VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
Compilação das histórias adaptadas por todos os Jardins de Infância do Agrupamento de Alijó.
Agrupamento de Escolas D.Sancho II, Alijó Ano letivo 2012/13
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Introdução O projeto “ Velhas Palavras, Novas leituras” surgiu no âmbito do PNL, para dar continuidade ao projeto Recolha do Património Oral iniciado no ano letivo anterior e para
ser trabalhado este ano por todos os Jardins de Infância do Agrupamento de Escolas D.Sancho II, Alijó. Este Projeto foi desenvolvido em contexto escolar e teve como objetivo primordial fomentar o gosto pela leitura nos alunos deste nível. Partiu do pressuposto de que, nesta fase da vida das crianças, a leitura surge como uma fonte inesgotável de prazer que os
transporta a um mundo mágico, onde, muitas vezes, são eles próprios os protagonistas da ação. Além disso, permite-lhe desenvolver a imaginação, os sentimentos, as emoções, o espírito crítico, assim como a ampliar o vocabulário. Cada Jardim escolheu uma história a ser trabalhada pelo respetivo grupo de alunos, apoiados pelas respetivas educadoras e assistentes operacionais. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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Todas as histórias trabalhadas continham uma verdadeira lição de amizade, espírito de entreajuda, tolerância, que as crianças incutirão nas suas vidas futuras e no seu crescimento como cidadãos. Segundo Sandroni e Machado (1991, p.12) “a criança percebe desde muito cedo, que o livro é uma coisa boa, que dá prazer”. Contar histórias é uma ferramenta pedagógica na formação do caráter social e intelectual da criança, em contexto pré-escolar e, está provado que as crianças que crescem a ouvir histórias crescem mais felizes.
“Ouvir contar histórias na infância leva à interiorização de um mundo de enredos, personagens, situações, problemas e soluções, que proporciona às crianças um enorme enriquecimento pessoal e contribui para a formação de estruturas mentais que lhes permitirão compreender melhor e mais rapidamente não só as histórias escritas como os acontecimentos do seu quotidiano.” in Brochura do PNL.
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Índice
Introdução ----------------------------------------------------------------------------------------------pág.3 As Três Laranjas – Alijó ( 3 salas)-----------------------------------------------------------pág.6 A Casinha de Chocolate – Castedo--------------------------------------------------------pág.17
Os Três Cabritinhos –Favaios ---------------------------------------------------------------pág.25 O Coelhinho Branco e a Formiga Rabiga -Pegarinhos---------------------------pág.33 A Velha e a Cabaça-Pinhão (2 salas)-------------------------------------------------------pág.44
A Carochinha e o João Ratão –Sanfins do Douro----------------------------------pág.72 A Galinha Ruiva –Santa Eugénia ----------------------------------------------------------pág.94 O Capuchinho Vermelho -S. Mamede de Ribatua ----------------------------pág.101 A Cigarra e a Formiga- Vilar de Maçada-----------------------------------------------pág.111 O Patino Feio- Vilarinho de Cotas--------------------------------------------------------pág.132
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AS TRÊS LARANJAS
História elaborada pelos alunos das 3 salas do Jardim de Infância de Alijó
com a orientação das Educadoras: Cristina Catarino, Maria da Luz, Rosário Beça. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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Era uma vez um príncipe que vivia num castelo, acompanhado de seus pais o rei e a rainha. O rei queria que o filho se casasse, mas o príncipe não se tinha ainda casado porque não conseguia encontrar uma donzela bonita e bondosa.
Com o passar do tempo o rei ficou velhinho e adoeceu, por esse motivo pediu ao filho que arranjasse uma princesa para se casar. O príncipe resolveu então procurar noiva, montou a cavalo e lá partiu. Pelo caminho encontrou uma velhinha que carregava um grande molho de lenha, este com pena da velhinha ajudou-a a chegar a casa. A velhinha comovida pela generosidade do príncipe ficou muito agradecida dizendo:
- Não tenho nada para te dar, apenas estas três laranjas especiais, pois são mágicas e irão ajudar-te a encontrar a felicidade, mas atenção só podes abri-las ao pé de uma fonte.
O príncipe tinha tanta sede que não resistiu e partiu uma laranja ao
meio e saiu de lá uma princesa nua muito bonita que disse: -Dá-me água, dá-me água, dá-me água e ele não tinha e ela morreu. O
príncipe
galopou,
galopou,
galopou… até que viu um fonte. Abrindo a terceira laranja, saiu de lá uma princesa bonita. O príncipe deu-lhe água e a princesa não morreu. Como estava nua, ele não
a pode levar para o Castelo e ficou à
espera
que
o
príncipe
lhe
trouxesse a roupa. Enquanto isso esta escondeu-se atrás de uma árvore.
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Enquanto a princesa aguardava nua, coberta pela folhagem, o prĂncipe galopando foi buscar roupas ao castelo.
