AGOSTO 2010 | EDIÇÃO 28 | R $ 9,90
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Um estudo mostra como os donos dos negócios que mais prosperaram nos últimos anos estão se preparando para agarrar as oportunidades do novo ciclo de expansão do país PLANEJAMENTO Como se preparar para a concorrência com novas marcas PLANO DE NEGÓCIOS 7 erros a ser evitados na hora de escrever o seu VENDAS Aproveite a disputa entre as credenciadoras de cartões de crédito INTERNACIONALIZAÇÃO Os brasileiros que empreenderam lá fora
AGOSTO 2010
NA LATA
Sumário
70
22:33
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Simone Storino e sua irmã Priscila, da Izzo Musical: planejamento
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Ronicarlos Pereira, da QSE: pressão cada vez maior
FABIANO ACCORSI
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Valdemir Navarro e Wladimir Chinchio, da Vayon: expansão num mercado só
7 Carta ao Leitor 8 Rede Social Exame PME 10 Portal Exame PME 12 Cartas
Capa Crescimento 22 Uma pesquisa exclusiva mostra o que os donos de pequenos e médios negócios em crescimento estão fazendo para aproveitar as oportunidades do novo ciclo de expansão do país
GABRIEL RINALDI
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Livros 84 Clientes
32 A lista das 200 pequenas e médias empresas que mais cresceram no Brasil nos últimos três anos
Seções 17 Para Começar
48 Franquias
44 Grandes Decisões
Como a esteticista Regina Jordão enfrentou um motim de franqueados da rede carioca Pello Menos
Fazer uma fusão ou manter apenas uma parceria comercial?
50 Estratégia A fornecedora de softwares paulista Vayon encontrou o crescimento ao atender apenas o mercado de seguros
A trajetória de Cristopher Vlavianos, fundador da Comerc, que no ano passado faturou 246 milhões de reais no mercado livre de energia
Mundo
68 Na Prática
52 Internet
22:33
O que as principais credenciadoras de cartões de crédito têm a oferecer às pequenas e médias empresas — e o que levar em conta ao decidir com quais fechar contrato
Em Delivering Happiness, o empreendedor Tony Hsieh conta como a missão de deixar o consumidor contente fez a Zappos faturar 1,2 bilhão de dólares ao ano
Empresas
O americano Mark Pincus fez da Zynga um negócio que fatura 460 milhões de dólares ao ano com jogos online para usuários do Facebook
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76 Finanças
Como se comportar na primeira reunião com um cliente importante
78 Para Pensar
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80 Plano de Negócio
A trajetória, os desafios e as conquistas de quatro empreendedores brasileiros cujas empresas crescem fora do país
Choque de Gestão
A Cellmídia criou um sistema que premia clientes com créditos para trocar por torpedos. O próximo passo é gerenciar programas de fidelidade para grandes empresas
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58 Mercados
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Os cinco mandamentos do empreendedor
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Especial
54 Eu Consegui
66 Eficiência
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Fazer Melhor Planejamento 70 Aprenda a fazer um plano
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Regina Jordão, da Pello Menos: vida após o motim
MARCELO CORREA
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Concorra a uma consultoria gratuita em quatro áreas fundamentais para a expansão de um negócio emergente
82 Inovação&Tecnologia 86 Por Dentro da Lei Uma pequena ou média empresa pode aceitar cheques de alguns clientes e recusar de outros?
de ação capaz de preparar sua empresa para enfrentar a concorrência de novas marcas em seu mercado
88 Onde Encontrar
74 Os principais erros que os
90 Abaixo dos 40
empreendedores cometem ao escrever um plano de negócios — e o que pode dar errado por causa disso
A rede Buddha Spa, do paulistano Gustavo Albanesi, cresce ao oferecer tratamentos de estética e bem-estar
Os contatos das pequenas e médias empresas citadas nesta edição
Como contatar
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Carta ao leitor
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Tempos de mudança
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Em 2005, no primeiro ano de vida de Exame PME, revelamos as 100 pequenas e médias empresas brasileiras que mais haviam crescido nos três anos anteriores. Desde então, a pesquisa, única desse tipo no país, foi feita anualmente, junto com a consultoria Deloitte. Nesta edição, trazemos o ranking das 200 companhias de pequeno e médio porte que mais avançaram entre 2007 e 2009, mostramos como elas cresceram tanto e o que estão fazendo para aproveitar o novo ciclo de expansão do Brasil. “Nunca houve oportunidades tão boas para os pequenos e médios negócios”, diz o jornalista Hugo Vidotto, que escreveu a reportagem de capa. “Mas só vão agarrá-las os que estiverem preparados para cumprir uma porção de exigências do mercado.” Veja na página 22 as transformações pelas quais essas empresas estão passando.
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ALEXANDRE BATTIBUGLI
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O segundo semestre mal começou e muitos empreendedores já estão se mexendo para preparar seus negócios para 2011. É o caso dos sócios da fabricante e distribuidora paulistana de instrumentos musicais Izzo. Durante cinco meses, a repórter Denise Dweck acompanhou 25 horas de cálculos, análises e discussões em seis reuniões que resultaram no plano da Izzo para o próximo ano. “Quisemos aprender em detalhes como se faz um planejamento desses”, diz Denise. O objetivo foi produzir, nesta e nas próximas edições, uma série de três reportagens que mostram como fazer um planejamento para transformar uma pequena ou média empresa.
