Os Heróis na conquista da cidadania

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na conquista da cidadania Bia monteiro ilustraçþes casa locomotiva



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Rafael Silva

Simpático, observador e ponderado. Gosta de matemática e foguetes. Com 12 anos, Rasta é uma referência para seus amigos por sua maturidade e seu jeitão tranquilo.

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Michele Sato

Inteligente, disciplinada e cautelosa. Tem 12 anos e é mais tímida e madura do que os amigos. Mika perdeu os pais quando ainda era um bebê e foi criada pelos avós. Ela é bem legal, mas sabe ser firme quando necessário.

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Cauã Ribeiro

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Aline Rizzo

Extrovertido e brincalhão, Uerê tem 10 anos e adora observar a etimologia das palavras, principalmente as de origem indígena.

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Lili tem 8 anos e é espontânea e muito sapeca. Questionadora, não aceita que haja nada “só para meninos ou só para meninas”. Apesar de muito nova, já sabe que lugar de menina é onde ela quiser.

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Eduardo Müller

É o melhor amigo de Uerê. Alegre, participa de tudo, mas não é de falar muito. Tem apenas 10 anos, como o Uerê, e já sabe cozinhar.

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Uma autêntica vira-lata, Miga foi adotada por Lili quando ainda era filhote. Mas a turma toda a tem como companheira. Grande, peluda, babona e muito, mas muito desastrada!

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Miga

Professora Viviane Seixas

Inteligente e simpática, acredita no poder transformador da educação. Está conectada com os desafios e novos processos que acontecem no mundo. Procura experimentar formas inovadoras e originais de ensino e aprendizagem. Vivi valoriza o aluno por aquilo que ele é, e acredita no potencial que cada um deles traz consigo.


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Vamos participar?

Quem olhasse da rua podia ver a Escola Brasil assim, meio caída: nenhuma florzinha junto ao portão de entrada para dar as boas-vindas aos alunos que chegavam para as aulas, nenhuma árvore no pátio para que pudessem sentar à sua sombra e ler um bom livro. O ano letivo terminava, e logo começariam as férias. Os últimos meses haviam sido tão corridos na escola, que a professora Vivi nem havia se dado conta de que a pintura das janelas estava descascada, e manchas escuras nas paredes indicavam que há muito tempo ninguém cuidava delas. “Que pena! Tudo poderia ser tão bonito”, pensava ela, enquanto imaginava o jardim florido, as paredes brancas e limpas; no pátio, limoeiros que além de sombra e perfume enriqueceriam a merenda. “E a quadra de esportes! Quanta alegria ofereceria aos alunos se ela estivesse em boas condições!”, sonhava. Mas não adiantava ficar só imaginando, Vivi deveria partir para a ação. Por isso, conversou com outros professores da escola a fim de convocar uma grande reunião com alunos, pais, professores e toda a comunidade do entorno para falar sobre futuro da Escola Brasil.

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No último dia letivo, logo no início da noite, os convidados estavam presentes no pátio do colégio para a reunião. — Boa noite a todos! — disse Vivi, dando início à reunião. — Fico feliz que tenham vindo! Como vocês sabem, chamei-os aqui hoje para tratar da conservação da Escola Brasil. Nem é preciso dizer que ela está bastante deteriorada e precisa de uma boa reforma. Gostaria do empenho de todos em busca de soluções para deixá-la melhor. — Mas o que podemos fazer? — perguntou o pai de um dos alunos, levantando-se. — Não temos dinheiro e o governo pouco nos ajuda… — É verdade! — concordaram alguns pais, com ar indignado. — Calma, pessoal! — interveio uma mãe. — E se usarmos as férias escolares para nos organizar em um grande mutirão? Sozinhos, não

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podemos fazer muito, mas juntos somos capazes de melhorar as instalações da escola e deixá-la linda para o ano que vem! — Isso mesmo! — concordou a professora Vivi. — Além disso, posso entrar em contato com a Secretaria de Educação e tentar conseguir algum tipo de apoio. Ao fundo do pátio, os alunos observavam atentamente a conversa. Dentre eles, um grupo de amigos se destacava, os inseparáveis Rasta, Mika, Dudu, Uerê, Lili e sua enorme cadela, a Miga. Embora não opinasse no que acontecia na reunião, o grupo estava empolgadíssimo para participar das atividades para a melhoria da estrutura da escola. — Eba! Vou adorar esse mutirão — cochichou Lili, a caçula da turma. — Au! Au! — latiu Miga, deixando Lili embaraçada ao chamar a atenção dos adultos.