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Perto dessa รกrvore e dessa fonte vivia com a sua mรฃe a preta Maria. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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Preta Maria vai buscar água à fonte com a tua cântara, depressa, disse a mãe. A preta Maria apressou-se e ao chegar à fonte, vendo o seu reflexo na água
disse: -Preta Maria tão linda com cântara na cabeça, não pode ser! Partiu a cântara e regressou a casa sem água.
Ao chegar a casa a mãe muito zangada fê-la ir de novo à fonte e ela repetiu o que anteriormente tinha feito. Ao ver de novo o seu reflexo na água pela terceira vez, chegou à fonte e repetiu:
-Preta Maria, tão linda com cântara na cabeça não pode ser… Ouviu risos… e olhou para o cimo da árvore onde viu uma linda princesa…
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Vendo que o reflexo na água não era dela, mas da linda princesa, cheia de raiva, trepou à árvore até chegar perto dela. Acariciou a sua pele muito suave e clara e os seus belos cabelos louros,
longos e muito macios. No cimo da sua cabeça espetou um alfinete. Logo
de
seguida
transformou-se
em
a
princesa
pomba
e
desapareceu.
A preta Maria tapou-se com as folhas e ficou no lugar da bela princesa. Quando o príncipe chegou com as vestes e olhou para a árvore reparou
que não era a mesma pessoa que lá deixou.
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-Mas onde está a princesa que aqui deixei? -Sou eu meu príncipe, foi o sol que me crestou… de tanto esperar …
Como palavra de rei não volta atrás, o príncipe, apesar de triste e de não estar convencido, levou a princesa no seu cavalo para o castelo.
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Quando o príncipe chegou ao castelo com a princesa estava muito triste porque a princesa que ele tinha deixado junto à fonte era mais bonita do que aquela que ele trouxe para o castelo. Ele não entendia o que tinha acontecido à beleza da sua princesa, mas mesmo assim, como tinha prometido ao seu pai que iria casar, mandou preparar o casamento.
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Enquanto que no castelo se faziam os preparativos para o casamento, no jardim apareceu uma pomba que foi ter com o hortelão da hortelaria e lhe perguntou: - Como está a Preta Maria? O hortelão respondeu: -Come e bebe e passa boa vida.
O hortelão foi contar ao príncipe o que tinha acontecido e este, ordenou-lhe: - Arma-lhe um laço de fita e traz-ma ao castelo.
Quando o hortelão se aproximou da pomba tentou armar-lhe um laço de fita, mas a pomba disse-lhe: -Pomba Real não cai em laço de fita. Novamente o hortelão dirigiu-se ao príncipe e contou o que se tinha passado, e ele disse-lhe: Agora vais armar-lhe um laço de prata. A pomba repetiu a mesma coisa. Nessa altura, o hortelão sem saber o que fazer para agradar ao príncipe, voltou ao castelo e contou-lhe novamente o que a pomba lhe
dissera. Desta vez o príncipe disse-lhe: Arma-lhe um laço, mas um laço de ouro. Finalmente a pomba deixou-se prender pelo laço e o hortelão pegou nela com muito cuidado e levou-a à presença do príncipe. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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O príncipe quando viu a pomba ficou tão contente, que pegou nela e começou a acaricia-la. Ao passar-lhe a mão pelo pescoço,
encontrou um alfinete, puxou por ele como muito cuidado e nessa altura a pomba transformou-se numa linda princesa e o príncipe ficou muito feliz.
De seguida o príncipe mandou chamar a Preta Maria à presença da princesa e perguntou à sua princesa o que queria fazer da Preta Maria por se ter feito passar por princesa e a ter transformado numa pomba. A princesa respondeu.
No fim o príncipe contou à princesa o que se estava a preparar no castelo e ordenou que fossem buscar o vestido de princesa que a Preta Maria ia vestir e que o entregassem à sua princesa, para realizarem o seu casamento. Finalmente fizeram uma grande festa no jardim do palácio e o príncipe e a princesa foram felizes para sempre.
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A CASINHA DE CHOCOLATE
História trabalhada e adaptada pelos alunos do Jardim de Infância de Castedo e com o apoio das Educadoras: Maria do Carmo Gomes e Maria José
Almeida. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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OS SETE CABRITINHOS
TRABALHO REALIZADO PELAS CRIANÇAS DO JARDIM DE INFÂNCIA DE FAVAIOS E PELA EDUCADORA ELISABETE LAGINHAS RIBEIRO
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Era uma vez uma cabra que vivia numa casinha, perto da floresta, com os seus sete cabritinhos. Um dia, teve de ir ao mercado buscar comida e pediu-lhes que não abrissem a porta a ninguém. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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Logo que a mãe saiu, um lobo matreiro tentou enganar os cabritinhos, mas estes não lhe abriram a porta pois tinha a voz muito grossa. O lobo tentou adoçar a boca com mel, bateu à porta, mas os cabritinhos viram-lhe as patas pretas. Mais uma vez, não lhe abriram a porta. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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O lobo foi então à padaria, mergulhou as patas na farinha do padeiro e voltou a casa dos cabritinhos. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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Desta vez os cabritinhos abriram a porta, pois pensavam que era a mam茫. Quando viram o lobo, correram a esconder-se debaixo da cama, debaixo da mesa, dentro do arm谩rio e do rel贸gio. O lobo comeu-os todos, menos o cabritinho mais novo, que estava escondido dentro do rel贸gio. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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Quando a mãe chegou a casa pensou que tinha perdido todos os seus filhinhos. De repente, ouviu um choro muito baixinho… Era o cabritinho que tinha escapado ao lobo. Saiu do relógio e contoulhe tudo. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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A mĂŁe cabra foi Ă procura do lobo e encontrou-o a dormir profundamente e a ressonar muito alto. Abriu-lhe a barriga, salvou os filhos e encheu a barriga do lobo com pedras. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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O lobo, quando acordou, foi beber água ao poço e, de tão pesado que estava, morreu afogado.
