Nau dos Mestres - livro do Professor

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SUMÁRIO Apresentação  6 Nau dos Mestres  8 Considerações sobre o ensino de ciências no Ensino Fundamental  10 Conteúdo  11 Concepções espontâneas  11 O papel da questão  12 Acompanhamento  12 Aprendizagem a partir de jogos e brincadeiras  13 Iniciando as atividades com a Nau dos Mestres  14 Organização e reposição dos materiais   16 Iconografia e cores  17 Personagens da jornada  18 Sustentabilidade e Inclusão Social  20


MESTRES E MISSÕES Merlim: o poder da química

22 Como encher uma bexiga sem assoprar?  23 Como escrever uma mensagem secreta?  25 Como virar um copo sem deixar a água cair?  27 Como encher um copo com água sem colocar a mão?  29 Como fazer uma bolinha flutuar no ar?  31 Como fazer uma pintura sem usar pincel?  33

Leonardo da Vinci: o poder da Razão

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Como amortecer uma queda?  37 Como impulsionar um objeto sem empurrá-lo?  39 Como montar um barco movido a energia solar?  41 Como transformar líquido em geleca?  43 Como criar um desenho usando a geometria?  45 Como fazer a "máquina voadora" de Leonardo?  47

Apolo: o poder da Luz

50 Como fazer sombras iguais com formas diferentes?  51 Como construir uma câmara escura?  53 Como fazer um arco íris?  55 Como fazer sombras coloridas?  67 Como fazer bolhas de sabão gigantes?  69 Como fazer uma escultura natural?  71

Gaia: o poder da Terra

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Como filtrar água suja?  65 Como direcionar o crescimento das plantas?  67 Como fazer um cristal de sal?  69 Como fazer tinta com terra?  71 Como colorir uma flor?  73 Como extrair pigmentos das plantas?  75


Apresentação

O

ensino das ciências, especialmente no Ensino Fundamental, oferece um leque de possibilidades para que o educador desperte o interesse dos alunos não apenas pelo tema iniciação científica, mas principalmente pelo prazer de aprender. O desafio de tornar significativas e interessantes disciplinas, que por vezes são consideradas difíceis e entediantes pelos alunos, requer tanto uma mudança de atitude do educador quanto o acesso a recursos pedagógicos que favoreçam esse processo. Um aspecto fundamental para tornar mais criativo e motivador este processo de ensino–aprendizagem diz respeito à forma pela qual o conteúdo das disciplinas é comumente trabalhado em sala de aula. É importante deixar de considerar o conteúdo como "o fim em si mesmo" para passar a tratá-lo como meio na promoção da aprendizagem. Dito de outra forma, a criança não se sente motivada para aprender, por exemplo, um conceito de física pelo conceito em si, mas sim pela curiosidade de saber como tal conceito se manifesta no mundo real e como pode transformar a sua vida e a sociedade. O projeto Nau dos Mestres parte do princípio de que todo aluno traz consigo um desejo inato por querer aprender e que esse


processo deve ser significativo, divertido e motivador. Considera que o ensino deve reconhecer a autonomia dos estudantes, para a partir disso, desafiá-los a investigar e propor soluções criativas para problemas concretos. A maneira como os conteúdos são apresentados no projeto - na forma de desafios e missões a serem cumpridas pelos participantes coloca os alunos na posição de protagonistas do seu aprendizado, com autonomia para escolher o que e como aprender. Ao disponibilizar ao educador um método que permita ressignificar o ensino das ciências, o trabalho com a Nau dos Mestres se torna uma janela de oportunidade para que o próprio educador explore novas vias na sua prática educativa, assumindo cada vez mais o papel de facilitador da aprendizagem e menos o de fonte de conhecimento. De fato, com o avanço das tecnologias da informação o desafio da educação se desloca cada vez mais do acesso à informação para o desenvolvimento da capacidade dos alunos em interpretá-la, associá-la e ressignificá-la em um processo constante de desenvolvimento cognitivo. Este Livro do Professor reúne as informações necessárias para que o educador possa desenvolver o ensino de ciências de forma a valorizar a criatividade dos estudantes, sua capacidade analítica, raciocínio lógico e práticas colaborativas. Ao mesmo tempo permite ao educador aplicar novos processos de ensino-aprendizagem que estão em sintonia com os desafios colocados para uma educação para o novo milênio.


Nau dos Mestres

N

au dos Mestres é um instrumento para a promoção do ensino das ciências que contempla infraestrutura para desenvolvimento de atividades práticas com crianças do Ensino Fundamental I, idealmente as matriculadas no terceiro e quarto anos, com idade entre 7 e 9 anos. Ela permite ao educador “navegar” com seus alunos entre os saberes das artes, das ciências, da linguagem e da matemática. As atividades são guiadas por uma narrativa da fantasia, contada nos livros que acompanham o projeto e conduzem os personagens a problemas denominados “missões”. Cada missão executada habilita o grupo a continuar a história, como num jogo. O conceito de “nau” foi formulado pensando numa grande embarcação que tem como propósito a descoberta de novos mundos, nesse caso, mundos de conhecimento como as artes, as ciências e outros mais que surgirão quando a liberdade e a criatividade infantis forem incentivadas. A “Nau dos Mestres” tem características mágicas e fantásticas, permitindo aos “tripulantes” viagens no tempo e no espaço para investigar os universos de Merlim, Leonardo da Vinci, Apolo e Gaia – os Mestres. Utilizando a Nau como elemento motivador para as crianças, o professor tem a oportunidade de trabalhar, através das atividades práticas propostas, diversos conceitos estabelecidos pelo governo federal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Todo o projeto foi construído obedecendo critérios da lei de diretrizes e bases da educação e de diversos estudos acadêmicos. Ao todo são 24 atividades divididas entre estudos de ciências e de artes, distribuídas nas caixas dos respectivos mestres:

⚙ Merlim, que aborda temas relacionados à química e física; ⚙ Leonardo, que aborda experiências ligadas à física, à energia, geometria, aerodinâmica e movimentos;

⚙ Apolo, que trabalha temas relacionados à energia, à luz, sua composição, comportamento, reflexão e refração.

⚙ Gaia, que tem sua temática ligada aos ciclos e elementos da vida, preservação da natureza e biologia. 10


Nas atividades do Grupo Ciências o educador tem a oportunidade de construir coletivamente o aprendizado de conceitos científicos do mundo físico, ainda que provisórios, respeitando a capacidade cognitiva dos alunos e iniciando-os nos conceitos da ciência. Essas atividades estão representadas pela gravura de um microscópio. Já nas atividades do Grupo Artes, a proposta é oferecer atividades que desenvolvam a criatividade, a estética e incentivar o lado artístico dos alunos, utilizando recursos e técnicas científicas. As atividades desse grupo não têm preocupação central com o aprendizado de conceitos científicos, mas sim explorar a criatividade e a expressão artística. Essas atividades estão representadas pela gravura de instrumentos musicais. Cada caixa acondiciona organizadamente e em pequenas sacolas os materiais necessários para a realização das missões correspondentes a um dos quatro Mestres. Apesar da divisão em Ciência e Artes, o procedimento proposto para aplicação do projeto permite ao professor trabalhar também elementos de linguagem, matemática e temas transversais. Para cada missão estão disponíveis 12 kits, sendo possível realizar 12 repetições de cada atividade. Assim, o professor pode dividir a sala em grupos (ex. 6 grupos de 5 alunos para uma sala de 30), e ainda dispor de materiais extras para testes prévios ou substituições. Todos os materiais e ingredientes são facilmente encontrados em mercados, farmácias ou lojas de material de construção. A Nau dos Mestres conta ainda com um acervo de materiais de uso comum como canetinhas hidrocor, tinta guache, fitas adesivas, tesouras, papel, etc, permitindo variações nas atividades propostas ou até mesmo a criação de novos projetos.

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Considerações sobre o ensino de ciências no Ensino Fundamental

A

o ensinar ciências para crianças, primeiramente o professor deve aceitar a condição de que a Ciência é provisória. Esse conjunto de conhecimentos que a humanidade acumulou e sistematizou através dos tempos está em constante desenvolvimento. Teorias que são válidas hoje podem receber complementos no futuro ou até mesmo serem descartadas ou substituídas por outras mais eficientes. Claro que com crianças são trabalhados fenômenos e conceitos mais simples. Porém, ao apropriar-se da noção de Ciência provisória, o professor torna-se mais generoso com as hipóteses dos alunos, mesmo que imprecisas. As atividades experimentais desenvolvidas com crianças nos primeiros anos do ensino fundamental são importantes na educação científica, pois proporcionam, desde cedo, ambientes de formulação de hipóteses, discussão, refutação, testes práticos e sistematização. Nessa etapa, certamente será a primeira vez em que as crianças serão apresentadas ao mundo da ciência. É importante observar que os alunos nessa idade não aprendem conteúdos disciplinares, mas constroem os primeiros significados importantes para o mundo científico. Mais tarde, e durante a vivência escolar, esses conhecimentos serão aprimorados. Nesses anos iniciais, especialmente na idade entre 7 e 9 anos, a criança está entre o desenvolvimento caracterizado por Piaget e Inhelder como “inteligência simbólica ou pré-operatória” e a “inteligência operatória concreta” o que torna o momento propício para o desenvolvimento das primeiras atividades práticas investigativas. Nessa fase as crianças começam a extrapolar pensamentos simbólicos e abstratos para o mundo físico real e já começam a esboçar compreensões sobre tempo, causalidade, conservação, interação, entre outras. Assim, o professor deve estar atento para considerar conteúdos dentro do mundo físico em que a criança vive e brinca, respeitando esses processos cognitivos típicos da idade. 12


A cognição evolui numa reorganização de conhecimentos através de aproximações sucessivas, tendo como base o “saber” anteriormente adquirido. O professor deve utilizar as atividades práticas para promover discussões que levem os estudantes a estruturar esses conhecimentos e a construir, com seu referencial lógico, novos significados da realidade física trabalhada. E como mediador do processo de aprendizagem, o professor deve se atentar para:

⚙ Escolha do conteúdo ⚙ Concepções espontâneas ⚙ O papel da questão ⚙ Acompanhamento e avaliação

Conteúdo A escolha dos conteúdos deve respeitar o mundo infantil e o ambiente da criança dentro da sua realidade cognitiva e social. As crianças não conseguem explicar todos os fenômenos, assim como os adultos e tampouco os cientistas são capazes de explicar tudo. Ao escolher uma atividade prática, o professor deve primeiro perguntar a si mesmo qual fenômeno físico ou conceito científico se pretende abordar e ensinar, para então verificar se a criança está apta a entender esse fenômeno.

