Museu do café de Botelhos - Histórico e proposta de intervenção arquitetônica

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TÉCNICAS RETROSPECTIVAS II

ANA LÍVIA SANTOS - ESTELA CRISTINA - YASMIN DOS ANJOS

MUSEU DE BOTELHOS MUSEU DO CAFÉ

ARQUITETURA E URBANISMO


OBJETO DE ESTUDO

Edifício: Museu do Café de Botelhos Decreto de Tombamento: nº 225/2007 Período: início do séc. XX Arquitetura: Eclética

TÉCNICAS RETROSPECTIVAS II


ETAPA 01

Referências projetuais Palacete Franco de Mello - Casarão 1919 Reforma Casa Colonial, Rua 64 - Restaurante Hermana República Centro

ETAPA 02

Levantamento Histórico Histórico do município e do distrito Histórico e contextualização do bem cultural Descrição e análise do bem cultural Perímetro de tombamento e diretrizes de intervenção Perímetro de entorno de tombamento e diretrizes de intervenção Levantamento métrico Levantamento de patologias Linha do tempo da edificação

ETAPA 03

Intervenção no bem tombado Expografia Acessibilidade Anexo da cafeteria


REFERÊNCIA I

PALACETE FRANCO DE MELLO - CASARÃO 1919

Ano: 1905 Empreiteiro: Antônio Fernandes Pinto Proprietário: Joaquim Franco de Mello Localização: Av. Paulista, 1919 Área terreno: 860 m² Área construída: 600m² Arquitetura: Eclética Tombamento: 1992 pelo CONDEPHAAT

O único remanescente da primeira fase da Paulista (1891-1937)


REFERÊNCIA I

Promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo através do Concurso de Apoio a Projetos para Restauração de Imóveis Tombados pelo Condephaat Ano: 2014 Arquitetos: Hereñu + Ferroni Arquitetos

Restauro + Intervenção + Ampliação Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo


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REFERÊNCIA II

Ano do restauro: 2016 Arquitetos: Nauzet Rodriguez Proprietário: Restaurante Hermana República Localização: Rua 64, Mérida, Yucatán - México Área terreno: 352 m² Área construída: 196 m² Arquitetura: Colonial mexicano Tombamento: Monumento Histórico pelo Instituto Nacional de Antropologia e História do México

RESTAURANTE HERMANA REPÚBLICA CENTRO



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1. LEVANTAMENTO HISTÓRICO 1.1 Introdução O objeto de estudo deste trabalho consiste numa edificação residencial de estilo art-déco, situada à Praça Gabriel Botelho, nº 05, no município de Botelhos, Minas Gerais, na qual é um dos poucos exemplares arquitetônicos remanescentes do início do povoamento da cidade que ainda conserva características de sua construção e de sua evolução arquitetônica ao longo dos anos, seguindo as tendências. 07

Anteriormente conhecida como Casa da Dona Daria, hoje é reconhecida como Museu do Café e armazena peças e dados históricos referentes ao município e aos seus moradores. Para tanto, o trabalho apresenta a contextualização do município juntamente com o da residência, para um melhor entendimento, descrevendo todo o edifício a partir de análises históricas sobre sua arquitetura, acervo fotográfico, desenhos técnicos, diretrizes que regem seu tombamento e posteriormente, um levantamento sobre as patologias que hoje encontram no espaço e que merecem atenção a ponto de que surjam novas potencialidades no que diz respeito à sua conservação e uso.


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1.2 Histórico do município e do distrito

Figura 1 - Localização de Botelhos em Minas Gerais

O município de Botelhos, atualmente com uma população de praticamente 15 mil habitantes, encontra-se na mesorregião Sul-sudoeste de Minas Gerais, está a uma distância de 455 km a 22sudoeste de Belo Horizonte, com uma área de 334,089 km² que confronta seis municípios, sendo: Cabo Verde, Poços de Caldas, 08

Bandeira do Sul, Campestre e Divisa Nova, em Minas Gerais e Caconde, no Estado de São Paulo. Seu surgimento deu-se entre os anos de 1820 e 1845, nos quais pode-se encontrar os primeiros registros de um povoado que viria a ser, futuramente, o Município de Botelhos uma vez que o ponto norteador para seu desenvolvimento foi a expansão da economia cafeeira no Brasil. Logo, os primeiros moradores foram agricultores interessados na economia do café.