Vitória, vitória, acabou-se a história.
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O COELHINHO BRANCO E A FORMIGA RABIGA
Hist贸ria trabalhada e adaptada pelos alunos do Jardim de Inf芒ncia de Pegarinhos e com o apoio da Educadora Estela Caldeira.
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Um dia, o Coelhinho Branco saiu cedo de casa para ir à
horta buscar uma couve para o seu caldinho. Ao voltar, encontrou a porta fechada a sete chaves e sete cadeados.
-
Como é possível? – exclamou ele espantado. Deixei a porta
aberta e encontro - a trancada? Alguém deve ter entrado sem eu dar por isso. Bateu uma, bateu duas, bateu três vezes.
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De dentro, uma voz estranha perguntou: Quem está aí?
O coelhinho fez-se valente: - Sou eu, o Coelho Branco.
Que fui à horta buscar uma couve para o meu caldinho.
De dentro veio uma gargalhada: Pois eu sou a Cabra Cabrês
que te salto em cima e te faço em três! VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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Tremeu o coelhinho sem saber o que fazer. Lembrou-se então de um cão, seu amigo, que vivia numa
quinta ali perto. Por favor vem comigo! Em minha casa está a cabra Cabrês
que me salta em cima e me faz em três!
O cão suspirou: Cheguei da caça, estou cansado. Procura ajuda noutro lado.
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Tremeu o coelhinho sem saber o que fazer. Lembrou-se então de um boi , seu amigo, que
pastava num prado ali perto. Por favor, vem comigo! Em minha casa está a cabra Cabrês
que me salta em cima e me faz em três!
O boi suspirou: Puxei o arado, estou cansado.
Procura ajuda noutro lado.
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Tremeu o coelhinho sem saber o que fazer.
Lembrou-se então de um galo , seu amigo, que cantava empoleirado numa cancela ali perto.
Por favor vem comigo! Em minha casa está a cabra Cabrês que me salta em cima e me faz em três!
O galo suspirou: Fiz nascer o sol,
estou muito cansado. Procura ajuda
noutro lado.
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Chorava o coelhinho a sua triste sorte quando sentiu um ligeiro formigueiro pelas pernas acima e ouviu
uma vozinha que dizia: Por mais que trabalhe , nunca estou cansada.
Eu irei contigo à cabra malvada Era a sua amiga formiga,
atarefada como sempre, quem assim lhe falava. Mais animado o
Coelhinho Branco pôs-se a caminho e em menos de três
saltos e vários ziguezagues, estava diante de casa.
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Antes que a cabra tivesse tempo dizer fosse o que fosse, a formiga perguntou, cá de fora: Quem está aí?
Ouviu-se uma gargalhada: Sou eu a cabra Cabrês, Que te salto em cima e te faço em três.
Antes Pois eu sou a Formiga Rabiga Que te salto em cima e te furo a barriga
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Se bem o disse, melhor o fez: entrou pelo buraquinho da fechadura, saltou para cima da cabra e tantas picadelas lhe
ferrou que a Cabra Cabr锚s aos coices e aos pinotes, rebentou com a porta, fugiu pela estrada e nunca mais foi vista.
O Coelhinho Branquinho e a Formiga Rabiga puderam assim entrar em casa, p么r a couve na panela e fazer a sopa para o jantar. Comeram a melhor sopa de todos os dias das suas vidas.
Acreditam ?
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“ A Velha e a Cabaça” História recontada e ilustrada pelas crianças “Sala das Árvores” do Jardim de Infância do Pinhão e com o apoio da Educadora Celeste Rodrigues
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Era uma vez uma velhinha que vivia sozinha na sua casa de pedra, tinha apenas um gatinho para lhe fazer companhia.
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Um dia teve a visita do carteiro que lhe trouxe uma carta. Era um convite de casamento da sua filha.
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A velhinha p么s-se a caminho para ir ao casamento da filha. Foi pela floresta e levou um pau para a ajudar a andar.
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Na floresta a velhinha encontrou um lobo que lhe disse vou-te comer .
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Chegou a casa da filha que a recebeu ela e o seu noivo.
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Realizou-se o casamento da filha com muitos convidados.