Concepções espontâneas As crianças chegam à sala de aula com diversas compreensões sobre fenômenos naturais, adquiridas durante sua vida através das interações que têm com o mundo físico e social. Normalmente essas interpretações têm boa coerência interna e um certo sentido lógico, mas não são exatamente corretas do ponto de vista científico, apresentando imprecisões ou falhas. Esses conhecimentos trazidos pelos alunos são chamados de concepções espontâneas. Ao ensinar ciências, o professor deve considerar esse conhecimento prévio e estar consciente sobre ele para poder trabalhar a mudança conceitual requerida. 13


O papel da questão Para o filósofo da ciência francês Gaston Bachelard, “todo conhecimento é a resposta a uma questão”. Ao ensinar ciências no ensino fundamental, procura-se instigar as crianças com questionamentos interessantes e que contemplem o seu universo e o seu entendimento sobre o mundo. É a partir desse questionamento motivador que se constrói o problema a ser resolvido. O professor tem um papel fundamental em estimular os alunos à formulação de questões e hipóteses acerca do tema em questão, e da construção do conhecimento que irão levá-los a uma nova visão de mundo e ao desenvolvimento de um raciocínio científico.

Acompanhamento Tradicionalmente, as escolas e muitos professores encaram a avaliação como uma forma de classificação dos alunos, muitas vezes, punitiva: alunos que respondem melhor às questões pré definidas são julgados melhores. Porém, esse tipo de avaliação não leva em conta aspectos importantes da construção do conhecimento e, de fato, dá prioridade às habilidades de memorização e repetição. Muitos estudos apontam que uma avaliação eficaz deve ser constante, formativa, e que o professor deve estar sempre atento às dificuldades individuais dos alunos, propondo situações e questionamentos que os levem a “corrigir” sua visão de mundo para aquela academicamente aceita. Especialmente nas atividades práticas não há respostas erradas. Primeiro, porque a própria Ciência é provisória. Segundo, porque um mesmo problema pode ter inúmeras soluções. O erro deve ser encarado como uma oportunidade de reflexão tendo como objetivo principal a aprendizagem. Nessa concepção de ensino de ciências o professor, ao desenvolver atividades práticas com seus alunos, nunca deve disponibilizar as soluções dos problemas, as receitas, os procedimentos, etc., correndo o risco de impedir uma condição pedagógica propícia ao aprendizado. O professor deve ter a postura de um orientador, apresentando o problema ou desafio de forma interessante, guiando o aluno para a solução correta seguindo sua didática, mas contribuindo para a construção do saber pelo próprio aluno. Quando os alunos se apropriam dos desafios, amplia-se a motivação para solucioná-los. 14


Aprendizagem a partir de jogos e brincadeiras

L

údico, no contexto educativo, pressupõe a utilização de abordagens e mecânicas de jogos de forma a estimular nos alunos a curiosidade e comportamentos investigativos para ajudá-los na resolução de problemas complexos de forma criativa. O termo não está limitado somente aos jogos tradicionais, envolvendo competições com sistemas de regras. Interpretando o jogo ou o ato de jogar como um aspecto importante da cultura, é possível considerar o ato da brincadeira ou jogo como parte relevante nos processos cognitivos. Crianças realizam brincadeiras com maior facilidade e faculdade, entretanto, adultos também desenvolvem suas próprias brincadeiras. E é no campo destas brincadeiras e jogos onde se realizam experimentações (novos métodos, interpretações, estratégias, tentativa e erro, trocas, etc) que surge o espaço para o aprendizado. No “jogo” sempre há um começo, um meio e um fim: guardam-se as peças (sejam físicas, como no xadrez, ou mentais como brincar de pega-pega), e retorna-se a realidade, deixando de lado a interpretação, tempo e realidade do jogo. Durante a brincadeira ou jogo, é possível incentivar o educando a indagar-se sobre as regras, métodos e formas de execuções tanto científicas quanto artísticas. No projeto Nau dos Mestres, o aspecto lúdico se apresenta principalmente na forma como os alunos são convidados a "resolver a missão" que lhes é apresentada. Ao criar um ambiente lúdico para a realização das atividades, o professor promove a interação entre os grupos de alunos. Esta interação motiva os educandos a aprender uns com os outros e a aprender em grupo, fortalecendo os aspectos da aprendizagem colaborativa. Para cada uma das atividades propostas no projeto, são apresentadas sugestões sobre como o educador pode trazer elementos relativos aos jogos e brincadeiras para amplificar o aspecto lúdico da atividade em realização. 15


Iniciando as atividades com a Nau dos Mestres

É

importante que o professor conheça e explore antecipadamente a Nau dos Mestres. O contato com os objetos e materiais, com a estrutura e com os textos dos livros facilita a aplicação das atividades com o grupo de alunos. Sugerimos que o professor realize previamente as atividades, familiarizando-se com os procedimentos a fim de proporcionar um melhor desenvolvimento da sua aula. Há insumos suficientes para realizações extras de cada atividade. Esse manual é exclusivo do professor e contém os procedimentos detalhados para auxiliá-lo nas atividades. Esses procedimentos não devem ser compartilhados com os alunos, pois faz parte do processo de aprendizagem que os estudantes formulem suas hipóteses, as testem e cheguem às suas próprias conclusões. Antes de iniciar as experiências, o professor deve dividir a classe em grupos de trabalho. Estes grupos podem ser mantidos a cada aula ou novos grupos podem ser formados. No caso de se manter os mesmos grupos, uma sugestão ao educador é incentivar que alunos criem uma identidade para o seu grupo, como um nome criativo ou uma logomarca. Com isso, incentiva-se a aprendizagem coletiva, a socialização, a colaboração e uma competição saudável entre os grupos. Após a formação dos grupos, o professor deve entregar um exemplar do livro a ser trabalhado a cada aluno. Há trinta exemplares de cada título. Inicia-se então a leitura do texto, que pode ser realizada no grupo ou coletivamente, segundo a didática do educador. A narrativa do texto conduz os leitores a uma situação problema — o desafio — a ser enfrentada pelos protagonistas da história. Nesse momento, como condição necessária à continuação da história, o professor se apropria da Caixa e, segundo sua didática, distribui os materiais a cada um dos grupos. Para tanto, o professor pode retirar do móvel a caixa a ser trabalhada e apresentá-la aos alunos, ou retirar apenas as sacolinhas correspondentes à atividade a ser realizada. 16


Iniciada a atividade prática, o professor deverá:

⚙ Apresentar o problema (missão) novamente, garantindo que todos os alunos entendam o entrave da narrativa.

⚙ Distribuir uma sacola contendo os objetos e materiais do

experimento a ser realizado para cada grupo. Esse é o momento em que os alunos irão conhecer, manipular e interagir com os materiais. Estipular um tempo para essa etapa.

⚙ Iniciar um diálogo com os grupos para incentivar a formulação de hipóteses por parte dos alunos e grupos sobre como o desafio pode ser superado.

⚙ Incentivar os alunos a manipular e explorar os materiais e investigar como estes podem ser utilizados.

⚙ Determinar um tempo para que os grupos realizem a atividade, sob sua supervisão e condução.

⚙ Estimular a compreensão do que foi realizado. ⚙ Promover o compartilhamento da aprendizagem entre os grupos. Finalizada a atividade, o professor deverá solicitar que cada grupo sistematize, cada um ao seu modo, o que foi realizado, como foi realizado e que resultados foram obtidos. Nesse momento busca-se que os alunos comuniquem, por meio de diálogos e exposição, o seu aprendizado acerca do acontecido. Para isso podem dispor de diversos recursos:

⚙ Objetos e materiais utilizados ⚙ Comunicação oral e discurso ⚙ Desenhos e escrita ⚙ Outros recursos disponíveis na Nau dos Mestres

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É fundamental dedicar tempo suficiente para a troca de aprendizado entre os grupos. É neste momento que os estudantes perceberão como outros grupos resolveram o desafio, comparar com a solução do seu grupo e explorar soluções alternativas e combinadas. Para cada um dos momentos anteriormente descritos, o professor deve estipular um tempo de acordo com seus critérios. A autonomia do professor, profundo conhecedor dos seus alunos, sua escola e sua região, é essencial para o planejamento de cada atividade e todos os envolvidos devem estar confortáveis para sua realização e satisfeitos ao seu final. É natural que ajustes sejam feitos à cada nova atividade, sempre visando aprimorá-la. Cada representação escrita dos alunos deve ser arquivada, pois trata-se de um registro importante na sua formação e serve de base e orientação para aplicações posteriores. Especialmente nas atividades artísticas, que permitem uma abertura mais significativa da visão de mundo, o professor deve estimular seus alunos munindo-os com elementos regionais de artes como dança, músicas, culinária local, folclore, lendas e mitos, etc..