Fonte: (Wikipédia, 2006)


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O pequeno comércio começou a se desenvolver após a construção da primeira igreja do povoado em 1845, edificada e expandida por Antônio Carvalho e Joaquim Lucas de Carvalho, respectivamente, sendo elevada, posteriormente, à Matriz por Dom Antônio através da doação do terreno feita por Joaquim Botelho de Souza, onde originou o centro da vila: a praça principal, na qual foi erguida a Igreja Matriz dedicada a São José.

De acordo com o Dossiê de Tombamento da Residência, situada à Praça Gabriel Botelho, nº 5: “A evolução eclesiástica do município começou a se desenvolver em 30 de outubro de 1866, quando São José de

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Botelhos se transformou em Distrito de Paz pela Lei nº 1296. Posteriormente, em 1o de dezembro de 1873 o Distrito de Paz se tornou Freguesia, pertencente à Cabo Verde pela Lei Provincial nº 2031. Em 1874 passou a pertencer à Caldas, de acordo com a Lei nº 2085, para voltar a pertencer ao Município de Cabo Verde quatro anos depois, pela Lei no. 2500, de acordo com o Almanach Sul Mineiro de 1884. No dia 14 de setembro de 1891, criou-se o Distrito São José de Botelhos, saindo da antiga denominação de Freguesia, de acordo com a Lei Estadual nº 02. A datação da evolução política do município começa a 30 de agosto de 1911, quando se criou a Vila São José dos Botelhos, desmembrando-se de Cabo Verde e com apenas um distrito, a sede, através da Lei Estadual no. 556. O município foi instalado a 1º de junho de 1912.” (Município de Botelhos, 2008)


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Com a Lei Estadual nº 843, o topônimo do município e distrito de São José dos Botelhos muda para apenas “Botelhos” passando a integrar, além da sede, o novo distrito de Palmeiral. 22 Elevada em 10 de setembro de 1925 à categoria de cidade, atualmente, segundo o Decreto Lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o município é conformado pelos distritos de Botelhos (sede), Palmeiral e São Gonçalo. Uma vez consolidada a economia cafeeira, posteriormente, outras fontes econômicas ganharam destaque, como as indústrias de torrefação do café, doces e a produção da agricultura e agropecuária. Já no setor turístico da economia, oferece a represa Graminha do 10

Distrito de Palmeiral e o Cristo Redentor, como principais atrativos. Botelhos conta com um vasto acervo cultural composto por bens materiais e imateriais. Dentre os bens materiais podemos destacar a Casa da Cultura e o Cruzeiro, tombados municipalmente, e outras edificações que preservam suas características originais. Dentre os bens imateriais pode-se destacar as diversas festas religiosas dedicadas a santos como: São Sebastião, São José, São Benedito e Nossa Senhora Aparecida, Folia de Reis, as pastorinhas e a Semana Santa.


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1.3 Histórico e contextualização do bem cultural De acordo com o registo nº 773 do CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) de Cabo Verde, do ano de 1904, o Sr.

por platibanda, que possuía decoração requintada.

Figura 2 - Praça Gabriel Botelho, início do século XX

Honório de Souza Gonçalves adquiriu o terreno localizado na esquina do que viria a ser a Praça Gabriel Botelho do Sr. Antônio Gonçalves de Souza. 11

Nos próximos anos houve a construção de uma residência no terreno pelo próprio Sr. Honório junto de sua esposa, Ana Joscelina Gonçalves. A edificação, inicialmente, possuía linguagem arquitetônica eclética, e seguia os mesmos padrões das outras construções que compunham a paisagem do local. Uma foto

do início do século XX (Figura 2) mostra a

configuração da casa, em apenas um pavimento, com cobertura do telhado em quatro águas, porém escondido

Fonte: (Município de Botelhos, 2008)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS Figura 3 - Fachada da casa assim que foi construída.

A composição arquitetônica permanece, porém a mudança se dá através da alteração do coroamento da edificação, sem a platibanda e com telhado totalmente exposto, remetendo ao estilo colonial. (Figura 4)

Figura 4 - Praça Gabriel Botelho,1920. 12

Fonte: (Das autoras, 2021)

Percebe-se através da foto o ritmo das aberturas na fachada principal, o mesmo acontece na fachada lateral esquerda. Outro registro fotográfico, dessa vez do ano de 1920, percebe-se uma alteração na volumetria da edificação.

