A magia do Natal
Bรกrbara Rodrigues, nยบ 6, 6ยบ D
No início de dezembro, já andava eu a contar os dias para a grande noite de Natal, esperada por todas as criancinhas do mundo. Foi então que reparei que ainda não sabia como era o natal na época dos meus avós. Seria muito diferente?
Bem, no inĂcio pensei em perguntar aos meus pais, mas achei logo que o Natal deles jĂĄ devia encaixar muito com o meu.
Tomei a iniciativa e fui perguntar aos meus avós: Nessa altura havia muita pobreza, eram muitos filhos e só o pai a trabalhar para sustentar a família. Naquela época, era o menino Jesus que punha os presentes nos sapatinhos colocados em cima da lareira e não o pai natal!
Normalmente juntavam-se avós, pais e filhos em família para celebrar a noite de natal como hoje em dia. Já se faziam presépios com figuras de barro compradas na feira, e em cada natal comprava-se e juntava uma nova figura ao presépio!
A comida, essa era bacalhau, batatas, legumes e doces tradicionais do Minho, haviam nozes, uvas e figos secos. Assim que o jantar acabava dava-se uma chĂĄvena de cafĂŠ a cada um.
Para a noite ser quentinha, punha-se um grande tronco de ĂĄrvore a arder na lareira a noite toda. Pouco tempo depois reuniam-se todos e jogavam ao rapa, jogado com pinhĂľes que as pessoas retiravam das pinhas.
Por vezes iam à missa do galo e, no fim, beijavam o menino Jesus. No dia seguinte a euforia de ver os presentes era tanta pois, aquelas prendas que hoje em dia as crianças não dão importância, para eles significavam muito, recebiam uma ou duas prendas.
N찾o havia abund창ncia de brinquedos, as prendas que recebiam eram um assobio de barro ou meias para os meninos e uma bonequinha de pano ou meias para as meninas
E, por vezes, recebiam seis quadrados de chocolate, todos em cima uns dos outros, que hoje em dia equivaliam a um quadrado de chocolate.
Eu fiquei espantada como o Natal era diferente de uma Êpoca para a outra e o valor que aquelas prendas tinham para as crianças e as de agora podem nem significar nada para algumas!