A série de capas do estudo das pequenas e médias empresas que mais crescem (1) e Denise (2): novas exigências e lições de planejamento
2
Outra iniciativa da revista — o 1o Choque de Gestão Exame PME — também tem como foco as mudanças impostas pelo crescimento acelerado. Será escolhida uma empresa que tenha faturado de 2 milhões a 5 milhões de reais no ano passado para receber uma consultoria gratuita nas áreas de finanças, marketing, recursos humanos e gestão. As inscrições vão até o dia 31 de agosto, no endereço www.choquedegestaopme.com.br. Maria Luisa Mendes
Agosto 2010 | EXAME PME | 7
www.redeexamepme.com.br Faça seu cadastro gratuito na rede social de Exame PME e conecte-se a milhares de pequenos e médios empresários que estão colaborando uns com os outros para a expansão de seus negócios
O
C
TEÚD ON
Tecnologia
Online e de graça
Sustentabilidade
A internet oferece tantas soluções que muitas delas passam despercebidas. Pensando nisso, o paulista Marcelo Thalenberg, da MT Criativa, abriu um tópico para que os empreendedores da rede indicassem ferramentas online e gratuitas. Veja algumas das sugestões:
Preços Estratégia Custos Inovação Agenda
Uma discussão sobre deveres trabalhistas de empresas de venda direta, como é o caso de muitas marcas de cosméticos, movimentou a rede e motivou Exame PME a buscar uma resposta. Veja o que diz a Justiça na seção Por Dentro da Lei desta edição.
Reação aos descontos O consultor Renato Romeu perguntou como os participantes da rede agem diante de um pedido de desconto. Alguns disseram calcular o preço pensando em reduzi-lo — e às vezes acabam se enrolando ao procurar a medida certa. Vários oferecem maior prazo no lugar de um abatimento. E você, o que faz?
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Algumas ferramentas gratuitas aprovadas pelos empreendedores da rede
E Exportação
Aplicativo
CRM
SkyDrive
Armazenamento de arquivos
Zoho
Planilhas, documentos de texto www.zoho.com e apresentações
SugarCRM
Relacionamento com clientes
www.sugarcrm.com
WebCollab
Gerenciamento de projetos
www.webcollab. sourceforge.net
MailChimp
E-mail marketing
www.mailchimp.com
Grupos Livros
Vendas Discussões
Onde encontrar www.skydrive.com
Sócios
Aumento no pró-labore
Marcas
Como aumentar o pró-labore dos donos de uma pequena ou média empresa sem comprometer os resultados? A dúvida foi lançada por Reinan Jackson de Faria, da mineira Global Esquadrias Metálicas. Vários participantes da rede explicaram a diferença entre pró-labore e lucro e sugeriram que Faria fizesse simulações antes de se decidir.
Twitter Vídeos
Consultoria grátis
Gestão
Os membros da rede vão escolher uma empresa para ganhar uma consultoria grátis, como parte do 1o Choque de Gestão Exame PME. Para se inscrever, preencha o formulário no endereço www.choquedegestaopme.com.br até o dia 31 de agosto.
Cobrança
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O que faz
Biblioteca
Escambo
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F Fu Funcionários
Crédito
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Direitos trabalhistas
De graça na internet
Franquias Clientes Agronegócio
www.exame.com.br/pme Encontre os complementos desta edição e dos números anteriores no endereço www.exame.com.br/pme/recursos
Participe do 1o Choque de Gestão Exame PME. Podem DE se inscrever empresas que tiveram receitas entre 2 milhões e 5 milhões de reais em 2009 e enfrentem desafios nas áreas de finanças, marketing, recursos humanos e gestão. As inscrições serão aceitass o até o dia 31 de agosto no endereço www.choquedegestaopme.com.br.
CHOQUE
GESTAO
Sua empresa está pronta para expandir oss negócios para o exterior? Será que você dei-m xou de aproveitar algumas oportunidades em o outros países e agora tem de correr atrás do o tempo perdido? Responda às questões do teste desenvolvido pelo Núcleo de Negócioss e Internacionais da Fundação Dom Cabral, de e Belo Horizonte, a pedido de Exame PME. Os resultados po-dem ajudar a identificar se é o momento certo de enfrentar oss o desafios de empreender fora do u Brasil — e em que estágio seu negócio se encontra.
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EXAME - EXPME - 10 - 19/08/10
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Brasileiros lá fora
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Veja a versão completa da pesquisa realizada pela consultoria Deloitte em parceria com Exame PME que apontou as 200 pequenas e médias empresas brasileiras que mais cresceram nos últimos três anos. Consulte a lista com as 331 empresas que se classificaram para o ranking. Acesse também todos os rankings e materiais produzidos pelo estudo desde a primeira edição, em 2006.
Energia livre Entenda como funciona o mercado de energia livre no Brasil — sistema em que grandes consumidores podem escolher seu fornecedor de energia, negociando livremente um conjunto de variáveis, como prazo contratual, valores cobrados, variação do preço ao longo do tempo contratado e outros serviços associados à comercialização. FOTOS: ISTOCKPHOTO
As 200 que mais crescem
Eleições 2010 É possível proibir a distribuição de material de candidatos dentro da empresa? Como os pequenos e médios empresários devem reagir caso algum funcionário concorra a um cargo público? Veja a resposta para essa e outras questões sobre como lidar com funcionários que fazem campanha para seus candidatos no horário de trabalho.
Segurança eletrônica Veja a íntegra de uma pequisa sobre segurança eletrônica em pequenas e médias empresas. O estudo mostra quais são os maiores riscos e que prejuízos podem causar para o negócio.
Cartas Metas A reportagem sobre as metas (Falta Quanto para Chegar Lá?, julho) veio em boa hora. Estou com meu planejamento para 2011 preparado desde o ano passado — infelizmente, porém, não conseguiremos atingir alguns dos objetivos que foram traçados para 2010, o que gerou a necessidade de refinar o planejamento para o ano que vem.
