Shylo
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Hoje é o melhor dia do ano, e sabem porquê? Porque hoje é dia de véspera de Natal. A casa está linda igualmente como lá fora toda a vila estava coberta por um lençol de neve. A mesa estava muito bonita cheia de doces e de comida deliciosa. A meia-noite aproximava-se e os convidados para a festa estavam todos reunidos à volta da mesa para começar o jantar. Estava tudo muito bom a minha avó sempre teve uns dotes de culinária. A meia-noite cada vez mais perto e eu cada vez mais ansioso.
Finalmente chegou a hora; o sino da igreja tocava e os foguetes elevavam-se no céu criando efeitos muito bonitos. A minha família e eu fizemos “Chim-Chim” com copos de “Champanhe” desejando um bom Natal.
Estava tão feliz que me esqueci de que a minha cadelinha Shylo também faz parte da família. Fui a correr lá para fora chamando: - Shylo! Shylo! - mas a Shylo que costuma estar sempre a ladrar desta vez não ladrou. Procurei em todo o quintal, fui à casota dela e não a encontrei. Estava a ficar preocupado; a minha mãe chamou-me para ir abrir as prendas; lá consegui abri-las mas não era a mesma coisa sem a Shylo presente. A minha mãe tentou animar-me dizendo que nada podia estragar o dia de Natal e que a Shylo ia voltar para casa. Este era o pior dia da minha vida.
O Ano Novo aproxima-se e a Shylo ainda não tinha aparecido, eu pensava no que lhe podia estar a acontecer; as noites sem o ladrar da Shylo não eram a mesma coisa. Hoje é a véspera de Ano Novo e a Shylo continua desaparecida, esta noite a minha família vai estar toda reunida à volta da televisão com as passas na mão a contar os doze segundos. A hora chegou, toda a gente foi buscar a tacinha das passas e juntaram-se todos à beira da televisão. 12…11…10…9…8…7…6…5…4…3…2…1…0 !! O único desejo que eu pedi foi que a Shylo aparecesse.
Eu e os meus pais fomos dar uma volta pela cidade para ver se encontrávamos a Shylo até que se ouviu um ladrar de uma cadela, eu reconheci logo que era a Shylo; olhei para cima e vi a Shylo com as patas da frente penduradas no parapeito de uma janela. Pelos vistos tinha sido uma família que pegou na Shylo. Eu fui lá tocar à campainha e quem me abriu porta foi uma criança da minha idade; atrás dessa criança vieram mais sete crianças mais novas.
A casa tinha um aspecto velho e pobre; eu fui falar com a mãe das crianças e ela disseme que o marido dela tinha morrido num acidente de automóvel e que por causa disso eram uma família muito pobre. Ela também me disse que o sonho das crianças era ter uma cadelinha para dar vida e alegria a esta casa.
Bom eu não podia destruir o sonho de oito crianças por isso deixei ficar a Shylo naquela família. Fui-me despedir da Shylo com muitas festinhas e abraços; a criança mais velha disse que quando a Shylo tivesse filhotes que éramos os primeiros a saber. Despedi-me da família e fui-me embora, contente por ter concretizado o sonho de uma família!