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A filha viu a mãe sentada numa cadeira muito triste e perguntou-lhe: - Ó minha mãe, o que se passa? Está tão triste no dia do meu casamento! -Sabes- respondeu-lhe -a velhinha, quando vinha para cá, encontrei um
lobo na floresta que me queria comer. Eu disse-lhe que vinha ao teu casamento , que ia comer muito para ficar mais gordinha e ele agora está à minha espera. A filha disse-lhe:- Não se preocupe com isso, vou já resolver o problema.
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A filha chamou o seu noivo e disse-lhe:
- Ó António, vai à nossa horta e traz a cabaça maior que encontrares. O noivo assim fez.
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A filha da velhinha e o seu noivo fizeram um buraco na cabaรงa e meteram a velhinha lรก dentro e deitaram a cabaรงa a rodar
pela floresta a baixo.
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A cabaรงa foi a rodar pela floresta abaixo.
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Na floresta, o lobo esperava pela velhinha que nunca mais chegava , apenas viu uma cabaça a rodar e perguntou-lhe:
-ó cabaça, não viste por aí uma velha? E a cabaça respondeu: -Não vi velha, nem velhinha,
Não vi velha, nem velhão, Corre, corre cabacinha
Corre, corre cabação.
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História trabalhada e adaptada pelos alunos da sala “Nuvens” do Jardim de Infância do
Pinhão e com o apoio da Educadora Teresa Quintelas. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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ERA UM VEZ UMA VELHA QUE VIVIA SOZINHA NUMA CASA DE PEDRA.
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Somente tinha um gato com quem falava nas manh達s e tardes de outono.
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Eis que num dia de inverno, chega o senhor carteiro que lhe bate à porta para lhe entregar uma carta. A velha, de repente, disse: -De quem será? Ah! Um convite da minha filha! Convida-me para o seu casamento, Foi com alegria que disse:- Como gostaria de ir!...
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Enquanto a velha se arranja para ir ao casamento, o
lobo na floresta espera meter medo a alguém. De repente, o lobo sente os passos de alguém que caminhava sozinha pela floresta. Quem será? tenho tanta fome!... Ah uma velha!
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-Uh, ó velha, vou-te comer! -Ó lobo, não me comas! Eu estou muito magrinha, só tenho ossos! Deixa-me ir, eu vou para o casamento da minha filha, vou comer muito e quando vier, já venho mais gordinha!
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Eis que chega ao casamento. A velha esteve todo o tempo bem disposta, mas quando todos já estavam no baile a velha num canto do salão pensava no que
havia de dizer ao lobo. A filha reparou na preocupação da mãe e disse-lhe: Minha mãe, triste
no meu casamento!? Olha, minha filha, encontrei um lobo quando vinha para o casamento. Queria comer-me, mas eu disse-lhe que estava magrinha, só tinha ossos, e que depois do casamento já iria mais gorda. Ele deixou-me vir, mas
está à minha espera.
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A filha disse: - Ó minha mãe, não se preocupe, eu vou chamar o meu marido. -Ó Ruben, vai ao quintal e traz a abóbora maior que lá está. - É pr’a já.-respondeu-lhe o marido.
Quando o marido veio com ela disse-lhe: -Vamos fazer-lhe uma porta e vamos meter lá a minha mãe, pois ela está com
medo do lobo que anda na floresta. Meteram lá dentro a velha e puseram-na a rolar pelo caminho fora.
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Entretanto , o lobo viu a cabaça a rolar e perguntou-lhe:
-Ó cabaça, viste por aí uma velha? E a cabaça respondeu-lhe: -“Não vi velha, nem velhinha, não vi velha, nem velhão, corre, corre, cabacinha,
corre, corre cabação.
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Entretanto a velha rolou dentro da cabaรงa e quando se
aproximou da casa, bateu nas escadas e a cabaรงa rebentou. A velha saiu sรฃ e salva.
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O gato quando ouviu o barulho veio, e feliz por ver a sua amiga começou a miar, miau! miau! miau!….
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VITÓRIA, VITÓRIA FOI ASSIM QUE ESTA HISTÓRIA CHEGOU AO
FIM
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“ A Carochinha e o João Ratão”
História trabalhada e adaptada pelos alunos do Jardim de Infância de Sanfins do Douro com o apoio da Educadora Cristina Gaspar.
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Quando varria Bem a cozinha Achou um euro A Carochinha.
-“Ai, que estou rica, Sou milionária! Não vou ficar Mais solitária.”
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Carochinha Pôs-se à janela,
Cheia de enfeites, Para ser a mais bela.
- Quem quer casar Com a Carochinha Que é vaidosa
Mas muito bonitinha?
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Passou um porco: - Eu vou-te amar!
-O que comes tu? - O que calhar!
-Arreda, porco, Eu n達o te quero,
Melhor marido Que tu eu espero.
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- Quem quer casar Com a Carochinha
Que é vaidosa Mas bonitinha?
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Passou um c達o: - Eu vou-te amar!
-O que comes tu? - O que calhar.
- Arreda, c達o, Eu n達o te quero, Melhor marido Que tu eu espero!
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- Quem quer casar
Com a Carochinha Que é vaidosa Mas bonitinha?
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Passou um galo: - Eu vou-te amar!
