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territórios soviéticos. Milícias afegãs armadas pelos Estados Unidos contra os russos formaram a AI Qaeda. Na América Latina, ressentimento com o apoio norte-americano a regimes anticomunistas ainda é foco de tensão política.
*MÓDULO 1*
Geopolítica – Ordem mundial E o mundo nunca mais foi o mesmo 6 de junho de 1944. Nessa data, conhecida como Dia D, tropas aliadas invadiram a Normandia, na França ocupada pelos nazistas alemães. Tradicionalmente, é celebrado como o início da vitória aliada contra a Alemanha hitlerista. Mas isso de acordo com a visão predominante nos países ocidentais. Hoje, acredita-se que o regime de Hitler já estava condenado desde o ano anterior, quando as tropas alemãs foram derrotadas pelo Exército soviético na Batalha de StaIingrado. Depois desse revés, os alemães foram sendo cada vez mais acuados pela contraofensiva dos soviéticos, que avançaram em direção a Berlim. Depois do Dia D, a futura divisão da Europa foi combinada durante a Conferência de Yalta, de 4 a 11 de fevereiro de 1945, com a participação do líder soviético, Josef Stalin, do primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, e do presidente norte-americano, Franklin Delano Roosevelt. Quando os nazistas foram finalmente derrotados, em 30 de abril de 1945, a Alemanha e a Europa foram divididas em duas áreas de influência. A partir da Alemanha Oriental, seguindo pela Tchecoslováquia, Hungria e Romênia, os países do Leste Europeu se alinharam com a União Soviética, adotando governos comunistas e economia planificada. A Iugoslávia também se tornou comunista, mas manteve certa independência em relação à União Soviética. Os demais países europeus, com exceção das ditaduras fascistas de Portugal e Espanha (que adotaram uma posição neutra), tornaram-se democracias liberais capitalistas. O Japão, que se rendeu aos Estados Unidos em 2 de setembro de 1945, após os ataques nucleares de Hiroshima (6 de agosto) e Nagasaki (9 de agosto), tornou-se também um aliado dos países capitalistas ocidentais. A nova divisão foi oficializada com a criação, em 4 de abril de 1949, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), e, em 14 de maio de 1955, do Pacto de Varsóvia — a primeira reunindo os países capitalistas e o segundo, os comunistas. O fim da Segunda Guerra marcou o início do período da Guerra Fria, que duraria até a dissolução da União Soviética, em 1991. Em maio de 1949, a União Soviética demonstrou ter armas nucleares. Por medo da destruição mútua, os Estados Unidos e a União Soviética, as duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra, evitaram um confronto aberto. Mas adotaram posições antagônicas em conflitos travados em países periféricos, como nas guerras da Coreia (1950-1953), Vietnã (19551975) e Afeganistão (1979-1989). Os resultados da Segunda Guerra são vistos até hoje. A Alemanha é o país mais rico da Europa e o Japão, o mais rico da Ásia, mas ambos são política e militarmente fracos. Países do antigo bloco comunista, como a Polônia e a Romênia, enviam migrantes para países ocidentais. A Iugoslávia, ao fim do regime comunista, fragmentou-se após guerra civil. A atual Rússia capitalista mantém pretensões imperiais sobre os antigos
O continente redesenhado O mapa político da Europa em três momentos
1938
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INFOGRÁFICOS EDITORA MOL
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A Segunda Guerra Mundial redefiniu fronteiras, tem forte presença na cultura popular e marca o debate ideológico ainda hoje.
*********** ATIVIDADES *********** Texto para as questões de 1 a 4.
Após a Segunda Guerra, a Europa foi repartida entre a União Soviética e os Estados Unidos, França e Inglaterra. Os países capitalistas se organizaram militarmente na OTAN, enquanto os comunistas criaram o Pacto de Varsóvia.
A OTAN continua ativa, mas o Pacto de Varsóvia dissolveu-se com o fim da União Soviética. Outros órgãos criados com o objetivo de reconstruir o mundo no pós-guerra e manter a paz permanecem: a ONU e organismos financeiros como o FMI e o Banco Mundial.
O FMI concede empréstimos a países arrasados pela guerra ou pobres, mas, em troca, exige a adoção de políticas consideradas por alguns como conservadoras.
O fim do regime soviético, em 1991, significou redemocratização e liberdade de expressão, mas também instabilidade para alguns países do bloco. A Iugoslávia esfacelou-se após guerra civil. A Polônia tornou-se adversária da Rússia, o mesmo ocorrendo com a Ucrânia e a Geórgia. A própria Rússia passou por um período conturbado, que culminou com a eleição do presidente Vladimir Putin, ex-diretor da KGB, em 1999. Seu governo autoritário (2000-2008) foi marcado por forte repressão aos rebeldes da República da Chechênia.
A economia de mercado ganhou força, mesmo em países do antigo bloco comunista. Ao sair de cena o regime marxista puro, os conflitos passaram a ser menos político-ideológicos e mais ligados a religião ou nacionalismo.
O mundo conta atualmente com uma única superpotência: os Estados Unidos, que em 2003 atacaram o Iraque, ignorando unilateralmente uma decisão da ONU que rejeitava a ação militar.
Acredita-se que o desenvolvimento da China, e também do Brasil, da Rússia e da Índia (que formam um grupo de países emergentes conhecidos como BRICs), possa criar no futuro um mundo multipolar, em que os Estados Unidos não serão mais a única superpotência.
A guerra pop A Segunda Guerra Mundial não sai da cabeça das pessoas, 65 anos depois do seu fim
Em abril de 2010, a produtora alemã Constantin Films pediu ao site YouTube que tirasse do ar todas as paródias de seu filme A Queda, por considerar que seus direitos autorais estavam sendo violados. O RIA NOVOSTI / AFP filme narra os Brad Pitt em cena de Bastardos últimos dias de Inglórios, dirigido por Quentin Adolf Hitler, em Tarantino: a Segunda Guerra Mundial continua rendendo boas 1945, com base histórias a Hollywood nos relatos de Traudl Junge, ex-secretária do líder nazista, e nas investigações do jornalista alemão Joachim Fest. A cena das paródias, invariavelmente, mostrava Hitler tendo um ataque de fúria ao ser informado de que o Exército Vermelho estava às portas de Berlim. A brincadeira consistiu em colocar legendas engraçadas para “traduzir” a fala de Hitler em alemão, fazendo o ditador surtar com assunto qualquer, como por causa de uma banda musical ruim ou um professor chato. A piada foi repetida em diversas línguas, inclusive em português. Os vídeos foram removidos, mas outros acabaram sendo postados depois no YouTube. A Liga Antidifamação, ONG norte-americana dedicada a combater o antissemitismo, queixou-se de que esse tipo de vídeo contribui para banalizar a figura de Hitler, tornando-a cômica e inofensiva. Mas brincadeira como essa não é fácil de controlar. Afinal, a Segunda Guerra Mundial é pop e continua rendendo boas histórias e discussões. Existe até mesmo a “Lei de Godwin”, formulada pelo advogado norte-americano Michael Godwin em 1990. Segundo ele, se uma discussão se prolonga por muito tempo, a probabilidade de surgir alguma comparação com os nazistas ou com Hitler se aproxima de 100%. Filmes sobre a Segunda Guerra já foram mais comuns nos anos 50 e 60, mas continuam a ser produzidos em bom número. Além de A Queda (2004), tivemos nos últimos anos O Pianista (2002), Cartas de Iwo Jima (2006) e Bastardos Inglórios (2009), para citar
*ATENÇÃO, ESTUDANTE!* Para complementar o estudo deste Módulo, utilize seu LIVRO DIDÁTICO. 46
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alguns campeões de bilheteria. Mesmo filmes que exploram temas sem relação com a Segunda Guerra podem se inspirar nela de algum modo, como os uniformes “nazistas” dos oficiais do Império na série Guerra nas Estrelas. A música também costuma inspirar-se na Segunda Guerra. Em 1973, o poema A Rosa de Hiroshima, de Vinicius de Moraes, foi musicado pela banda Secos e Molhados, de Ney Matogrosso. Lá fora, a guerra foi abordada por grupos como Rolling Stones (Sympathy for the Devil), Iron Maiden (Aces High) e Pink Floyd (The Wall). Mas foi o movimento punk que a tornou um tema constante. Em 1977, os Sex Pistols lançaram Belsen Was a Gas, polêmica canção sobre o campo de concentração na Alemanha onde morreu Anne Frank, garota alemã de origem judaica. A banda inglesa Joy Division (1977-1980) tirou seu nome de uma “divisão” de prostitutas que atendia a soldados nazistas. Na área de videogames, todos os anos são lançados novos títulos sobre o tema. Em 2009, por exemplo, vieram Wolfenstein, Company of Heroes – Tales of Valor e Battlefield 1943. Na internet, uma pesquisa rápida no Google revela 26 milhões de ocorrências para “World War II” (Segunda Guerra Mundial), contra 6 milhões para “Vietnam War” (Guerra do Vietnã) e 5,5 milhões para “Iraq War” (Guerra do Iraque). Como se vê, 65 anos depois de seu fim, a Segunda Guerra está longe de sair do imaginário popular.
.4. (AED-SP) “A Segunda Guerra Mundial é pop.” Assinale o que for fiel ao significado da frase: I.
O conflito entrou para o imaginário popular de forma nem sempre adequada.
II.
A guerra foi incorporada de diversas formas, em especial na música e no cinema.
III.
As conquistas militares do Exército alemão ganharam simpatia popular no mundo todo.
É correto o que se afirma em (A) (B) (C) (D) (E)
I, apenas. I e II, apenas. I e III, apenas. II e III, apenas. I, II e III.
.5. (INEP-MEC) A Rosa de Hiroshima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada.
Superinteressante, jul. 2010.
.1. (AED-SP) A produtora alemã Constantin Films pediu ao YouTube que removesse seus vídeos. Ela conseguiu seu objetivo? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________
(Vinicius de Moraes)
.2. (AED-SP)
Sobre o poema de Vinicius de Moraes, diz-se:
Por que a divulgação de vídeos no YouTube satirizando Adolf Hitler foi considerada uma forma de banalização da figura do ditador nazista? ___________________________________________________
I.
O poeta assume uma postura humanista e pacifista, de oposição à guerra.
II.
O poema sugere que se consiga superar e esquecer o episódio atômico para que a vida recupere sua dimensão poética.
III.