Fonte: (Município de Botelhos, 2008)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS Outra alteração posterior, cerca de 1930, foi a adoção de

Figura 5 - Praça Gabriel Botelho,1930.

beirais na edificação. (Figura 5) Percebe-se, fazendo o comparativo entre as fotos que houve uma ampliação na edificação, onde cômodos foram acrescentados à casa, aumentando a fachada que dá para a praça. Já no ano de 1943, com a morte do Sr. Honório de Souza Gonçalves, foi realizada a partilha dos bens do falecido, incluindo a 13

casa. De acordo com o Registro nº 3175 de 18 de dezembro de 1944 do CRI Botelhos, o imóvel foi adquirido pelo Sr. José Pinto da Anunciação Sobrinho, que poucos anos após a compra da casa, ele faleceu, e o imóvel passou a ser propriedade de sua filha, a Sra. Daria Antonieta Anunciação.

Fonte: (Município de Botelhos, 2008)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS Nesta época, o imóvel passa por outra modificação,

Figura 6 - Praça Gabriel Botelho, metade do século XX.

adquirindo características do estilo Art Déco.A platibanda foi reconstruída, mas dessa vez apresentando outras ornamentações, com frisos horizontais que marcaram bem a fachada. (Figura 6) A linguagem do Art Déco objetiva a geometrização das formas, utilizando de linhas retas ou círculos bem marcados, deixando o design abstrato. 14

É notável que as modificações realizadas na edificação ao longo dos anos demonstram a constante necessidade de manter a

Fonte: (Município de Botelhos, 2008)

residência nos padrões arquitetônicos de cada época. Observando o entorno da edificação nas fotos, percebe-se que as construções ao redor também sofriam dos mesmos tipos de mudança.

A Sra. Daria Antonieta Anunciação permaneceu na residência até a sua morte e o imóvel passou a ser propriedade de Adriano Pinto da Anunciação e de José Eugênio da Anunciação.


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS Seguindo decreto nº 43 de 05 de outubro de 2006, com o

grande parte das edificações ao redor não possuem

objetivo de preservar a memória arquitetônica do município e

afastamentos laterais e frontal e possuem tipologias,

também a integridade física da construção, o poder público declara

principalmente, em estilo colonial, eclético e art déco.

o valor histórico, cultural e arquitetônico da edificação, com a finalidade de tombamento e desapropriação. Então, através da Escritura Pública de Desapropriação

Figura 7 - Foto atual das principais fachadas da edificação.

Amigável, em 04 de dezembro de 2006, a Prefeitura Municipal de 15

Botelhos adquire o imóvel com objetivo de que a edificação seja a sede do Museu de Botelhos. 1.4 Descrição e análise detalhada do bem cultural A edificação está localizada em área de adensamento urbano no centro da cidade de Botelhos, onde Fonte: (Das autoras, 2021)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS No entorno do imóvel, há outras construções importantes para o município, como a Igreja Matriz (Figura 8), a Casa da Cultura (Figura 10) e a Casa Paroquial (Figura 11) Figura 8 - Igreja Matriz de Botelhos.

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Fonte: (Google Maps, 2021)

Figura 9 - Antiga Igreja Matriz de Botelhos.

Fonte: (Paróquia São José de Botelhos)

Figura 10 - Casa da Cultura de Botelhos.

Fonte: (Google Maps, 2021)

Figura 11 - Casa Paroquial.

Fonte: (Paróquia São José de Botelhos)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS O terreno localizado na esquina da Praça Gabriel Botelho com a Avenida Major Antônio Alberto Fernandes,

possui leve

e também duas folhas internas de abrir, também em madeira.

declive, está um pouco acima do nível da rua, e tem as duas principais fachadas alinhadas com a calçada.

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A residência conta com 11 cômodos, e todos possuem formato retangular ou quadrado. Apresenta piso em

A planta tem formato em “L”, e foi construída com tijolo

madeira, e a alvenaria rebocada e pintada com decorações

estrutural de barro cozido. O acesso se dá pela porta presente na

diversas, principalmente natureza morta, motivos florais,

fachada frontal.

utensílios domésticos e desenhos geométricos.

A porta principal é de madeira, com duas folhas de abrir, possuindo bandeira fixa com vidro incolor. A cobertura da edificação é de madeira dividida em seis

Na parte posterior do edifício há um galpão feito de alvenaria de tijolos e cobertura em duas águas com telha de fibrocimento.

