Em Família - Pio XII

Page 1

Inspirar é preciso Nas próximas páginas você vai encontrar o conteúdo

tos aos seus filhos todos os dias. Em cada aula, em cada

exclusivo do Marista Pio XII. A revista Em Família é uma

momento ou experiência partilhada, há um pouco de

excelente oportunidade de reforçarmos o nosso com-

luz e de inspiração para fazer de cada criança ou jovem

promisso com uma educação de excelência, pautada

um ser humano melhor, mais capacitado e mais sensível

em valores. Aqui trazemos algumas histórias, projetos e

às necessidades do mundo que está à sua volta. Enfim,

principalmente um pouco das ideias que refletimos jun-

uma pessoa mais feliz.


20

Com a palavra

Irmão Vanderlei Siqueira - Diretor Geral

Toquemos os sinos: Viva o Marista Pio XII N

o ano que comemoramos o 50º aniversário do colégio Marista Pio XII, queremos dividir uma historieta contada pelo Ir. David, Provincial, aclamando os Irmãos para manifestarem os muitos momentos de alegria da vida comunitária. Esse é o grande convite que também fazemos para a nossa comunidade educativa. A história conta que um jovem monarca, no início de seu reinado, mandou instalar um sino de prata na torre mais alta do seu palácio, anunciando ao povo que o faria soar sempre que estivesse completamente feliz. Acontece que o tempo foi passando sem que o sino fosse acionado. O rei encantou-se com uma princesa; casou-se com ela em uma festa memorável, vieram os filhos; houve primaveras esplêndidas e outonos carregados de frutos; obteve vitória nas batalhas; conseguiu construir templos magníficos; foram descobertas, nos territó-

rios do seu Reino, minas de diamante e jazidas de petróleo... Mas o sino não tocava, pois havia sempre alguma nuvem, alguma contrariedade, alguma interrogação. Com o passar do tempo, os cabelos do monarca tornaram-se brancos e ele adoeceu. Quando estava em seu leito de morte, o soberano ficou sabendo que era muito amado pelo seu povo. Na verdade, nunca se preocupara com aquilo. Mas, agora, tal descoberta o deixou imensamente feliz. Então, antes de morrer, tomado por um júbilo imenso, levantou-se com dificuldade do seu leito, subiu à torre e puxou a corda, fazendo o sino de prata soar pela primeira vez. Assim, todos os súditos souberam que o rei estava feliz. A compreensão viera tarde demais. O rei passara a sua vida sem saber que era feliz. Ele era aceito e amado, porém não sabia disso. Viveu na indiferença e

na infelicidade. O sino poderia ter sido tocado centenas de vezes. E seu tanger festivo teria espalhado a alegria por todo o Reino. Nessa data jubilar, queremos tocar o sino da alegria em homenagem aos seus protagonistas: Irmãos, colaboradores, alunos e familiares. Um prédio sem pessoas é apenas um edifício vazio, sem vida. O que o qualifica são as pessoas. Nesses 50 anos, muitas gerações se formaram no Pio XII. Hoje, dão sua contribuição na sociedade em diversas áreas profissionais, levando as bases de uma educação sólida respaldada em Princípios Humanos, Cristãos e Maristas. Nos diversos momentos alusivos aos 50 anos, queremos oportunizar o encontro da grande Comunidade Marista. Venha celebrar conosco. Toquemos o sino. Deus fez e faz maravilhas entre nós.