Salus Augusto Resende Moraes TIF — Brasília, DF
Sorvetes Muito boa a reportagem sobre a Jundiá (A Guerra do Picolé, julho). Acredito que uma das melhores maneiras para fazer uma empresa crescer de modo seguro é se espelhar nas marcas que já estão bem posicionadas no mercado, como foi feito por Cesar Bergamini. Andrea Isper Cabianca Plascabi Embalagens — Avaré, SP
Logística Gostaríamos de agradecer à equipe de Exame PME o empenho, a dedicação e a seriedade na realização da reportagem sobre a Keepers (Trabalho de Formiguinha, julho).
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Antonio Almeida, Renato Almeida e Felippi Perez Keepers Logística Santana de Parnaíba, SP
Café Acredito que a Kapeh (Beleza Encoberta, julho) deve continuar investindo na venda de seus produtos em cafeterias. Com uma 12 | EXAME PME | Agosto 2010
campanha adequada, as vendas nesse canal tendem a crescer muito mais. Jessé Silva WebmaniaBR — Curitiba, PR
Creio que o mais interessante para a Kapeh seria centrar sua atuação em drogarias e perfumarias. Esses estabelecimentos têm sido cada vez mais frequentados por consumidores que buscam cosméticos diferenciados, que não podem ser encontrados em qualquer supermercado. Diego Gusmão Grupo Águia — Pouso Alegre, MG
Para pensar Gostaria de parabenizar Sidney Santos por sua coluna em Exame PME. Adoro as respostas que ele dá e a forma autêntica como escreve. Douglas Sant’Anna Esfera Embalagem — Sorocaba, SP
Todos os meses leio a coluna Para Pensar. Gosto dos textos, pois são muito descontraídos e bastante instrutivos. Davi Salomao Souza da Silva Belém, PA
E-mail marketing Utilizamos o e-mail marketing (O E-Mail Que Dá Resultados, julho) em nossa empresa e conseguimos ótimos resultados. Quando bem utilizado, o e-mail é uma forma eficiente e barata de fortalecer a divulgação de um negócio. Sergio Oliveira Arte Maior — Recife, PE
Simples Interessantes os pontos levantados na reportagem sobre a escolha do regime tributário (Quando o Simples Complica, julho). Muitas vezes, o Simples pode inibir a expansão dos negócios, já que o potencial do empreendimento fica restrito a determinado limite de faturamento. Marcelo Hugo Brito Cavalcante Forever Consult — Belém, PA
Assédio moral Considero que é justo chamar a atenção de um funcionário que não esteja rendendo tudo o que pode, conforme publicado
ALEXANDRE BATTIBUGLI
Acho que já está na hora de as empresas começarem a planejar suas metas para 2011. No entanto, é necessário estar atento, porém, para considerar todos os cenários, inclusive os mais pessimistas. Também é preciso dimensionar com muito cuidado o tempo que será gasto para atingir as metas projetadas.
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Marcio Gimenes Ruiz Diretriz Educacional — Marília, SP
Cartas na seção Por Dentro da Lei (Quero Isso Ainda Hoje!, junho). Na minha empresa, as metas são estabelecidas depois de discussões sobre a necessidade de atingi-las e até que ponto é viável chegar aos objetivos propostos — e por causa disso temos liberdade para cobrar os resultados.
Raymundo, da Mormaii: dedicação ao presente
Modelo de negócios O modelo de negócios da empresa Olho no Click (Eles Ganham por Clique, julho) é semelhante aos jogos de azar. Por isso, acho que Exame PME não deveria dar destaque a esse tipo de ação como sendo empreendedora.
Sociedade A sociedade deve ser regida pela afinidade pessoal, mas sempre girando em torno de um objetivo comum (Negócios em Turma, junho). Também considero muito importante que cada sócio seja especialista em uma área importante para a empresa. Carlos Augusto Andrade da Silva Sualogo.net — Londrina, PR
Comércio eletrônico Ainda não estamos aproveitando tudo o que a internet pode proporcionar aos negócios — e a Clickfios (Como Apertar um Botão, junho) é um exemplo disso. Para as pequenas e médias empresas, essas oportunidades são muito importantes, pois são baratas e trazem a possibilidade de encontrar vários consumidores novos. Mário Sérgio Ribeiro Enigma Security — São Paulo, SP
A Clickfios é uma prova de que, com a internet, é possível ganhar dinheiro sem precisar vender produtos caros. Isso acontece porque a rede pode proporcionar vendas em grande escala.
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Judinei Mello Costa Meuprontuario.net — Teófilo Otoni, MG
Tecnologia É importante que a empresa que deseja adquirir um software de gestão (Faça a Coisa Certa, junho) tenha em vista que
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Célio dos Santos Curitiba, PR
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EDUARDO LYRA
Luís Ricardo Chiba Claudio Lara PNL Training São Paulo, SP
Agora ou para sempre? A reportagem com o médico Marco Aurélio Raymundo, dono da fabricante de roupas de surfe Mormaii (O Empreendedor Impermanente, julho), foi uma das mais comentadas da última edição. Conhecido desde pequeno pelo apelido Morongo, ele disse que prefere se dedicar para que a empresa alcance os objetivos no presente a se preocupar com a perenidade do negócio, fundado por ele nos anos 80 em Garopaba, no litoral catarinense. Entre os leitores, muitos criticaram o ponto de vista de Morongo. “Eu jamais investiria numa empresa administrada por alguém que não tem interesse em saber o que vai acontecer a longo prazo”, disse Rogério Alan Cruz, da Tora Tora Business, de São Paulo. Outros, no entanto, simpatizaram com as ideias do criador da Mormaii. “Quando o empreendedor se preocupa com o dia a dia de sua empresa, com o bem-estar de seus colaboradores e com a excelência no atendimento ao cliente, a perpetuidade do negócio é uma consequência natural”, afirmou Eduardo Garlant, da Silvernet, de São Paulo.