águas, coberta com telhas cerâmicas do tipo francesa. O telhado é

Apresenta apenas um pavimento, mas conta com um

escondido pela platibanda em formato retangular, decorada com

porão que serve de isolamento da residência com o solo, e

ornamentos feitos de argamassa.

apresenta aberturas nas fachadas voltadas para o interior do

As janelas de todas as fachadas são de madeira e possuem verga reta, com duas folhas do tipo guilhotina, onde cada folha é dividida em oito caixilhos de vidro incolor

terreno.


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS Figura 12 - Porta principal vista por dentro da edificação e motivos geométricos na pintura interna. Figura 13 a e b -Vistas externa e interna do galpão presente no terreno.

18

Fonte: (Das autoras, 2021) Fonte: (Das autoras, 2021)


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Figura 14 a e b -Vistas externa e interna do porão da edificação.

Figura 15 a, b e c - Diversidade da composição dos forros feitos em madeira.

19 Fonte: (Das autoras, 2021)

1.5 Perímetro de tombamento e diretrizes de intervenção O perímetro de tombamento da Edificação Residencial localizada na Praça Gabriel Botelho, nº 5, confere uma área de 448 m², correspondendo à edificação e o limite do terreno, Fonte: (Das autoras, 2021)

colocando sob a proteção


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS o poder público municipal de modo a preservar a integridade da

Figura 16 - Desenho técnico da delimitação do perímetro de

edificação em questão e sua ambiência. Para tal feito, foram

tombamento

definidas diretrizes específicas aprovadas pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural que servem como instrumento legal de proteção. Por conseguinte, através da parceria entre a equipe técnica e o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de 20

Botelhos, foram desenvolvidas as seguintes diretrizes de intervenção: ●

Restauração das pinturas decorativas internas;

Regular as características construtivas das possíveis novas intervenções;

Analisar os planos de reformas elaborados pelo proprietário evitando intervenções que venham a descaracterizar o bem;

Fonte: (Município de Botelhos, 2008)


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Procurar conservar as características construtivas

1.6 Perímetro de entorno de tombamento e diretrizes

originais como, por exemplo, ao trocar esquadrias

de intervenção

substituir por outras de igual modelo e dimensão; ●

Fazer manutenção e limpeza constante das áreas internas e externas;

Figura 17 - Desenho técnico da delimitação do perímetro de entorno

Evitar o tráfego pesado nas imediações a fim de impedir problemas na estrutura da edificação;

21

Equipar a edificação com extintores de incêndio e equipamentos de segurança;

A instalação do Museu Municipal deve respeitar e preservar as características da edificação, buscando intervir da menor maneira possível na estrutura arquitetônica do bem cultural.

Fonte: (Município de Botelhos, 2008)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS Para a definir o perímetro foram utilizados critérios históricos e visuais buscando a conservação e preservação da área delimitada, uma vez que neste local encontra-se grande parte dos imóveis que conservam suas características originais. Dentre eles pode-se destacar a Casa da Cultura, tombada municipalmente.

entre a equipe técnica e o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Botelhos, sendo elas: ●

em paralelepípedo das vias; ●

A área é caracterizada por edificações de um ou dois 22

pavimentos, estabelecidas no alinhamento do terreno com

Manutenção constante dos canteiros e jardins da Praça Gabriel Botelho;

pequenos afastamentos laterais e uso misto. Ao centro da área delimitada tem-se a Praça Gabriel Botelho, sendo muito bem

Manutenção e conservação das calçadas e calçamento

Conservação do mobiliário urbano tais como bancos, postes, lixeiras e telefones públicos;

Instalação de novos mobiliários urbanos tais como

arborizada e dotada de diversos equipamentos urbanos como

bancos, postes, lixeiras e telefones públicos, para suprir

bancos, telefones públicos e postes de iluminação.

a demanda da área;

Assim como o perímetro de tombamento, para a área do

novas edificações situadas dentro do perímetro de

perímetro de entorno também foram estabelecidas diretrizes de intervenção, desenvolvidas na mesma parceria

Regular as características construtivas das possíveis entorno de tombamento;

Impedir a construção de novas edificações dentro


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS do

perímetro

de

entorno

de

tombamento

que

descaracterize o contexto ou impeça e prejudique a visibilidade do bem tombado; ●

Regular a localização das novas edificações a fim de que

2. LEVANTAMENTO MÉTRICO 2.1. Implantação do bem tombado com planta de cobertura Figura 18 - Implantação com planta de cobertura.

não sejam possíveis intervenções que descaracterizem a malha urbana; 23

Regular o tráfego de veículos pesados nas imediações;

Impedir a construção de edificações com volumetria acima de três pavimentos;

Regular a utilização de placas indicativas e placas de propaganda.