Há trechos ligados aos efeitos das bombas atômicas: “rosa radioativa”, “rosa com cirrose”.
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.3. (AED-SP) Além do cinema, o texto cita outras formas de manifestação artística que costumam se inspirar na Segunda Guerra Mundial. Dê um exemplo.
É correto o que se afirma em (A) (B) (C) (D) (E)
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I, apenas. I e II, apenas. I e III, apenas. II e III, apenas. I, II e III.
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.6. (ENEM-MEC) A nova des-ordem geográfica mundial: uma proposta de regionalização
.7. (ENEM-MEC) A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União Europeia, mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido mais lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. Disponível em: http://europa.eu/index_pt.htm. Acesso em: 29/4/2010 (adaptado).
A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado pelas nações integrantes da União Europeia? (A) Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi forjada e em que se pretendia a fraternidade entre os povos traumatizados pela Primeira Guerra Mundial. (B) Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na bandeira nem sempre se coaduna com os conflitos e rivalidades regionais tradicionais. (C) Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas com desconfiança por Inglaterra e França mesmo após décadas do final da Segunda Guerra Mundial. (D) Ao fato de que a bandeira foi concebida por portugueses e espanhóis, que possuem uma convivência mais harmônica do que as demais nações europeias. (E) Ao fato de que a bandeira representa as aspirações religiosas dos países de vocação católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações protestantes.
Fonte: LÉVY et al. (1992), atualizado.
O espaço mundial sob a “nova des-ordem” é um emaranhado de zonas, redes e “aglomerados”, espaços hegemônicos e contra-hegemônicos que se cruzam de forma complexa na face da Terra. Fica clara, de saída, a polêmica que envolve uma nova regionalização mundial. Como regionalizar um espaço tão heterogêneo e, em parte, fluido, como é o espaço mundial contemporâneo?
.8. (ENEM-MEC)
HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C. W. A nova des-ordem mundial. São Paulo: UNESP, 2006.
O mapa procura representar a lógica espacial do mundo contemporâneo pós-União Soviética, no contexto de avanço da globalização e do neoliberalismo, quando a divisão entre países socialistas e capitalistas se desfez e as categorias de “primeiro” e “terceiro” mundo perderam sua validade explicativa. Considerando esse objetivo interpretativo, tal distribuição espacial aponta para
Disponível em: www.culturabrasil.org.br. Acesso em: 28/4/2010.
(A) a estagnação dos Estados com forte identidade cultural. (B) o alcance da racionalidade anticapitalista. (C) a influência das grandes potências econômicas. (D) a dissolução de blocos políticos regionais. (E) o alargamento da força econômica dos países islâmicos.
A foto revela um momento da Guerra do Vietnã (19651975), conflito militar cuja cobertura jornalística utilizou, em grande escala, a fotografia e a televisão. Um dos papéis exercidos pelos meios de comunicação na cobertura dessa guerra, evidenciado pela foto, foi 48
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(A) demonstrar as diferenças culturais existentes entre norte-americanos e vietnamitas. (B) defender a necessidade de intervenções armadas em países comunistas. (C) denunciar os abusos cometidos pela intervenção militar norte-americana. (D) divulgar valores que questionavam as ações do governo vietnamita. (E) revelar a superioridade militar dos Estados Unidos da América.
.11. (ENEM-MEC) Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria dividiu a Europa em dois blocos. Essa divisão propiciou a formação de alianças antagônicas de caráter militar, como a OTAN, que aglutinava os países do bloco ocidental, e o Pacto de Varsóvia, que concentrava os do bloco oriental. É importante destacar que, na formação da OTAN, estão presentes, além dos países do oeste europeu, os EUA e o Canadá. Essa divisão histórica atingiu igualmente os âmbitos político e econômico que se refletia pela opção entre os modelos capitalista e socialista.
.9. (ENEM-MEC) A América se tornara a maior força política e financeira do mundo capitalista. Havia se transformado de país devedor em país que emprestava dinheiro. Era agora uma nação credora.
Essa divisão europeia ficou conhecida como (A) (B) (C) (D) (E)
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1962.
Em 1948, os EUA lançavam o Plano Marshall, que consistiu no empréstimo de 17 bilhões de dólares para que os países europeus reconstruíssem suas economias. Um dos resultados desse plano, para os EUA, foi
Cortina de Ferro. Muro de Berlim. União Europeia. Convenção de Ramsar. Conferência de Estocolmo.
.12. (ENEM-MEC) Em conflitos regionais e na guerra entre nações, tem sido observada a ocorrência de sequestros, execuções sumárias, torturas e outras violações de direitos.
(A) o aumento dos investimentos europeus em indústrias sediadas nos EUA. (B) a redução da demanda dos países europeus por produtos e insumos agrícolas. (C) o crescimento da compra de máquinas e veículos estadunidenses pelos europeus. (D) o declínio dos empréstimos estadunidenses aos países da América Latina e da Ásia. (E) a criação de organismos que visavam regulamentar todas as operações de crédito.
Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, que, em seu artigo 5.º, afirma:
Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Assim, entre nações que assinaram essa Declaração, é coerente esperar que
.10. (ENEM-MEC)
(A) a Constituição de cada país deva se sobrepor aos Direitos Universais do Homem, apenas enquanto houver conflito. (B) a soberania dos Estados esteja em conformidade com os Direitos Universais do Homem, até mesmo em situações de conflito. (C) a violação dos direitos humanos por uma nação autorize a mesma violação pela nação adversária. (D) sejam estabelecidos limites de tolerância, para além dos quais a violação aos direitos humanos seria permitida. (E) a autodefesa nacional legitime a supressão dos Direitos Universais do Homem.
A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores; a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo. FOUCAULT, M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In: Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades modernas é
.13. (ENEM-MEC)
(A) combater ações violentas na guerra entre as nações. (B) coagir e servir para refrear a agressividade humana. (C) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação. (D) estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos. (E) organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados.
O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela multipolaridade. O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta 49
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(A) o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado. (B) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes potências, o que se traduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco da Guerra Fria. (C) o desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas por conflitos passaram a ser realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento de países emergentes. (D) a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse perigo. (E) a condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU no que concerne às ações militares.
A foto mostra uma reunião do Conselho de Segurança da ONU e o infográfico exibe a posição dos países-membros em relação a uma proposta de sanções contra o Irã, por causa de seu programa nuclear. Assinale a afirmação incorreta. (A) O Conselho de Segurança é formado por 15 membros. (B) Dez países participam de forma rotativa. (C) Somente cinco países têm o poder de veto. (D) Há um consenso sobre a questão entre os dez membros rotativos. (E) É preciso que nove dos 15 países do Conselho digam “sim” para a decisão valer.
.15. (UNESP, adaptada) Leia com atenção os itens a seguir:
.14. (INEP-MEC) Observe a foto e o infográfico a seguir:
I.
Em 1945, criou-se um sistema multilateral de discussões e negociações com 50 países, depois ampliado com o ingresso de nações que obtiveram independência na África e na Ásia.
II.
As duas superpotências que emergiram após a Segunda Guerra.
III.
Comandando Estados abrigados em suas áreas de influência, as superpotências disputam a hegemonia mundial.
Os itens referem-se, respectivamente, a: (A) I. Organização das Nações Unidas (ONU); II. Inglaterra e França; III. Doutrina Monroe. (B) I. Organização das Nações Unidas (ONU); II. Estados Unidos e União Soviética; III. Guerra Fria. (C) I. Organização dos Estados Americanos (OEA); II. Reino Unido e Japão; III. Plano Marshall. (D) I. União Europeia; II. Canadá e EUA; III. Doutrina Truman. (E) I. Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN); II. Alemanha e França; III. Conferência de Potsdam.
________________________________________________ *Anotações*
estadao.com, 3/3/2010.
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consumidores e a tecnologia ser mais atualizada, facilitando a rápida popularização das inovações. Outro fator importante na globalização é a migração de trabalhadores. Em países desenvolvidos, a mão de obra tornou-se muito cara. Por isso, várias empresas instalam suas fábricas em países mais pobres, tirando proveito do menor custo de produção e de legislações trabalhistas e ambientais mais frouxas. Isso é particularmente notável na China, que desenvolve pouca tecnologia própria, mas é o país onde é feita grande parte dos componentes eletrônicos atuais. Diante da concorrência internacional, países com melhor grau de escolaridade acabam ocupando a posição de produtores de inovação, que é facilmente comercializável e rende maiores benefícios que uma indústria poluente, não criativa e dependente de mão de obra mais barata. Sair da posição de exportador de commodities, isto é, produtos sem valor agregado, e tornar-se uma potência criativa é um dos maiores desafios do Brasil nos próximos anos.
*MÓDULO 2*
Geopolítica – Globalização Mundo pequeno Chamamos de globalização ao processo pelo qual economias e sociedades locais passam a participar e se tornar dependentes da economia e cultura internacionais. Isso se dá por meio de fluxos de tecnologia, informações, pessoas e capital. Por exemplo, hoje é possível comprar no Brasil, em uma loja que emprega imigrantes bolivianos, um aparelho de MP3 feito na China com tecnologia norte-americana, numa empresa de propriedade coreana. O primeiro passo para a globalização foi o comércio internacional mercantilista, entre os séculos XVI e XVIII. O capital acumulado com a venda de bens manufaturados a potências coloniais desindustrializadas (Espanha e Portugal) permitiu uma Revolução Industrial na Inglaterra. A globalização atual tem como causa avanços tecnológicos que possibilitam fluxos muito mais rápidos de produtos, pessoas e informações — como a internet, os telefones celulares e o transporte marítimo e aéreo intercontinental. Mas também tem causas políticas, como a adesão ao capitalismo pelos antigos países do bloco soviético e pela China, bem como a pressão contra barreiras alfandegárias e o nacionalismo econômico, liderada por países exportadores e órgãos internacionais como o FMI e o Banco Mundial. A globalização trouxe resultados desiguais em diferentes regiões do mundo. Enquanto alguns países conseguem se beneficiar das facilidades do comércio e do fluxo de capitais, tornando-se exportadores de tecnologia ou produtos baratos, outros acabam à margem, incapazes de competir internacionalmente. O Brasil tem conseguido exportar principalmente produtos agrícolas e insumos industriais, como o aço, mas esses produtos são commodities, isto é, são materiais de baixo valor agregado, com preços determinados pelo mercado internacional — diferentemente de carros, aviões ou produtos eletrônicos, que têm seu preço determinado não só pelo valor da concorrência, mas também pela qualidade ou pela inovação embutida. Como consequência da globalização, países que anteriormente tinham um setor industrial voltado para o mercado doméstico podem se ver desindustrializados, incapazes de concorrer com produtos estrangeiros mais baratos e de melhor qualidade. Isso, em parte, ocorreu na Argentina, e um dos “vilões” foi justamente o Brasil, que consegue exportar produtos industriais mais baratos para o vizinho, como carros e geladeiras. O próprio Brasil hoje importa muitos produtos que, antes da abertura econômica dos anos 90, eram produzidos localmente, como computadores. Mas isso tem como contrapartida positiva o fato de o preço, em geral, cair para os
WU NIU / AFP
A China desenvolve pouca tecnologia própria, mas produz boa parte dos componentes eletrônicos atuais
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Globalização é a tendência de maior integração e interdependência econômica entre os países. Ela tem raízes muito antigas, mas tornou-se particularmente acentuada a partir da segunda metade do século XX.