-O que comes tu? - O que calhar.
- Arreda, galo, Eu n達o te quero,
Melhor marido Que tu eu espero!
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- Quem quer casar Com a Carochinha Que é vaidosa
Mas bonitinha?
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Passou um boi:
- Eu vou-te amar! -O que comes tu? - O que calhar.
Arreda, boi,
Eu n達o te quero, Melhor marido Que tu eu espero!
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- Quem quer casar
Com a Carochinha Que é vaidosa
Mas bonitinha?
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Passou um gato: - Eu vou-te amar!
-O que comes tu? - O que calhar.
Arreda, gato, Eu n達o te quero,
Melhor marido Que tu eu espero!
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- Quem quer casar
Com a Carochinha Que é vaidosa
Mas bonitinha?
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Passou um rato: - Eu vou-te amar! -O que comes tu?
-S贸 um bom jantar.!
-A ti, 贸 rato, A ti eu quero, Melhor marido
J谩 n茫o espero.
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se foram casar Aqueles dois,
Só que o pior Veio depois.
Domingo à tarde Iam casar, Mas a Carochinha,
Deixou o colar.
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- Falta-me o colar! O que dir達o! Vai-mo j叩 buscar,
Meu Jo達o Rat達o!
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Voltou a casa, O João Ratão. Cheirou-lhe a chouriço
Lá no caldeirão.
Muito guloso, Deitou-lhe a mão, Mas caiu na sopa,
- Ai, que aflição!
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A carochinha, Bem que esperou, Mas o maroto
Correu as ruas,
Nรฃo mais voltou.
Foi รก procura Do maridinho Na casa escura.
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Ai que desgra巽a Que grande azar! Mas os amigos,
Meteram a colher,
O foram ajudar.
No caldeir達o. E por ela subiu, O Jo達o Rat達o.
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Lá foram os dois Para se casar E muito felizes Para sempre ficar… VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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História trabalhada e adaptada pelos alunos do Jardim de Infância de Santa Eugénia
e com o apoio da Educadora Isabel Gomes. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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O Capuchinho Vermelho
Desenvolvimento da hist贸ria O Capuchinho Vermelho trabalhada pelos alunos do Jardim de Inf芒ncia de
S. Mamede de Ribatua e com o apoio das Educadoras: Maria Alice S. Barros e Rosa Maria B. Marques. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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1. Área de Conteúdo Expressão Comunicação: Domínio da Linguagem 2. Objetivo principal Desenvolver a linguagem oral 3. Procedimento/metodologia Contar/ recontar a história “O Capuchinho Vermelho” ordenação de imagens com a sequência da história. 4. Competência (s) focalizada (s) Ser capaz de ouvir; Ser capaz de recontar a história; Adquirir novo vocabulário; Ser capaz de ordenar imagens com a sequência da história. 5. Desenvolvimento da aula (referir estratégias e recursos utilizados nos diferentes momentos da aula)
Com as crianças sentadas em círculo no canto do acolhimento, contar a história: “ O Capuchinho Vermelho”. Á medida que reconto a história, vou perguntando às crianças pormenores da mesma. Seguidamente as crianças farão a ordenação de imagens com a sequência da história. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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1. Área de Conteúdo Expressão Comunicação: Domínio da Expressão Musical 2. Procedimento/metodologia Cantar em grupo/individualmente a canção: “O Capuchinho Vermelho”
3. Competência (s) focalizada (s) Ser capaz de memorizar a canção; Ser capaz de cantar com entoação;
4. Desenvolvimento da aula (referir estratégias e recursos utilizados nos diferentes momentos da aula) Com as crianças sentadas em círculo no canto do acolhimento, ouvir a canção: “ O Capuchinho Vermelho”. Cantar a canção em grupo/ individualmente. 5. Avaliação Observar o interesse e participação do grupo na atividade; Verificar se as crianças memorizaram a canção; Observar se as crianças foram capazes de cantar com entoação. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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1. Área de Conteúdo Expressão Comunicação: Domínio da Expressão Plástica 2. Procedimento/metodologia Pintar a imagem do capuchinho (crianças de 3 anos) Picotar uma imagem do Capuchinho em cartolina (crianças de 4/5 anos) 3. Competência (s) focalizada (s) Ser capaz de pintar a imagem do capuchinho seguindo os contornos da mesma; Ser capaz de picotar a imagem do capuchinho seguindo os contornos da mesma; 4. Desenvolvimento da aula (referir estratégias e recursos utilizados nos diferentes momentos da aula) Distribuir as crianças por duas mesas, numa mesa as crianças de 3 anos ,noutra as de 4 e 5 anos. Distribuir ás crianças de três anos uma imagem do capuchinho para pintar e ás de 4 e 5 uma imagem para picotar.
5. Avaliação Observar o interesse e participação do grupo na atividade; Verificar se as crianças pintaram/picotaram com perfeição as imagens do capuchinho;
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1. Área de Conteúdo Expressão Comunicação: Domínio da Expressão Dramática. 2. Procedimento/metodologia Dramatização da história “O Capuchinho Vermelho” feita pelas crianças. 3. Competência (s) focalizada (s) Ser capaz de ouvir; Ser capaz de recontar a história; Adquirir novo vocabulário; Ser capaz de representar para um público restrito (grupo de colegas); Ser capaz de interagir com outras crianças na representação da história.
