Hoje em dia, você encontra a mesma leitura na internet, muitas vezes comentada ou resumida. Para mim é mais fácil assimilar uma informação desta maneira. Eu me considero viciada em tecnologia, ela traz muitos benefícios, porém, se não houver a dose certa, pode atrapalhar. Ao estudar, acabo perdendo tempo vendo outras coisas que não são relacionadas ao conteúdo, por isso, é preciso sempre se policiar para buscar coisas na rede que realmente envolvam os estudos. A internet nos ajuda a ter informações instantâneas, é ótimo para tirar dúvidas e buscar novas fontes de pesquisa. Como estou no Terceirão, tenho que ficar mais ligada nas dicas de sites indicados pelos professores e nos exercícios extras que eles colocam no portal do colégio para ajudar no aprendizado.

Bianca Schemberk Chamma, 2ª série B do Ensino

Tiago Galastri, 3ª série C do Ensino Médio

Rhaiana Ferreira, 3ª série A do Ensino Médio

Médio

MY

CY

CMY

K



30

Educa�

Ensino Fundamental

Ler é uma delícia

Projeto Biblioconexões oferece aos alunos a oportunidade de explorar e adquirir práticas de leitura

A

s crianças, como sujeitos dos atos linguísticos, são falantes, ouvintes, leitores e produtores de textos (orais ou escritos) de vários tipos. Entre estes textos se recortam, pela sua peculiaridade, os textos literários e o trabalho com eles persegue a realização dos objetivos que enquadram os conhecimentos a serem alcançados. Estes são: valorizar as manifestações literárias, procurando formar um leitor / ouvinte competente, crítico e sensível, e produzir textos do tipo literário, para que explorem as possibilidades expressivas da linguagem e coloquem em jogo suas capacidades criativas. Por reconhecer a importância da literatura, a formação do leitor-produtor no Colégio Marista Paranaense e a delicada tarefa de seleção de textos e ações didáticas nesse processo (os

diferentes gêneros literários, as diversas obras de distintos autores nacionais e internacionais, da Literatura Clássica e contemporânea), segue um planejamento gradativo, com critérios de complexidade, qualidade literária e de conteúdo, desde o Infantil 2 até o Ensino Médio. Desde a Educação Infantil, é fundamental o vínculo das crianças com a literatura. Verdade que elas chegam à escola com diferentes experiências e conhecimentos de literatura (cantigas de ninar, brincadeiras baseadas em poesias, contos que lhes tenham lido ou narrado, livros que tenham explorado). Cada grupo familiar lhes propiciou isso em maior ou menor grau, configurando uma bagagem muito heterogênea com a qual os professores se encontram e não devem rejeitar.

Tem de preservá-la e enriquecê-la e, principalmente, trabalhar de maneira sistemática, para garantir uma aprendizagem que resulte uma real iniciação literária, que se aprofunda ao longo do Ensino Fundamental. Para o trabalho do primeiro semestre de 2011, nas diferentes escolas da Província Marista Centro Sul, por meio do Projeto Biblioconexões, entra em cena Monteiro Lobato, escritor brasileiro imortalizado pela grandiosidade de suas obras. Em contato com as leituras, os alunos se encantam com as histórias de Dona Benta, as irreverências da boneca Emília, o conhecimento do Visconde no famoso cenário do sítio do Pica-pau Amarelo. Quanto ao Saci, não podemos nem comentar... só peraltices! E tudo isso contextualizado nos anos da I e II Guerra Mundial e com


repercussão em escritores como Ana Clara Machado, Ruth Rocha, Érico Veríssimo. Marina Colasanti... . Neste projeto, em que diferentes áreas se entrelaçam num trabalho interdisciplinar (Arte, Tecnologia, interação família-escola), além de ressignificar o espaço tempo das nossas bibliotecas, nossos alunos têm a oportunidade de explorar e adquirir práticas de leitura, seja de forma autônoma ou mediada, exercendo as tarefas que todo o leitor põe em jogo.

"O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora" Bamberger


32

Educa�

Ensino Médio

Em nome do futuro Escola e família formam o alicerce importante da escolha profissional

Selena Maria Garcia Greca, Psicóloga. Especialista em Orientação Profissional e Desenvolvimento de Carreira.

A

realidade dos tempos atuais exige nova postura educacional no que se refere à preparação do jovem para o ingresso no trabalho. A grande maioria não tem noção do significado abrangente de ter um objetivo de vida conscientemente definido. A escolha dos objetivos pessoais e sua compatibilização com a primeira “âncora” profissional, não constitui fácil tarefa aos 16 ou 17 anos. Exige grande autoconhecimento, informações sobre a realidade do mundo ocupacional, capacidade de análise e julgamento, entre outras habilidades.