22

Educa�

Educação Infantil

Viajando de carona no trem Professora Andressa Cristina Bach Ribeiro, Infantil 4 A

A

proposta que a investigação traz, é despertar a curiosidade e o interesse diante do conhecimento. Fazer com que o desejo de saber e de crescer se instale de forma permanente em cada criança, como uma atitude. Por isso, todos os assuntos que surgem em sala de aula, favorecem a troca de experiências e levam a diferentes caminhos, voltados, é claro, para o crescimento intelectual. A aprendizagem deve ser significativa, o aluno tem de saber ‘o que está fazendo’ e ‘o porquê’. Nessa metodologia de ensino, despertamos em nossas crianças a capacidade da auto-aprendizagem, pois são elas que tomam a iniciativa e escolhem o quê e como aprender. Além do mais a criança se apropria de conhecimentos concretos, tornan-

do-se assim um indivíduo autônomo de seu próprio saber, adquirindo a consciência real do que ela sabe ou não, e do que ela pode ou não, saber. Partindo de todas estas colocações, experiências e curiosidades é que iniciamos os projetos. Foi através da experiência em viajar de trem para a cidade de Morretes que um de nossos alunos relatando detalhadamente em assembleia suas observações, despertou a curiosidade dos demais colegas. Logo as perguntas começaram a surgir, bem como, o nome do projeto...VIAJANDO DE CARONA NO TREM. Alguns de nossos alunos, já possuíam conhecimentos prévios sobre o tema investigado, mas o que eles gostariam realmente de saber é... “O que

os trens carregam”. Para o desenrolar do projeto, contamos com o auxílio de funcionários da ALL que nos fizeram um visita e, sanaram todas as dúvidas de nossos pequenos. Nossa exploração de meio foi conhecer a ALL (Estação de Uvaranas). Lá, pudemos observar inúmeros trens e vagões, a manutenção dos mesmos, além de sermos muito bem recebidos e presenteados pelos funcionários que lá estavam. E para adoçarmos o nosso projeto, preparamos bananas verdes fritas no Ateliê de Degustação, aperitivo característico de Morretes. As crianças se deliciaram e pediram mais!!! Para o fechamento do nosso projeto, contamos com a ajuda do pessoal de casa, os quais sempre fizeram-se presentes e parceiros para dar conti-


nuidade às idéias e experiências iniciadas em sala de aula. Os pais auxiliaram as crianças na confecção de pequenos trens, utilizando materiais diversificados (sucata), além de terem marcado presença para prestigiar nosso acervo, que construímos no transcorrer do projeto. Enfim, pudemos aprender sobre inúmeros assuntos relacionados aos trens, como o conhecimento dos vários materiais utilizados em sua construção e seus diversos modelos, materiais de segurança utilizados na sua manutenção, locais onde as vias férreas passam, como o destino para Morretes e a atenção que devemos ter ao atravessar os trilhos, bem como, a resposta de nossa investigação, descobrindo assim, o que os trens carregam.


24

Ser melhor

Um lugar especial Regis Clemente da Costa, Assessor de Pastoral

H

á lugares que conhecemos que marcam nossa vida... Passam a fazer parte da nossa história... Em contato com alunos e ex-alunos, ouvimos relatos dos momentos vividos com os amigos. Das aventuras, brincadeiras, fogueiras, caça ao tesouro, celebrações, rodas de violão e o bate-papo antes de dormir. Isso sempre em encontros da PJM, nos “DDCs” (Dias de Formação e Convivência) entre outras atividades vivenciadas na Chácara Marista, que tendo um espaço privilegiado a chácara, já acolheu milhares de alunos Maristas ao longo de décadas. Assim o nosso trabalho Pastoral, tem o desafio à criatividade em nossas ações para tornar Jesus Cristo conhecido e amado, como desejou Champagnat. Percebemos que a evangelização das crianças, adolescentes e jovens é facilitada quando as estruturas favorecem. E a Missão Marista não mede esforços para que os alunos recebam o que há de melhor em formação intelectual, cristã e cidadã. Necessitamos, cada vez mais, humanizarmos as relações, aproximan-