4. Desenvolvimento da aula (referir estratégias e recursos utilizados nos diferentes momentos da aula) Com as crianças sentadas em círculo no canto do acolhimento, contar a história: “ O Capuchinho Vermelho “recorrendo a ilustrações. Seguidamente as crianças farão a dramatização da história utilizando adereços, para caracterizar os diferentes personagens. 5. Avaliação Observar o interesse e participação do grupo na atividade; Verificar se as crianças compreenderam a mensagem da história; Observar se as crianças foram capazes de dramatizar a história. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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1. Área de Conteúdo Expressão Comunicação: Domínio da Expressão Motora 2. Procedimento/metodologia Jogos de Movimento alusivos á história “O Capuchinho Vermelho”
3. Competência (s) focalizada (s) Ser capaz de correr, saltar e pular; Ser capaz de realizar movimentos com ritmo; 4. Desenvolvimento da aula (referir estratégias e recursos utilizados nos diferentes momentos da aula) No espaço exterior realizar com o grupo de crianças várias jogos de movimento invocando os personagens da história do Capuchinho Vermelho. 5. Avaliação Observar o interesse e participação do grupo na atividade; Verificar se as crianças executaram com perfeição os vários exercícios de movimento. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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1. Área de Conteúdo Tecnologia de Informação e Comunicação. 2. Procedimento/metodologia Exploração de jogos interativos. Registar a história usando o paint.
3. Competência (s) focalizada (s) Ser capaz de manusear o rato. Ser capaz de arrastar imagens Ser capaz de usar várias formas de desenhar no paint. 4. Desenvolvimento da aula (referir estratégias e recursos utilizados nos diferentes momentos da aula) Exploração de jogos interativos do Capuchinho Vermelho. 5. Avaliação Observar o interesse e participação do grupo na atividade; Verificar se as crianças atingiram as competências focalizadas.
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1. Área de Conteúdo Expressão Comunicação: Domínio da Matemática 2. Procedimento/metodologia
Realização de atividades de contagem, mais e menos e exploração da cor (crianças de três anos) com o ramo de flores do Capuchinho Vermelho. 3. Competência (s) focalizada (s) Ser capaz de contar, comparar, formar conjuntos; Ser capaz de identificar/nomear a cor; 4. Desenvolvimento da aula (referir estratégias e recursos utilizados nos diferentes momentos da aula) Distribuir as flores por jarras, contar o número de flores de cada jarra, nomear a cor, comparar utilizando os conceitos de mais e menos de acordo com o número de flores de cada jarra.
5. Avaliação Observar o interesse e participação do grupo na atividade; Verificar se as crianças atingiram as competências focalizadas.
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1. Área de Conteúdo Formação Pessoal e Social
2. Procedimento/metodologia Exploração do diálogo entre o Capuchinho e a mãe, (desobediência do Capuchinho ás recomendações da mãe). 3. Competência (s) focalizada (s) Ser capaz de identificar situações de perigo (conversar com estranhos) Ser capaz de respeitar e obedecer aos superiores. 4. Desenvolvimento da aula (referir estratégias e recursos utilizados nos diferentes momentos da aula) Conversar com as crianças sobre as recomendações da mãe ao Capuchinho “vai pelo caminho mais largo, não vás pela floresta”, “não converses com desconhecidos”. Consequências da desobediência, que pôs em perigo o Capuchinho e a avó. 5. Avaliação Observar o interesse e participação do grupo na atividade; Verificar se as crianças atingiram as competências focalizadas.
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1. Área de Conteúdo Conhecimento do Mundo 2. Procedimento/metodologia Realização de experiencias com flores (mudança de cor) Registo diário 3. Competência (s) focalizada (s) Ser capaz de observar/registar os resultados de uma experiencia. Ser capaz de refletir/ retirar conclusões com base nos resultados obtidos. Ser capaz de chegar à conclusão que as plantas necessitam de água para viver. 4. Desenvolvimento da aula (referir estratégias e recursos utilizados nos diferentes momentos da aula) Distribuir flores brancas por quatro jarras, colocar corantes de cores diferentes em duas jarras, uma jarra só com água simples e uma sem água. Observar o que sucede nas diferentes jarras e a mudança de cor nas jarras com corante. Fazer o registo diário. 5. Avaliação Observar o interesse e participação do grupo na atividade; Verificar se as crianças atingiram as competências focalizadas.
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TEATRO DE FANTOCHES
História trabalhada e adaptada pelos alunos do Jardim de Infância de Vilar de Maçada e com o apoio da Educadora Lucínia Gonçalves.
Fala o narrador: Era uma vez uma cigarra (Musica violino) Era uma vez uma formiga
(Musica flauta) As duas eram boas vizinhas, Viviam mesmo ao lado uma da outra e sempre que podiam davam dois dedos de conversa.