encontrar uma solução que se adapte a todos os processos é uma tarefa praticamente impossível. Alguma adequação provavelmente precisará ser feita no projeto inicial. Jorge Cury Totvs — Belo Horizonte, MG
Exame PME Gosto muito da forma como a revista aborda assuntos que interessam aos empreendedores. Há muito tempo sentia falta de uma publicação que me ajudasse e me inspirasse no dia a dia. Sandro Santos Wtrade Brasil Tecnologia Rio de Janeiro, RJ
Há pouco mais de um ano resolvi montar minha própria empresa. Apesar de ter
formação superior e MBA, comecei a sentir a necessidade de atualização. Nesse sentido, assinar Exame PME está sendo uma experiência muito interessante. Domingos Manoel Leite Costa São Paulo, SP
Correções • A denominação correta do cargo
ocupado por Reinaldo Bertagnon na Village (Falta Quanto para Chegar Lá?, julho) é diretor comercial. • Adilson Neri Pereira (O Seguro Fugiu, Inovação & Tecnologia, julho) é sócio do escritório Pereira Advocacia, que presta consultoria ao mercado segurador. Leitores de Exame PME que desejam comentar reportagens ou sugerir novos temas devem escrever para examepme@abril.com.br
Para começar EDIÇÃO | Gladinston Silvestrini
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NOTÍCIAS, IDEIAS E TENDÊNCIAS PARA O EMPREENDEDOR
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Yoshikuma, da PG Products: blindagem para brasileiros
MERCADOS
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EXAME - EXPME - 17 - 19/08/10
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O cliente estava mais perto Há pouco mais de três anos, a fabricante de vidros blindados para automóveis PG Products, de Cotia, na Grande São Paulo, conquistou uma marca famosa para sua lista de clientes. A empresa fora escolhida pela BMW para fornecer os vidros à prova de balas que a montadora alemã oferece como opcionais de fábrica aos compradores de alguns de seus modelos mais luxuosos. Seu dono, o ex-piloto de corridas Edson Yoshikuma, de 60 anos, acreditava que o negócio ajudaria a abrir as portas do mercado europeu. “Na época, achava que ganharíamos muita visibilidade por lá”, diz ele. O contrato com a
BMW, de fato, ajudou a PG Products a tornar-se mais conhecida no mercado. Mas, diferentemente do que Yoshikuma imaginava, foram as montadoras instaladas no Brasil que mais procuraram a PG Products para desenvolver projetos de veículos blindados de fábrica. No ano passado, os negócios com as fabricantes de automóveis e ônibus nacionais, que antes a empresa não atendia diretamente, já correspondiam a algo em torno de 15% do faturamento, que foi de 13,6 milhões de reais. “O negócio com os alemães ajudou a abrir as portas de novos clientes no Brasil”, afirma Yoshikuma.
Agosto 2010 | EXAME PME | 17
Para começar
MINHA
EDUARDO LYRA
INOVAÇÃO
Empresa Novociclo Onde Florianópolis, SC
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Pró | A empresa poderia aumentar as receitas, que dependem em parte da venda do lixo recolhido. Contra | O aumento das receitas poderia ser menor que o custo dos brindes. Resultado | Desde abril, 4 000 pessoas pediram o cartão de fidelidade. As receitas mensais agora são 10% maiores do que antes da criação do cartão e neste ano devem chegar a 1,5 milhão de reais.
18 | EXAME PME | Agosto 2010
Wesley, da Zoom: modelo para a Lego
FRANQUIAS
Um tijolinho por vez Executivos da Lego Education, braço de projetos educacionais da fabricante dinamarquesa de brinquedos de montar, acompanham com interesse a experiência do empreendedor paulista Marcos Wesley, de 41 anos. Dono da Zoom, de São Caetano do Sul, no ABC paulista, ele distribui no Brasil os kits da Lego Education que muitos professores usam como apoio ao ensino de matérias como matemática e noções de robótica. No ano passado, Wesley criou um projeto de expansão para a Zoom. Ele dividiu o Brasil em 60 franquias regionais e passou a procurar interessados em assumir a responsabilidade de conduzir os negócios em cada área. Atualmente, há 18 franqueados. A cada um deles estão subordinados um ou mais franqueados de uma segunda categoria, que Wesley chama de educadores, para acompanhar o dia a dia das escolas. “Já temos 56, e nossa meta é chegar a 500”, diz Wesley. “Se tivermos sucesso, poderemos servir de modelo para a Lego Education em outros mercados.” As receitas da Zoom são estimadas em 50 milhões de reais ao ano.
GABRIEL RINALDI
A ideia | O engenheiro Rodrigo Sabatini, de 48 anos, queria aumentar o recolhimento de lixo reciclável de sua empresa, a Novociclo, que presta consultoria em gestão de resíduos a empresas e condomínios de Florianópolis. Ele criou um cartão de fidelidade para estimular as pessoas a levar o lixo até os postos de coleta. Em troca, elas ganham produtos como bolsas e calçados de material reciclado.
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Fidelidade no lixo
PERGUNTAS BÁSICAS Tarifas bancárias
NEGÓCIOS GLOBAIS
Alexandre Fachinello___________________ Checkplant — Pelotas, RS Produz equipamentos para rastreamento de frutas e de outros vegetais da lavoura até o cliente final.
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Está marcada para 23 de agosto a viagem com seis empreendedores brasileiros que vão a Londres para se encontrar com representantes de câmaras de comércio e indústrias britânicas. Eles foram selecionados pelo programa Face to Face Brasil, da companhia aérea British Airways, com o apoio de Exame PME. “Em comum, os negócios selecionados oferecem produtos socialmente responsáveis”, diz Daniela Bertollini, da British Airways. Veja quem são os escolhidos e quais são os seus negócios.