Fonte: (Município de Botelhos, 2008)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS 2.2. Plantas do bem tombado Figura 19 - Planta do pavimento térreo.

Figura 20 - Planta do pavimento inferior .

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Fonte: (Município de Botelhos, 2008)

Fonte: (Município de Botelhos, 2008)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS 2.3. Fachadas do bem tombado Figura 21 - Fachada frontal do edifício.

25 Fonte: (Município de Botelhos, 2008)

Figura 21 - Fachada frontal do edifício.

Fonte: (Município de Botelhos, 2008)

3. LEVANTAMENTO DE PATOLOGIAS A palavra patologia tem origem grega, sendo pathos = doença e logos = estudo. Sendo assim, compreende-se que o termo trata do estudo da doença e é comumente utilizado na área da ciência. Já na construção civil, a patologia se relaciona aos danos ocorridos em edificações e demanda um estudo, diagnóstico e correção de cada caso. Se possível, é de extrema importância indicar no diagnóstico em que etapa do processo construtivo se deu origem o fenômeno que desencadeou a “doença” e posteriormente indicar as correções ou medidas de profilaxia - evitam o aparecimento ou a propagação (ANDRADE apud NAZÁRIO; ZANCAN, 2016).


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS 3.1. Principais tipos de patologias em edificações 3.1.1. Fissuras

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A fissura é um dos principais tipos de patologias em edifícios, que podem interferir na estética, na durabilidade e na estrutura do mesmo. O surgimento de uma fissura pode indicar algum problema estrutural mais grave, e pode posteriormente originar uma trinca ou rachadura. As fissuras encontradas em alvenaria podem ser classificadas como geométricas (ou isoladas) que ocorrem em blocos, tijolos ou juntas de assentamento e também classificadas como mapeadas (ou disseminadas) formadas por retração da argamassa, excesso de finos no traço ou excesso de desempenamento, geralmente têm forma de “mapa” e frequentemente são aberturas superficiais. Ambos os tipos podem ser subdivididos em fissuras ativas ou passivas, sendo as ativas ainda subdivididas em sazonais ou progressivas. As ativas possuem variações sensíveis de abertura e fechamento, sendo as sazonais relacionadas à variações de temperatura (não apresentando

riscos reais à estrutura) e as progressivas aumentam com o decorrer do tempo e apresentam riscos para a vida útil do edifício. A fissura pode então evoluir para uma trinca, estado em que o objeto encontra-se partido, nesse caso a abertura ultrapassa a camada de revestimento e pode atingir a estrutura interna. A espessura da trinca pode ser superior a 0,5mm e pode chegar a 3mm. A forma mais grave das fissuras são as rachaduras, que ocorrem devido à falta de resistência de um determinado material. São aberturas de espessuras consideráveis, maiores que 3mm, e podem permitir a passagem de luz, ventilação e água tornando difícil a recuperação. 3.1.2. Umidade As manchas em sua maioria são causadas pela umidade provocada pela saturação de água, e posteriormente apresentam a deterioração do edifício. Os problemas causados pela umidade podem se


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS apresentar em paredes, pisos, forros, fachadas e elementos de concreto armado.

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Na representação de patologias na planta de cobertura tem-se os volumes localizados no fundo do terreno cuja cobertura não apresenta nenhuma patologia significativa, apenas intempéries devido à ação do tempo. Já o volume principal apresenta o maior problema do edifício, seja por telhas quebradas ou falta de manutenção causando infiltração, goteiras e manchas nas paredes decorrentes da umidade.

3.2. Representação gráfica de patologias Figura 22 - Mapa de patologias da cobertura do edifício

--------- Sem patologias aparentes --------- Telhado comprometido

Fonte: (Município de Botelhos, modificado pelas autoras, 2021)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS Figura 22 - Levantamento de patologias no interior do edifício.