do as pessoas por meio da presença e do convívio. Oferecer oportunidades para que percebam e sintam a beleza, alegria e satisfação de tais momentos, uma vez que estamos em tempos de constante virtualização de relacionamentos e redes sociais, especialmente entre adolescentes e jovens. Os encontros na Chácara deixam marcas nos alunos e ex-alunos para toda vida, pela beleza natural e pelo espaço físico privilegiado, porém, muito mais, pelas relações e momentos vivenciados, o que faz da chácara Marista um lugar especial, confirmando a Missão Marista de preparar para as melhores universidade e para a vida. “Em todos os encontros que participei na Chácara do Marista, foram de grande valia pra a formação do meu ser. Todas as vivências, dinâmicas, e reflexões propostas ajudaram na construção sólida do meu caráter e como cidadão, além de tudo isso, não deixa de ser um momento de descontração, contato com a natureza, e um excelente momento para relaxar da correria do dia-a-dia de estudos.” (Felipe Serenato Leal, ex-aluno Marista)



26

Caleidoscópi�

Uma das ações do Congresso Interdisciplinar Marista –

Alunos aprovados no Vestibular

Biodiversidade foi à blitz, onde foram

de Verão 2011 da Uepg.

distribuídas 2000 mudas de árvores.

Festimar Cores – 2º, 3º, 4º e 5º Ano.

Festimar Cores

Espanha - Equipe Campeã

– Educação Infantil e 1º Ano.

da Copa Paizão 2010.

Primeiro dia de aula – tempo para matar as saudades e rever os colegas.


Destaque

Bons exemplos

Pais e filhos: palavras puxam, exemplos arrastam Rúbia Carla S. Blum, mãe do aluno Gustavo Henrique Blum - 7ª série

O

esporte em nossa família sempre teve grande importância. Talvez pela profissão do pai, Flávio, que é bombeiro, e precisa estar fisicamente preparado para toda e qualquer situação de ocorrência. Assim, ele sempre foi um exemplo, para os filhos, de dedicação e disciplina em treinamentos esportivos. Isso com certeza acabou estimulando os nossos pequenos, Gustavo e Gabriela, a praticarem esporte também. O Gustavo tentou em várias modalidades, desde o famoso futsal à ginástica olímpica. Mas os esportes que realmente despertaram sua paixão foram o Handebol e a Natação. Com isso, acabou surgindo outra possibilidade, na qual ele pudesse conciliar uma variedade maior de esportes. Depois de muita insistência da parte dele, acabamos cedendo: iria participar do Triathlon, em Guaratuba. A nossa preocupação não era quanto ao desempenho dele, mas quanto à idade e se sua condição

física estava adequada para tal prova. Além disso, se poderia participar, por ser ainda muito novo, e se o seu crescimento físico não seria prejudicado por se tratar de uma prova com muito desgaste físico e emocional. Enfim, ele se preparou durante três semanas. O pai condicionou seus treinamentos durante todas as manhãs desse período, para que pudesse estar preparado nos dois aspectos que nos preocupavam: físico e emocional. Chegado o dia da competição, Gustavo estava muito ansioso, mas a presença de verdadeiros

amigos do Marista, que viajaram até o litoral para prestigiarem a prova, fez com que ele ficasse mais confiante em si mesmo. Então o resultado não poderia ser outro. Na categoria ‘estreante’ ele participou com adultos, por não haver categoria da sua idade. Saindo na segunda colocação ao término da natação (prova que possui melhor

domínio), após a transição para o ciclismo e corrida conseguiu conquistar o quarto lugar ao final da prova. Nós pais não poderíamos ficar mais orgulhosos! Essa conquista foi um exemplo da dedicação e disciplina do Gustavo, seguindo o exemplo do pai, também atleta. Apenas temos uma certeza com toda essa experiência, que o exemplo dos pais é fundamental para a formação dos filhos assim como a amizade sincera dos amigos do Marista foi fundamental para acreditarmos em nós mesmos. Essa união é eterna!

