Realizado por: Karina Oksyukivska Ano: 6ºB Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Cidália Rodrigues Escola: EB2,3 André Soares Data: 3 de Janeiro de 2011
Nº18
Era uma vez uma casa abandonada, onde ninguĂŠm se atrevia a entrar porque diziam que havia fantasmas. Nessa
mesma
rua
vivia
um
menino
muito
simpĂĄtico e corajoso, chamado Eduardo.
Duas semanas antes do Natal, o jovem ouviu algumas vozes naquela casa enorme e decidiu dar uma vista de olhos. Saiu da sua casa, passou a rua,
abriu o portão e… BUUU… apareceu uma amiga sua; ele, um pouco assustado, até caiu no chão. Era a Sofia, uma rapariga muito bonita, com o cabelo loiro, os olhos da cor do mar, era simpática e inteligente. Sofia não queria assustá-lo, mas quando o viu no chão achou alguma piada. - Olá, estás bem? – perguntava ela – Desculpa, eu não te quis assustar! Ele levantou-se e começou a explicar tudo à sua colega: - Ouvi algumas vozes naquela casa e quis ver quem era! - Posso ir contigo? – perguntava ela, muito ansiosa pela resposta. - Claro!
O Eduardo abriu a porta, entrou e a Sofia seguiu-o. A casa estava num silêncio misterioso. - Não está aqui ninguém. – murmurou ela. - Devia ser impressão minha. Vamos para casa, que já é tarde.
Depois de saírem de lá, despediram-se e foram-se embora. Quando o rapaz foi para a cama começou a pensar como tudo aconteceu. No dia seguinte, de manhã, os dois adolescentes ouviram de novo umas vozes felizes a cantar, que vinham daquela casa. Depois de tomarem o pequeno-almoço, o Eduardo e a Sofia foram para a rua.
- Olá Sofia. Como estás? – perguntou ele – Hoje também ouvi aquelas vozes…mas desta vez não era impressão minha! - Desta vez não é impressão tua, de certeza. Porque também ouvi. E lá foram eles para a entrada daquela casa. Abriram a porta, entraram e começaram a subir as escadas. Cada vez que subiam alguns degraus, o som das vozes era mais alto, Sofia olhou para o Eduardo e sorriu. Quando chegaram ao sótão o rapaz viu uma fábrica, com muitos anõezinhos a trabalhar.
- Sofia, baixa-te! – pediu baixinho – Não queremos que nos vejam! Ela quando viu aquela fábrica enorme ficou espantada. No fundo daquela sala estava sentado o Pai Natal a pôr algumas prendas dentro do seu saco gigante. Quando a Sofia o viu, gritou bem alto: - Olha o Pai Natal! - Olá meninos! O que é que estão aqui a fazer? – perguntou o Pai Natal.
- Eu chamo-me Eduardo e esta é a minha amiga Sofia. - Nós os dois ouvimos vozes dentro desta casa e decidimos dar uma olhadela e pronto aqui estamos nós. – explicou a Sofia. O Pai Natal pediu-lhes para guardarem o segredo da fábrica. - Meninos, podiam ajudar-me a embrulhar os presentes? – perguntava ele - Porque não tenho tempo suficiente para acabar o embrulho das prendas antes do Natal. -
Claro
alegremente.
que
ajudamos!
–
responderam
Em cada dia o Eduardo e a Sofia ajudavam o Pai Natal. Até que chegou a véspera de Natal. Os dois foram até aquela casa e um dos anões disse-lhes: - Já está tudo pronto. Podem ir embora! - E onde é que está o Pai Natal? - Está a descansar. – respondeu o pequenote com uma voz tão suave que quase não se ouvia.
No dia de Natal, a família da Sofia foi jantar a casa
do
Eduardo.
Comeram
imensas
coisas
deliciosas, no fim do jantar foram jogar as cartas, ao dominó, etc. Os pais da rapariga e ela ficaram a dormir na casa do miúdo. À meia-noite, a Sofia já estava a descansar. O Pai Natal desceu pela chaminé abaixo e pôs quatro prendas debaixo da árvore de Natal. Quando o Eduardo acordou foi ver se tinha algum presente debaixo da árvore de Natal. - Sofia, acorda! – gritava ele muito ansioso – temos muitas prendas debaixo da árvore. Esta é para mim, esta é para ti, esta é para mim e esta é para ti. IUPII temos os dois duas prendas!
A Sofia levantou-se e começou a ler os cartões que estavam nas prendas: - “Para a querida Sofia. Beijinhos, Pai Natal.”, “Para a minha melhor ajudante. Beijinhos, Pai Natal” - “Para o querido Eduardo. Abraços, Pai Natal.” – lia ele. - “Para o meu melhor ajudante. Abraços, Pai Natal.” E
começaram
a
desembrulhar
as
suas
prendinhas. Eles foram até aquela casa, subiram até ao sótão,
mas
já
não
estava
lá
ninguém,
só
encontraram um único envelope no chão, pegaram nele e foram para casa. Abriram-no, tiraram a carta e iniciaram a leitura:
-“Olá meus meninos. Eu sabia que vinham até esta casa, por isso deixei-vos esta carta. Em cada ano eu e os meus trabalhadores mudamos de fábrica, se este ano estivemos no Porto, no próximo vamos estar em Lisboa ou em Braga ou até em Espanha. Nós, os anõezinhos e o Pai Natal, agradecemo-vos por terem ajudado. Por isso, recompensamo-vos com mais uma prenda. Espero que gostem. Assinado: Pai Natal.” - Espero que ele tenha muita sorte no embrulho das prendas! – disse o Eduardo.
Depois daquela noite de Natal, a Sofia e o Eduardo esperavam sempre pelo dia em que o Pai Natal viesse para aquela casa abandonada.