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(Musica violino e outros) A formiga era muito trabalhadora, andava sempre atarefada e não queria perder o seu tempo com conversas, achava-o precioso e não estava disposta a desperdiçar nem um minuto, é que o Verão era a altura ideal para amealhar tudo quanto podia e arrecadar na sua casinha, pois num
instante estaria aí o inverno. o frio, a neve e a chuva , iam chegar, e não seria possível andar cá por fora à procura de comida, por isso dizia à cigarra: Fala a Formiga: «- Deixe-se de conversas comadre cigarra, aproveite para procurar alguma comidinha, olhe que o frio pode tardar, mas não falta, disso tenho eu a
certeza. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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(Musica piano, flauta e outros)
Canta a formiga:
«EU É QUE SOU A FORMIGA TRABALHADORA E HONESTA
NÃO PARO PARA DESCANSAR NEM LIMPO SUOR DA TESTA QUEM HAVIA DE PENSAR QUE EU TÊ-LA-IA POR VIZINHA
UMA TAL DESNATURADA SEMPRE NA BOA VIDINHA
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SOU FORMIGA COM ORGULHO TENHO MUITO QUE FAZER O TRABALHO NÃO ME ASSUSTA
É O MEU MAIOR PRAZER. (Musica flauta)
SE A CIGARRA NÃO TRABALHA E PASSA O VERÃO A CANTAR
QUANDO CHEGAR O INVERNO NÃO TEM NADA PR’A JANTAR
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É O QUE PODE ACONTECER
A QUEM NÃO QUER FAZER NADA É UMA MANEIRA DE SER QUE DEVE SER EVITADA. SOU FORMIGA COM ORGULHO
TENHO MUITO QUE FAZER O TRABALHO NÃO ME ASSUSTA É O MEU MAIOR PRAZER.
(Musica flauta)
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NA MINHA CASA ARRUMADA APROVEITO PR’A ENSINAR ANTES DE HAVER BRINCADEIRA É PRECISO TRABALHAR. SOU FORMIGA COM ORGULHO TENHO MUITO QUE FAZER
O TRABALHO NÃO ME ASSUSTA É O MEU MAIOR PRAZER.
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SOU FORMIGA COM ORGULHO TENHO MUITO QUE FAZER O TRABALHO NÃO ME ASSUSTA
É O MEU MAIOR PRAZER.
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(Musica flauta)» Fala o narrador: Mas a cigarra não ligava ao que a formiga dizia, gostava da sua vida bem calma e descontraída e não conseguia entender por que razão a sua amiga formiga andava sempre de um lado para o outro (ouve-se violino) a carregar às costas tudo quanto encontrava por detrás de alguma pedra ou por baixo das folhas espalhada pelo chão.
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Fala a cigarra: - Ora vizinha formiga, descanse um pouco, não seja tonta, afinal ainda é verão e antes de chegar o inverno, ainda vamos ter o outono, sente-se aqui, cante comigo, e vai ver que não quer outra vidinha.»
(Musica violino e guitarra)
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Canta a cigarra:
«- PARA QUEM NÃO ME CONHECE POSSO JÁ APRESENTAR
EU É QUE SOU A CIGARRA GOSTO MUITO DE CANTAR
TENHO UM BELO VIOLINO E PASSO HORAS A TOCAR ASSIM É QUE A VIDA É BOA MUSICA AO SOL E AO LUAR
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A MUSICA É A MINHA VIDA NÃO NASCI PR’A TRABALHAR
SOU CIGARRA DIVERTIDA GOSTO MESMO É DE CANTAR
A MUSICA É A MINHA VIDA NÃO NASCI PR’A TRABALHAR
SOU CIGARRA DIVERTIDA. GOSTO MESMO É DE CANTAR. (musica violino e outros)
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A MINHA QUERIDA VIZINHA
NÃO PARA DE TRABALHAR EU BEM TENTO CONVENCÊ-LA
QUE É PRECISO DESCANSAR. OH MINHA AMIGA FORMIGA
NÃO TRABALHE TANTO ASSIM DEIXE LÁ A COMIDINHA
VENHA AQUI PR’O PÉ DE MIM
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A MUSICA É A MINHA VIDA NÃO NASCI PR’A TRABALHAR
SOU CIGARRA DIVERTIDA GOSTO MESMO É DE CANTAR
A MÚSICA É A MINHA VIDA NÃO NASCI PR’A TRABALHAR SOU CIGARRA DIVERTIDA GOSTO MESMO É DE CANTAR
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(Musica violino e outros) VAMOS CANTAR E DANÇAR SÓ NOS VAMOS DIVERTIR
AINDA ESTAMOS NO VERÃO TEMOS MUITO QUE NOS RIR. A MÚSICA É A MINHA VIDA NÃO NASCI PR’A TRABALHAR
SOU CIGARRA DIVERTIDA GOSTO MESMO É DE CANTAR
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A MÚSICA É A MINHA VIDA NÃO NASCI PR’A TRABALHAR SOU CIGARRA DIVERTIDA
GOSTO MESMO É DE CANTAR
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(Musica violino e outros)». Fala o narrador: Mas a formiga não queria saber do que a cigarra lhe dizia, continuava com
o seu trabalho, em breve viria o tempo frio. e realmente o verão chegou ao fim. Veio o outono e logo a seguir o inverno. A cigarra continuava a cantar e a tocar no seu belo violino, enquanto que a
formiga estava agora recolhida na sua casinha, sentada ao quente da sua lareira, tranquilamente a fazer o seu tricot.