27


28

Diz aí

Tecnologia ajuda ou atrapalha? A tecnologia veio para somar. Há anos discutimos sua interferência na sociedade e, em especial, na vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens. Conversamos com alguns alunos do Marista para saber qual a relação deles com a tecnologia, e se ela ajuda ou atrapalha na hora dos estudos. Confira algumas respostas!

A tecnologia está presente na minha vida, assim como na vida da maioria dos jovens. Essa tecnologia é tão visível, que acaba sendo algo inevitável. A população em geral usa-a em praticamente todos os lugares, desde conversar com alguém ou para fazer compras, e comigo não é diferente. Mesmo a tecnologia sendo para alguns uma coisa inexplicável, devemos compreender e nos atualizar junto com ela. A internet pode tanto ajudar como atrapalhar os estudos, isso só depende da maneira de quem a usa. As pessoas que usam corretamente, para pesquisas ou algo relacionado ao conhecimento, sem problemas. O que atrapalha é se distrair e usá-la excessivamente ou até mesmo frequentar redes sociais e/ ou jogos, que não são relacionados ao estudo e que acabam tomando muito tempo e viciando.

Facilita, mas, certamente, atrapalha. A tendência de um jovem hoje em dia ao ter de fazer uma pesquisa ou ler um artigo na internet, é antes dar uma checada nas redes sociais de que participa ou até mesmo jogar. Isso causa distração e, quando se vê, a pesquisa não existe mais. É interessante conversar com amigos ou comentar fotos. Além disso, bibliotecas, jornais e revistas ainda existem e são muito mais confiáveis que alguns sites acessados. Na rede, qualquer um pode escrever. Em livros, somente pessoas que têm domínio do assunto e conhecimento escrevem. Outro ponto é a questão de passar madrugadas conectadas à internet. Chegada a manhã, pelo fato de não ter dormido adequadamente, o aluno acaba, muitas vezes, não prestando atenção nas aulas, e perde toda a explicação do professor.

Gosto de tecnologia desde os cinco anos de idade, com o primeiro computador. Desde então, a minha relação vem se intensificando. Hoje, com 16, penso em trabalhar na área. Todo o conhecimento que tenho sobre tecnologias aprendi de maneira autodidata, pesquisando na Internet. O aluno hoje cresce ao lado da Internet. Usá-la para trabalhos escolares é tão natural quanto era com as enciclopédias. Como outros meios de comunicação, pode ajudar ou atrapalhar, dependendo da forma de uso, “dose” e incentivo. Sua importância é confirmada não só por estudos, mas pelo mercado de trabalho buscando não pessoas que dominam sua área, mas as que sabem onde encontrar a resposta para uma pergunta que não conseguem responder.

Gustavo Perin, 1º B

Emily C. Oliveira – 2º A

Lucas Henrique Lima Verde, 2º A.



30

Educa�

Ensino Fundamental

Desafio ou prazer? Projeto Biblioconexões estimula leitura e produções culturais entre os alunos maristas Danielle C. R. Carneiro e Solange Schimanecki, Professoras de Língua Portuguesa

P

or vários motivos, muitos alunos não têm contato sistemático com leitura de qualidade e com adultos leitores. A escola, então, torna-se o único veículo de interação desses alunos com textos, cabendo a ela oferecer leituras de qualidade, diversidade de textos, modelos de leitores e práticas de leituras eficazes para, consequentemente, formar leitores competentes capazes de selecionar leituras de acordo com suas necessidades. Sabendo que a leitura é essencial para a formação dos sujeitos, bem como para a ampliação do conhecimento de mundo e da formação crí-

tica, as bibliotecas escolares da Rede Marista, juntamente com os professores, estão desenvolvendo o Projeto Biblioconexões. Busca-se potencializar esse espaço, ao mesmo tempo em que fomenta e estimula leitura e produções culturais, propondo ações de leitura mediada, interação e colaboração entre os usuários, colaborando para a potencialização das bibliotecas como espaço/tempo pedagógico de produção e circulação de culturas e informação. Dessa forma, trabalhamos através da diversidade de textos que diferenciam-se na composição, na organização e até mesmo nas intenções junto

