“Este livro foi inspirado nas primeiras lembranças da minha vida, principalmente de Batatais, cidade onde passei muitas férias, é uma caixa de lembranças maravilhosas. Guardo no coração o sorriso da tia Dalva contando histórias de um macaquinho, o que me levou a criar o Duda, meu personagem de muitas aventuras onde deixo minha criatividade voar nos levando a momentos de amor, ética, amizade, solidariedade e respeito aos homens, animais e a natureza. Minha família, meus parentes, minhas amizades, meu amor pelos animais e minhas lembranças são as fontes das minhas histórias.” Lucila Mattos
Evoluir Cultural Rua: Girassol, 34 - cj. 94 - Vila Madalena CEP: 05433-000 - São Paulo - SP Fone/fax: 11 3816-2121 www.evoluircultural.com.br - evoluir@evoluircultural.com.br
DUDA
O MACAQUINHO TRAVESSO
Lucila Mattos Figueiredo Silviano Ilustrações de
Sandra Rossi Galante
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© 2009, Editora Evoluir Cultural Texto: Lucila Mattos Figueiredo Silviano Ilustrações: Sandra Rossi Galante Coordenação Editorial: Flavia Bastos/Juliana Rizzuto Diagramação: Décio Lopes Revisão: Juliana Rizzuto
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silviano, Lucila Mattos Figueiredo Duda: o macaquinho travesso/Lucila Mattos Figueiredo Silviano; [ilustrações Sandra Rossi Galante]. – São Paulo: Evoluir Cultural, 2009. 1. Contos - Literatura infanto-juvenil I. Galante, Sandra Rossi. II. Título. 09-08400 CDD-028.5
Índices para catálogo sistemático: 1. Contos : Literatura infantil 028.5 2. Contos : Literatura infanto-juvenil 028.5
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio, seja eletrônico ou mecânico, inclusive por meio de processos xerográficos, incluindo ainda o uso da internet se a permissão expressa da Editora Evoluir Cultural, na pessoa de seu editor (Lei nº 9.610, de 19.02.1998)
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Dedico este livro aos meus queridos netos Nicolas e Lucas que me fazem sentir um amor inigualável. Lucila Mattos Figueiredo Silviano
Aos meus sobrinhos maravilhosos Giulia, Luigi e Júlia que unem a nossa família. Sandra Rossi Galante
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Duda era um macaquinho muito sapeca e malandrinho, que morava com sua famĂlia em uma floresta maravilhosa. fresquinha devido Ă s enormes ĂĄrvores que ali se encontravam, muito colorida pela variedade de plantas floridas que faziam daquele ambiente sua casa, alegre pelos animais e aves que habitavam aquele lugar de sonhos.
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Todo esse presente de Deus estava dentro de uma fazenda chamada Água Comprida. Água Comprida, porque suas terras, acolhiam um filho maravilhoso: O rio Grande que separa o Estado de São Paulo do de Minas Gerais, ali, onde tem o triângulo Mineiro. Terras realmente Maravilhosas!
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Ele, Duda, corria entre as ĂĄrvores, pulava de galho em galho, mexia com os outros bichos, a ponto de muitas vezes ter que se esconder, senĂŁo, iria levar uns bons pegas. Mas, como era muito inquieto, logo se refazia do susto e jĂĄ estava aprontando.
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Nas suas andanças pela fazenda, quando ia brincar, tinha descoberto, próximo à mata, um armazém que vendia alimentos, como arroz, feijão, café e também enlatados: molho de tomate, atum, sardinha, óleo e outros, onde todos faziam suas compras para casa.
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Seu Joaquim, dono do estabelecimento, era um homem muito bondoso e gentil. tratava, desde o dono da fazenda, atĂŠ o mais simples e pobre empregado, da mesma maneira. Por isso, era adorado e respeitado por todos. Um belo dia, ficou muito surpreso quando percebeu a falta de algumas latas de mercadoria e foi notando que a cada dia que passava, sumia mais. NĂŁo sabia o que pensar, nem o que fazer.
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Uma coisa o senhor Joaquim ainda não tinha notado, é que há algum tempo, havia um macaquinho rondando o armazém, olhando tudo o que ele fazia e o que deixava de fazer.
