A estrela cintilante
Joana Teixeira, nยบ17, 5ยบA
Era uma vez uma menina chamada Liliana. Era o dia antes da vĂŠspera de Natal e ela estava no seu quarto a decidir o que havia de vestir no dia a seguir (a vĂŠspera de Natal). Pensava alto enquanto via as saias e os vestidos com cada vez mais pĂł, com o passar dos anos, naquelas caixas antigas de madeira:
- Muito azul, este, muito amarela que é esta! Este é muito colorido…. Mas que raio! Quando abria uma outra caixa com roupas de Natal, a mãe dela entrou no quarto de avental vestido e cheio de farinha de bolos para a ceia de Natal e exclamou: - Ó rapariga! Podia te dar para pior! Anda lanchar e apanhar ar fresco.
- Está bem! – respondeu contrariada e indecisa, pensando nas roupas. Foi lá fora com o seu lanche sentada debaixo de uma árvore colorida por flores, grande, conhecida por pessegueiro. Quando de repente cai uma grande, dourada e bastante cintilante estrela do céu! A miúda exclamou: - Fogo! Mas o que é isto!? Ai Meu Deus!!! - Não te assustes! – pediu a estrela - Eu não te faço mal.
- Mas eu devo estar tola! Estou a falar com uma estrela! Mas já agora, o que se passa? - Eu estava no céu a descansar para descer à noite e a Lua empurrou-me por eu ser a mais brilhante. Ela diz que as outras ficam com inveja e brilham menos por eu cintilar mais. Agora não há maneira de voltar…. E não, não estás tola! - Eu vou ajudar-te. Nunca disse isto a ninguém mas conheço uma ave que faz poções, para ser sincera, nunca ouvi falar de estrelas falantes, mas enfim. Vamos procurá-la e, quando a encontrarmos, pedimos-lhe ajuda. Está bem?
A estrela abanou a cabeça com um ar motivado. Então foram procurar a ave que era branca com umas pinceladas roxas. O seu nome era Nora. Quando finalmente a encontraram pediram-lhe quase de joelhos: - Podes nos fazer uma poção que ajude a estrela a voltar para o seu lugar? - Desculpem, mas acho que isso não existe….Vou verificar – respondeu, indo ao seu livro de poções – Não. Não existe. A não ser que a estrela queira ser humana….
- CLARO QUE SIM!!!!! Sempre quis saber como é ser livre e não estar sempre de braços abertos! – exclamou a estrela, muito contente. - Então, toca lá a mexer! - disse Liliana fazendo um “rabo-de-cavalo” no seu loiro, e encaracolado cabelo pelo ombro.- Às vezes, era como se tivesse pó dourado como o sol. Começaram por colher flores, para a poção ter mais cheirinho e cor. Pouco tempo depois, recolheram todo o tipo de especiarias, para dar sabor. Por fim cortaram alguns pinheiros.
No final de tudo a estrela bebeu tudo até á ultima gota e ficou…. IGUAL!!!!!! Viu-se ao espelho e disse: - Mas caramba! Nada aconteceu! Tanto trabalho para nada! - AH! Esqueci-me que temos de pôr uma pitada de pólen de margarida e um pouco de extracto de baba de sapo. - Que nojo!! – disseram as duas em coro.
Então fizeram tudo de novo com os ingredientes esquecidos e finalmente obtiveram uma rapariga de estrutura média, de cabelo castanho, esticado, comprido e com uma franja. Ela era magra. Agora chamava-se Adriana. Tinha a mesma idade que a Liliana, 12 anos. Até à noite de Natal, escondeu-se no quarto da Liliana mas ela teve que contar tudo à família e passou a ser a sua nova irmã!
Passou a ceia de Natal com a família a contar as suas histórias que passou no céu. Comeu a comida típica: bacalhau cozido com batata e ovo e as sobremesas típicas: bolo-rei, mexidos, rabanadas, pãode-ló, leite-creme e frutos secos.
A família nem a conhecia, mas foram logo comprar os presentes e foram muitos: recebeu uma boneca, um kit de maquilhagem e uma “Playstation”. Anos depois, ela já era bem crescida e de tão boa pessoa que era, as pessoas adoravam-na e era como se fosse da família!
FIM