Globalização também significa pessoas e informações.
maior fluxo
de
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As origens da globalização remontam ao comércio mercantilista da época das grandes navegações e às três Revoluções Industriais. A Terceira Revolução Industrial está em curso.
*********** ATIVIDADES *********** Texto para as questões de 1 a 4.
As novas tecnologias aceleraram imensamente a globalização. Elas estão presentes nos meios de transporte e nas telecomunicações, especialmente na internet.
Alguns pontos positivos da globalização: a disponibilidade de informações, a diminuição da tensão política entre países com relações comerciais importantes e o barateamento de produtos.
Um ponto negativo é que o processo não ocorre de forma simétrica entre países. Alguns, como a China, a Coreia e o Brasil, conseguem aproveitar a oportunidade para enriquecer com o comércio internacional. Outros, como quase todos os países da África, ficam à margem dessa economia integrada. Críticos de esquerda consideram a globalização uma nova forma de colonialismo dos ricos.
A indústria vem migrando para países de mão de obra mais barata, deprimindo salários ou causando desemprego em outros países. As nações mais ricas continuam detendo a tecnologia de produção.
A tendência, agilizada por tecnologias que substituem mão de obra humana, é que os empregos migrem da indústria e da agricultura para o setor de serviços e comércio. Como o setor terciário exige maior qualificação, muitas pessoas acabam em subempregos ou desempregadas. A educação passa a ter um papel crucial na empregabilidade.
O sentimento antiglobalização nasce tanto de crises econômicas, como as citadas acima, quanto do temor de ter a cultura local engolida pela cultura global, em grande parte influenciada pelos Estados Unidos.
Globalização gastronômica As grandes navegações nos séculos XV e XVI mudaram definitivamente o cardápio da humanidade
Nos séculos XV e XVI, os aventureiros europeus tinham um ótimo motivo para arriscar a vida no mar: muito dinheiro. As novas rotas comerciais, abertas com as viagens de descobrimento em direção ao Sudeste Asiático e às Américas, garantiam fortunas com a venda de especiarias, condimentos que melhoravam o gosto da comida e garantiam sua preservação. O que os exploradores e comerciantes não sabiam é que, além de cravo, noz-moscada, pimenta e gengibre, eles encontrariam uma série de outros sabores. Por sua vez, os moradores dessas novas regiões não conheciam muitas das comidas trazidas nas embarcações. Começava assim uma verdadeira revolução gastronômica. “Pela primeira vez, todos os povos da Terra entravam em contato, abrindo um intercâmbio generalizado dos gêneros de todos os continentes”, afirma Henrique Carneiro, professor de História da USP, no livro Comida e Sociedade — Uma História da Alimentação. Especiarias diversas: ao viajar ao redor do mundo, os europeus promoveram um intercâmbio entre os diversos tipos de alimento que encontraram nos locais em que estiveram
DAVID FORMAN / AFP
Vaivém de sabores A origem e o destino de alguns dos principais alimentos PIMENTÃO Originário da América, foi levado para a Espanha. Dali chegou à Hungria, onde passou a ser usado como matéria-prima para a páprica. Também fez sucesso na Tailândia, na Coreia, na Índia e em vários países africanos.
*ATENÇÃO, ESTUDANTE!* Para complementar o estudo deste Módulo, utilize seu LIVRO DIDÁTICO. ________________________________________________ *Anotações*
BATATA Era consumida nos Andes e na região onde hoje ficam o Equador e o Peru. Foi plantada na Galícia, na Península Ibérica, e na Itália. Depois se difundiu no resto da Europa e na Ásia. TOMATE Assim como a mandioca, o abacaxi e o mamão, o tomate partiu das Américas e acabou na Ásia, após passar pela Europa. Esses alimentos faziam tanto sucesso no Oriente que acabaram usados como moeda.
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MILHO Veio da América Central e foi cultivado em Portugal. Logo estava nas mesas do sul da França e do norte da Itália, onde foi usado para fazer fubá. Depois se tornou comum na culinária oriental.
.4. (AED-SP) No texto, a frase que melhor se associa ao fenômeno da globalização é: (A) “Nos séculos XV e XVI, os aventureiros europeus tinham um ótimo motivo para arriscar a vida no mar: muito dinheiro.” (B) “As novas rotas comerciais, abertas com as viagens de descobrimento em direção ao Sudeste Asiático e às Américas,...” (C) “O que os exploradores e comerciantes não sabiam é que, além de cravo, noz-moscada, pimenta e gengibre, eles encontrariam uma série de outros sabores.” (D) “‘Pela primeira vez, todos os povos da Terra entravam em contato, abrindo um intercâmbio generalizado dos gêneros de todos os continentes’,...” (E) “Por sua vez, os moradores dessas novas regiões não conheciam muitas das comidas trazidas nas embarcações. Começava assim uma verdadeira revolução gastronômica.”
ABACATE Ao lado do cacau e do feijão, é um alimento da América Central que conquistou o gosto europeu. O cacau, que entre os astecas era consumido com pimenta, passou a ser acompanhado de açúcar. LARANJA Muitas frutas de sabor e aroma exóticos para o paladar dos europeus foram descobertas na Ásia. É o caso da laranja e da manga, que, da Península Ibérica, acabaram introduzidas no resto do continente e nas Américas. UVA Ao lado do trigo e do azeite, tinha grande valor na região do Mediterrâneo. Tornou-se alimento simbólico para o cristianismo e se alastrou pelo mundo. ESPECIARIAS A noz-moscada, o cravo e o gengibre eram comprados na Indonésia. A pimenta-do-reino vinha do sul da Índia e a canela, do Ceilão, atual Sri Lanka. Os produtos eram reunidos em Goa, de onde seguiam para Portugal.
.5. (ENEM-MEC) Cadeia agroindustrial integrada ao supermercado
Viagem & Turismo, jan. 2010 (com adaptações).
.1. (AED-SP) Levando em consideração o texto, quando começou a globalização?
SILVA, E. S. O. Circuito espacial de produção e comercialização da produção familiar de tomate no município de São José de Ubá (RJ). In: RIBEIRO, M. A.; MARAFON, G. J. (orgs.). A metrópole e o interior fluminense: simetrias e assimetrias geográficas. Rio de Janeiro: Gramma, 2009 (adaptado).
___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________
O organograma apresenta os diversos atores que integram uma cadeia agroindustrial e a intensa relação entre os setores primário, secundário e terciário. Nesse sentido, a disposição dos atores na cadeia agroindustrial demonstra
___________________________________________________
.2. (AED-SP) Essa primeira ocidentais?
globalização
atingiu
apenas
países
(A) (B) (C) (D) (E)
___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________
a autonomia do setor primário. a importância do setor financeiro. o distanciamento entre campo e cidade. a subordinação da indústria à agricultura. a horizontalidade das relações produtivas.
________________________________________________ *Anotações*
.3. (AED-SP) Culturas podem integrar ingredientes estrangeiros a ponto de parecerem seus, mas também há alimentos que carregam consigo elementos culturais. Cite um exemplo de cada um extraído do texto. ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ 53
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(A) pelo uso intensivo do trabalho manual para desenvolver produtos autênticos e personalizados. (B) pelo ingresso tardio das mulheres no mercado de trabalho no setor industrial. (C) pela participação ativa das empresas e dos próprios trabalhadores no processo de qualificação laboral. (D) pelo aumento na oferta de vagas para trabalhadores especializados em funções repetitivas. (E) pela manutenção de estoques de larga escala em função da alta produtividade.
.6. (ENEM-MEC) Estamos testemunhando o reverso da tendência histórica da assalariação do trabalho e socialização da produção, que foi característica predominante na era industrial. A nova organização social e econômica baseada nas tecnologias da informação visa à administração descentralizadora, ao trabalho individualizante e aos mercados personalizados. As novas tecnologias da informação possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real, seja entre continentes, seja entre os andares de um mesmo edifício.
.8. (ENEM-MEC)
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006 (adaptado).
No contexto descrito, as sociedades vivenciam mudanças constantes nas ferramentas de comunicação que afetam os processos produtivos nas empresas. Na esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado
Nova Escola, n.º 226, out. 2009.
A tirinha mostra que o ser humano, na busca de atender suas necessidades e de se apropriar dos espaços,
(A) o aprofundamento dos vínculos dos operários com as linhas de montagem sob influência dos modelos orientais de gestão. (B) o aumento das formas de teletrabalho como solução de larga escala para o problema do desemprego crônico. (C) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como respostas às demandas por inovação e com vistas à mobilidade dos investimentos. (D) a autonomização crescente das máquinas e computadores em substituição ao trabalho dos especialistas técnicos e gestores. (E) o fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes, executivos e clientes com a garantia de harmonização das relações de trabalho.
(A) adotou a acomodação evolucionária como forma de sobrevivência ao se dar conta de suas deficiências impostas pelo meio ambiente. (B) utilizou o conhecimento e a técnica para criar equipamentos que lhe permitiram compensar as suas limitações físicas. (C) levou vantagens em relação aos seres de menor estatura, por possuir um físico bastante desenvolvido, que lhe permitia muita agilidade. (D) dispensou o uso da tecnologia por ter um organismo adaptável aos diferentes tipos de meio ambiente. (E) sofreu desvantagens em relação a outras espécies, por utilizar os recursos naturais como forma de se apropriar dos diferentes espaços.