O melhor caminho será sempre aquele que melhor consulta a nossa liberdade de escolha

O processo de formação da identidade profissional, portanto, deverá ser um momento de síntese, de evolução e de amadurecimento. Mas, para que esta aquisição se complete com sucesso, o adolescente deverá passar necessariamente por duas etapas. Em uma primeira, ele deverá vivenciar um momento de “crise” em que ocorre a ruptura com os modelos familiares, consegue fazer questionamentos, e sente-se atraído por várias possibilidades. Diante de tantas perspectivas, fica indeciso e muda de opinião tão logo se sinta atraído por nova opção. Procurar conhecer-se melhor: seus gostos, interesses, habilidades e valores serão essenciais neste momento de crise. Justamente nesta fase de conflitos e de amadurecimento, ao longo de todo o ensino médio, a escola e a família deverão ter participação efetiva no processo: a escola proporciona palestras, visitas, feiras de profissões; o professor, por sua vez, tem a sua disciplina e o diálogo próximo como

ferramenta para a contextualização com a prática do trabalho. A família pode-se dizer que escolhe junto com o filho, com as mesmas ansiedades e angústias. Deverá participar, conversando sobre as mais diferentes áreas e carreiras. Também é fundamental que os pais percebam que os filhos devem fazer a escolha adequada em face dos seus próprios desejos e habilidades, ao invés de projetar sonhos e frustrações na escolha de alguém que tem uma vida pela frente! Em uma segunda etapa, o jovem deverá ter atingido um nível de maturidade para localizar uma área da realidade profissional, conseguir diferenciá-la entre tantas possibilidades e assumi-la, fazendo a escolha: é o que se denomina de engajamento e comprometimento. Assim, o melhor caminho será sempre aquele que melhor consulta a nossa liberdade de escolha, no processo de crescimento e amadurecimento que exprimem a grandeza da voz interior e da nossa MISSÃO nesta vida.



34

Gente noss�

Sempre Marista Ex-alunos continuam sua história com o Paranaense agora como educadores Bruno Bonamigo

A

vida escolar é uma das melhores fases da vida, na qual temos experiências que serão lembradas para sempre. Os primeiros rabiscos, as primeiras amizades, as brincadeiras, os professores, os irmãos, os valores; tudo isso fica guardado na memória de maneira indelével, carinhosa e saudosista. Quem estudou no Marista sabe bem como é isso. Um lugar indescritível, em que se quer estar 24 horas por dia, devido ao clima familiar que proporciona. Quem nunca reclamou de alguma aula ou atividade que foi proposta? Naquele momento, pode-se não entender o real objetivo; mas, com certeza, isto fará diferença no futuro. É certo que existem fases da adolescência em que se quer estar longe; mas só depois de estar distante é que o verdadeiro sentimento nostálgico aparece. Não é fácil

desprender-se deste elo que o Paranaense cria; a vida é muito mais que os muros da escola; vem então a faculdade e com ela, o mercado de trabalho. O sentimento de pertença à instituição Marista é enorme, tanto que após terminar o período escolar, ex-alunos retornam para rever professores e espaços que ficaram marcados. Outros ainda acabam voltando como funcionários, nas mais diversas áreas de atuação. É o caso dos ex-alunos e agora colaboradores: Aline Barato, professora terceirizada de iniciação esportiva; Angelo Carnieri, Professor Educação Física; Bruno Pucci, estagiário de Educação Física; Bruno Tocchio, estagiário de Matemática; Bruno Bonamigo, Departamento de Marketing; Eric Bartnik, Núcleo de Atividades Complementares; João Guilherme Bendlin,

professor terceirizado de karatê; Lucas Scorsin, professor terceirizado de Handebol; Maíra Prata, estagiária Educação Infantil; Renato Baggio, professor de Inglês; Rita Bermel, estagiária Educação Infantil; Rodrigo Zanin, professor auxiliar; Sibele Dal’Col, Assistente Psicopedagógica Educação Infantil; Teandra Farias, professora auxiliar; e Thais Bueno, Departamento de TI. No Marista, todo o funcionário é considerado educador e deve ter inserto na sua rotina de trabalho, independente da função que exerce, o ideal proposto por São Marcelino Champagnat: formar bons cristãos e virtuosos cidadãos. Para quem estudou e agora trabalha neste ambiente, esta missão é ainda mais forte, pois desperta o desejo de que os atuais alunos tenham no Colégio, as boas experiências que um dia tiveram.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.