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Fonte: (Município de Botelhos, modificado pelas autoras, 2021)


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS 3.3. Fotografia das patologias Figura 23 - Levantamento de patologias no interior do edifício

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Fonte: (Das autoras, 2021)


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4. LINHA DO TEMPO DA EDIFICAÇÃO

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Fonte: (Das autoras, 2021)


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Memorial Descritivo Partindo da importância que a instituição museu tem na formação do cidadão e a preservação que a história e arquitetura também devem ter para a sociedade, todo o projeto de restauro, conservação e implantação anexo do “Museu do Café”, foi elaborado com base nesses princípios, juntamente com questões referentes à acessibilidade tanto para a nova cafeteria planejada, quanto para o edifício existente. 31

Para qualificação de todo o espaço, algumas propostas foram desenvolvidas, com a finalidade de preservar o bem tombado e promover maior visitação pelo público, conscientizando-os sobre a importância da edificação e sua história para a região. Apresentados os objetivos, é essencial que haja manutenção periódica no bem pois, mesmo que tombado, verificou-se que não há muito zelo pelo imóvel, bem como pelas peças que o mesmo abriga em sua exposição. Visto isso, as principais propostas levantadas foram: a reorganização da expografia; a requalificação das pinturas das paredes, portas e janelas, e ornamentações no interior da casa bem como os forros, tanto do piso quanto do teto - e a troca de cores do edifício pelos tons mais próximos ao que era originalmente (observados em fotografias), em tons pastéis. Sendo assim, foi escolhida a cor “Bem-me-quer” para as paredes externas, e “Bala De Goma” para os ornamentos, ambas da marca Suvinil.


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Memorial Descritivo A reforma do telhado, tanto estrutura quanto fechamento, também se faz necessária para preservação do bem já que o estado atual é deplorável e inclusive já fez estragos no interior da edificação, bem como dos itens guardados em seu interior. O reforço estrutural na parede da edificação voltada para o norte também deve ser requalificado, visto que as atuais escoras improvisadas que sustentam a parede ocupam um espaço desnecessário e não provêm a segurança necessária. 32

Outra proposta foi a designação do porão da edificação, até então inutilizado, para a deposição de ferramentas e equipamentos utilizados pela equipe de jardinagem da área do Museu e também da praça central da cidade. A troca do padrão de energia também se faz necessária, já que na condição que se apresenta atualmente percebe-se o descaso, podendo resultar em descargas elétricas ou maiores perigos. Sendo assim, para usufruto do próprio museu bem como para as atividades externas, como festas da Igreja Matriz por exemplo, é essencial que um novo padrão seja elaborado. Foi concebido, então, na mesma face do muro em que estava instalado porém, mais distante da entrada dos visitantes. Por conseguinte, a nova área projetada conta com uma cafeteria com arquitetura moderna que respeita o tempo da edificação antiga, sem conflitos entre linguagens arquitetônicas, tornando-se uma composição harmoniosa sem imposições do novo edifício para com o antigo.


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Memorial Descritivo Para acessar este café, há duas possibilidades: diretamente da rua, podendo entrar pelo portão que dá acesso literal à cafeteria e também ao visitante que estiver dentro do museu, podendo cruzar o terreno por meio de uma rampa acessível de três lances, nascendo onde antes havia uma escada e também uma rampa (ambos não atendendo às normas de acessibilidade). O lance do meio, sendo mais rente à uma face maior da edificação, foi implementado com apenas 1,8% de inclinação para que assim, não fique de forma agressiva frente à parede antiga, respeitando-a. 33

À vista disso, a implementação do novo espaço promoveria não apenas o deleite do usuário enquanto visitante do museu, mas também seria um grande aliado na promoção do aumento da frequência do público no bem tombado, visto que é em um local aconchegante que presta um serviço que remete à principal temática do museu, podendo ficar aberto para visitação também no período da noite. O novo anexo contém dois espaços para os clientes, sendo um aberto, porém dentro do limite da cafeteria, e um coberto; cozinha; dois banheiros acessíveis projetados tanto para os usuários do local como funcionários; um novo espaço para armazenamento das peças que não estão sendo expostas dentro do museu - neste mesmo espaço, uma área destinada para funcionários PcDs, otimizando seu fluxo - e uma nova área administrativa no pavimento superior. Também foram espalhadas mesas nas áreas externas para aqueles que preferirem estar ao ar livre, próximo ao palco destinado para apresentações e futuros eventos, promovendo sempre a cultura e bem-estar de todos.