.9. (ENEM-MEC)
.7. (ENEM-MEC)
Os últimos séculos marcam, para a atividade agrícola, com a humanização e a mecanização do espaço geográfico, uma considerável mudança em termos de produtividade: chegou-se, recentemente, à constituição de um meio técnico-científico-informacional, característico não apenas da vida urbana, mas também do mundo rural, tanto nos países avançados como nas regiões mais desenvolvidas dos países pobres.
A introdução de novas tecnologias desencadeou uma série de efeitos sociais que afetaram os trabalhadores e sua organização. O uso de novas tecnologias trouxe a diminuição do trabalho necessário que se traduz na economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que, com a presença da automação microeletrônica, começou a ocorrer a diminuição dos coletivos operários e uma mudança na organização dos processos de trabalho.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado).
Revista Eletrônica de Geografia Y Ciências Sociales. Universidad de Barcelona. N.º 170(9), 1/8/2004.
A modernização da agricultura está associada ao desenvolvimento científico e tecnológico do processo produtivo em diferentes países. Ao considerar as novas relações tecnológicas no campo, verifica-se que a
A utilização de novas tecnologias tem causado inúmeras alterações no mundo do trabalho. Essas mudanças são observadas em um modelo de produção caracterizado 54
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(A) introdução de tecnologia equilibrou o desenvolvimento econômico entre o campo e a cidade, refletindo diretamente na humanização do espaço geográfico nos países mais pobres. (B) tecnificação do espaço geográfico marca o modelo produtivo dos países ricos, uma vez que pretendem transferir gradativamente as unidades industriais para o espaço rural. (C) construção de uma infraestrutura científica e tecnológica promoveu um conjunto de relações que geraram novas interações socioespaciais entre o campo e a cidade. (D) aquisição de máquinas e implementos industriais, incorporados ao campo, proporcionou o aumento da produtividade, libertando o campo da subordinação à cidade. (E) incorporação de novos elementos produtivos oriundos da atividade rural resultou em uma relação com a cadeia produtiva industrial, subordinando a cidade ao campo.
A tira “Hagar” e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente, (A) (B) (C) (D) (E)
.12. (INEP-MEC) A China tem sido o país-símbolo da globalização e vem ocupando enorme espaço na mídia internacional nas últimas décadas. Sobre a realidade desse país de grandes dimensões e história milenar, e sobre a forma como vem criando e reforçando seus vínculos com a rede global, é incorreto afirmar que (A) a abertura econômica não foi acompanhada da democratização política. O episódio do rompimento com a empresa americana Google é um dos melhores exemplos recentes desse fato. (B) a China inventou o “socialismo de mercado”, um regime que desenvolve uma economia capitalista de mercado bastante agressiva, sem abrir mão do controle político e social, de inspiração socialista, instalado no país no decorrer da segunda metade do século XX. (C) a China aproveitou-se do baixíssimo custo de mão de obra para se tornar uma “fábrica global”. A princípio, ocupou espaço no mercado internacional com produtos de baixa tecnologia. Mas, recentemente, vem conseguindo se destacar com produtos bem mais sofisticados tecnologicamente. (D) é grande a dependência chinesa por matérias-primas indispensáveis à sua indústria. Na tentativa de uma solução para esse problema, o país procura agora diversificar seu comércio exterior, buscando parceiros em todo o mundo. (E) a estratégia extremamente inovadora de cuidar melhor do meio ambiente, ao contrário do que ocorre com a grande maioria dos países ricos, vem melhorando muito a imagem da China como país exportador.
.10. (ENEM-MEC) Sozinho vai descobrindo o caminho O rádio fez assim com seu avô Rodovia, hidrovia, ferrovia E agora chegando a infovia Para alegria de todo o interior GIL, G. Banda larga cordel. Disponível em: www.uol.vagalume.com.br. Acesso em: 16/4/2010 (fragmento).
O trecho da canção faz referência a uma das dinâmicas centrais da globalização, diretamente associada ao processo de (A) (B) (C) (D) (E)
pelo alcance de cada cultura. pela capacidade visual do observador. pelo senso de humor de cada um. pela idade do observador. pela altura do ponto de observação.
evolução da tecnologia da informação. expansão das empresas transnacionais. ampliação dos protecionismos alfandegários. expansão das áreas urbanas do interior. evolução dos fluxos populacionais.
.11. (ENEM-MEC)
________________________________________________ *Anotações* Folha de S. Paulo, 22/11/2003.
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver [ no Universo... Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer Porque sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... (Alberto Caeiro)
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(A) Nafta, Comunidade Econômica Europeia, Alca e Mercosul. (B) União Europeia, Apec, Aladi e Alca. (C) CEI, União Europeia, Mercosul e Nafta. (D) Pacto Andino, Comunidade Econômica Europeia, CEI e Nafta. (E) Nafta, Mercosul, União Europeia e CEI.
.13. (UERJ, adaptada) A estrutura desse sistema internacional de circulação alcançou tal grau de complexidade que ultrapassa a compreensão da maioria das pessoas. As fronteiras entre funções diferentes, como as de bancos, corretoras, serviços financeiros, financiamento habitacional, crédito ao consumidor etc., tornaram-se cada vez mais porosas, ao mesmo tempo em que novas transações futuras de mercadorias, de ações, de moedas ou de dívidas surgiram em toda parte, introduzindo o tempo futuro no tempo presente de maneiras estarrecedoras.
.15. (INEP-MEC) Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização.
DAVID HARVEY. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992 (adaptado).
O texto acima faz referência a características de um dos mais importantes aspectos do atual estágio em que se encontra o capitalismo. Dois fatores que contribuem para o fenômeno destacado pelo autor do fragmento estão apontados em uma das alternativas. Indique-a:
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado).
(A) aumento da especulação financeira – maior eficiência das redes de transportes. (B) controle do Banco Mundial sobre o sistema financeiro – formação da União Monetária Mundial. (C) desregulamentação dos mercados financeiros – disseminação das tecnologias da informação. (D) padronização dos horários de funcionamento dos centros financeiros – surgimento dos bancos globais. (E) protecionismo comercial – formação de blocos regionais.
A imagem da “globalização como fábula” encontra seu principal fundamento no aspecto (A) político, com o triunfo de regimes democráticos em continentes inteiros. (B) socioeconômico, com a redução das desigualdades. (C) sanitário, com êxito na prevenção das pandemias. (D) financeiro, com a intensa circulação de capitais em nível planetário. (E) cultural, com a crescente unificação das crenças religiosas.
.14. (UNESP)
________________________________________________
Quanto mais a globalização econômica avança, mais o mundo é marcado pela fragmentação do espaço geográfico por meio de megablocos regionais, como mostra a figura. Em contrapartida, quanto mais abrangente for a integração do bloco, maior a perda de soberania dos Estados participantes.
*Anotações*
MEGABLOCOS REGIONAIS
Os blocos I, II, III e IV, representados na figura, são, respectivamente: 56
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resolvida diplomaticamente entre norte-americanos e soviéticos. Desde 1903, tropas norte-americanas ocupam a baía de Guantánamo, onde está instalada a polêmica prisão na qual estão encarcerados afegãos e iraquianos acusados de terrorismo. Na Ásia, a Coreia do Norte — que foi classificada pelo presidente George Bush (2001-2009) como integrante do “Eixo do Mal”, ao lado de Cuba, Líbia, Síria, Irã e Iraque — também tem uma relação complicada com os países vizinhos. Em 2006, a Coreia do Norte realizou um bem-sucedido teste de bomba nuclear, deixando alarmados os governos do Japão e da Coreia do Sul. Desde então, negociações de desarmamento estão em andamento. A Rússia, por fim, não voltou aos tempos do regime soviético, mas é considerada um país autoritário, promovendo prisões e assassinatos de inimigos políticos, desde a ascensão de Vladimir Putin ao poder, em 1999. O país tem uma relação tensa com os Estados Unidos. Uma das razões é o plano norte-americano de instalação de um escudo antimísseis na Polônia, com o objetivo declarado de conter um possível ataque iraniano. Moscou entende, contudo, que tal projeto visa a neutralizar o arsenal russo.
*MÓDULO 3*
Geopolítica – Conflitos contemporâneos Esquerda e direita Durante a Guerra Fria, movimentos políticos violentos ocorreram até mesmo na Europa. Nos anos 1970, a Facção do Exército Vermelho (também chamada Baader-Meinhof) cometeu vários atentados na Alemanha, enquanto na Itália as Brigadas Vermelhas executaram o primeiro-ministro Aldo Moro, em 1978. Na América Latina, pobreza, racismo, incompetência do Estado, desigualdade social e corrupção fomentam a continuidade de conflitos ideológicos. As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) chegaram a controlar não apenas territórios remotos, mas favelas em grandes cidades colombianas nos anos 1980. No entanto, o grupo recuou ante a ofensiva do governo de Álvaro Uribe (2002-2010). O Sendero Luminoso, oficialmente denominado Partido Comunista do Peru (PCP), foi fundado em 1980 e segue uma linha parecida. Ambos os movimentos são acusados de violência, inclusive contra indígenas, e tráfico de drogas. Obtêm apoio popular desempenhando funções típicas do Estado, como a distribuição de alimentos e remédios, mas também por meio de intimidação. No México, o Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN) tem uma estratégia diferente. Surgido em 1994, o movimento se opõe à globalização e ao neoliberalismo e busca encarnar os anseios de autonomia da população maia da região de Chiapas, no sul do país. Apesar de estarem “em guerra declarada” contra o Estado mexicano, os zapatistas utilizam meios não violentos. Em vez de armas, usam a internet para promover sua causa. Seu líder, o subcomandante Marcos, transformou-se em celebridade mundial. O Equador, a Bolívia e a Venezuela — países com governos bolivarianos (movimento socialista iniciado pelo venezuelano Hugo Chávez, inspirado nos ideários de Simón Bolívar) — têm uma relação tensa com a Colômbia, que acusa aqueles países de colaborar com os guerrilheiros das FARC. Internamente, opositores aos governos bolivarianos criticam o que enxergam como populismo e manipulação política da população pobre ou indígena. Cuba é atualmente a única ditadura de partido único na América Latina. O país não tem relações diplomáticas com os Estados Unidos e sofre embargo comercial desde 1962, o que impede cidadãos norte-americanos de comprarem produtos cubanos ou de viajarem para a ilha. O embargo é apontado pelo governo cubano como causa da penúria econômica da população. Ainda em 1962, a instalação de mísseis soviéticos em Cuba quase levou o mundo a uma nova guerra mundial, mas a situação foi
NOTIMEX / AFP
Subcomandante Marcos, líder do Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN): tática de não violência e uso dos meios de comunicação para conquistar a opinião pública
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Conflitos surgidos na época da Guerra Fria continuam vivos na América Latina, fomentados pela memória de regimes militares pró-americanos e por grupos guerrilheiros fundados para agir em defesa de preceitos pró-soviéticos.