Organização e reposição dos materiais A Nau dos Mestres é composta por quatro grandes caixas: Apolo, Merlim, Gaia e Leonardo da Vinci. Nestas caixas estão contidas as sacolas com os materiais necessários para a realização dos experimentos, ou missões. Na parte inferior da Nau estão os materiais de uso comum, ou seja, aqueles utilizados em mais de um experimento. Nas páginas a seguir são apresentados em detalhe cada experimento, os materiais necessários para a sua realização e onde encontrá-los - na sacola ou na parte inferior do móvel. Cada caixa contém 6 tipos de experimentos, com 6 sacolas para cada um (uma por grupo), em um total de 36 sacolas por caixa. Os experimentos estão divididos por cores: amarelo, laranja, vermelho, lilás, azul e verde. Na descrição de cada experimento, é indicada a cor correspondente, tornando fácil para o professor identificar a sacola a ser utilizada. Pensando na facilidade de reposição, todos os materiais do acervo são de baixo custo e podem ser encontrados em locais como mercados, farmácias ou lojas de material de construção. 18


Iconografia e cores A sequência das sacolinhas (contendo os kits com as experiências) segue as cores primárias e secundárias do círculo cromático estudado por Leonardo da Vinci e aprofundado por Isaac Newton, Goethe e outros ao longo dos séculos. A partir desse círculo, chamado de espectro cromático, definimos a ordem das experiências que valem para todos os mestres: 1) amarelo, 2) laranja, 3) vermelho, 4) violeta, 5) azul e 6) verde. Neste projeto, cada um dos Mestres é representado por quatro das cinco formas geométricas conhecidas como Sólidos de Platão. Respectivamente, Merlim é representado pelo Dodecaedro (Universo); Leonardo, pelo Octaedro (Ar); Apolo, pelo Tetraedro (Fogo) e Gaia, pelo Cubo (Terra). Esses símbolos são uma das primeiras tentativas racionais de se entender do que é composta a matéria e o Universo. Mais de mil anos após Platão, o matemático e astrônomo Johannes Kepler propôs um dos primeiros modelos de Sistema Solar baseado nesses sólidos, aperfeiçoando-os e acrescentando outros sólidos. Por fim, o livro é repleto de ilustrações que remetem aos códices medievais e gravuras —muitas delas originais —que trazem um pouco da atmosfera das descobertas da Humanidade ao longo de sua História. 19

Espectro cromático Cores primárias, secundárias e terciárias

Tetraedro (fogo)

Dodecaedro (universo)

Icosaedro (água)

Cubo (terra)

Octaedro (ar)

Sólidos de Platão Gravura original de Johannes Kepler, 1619


Personagens da jornada

Nau dos Mestres

Passarola Gravura original de Bartolomeu de Gusmão, 1722

No Século XVIII, Bartolomeu de Gusmão, conhecido como o Padre Voador, o inventor do balão de ar quente e de outros engenhos, projetou uma espécie de aeronave chamada Passarola. Esse invento, apesar de não ter nunca sido construído, foi a inspiração usada para a nau voadora dos nossos protagonistas do Ciência em Show: a Corujola. Inspirada no formato de uma coruja, tem asas, controles, um balão e diversas engrenagens, fruto da tecnologia moderna. Aprimorada com o auxílio dos mestres e das descobertas realizadas pelos três cientistas viajantes, a Corujola é a nave que transporta Wilson, Gerson e Daniel em viagens através do tempo e espaço e os ajuda a encontrar os mestres da tecnologia e da natureza. A Corujola é também o veículo que irá transportar todos aqueles interessados em desvendar o universo da Ciência, seus mistérios, aventuras e aprendizados. 20


Daniel

Gerson

Wilson

O mais observador entre os três protagonistas, Daniel é mais formal e tem um ar de professor, o que o diferencia dos colegas mais sociáveis e afetivos. É o mais centrado, racional, e o menos inclinado a agir por impulso, sempre pensando e planejando bem antes de agir. É muito inteligente e bastante respeitado pelos colegas e pelas pessoas em geral.

Atlético, amistoso e apressado, Gerson é o mais esportivo e "mão-na-massa” dos três: não tem "tempo ruim"! Está sempre disposto a testar pessoalmente as ideias dos colegas e contribuir para a resolução de problemas. Nossa "cobaia" não é de falar muito, mas age sempre que necessário e, às vezes, até mesmo se adiantando mais do que deveria.

Eterno questionador e o mais curioso, Wilson é também o mais emocional e falante do grupo. Apesar da fama de atrapalhado e de ser um pouco desastrado, Wilson é bastante perspicaz e observador. Sua necessidade de aprendizado e compreensão é grande, e quase nunca se dá por satisfeito até achar a resposta para as questões que foram levantadas.

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Sustentabilidade e Inclusão Social Consciente de que a educação deve promover nos estudantes um pensamento crítico a respeito das questões e desafios que o mundo enfrenta na atualidade, o projeto Nau dos Mestres incorporou os temas da sustentabilidade e da inclusão social desde a sua concepção, passando pelos materiais utilizados e definição dos parceiros que contribuíram para o seu desenvolvimento. Desta forma, para a produção das Naus dos Mestres foi utilizado sempre que possível materiais reaproveitados, reciclados ou de origem certificada. Para a confecção das peças e materiais, foram estabelecidas parcerias com grupos e coletivos sociais. Com isso, o projeto fortalece estes grupos pela via da Economia Solidária e do Comércio Justo. Design Possível é uma ONG que aplica o design na forma de desenvolvimento de produtos, gestão produtiva e comunicação para a geração de renda, estimulando o desenvolvimento humano e social, utilizando o design como ferramenta de transformação social. O Design Possível pesquisou e projetou as Naus dos Mestres

Armazém das Oficinas é a marca dos produtos artesanais e serviços das oficinas do NOT – Núcleo de Oficinas e Trabalho, programa criado para atender a necessidade de trabalho da população de baixa renda que apresenta quadros de sofrimento psíquico e não tem oportunidade de inserção no mercado formal de trabalho. As Naus dos Mestres foram fabricadas na marcenaria do Armazém.

Projeto Tear é um serviço público de Saúde Mental constituído por oficinas de trabalho artesanal para pessoas em situação de sofrimento psíquico. Atualmente, 120 usuários participam das oficinas de artesanato que se constituem em espaços de produção, geração de renda e convivência. Tear criou e costurou as estampas das sacolas das Naus dos Mestres

Cardume de Mães é um grupo de artesãs que foi formado dentro da associação sem fins lucrativos “Projeto Arrastão”. Seus produtos são feitos de banner de publicidade reutilizados (os quais foram utilizados para confeccionar as sacolas das Naus dos Mestres).

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Temática: física, química Os conteúdos e abordagens da Caixa de Merlim tratam de desmistificar o conhecimento dito metafísico, com base na noção de que "tudo é ciência", até mesmo a magia. Merlim é um personagem místico que domina a arte da magia, o verdadeiro alquimista que busca decifrar os mistérios da transformação da matéria. Assim, os conteúdos principais a serem explorados situam-se no campo da química e física.


O poder da química

M

ago dos magos, conselheiro do famoso Rei Arthur, sábio e profeta, conhecido como umas das figuras místicas mais tradicionais e lendárias de todos os tempos, e figura inspiradora de magos mais conhecidos pelo público contemporâneo, como Gandalf, Saruman, Dumbledore e outros. Há muitas versões diferentes a respeito de quem realmente teria sido, mas há evidências históricas de que Merlim foi um grande líder político, estrategista e sábio. Independente de qual dos ângulos, não há dúvidas de que Merlim foi um grande conhecedor de segredos, e um homem muito a frente de seu tempo, um guardião do conhecimento. Seria interessante refletir sobre o que esse conhecimento realmente representa para cientistas e curiosos do século XXI. 24


Como encher uma bexiga sem assoprar? O bicarbonato reage muito rápido com o vinagre. Pratique antes!

Utilize as sacolinhas Amarelas

Grupo Ciência

Objetivo: discutir reações químicas, perceber o resultado de uma reação química. Resumo: o gás produzido numa reação química é aproveitado para encher uma bexiga de festa.

Material 3 bexigas

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Mercado / artigos para festa

1 colher de sopa 50 g de bicarbonato de sódio 200 ml de vinagre 1 garrafa PET de 600 ml

Sacolinha Sacolinha Sacolinha Almoxarifado

Mercado / artigos para o lar Mercado / farmácia Mercado Mercado

1 funil

Almoxarifado

Mercado / artigos para o lar

Procedimentos i Usando o funil, coloque uma colher de sopa (aproximadamente 50g) de bicarbonato de sódio dentro da bexiga. ii Coloque aproximadamente 200 ml de vinagre dentro da garrafa PET de 600 ml vazia. iii Encaixe a boca da bexiga na boca da garrafa, de forma que fique bem firme. Cuidado para que o bicarbonato de sódio que está dentro da bexiga não caia ainda dentro da garrafa com vinagre. iv Vire a bexiga na vertical para que o bicarbonato de sódio caia dentro da garrafa.

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v Nesse momento o bicarbonato de sódio se mistura ao vinagre, promovendo uma reação química que libera gás carbônico e enche a bexiga.

Explicação O bicarbonato de sódio reage com o ácido acético presente no vinagre. Um dos produtos dessa transformação química é o gás carbônico (CO2) que foi aprisionado dentro do balão. É importante que os alunos entendam a efervescência observada como uma transformação, e que o gás que enche o balão é um dos produtos dessa transformação onde bicarbonato de sódio e ácido acético são os reagentes.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ CO2, ou dióxido de carbono, como um gás atmosférico e seus efeitos;

⚙ CO2 como resultado de queima de combustível; ⚙ Qual o país que mais produz CO2 no mundo e por quê? ⚙ Qual o princípio de funcionamento de um comprimido efervescente?

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Como escrever uma mensagem secreta? É melhor realizar essa experiência em dias quentes e secos, pois a Utilize as sacolinhas água evapora Laranjas mais rápido.

Grupo Ciência

Objetivo: discutir a dissolução do sal na água. Entender a água como solvente universal. Resumo: usar uma solução saturada com cloreto de sódio (sal de cozinha) para escrever numa folha de papel. Depois de seca, a mensagem fica quase imperceptível, mas revela-se ao passar o pó de grafite.

