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Repensando a aprendizagem

REPENSANDO

a aprendizagem

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 Sirlei Fontana Kautzmann

Toda a criança tem potencial para aprender, mesmo que apresente algum transtorno para a aprendizagem. Hoje a alfabetização começa um ano antes, ainda que a criança não esteja preparada emocional ou fisiologicamente para tal desafio.

Alfabetizar não é uma tarefa fácil e requer que o alfabetizador tenha doses grandes de afeto e carinho entre seus educando. É preciso que a relação de ambos se estabeleça de modo que a criança desenvolva um vínculo fantástico com o seu professor, mas para

que esse vínculo se fortaleça a família deve cumprir um papel extremamente importante nesta relação.

Sabemos que a vida do professor dos anos iniciais é corrida, pois muitos deles trabalham em escolas diferentes, em bairros diferentes e até em cidades distantes; devido a carga horária e a emocional dos nossos mestres alguns ficam cansados, porém precisam dar conta da demanda. Alguns têm que assumir o papel da família para muitos dos seus alunos. Sem contar que temos a lei da inclusão, onde temos nas salas de aula crianças com transtornos severos e que não estão preparadas para a aprendizagem no momento. Destas, cada uma tem seu próprio ritmo. Muitas vezes esse professor precisa fazer vários planos de aula para dar conta dos diferentes níveis de aprendizagem de seus alunos.

 Como a família pode e deve ajudar nesse processo?

A família deve ajudar no sentido de estimular os seus pequenos em casa, proporcionando um ambiente tranquilo e saudável na hora de realizar os deveres escolares, mas também é

preciso que se estabeleçam limites nos filhos, ensinando-os a desenvolver a empatia, que é se colocar no lugar do outro, e a ter carinho, afeto e respeito pelo seu professor. Sendo assim a aprendizagem se concretiza com maior facilidade.

 Como a família pode fazer se a vida dos pais também é corrida?

Os pais, primeiramente, devem ser o exemplo para os seus filhos. Tudo o que eles enxergam em casa eles reproduzem na escola, e vice versa. Mas alguém só consegue ensinar empatia por alguém se tiver empatia também. Quando um filho chega em casa com uma reclamação da escola os pais não devem o vitimar, sem antes ouvir o professor ou a equipe escolar. Agindo assim os pais não só ajudarão os seus filhos na alfabetização, como ajudarão a crescerem e se transformarem em adultos saudáveis e resolvidos emocionalmente. Precisamos criar crianças fortes emocionalmente. Crianças que aprendem a tolerar frustrações, mas para que desenvolvam essas habilidades é preciso que eles se relacionem com crianças de sua idade, porque é através das relações que nós nos tornamos melhores. Nunca podemos esquecer que para uma criança crescer saudável precisa de limites.

Precisa aprender a respeitar regras, a esperar a sua vez, a se colocar no lugar do outro. E lembre-se, a superproteção é tão ou mais prejudicial que maus tratos.

Sirlei Fontana Kautzmann - Psicopedagoga Clínica Psicopedagoga Institucional Neuropsicopedagoga Clínica Neuropsicopedagoga Institucional e Educação Especial Inclusiva Especialista em Educação Profissional e Tecnológica

Curiosidade

Esta é a primeira imagem de ressonância magnética do mundo que mostra o laço de uma mãe e seu filho, graças à NH Neuro Training. A imagem é da neurocientista Rebecca Saxe a beijar o seu filho de dois meses. O beijo dela causou uma reação química no cérebro do seu filho o que gera uma explosão de ocitocina - um hormônio que gera sentimentos de apego e carinho - incrível ou o quê? O toque ilumina o cérebro! Segure-os, beije-os, responda às suas necessidades, ame-as, tal como os seus instintos sugerem!

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