Pobreza, desigualdade social, corrupção e ineficiência do governo são alguns fatores que criam oportunidade para a atuação de movimentos radicais, que assumem papéis típicos do Estado.
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Diferentemente das FARC e do Sendero Luminoso, o movimento de Chiapas, surgido nos anos 90 no México, é pacífico.
Texto para as questões de 1 a 4.
Cuba está sob embargo comercial americano desde 1962, e uma parte de seu território, Guantánamo, abriga uma base militar dos Estados Unidos. Os norte-americanos instalaram ali uma prisão, onde mantêm encarcerados suspeitos de terrorismo.
Conflitos nacionalistas violentos ainda ocorrem na Europa, com o IRA e o ETA como principais entidades.
Os curdos são um povo sem país: eles vivem espalhados pelos territórios da Turquia, do Iraque, do Irã e da Síria, e seu desejo de independência incomoda as autoridades desses países.
A Rússia tem enorme influência política sobre as ex-repúblicas soviéticas e exerce seu poder por formas às vezes agressivas.
Conflitos religiosos graves atingem países como a Rússia, a China e, principalmente, a Índia. Muitas vezes, causas religiosas e nacionalistas se misturam nos conflitos.
Nenhuma religião está a salvo de conflitos. Na Índia, militantes hindus cometem atentados, depredações e massacres. No Tibete e em Sri Lanka, budistas tomaram parte na violência local.
*********** ATIVIDADES ***********
A saga de Ingrid Betancourt A ex-candidata à Presidência da Colômbia passou seis anos e meio como refém de guerrilheiros
Em 2 de junho de 2008, o governo colombiano tinha um importante anúncio a fazer. Era uma boa notícia, mas que causaria surpresa internacional. Após seis anos e meio em cativeiro pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a senadora Ingrid Betancourt Pulecio estava livre.
JACKY NAEGELEN / AFP
Ingrid Betancourt participa de evento após ser libertada. Ela fora sequestrada em 2002, quando era candidata à Presidência da Colômbia
Outros focos recentes de tensão política são a Coreia do Norte, que desenvolve um programa nuclear, e a Polônia, em que a proposta norte-americana de instalar um escudo antimísseis desagrada à Rússia.
Ingrid havia sido sequestrada em fevereiro de 2002, quando era candidata à Presidência do país pelo Partido Verde Oxigênio. O governo colombiano havia estabelecido uma zona desmilitarizada no território das FARC, na tentativa de conduzir um acordo de paz, mas as negociações haviam chegado a um impasse. Ingrid queria chegar à cidade de San Vicente de Caguán, onde ocorriam as negociações de paz. Como o governo se recusou a levá-la num helicóptero militar, a senadora e sua equipe tentaram ir por terra. Foram parados por integrantes das FARC num bloqueio de estrada e levados para o cativeiro em regiões inacessíveis. As eleições daquele ano foram ganhas por Álvaro Uribe, com uma plataforma de endurecimento de ações contra os rebeldes. Após anos de negociações sem resultados, as últimas notícias eram alarmantes. Um vídeo obtido em novembro de 2007, após a captura de membros da guerrilha, mostrava Ingrid muito doente e desnutrida. No mesmo ano, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs ser intermediário das negociações, ao lado do presidente francês, Nicolas Sarkozy. A questão interessava à França porque Ingrid, filha de pai francês, tem dupla cidadania. A proposta não foi bem recebida pelo governo colombiano, que acusou Chávez de colaborar com a guerrilha. As FARC são uma guerrilha marxista fundada em 1964. Desde o regime militar pró-americano de Gustavo Rojas, entre 1953 e 1957, formaram-se enclaves em
*ATENÇÃO, ESTUDANTE!* Para complementar o estudo deste Módulo, utilize seu LIVRO DIDÁTICO. ________________________________________________ *Anotações*
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regiões remotas da Colômbia, controlados por grupos armados. Nos anos 1960, o governo civil colombiano tentou retomar o controle dessas regiões. A partir daí, esses grupos se reorganizaram, fundando os movimentos FARC, ELN e, em 1970, o M-19. Além de promoverem sequestros, assassinatos e extorsões, as FARC são acusadas de se sustentar com o narcotráfico, de usar crianças como soldados e de atacar populações indígenas. O governo Uribe perseguiu implacavelmente a guerrilha, inclusive por meio de ações controversas. Em março de 2008, despachou a força aérea para tomar uma base das FARC no Equador, matando o líder Raul Reyes. A incursão provocou uma crise diplomática: Hugo Chávez enviou tropas à fronteira com a Colômbia, e os dois países estiveram à beira de uma guerra. Em 2009, Uribe, que havia conseguido aprovar uma emenda constitucional para se reeleger presidente em 2006 — a exemplo do que Chávez fizera na Venezuela —, tentou realizar um plebiscito para poder ser reeleito novamente. A proposta foi barrada no Congresso, mas Uribe conseguiu eleger um aliado: seu ex-ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, que ficou famoso por liderar a operação militar de 2008. Em julho de 2010, a crise entre a Colômbia e a Venezuela se agravou. Chávez anunciou o rompimento das relações diplomáticas entre os dois países, depois de o governo de Bogotá acusar a Venezuela de abrigar guerrilheiros colombianos em seu território.
.4. (AED-SP) O conflito entre as FARC e o Estado colombiano pode ser visto como (A) (B) (C) (D) (E)
reivindicação de uma nação sem Estado. movimento separatista. tensão político-religiosa. conflito político interno. guerra entre dois Estados nacionais.
.5. (ENEM-MEC) No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais — como o Facebook e o Twitter — ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico. SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da liberdade. IstoÉ Internacional, 2/3/2011 (adaptado).
Veja, 8/9/2010 (adaptado).
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes
.1. (AED-SP)
.2. (AED-SP)
(A) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes. (B) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver. (C) manter o distanciamento necessário à sua segurança. (D) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores. (E) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.
As ações do governo de Álvaro Uribe contra as FARC causaram controvérsias. Cite uma delas.
.6. (ENEM-MEC)
Como surgiram as FARC? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________
A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinham esse nome, mas já eram largamente notadas no século XIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. E a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscitou protestos. A reação antimaquinista, protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os miasmas urbanos.
___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________
.3. (AED-SP) Álvaro Uribe é um adversário do venezuelano Hugo Chávez, acusado de táticas pouco éticas para manter-se no poder. No entanto, um fato político citado no texto os torna similares. Qual?
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EdUSP, 2002 (adaptado).
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O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe modificações na paisagem e nos objetos culturais vivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto, pode-se dizer que tais movimentos sociais emergiram e se expressaram por meio
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(A) das ideologias conservacionistas, com milhares de adeptos no meio urbano. (B) das políticas governamentais de preservação dos objetos naturais e culturais. (C) das teorias sobre a necessidade de harmonização entre técnica e natureza. (D) dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e poluentes. (E) da contestação à degradação do trabalho, das tradições e da natureza.
egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma arrasadora. A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo, concluído em 22 de outubro. A partir do texto acima, assinale a opção correta. (A) A primeira guerra árabe-israelense foi determinada pela ação bélica de tradicionais potências europeias no Oriente Médio. (B) Na segunda metade dos anos 1960, quando explodiu a terceira guerra árabe-israelense, Israel obteve rápida vitória. (C) A guerra do Yom Kippur ocorreu no momento em que, a partir de decisão da ONU, foi oficialmente instalado o Estado de Israel. (D) A ação dos governos de Washington e de Moscou foi decisiva para o cessar-fogo que pôs fim ao primeiro conflito árabe-israelense. (E) Apesar das sucessivas vitórias militares, Israel mantém suas dimensões territoriais tal como estabelecido pela resolução de 1947 aprovada pela ONU.
.7. (ENEM-MEC) Na América do Sul, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) lutam, há décadas, para impor um regime de inspiração marxista no país. Hoje, são acusadas de envolvimento com o narcotráfico, o qual supostamente financia suas ações, que incluem ataques diversos, assassinatos e sequestros. Na Ásia, a Al Qaeda, criada por Osama bin Laden, defende o fundamentalismo islâmico e vê nos Estados Unidos da América (EUA) e em Israel inimigos poderosos, os quais deve combater sem trégua. A mais conhecida de suas ações terroristas ocorreu em 2001, quando foram atingidos o Pentágono e as torres do World Trade Center.
.9. (ENEM-MEC) No dia 7 de outubro de 2001, Estados Unidos e Grã-Bretanha declararam guerra ao regime Talibã, no Afeganistão. Leia trechos das declarações do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de Osama bin Laden, líder muçulmano, nessa ocasião:
A partir das informações acima, conclui-se que (A) as ações guerrilheiras e terroristas no mundo contemporâneo usam métodos idênticos para alcançar os mesmos propósitos. (B) o apoio internacional recebido pelas FARC decorre do desconhecimento, pela maioria das nações, das práticas violentas dessa organização. (C) os EUA, mesmo sendo a maior potência do planeta, foram surpreendidos com ataques terroristas que atingiram alvos de grande importância simbólica. (D) as organizações mencionadas identificam-se quanto aos princípios religiosos que defendem. (E) tanto as FARC quanto a Al Qaeda restringem sua atuação à área geográfica em que se localizam, respectivamente, América do Sul e Ásia.
George W. Bush: Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos Estados Unidos à batalha em território estrangeiro somente depois de tomar o maior cuidado e depois de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam preparados para o sacrifício das próprias vidas. A partir de 11 de setembro, uma geração inteira de jovens americanos teve uma nova percepção do valor da liberdade, do seu preço, do seu dever e do seu sacrifício. Que Deus continue a abençoar os Estados Unidos.
.8. (ENEM-MEC)
Osama bin Laden:
Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países árabes. A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses anglo-franceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a controlar a Península do Sinai. O terceiro conflito árabe-israelense (1967) ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel. Em 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do Perdão), forças
Deus abençoou um grupo de vanguarda de muçulmanos, a linha de frente do Islã, para destruir os Estados Unidos. Um milhão de crianças foram mortas no Iraque, e para eles isso não é uma questão clara. Mas quando pouco mais de dez foram mortos em Nairóbi e Dar-es-Salaam, o Afeganistão e o Iraque foram bombardeados e a hipocrisia ficou atrás da cabeça dos infiéis internacionais. Digo a eles que esses acontecimentos dividiram o mundo em dois campos, o campo dos fiéis e o campo dos infiéis. Que Deus nos proteja deles. O Estado de S. Paulo, 8/10/2001 (com adaptações).