Material Sal de cozinha 100g

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Mercado

1 copo descartável pequeno 2 cotonetes 1 colher de sobremesa 1 folha sulfite Grafite 2.0 mm

Almoxarifado Sacolinha Sacolinha Almoxarifado Almoxarifado

Mercado / artigos para o lar Mercado / farmácia Mercado / artigos para o lar Papelaria Papelaria

Grafite em pó

Sacolinha

Materiais de construção

Procedimentos i Num copinho, dissolver uma colher de sobremesa de sal de cozinha em aproximadamente 50 ml de água limpa. Mexer bem e aguardar uns 2 minutos até que fique totalmente transparente. ii Se todo o sal se dissolveu, ou seja, se não perceber sal precipitado no fundo do copo, adicionar sal aos poucos até que se acumule no fundo do copo sem dissolver. Assim, garante-se que a solução está saturada.

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iii Molhe a ponta do cotonete na água do copo e use para escrever uma mensagem numa folha de sulfite, com cuidado para desenhar bem as letras. iv Deixe secar completamente. Se possível, coloque ao sol por 1 hora. v Nessa etapa a folha está com aparência branca, mas um leve alto relevo de sal cristalizado forma o conjunto de letras. Com cuidado, deposite pó de grafite sobre a folha e espalhe usando o dedo. O alto relevo fica marcado e a mensagem aparece. Também funciona passando a grafite levemente sobre a folha.

Explicação Nesse caso, usamos a água como solvente para dissolver o sal de cozinha, o soluto. 100 ml de água a uma temperatura de 20 graus célsius é capaz de dissolver 36 g de cloreto de sódio. A partir disso a solução fica saturada e não é possível dissolver mais o sal. Quando a água evapora numa solução saturada, o sal precipita-se, volta a cristalizar-se, e como foi depositado na folha, acaba formando cristais presos a ela no formato das letras em alto relevo. Pintando com pó de grafite se consegue um contraste entre o alto relevo (sal) e o baixo relevo (folha), e isso revela a mensagem escrita. É importante que os alunos percebam que o sal não sumiu ao ser dissolvido na água.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Como o sal é extraído na natureza? ⚙ Por que a água é considerada solvente universal? ⚙ O papel do sal na alimentação; ⚙ O papel social do sal na antiguidade.

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Como virar um copo sem deixar a água cair? Procure praticar esta experiência com antecedência!

Utilize as sacolinhas Vermelhas

Grupo Ciência

Objetivo: perceber características da água. Brincar. Resumo: a água dentro de um copo não cai quando viramos de cabeça pra baixo, estando protegida apenas por um pedaço de papel cartão.

Material 1 copo acrílico 200ml

Onde encontrar? Almoxarifado

Reposição Mercado / artigos para o lar

1 jarra 1 peneira bem fina Papel-cartão

Almoxarifado Sacolinha Almoxarifado

Mercado / artigos para o lar Mercado / artigos para o lar Papelaria

Tesoura

Almoxarifado

Papelaria

Procedimentos i Encha 2/3 do copo com água limpa. ii Posicione o papel cartão na boca do copo e apoie com a palma da mão.

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iii Vire o copo rapidamente, deixando-o na vertical com a boca pra baixo. iv Com cuidado, retire a mão. v Uma variação dessa experiência pode ser feita com uma peneira fina no lugar do papel cartão.

Explicação Ao virar o copo com um anteparo de papel cartão, forma-se dentro do copo uma região de baixa pressão. Mesmo com a força peso atuando para derrubar a água, a pressão atmosférica produz uma força maior no cartão que, assim, segura a água.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Qual o ciclo da água na natureza? ⚙ Existe água no ar? ⚙ Por que a água seca depois de um tempo quando nos molhamos?

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Como encher um copo com água sem colocar a mão? Esta experiência envolve fogo, portanto, todo cuidado é pouco!

Utilize as sacolinhas Violetas

Grupo Arte

Objetivo: perceber que a temperatura altera propriedades do ar. Resumo: quando se coloca o copo sobre a vela acesa num pratinho com água, ela se apaga e, como mágica, a água entra dentro do copo.

Material 1 copo de vidro

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Mercado / artigos para o lar

1 prato plástico descartável 1 vela Corante Fósforo

Sacolinha Sacolinha Sacolinha Sacolinha

Mercado / artigos para o lar Mercado Mercado Mercado

Régua

Almoxarifado

Papelaria

Procedimentos i Corte a vela de maneira que ela fique com, aproximadamente, 5 cm (utilize a régua para medir). ii Grude a vela no centro do pratinho com a própria parafina.

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iii Coloque água no copo e pingue algumas gotas de corante para colorir a água. Misture bem. iv Coloque a água com cuidado no pratinho de forma a obter uma profundidade de aproximadamente 0,5 cm de água. v Descarte a água que sobrou e seque o copo. vi Acenda a vela. vii Com cuidado, coloque o copo sobre a vela, com a boca pra baixo, e tire a mão.

Explicação Quando se coloca o copo cobrindo a vela, o oxigênio acaba, consumido pela queima, e então a vela apaga. Sem o calor da vela, o ar quente dentro do copo esfria e, por isso, se contrai diminuindo a pressão no interior do copo. A pressão atmosférica externa, maior, produz uma força que empurra a água para dentro do copo.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ O oxigênio como elemento essencial ao fogo; ⚙ O aquecimento do oceano tem influência sobre deslocamento de massas de ar?

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Como fazer uma bolinha flutuar no ar? Quem será que consegue ficar mais tempo com a bolinha suspensa no ar?

Utilize as sacolinhas Azuis

Grupo Arte

Objetivo: perceber propriedades do ar em movimento. Brincar. Resumo: uma bolinha pode ser equilibrada somente com o vento. O desafio é mantê-la no ar por mais tempo.

Material Tesoura

Onde encontrar? Almoxarifado

Reposição Papelaria

2 canudinhos de vitamina (dobrável) 2 bolinhas de isopor

Sacolinha Sacolinha

Mercado Papelaria

Régua

Almoxarifado

Papelaria

Procedimentos i Faça 4 cortes de 1 cm na dobra menor do canudo (utilize a régua para medir); ii Dobre as 4 pontas formadas, deixando aberta como uma flor. Este será o suporte da bolinha.

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iii Coloque o canudo na boca de forma que a dobra menor do canudo fique na vertical pra cima. iv Apoie a bolinha de isopor na ponta do canudo. v Comece a soprar devagar e tente equilibrar a bolinha.

Explicação Quando passa em velocidade pela bolinha, o ar cria regiões de pressão menor. Assim, a bolinha fica “presa” entre uma região de baixa e alta pressão, e não cai. Esse efeito de diferença de pressão acontece também nas asas dos aviões, e cria uma força capaz de sustentá-los no ar.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Como os aviões, que são mais pesados do que o ar, voam? ⚙ Por que os carros de corrida possuem aerofólios? 34


Como fazer uma pintura sem usar pincel? Dá até pra fazer uma exposição com tantas pinturas!

Utilize as sacolinhas Verdes

Grupo Arte

Objetivo: desenvolver a criatividade. Resumo: a tinta se deposita sobre a água e forma figuras que são capturadas pelo papel.

Material 1 forma

Onde encontrar? Almoxarifado

Reposição Mercado / artigos para o lar

2 folhas sulfite 5 palitos de dente (um/aluno) 3 palitos de sorvete 2 copos acrílicos 65 ml Tintas para tecido Conta gotas ou seringa Jarra

Almoxarifado Sacolinha Sacolinha Sacolinha Sacolinha Sacolinha Almoxarifado

Papelaria Sacolinha Mercado / artigos para o lar Mercado / artigos para o lar Papelaria / aviamentos Farmácia Mercado / artigos para o lar

Régua

Almoxarifado

Papelaria

Procedimentos i Posicione a forma numa superfície plana e coloque água até obter uma profundidade mínima de 0,5 cm.

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ii Com o conta gotas/seringa, pegue a tinta e com muito cuidado deposite aleatoriamente sobre a superfície da água. Atenção para que a tinta fique flutuando na água, ela não pode afundar. Essa etapa requer habilidade e pode não funcionar na primeira vez. Faça o procedimento com várias cores de tinta. Se achar que a tinta está muito viscosa, dilua com um pouco de água e um copinho separado.

iii Com um palito de dente, mexa nas porções de tinta tomando cuidado para não afundá-las. Forme um desenho. iv Cubra a bandeja com a folha de sulfite, deixando que ela encoste na água para capturar a tinta. v Retire com cuidado e coloque para secar.

Explicação Na superfície dos líquidos ocorre um fenômeno denominado tensão superficial. Com a água não é diferente e devido a essa tensão é possível depositar a tinta sem que ela afunde, formando diversos desenhos.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Como alguns insetos (como o mosquito) anda sobre a água? ⚙ Como descartar produtos na natureza?

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Temática: física, matemática Os conteúdos e abordagens da Caixa de Leonardo tratam da percepção de padrões e soluções práticas cotidianas na vida das pessoas. Leonardo da Vinci foi um dos maiores inventores e artistas da humanidade e precursor de importantes conceitos no campo da física que viriam a ser desenvolvidos posteriormente por outros pesquisadores. Assim, os conteúdos principais a serem explorados situamse no campo da física cinemática e mecânica.


O poder da Razão

U

m dos maiores ícones da ciência e arte da história do mundo, Leonardo da Vinci se destacou como pintor, inventor e grande mente pensante em diversas outras áreas nos séculos XV e XVI, durante a renascença italiana. Leonardo era famoso por ser um grande observador dos padrões e do mundo ao seu redor e um homem de curiosidade insaciável. Hoje, famoso principalmente pela sua carreira de pintor, com obras como a Mona Lisa e a Virgem dos Rochedos, Leonardo foi o inventor de diversos conceitos tecnológicos que hoje são comuns e de grande importância, como helicóptero, paraquedas, roupa de mergulho e outros.

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Como amortecer uma queda? É melhor fazer essa experiência em dias quentes!

Utilize as sacolinhas Amarelas

Grupo Ciência

Objetivo: perceber relação entre área (tamanho do paraquedas) e resistência do ar. Resumo: construir e testar paraquedas com diversos tamanhos e diversas massas.