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Hora de embarcar para Londres
Daniel Pascal Filho_____________________ Fisiogames — Florianópolis, SC Desenvolve jogos eletrônicos que ajudam pacientes de fisioterapia a acelerar sua recuperação.
Fabio Interaminense____________________ Grupo Eco — São Paulo, SP Cria brindes com materiais que são ecologicamente sustentáveis para grandes clientes.
João Carlos de Godoy____________________ Biomater Eco Materiais — São Carlos, SP Fabrica bioplásticos com vegetais como mandioca e batata para a produção de embalagens.
Mervyn Lowe___________________________ P3D — São Paulo, SP Desenvolve softwares e materiais educativos com um mecanismo de imagens em três dimensões.
Rafael Ortolan__________________________ Brazilian Trade — Curitiba, PR Exporta produtos que não causam danos ao meio ambiente, como artesanato e material de demolição.
Muitos empreendedores ficam em dúvida sobre como negociar com os bancos para reduzir as tarifas pagas por operações financeiras e pela manutenção das contas correntes. Veja o que é possível fazer para reduzir os custos bancários. Quais tarifas bancárias podem ser negociadas? Desde 2007, as empresas podem negociar com os bancos todas as tarifas cobradas. Isso só vale para clientes corporativos — para pessoas físicas, os bancos precisam seguir uma tabela de preços padronizada para os clientes. O custo dos serviços deve ser previsto em contrato. Para aumentar o valor de uma taxa ou criar outra tarifa, os bancos precisam avisar seus clientes até 30 dias antes da primeira cobrança. Há muita variação entre as tarifas cobradas pelos diferentes bancos? Como, para pessoas jurídicas, as tarifas precisam ser negociadas, há uma enorme variação nesses valores. Em alguns bancos, dependendo da quantia que o cliente movimenta mensalmente, algumas taxas nem chegam a ser cobradas. Concentrar todas as contas da empresa num só banco é importante para garantir uma boa negociação? À medida que o dono de uma pequena ou média empresa aumenta a movimentação
de suas contas em apenas um banco — concentrando, por exemplo, o pagamento dos funcionários, a cobrança de contas dos clientes e seus investimentos —, são maiores as chances de conseguir diminuir os custos com a manutenção de contas bancárias ou até mesmo ser isento de tarifas. Ao diluir as contas em várias instituições, o cliente corre o risco de perder força na hora de negociar. Há algum serviço que não pode ser cobrado pelos bancos? Para empresas com receitas anuais de, no máximo, 2,4 milhões de reais, os bancos não são autorizados a cobrar tarifas pela liquidação de crédito antecipada — ou seja, quando o dono de uma pequena empresa decide quitar empréstimos ou financiamentos antes da data estipulada para o vencimento. Mas essa regra só vale para contratos que foram firmados a partir de 10 de dezembro de 2007, data em que foi publicada a resolução do Conselho Monetário Nacional que trata do assunto. Fontes: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, Santander, Banco Central, Pinheiro Neto Advogados e consultorias Interact e Blue Numbers
Agosto 2010 | EXAME PME | 19
Para começar TELEFONIA
ANDRÉ TEIXEIRA/AGÊNCIA O GLOBO
A expansão de grandes companhias brasileiras no exterior fez bem para os negócios do carioca Rodrigo Faro, de 43 anos. Ele é dono da Presscell, empresa do Rio de Janeiro que mantém linhas de telefones celulares em mais de 30 países e as aluga para brasileiros que viajam a trabalho por um determinado período. No ano passado, suas receitas chegaram a 2,3 milhões de reais, mais que o dobro de 2008. Entre os clientes da Presscell estão companhias como a fabricante de aviões Embraer e a transportadora de petróleo Transpetro. “Essas empresas gastam muito com as tarifas de roaming quando seus funcionários usam no exterior seus celulares brasileiros”, diz Faro. “Com números locais de cada país, a economia na conta pode ser de até 80%.” Faro criou a empresa há 12 anos. Na época, seu principal negócio era alugar celulares brasileiros para estrangeiros que vinham ao Brasil, o que hoje representa menos de 20% do faturamento da empresa.
Faro, da Presscell: ligações a preços locais
Sou o dono da empresa e não é o salário que me motiva. Fazer o negócio prosperar é muito mais animador John Mackey — fundador da Whole Foods, rede americana de lojas de alimentos naturais, ao explicar por que desde 2007 ele não recebe o salário a que teria direito como presidente da empresa
NÚMEROS
Os sócios vêm aí Pequenas e médias empresas brasileiras ficaram mais atraentes para os fundos de capital de risco. Um estudo recente mostra que esses investidores vão aumentar os recursos aplicados no Brasil para aproveitar as boas perspectivas de crescimento no país. Veja os principais indicadores revelados na pesquisa.