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Pode-se afirmar que
De acordo com as duas afirmações, é possível comparar e distinguir os seguintes eventos históricos:
(A) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de George W. Bush. (B) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de Osama bin Laden. (C) ambos apoiam-se num discurso de fundo religioso para justificar o sacrifício e reivindicar a justiça. (D) ambos tentam associar a noção de justiça a valores de ordem política, dissociando-a de princípios religiosos. (E) ambos tentam separar a noção de justiça das justificativas de ordem religiosa, fundamentando-a numa estratégia militar.
I.
Os movimentos guerrilheiros e de libertação nacional realizados em alguns países da África e do Sudeste Asiático entre as décadas de 1950 e 70 são exemplos do primeiro caso.
II.
Os ataques ocorridos na década de 1990, como às embaixadas de Israel, em Buenos Aires, dos EUA, no Quênia e Tanzânia, e ao World Trade Center em 2001, são exemplos do segundo caso.
III.
Os movimentos de libertação nacional dos anos 50 a 70 na África e Sudeste Asiático, e o terrorismo dos anos 90 e 2001 foram ações contra um inimigo invasor e opressor, e são exemplos do primeiro caso.
.10. (ENEM-MEC) O texto abaixo é um trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da declaração de guerra ao regime Talibã:
É correto o que se afirma apenas em (A) (B) (C) (D) (E)
Essa atrocidade [o atentado de 11 de setembro, em Nova York] foi um ataque contra todos nós, contra pessoas de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos meios de vida. As empresas aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetados e a confiança econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.
.12. (FUVEST-SP) O mundo tem vivido inúmeros conflitos regionais de repercussão global que, por um lado, envolvem intervenções de tropas de diferentes países e, por outro lado, resultam em discussões na Organização das Nações Unidas (ONU).
O Estado de S. Paulo, 8/10/2001 (com adaptações).
Considere as seguintes afirmações:
Nessa declaração, destacaram-se principalmente os interesses de ordem (A) moral. (B) militar. (C) jurídica.
2.
I.
Povos primitivos precisam ser tutelados pela diplomacia internacional ou reprimidos por forças de nações desenvolvidas, para que conflitos locais ou regionais não perturbem o equilíbrio mundial.
II.
Razões estratégicas, de localização geográfica, de orientação política ou de concentração de recursos naturais, fazem com que certas regiões ou países sejam alvo de interesses, preocupações e intervenções internacionais.
III.
Diferenças étnicas, culturais, políticas ou religiosas, com raízes históricas, têm resultado em preconceito, desrespeito e segregação, gerando tensões que repercutem em conflitos existentes entre diferentes nações.
(D) religiosa. (E) econômica.
.11. (ENEM-MEC) 1.
I. II. I e II. I e III. II e III.
[...] O recurso ao terror por parte de quem já detém o poder dentro do Estado não pode ser arrolado entre as formas de terrorismo político, porque este se qualifica, ao contrário, como o instrumento ao qual recorrem determinados grupos para derrubar um governo acusado de manter-se por meio do terror. Em outros casos, os terroristas combatem contra um Estado de que não fazem parte e não contra um governo (o que faz com que sua ação seja conotada como uma forma de guerra), mesmo quando por sua vez não representam um outro Estado. Sua ação aparece então como irregular, no sentido de que não podem organizar um exército e não conhecem limites territoriais, já que não provêm de um Estado.
O envolvimento global em corretamente, explicado em (A) (B) (C) (D) (E)
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. (orgs.). Dicionário de Política. Brasília: EdUNB,1986.
61
conflitos
regionais
é,
I, apenas. II, apenas. I e III, apenas. II e III, apenas. I, II e III.
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.13. (INEP-MEC)
.15. (INEP-MEC)
Inimigos históricos na região, católicos e protestantes formarão gabinete conjunto a partir de maio de 2007.
Nos itens a seguir, estão enunciados quatro conflitos geopolíticos marcantes da atualidade. Leia-os com atenção e depois marque a alternativa com os respectivos países a que se referem.
(Folha de S. Paulo)
Os conflitos, que mataram milhares de pessoas na Irlanda do Norte, com raízes políticas e religiosas que remontam ao século XII e, particularmente acirrados nas três últimas décadas do século XX, se devem (A) a uma minoria católica da Irlanda do Norte, que é a favor da anexação à Irlanda, com o respaldo do IRA (Exército Republicano Irlandês). (B) a uma maioria católica da Irlanda do Norte, que é a favor da anexação à Irlanda, com o apoio do IRA. (C) a uma minoria católica da Irlanda do Norte, que é a favor de sua total independência, com o apoio do gabinete do Reino Unido. (D) a uma minoria protestante da Irlanda, que é a favor da ocupação e recuperação do território da Irlanda do Norte. (E) a uma minoria católica do Reino Unido, que luta junto com o IRA para a total independência da Irlanda do Norte em relação à Irlanda.
.14. (INEP-MEC)
I.
Esse país de maioria islâmica, que abriga ainda um grande número de cristãos, budistas e hinduístas, vem sofrendo aumento expressivo de tensões e massacres religiosos desde o fim dos anos 1990. O conflito pela independência do Timor Leste (1975-2002), país católico e de língua portuguesa, também teve um teor religioso evidente, sem o qual a tensão seria bem menor.
II.
O governo dessa grande e muito populosa nação asiática enfrenta os movimentos de separatismo islâmico na província de Xinjiang, com revoltas ocorrendo regularmente a partir de 2008.
III.
De religião hinduísta, a minoria tâmil, no norte do país, buscava independência do país budista por meio do grupo Tigres Tâmeis, fundado em 1974 e caracterizado por suas ações terroristas de grande impacto.
IV.
O conflito religioso é gravíssimo nesse país, cuja população é de esmagadora maioria hindu, mas que também abriga grande variedade de cultos. São minorias islâmicas, cristãs, budistas, sikhs e baha’is.
Conflitos de natureza política e ideológica marcaram o século XX. Sobre eles, considere as afirmações: I.
II.
III.
Durante a Guerra Fria, movimentos políticos violentos ocorreram mesmo na Europa Ocidental, como na Itália e na Alemanha (antiga Alemanha Ocidental).
Os enunciados referem-se, respectivamente, a: (A) (B) (C) (D) (E)
As tensões entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul são remanescentes do período da Guerra Fria: a primeira, um dos regimes políticos mais fechados do mundo, mantém o modelo socialista, enquanto a segunda segue o modelo capitalista e democrático ocidental.
Índia, Chechênia, Geórgia e Paquistão. Indonésia, China, Sri Lanka e Índia. Filipinas, China, Índia e Paquistão. Índia, Rússia, China e Filipinas. Paquistão, Rússia, Filipinas e China.
________________________________________________ *Anotações*
No México, o Exército Zapatista de Liberação Nacional tem uma inclinação revolucionária. Surgido em 1994 e liderado pelo subcomandante Marcos, o grupo estabeleceu uma luta armada intensa, próximo à fronteira dos EUA.
Está correto o que se afirma em (A) (B) (C) (D) (E)
I, apenas. II, apenas. I e II, apenas. I e III, apenas. I, II e III. 62
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Um fator importante dos países desenvolvidos é que muitos deles — notavelmente Inglaterra e França — foram sede de impérios coloniais até a segunda metade do século XX. Sua história e seu poder econômico desproporcional também se refletem em influência cultural e influência política desiguais, como a onipresença da indústria cultural americana pelo mundo. Países ricos se dão ao luxo de subsidiar sua agricultura, fechando as portas para os produtos de nações pobres. Hoje, muitas políticas são movidas pelo ressentimento político e cultural das ex-colônias na África, na Ásia e no Oriente Médio, e também de países sob a influência dos Estados Unidos na América Latina.
*MÓDULO 4*
Geopolítica – Países desenvolvidos e países emergentes O que é um país desenvolvido? Uma forma de determinar se um país é desenvolvido ou não é medir seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita. O PIB é a soma de toda a produção econômica de uma nação, enquanto o PIB per capita é a divisão desse valor pela população total. Em países populosos, como a China e a Índia, o PIB total é alto, mas o per capita é baixo. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador que leva em conta não somente o PIB per capita, mas também dados sobre expectativa de vida e educação. No entanto, essas medidas têm uma limitação: os rendimentos da economia não se distribuem igualitariamente entre a população. Salários e rendimentos de negócios não são iguais, afinal. Por isso, indicadores de desigualdade social, como o índice Gini, também fazem parte da avaliação, de forma a mostrar como a população como um todo tem se beneficiado ou não do aumento da renda. Quanto mais perto de 1 for esse indicador, mais concentrada é a renda. Alguns países desenvolvidos têm um índice Gini relativamente alto, como os Estados Unidos (0,45); outros, bem baixo, caso da Suécia (0,25). Ambos, porém, têm indicadores bem menores que os do Brasil (0,56). Os índices não avaliam, no entanto, o papel que um país representa no mundo. Nações desenvolvidas também se caracterizam pela forma como participam da economia e da política mundiais. Esses países são democracias capitalistas com cultura ocidental ou ocidentalizada e tendem a ver como positiva a reprodução de seu modo de vida em nações cuja cultura pode não absorver bem essas mudanças. O exemplo são as tentativas dos Estados Unidos em tornar o Iraque e o Afeganistão democracias, apesar das identidades tribais e religiosas complexas da região. Por terem população com maior grau de escolaridade e mais conhecimento acumulado, e por abrigarem grandes indústrias multinacionais, os países desenvolvidos geram inovação tecnológica e produtos com valor agregado, isto é, produtos com trabalho sofisticado (e caro) adicionado. Nações em desenvolvimento importam esses produtos e exportam commodities, produtos agrícolas ou de extrativismo, como alimentos, minérios e petróleo, cujos preços são determinados basicamente pela oferta e procura. Desde a segunda metade do século XX, muitas indústrias de países desenvolvidos passaram a se instalar nos países em desenvolvimento, em busca de mão de obra mais barata e também para atender ao mercado local. A parte criativa do trabalho continua a ser feita nas matrizes, mas agora há novas oportunidades para nações que investem na educação de seus habitantes — isso tem ocorrido na Índia, que tem se tornado polo de serviços de informática.