Material Saco de lixo

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Mercado

Copo descartável Barbante Furador Tesoura Pesinhos (bolinhas de gude) Fita adesiva

Almoxarifado Sacolinha Sacolinha Almoxarifado Sacolinha Almoxarifado

Mercado Papelaria Papelaria Papelaria Loja de brinquedos Papelaria

Régua

Almoxarifado

Papelaria

Procedimentos i Corte as laterais do saco de lixo para conseguir um pedaço grande de plástico. Estique sobre uma mesa e cole as pontas com fita adesiva para não se movimentar. Assim, será mais fácil trabalhar. ii Desenhe no plástico um octógono regular com o tamanho que achar suficiente para sustentar os pesinhos. iii Recorte o octógono. iv Cole um pedaço de fita adesiva em cada vértice, frente e verso. v Fure cada um dos vértices com o furador.

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vi Corte 8 pedaços de barbante no tamanho da diagonal principal do octógono. vii Amarre um barbante em cada um dos vértices e junte a ponta dos barbantes com um nó. viii Faça furos no copinho e prenda com barbante. Essa será a cesta que sustentará os pesinhos. ix Amarre o copo nos barbantes presos ao paraquedas, coloque os pesinhos e solte de um local alto. Obs. Sugere-se um octógono com aproximadamente 20 cm de aresta.

Explicação O ar oferece resistência ao movimento, e essa resistência é tanto maior quanto maior a área de contato com o ar. Para projetar um paraquedas eficiente é preciso levar em conta o peso que se quer usar. Então, quanto maior o peso maior deve ser a área do paraquedas. Toda força de resistência tem sentido contrário ao movimento, por isso o paraquedas amortece a queda. Explore com os alunos construindo paraquedas de vários tamanhos e testando sua eficiência na prática. A área da pipa coberta por papel é atingida pelo vento, o que cria uma força ascendente e levanta a pipa.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Que forças de resistência encontramos no cotidiano? ⚙ Um carro com muita resistência aerodinâmica gasta mais combustível?

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Como impulsionar um objeto sem empurrá-lo? Varais de aço revestido são mais finos e melhores para deslizar o canudo!

Utilize as sacolinhas Laranjas

Grupo Ciência

Objetivo: perceber que o ar em movimento produz movimento em um objeto. Resumo: uma bexiga cheia ligada a um canudo num estirante é capaz de propelir um pequeno objeto quando o ar escapa da mesma.

Material Canudo rígido (8 cm)

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Mercado

Canudo simples (14 cm) Fita adesiva Varal de aço revestido 3 Bexigas Tesoura

Sacolinha Almoxarifado Almoxarifado Sacolinha Almoxarifado

Mercado Papelaria Papelaria Mercado/artigos para festa Papelaria

Régua

Almoxarifado

Papelaria

Procedimentos i Corte o canudo rígido com aproximadamente 8 cm de comprimento. ii Enfie o canudo na boca da bexiga até que passe pelo seu “pescoço”, e prenda enrolando fita adesiva.

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iii Corte o outro canudo com aproximadamente 14 cm. Passe o varal de aço por dentro desse canudo. iv Prenda as duas extremidades do fio de aço em algo fixo (parede, pilastra, árvore etc.) e deixe-o bem esticado. v Usando fita adesiva, prenda o canudo da bexiga no canudo do fio de aço. vi Encha a bexiga e solte-a.

Explicação A terceira lei de Newton, conhecida como a lei da ação e reação, prevê que quando o ar sai da bexiga com certa velocidade (ação), a bexiga sofre uma força que a empurra no sentido contrário (reação). Esse efeito acontece o tempo todo e é a base da propulsão dos foguetes. Os alunos devem perceber a relação direta entre o ar saindo da bexiga e o movimento que ela sofre.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Como funciona um foguete? ⚙ Qual o objetivo do homem em visitar a lua dentro de um foguete?

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Como montar um barco movido a energia solar? Para que o barco funcione corretamente, é necessária muita luz — de preferência solar!

Utilize as sacolinhas Vermelhas

Grupo Arte

Objetivo: desenvolvimento motor e senso de observação (seguir etapas de um projeto). Resumo: seguir as etapas de montagem de um brinquedo solar.

Material Kit Geração Solar

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Web site Ciência em Show

Bacia d'água

Providencie na escola

Mercado

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Procedimentos i Identificar e separar as partes do brinquedo apontadas no manual de instruções ilustrado. ii Montar as etapas previstas no manual. iii Encher a bacia com água. iv Em uma manhã aberta e ensolarada, colocar o brinquedo sobre a água e verificar seu funcionamento. Brincar.

Explicação O Sol é a maior fonte de energia do nosso planeta. Dele dependem todos os ciclos naturais, como o regime de chuvas, as correntes de ar e o crescimento das plantas. Trata-se de uma fonte quase inesgotável de produção de energia, e que pode ser aproveitada para o transporte, e no dia a dia das pessoas.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Como podemos usar a energia do sol? Ela é poluente? ⚙ Abordar os desenhos e croquis de Leonardo da Vinci e seu papel na conservação de suas ideias.

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Como transformar líquido em geleca? Evite deixar a geleca cair ou sujar!

Utilize as sacolinhas Violetas

Grupo Arte

Objetivo: Desenvolver a criatividade em obra tridimensional. Brincar. Resumo: o borato de sódio une as diversas cadeias químicas da cola, um polímero. Assim, ela muda sua consistência e torna-se uma espécie de “massinha” de modelar.

Material Cola branca (embalagem 35 g)

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Papelaria

Borato de sódio (bórax) – 50g 2 copos de acrílico 200 ml Corante 1 palito de sorvete Colher de sopa

Sacolinha Almoxarifado Sacolinha Sacolinha Sacolinha

Farmácias de manipulação Mercado/artigos para o lar Mercado Mercado Mercado/artigos para o lar

Jarra

Almoxarifado

Mercado

Procedimentos i Dissolva 1 colher de sopa de borato de sódio (bórax) em um copo com água limpa (aproximadamente 150 ml). ii Em outro copo, coloque a quantidade desejada de cola branca, e pingue algumas gotas de corante alimentício da cor desejada. Mexa com o palito de sorvete, misturando bem. iii Vá adicionando a mistura água/bórax com a colher, aos poucos, e sempre mexendo com o palito. A cola começa a ganhar consistência.

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iv Quando perceber que a mistura está bem consistente, coloque na mão e comece a apertar. Se ela estiver grudando na mão, vá adicionando mais água/bórax. Quando atingir a consistência ideal, ela não gruda mais na mão e pode ser modelada. v Para guardar, coloque num recipiente hermético, por exemplo, um saco plástico Zip Loc.

Explicação A cola branca quimicamente é uma solução de poliacetato de vinila, sendo formada por longas cadeias químicas que se movimentam livremente. Ao adicionar o bórax, ele une essas cadeias poliméricas fazendo com que elas não possam mais se mover independentemente, o que altera sua consistência.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Abordar as esculturas como forma de arte. O que elas contam? ⚙ A evolução das esculturas desde a antiguidade; ⚙ Materiais utilizados em esculturas.

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Como criar um desenho usando a geometria? Desenhe usando o lado direito do cérebro. Pratique com a razão e a observação!

Utilize as sacolinhas Azuis

Grupo Arte

Objetivo: criar noções de geometria e relações entre arte e matemática. Resumo: usando régua, esquadros e linha os alunos terão que usar a criatividade para formar desenhos.

Material 1 régua

Onde encontrar? Almoxarifado

Reposição Papelaria

1 esquadro 45° 1 esquadro 60° Barbante Canetinhas Tintas guache Pincéis 5 folhas sulfite

Almoxarifado Almoxarifado Sacolinha Sacolinha Sacolinha Sacolinha Almoxarifado

Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria

1 cartolina grande

Almoxarifado

Papelaria

Procedimentos Distribuir aos grupos os instrumentos de desenho e incentivá-los a criar desenhos com eles.

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Explicação O estudo da geometria foi a base de grande parte das criações de Leonardo da Vinci. Sua inspirações estéticas usaram como referência os Sólidos de Platão e a Geometria Euclidiana. Criada por da Vinci, o retrato da Monaliza, uma das principais obras artísticas da história da Humanidade foi toda concebida seguindo cálculos da Razão Áurea, de Fibonacci.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Abordar história dos desenhos geométricos nas artes; ⚙ Qual a relação entre Leonardo da Vinci e a geometria? (Abordar os estudos anatômicos e a obra “O homem vitruviano”); ⚙ Qual a relação entre a Mona Lisa de Da Vinci com a obra homônima de Picasso? O que foi o cubismo? 48


Como fazer a "máquina voadora" de Leonardo? Use um local aberto longe da rede elétrica e dos carros.

Utilize as sacolinhas Verdes

Grupo Ciência

Objetivo: desenvolvimento motor e senso de observação (seguir etapas de pesquisa e execução de um projeto). Resumo: tendo em mãos uma planta simplificada do objeto a ser montado, os alunos/grupos desenvolvem sua montagem passo a passo.

Material Papel de seda

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Papelaria

2 varetas de pipa Cola Linha nº 10 Tesoura

Almoxarifado Sacolinha Sacolinha Almoxarifado

Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria

Procedimentos i Pesquise modelos de pipa simples e fáceis de fazer. ii Usando papel, tesoura, vareta, linha e cola, monte junto com os alunos uma pipa a partir do modelo escolhido. É possível que surjam ideias de outros modelos. iii Vá ao ar livre e incentive os alunos a colocarem as pipas em voo.