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Mutirão da arrumação

No fim de semana seguinte, teve início o mutirão. O primeiro passo foi o seu planejamento: o que iriam fazer, com qual material, como seriam montadas as equipes e qual a função de cada uma delas. Enfim, havia muito a ser decidido antes de começarem a pôr a mão na massa! Enquanto os adultos cuidavam das tarefas mais pesadas, como serrar e martelar, os alunos iriam pintar o portão, sob a supervisão da professora Vivi. — Oba! Vou adorar pintar o portão de vermelho! — comemorou Dudu, pensando na cor principal de seu clube de futebol do coração, o Atlético Paranaense. — Epa! Como assim? Quem disse que será vermelho? — interrompeu Uerê. — Vamos pintar de azul, que é a cor mais bonita pra mim. — Pois eu não acho! — contestou Lili. — Verde é muito mais bonito e ainda por cima é a cor da natureza… — Roxo! — disse um colega.

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— Laranja? — sugeriu outra. — Cinza — falou um terceiro. Mais maduros que os outros colegas, Rasta e Mika só observavam a confusão. E a professora Vivi, muito esperta, percebeu que aquela seria uma boa oportunidade para trabalhar alguns conceitos de cidadania. — Crianças, aproximem-se! — pediu Vivi. — Todos temos direito à nossa opinião, contanto que não sejamos preconceituosos ou ofensivos em relação às outras pessoas e suas próprias opiniões. Uerê — continuou Vivi —, explique para nós por que você quer azul? — É a cor do clube de futebol Paysandu, de Belém do Pará, professora! Meu clube do coração. — Vocês consideram esse um bom motivo? — perguntou Lili, dirigindo-se à turma. — Não mesmo! — protestou Dudu. — E por que não, Dudu? — indagou a professora. — Porque o melhor time é o meu, o Atlético! Portanto, a cor mais bonita é o vermelho! — respondeu Dudu, orgulhoso.

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— E vocês acham que esse é um bom motivo? — provocou Vivi. — Nãaaao! — foi a resposta em coro. A professora continuava a conduzir o debate: — Todos nós temos algum gosto em especial. Mas, afinal, se cada um quiser colocar a cor de seu “clube do coração” ou a sua cor preferida no portão da escola, como vamos escolher uma cor que agrade a todos? — E se fosse roxo, isto é, vermelho misturado com azul!? — sugeriu Rasta, tentando conciliar os gostos dos dois amigos. — Não gosto muito dessa cor… me faz lembrar de coisas tristes — disse Mika. — Ih! É verdade! — exclamou Lili. — O padre sempre usa roxo na quaresma e nos dias tristes. A professora Vivi, depois de ouvir com atenção cada um dos argumentos dos alunos, resolveu explicar:

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— Gente, acima de tudo, o importante é aprendermos a ouvir e a respeitar o que o outro tem a dizer. O ideal é assumir nossas posições, procurando entender o outro lado. Não precisamos concordar com tudo o que os outros dizem, mas temos que respeitar o direito que eles têm de dizê-lo. Os alunos estavam adorando aquele debate. Mas aí surgiu um problema: quem iria decidir a cor do portão se uns queriam verde, outros azul, vermelho ou amarelo? A solução seria pintar um pedaço de cada cor? Seguir a escolha de quem falou mais alto? Do mais velho? Ou misturar todas as cores não importando o resultado? Veremos!

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Quem decide?

Persistia a dúvida sobre a cor do portão.A professora Vivi queria que as crianças dialogassem sobre esse assunto que parecia simples, mas que gerava diferentes opiniões. Por isso, encorajava os alunos a buscar soluções por eles próprios. Até que Rasta interveio com uma ideia: — Já sei! Que tal fazermos uma votação? A cor que tiver o maior número de votos será a escolhida e todos terão de aceitar. — Boa ideia! Vamos então escolher cinco cores, e cada um dos alunos terá direito a um voto — completou Mika. A ideia parecia boa mesmo. Aliás, essa é a forma pela qual a democracia é exercida aqui no Brasil: as pessoas votam, no caso, nos candidatos que têm propostas que se assemelham mais ao que elas acham certo. Os candidatos mais votados vencem as eleições e os que perdem precisam aceitar o resultado. — O problema — explicou Vivi — é que nem sempre aqueles que perderam a votação devem ser ignorados. Às vezes, principalmente em grupos pequenos, o melhor caminho é o do consenso, ou seja, uma solução que agrade a todos.