Dinheiro novo
Para onde vai o capital
A estratégia dos fundos de risco para o Brasil nos próximos dois anos
Evolução dos investimentos de fundos de risco em empresas de países emergentes (em bilhões de dólares)
19% 18%
EXAME
BRASIL
CHINA
vão aumentar o volume de recursos aplicado
ÍNDIA
JAN/JUN 2009
RÚSSIA JAN/JUN 2010
planejam começar a investir em empresas no país
4,6 3 2,3 2,2 1
1,5 0,4
0,5
Fonte: Emerging Markets Private Equity Association
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Chamada internacional
Com reportagem de Cecília Abbati, Gabriel Ferreira, Kellen Rodrigues e Ursula Alonso Manso
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festa
Como entrar na
Uma pesquisa exclusiva com as 200 pequenas e médias empresas brasileiras que mais cresceram nos últimos três anos revela o que é preciso para participar do novo ciclo de expansão do país. Conheça quem já está aproveitando as boas oportunidades HUGO VIDOTTO
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ˆ JAYME ANTONIO ZANATTA
★★★★★★★★★★★★★★★★★★★
FARBEN – Içara, SC 166o lugar no ranking Fabrica tintas e vernizes Receita líquida 91,6 milhões de reais(1)
O que precisou fazer Criar uma linha ecologicamente correta Resultado Os novos produtos já respondem por 8% das receitas (1) Em 2009 (2) Receita líquida de 2007 a 2009
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Expansão 41,4% em três anos(2)
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Expansão 170,3% em três anos(2)
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Receita líquida 27,4 milhões de reais(1)
O que precisou fazer Formalizar processos para ter certificados de qualidade e segurança Resultado Em 2009, foram fechados 12 contratos para obras de infraestrutura — cinco a mais do que no ano anterior
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(1) Em 2009 (2) Receita líquida de 2007 a 2009
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★★★★★★★★★★★★★★★★★★★
QSE – S. Caetano do Sul, SP 36o lugar no ranking Faz inspeção e controle de qualidade de grandes obras
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RONICARLOS PEREIRA
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no ano passado na construção de um gasoduto da Petrobras que liga as cidades de Macaé e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, os funcionários da empresa paulista QSE chamavam a atenção. De prancheta e caneta na mão, eles não paravam de fazer perguntas e anotações. Quantos minutos foram necessários para soldar este tubo? Os taquímetros e as trenas a laser foram guardados? De hora em hora, eles transmitiam informações detalhadas como essas para uma central da QSE, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. “Nosso trabalho é recolher, analisar, comparar e monitorar tudo”, diz o engenheiro Ronicarlos Pereira, de 35 anos, fundador da empresa. “O objetivo é evitar desperdícios e detectar perigo de acidentes.” Segundo o Anuário EXAME de Infraestrutura 2009-2010, hoje há 1 200 obras de infraestrutura em projeto ou em andamento no Brasil. Todas demandam algum tipo de controle como os que a QSE faz. “Esses projetos são a maior oportunidade de crescimento que já surgiu nos nossos nove anos de vida”, diz Pereira. Só os 12 contratos fechados em 2009 fizeram a QSE quase triplicar de tamanho, alcançando receitas líquidas de 27,4 milhões de reais. O resultado a colocou no 36o lugar na lista das 200 pequenas e médias empresas brasileiras que mais cresceram nos últimos três anos, produzida por Exame PME em parceria com a consultoria Deloitte. Acostumado a fiscalizar o trabalho dos outros, Pereira deu duro para provar que a QSE está à altura de assumir missões de grande envergadura. Nos últimos dois anos, ele precisou obter três certificações de qualidade e de rigor nos processos de trabalho adotados na empresa. São selos como os da família ISO, que atestam que os processos estão de acordo com as regras da Organização Internacional de Padronização, da Suíça. “Sem essa documentação, poderíamos ficar de fora dos melhores contratos do setor”, diz Pereira. Mesmo os movimentos mínimos do dia a dia da QSE foram documentados — o que exatamente é checado em cada situação, em que ocasiões os funcionários usam equipamentos de segurança, como é feita a transmissão de dados no meio da selva. Pereira montou uma equipe de fiscalização que roda o país para
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ntre os milhares de pessoas que trabalhavam
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verificar se seus funcionários fazem o que consta nos certificados. “Somos vigiados por todo lado”, diz ele. “Os institutos de qualidade fazem visitas de surpresa, os clientes estão de olho no meu pessoal e os clientes dos clientes também querem satisfações dos fornecedores dos fornecedores.” Para negócios emergentes, como a QSE, a marcação está ficando cada vez mais apertada. Segundo as empresas que participaram do estudo, o grau de exigência subiu muito nos setores apontados por elas como os mais quentes — construção, petróleo e gás, infraestrutura, tecnologia, energia elétrica, agronegócio, transporte e logística. Ficou mais difícil também ser aceito nas cadeias produtivas de bens como carros e eletrodomésticos, e nas que produzem alimentos, bebidas e remédios. Para as empresas do ranking, até recentemente bastavam preços competitivos e qualidade satisfatória para fechar um bom negócio. Não mais. Ter selos que atestam a qualidade da gestão, exibir certificações sociais e ambientais e fornecer provas de saúde financeira é cada vez mais normal nas mesas de negociação das quais elas participam. Há pelo menos dois motivos para essa tremenda pressão. Ao longo da última década, a competição deixou de ser apenas entre empresas — a concorrência agora é entre cadeias produtivas inteiras. Para as pequenas e médias empresas, a boa notícia é que um número cada vez maior de grandes empresas precisa encontrar fornecedores para relacionamentos de longo prazo. Mas, para um compromisso duradouro, é preciso certeza de que o parceiro não vai atrasar os prazos, baixar a qualidade do produto ou serviço nem contaminar toda a cadeia com os efeitos de uma gestão financeira temerária. “Preços e produtos bons já são um pressuposto”, diz José Paulo Rocha, sócio da Deloitte responsável pelo estudo. “A preferência, agora, está nas pequenas e médias empresas que inspiram confiança completa em todos os aspectos da gestão.” O economista André Kina, de 38 anos, vive nessa realidade desde que, há cinco anos, fundou a 4Bio (lê-se FourBio), empresa paulista que vende medicamentos dificilmente encontrados em farmácias, como os destinados a tratamentos de infertilidade e câncer. “Nosso grande potencial de expansão está em fornecer a outras empresas”, diz Kina. “Queremos vender para hospitais, planos de saúde e companhias que compram medicamentos para os funcionários.” Essa estratégia sempre fez parte do plano de negócios da 4Bio, mas só recentemente foi possível conquistar esse tipo de cliente. Até um ano atrás, 95% do faturamento da 4Bio — que alcançou 21,9 milhões de reais de receita líquida no ano passado, 175,6% mais que em 2007 — vinha de vendas ao consumidor final. Não era por falta de preparo técnico que estava difícil para a 4Bio participar das cadeias de fornecimento mais interessantes. Nas tratativas com possíveis clientes, como o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e as operadoras de planos de saúde Omint, Bradesco Saúde e SulAmérica, Kina exibiu uma estrutura reforçada. A 4Bio dispõe, por exemplo, de um gerador próprio para evitar que uma queda de energia interrompa a refrigeração do estoque. Há ainda modernos sistemas de medição que monitoram a temperatura dos remédios em trânsito. “Mas isso não foi suficiente”, diz Kina. “Um hospital desistiu de fechar negócio só porque não tínhamos certidões negativas de débito e de pendências fiscais referentes aos últimos três meses.” Agora, Kina incluiu as certidões trimestrais na rotina — mesmo que ninguém as peça. “Não quero correr o risco de perder um bom cliente por esse motivo”, diz.