Explicação O voo é um efeito que ocorre de diversas formas. O voo do foguete depende de uma intensa propulsão que empurra a nave; o voo do avião depende de uma velocidade que garanta que o ar passe em alta velocidade pelas asas; o voo do balão depende de um gás menos denso que o ar que provo49


ca um empuxo. Na pipa, aproveitamos o ar em movimento, ou seja, vento, para produzir uma força que empurra a pipa para o alto. O vento bate na grande área de contato de papel da pipa criando essa força. Porém, temos que garantir certas características nessa força. Se for maior de um lado do que no outro, a pipa entorta e pode cair ou nem subir. Tem que haver um equilíbrio de forças que garanta a estabilidade da pipa. Por isso, a simetria da pipa é tão importante para seu desempenho. A área da pipa coberta por papel é atingida pelo vento, o que cria uma força ascendente e levanta a pipa. Faça observações com os alunos:

⚙ Qual pipa voou melhor? ⚙ O que é importante para a estabilidade da pipa? ⚙ Qual a direção que devemos posicionar a

pipa para um melhor desempenho? ⚙ As respostas a essas questões dão base para a discussão sobre o papel do vento no voo da pipa, e sobre a interferência do tipo de construção na estabilidade.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Asa delta e planador: voando somente com o vento; ⚙ Santos Dumont e a invenção do avião; ⚙ Qual a importância dos aviões atualmente? ⚙ Como era quando não existiam aviões? ⚙ Tipos de voo: balão, avião, foguete, planadores; ⚙ Um avião poderia voar somente com o vento, sem motores?

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Temática: física, ótica, cores Os conteúdos e abordagens da Caixa de Apolo estão relacionados às propriedades da luz. Apolo é na mitologia grego-romana o deus da divina distância, que ameaçava ou protegia desde o alto dos céus, sendo identificado com o sol e a luz da verdade. Assim, os conteúdos principais a serem explorados situam-se no campo da física ótica.


O poder da Luz

D

eus da luz, das artes e das profecias, irmão de Artemis, a deusa da caça, e um dos deuses mais representados em estátuas e mais cultuados no mundo grego. Apolo sempre representou a luz que ilumina a escuridão da ignorância e traz tudo o que há de criativo e belo no mundo antigo.A sua interferência nos casos da vida e da morte, o papel grandioso no destino de grandes personagens é um dos traços mais tradicionais dessa divindade. Foi Apolo quem guiou a flecha para o calcanhar de Aquiles. Sempre representado como um homem jovem e de grande beleza portando um arco, uma aljava e uma lira. A expressão "belo como um deus grego" é alusiva à figura desse deus da perfeição e da harmonia. 52


Como fazer sombras iguais com formas diferentes? Você pode utilizar outras formas além das que já vêm nos kits

Utilize as sacolinhas Amarelas

Grupo Ciência

Objetivo: discutir que a forma e o tamanho da sombra têm dependência com a distância do objeto da fonte luminosa e sua posição. Resumo: tendo uma fonte luminosa fixa, os alunos testarão diversas formas de se conseguir sombras de diferentes objetos.

Material 2 figuras quadradas brancas

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Papelaria

2 figuras quadradas pretas 2 figuras circulares brancas 2 figuras circulares pretas 2 figuras retangulares brancas 2 figuras retangulares pretas

Sacolinha Sacolinha Sacolinha Sacolinha Sacolinha

Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria

Lanternas

Almoxarifado

Material de construção / bazar

Procedimentos i Providenciar um ambiente suficientemente escuro, de preferência uma sala com cortinas ou janelas protegidas da luz externa. ii Ligar as lanternas e direcioná-las a uma parede lisa e, preferencialmente, branca. iii Desafiar os alunos a criarem duas sombras iguais usando figuras circulares e quadradas. iv Desafiar os alunos a criarem duas sombras iguais usando figuras quadradas e retangulares.

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v Desafiar os alunos a criarem duas sombras iguais usando figuras retangulares e circulares.

Explicação Quando uma fonte emite luz na direção de um objeto opaco, uma sombra se forma. Ela é tridimensional, compatível com o contorno do objeto iluminado e ocorre porque o objeto impede a passagem de luz. Dependendo da distância em que se posiciona esse objeto em relação à fonte, é possível formar imagens num anteparo com tamanhos diferentes, pois a luz em meios transparentes e homogêneos se propaga em linha reta.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ O que é um eclipse solar? ⚙ O que é um eclipse lunar? ⚙ Dia e noite no planeta Terra. ⚙ As fases da lua. ⚙ Como e por que se proteger da luz do sol?

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Como construir uma câmara escura? Procure realizar essa experiência ao ar livre ou em locais bem iluminados

Utilize as sacolinhas Laranjas

Grupo Ciência

Objetivos: desenvolver a noção de câmara escura e observar os aspectos das imagens projetadas (tamanho, orientação, foco etc.). Resumo: os alunos montarão uma câmara escura com o kit que acompanha a Nau dos Mestres. Podem utilizar um furo pequeno e/ou uma lente.

Material Fita adesiva

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Papelaria

2 caixas (desmontadas) Papel vegetal Lente acrílica Fita adesiva Tesoura

Sacolinha Sacolinha Sacolinha Sacolinha Almoxarifado

Papelaria Papelaria Artigos para o lar / bazar Papelaria Papelaria

Papel alumínio

Providenciar na escola

Mercado / mercearia

Procedimentos i Recorte os dois cartões nos locais demarcados e dobre as abas sempre com a parte colorida pra fora. ii Cole, com a fita adesiva, a folha de papel alumínio no orifício da caixa maior (azul) pela parte externa. iii Utilize o palito de dentes para fazer um furo no centro do papel alumínio, permitindo a entrada de luz. iv Ainda com a fita adesiva, feche as duas caixas colando as abas nos cantos; a caixa amarela deverá ficar vazada no fundo. v Cole o papel vegetal nas abas do fundo da caixa menor (amarela), fechando este lado. 55


vi Coloque a caixa amarela dentro da azul, com o papel vegetal voltado para dentro. vii Aponte o furinho para um local bem iluminado e observe o papel vegetal dentro da caixa. Movimente até obter uma imagem. viii Substitua a folha de papel alumínio pela lente acrílica e verifique o resultado.

Explicação A imagem se forma com orientação invertida no interior da câmara escura por causa da propagação retilínea da luz. A informação luminosa da parte superior do objeto passa pelo furo e fica projetada na parte de baixo do papel vegetal. Já a informação luminosa, da parte de baixo do objeto observado, projeta-se na parte de cima do anteparo. No caso da lente o efeito é o mesmo, mas observa-se uma imagem mais clara, pois a área que recebe luz, em comparação com o furinho, é bem maior.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ A câmera escura como ferramenta de

pintura para antigos artistas; ⚙ Relação entre a câmera fotográfica e nossos olhos; ⚙ Qual o papel das câmeras fotográficas e filmadoras no mundo moderno?

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Como fazer um arco íris? Essa experiência funciona melhor em dias quentes e ensolarados!

Utilize as sacolinhas Vermelhas

Grupo Ciência

Objetivos: discutir a decomposição da luz branca. Resumo: essa atividade consiste em, ao ar livre e sob a luz solar, borrifar água e observar a formação do arco íris.

Material Borrifador

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Mercado / artigos para o lar

Papel Caneta

Almoxarifado Sacolinha

Papelaria Papelaria

Opcional: mangueira

Providencie na escola

Mercado / casa de jardinagem

Procedimentos i Encha o borrifador com água limpa. ii Em local aberto e com sol, peça aos alunos que borrifem bastante água pelo ar e tentem observar o arco íris. iii Anotar num papel as cores observadas. iv Podem tentar fazer esse experimento utilizando mangueira com esguicho no lugar do borrifador.

Explicação A luz do sol é composta por diversas frequências de luz (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil, e violeta). Na proporção específica do sol, o resultado é a luz amarelada que enxergamos. Pequenas gotículas de água em suspensão são capazes de decompor essa luz; então passamos a identificar cada uma das cores separadamente. 57


Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ A importância do sol na economia

mundial – sol como fonte de energia; ⚙ Como vivem as comunidades em regiões de alta latitude que, no inverno, passam meses sob a escuridão? ⚙ Como os animais se utilizam das cores na natureza?

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Como fazer sombras coloridas? Utilize as furações no topo do laboratório para fixar as lanternas!

Utilize as sacolinhas Violetas

Grupo Arte

Objetivo: desenvolver a criatividade artística e provocar o senso de observação. Resumo: realizar uma atividade com sombras coloridas, como por exemplo, um teatro de sombras.

Material 3 cores de papel celofane

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Papelaria

Tesoura 3 lanternas Anteparo ou parede branca Máscaras de fantasia Papel cartão

Almoxarifado Almoxarifado Providenciar na escola Sacolinha Almoxarifado

Papelaria Bazar / loja de pesca — Bazar / artigos para festa Papelaria

Elásticos

Providenciar na escola

Papelaria

Procedimentos i Providenciar um ambiente suficientemente escuro, de preferência uma sala com cortinas ou janelas protegidas da luz externa. ii Recortar 3 pedaços de papel celofane de cores diferentes em tamanhos de aproximadamente 10 cm x 10 cm. iii Com um elástico, prender uma cor em cada uma das lanternas. iv Utilizando os plugues das tomadas das lanternas, fixá-las sobre a parte superior do Laboratório Nau dos Mestres, ou espaçadas em aproximadamente 20 cm, apontadas para uma parede preferencialmente branca, a uma distância aproximada de 3 metros. 59


v A um metro da parede, fazer sobras utilizando máscaras ou a própria mão. vi Tente desligar uma lanterna e verifique o resultado. Faça testes.

Explicação Quando um objeto opaco impede a passagem de luz, formam-se as sombras. As sombras são mais nítidas quando existe uma única fonte de luz pontual, ou quando a iluminação está muito distante do objeto. Ao iluminarmos um objeto com mais de uma fonte de luz, surge uma região chamada de penumbra, que representa uma sombra parcialmente iluminada por outras fontes. É justamente aí que ocorre o fenômeno de sombra colorida: uma região parcialmente iluminada por outra luz de cor diferente.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Teatro de sombras como manifestação artística; ⚙ O papel da luz no ambiente em que vivemos.

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Como fazer bolhas de sabão gigantes? Essa experiência funciona melhor em dias frios e, de preferência, sem nuvens!

Utilize as sacolinhas Azuis

Grupo Arte

Objetivo: observar formas e cores nas bolhas de sabão. Resumo: primeiramente será feita uma receita de sabão. Em seguida, serão construídas diversas formas planas para elaboração das bolhas e, finalmente, fazer as bolhas propriamente ditas.