ao leitor.Também a análise de obras que contribui para o desenvolvimento de competências de leitura e de escrita de alunos, além de permitir que o estudante reflita sobre questões próprias da condição humana – morte, amor, amizade, relações sociais, além do acesso e vivências sobre realidades distantes no tempo e no espaço, ampliando as suas e tornando-se um leitor crítico. Apesar das dificuldades, é possível resgatar o leitor da palavra, sensibilizar a criança e o adolescente para o livro e, assim, formar leitores competentes também capazes de escrever com eficácia.


Para gostar de ler Com o propósito de cativar os alunos

que versem assuntos do momento,

uma produção de texto que leve o aluno

para a leitura, realizamos as seguintes

crônicas etc.

a refletir: dar um final diferente a uma

atividades:

• r oda de leitores: a professora faz per-

história, incluir uma nova personagem

• visita e pesquisa à biblioteca esco-

guntas sobre o tema, as personagens

em uma cena, escrever uma carta ao

lar, circulando entre as estantes com

ou pede aos alunos que questionem os

os alunos, mostrando-lhes o acervo,

colegas sobre o livro lido.

como ele é organizado, como os livros são catalogados;

• r econstituição dramatizada da época em que se passou a história;

autor do livro etc. • confecção de um livro da turma a partir do enredo da obra lida; • o trabalho com os livros paradidáticos

• colocar à disposição dos alunos, todo

•d ramatização do enredo ou parte dele.

que envolvem temas diversos, através

e qualquer material que possa ser

• trabalho com desenhos, recortes, dobra-

dos trabalhos de oralidade, envolven-

um convite prazeroso para o ato de

duras para expressão de algum trecho

do curta-metragens, palestras, deba-

ler: revistas, folhetos, jornais, revis-

ou frase escolhidos a partir do enredo;

tes, tarefas de pesquisa, declamações

tas com assuntos variados, livros

•a partir do enredo da história propor

e atividades de produção.


32

Educa�

Ensino Médio

Chegando a hora Na montanha-russa de emoções que antecede o vestibular e até mesmo em decisões como qual carreira seguir, o apoio dos professores e dos pais é fundamental. Confira alguns depoimentos de como pais e professores podem ser decisivos nessa fase tão importante. A definição da carreira dá o que falar. Sempre há alguém com uma sugestão, especialmente os pais e amigos. Nesse momento, porém, eles devem ser apenas coadjuvantes. Os alunos devem ser os protagonistas. O ponto de partida de uma escolha responsável é descobrir quais são os principais interesses e as habilidades. Depois de conhecer a si mesmo, há mais dois elementos que devem ser levados em conta: a vida universitária e a rotina profissional. A influência dos pais também é fator decisivo na escolha profissional. Gerações diferentes normalmente não enxergam o mundo da mesma forma. Recomenda-se que essa fase da vida seja enfrentada com tranquilidade pelos jovens e sua família. Trata-se do primeiro grande desafio diante do novo e do desconhecido. O aluno, muitas vezes inseguro, deverá perceber qual caminho trilhar para obter sucesso pessoal, familiar e profissional. O momento é de dedicação, empenho e muita orientação. Everton Luis Gardinal – Assistente Psicopedagógico / Psicólogo – Responsável pelo Programa de Orientação Profissional para alunos do Terceirão