EXAME
Capa Crescimento
ANDRE´ KINA
★★★★★★★★★★★★★★★★★★★
4BIO – São Paulo, SP 32o lugar no ranking Distribui medicamentos de alto custo Receita líquida 21,9 milhões de reais(1) Expansão 175,6% em três anos(2) O que precisou fazer Atualizar as certidões negativas da empresa a cada três meses Resultado Em 12 meses, as vendas para clientes corporativos passaram de 5% para 25% do faturamento (1) Em 2009 (2) Receita líquida de 2007 a 2009
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no país. Todos os meses, saem de sua fábrica cerca de 2 500 bancos de fibra de vidro, que são instalados em vagões do metrô e de trens das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. A produção é hoje sete vezes maior do que há dois anos, e continua aumentando. “Devemos triplicar de tamanho em 2010”, diz Otávio Henrique Ilha Campos, de 53 anos, fundador da Pifer. “É o nosso melhor momento.” Campos está bastante animado com o aumento dos investimentos em transporte público devido às preparações para a Copa do Mundo, em 2014, e para a Olimpíada, em 2016. Estima-se que, dos 61,8 bilhões de reais previstos para investimentos urbanos até 2016, quase metade vá para obras de metrô. Entre os fornecedores de trens estão os principais clientes da Pifer, como a espanhola Caf, a francesa Alstom e a alemã Siemens. “Vai ser uma correria para aprontar tudo a tempo”, diz Agenor Marinho, diretor da Caf no Brasil. “Precisamos de fornecedores ágeis e que deem garantia de que não haverá dor de cabeça após a entrega das encomendas.” A cobrança pesou nos ombros de Campos ainda em 2005. Na época, ele foi procurado pela coreana Hyundai-Rotem, que vencera uma licitação para fornecer trens ao metrô carioca. “Era uma oportunidade imperdível, mas havia um detalhe complicado”, diz ele. “Os trens seriam produzidos na Coreia do Sul e tínhamos de eliminar a mais remota possibilidade de que um banco pudesse precisar de assistência técnica lá no outro lado do mundo.” Os cuidados na linha de montagem foram multiplicados, com vistorias mais deta-
EXAME - EXPME - 28 - 19/08/10
lhadas. Além disso, a estrutura metálica dos assentos, comprada de terceiros, passou a ser feita internamente. “Foi o jeito de ter controle total sobre o que estávamos entregando”, diz Campos. O esforço compensou. “A Hyundai-Rotem depois nos chamou para os projetos do metrô de Salvador e da Linha 4 de São Paulo”, diz ele. Na lista das condições que as pequenas e médias empresas têm de satisfazer, uma das mais frequentes é relativa à responsabilidade ambiental. O que polui, espalha resíduos ou não pode ser reciclado parece estar com os dias contados — 45% das pequenas e médias empresas que entraram no ranking afirmaram que não há como fechar negócios realmente bons se os produtos ou serviços que elas oferecem fizerem algum mal ao planeta. “É uma preocupação que vem sendo repassada pelas cadeias de fornecimento até chegar às empresas de pequeno e médio porte”, diz o consultor Marco Fujihara, do Instituto Totum, especializado em sustentabilidade. Fornecendo tintas e vernizes para construção, veículos e móveis, a Farben, da cidade catarinense de Içara, obteve no ano passado receita líquida de 91,6 milhões de reais — 41,4% mais que há três anos. Quase metade de sua produção vai para o setor de móveis. “Cada vez mais fabricantes pediam tintas que não liberam compostos químicos durante a secagem”, diz o empreendedor Jayme Antônio Zanatta, de 75 anos, que fundou a Farben há 17 anos.