Material Detergente 200ml

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Mercado

Jarra Garrafa PET 2 litros Glucose ou xarope de milho 100ml Barbante grosso 2 varetas Régua Tesoura

Almoxarifado Almoxarifado Sacolinha Almoxarifado Almoxarifado Almoxarifado Almoxarifado

Mercado / artigos para o lar Mercado Mercado Material de construção Material de construção Papelaria Papelaria

Copo dosador

Almoxarifado

Mercado / artigos para o lar

Procedimentos Receita para bolha de sabão i Misture 100 ml de glucose, 200 ml de detergente e 300 ml de água na jarra. ii Coloque a mistura dentro de uma garrafa PET, feche e sacuda bastante até garantir que os ingredientes estejam bem misturados. iii Deixe descansar por 24 horas e volte a solução para a jarra.

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Construindo o aparato iv Corte dois pedaços de barbante de 90 cm e 120 cm. v Amarre-os nas duas varetas conforme a ilustração. vi Ao ar livre, mergulhe o barbante na solução preparada e abra a vareta, formando uma película de sabão. vii Movimente desprendendo uma grande bolha. Obs.: essa experiência funciona melhor em dias frios.

Explicação A bolha, casca esférica extremamente fina composta principalmente de água e sabão, possui propriedades elásticas que permitem que ela seja esticada ou comprimida. A água que fica presa na superfície dá estabilidade à bolha, ou seja, quando a água evapora a bolha estoura. Sua coloração (cores do arco íris) acontece devido a um processo chamado “interferência da luz”, que separa a luz recebida nas suas diversas cores formando aquele maravilhoso colorido.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Estética e simetria nas construções artísticas; ⚙ A simetria das construções humanas; ⚙ Simetria na natureza: por que as bolhas de sabão são esféricas?

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Como fazer uma escultura natural? Essa experiência pode levar cerca de dez dias para ser concluída.

Utilize as sacolinhas

Grupo Arte

verdes

Objetivo: perceber a ação de ácidos nas pedras. Discutir geografia, relevos e formações naturais. Resumo: alguns tipos de rochas sofrem a ação de ácidos que as dissolvem. Nesse caso, os minerais se agrupam em bonitas formações.

Material Pedra dolomita

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Casa de jardinagem

Vinagre 100ml Corantes

Sacolinha Sacolinha

Mercado Mercado

Copo acrílico 200 ml

Almoxarifado

Mercado / artigos para o lar

Procedimentos i Coloque a pedra dentro do copo. ii Se quiser, pingue algumas gotas de corante alimentar sobre a pedra.

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iii Coloque vinagre dentro do copo até cobrir aproximadamente metade da altura da pedra. iv Deixe na sombra, sem mexer, durante uma semana. Vá observando o experimento diariamente para verificar possíveis modificações.

Explicação A dolomita contém carbonato de cálcio e carbonato de magnésio. Os carbonatos reagem com ácidos, como o vinagre (ácido acético), liberando gás carbônico e dissolvendo a pedra. Permanece no copo uma solução de acetatos de cálcio e magnésio. À medida que a água evapora, os minerais se cristalizam novamente e aparecem as belas formações.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ O relevo no Brasil (formações rochosas); ⚙ O papel do relevo na economia.

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Temática: biologia, sustentabilidade Os conteúdos e abordagens da Caixa de Gaia tratam da relação entre os humanos e o sistema natural, ou seja o ambiente. Gaia, na mitologia greco-romana, é a deusa da Terra, a Mãe Terra. A ela estão associadas as noções de conservação e proteção do meio ambiente, respeito mútuo, convivência, sustentabilidade e visão holística. Assim, os conteúdos principais a serem explorados situam-se no campo da biologia e da cidadania ambiental.


O poder da TerraC

C

omo Deusa grega da Terra, mãe e avó de todos os deuses e gigantes mais conhecidos da mitologia, Gaia é representada como a própria consciência da Mãe Terra. Frequentemente associada aos papéis de mãe criadora, força feminina e natureza fértil. Representa todos os aspectos da natureza mais pura e selvagem, intocada pela ação humana. Gaia sempre foi uma deusa controversa, seguindo suas próprias regras e complexa como a Natureza, indo além das definições de “bem e mal”. Imaginar Gaia nos tempos atuais, em que as condições ambientais de nosso planeta se deterioram a cada dia, é um exercício desafiador e nos leva a refletir sobre como a mãe terra deve se sentir. 66


Como filtrar água suja? Tente utilizar também um filtro de papel (de coar café) e comparar!

Utilize as sacolinhas Amarelas

Grupo Ciência

Objetivo: discutir sobre impurezas visíveis e invisíveis presentes na água. Resumo: Construir um filtro de água e verificar resultado da filtragem.

Material Brita

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Material de construção

Cascalho Areia grossa Areia fina Algodão Garrafa PET 2 litros Jarra Colher de sopa Terra e impurezas

Sacolinha Sacolinha Sacolinha Sacolinha Providenciar na escola Almoxarifado Sacolinha Providenciar na escola

Material de construção Material de construção Material de construção Mercado / farmácia Mercado / mercearia Mercado / Artigos para o lar Mercado / Artigos para o lar Redondezas

Tesoura

Almoxarifado

Papelaria

Procedimentos i Com uma tesoura cortar uma garrafa PET com aproximadamente 20 cm do gargalo, dividindo-a em duas partes. ii Na parte do gargalo, colocar um chumaço de algodão e, acima dele, camadas na ordem: areia fina, areia grossa, cascalho e brita. iii Encaixar esta parte da garrafa na outra parte da garrafa, que servirá como suporte e receptor da água filtrada. iv Prepare na jarra água misturada com diversas impurezas: terra, pedrinhas, grama etc.

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v Coloque um pouco de água suja na parte superior da garrafa, acima das pedras, e observe o tempo decorrido para filtrar toda a água e sua qualidade.

Explicação Ao passar pelas pedras, serão filtrados os sólidos maiores; ao passar pelo cascalho, areia grossa e areia fina, serão filtrados sólidos cada vez menores. Por fim, o algodão retém detritos invisíveis a olho nu. A água resultante pode ser turva e ainda é imprópria para o consumo. Uma boa oportunidade para tratar sobre contaminação da água.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Ciclo da água; ⚙ Contaminação da água; ⚙ Preservação da água; ⚙ Qual a importância da água para a energia elétrica no Brasil e no mundo?

⚙ Qual a importância da água para a vida no planeta?

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Como direcionar o crescimento das plantas? Para ver o resultado completo dessa experiência, são necessários cerca de dez dias.

Utilize as sacolinhas Laranjas

Grupo Ciência

Objetivo: discutir o fototropismo, condição que permite que as plantas cresçam sempre em direção à fonte de luz. Resumo: uma caixa de papelão com um orifício na tampa serve de ambiente para o crescimento de um pé de feijão. Sendo mantido na extremidade oposta ao orifício, o caule se curva em direção à luz. Resultado em aproximadamente 10 dias.

Material Copo acrílico 65 ml

Onde encontrar? Sacolinha

Algodão Sacolinha 3 grãos de feijão Sacolinha Caixinha de papelão (sapato) Providenciar na escola Tesoura Almoxarifado Pincel Sacolinha Guache preto Almoxarifado Fita adesiva Almoxarifado Fita dupla face Almoxarifado Régua

Almoxarifado

Reposição Mercado / Artigos para o lar Mercado / Farmácia Mercado Lojas de calçados Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria Papelaria

Procedimentos i Pinte o interior da caixinha com tinta preta. ii Depois de seca a tinta, corte um orifício de aproximadamente 5 cm de uma das extremidades da caixa (sugestão: a tampa é mais fácil de ser trabalhada).

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iii Coloque algodão no copinho plástico até sua metade, deposite três grãos de feijão e umedeça-os com água. iv Prenda o copo com fita dupla face no canto oposto ao orifício. Esse passo é importante para que o copo não se desloque. v Feche a caixa e certifique-se de que a única entrada de luz é a do orifício. Caso seja necessário, aplique a fita crepe nas frestas da caixa. vi A cada três dias abra a caixa e coloque um pouco d'água no copinho. vii Passados 10 dias, verifique o resultado.

Explicação Os vegetais necessitam de luz para realizar a fotossíntese e desenvolverem-se. O fototropismo é um fenômeno que garante que o crescimento dos vegetais se dê em direção à fonte luminosa. Por isso, o caule do pé de feijão se curva em direção ao orifício por onde entra luz.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Fotossíntese e desenvolvimento vegetal; ⚙ Tipos de vegetação; ⚙ Produção agrícola em épocas e regiões com pouca incidência de luz.

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Como fazer um cristal de sal? Esta experiência precisa de, pelo menos, dez dias para que o resultado seja visualizado

Utilize as sacolinhas Vermelhas

Grupo Ciência

Objetivo: observar estruturas cristalinas; discutir a passagem do tempo. Resumo: uma solução salina saturada tende a se agrupar de forma cristalina em torno de uma semente preparada. Assim, um pedacinho de sal grosso (semente) tende a crescer com o passar do tempo, aumentando seu tamanho.

Material Sal grosso (10 grãos)

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Mercado

Sal de cozinha 100 g 1 colher de sopa 1 copo acrílico 200ml Linha fina

Sacolinha Sacolinha Almoxarifado Almoxarifado

Mercado Mercado / Artigos para o lar Mercado / Artigos para o lar Papelaria

1 palito de sorvete

Sacolinha

Mercado

Procedimentos i Prepare uma solução saturada de sal de cozinha. Para isso, coloque água no copo e adicione sal, mexendo bem. Deixe descansar por uns 2 minutos até que fique totalmente transparente. Se todo o sal se dissolveu, ou seja, se não perceber sal precipitado no fundo do copo, adicionar sal aos poucos até que se acumule no fundo do copo sem dissolver. Assim, garante-se que a solução esteja saturada. ii Escolha um grão de sal grosso bem grande, o suficiente para amarrar um pedaço de linha. Dê um laço na linha fina e amarre-a no grão de sal.