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— Então tenho outra ideia! — exclamou Uerê, triunfante. — E se a gente votasse nas cores de que mais gosta, atribuindo uma nota de 1 a 5? Por exemplo: a cor de que mais gosto é o azul, por isso dou a ela nota 5. Já o verde, gosto um pouco menos, mas gosto, então dou nota 4. Mas se vermelho não me agrada, ele ganha nota 1. E assim vai, com todas as cores. A cor escolhida será aquela que tiver mais pontos! — Claro! Faz todo sentido — concordou Mika. — Desse jeito, mesmo que nossa cor favorita não ganhe, provavelmente será uma cor de que todos gostem pelo menos um pouco. E, assim, o verde venceu. Lili e todos os que votaram nessa cor ficaram radiantes. Aqueles que escolheram outras cores concordaram com o resultado, pois alguns haviam dado nota 4 ou 3, indicando que o verde poderia não ser sua cor preferida, mas que não se importavam se fosse a cor escolhida para pintar o portão. Em segundo lugar ficou o amarelo e, em terceiro, o vermelho. — Muito bem! — elogiou Vivi. — Vejo que chegaram a um consenso. O importante é que todos participem, sejam ouvidos e respeitados e que as decisões tomadas sejam as melhores para o grupo, e não para o indivíduo. Por isso, foi da cor verde a lata de tinta que professora Vivi comprou na loja ao lado da escola. E assim, o mutirão prosseguia empenhado em arrumar toda a escola! Serra daqui, martela dali, solda acolá: pais, professores, alunos e vizinhos da escola ajudavam como podiam.

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As regras da sociedade

A cooperação de toda a comunidade para a melhoria da escola era uma ótima oportunidade de se refletir sobre a cidadania, os direitos e deveres de cada um. Percebendo isso, a professora Vivi aproveitou para explicar que, quando foi estabelecido que o voto da maioria determinava o que deveria ser feito, o poder foi dividido em três: o legislativo, o executivo e o judiciário. Ninguém governa sozinho e um poder fiscaliza o outro. O poder legislativo seria o setor responsável por fazer as leis necessárias para a sociedade viver em paz e harmonia. Ela também explicou que em nosso país esse poder é exercido pelos vereadores, deputados e senadores. — Mas é claro — continuou ela — que as leis não bastam. Para que as pessoas vivam bem na prática é necessário que existam escolas, hospitais, estradas, policiamento, saneamento básico, energia elétrica etc. Tudo isso deve ser realizado pelo poder executivo, isto é, pelos prefeitos, governadores e pelo Presidente da República.

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Dudu, que gostava de ação, identificou-se com essa parcela do governo. — Posso ficar com a parte da pintura? — perguntou ele. Assim, os amigos se propuseram a ajudar de formas diversas: segurando a escada, preparando as partes que seriam pintadas ou revezando com Dudu. O trabalho estava correndo bem até que Uerê teve uma dor de barriga e, ao correr para o banheiro, acabou chutando a lata de tinta. — Ei, cuidado Uerê! — gritou Dudu. — Olha só o desastre! Além de sujar o chão com a tinta derramada, Uerê desperdiçou todo o conteúdo da lata. A gritaria foi geral. A turma toda ficou frustrada e não se conformava com o ocorrido. — Gente, vamos nos controlar — acalmou Mika —, acidentes acontecem. Às vezes, ações individuais prejudicam um grupo… Entretanto, isso faz parte da vida em sociedade.