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Memorial Descritivo O seguinte quadro apresenta os respectivos valores de áreas de todo o complexo. A intenção do projeto foi de respeitar a construção existente e também elaborar estratégias que possibilitassem maior permeabilização da água no solo, sendo assim, para que alcançasse um valor de área permeável que consiga atender as normativas locais,, houve utilização de espaços verdes mas, principalmente do concreto drenante nas áreas destinadas ao uso externo da cafeteria. 34 Área permeável

108, 00 m²

Área construída

138,5 m²

Área projetada

170,47 m²

Área total

416,97 m²


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Síntese Propostas:

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Programa de necessidades do novo espaço:

●Acessibilidade

●Área administrativa

●Cafeteria

●Banheiros Públicos (PCD’s)

●Elaboração de fluxo e expografia do museu

●Cozinha

●Manutenção da pintura das paredes internas e

●Depósito de ferramentas de jardinagem da

suas respectivas ornamentações ●Mudança na cor das paredes externas por cores

próximas às originais

praça da matriz ●Espaço para guardar peças que não estarão

em exposição

●Mudança do padrão de energia

●Palco para apresentações

●Reforma do telhado

●Praça de alimentação


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Cartas Patrimoniais 1. CARTA DE ATENAS (1931) O museu deve ser um centro de informação e reflexão, onde o homem se reencontra com a história e a memória. Nesse contexto, os museus exercem um significado extremamente relevante para a sociedade. São locais de conexão entre passado, presente e futuro, sendo instrumentos de preservação da memória cultural do povo e responsáveis pela manutenção de acervos de patrimônios material e imaterial.

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Sobre a Carta de Atenas se evidencia: [...] b) O papel da educação e o respeito aos monumentos. A conferência, profundamente convencida de que a melhor garantia de conservação de monumentos e obras de arte vem do respeito e do interesse dos próprios povos, considerando que esses sentimentos podem ser grandemente favorecidos por uma ação apropriada dos poderes públicos, emite o voto de que os educadores habituem a infância e a juventude a se absterem de danificar os monumentos, quaisquer que eles sejam, e lhes façam aumentar o interesse, de uma maneira geral, pela proteção dos testemunhos de toda a civilização (ESCRITÓRIO INTERNACIONAL DOS MUSEUS SOCIEDADE DAS NAÇÕES, pg. 4, 1931).


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS Em relação ao papel da educação e respeitos aos monumentos, segundo registros da prefeitura do Município, vários projetos foram realizados no Museu Histórico Geográfico de Botelhos e do Café, entre eles foram desenvolvidos os seguintes temas: A tradição das Cavalhadas e Carros de Bois, Lembranças e Crônicas, Botelhos História e Memórias, Conhecendo Botelhos e “O que é Museu?”. Todos estes projetos foram desenvolvidos pela professora e responsável pelo Museu de Botelhos e do Café Vanda Helena Ribeiro Guimarães, que avalia as oportunidades de inserção de ações educativas dentro dos projetos, abordando uma metodologia de conscientizar o público atendido sobre a importância do processo da construção histórica da comunidade. Em atendimentos aos alunos e professores das redes municipal, estadual e particular de ensino, as atividades são apresentadas através de palestras, materiais ilustrativos e saídas de campo.

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Segundo a Diretora do Departamento Municipal de Educação e Cultura, Márcia Aparecida Frazão Siqueira, o Museu de Botelhos e do Café tem cumprido bem seu papel, sendo um espaço aberto ao público em geral, com caráter educativo e desenvolvendo projetos com o objetivo de recuperar, preservar e disseminar a memória coletiva do Município através de seu acervo.

Intuito do Projeto

Continuar a promoção da conscientização sobre o respeito aos monumentos públicos e/ou históricos através da otimização dos espaços e criação de um palco para eventos culturais.


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Cartas Patrimoniais 2. CARTA DE VENEZA (1964) Artigo 1º - A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico.

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Estende-se não só às grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural (ICOMOS, pg. 1, 1964). O Museu Histórico Geográfico de Botelhos e do Café assume claramente o papel de uma obra modesta, que com o tempo adquiriu significação cultural, conforme descrito na Carta de Veneza (1964). Foi uma casa presente em diversos acontecimentos marcantes do Município, faz parte de sua história e hoje conta a história de um dos maiores potenciais econômicos da região.


MUSEU DO CAFÉ - BOTELHOS Artigo 5º - A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade; tal destinação é portanto, desejável; mas não pode nem deve alterar à disposição ou a decoração dos edifícios. É somente dentro destes limites que se deve conceber e se pode autorizar as modificações exigidas pela evolução os usos e costumes (ICOMOS, pg. 2, 1964). Artigo 6º - A conservação de um monumento implica a preservação de um esquema em sua escala. Enquanto subsistir, o esquema tradicional será conservado, e toda construção nova, toda destruição e toda modificação que poderiam alterar as relações de volumes e de cores serão proibidas (ICOMOS, pg. 2, 1964).