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iii Amarre a outra extremidade da linha no palito de sorvete, controlando o comprimento para que o grão de sal fique no meio do copo quando se apoiar o palito na boca do copo. iv Mergulhe o cristal de sal na solução e deixe descansando num local tranquilo. Vá observando e fazendo anotações com o passar dos dias.

Explicação Tendo como base a semente (grão de sal grosso), os íons e moléculas presentes na água saturada vão se acumulando lentamente e organizando-se na forma cristalizada. Assim, com o passar dos dias, consegue-se perceber o aumento do tamanho do cristal. Sugere-se medir o cristal antes e depois da experiência.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ De onde é extraído o sal? ⚙ Por que a água do mar é salgada?

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Como fazer tinta com terra? Quanto maior a variedade de solos utilizados, mais cores e texturas se obtém

Utilize as sacolinhas Violetas

Grupo Arte

Objetivo: perceber a presença de pigmentos em elementos naturais. Desenvolver a criatividade. Resumo: misturando terra, cola e água consegue-se uma consistência de tinta com pigmentos da terra.

Material 5 copos acrílico 65 ml

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Mercado / artigos para o lar

Terra 1 colher de sopa 1 copo acrílico 400 ml 3 palitos de sorvete 1 pincel Folhas sulfite Cola branca

Sacolinha Sacolinha Almoxarifado Sacolinha Sacolinha Almoxarifado Sacolinha

Providenciar na escola Mercado / artigos para o lar Mercado / artigos para o lar Mercado / artigos para o lar Papelaria Papelaria Papelaria

Jarra

Almoxarifado

Mercado / artigos para o lar

Procedimentos i Colocar a terra no copo grande, adicionando água aos poucos, e desmanchando a terra com o palito até obter uma consistência pastosa. ii Adicionar à mistura 50 ml de cola e misturar bem até obter uma consistência homogênea. iii Repetir o procedimento com vários tipos de terra que podem ser encontradas nas redondezas (escola, jardins, etc). Selecione diferentes colorações e texturas para obter tintas diferentes. iv Usar para pintura. 73


Explicação A terra possui uma pigmentação natural que pode variar de acordo com os tipos de terra que você encontra. Ao dissolvermos a terra em água, a mistura ficará com a pigmentação da terra. Adicionando cola à mistura, ela faz com que grude no papel ou parede que será pintada.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Formação dos solos; ⚙ Pigmentos presentes nos solos; ⚙ Pinturas indígenas; ⚙ Como os artistas da antiguidade produziam suas tintas?

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Como colorir uma flor? Esta experiência leva de 12 a 24 horas para ser visualizada completamente.

Utilize as sacolinhas Azuis

Grupo Arte

Objetivo: perceber a condução de matéria pelos vasos condutores das plantas. Discutir a passagem do tempo. Resumo: uma flor branca com o caule devidamente preparado é colocada numa solução colorida. Pelo transporte que ocorre através do caule, os pigmentos se depositam na flor, colorindo-a.

Material Flores brancas

Onde encontrar? Providenciar na escola

Onde encontrar? Floricultura / redondezas

2 corantes 2 copos de acrílico 400 ml Tesoura

Papelaria Almoxarifado Almoxarifado

Papelaria Mercado / Artigos para o lar Mercado

Jarra

Almoxarifado

Mercado / artigos para o lar

Procedimentos i Corte o caule em diagonal dentro de um recipiente com água. É importante realizar esse procedimento, pois quando a flor é extraída do vazo ou da natureza, bolhas de ar podem entrar em seu caule, impedindo a absorção de água. Ao cortá-lo submerso em água, evitamos que isso ocorra. ii Encha um copo com água e pingue corante. iii Coloque o caule da flor dentro do copo com água colorida. iv Após algumas horas já é possível observar o corante nas pétalas.

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Explicação Nesta experiência pode-se comprovar o transporte de seiva pelo caule da planta. Isso acontece mesmo quando o caule é cortado e a planta está desprovida de raízes. As estruturas responsáveis pelo transporte de água e sais minerais nas plantas vasculares conduzem a água colorida até as pétalas, e a flor muda de cor.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ Absorção de nutrientes da terra pelas plantas vasculares; ⚙ Efeito de capilaridade; ⚙ Poluição por contaminação do solo.

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Como extrair pigmentos das plantas? Utilize plantas e flores bem coloridas e bem diferentes umas das outras

Utilize as sacolinhas Verdes

Grupo Arte

Objetivo: perceber a extração de pigmentos e desenvolver a criatividade. Resumo: extratos de flores e folhas contêm diversos pigmentos com diferentes densidades. Com papel filtro e aproveitando o efeito de capilaridade pode-se separar os pigmentos, formando naturalmente belas figuras.

Material Almofariz e pistilo

Onde encontrar? Sacolinha

Reposição Farmácia de manipulação

Folhas e flores diversas Álcool hidratado 100ml Papel filtro Tesoura Copo acrílico 200 ml Conta gotas

Providenciar na escola Sacolinha Sacolinha Almoxarifado Almoxarifado Sacolinha

Floricultura / redondezas Mercado Mercado Papelaria Mercado / Artigos para o lar Farmácia

Régua

Sacolinha

Papelaria

Procedimentos i Colete flores e folhas. ii Pique em pedaços pequenos, e coloque-os no almofariz. iii Coloque um pouquinho de álcool e amasse com o pistilo até extrair a pigmentação. iv Corte uma tira do filtro de papel de aproximadamente 10 cm x 2 cm. v Coloque o suco obtido no copo plástico, e mergulhe uma extremidade da tira de papel no mesmo (aproximadamente 2 cm). Apoie a outra extremidade de forma que não fique caída.

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vi Observe o efeito da tinta subindo no papel e a separação dos pigmentos.

Explicação O álcool conduz pelo filtro de papel devido ao efeito da capilaridade. Ao “subir”, ele leva junto os pigmentos extraídos das plantas. Pigmentos menos densos sobem mais e os mais densos sobem menos. Com isso, consegue-se uma separação das cores.

Temas interdisciplinares que podem ser abordados ⚙ O uso das plantas como fontes medicinais,

cosméticas, alimentícias e culturais. ⚙ Qual o papel das cores para a sobrevivência no mundo animal e no mundo vegetal?

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Editora Evoluir Cultural Título original

Nau dos Mestres: livro do professor

Autor

Evoluir Cultural

Comentários

Daniel Angelo, Gerson Santos e Wilson Namen (Ciência em Show), Fernando Monteiro, Chico Maciel, João Pedro Lima e Rafael Posnik (Evoluir Cultural)

Coordenação editorial

Fernando Monteiro e Chico Maciel

Ilustrações

Shun Izumi, Breno Ferreira e Benson Chin

Projeto e produção gráfica

Chico Maciel

Revisão

Antônio Maciel

Shun Izumi e Breno Ferreira são sócio fundadores do Estúdio 1+2, que trabalha com ilustração, animação, quadrinhos, grafitti, e tudo mais. Visite www.1mais2.com.br.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Livro do Professor. — São Paulo: Evoluir Cultural, 2013 — Coleção Nau dos Mestres 1. Contos - Literatura infantojuvenil 2. Mitologia - Estudo e ensino I. Série. 13 -12405 Índice para catálogo sistemático: 1. Contos : Literatura infantil 2. Contos : Literatura juvenil

CDD-028.5 028.5 028.5

Este livro atende às normas do acordo ortográfico em vigor desde janeiro de 2009.

Evoluir Cultural FBF Cultural Ltda. Rua Aspicuelta, 329 Vila Madalena, São Paulo-SP CEP 05433-010 Tel: (11) 3816-2121 evoluir@evoluircultural.com.br www.evoluircultural.com.br

Nau dos Mestres: Livro do Professor de Evoluir Cultural é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Sem Derivados 3.0 Não Adaptada.


Este livro foi composto em Sentinel, desenhada por HF&J, derivada da Clarendon esta que, por sua vez, foi projetada por Robert Besley, em meados do século XIX, tendo sido a primeira fonte patenteada da História, 1845. Foi muito utilizada em cartazes no Velho Oeste americano. Além da Sentinel, o livro é composto pelas fontes Phaeton, de Kevin Cornell e Randy Jones e que é inspirada nos rótulos de produtos da Era Vitoriana; e pela fonte Abraham Lincoln, desenhada pela designer Frances Macleod a partir de cartazes de 1864 (um ano antes da morte do então presidente americano que dá nome à fonte) e é de uso livre, está disponível em: www.losttype.com. Todas as gravuras utilizadas neste livro, são de domínio público ou de uso livre (royaltie free) e foram obtidas nos seguintes sites: • Graphics Fairy: www.thegraphicsfairy.com • Wikimedia Commons: www.commons.wikimedia.org • Retro Vectors: www.retrovectors.com • Biblioteca do Congresso Americano: www.loc.gov • Bibliodyssey: www.bibliodyssey.blogspot.com.br

Esta edição foi impressa sobre papel Triplex 250g/m2 (capa) e Pólen Bold 90g/m2 (miolo), ambos da Suzano, na gráfica Forma Certa, São Paulo, em novembro de 2013. Tiragem: 25 exemplares.





desafio de tornar significativo e interessante assuntos por vezes considerados difíceis ou entediantes pelos alunos, requer não só uma mudança de atitude do educador mas também recursos pedagógicos que favoreçam esse processo. O projeto Nau dos Mestres parte do princípio de que todo aluno traz consigo um desejo inato por querer aprender, e que esse processo deve ser significativo, divertido e motivador. Considera que o ensino deve reconhecer a autonomia dos estudantes, para a partir disso, desafiá -los a investigar e propor soluções criativas para problemas concretos. Este Livro do Professor, parte integrante do projeto, reúne as informações necessárias para que o educador desenvolva o ensino de ciências de forma a valorizar a criatividade dos estudantes, sua capacidade analítica, raciocínio lógico e práticas colaborativas. Ao mesmo tempo, permite ao educador aplicar novos processos de ensino-aprendizagem que estão em sintonia com os desafios colocados para uma educação para o novo milênio.


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