E o espírito esportivo Bia monteiro ilustrações casa locomotiva
E o espírito esportivo Bia monteiro ilustrações casa locomotiva
Vi v
Rasta, Mika, Uerê, Lili e Dudu são grandes amigos, estudam na mesma escola e moram no mesmo bairro. Fizeram um pacto e juraram que iriam salvar o mundo ajudando cada pessoa a ter qualidade de vida, conquistar a cidadania e proteger o meio ambiente. Por isso, ficaram conhecidos como a Turma dos Heróis.
Professora Viviane Seixas
Inteligente e simpática, acredita no poder transformador da educação. Está conectada com os desafios e novos processos que acontecem no mundo. Procura experimentar formas inovadoras e originais de ensino e aprendizagem. Vivi valoriza o aluno por aquilo que ele é, e acredita no potencial que cada um deles traz consigo.
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Nesta coleção, você vai descobrir por que “todos podemos ser heróis, mesmo que só por um dia”. Venha conosco!
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Rafael Silva
Michele Sato
Inteligente, disciplinada e cautelosa. Tem 10 anos e é mais tímida e madura do que os amigos. Mika perdeu os pais quando ainda era um bebê e foi criada pelos avós. Ela é bem legal, mas sabe ser firme quando necessário.
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Extrovertido e brincalhão, Uerê tem 9 anos e adora observar a etimologia das palavras, principalmente as de origem indígena.
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Miga
Aline Rizzo
Lili tem 8 anos e é espontânea e muito sapeca. Questionadora, não aceita que haja nada “só para meninos ou só para meninas”. Apesar de muito nova, já sabe que lugar de menina é onde ela quiser.
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Cauã Ribeiro
Simpático, observador e ponderado. Gosta de matemática e foguetes. Com 10 anos, Rasta é uma referência para seus amigos por sua maturidade e seu jeitão tranquilo.
Eduardo Müller
É o melhor amigo de Uerê. Alegre, participa de tudo, mas não é de falar muito. Tem apenas 9 anos, como o Uerê, e já sabe cozinhar.
Uma autêntica vira-lata, Miga foi adotada por Lili quando ainda era filhote. Mas a turma toda a tem como companheira. Grande, peluda, babona e muito, mas muito desastrada!
Vamos participar! — Gente, que desânimo é esse? Nem parece que o Brasil vai receber os melhores atletas para a maior competição esportiva do mundo — as Olimpíadas! As quadras da escola estão vazias e na hora do recreio vocês não jogam futebol, handebol nem mesmo queimada… A professora mais querida da Escola Brasil, Vivi, estava desapontada com a falta de interesse dos alunos por atividades físicas. Principalmente porque, além de divertidas, elas são importantes para a saúde, a sociabilidade e o desenvolvimento de atitudes positivas. Vivi passou algum tempo pensando em como poderia mudar a situação e incentivar seus alunos a praticar esportes. Foi então que se lembrou de Éder, o professor de educação física da Escola Primavera, que estava promovendo um campeonato esportivo — os Jogos Escolares, disputados entre os alunos dos colégios da região. Assim, a professora chamou-o para um encontro com os alunos da Escola Brasil, e ele aceitou o convite com o maior prazer. Dias depois, Éder compareceu à sala da turminha de Mika, Rasta,
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Uerê e Dudu. Muito animado, falou sobre como era divertido e saudável praticar esportes e participar de campeonatos: — Jogar, correr, saltar, nadar, assim como praticar outras atividades físicas, tudo isso é muito importante! Torcer e incentivar o atleta pela vitória também é uma forma de envolvimento. Afinal, faz parte dos esportes torcer, aplaudir e até às vezes vaiar quando merecido. Ter espírito esportivo é muito importante! — O que é isso? — não se conteve em perguntar Uerê. — O espírito esportivo — explicou o professor Éder — é a busca pela excelência, isto é, dar o melhor de si e se esforçar para evoluir sempre, superando desafios, ultrapassando limites com garra e motivação. Ter espírito esportivo é, além de tudo, saber ganhar e perder, ter respeito pelos participantes e pelas regras do jogo, agindo com ética, lealdade e companheirismo. Nos Jogos Olímpicos, por exemplo, os países procuram deixar as diferenças de lado e usar o espírito esportivo para promover a paz entre si. — Eu tenho espírito esportivo! — foi logo falando Dudu. — Eu também! — exclamou uma colega ao fundo. — E eu! — gritaram outros colegas. Toda a classe estava empolgada para o que viria a seguir. Éder explicou como seriam os Jogos Escolares, quais as modalidades disputadas e os locais dos jogos. Ao mostrar como seria legal a participação de todos, no final da conversa muitos alunos se inscreveram para o campeonato. Lógico que os quatro inseparáveis amigos foram os primeiros. Éder foi muito aplaudido, mas a turma ainda tinha dúvidas: o que são exatamente os Jogos Olímpicos?
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A história das Olimpíadas Vivi queria que seus alunos tivessem noção do significado daquele evento histórico que aconteceria pela primeira vez em nosso país, e que, por sua vez, as crianças se envolvessem nos Jogos Escolares. Portanto, no dia seguinte, ela chamou os alunos de todas as turmas do colégio para falar sobre os Jogos Olímpicos. — Os gregos antigos costumavam homenagear seus deuses por meio de competições esportivas. O mais importante deles era Zeus, o deus dos céus e dos raios, que vivia no monte Olimpo, situado na cidade de Olímpia. “Naquela época, a Grécia ainda não se constituía em um único país, mas em várias cidades-estado. E foi entre elas que se realizaram os primeiros Jogos Olímpicos, em 776 a.C., justamente na cidade de Olímpia e em honra a Zeus. “Os Jogos Olímpicos eram muito importantes para os gregos porque, além de serem um evento religioso, tinham o propósito de valorizar o corpo saudável e promover a paz. Durante a competição, ocorria até mesmo uma trégua nas guerras e conflitos, a chamada ‘Paz Olímpica’.”