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Conforme os artigos citados acima, modificações, alteração de volume e cores é proíbido, no entanto, o monumento sofreu tanto alteração de cores como ornamentais nas fachadas externas, modificando as características originais sem nenhuma particularidade que justificasse tal ato.

Intuito do Projeto

Promover a valorização do café local, maior potencial econômico da região, através da criação de um estabelecimento comercial.


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IMPLANTAÇÃO

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PAVIMENTO CAFETERIA

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PAVIMENTO MUSEU

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PAVIMENTO ADM

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CORTES

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CORTE TRANSVERSAL A/A

CORTE TRANSVERSAL C/C


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CORTES

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CORTE LONGITUDINAL B/B


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ELEVAÇÕES

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ELEVAÇÃO LESTE

ELEVAÇÃO OESTE


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ELEVAÇÕES

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ELEVAÇÃO SUL


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ELEVAÇÕES

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ELEVAÇÃO NORTE


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ELEVAÇÕES

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ELEVAÇÃO NORTE


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EXPOGRAFIA Itens que remetem ao café; louças Taxidermia; bonecos; diversos Totens; maquetes Troféus; bandeiras W.C. 50

Almoxarifado Cozinha funcionários Discos; livros; instrumentos; eletrônicos Fotos, documentos e arquivos Itens domésticos feitos de ferro As amostras foram dispostas e realocadas de forma que o fluxo, tanto espontâneo quanto o guiado, aconteça de forma mais organizada respeitando a tipologia da casa.

(panelas, ferro de passar roupa, etc)


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FLUXO VISITANTES E FUNCIONÁRIOS

Entradas 51

Fluxo Visitantes Entrada somente funcionários Fluxo somente funcionários


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RENDERS

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Referências ANDRADE, Erika Bressan Botelho. Principais manifestações patológicas encontradas em edificação. 2016. Disponível em: < PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ENCONTRADAS EM EDIFICAÇÃO (uol.com.br) > Acesso em 01 de abril de 2021. Archdaily. Reforma casa colonial na rua 64. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/803434/reforma-casa-colonial-na-rua-64-nauzet-rodriguez> Acesso em 05 de Marc. de 2021. 69

CENTAMORI, Vanessa. Requinte francês e disputa: conheça o centenário casarão abandonado da Avenida Paulista. Aventuras na História. 2020. Disponível em: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/requinte-frances-e-disputas-conheca-o-centenario-casarao-abandonado-da-aveni da-paulista.phtml> Acesso em 03 de Mar. de 2021. CONSTANTI, Francine. Conheça a história do misterioso casarão que sobrevive na Avenida Paulista. A vida no centro. 2020. Disponível em: <https://avidanocentro.com.br/blogs/conheca-a-historia-do-misterioso-casarao-que-sobrevive-na-avenida-paulista/> Acesso em 03 de Mar. de 2021. COTRIM, Luciana. Franco de Mello: um dos primeiros e o último casarão da Avenida Paulista. Série Avenida Paulista. 2019. Disponível em: <https://serieavenidapaulista.com.br/2019/11/27/franco-de-mello-um-dos-primeiros-e-o-ultimo-casarao-da-avenida-paulista/> Acesso em 03 de Mar. de 2021. DOSSIÊ TOMBAMENTO DA RESIDÊNCIA SITUADA NA PRAÇA GABRIEL BOTELHO, Nº 5. 2008.


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PARÓQUIA SÃO JOSÉ DE BOTELHOS. IGREJA MATRIZ SÃO JOSÉ DE BOTELHOS A PEDRA FUNDAMENTAL DE NOSSA CIDADE. Disponível em: <https://paroquiasaojosebot.wixsite.com/paroquia-sao-jose/sobre> Acesso em 23 de abril de 2021. SUZUKI, Carolina. Patrimônio Histórico - Residência Joaquim Franco de Mello. SlideShare. 2013. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/carolinasuzuki18/casaro1919versao3-final-2> Acesso em 03 de Mar. de 2021. Wikipédia. Localização de Botelhos em Minas Gerais, 2006. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Botelhos#/media/Ficheiro:MinasGerais_Municip_Botelhos.svg > Acesso em 14 de abril de 2021. Wikipédia. Residência Joaquim Franco de Mello. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Resid%C3%AAncia_Joaquim_Franco_de_Melo> Acesso em 03 de Mar. de 2021.


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