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morreu, em 1994, a população passou a ser bombardeada com informações de um complô tútsi, o que levou à execução de 75% dos tútsis que viviam em Ruanda.
*MÓDULO 1*
Sociedade – Minorias O peso da diferença
CAMBOJA Quando: de 1975 a 1979 Vítimas: chineses, muçulmanos e vietnamitas, entre outras minorias Motivação: eliminar etnias Métodos: execuções a bala e mortes por fome e excesso de trabalho Número de mortos: 215.000 chineses, 90.000 muçulmanos e 20.000 vietnamitas
A perseguição aos diferentes é uma constante histórica: os gregos já discriminavam todos os outros povos, a quem consideravam bárbaros. Os espartanos, que dominaram a Grécia antiga entre os séculos V e IV a.C., cultuavam a imagem do soldado atlético e obediente. Quem não se encaixava nesse modelo estava sujeito à escravidão e até a execução: crianças deficientes ou doentes eram mortas ao nascer. Os romanos, notórios por fazer de escravos os povos que dominavam, foram hostis com todos os povos da Europa Ocidental, norte da África e Ásia Menor. Na Idade Média, eram perseguidos os que discordavam da Igreja Católica, uma prática mantida pela Inquisição até o século XIX e que matou milhares de pessoas. Muitas das vítimas eram judeus, chamados de cristãos-novos (recém-convertidos ao catolicismo). O ressentimento contra os judeus aumentou na virada do século XIX para o XX, quando o antissemitismo dividiu a elite intelectual europeia. Em 1933, chegou ao poder na Alemanha o regime nazista, que tinha como pilares o racismo, o antissemitismo, o pangermanismo (união dos povos germânicos) e a eugenia (“melhoramento” da raça), além do totalitarismo e o anticomunismo. Ainda no século XX, um regime abertamente racista, o apartheid na África do Sul, se manteve no poder por 42 anos. Nos Estados Unidos, apenas em 1963 foram concedidos direitos iguais a negros que eram segregados em partes do país. E a chamada “limpeza étnica” também voltou a assombrar na Bósnia, Chechênia, Iraque, Congo, Sudão e em outros pontos do mundo.
“Preferimos matar dez amigos a deixar vivo um só inimigo”, dizia Pol Pot, líder do Khmer Vermelho, a ala mais radical do Partido Comunista local, que tomou o poder em 1975. Em quatro anos, o regime executou 1,7 milhão de seus 8 milhões de habitantes. A maior parte dos mortos era da mesma etnia khmer e só morreu por causa do estado de paranoia e eliminação sistemática dos adversários implantado pelo regime cambojano. Na dúvida de quem era amigo ou inimigo, Pol Pot mandava eliminar todos. BÓSNIA Quando: de 1991 a 1999 Vítimas: bósnios, sérvios, croatas e kosovares Motivação: conflitos nacionalistas e movimentos separatistas Métodos: ataques militares e estupros Número de mortos: 300.000 O conflito nos Bálcãs entre muçulmanos e católicos, sérvios e croatas, sérvios e albaneses tem mais de 200 anos. Apenas nas quatro décadas em que o general ditador Josip Broz Tito unificou esses povos sob a bandeira da antiga Iugoslávia, houve certo entendimento. Com a morte de Tito, em 1980, a Eslovênia, a Croácia e a Bósnia declararam independência. Em 1990, o sérvio Slobodan Milosevic passou a eliminar os croatas. Os croatas fizeram o mesmo na Sérvia e na Bósnia. E muçulmanos bósnios atacaram croatas e sérvios. Manipulados pela propaganda nacionalista, cada um dos povos acreditava apenas responder à ameaça inimiga.
Limpeza étnica Exemplos recentes de conflitos e regimes racistas que vitimaram milhões RUANDA Quando: 1994 Vítimas: tútsis Motivação: guerra civil e racismo Métodos: civis armados de facões e porretes Número de mortos: 800.000
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Quando chegaram ao país, os belgas encontraram uma sociedade dividida entre camponeses hutus pobres e pastores tútsis prósperos. Para garantirem sua dominação, fizeram dos tútsis a aristocracia ruandesa. Em 1959, hutus se rebelaram e, em 1962, assumiram o poder. A violência se agravou em 1990, com a criação da Frente Patriótica Ruandesa (FPR), por tútsis exilados em Uganda. Quando o presidente Jouvenal Habyarimana
*Anotações*
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