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A professora Vivi aproveitou o incidente para explicar aos alunos o que é o poder judiciário. — Vocês sabiam que o poder judiciário é o responsável por mediar os conflitos e aplicar a justiça? Ele, ainda, deve garantir que todos tenham seus direitos respeitados e que as leis sejam cumpridas. Então, para demonstrar a importância do terceiro e último poder, Vivi pediu aos alunos que organizassem o julgamento de Uerê. — Lili, você será a advogada de defesa. Mika, você será a advogada de acusação e Rasta, o juiz. E, assim, o julgamento começou. — Uerê foi desastrado e atrapalhou muito o trabalho — disse Mika, em tom severo. — Protesto, meretíssimo! — disse Lili. — Ninguém segura uma dor de barriga! Rasta deveria dar um veredicto. No entanto, ficou em dúvida pois achava que os dois lados tinham motivos justos. Depois de muito debaterem, finalmente chegaram a um acordo: fariam uma vaquinha para comprar outra lata de tinta e Uerê limparia o chão sozinho, como forma de compensar seu erro.

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Nossos direitos!

Enquanto a turma dos Heróis cuidava da pintura do portão, outros grupos enceravam o piso das salas, consertavam as cadeiras, plantavam verduras na horta e flores no jardim. Já no domingo, segundo dia de mutirão, havia até uma banda improvisada por alguns alunos. O animado fundo musical encerrou-se apenas ao final do dia, quando professores, familiares e alunos se reuniram para avaliar o resultado da arrumação. — Tudo correu muito bem! — exclamou a professora. — Estamos todos de parabéns pela iniciativa que, além de melhorar muito a escola, ofereceu a oportunidade de interagirmos mais e nos conhecermos melhor. — E ainda de nos divertirmos bastante! — exclamou Uerê. — E de aprender coisas importantes como democracia, cidadania, poderes do governo e muito mais… — completou Lili, empolgada. — Por falar em governo — disse a mãe de um dos alunos em tom sério, chamando a atenção de todos —, não caberia a ele fazer essa reforma? E também uma manutenção constante, evitando que a escola ficasse tão feia?

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Um dos pais presentes concordou: — Sim, o governo é quem deveria cuidar desses assuntos. Afinal é para isso que pagamos nossos impostos. — É mesmo! Então, por que não cobramos isso? Por que deixamos a escola chegar nesse ponto? — reclamou outro pai. Mesmo tendo participado ativamente e com boa vontade durante o mutirão, alguns pais estavam indignados. Não sem razão; de fato, a Escola Brasil era pública, portanto construída, custeada e mantida pelo governo. — Senhores, vocês têm razão de se indignar — assentiu Vivi. — No entanto, em primeiro lugar, precisamos esclarecer de qual “governo” estamos falando. Como vocês sabem, no Brasil temos os governos municipais, estaduais e o federal. Cada um cuida de uma parte da educação.

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— E quem cuida da nossa escola é o prefeito! — antecipou-se Lili, ao fundo da sala, quase cortando a fala da professora. — Isso mesmo, Lili! Quem cuida da nossa e de outras escolas do ensino básico da cidade é o prefeito, ou melhor, a prefeitura. Então, é com eles que devemos falar — explicou Vivi. — E se a gente fizesse uma visita à prefeitura para conhecer de perto por quem e como a cidade é administrada? Poderíamos, assim, aprender e ainda cobrar nossos direitos — sugeriu Rasta. — Nós temos muitos direitos, professora? — quis saber Uerê. — Claro que sim! Temos o direito de exigir boas escolas, hospitais, moradia, trabalho, salário adequado e lazer. Temos o direito de participar e de saber das administrações públicas e onde está sendo gasto o dinheiro dos nossos impostos, tanto na prefeitura, quanto no estado e governo federal.

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— Nossa, nós temos direito a todas essas coisas? — perguntou Dudu, já tão entusiasmado com essas questões da cidadania que não via a hora de pesquisar mais na internet. — Temos sim — respondeu Vivi. — São direitos sociais, econômicos e culturais. Querem saber de uma coisa? Para fazê-los valer, temos de lutar por eles e reivindicá-los. E é o que faremos, organizando um abaixo assinado nas redes sociais e encaminhando-o às autoridades competentes. Não podemos aceitar as coisas como estão. Nós temos a obrigação de exercer a cidadania, de cumprir com nossos deveres e de reivindicar que nossos direitos sejam realizados. É o único jeito de ajudar o Brasil a progredir e melhorar a vida das pessoas em todos os lugares… — concluiu ela, emocionada. Pais e alunos aplaudiram a fala da professora Vivi, concordando com suas palavras: — É pra já! — Conte conosco! Dessa forma, terminou o mutirão que transformou a Escola Brasil, cujo sucesso seria comemorado com uma grande festa!

