Ribeirão Preto, 28 de novembro de 2017
APENAS PONDERANDO!! Vivemos no tempo da pós-modernidade. Paradigmas são quebrados a todo instante, verdades são desconstruídas e os absolutos da cultura judaico-cristã tem sido cada vez mais questionada. Será que a igreja do nosso tempo tem compreendido os perigos e desafios do pós-modernismo? O que preocupa é que, ainda que alguns grupos pensem estar labutando pela ortodoxia cristã, na verdade estão profundamente influenciados pelo estilo de vida pós-moderno. Outros, em contrapartida, afirmam lutar pelo resgate da missão integral da igreja, quando, de fato, estão canalizando o principal modus operandi da sociedade pós-moderna: a Relativização. Vou tentar explicar, a grosso modo, que o pós-modernismo se reveste de algumas práticas muito comuns nos nossos dias: ➢ ➢ ➢ ➢ ➢
Hedonismo (a busca do prazer a qualquer custo); Egocentrismo (o EU acima de tudo); Antropocentrismo; Materialismo; Relativização;
Não é exatamente o que presenciamos nos nossos círculos eclesiásticos atualmente? De um lado, as igrejas pentecostais e neopentecostais defendem uma moral mais conservadora, mas profundamente envolvida com a centralidade do homem e a visão materialista da teologia da prosperidade. Do outro, algumas lideranças de igrejas históricas vociferando contra os desmandos da igreja neopentecostal, defendem com inteligência e competência a chamada “missão integral da igreja”, que sem dúvida alguma é correta, mas pecam terrivelmente contra o evangelho ao relativizarem as verdades espirituais eternas, e ainda serem profundamente lenientes com a corrupção da esquerda pragmática no Brasil (entenda-se PT). Sinceramente, não consigo entender alguns líderes cristãos criticando seus irmãos simplesmente porque não concordam com eles, sendo que os mesmos fazem alianças políticas e ideológicas com o PT. O que precisamos é fazer uma autorreflexão quanto ao nosso papel como igreja, e lutar com todas as forças para trazer de volta a pureza do Evangelho de Cristo, que é o único Evangelho que pode verdadeiramente nos preparar para responder aos anseios e lacunas da sociedade do século XXI. Às vezes, ou melhor, muitas vezes me sinto um pouco solitário… não me encaixo muito bem nem entre os neopentecostais, e tampouco me sinto confortável com a arrogância de alguns históricos. Será que não é tempo de nos esforçarmos para responder favoravelmente à oração de Cristo encontrada em João 17? Afinal, a exemplo da unidade do Senhor Jesus com o Pai, se pudermos conviver com as nossas diferenças, talvez o mundo creia no Cristo da bíblia que todos nós pregamos ou deveríamos pregar! APENAS PONDERANDO!!!
Estevão Vieira Machado Cristão Evangélico