Muitas vezes, para nós, pais, não é fácil lidar com toda essa ansiedade, nesse ano em que nossos filhos irão prestar vestibular, pois se trata de um ano de cobranças dos familiares e dos próprios estudantes. Mas não podemos negar que provas e testes fazem parte do cotidiano de todo estudante e sei também que o sucesso de nossos filhos é o principal desejo de todos que são pais. Então, tomo cuidado para que meu filho não se sinta pressionado pela minha expectativa. O que faço é tentar incentivá-lo a dar o melhor de si, mas, mesmo assim, não tem jeito, a gente sofre junto. O que pode ajudar bastante é o jovem procurar atividades prazerosas. Como o Matheus é atleta de handebol, isso ajuda bastante a compensar o estresse dos estudos. Mas, não podemos esquecer que o fundamental nessa hora é nossa compreensão e nosso apoio. Deonise Berger Wehmuth - mãe do aluno Matheus Wehmuth (Terceirão 2011)

O Ensino Médio, como um todo, e terceiro ano, especificamente, tem o caráter terminal da educação básica e preparatório para os exames vestibulares. Esses dois aspectos são extremamente desestabilizastes na vida dos jovens. Nesse momento, eles percebem que a segurança de continuidade que os anos de educação básica garantem não mais existirão, eles estão prestes a adentrar no mundo adulto, com todas as incertezas, preocupações e deveres que este fato traz. Eles têm ainda que lidar com a escolha de uma profissão que passarão o resto da vida exercendo! Nesse caldeirão de emoções, a figura do titular da turma deve ser a de orientador, conselheiro, ouvinte...sem deixar de cobrar, exigir, incentivar! Ter o bom senso de saber qual o momento de cada um desses papéis, faz da nossa função um verdadeiro desafio na arte de educar. Wagner Sindici Sebastião – Professor de Física do Ensino Médio / Titular do Terceirão e Coordenador da Área de Matemática



34

Gente noss�

Na foto acima, churrasco de Confraternização da turma de 1964.

50 anos de sucesso De volta à escola, Dr. Maia conta que o Marista foi decisivo na sua formação

E

m comemoração ao cinquentenário do Pio XII, nada melhor do que um aluno da primeira turma formada e da primeira formação da Banda Marcial do Marista para a matéria. De papo fácil e descontraído, o Doutor Luiz Carlos Pinto Maia nos concedeu uma entrevista nas dependências do colégio, onde estudou de 1961 a 1964. Há 34 anos, o Dr. Maia atua como ginecologista e obstetra na cidade de Ponta Grossa. Já realizou mais de 10 mil partos e chegou a fazer uma média de 100 partos ao mês. Esta paixão pela medicina foi passada também aos filhos. Hoje, o mais velho - Cristiano - é ortopedista e o mais novo – Henrique anestesista. Além do Dr. Maia, outros sete da mesma classe formaram-se médicos. Desta turma com 18 alunos, mais cinco foram para a área odontológica. Relata-nos tudo, lembrando o pioneirismo que o colégio Marista Pio XII trouxe para a cidade com a educação moderna e diferenciada, laboratórios, quadras esportivas, festividades, gincanas, excursões e o primeiro colégio a ter

ônibus para transporte dos alunos. Como na época o ensino ia somente até o Ginásio (atual oitava série), Dr. Maia foi para São Paulo para concluir os estudos no Marista Arquidiocesano. Enquanto estudante Marista, ele recebeu várias condecorações, certificados e medalhas de Honra ao Mérito, devido às boas notas. Além dos pais, esposa, filhos e o tio Francisco Pinto, Dr. Maia tem como modelo para vida o Ir. Florentino Adami, que o ajudou muito em lidar com os problemas de relacionamento e rebeldia durante a adolescência. Ainda contou-nos que nos tempos da faculdade foi alvo da repressão estudantil, auge na capital paulista, em que perdeu seis amigos. Mas com pesar, ele também comenta sobre os valores morais da atualidade. Na época também existiam muitas desigualdades, mas todos eram tratados com equidade e respeito pelo que eram e não como hoje, pelo que aparentam ser ou ter. Para Dr. Maia, ser aluno Marista sempre teve um grande peso para o currículo.

“Ser aluno marista, sempre teve um grande peso para o currículo.”


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.