SAJJAD HUSSAIN / AFP
Empresa na Índia: graças aos investimentos na educação, o país tem se tornado um polo de informática e de prestação de serviços para países desenvolvidos
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“Primeiro Mundo” e “Terceiro Mundo” são termos ainda populares, mas defasados. É mais adequado falar em “países em desenvolvimento” e “desenvolvidos”.
Os países desenvolvidos também são chamados genericamente de “mundo ocidental”. Trata-se de expressão imprecisa, já que o grupo de países desenvolvidos inclui nações do Oriente, como o Japão e a Coreia do Sul.
IDH, PIB e desigualdade social são parâmetros usados em conjunto para avaliar o grau de desenvolvimento de um país.
Alguns países ricos têm desigualdade social relativamente alta, como os Estados Unidos; outros,
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bem baixa, como a Suécia. Ainda assim, a desigualdade norte-americana é bem menor que a brasileira.
desenvolvimento menos agressivas ao meio ambiente. A pressão de movimentos ambientalistas, contudo, é às vezes vista como uma tentativa de impor barreiras ao crescimento para evitar a concorrência dos emergentes.
A OCDE é uma espécie de clube de países ricos. O organismo defende políticas de livre mercado e responsabilidade fiscal e monetária.
O G-7 reúne os sete países mais ricos do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá). O G-8 inclui ainda a Rússia.
A União Europeia começou como uma área de livre-comércio, mas se expandiu e passou a abranger a livre circulação de pessoas, uma moeda comum e a busca por uma Constituição única.
O NAFTA é uma área de livre-comércio entre o Canadá, os Estados Unidos e o México.
Os países desenvolvidos enfrentam problemas como queda de natalidade, envelhecimento da população e aumento da imigração.
A independência política conquistada pelos países emergentes graças ao desenvolvimento econômico e militar criou um novo equilíbrio de poder, mas provoca tensões com países desenvolvidos, em particular envolvendo questões de direitos humanos, trabalhistas e ambientais.
*ATENÇÃO, ESTUDANTE!* Para complementar o estudo deste Módulo, utilize seu LIVRO DIDÁTICO.
*********** ATIVIDADES ***********
O sentimento xenofóbico e os conflitos religiosos tornam tensas as relações entre cidadãos locais e imigrantes em alguns países desenvolvidos.
Texto para as questões de 1 a 3.
Entre os países em desenvolvimento, os emergentes são aqueles que estão crescendo em ritmo mais acelerado.
Os termos surgiram para comparar as classes sociais da época da Revolução Francesa
Os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) são considerados particularmente promissores.
Outros emergentes são o Chile, o México, a África do Sul, a Turquia e os Tigres Asiáticos (Taiwan, Hong Kong, Cingapura e Coreia do Sul).
A nova divisão do trabalho leva a atividade industrial para países emergentes, em busca de mão de obra mais barata. Esse movimento cria tensões com os trabalhadores de nações desenvolvidas.
As remessas de lucros das multinacionais e o fato de decisões administrativas e do desenvolvimento tecnológico ainda se concentrarem nas nações desenvolvidas são uma contrapartida vista como negativa para a industrialização nos países emergentes.
Primeiro e Terceiro Mundos
DIVULGAÇÃO / EDITORA ABRIL
Torre Eiffel, em Paris, na França: um dos países do Primeiro Mundo, segundo a classificação feita pelo economista Alfred Sauvy
Condições de trabalho desumanas são comuns na China e incluem a ausência de direitos trabalhistas, longas jornadas de trabalho e exploração de trabalho infantil.
Tarifas de importação e subsídios opõem países desenvolvidos e emergentes.
Essas políticas são defendidas por trabalhadores nos países desenvolvidos e por movimentos antiglobalização, como forma de manter o modo de vida desses trabalhadores.
O meio ambiente do planeta não suportaria se todos os países adotassem os padrões de consumo das nações desenvolvidas, em especial dos Estados Unidos. Daí surgiu a ideia de “desenvolvimento sustentável”: os países devem buscar formas de
Desde sua origem, as expressões “Primeiro Mundo” e “Terceiro Mundo” vieram carregadas de forte conotação política. Foram criadas pelo economista e demógrafo francês Alfred Sauvy, em 1952, num artigo publicado na revista L’Observateur. Sauvy comparava o mundo da época com as classes sociais que existiam antes da Revolução Francesa (1789-1799): havia o “Primeiro Estado”, que correspondia aos nobres, o “Segundo Estado”, representado pelo clero católico, e o “Terceiro Estado”, formado pelos plebeus, que podiam ser artesãos, camponeses, operários ou burgueses, que sustentavam a vida luxuosa dos outros dois Estados. Nas palavras de Sauvy, como os plebeus da França, o Terceiro Mundo, explorado pelos demais, “não é nada, mas aspira a ser algo”. 64
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Sauvy classificou no Primeiro Mundo os países capitalistas da OTAN, no Segundo Mundo o bloco comunista reunido sob o Pacto de Varsóvia e no Terceiro Mundo os demais países, todos pobres e situados na África, Ásia, Oceania e América Latina. Quando o bloco comunista começou a ruir, a classificação criada por Sauvy já era considerada limitadora e ultrapassada. Os termos ainda são populares, mas hoje há outras classificações que refletem melhor a realidade atual. Como não há mais “Segundo Mundo” e países do “Terceiro Mundo” podem ter alianças políticas diversas, é mais adequado falar em países “em desenvolvimento” versus “desenvolvidos”. Inclui-se às vezes uma terceira categoria, os “emergentes”, os países em desenvolvimento com potencial para fazer parte do primeiro grupo nas próximas décadas. Entre os emergentes, também se fala em “países recentemente industrializados”, economias que deixaram de ser agrárias para se tornar industriais na segunda metade do século XX, como Brasil, Turquia, África do Sul, Índia, Malásia, Filipinas e China. Outro termo comum é “mundo ocidental” para se referir aos países desenvolvidos, já que, caracteristicamente, eles são herdeiros da cultura europeia, incluindo aí Austrália e Nova Zelândia. Japão e Coreia do Sul, embora situados no Oriente, são classificados como “ocidentais” por sua aliança política e pela ampla adoção do capitalismo e instituições políticas ocidentais. A América Latina ocupa um espaço controverso, já que suas instituições políticas, religiosas e grande parte da cultura são de origem europeia, mas aí se encontram mescladas e, às vezes, em conflito com tradições ameríndias e africanas, o que resultou na criação de uma identidade própria.
.4. (ENEM-MEC) As migrações transnacionais, intensificadas e generalizadas nas últimas décadas do século XX, expressam aspectos particularmente importantes da problemática racial, visto como dilema também mundial. Deslocam-se indivíduos, famílias e coletividades para lugares próximos e distantes, envolvendo mudanças mais ou menos drásticas nas condições de vida e trabalho, em padrões e valores socioculturais. Deslocam-se para sociedades semelhantes ou radicalmente distintas, algumas vezes compreendendo culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas. IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.
A mobilidade populacional da segunda metade do século XX teve um papel importante na formação social e econômica de diversos estados nacionais. Uma razão para os movimentos migratórios nas últimas décadas e uma política migratória atual dos países desenvolvidos são (A) a busca de oportunidades de trabalho e o aumento de barreiras contra a imigração. (B) a necessidade de qualificação profissional e a abertura das fronteiras para os imigrantes. (C) o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o acautelamento dos bens dos imigrantes. (D) a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos imigrantes qualificados. (E) a fuga decorrente de conflitos políticos e o fortalecimento de políticas sociais.
.5. (ENEM-MEC)
Superinteressante, abr. 2010.
A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.
.1. (AED-SP) Quem foram os inspiradores do termo “Terceiro Mundo”? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).
.2. (AED-SP) A definição de “Primeiro Mundo” tinha natureza política ou econômica?
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX?
___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________
(A) A facilidade em se estabelecer relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista. (B) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial. (C) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
.3. (AED-SP) Por que o termo “Terceiro Mundo” é considerado obsoleto? ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ 65
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(D) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística. (E) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.
.7. (ENEM-MEC) O ataque japonês a Pearl Harbor e a consequente guerra entre americanos e japoneses no Pacífico foi resultado de um processo de desgaste das relações entre ambos. Depois de 1934, os japoneses passaram a falar mais desinibidamente da “Esfera de coprosperidade da Grande Ásia Oriental”, considerada como a “Doutrina Monroe Japonesa”. A expansão japonesa havia começado em 1895,
.6. (ENEM-MEC) A figura apresenta diferentes limites para a Europa, o que significa que existem divergências com relação ao que se considera como território europeu.
quando venceu a China, impôs-lhe o Tratado de Shimonoseki passando a exercer tutela sobre a Coreia. Definida sua área de projeção, o Japão passou a ter atritos constantes com a China e a Rússia. A área de atrito passou a incluir os Estados Unidos quando os japoneses ocuparam a Manchúria, em 1931, e a seguir, a China, em 1937. REIS FILHO, D. A. (org.). O século XX, o tempo das crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
Sobre a expansão japonesa, infere-se que (A) o Japão tinha uma política expansionista, na Ásia, de natureza bélica, diferente da Doutrina Monroe. (B) o Japão buscou promover a prosperidade da Coreia, tutelando-a à semelhança do que os EUA faziam. (C) o povo japonês propôs cooperação aos Estados Unidos ao copiarem a Doutrina Monroe e proporem o desenvolvimento da Ásia. (D) a China aliou-se à Rússia contra o Japão, sendo que BOURGEAT, S.; BRÁS, C. (coord.). Histoire et Géographie. Travaux dirigés. Paris: Hatier, 2008 (adaptado).
a Doutrina Monroe previa a parceria entre os dois. (E) a Manchúria era território norte-americano e foi
De acordo com a figura,
ocupado pelo Japão, originando a guerra entre os
(A) a visão geopolítica recente é a mais restritiva, com um número diminuto de países integrando a União Europeia. (B) a delimitação da Europa na visão clássica, separando-a da Ásia, tem como referência critérios naturais, ou seja, os Montes Urais. (C) a visão geopolítica dos tempos da Guerra Fria sobre os limites territoriais da Europa supõe o limite entre civilizações desenvolvidas e subdesenvolvidas. (D) a visão geopolítica recente incorpora elementos da religião dos países indicados. (E) a representação mais ampla a respeito das fronteiras da Europa, que engloba a Rússia chegando ao Oceano Pacífico, descaracteriza a uniformidade cultural, econômica e ambiental encontrada na visão clássica.
dois países.