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e estava muito feliz, admirado de ver aquele enorme e alto armĂĄrio cheio de latarias, e pensava: ele tem tanto, acho que vou levar um pouco para minha casa! Ele nem vai notar. Acho que nĂŁo faz mal!
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Mas os pensamentos de Duda, jå indicavam sua dúvida, quanto ao certo e errado do que iria fazer. Mesmo assim, foi em frente e depois de muito fuçar, descobriu uma pequena abertura no telhado e planejou como iria levar todas aquelas latas para sua casa.
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Esperava o senhor Joaquim fechar o armazĂŠm e aĂ, com um enorme saco, ia enchendo o quanto podia e saia cantando feliz e pulando: Tililim, tim tim..., Tililim,
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tim tim..., sou o mais esperto de todos os macaquinhos da floresta. Isso se repetia sempre e ficava mais feio ainda sua atitude quando dizia aos pais uma série de mentiras para justificar o aparecimento das latarias. Mamãe macaca estava preocupada com a atitude de Duda, e não imaginava que seu Joaquim já tinha tomado providências.
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Num belo dia, apรณs o trabalho, ele fingiu ter ido embora e se escondeu atrรกs de um barril de azeitonas. quando o macaquinho entrou e comeรงou a colocar no saco as latarias, o senhor Joaquim apareceu. Tamanho foi o susto que Duda levou, que ficou sem fala. Aos poucos, foi voltando ao normal e uma enorme vergonha se apoderou do seu corpinho que tremia sem parar
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e o bondoso senhor viu que nada mais era do que um macaquinho desorientado. Explicou a ele que jamais se pega o que não lhe pertence e que o grande orgulho é ter as coisas, fruto do seu próprio esforço e trabalho.
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Com carinho, ofereceu a DUDA, jรก que era tรฃo esperto e demonstrou real arrependimento, um serviรงo de arrumar as latarias no armรกrio grande e bonito.
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Mam達e macaca ficou muito agradecida ao senhor, pois tinha com sua bondade e generosidade, ajudado Duda para seguir o caminho correto da vida.
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Quantos senhores Joaquim existem? E quantos Dudas percorrem o caminho certo que lhes foi mostrado?
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Lucila Mattos Figueiredo Silviano nasceu em Mirassol, cidade do estado de São Paulo, morou em Itápolis e voltou para Mirassol onde passou a sua infância. Mudou-se para a capital, onde se formou e exerceu sua profissão de professora. Fez no decorrer dos anos vários cursos que enriqueceram sua formação intelectual. Casada, com quatro filhos e dois netos, dedicou a maior parte da sua vida à sua família e à leitura de livros, onde foi percebendo e comprovando a importância da literatura na formação do ser humano. Para preservar suas memórias, começou a escrever sua autobiografia e, sem querer, descobriu uma fonte de criação inesgotável a impulsionar uma imensa vontade de colocar no papel estórias que surgiam em sua mente. Tudo isso tem sido um grande prazer na sua vida.
Sandra Rossi Galante é educadora, trabalha com arte-educação infantil. Estudou artes na Pinacoteca do Estado de SP, estagiou nos Estudios Mauricio de Souza Produções, foi premiada com Honra ao Mérito na Exposição de Arte Infantil Brasileira, realizada no Japão. Desenho e artes plásticas são sua verdadeira paixão desde a infância. É ilustradora de livros infantis, realizou diversos projetos e trabalhos envolvendo seus desenhos com traços lúdicos, criativos e bem humorados.
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“Este livro foi inspirado nas primeiras lembranças da minha vida, principalmente de Batatais, cidade onde passei muitas férias, é uma caixa de lembranças maravilhosas. Guardo no coração o sorriso da tia Dalva contando histórias de um macaquinho, o que me levou a criar o Duda, meu personagem de muitas aventuras onde deixo minha criatividade voar nos levando a momentos de amor, ética, amizade, solidariedade e respeito aos homens, animais e a natureza. Minha família, meus parentes, minhas amizades, meu amor pelos animais e minhas lembranças são as fontes das minhas histórias.” Lucila Mattos
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