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Lá fora o frio era muito (ouve-se o vento) e os campos já estavam
cobertos de neve. Agora a cigarra tinha deixado de se ouvir, e a sua preocupação era encontrar alguma coisa para comer, andou por montes e
vales e nada havia, nada encontrava, desesperada não viu outra solução, a não ser ir até à casa da formiga: VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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Fala a cigarra: «- Amiga formiga, estou mortinha de fome, arranje-me nem que seja uma côdea de pão seco para matar a minha fome, é tudo quanto lhe peço.»
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Fala o narrador: «Mas agora foi a vez da formiga troçar da sua vizinha cigarra».
Musica (flauta) Fala a formiga:
«- Enquanto eu preocupada só em trabalho pensava, estava a cigarra contente, pois só tocava e cantava, agora que estou ao quente, em casa a descansar, anda a amiga cigarra, desesperada a pedinchar…».
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Fim VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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O PATINHO FEIO Hist贸ria trabalhada e adaptada pelos alunos do Jardim de Inf芒ncia de
Vilarinho de Cotas Educadora: Celina Rodrigues VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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Eu sou o Patinho Feio.
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Nasci no meio de cinco irmãos amarelinhos, num belo dia de primavera. Eu era diferente deles. Vi isso no olhar de todos, logo que o ovo estalou e eu saí.
Eu era maior, cinzento e tinha um bico grande. Todos exclamaram que eu era horroroso. Senti-me muito triste e com vontade de me esconder no ovo e ficar lá para sempre.
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Os dias foram passando e eu via os meus irm茫os a divertirem-se no lago com os outros habitantes do parque. S贸 eu ficava sozinho. Raramente me aproximava deles, pois bicavam-me, arranhavam-me e assustavam-me.
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S贸 eu ficava sozinho. Raramente me aproximava deles, pois bicavam-me, arranhavam-me e assustavam-me. Muitas vezes, dei por mim a pensar porque 茅 que eu sou diferente dos meus irm茫os. Afinal, sou s贸 diferente na cor, porque tenho sentimentos e desejos de conhecer o mundo, tal como eles.
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Certo dia, cansado de ser rejeitado por todos, fui sozinho percorrer o mundo. Talvez encontrasse alguĂŠm parecido comigo, que me desse o carinho que eu tanto preciso. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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A dado momento, cheguei a uma quinta onde residiam uma galinha e um gato. Como eram da mesma cor, pensei que me acolheriam sem condições.
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A princípio parecia que tudo estava bem, até que a galinha cacarejou:
Eu, tristemente, lhe respondi:
- Ó patinho cinzento, Que chegas sozinho trazes na bagagem milho em grãozinho?
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Prontamente, replicou:
- O teu carinho, não quero O teu trabalho, eu aceito não pões ovos, que eu preciso, Também eu te rejeito.
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O gato esteve calado a ouvir a nossa conversa. Depois, foi a sua vez de falar. E disse-me:
E eu supliquei:
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E, ele, ronronou: E, eu respondi: - Aqui, podes ficar Mas com uma condição, Se fores capaz de ronronar Como manda a tradição.
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- Isso, eu não sei fazer Só sou capaz de grasnar Voar ao cimo das árvores E no lago, nadar, nadar.
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Dias depois, Jรก cansado e sem forรงas, avistei um lago. Logo o sorriso me veio ao bico. Podia, pelo menos, tomar um banho, que eu bem precisava. Ao aproximar-me, vi que nele nadavam uns pรกssaros que um dia tinha visto a voar perto de minha casa. Eram cisnes e como eram belos!
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Tive algum receio no início, mas depois pensei que se eles voavam, deviam conhecer o mundo e de certeza que me aceitariam como eu era: cinzento e diferente. Tão viajados que são, devem estar abertos à questão da cor. Pouco a pouco, fui mergulhando na água. Que sensação maravilhosa! Rapidamente, fui aceite no seu círculo de amigos. VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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No meio deles, andava um cisne -fêmea, que logo me chamou a atenção. Como era linda! Tinha umas penas tão finas e aveludadas! Que vontade de a abraçar!
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Como era tímida como eu, começámos a passar muitas horas a conversar à sombra de uma bétula.
Até que um dia, o milagre aconteceu: dei-lhe uma bicadaVELHAS e o amor que nosLEITURAS unia… PALAVRAS, NOVAS 146
transformou-me num belo cisne. Agora, jรก tenho todos os motivos para ser feliz.
FIM
OS AUTORES E ILUSTRADORES
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FIM VELHAS PALAVRAS, NOVAS LEITURAS
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