.8. (ENEM-MEC) Os chineses não atrelam nenhuma condição para efetuar investimentos nos países africanos. Outro ponto interessante é a venda e compra de grandes somas de áreas, posteriormente cercadas. Por se tratar de países instáveis e com governos ainda não consolidados, teme-se que algumas nações da África tornem-se literalmente protetorados. BRANCOLI, F. China e os novos investimentos na África: neocolonialismo ou mudanças na arquitetura global? Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br. Acesso em: 29/4/2010 (adaptado).
________________________________________________ *Anotações*
A presença econômica da China em vastas áreas do globo é uma realidade do século XXI. A partir do texto, como é possível caracterizar a relação econômica da China com o continente africano? 66
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(A) Pela presença de órgãos econômicos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, que restringem os investimentos chineses, uma vez que estes não se preocupam com a preservação do meio ambiente. (B) Pela ação de ONGs (Organizações Não Governamentais) que limitam os investimentos estatais chineses, uma vez que estes se mostram desinteressados em relação aos problemas sociais africanos. (C) Pela aliança com os capitais e investimentos diretos realizados pelos países ocidentais, promovendo o crescimento econômico de algumas regiões desse continente. (D) Pela presença cada vez maior de investimentos diretos, o que pode representar uma ameaça à soberania dos países africanos ou manipulação das ações destes governos em favor dos grandes projetos. (E) Pela presença de um número cada vez maior de diplomatas, o que pode levar à formação de um Mercado Comum Sino-Africano, ameaçando os interesses ocidentais.
.10. (ENEM-MEC) A formação dos Estados foi certamente distinta na Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados atuais, em especial na América Latina — onde as instituições das populações locais existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o resultado, em geral, da evolução do transplante de instituições europeias feito pelas metrópoles para suas colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes, têm sua verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais. Na Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e encontrou sistemas políticos e administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de organização, ou pelo menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do Estado asiático. GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos avançados. São Paulo: EdUSP, v. 22, n.º 62, jan./abr. 2008 (adaptado).
.9. (ENEM-MEC)
Relacionando as informações ao contexto histórico e geográfico por elas evocado, assinale a opção correta acerca do processo de formação socioeconômica dos continentes mencionados no texto.
O G-20 é o grupo que reúne os países do G-7, os mais industrializados do mundo (EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), a União Europeia e os principais emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia). Esse grupo de países vem ganhando força nos fóruns internacionais de decisão e consulta.
(A) Devido à falta de recursos naturais a serem explorados no Brasil, conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na África estiveram ausentes no período da independência e formação do Estado brasileiro. (B) A maior distinção entre os processos histórico-formativos dos continentes citados é a que se estabelece entre colonizador e colonizados, ou seja, entre a Europa e os demais. (C) À época das conquistas, a América Latina, a África e a Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito mais sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador. (D) Comparadas ao México e ao Peru, as instituições brasileiras, por terem sido eliminadas à época da conquista, sofreram mais influência dos modelos institucionais europeus. (E) O modelo histórico da formação do Estado asiático equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve o espírito das formas de organização anteriores à conquista.
ALLAN, R. Crise global. Disponível em: http://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br. Acesso em: 31/7/2010.
Entre os países emergentes que formam o G-20, estão os chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), termo criado em 2001 para referir-se aos países que (A) apresentam características econômicas promissoras para as próximas décadas. (B) possuem base tecnológica mais elevada. (C) apresentam índices de igualdade social e econômica mais acentuados. (D) apresentam diversidade ambiental suficiente para impulsionar a economia global. (E) possuem similaridades culturais capazes de alavancar a economia mundial.
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*Anotações*
*Anotações*
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(C) a universalização do acesso a computadores e a internet em todos os países. (D) a melhor distribuição de renda entre os países do sul favorecendo o acesso a produtos originários da Europa. (E) a criação de novas referências culturais para a identidade social por meio da disseminação das redes de fast-food.
.11. (ENEM-MEC) Por volta de 1880, com o progresso de uma economia primária e de exportação, consolidou-se em quase toda a América Latina um novo pacto colonial que substituiu aquele imposto por Espanha e Portugal. No mesmo momento em que se afirmou, o novo pacto colonial começou a se modificar em sentido favorável à metrópole. A crescente complexidade das atividades ligadas aos transportes e às trocas comerciais multiplicou a presença dessas economias metropolitanas em toda a área da América Latina: as ferrovias, as instalações frigoríficas, os silos e as usinas, em proporções diversas conforme a região, tornaram-se ilhas econômicas estrangeiras em zonas periféricas.
.13. (ENEM-MEC) Entre as promessas contidas na ideologia do processo de globalização da economia estava a dispersão da produção do conhecimento na esfera global, expectativa que não se vem concretizando. Nesse cenário, os tecnopolos aparecem como um centro de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia que conta com mão de obra altamente qualificada. Os impactos desse processo na inserção dos países na economia global deram-se de forma hierarquizada e assimétrica. Mesmo no grupo em que se engendrou a reestruturação produtiva, houve difusão desigual da mudança de paradigma tecnológico e organizacional. O peso da assimetria projetou-se mais fortemente entre os países mais desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento.
DONGHI, T. H. História da América Latina. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005 (adaptado).
De acordo com o texto, o pacto colonial imposto por Espanha e Portugal a quase toda a América Latina foi substituído em função (A) das ilhas de desenvolvimento instaladas nas periferias das grandes cidades. (B) da restauração, por volta de 1880, do pacto colonial entre a América Latina e as antigas metrópoles. (C) do domínio, em novos termos, do capital estrangeiro sobre a economia periférica, a América Latina. (D) das ferrovias, frigoríficos, silos e usinas instaladas em benefício do desenvolvimento integrado e homogêneo da América Latina. (E) do comércio e da implantação de redes de transporte, que são instrumentos de fortalecimento do capital nacional frente ao estrangeiro.
BARROS, F. A. F. Concentração técnico-científica: uma tendência em expansão no mundo contemporâneo? Campinas: Inovação Uniemp, v. 3, n.º 1, jan./fev. 2007 (adaptado).
Diante das transformações ocorridas, é reconhecido que (A) a inovação tecnológica tem alcançado a cidade e o campo, incorporando a agricultura, a indústria e os serviços, com maior destaque nos países desenvolvidos. (B) os fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas têm desacelerado, obedecendo ao novo modelo fundamentado em capacidade tecnológica. (C) as novas tecnologias se difundem com equidade no espaço geográfico e entre as populações que as incorporam em seu dia a dia. (D) os tecnopolos, em tempos de globalização, ocupam os antigos centros de industrialização, concentrados em alguns países emergentes. (E) o crescimento econômico dos países em desenvolvimento, decorrente da dispersão da produção do conhecimento na esfera global, equipara-se ao dos países desenvolvidos.
.12. (ENEM-MEC) O intercâmbio de ideias, informações e culturas, através dos meios de comunicação, imprimem mudanças profundas no espaço geográfico e na construção da vida social, na medida em que transformam os padrões culturais e os sistemas de consumo e de produção, podendo ser responsáveis pelo desenvolvimento de uma região. HAESBAERT, R. Globalização e fragmentação do mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: EdUFF, 1998.
Muitos meios de comunicação, frutos de experiências e da evolução científica acumuladas, foram inventados ou aperfeiçoados durante o século XX e provocaram mudanças radicais nos modos de vida como, por exemplo,
________________________________________________ *Anotações*
(A) a diferenciação regional da identidade social por meio de hábitos de consumo. (B) o maior fortalecimento de informações, hábitos e técnicas locais. 68
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CHG Geografia
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.14. (FGV-SP)
.15. (ENEM-MEC)
Observe a foto de uma manifestação de dekasseguis no Japão em janeiro de 2009.
Analise o quadro acerca da distribuição da miséria no mundo, nos anos de 1987 a 1998. MAPA DA MISÉRIA População que vive com menos de US$ 1 por dia (em %) Região Extremo Oriente e Pacífico Europa e Ásia Central América Latina e Caribe Oriente Médio e Norte da África Sul da Ásia África Subsaariana Mundo
1987
1990
1993
1996
1998*
26,6
27,6
25,2
14,9
15,3
0,2
1,6
4,0
5,1
5,1
15,3
16,8
15,3
15,6
15,6
4,3
2,4
1,9
1,8
1,9
44,9 46,6 28,3
44,0 47,7 29,0
42,4 49,7 28,1
42,3 48,5 24,5
40,0 46,3 24,0
* Preliminar
www.oglobo.globo.com/fotos. Acesso em: 18/1/2009.
Fonte: Banco Mundial. Gazeta Mercantil, 17/10/2001, p. A-6 (adaptado).
A partir da análise da foto, dos conhecimentos sobre a migração brasileira e da atual economia japonesa, assinale a alternativa que apresenta a legenda mais adequada para a situação representada.
A leitura dos dados apresentados permite afirmar que, no período considerado, (A) no Sul da Ásia e na África Subsaariana está, proporcionalmente, a maior concentração da população miserável. (B) registra-se um aumento generalizado da população pobre e miserável. (C) na África Subsaariana, o percentual de população pobre foi crescente. (D) em números absolutos a situação da Europa e da Ásia Central é a melhor dentre todas as regiões consideradas. (E) o Oriente Médio e o Norte da África mantiveram o mesmo percentual de população miserável.
(A) Os imigrantes brasileiros, considerados essenciais para a economia japonesa, desenvolvem atividades especializadas e reivindicam melhores salários. (B) A crise econômica no Japão tem gerado um protecionismo em relação aos trabalhadores brasileiros, que passaram a ter a preferência em relação aos imigrantes de outros países asiáticos. (C) A recessão econômica enfrentada pelo Japão tem mudado o cenário para muitos dos milhares de brasileiros, que passaram a enfrentar a situação de desemprego. (D) Depois de décadas de trabalho no Japão, os brasileiros protestam porque não aceitam ser substituídos por trabalhadores chineses, que recebem salários mais baixos. (E) No Japão, os imigrantes brasileiros desempenham atividades bem remuneradas e, por isso, têm sido substituídos por mão de obra asiática, mais barata.
________________________________________________ *Anotações*
________________________________________________ *Anotações*
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