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Celebrando a cidadania

A celebração do sucesso do mutirão começou logo depois da reunião geral. Foi exibido um vídeo feito pela Mika que mostrava a organização e o trabalho desde o início, as conversas, passando pelas discussões e diferenças de opinião, brigas e reconciliações. No vídeo, também foram incluídas explicações da professora Vivi sobre cidadania, direitos das pessoas e organização do governo. E claro, as ações e resultados do trabalho: portões pintados, jardim e horta plantados, cadeiras consertadas, piso encerado… O vídeo terminava com uma cena impactante: a imagem da escola antes e depois do mutirão. A plateia vibrou com muitas palmas e assobios, aprovando o trabalho de transformação. Naquele mesmo dia, o vídeo foi postado nas redes sociais e teve milhares de curtidas, servindo de exemplo para escolas de todo o país. Por ter demonstrado que as pessoas têm o poder de melhorar as condições de vida em sua comunidade com suas próprias ações,

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e mesmo com poucos recursos, o vídeo teve uma ótima recepção. Emocionada, Vivi ainda queria transmitir um último recado: — Podemos melhorar as condições de vida em nossa cidade, estado e país ao votarmos conscientemente. Mas isso ainda não é o bastante: nós temos que participar da vida na escola e acompanhar de perto as decisões que são tomadas pelos governos. Isso é cidadania! Terminada a exibição do vídeo, foi oferecido um lanche com frutas, sucos, sanduíches, bolos e muitas outras delícias trazidas com carinho pelas crianças e seus familiares.

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E, para encerrar com muita animação, a banda colocou todo mundo para dançar e cantar o “Rap da cidadania”: Agora é pra valer Vamos juntos cantar Anunciar e convencer Que só a cidadania Garante a democracia. A desejada alegria Qualidade do viver É o que todos queremos Com deveres bem cumpridos Direitos respeitados. Cidade limpa e bonita Água e esgoto tratados Tudo isso é bom, admita! Aqui e por todos os lados. Então, vamos pôr em prática Não ficar só na gramática Só é preciso conquistar Vamos logo trabalhar Lembrando: sou cidadão E disso eu não abro mão!

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Evoluir Título original

Os Heróis na conquista da cidadania

Autora

Bia Monteiro (Beatriz Monteiro da Cunha)

Roteiro

João Pedro Lima Gonçalves

Conselho editorial

Bia Monteiro, Chico Maciel, Fernando Monteiro, Flávia Bastos, Lilian Rochael e Uriá Fassina

Ilustrações

Casa Locomotiva

Projeto gráfico e produção

Chico Maciel

Preparação de texto

Elisa Andrade Buzzo

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Monteiro, Bia Os Heróis na conquista da cidadania / Bia Monteiro ; ilustrações Casa Locomotiva. 1. ed. — São Paulo : Evoluir, 2015. Série os heróis da natureza. 1. Cidadania — Literatura infantojuvenil I. Casa Locomotiva. II. Título. III. Série. ISBN 978-85-8142-083-7 15 -07720 Índice para catálogo sistemático 1. Valores éticos : Literatura infantojuvenil 2. Valores éticos : Literatura juvenil

CDD-028.5 028.5 028.5

Este livro atende às normas do acordo ortográfico em vigor desde janeiro de 2009.

FBF Cultural Ltda. Rua Aspicuelta, 329 Vila Madalena, São Paulo-SP CEP 05433-010 Tel: (11) 3816-2121

Esta obra é licenciada sob uma Licença Creative Commons 4.0 Internacional que permite que você faça cópias e até gere obras derivadas, desde que

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"We could be heroes, just for one day" — David Bowie

Edição Fonte Papel capa Papel miolo Gráfica

1ª edição/impressão, setembro de 2015 Ideal Sans Suzano TP Premium 300g/m² Suzano Pólen Soft 70g/m² Elyon (São Paulo/SP)



Quando percebe que a Escola Brasil está precisando de uma boa reforma, a professora Vivi convoca a todos para ajudar na tarefa. Assim, os Heróis vão praticar a cidadania, promovendo a igualdade e os direitos. Para isso, eles vão ajudar em um mutirão que irá reunir alunos, pais, professores e toda a comunidade para transformar a escola e suas vidas para sempre!


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