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Dudu não se conteve e perguntou: — E qualquer um podia participar dos jogos? — Não — respondeu Vivi —, somente os homens livres e que falassem a língua grega. — Como assim? E as mulheres? — perguntou Lili, da turma mais nova. — As mulheres, assim como os escravos daquela época, não tinham direitos como cidadãos e também não podiam. — Ora, mas esses gregos eram bem machistas, hein? Ainda bem que as coisas mudaram! — exclamou Lili, indignada. As dúvidas eram muitas e a curiosidade era grande.
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— É como o vôlei de quadra, mas com a rede mais baixa. Os jogadores jogam sentados. Qualquer escola pode organizar essa competição, bastando para isso uma quadra e uma rede, que deve ser colocada a um metro do chão. Éder consultou entre as escolas quem gostaria de participar. E assim, para que os alunos pudessem se preparar, marcaram o jogo de vôlei sentado para o último dia das competições na Escola Brasil. Foi um sucesso absoluto e todo mundo se divertiu! O vôlei sentado, além de ser um esporte competitivo, proporcina muitas risadas. Os participantes foram muito aplaudidos e a torcida, emocionada, também ficou incentivada a praticar esportes.
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O futuro no esporte
Após duas semanas, os Jogos Olímpicos chegaram ao fim e, junto com eles, os Jogos Escolares na Escola Brasil. Os pequenos atletas descobriram as muitas possibilidades e os benefícios dos esportes: fizeram novas amizades, perceberam como é bom respeitar e ser respeitado, se esforçar, persistir e dar o melhor de si mesmo. Ainda aprenderam que às vezes ganhamos, mas outras vezes perdemos; faz parte do jogo! — Então, — resumiu Vivi — a prática de esporte faz bem para todos e, como vocês perceberam, não só para a saúde do corpo pois com ele aprendemos também a respeitar regras, a trabalhar em equipe, a superar desafios… — …a ter disciplina! — exclamou Lili. — E a se preparar para os desafios, seja qual for o resultado… — refletiu Uerê.
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— Agora, quero que vocês me deem exemplos de atividades físicas divertidas, que não estejam na lista de esportes olímpicos, mas que possam ser praticadas em qualquer lugar, como na calçada, na praça, no quintal e até em um corredor dentro de casa. — Já sei: jogar queimada, pular corda, jogo de taco, cabra-cega — enumerou Mika. — Batata quente, cabo de guerra, tamborete… — complementou Uerê. — Vôlei de toalha! — gritou Dudu. — Estátua! — disse Rasta, imitando aquelas figuras egípcias. A turma não parava de lembrar de tantas brincadeiras que fazem o corpo se mexer, a mente se divertir e o coração ficar feliz… Quanto à professora Vivi, ela estava orgulhosa em ver as crianças empolgadas com os esportes. Assim, agradeceu ao professor Éder que a ajudara tanto e já imaginava o sucesso de seus alunos nos Jogos Escolares do ano seguinte.
Saiba mais sobre as Olimpíadas 2016! Acesse: http://www.rio2016.com/jogos-olimpicos http://www.rio2016.com/paralimpiadas http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/olimpiadas/modalidades http://www.saudemelhor.com/quais-sao-os-esportes-olimpicos-atuais/
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Evoluir Título original
Os Heróis e o espírito esportivo
Autora
Bia Monteiro (Beatriz Monteiro da Cunha)
Roteiro
João Pedro Lima Gonçalves
Conselho editorial
Bia Monteiro, Chico Maciel, Fernando Monteiro, Flávia Bastos e Uriá Fassina
Ilustrações
Casa Locomotiva
Projeto gráfico e produção
Chico Maciel
Revisão
Elisa Andrade Buzzo
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Monteiro, Bia Os Heróis e o espírito esportivo / Bia Monteiro ; ilustrações Casa Locomotiva. — São Paulo : Evoluir, 2016. Série os heróis da natureza. 1. Esportes — Literatura infantojuvenil I. Casa Locomotiva. II. Título. III. Série. ISBN 978-85-8142-090-5 16 -01407 Índice para catálogo sistemático 1. Esportes : Literatura infantil 2. Esportes : Literatura infantojuvenil
CDD-028.5 028.5 028.5
Este livro atende às normas do acordo ortográfico em vigor desde janeiro de 2009.
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Edição Fonte Papel capa Papel miolo Gráfica
1ª edição/ 1ª reimpressão, junho de 2016 Ideal Sans e Heroic Cartão Supremo 250g/m² Pólen Soft 80g/m² Melting Color (São Paulo/SP)
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“We could be heroes, just for one day” — David Bowie
É ano de Olimpíadas e os alunos parecem nem dar bola para esse grande evento que vai acontecer em nosso país. A professora Vivi, sempre muito atenta, percebeu que poderia ser muito divertido trazer o mundo dos esportes para a sala de aula — ou melhor, para a quadra!
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Assim, ela convidou o professor Éder para organizar os Jogos Escolares, disputados entre muitas escolas. Além do conhecimento dos esportes olímpicos e paralímpicos, esses Jogos vão trazer um dos maiores valores do esporte. Qual será ele?