Preços e produtos bons já são um pressuposto, e as pequenas e médias empresas agora precisam inspirar confiança em todos os aspectos da gestão
EXAME
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De lá para cá, a 4Bio conquistou empresas como Petrobras, Nestlé, Oi e Souza Cruz, e as receitas vindas dos clientes corporativos já são 25% do total. Mas o vestibular da 4Bio não terminou. Até o final do ano, Kina deve contratar uma auditoria internacional para chancelar os balanços. Além de inspirar ainda mais confiança nos clientes, ele quer ter argumentos para obter crédito e prazos maiores com grandes laboratórios, como Novartis, Pfizer e Merck. “Quando não vêm de um lado, as exigências vêm de outro”, diz Kina. Cumprir tudo que vem sendo cobrado não é barato. Para obter a ISO 9000, que comprova a qualidade dos processos, pagam-se, em média, 8 000 reais. A ISO 14000, relacionada à responsabilidade ambiental, custa perto de 11 000 reais. Ter os balanços auditados por uma instituição renomada pode sair por algo em torno de 50 000 reais. “Ninguém pede uma coisa só, e esses documentos têm de ser renovados”, diz Kina. Os balanços são refeitos todo ano, e um selo de qualidade respeitado costuma valer por três anos — depois é preciso tirar dinheiro do bolso novamente. A fabricante de peças para trens Pifer, de Três Rios, no Rio de Janeiro, cresceu 171,4% nos últimos três anos, obtendo uma receita líquida de 6,6 milhões de reais em 2009. A Pifer conseguiu um bom lugar entre as companhias que fornecem insumos e veículos para transporte público em grandes cidades — uma necessidade urgente
Para desenvolver produtos com as características impostas pelos clientes, Zanatta investiu quase 5 milhões de reais em contratações, máquinas e numa fábrica de resina. Só depois disso a Farben pôs no mercado uma linha de tintas e vernizes sem solventes tóxicos e que secam com raios ultravioleta emitidos por um equipamento especial. “Assim, não há risco de prejudicar a saúde dos funcionários nem de contaminar o ar”, diz Edmilson Zanatta, de 49 anos, filho de Jayme e gerente de tecnologia da empresa. A nova linha já responde por 8% das receitas. “Agora vamos adaptar a mesma técnica para o setor automotivo”, diz Edmilson. Entre as grandes oportunidades do novo ciclo de expansão do país poucas se igualam às oferecidas pelo desenvolvimento recente do Nordeste. Grandes obras, como a transposição do rio São Francisco e o crescimento de polos como o complexo portuário e industrial de Suape, em Pernambuco, têm levado mais emprego e renda à população nordestina, sobretudo a classe C. Entre 2005 e 2009, as receitas do comércio na região cresceram 15% ao ano — a maior média do período, segundo o IBGE. A crescente capacidade de consumo representa outra enorme oportunidade para as pequenas e médias empresas, desde que — de novo — adotem práticas de gestão adequadas às particularidades desses mercados. Nos últimos cinco anos, o empreendedor Paulo Lucatelli, de 45 anos, vem preparando a Gratícia, de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, para tornar os salgadinhos da marca mais aces-
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PAULO LUCATELLI
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MONTAGEM COM FOTOS DE LEO CALDAS (RETRATO) E NA LATA (BALÕES)
Receita líquida 11,3 milhões de reais(1) Expansão 49,9% em três anos(2) O que precisou fazer Montar equipes específicas para atender pequenas lojas de atacado Resultado O pequeno atacado já é responsável por metade das receitas (1) Em 2009 (2) Receita líquida de 2007 a 2009
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EXAME - EXPME - 29 - 19/08/10
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GRATÍCIA – Jaboatão dos Guararapes, PE 141o lugar no ranking Produz batata palha e salgadinhos
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MONTAGEM COM FOTOS DE MARCELO CORREA (RETRATO) E NA LATA (BALÕES) PRODUÇÃO: SILVIA GOICHMAN; AGRADECIMENTO PLASTENG
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30 | EXAME PME | Agosto2010
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´ OTAVIO HENRIQUE ILHA CAMPOS ★★★★★★★★★★★★★★★★★★★
PIFER – Três Rios, RJ 35o lugar no ranking Fabrica peças para trens Receita líquida 6,6 milhões de reais(1) Expansão 171,4% em três anos(2) O que precisou fazer Melhorar o processo de fabricação e preparar os balanços para ser auditados Resultado Conquistou grandes clientes, como a coreana HyundaiRotem, a espanhola Caf e a alemã Siemens (1) Em 2009 (2) Receita líquida de 2007 a 2009
síveis. Alguns ganharam embalagens menores e foi lançada uma linha à base de milho, com preços mais baixos do que o da batata palha, o principal produto da empresa. Fazer os itens recém-criados chegar a seu público exigiu da Gratícia uma habilidade totalmente diferente da que Lucatelli vinha exercitando desde que fundou a empresa, há 17 anos, com sua mulher, Ester, de 42 anos, após ambos deixarem o emprego como funcionários públicos. Até então, a Gratícia vinha crescendo ao colocar seus produtos em delicatéssens, lojas de conveniência e grandes redes de supermercados. Mas o consumidor que a Gratícia persegue agora quase não compra salgadinhos nesses lugares. Lucatelli percebeu que é muito mais provável uma criança de família simples comprar um saco de salgadinho num armazém próximo de casa ou de um vendedor ambulante na porta do colégio. Esse canal de vendas extremamente pulverizado se abastece em pequenas lojas, que vendem balas, paçocas, cocadas e outras guloseimas em fardos. Para conquistar esses pequenos atacados foi necessário montar uma equipe específica para lidar com eles, com um número de vendedores três vezes maior do que para os supermercados. “São dois mundos muito diferentes”, diz Lucatelli. No pequeno atacado, é o próprio dono quem faz as compras e não há sistemas de pedidos automatizados. Com frequência, os vendedores da Gratícia têm de telefonar para esses comerciantes e checar se já é hora de enviar mais salgadinhos — e sempre é bom iniciar as negociações perguntando se a família do sujeito vai bem e já ciente das chances do time dele no Brasileirão. “É um relacionamento muito pessoal mesmo”, diz Lucatelli. As vendas nesses canais já respondem por metade do faturamento da Gratícia, que chegou a 11,3 milhões de reais líquidos em 2009 — 49,9% mais que há três anos. Para os empreendedores, fica, daqui em diante, uma questão: é obrigatório seguir os exemplos desta reportagem? Será que não dá para ir em frente fazendo amanhã o que vinha dando certo até ontem? A julgar pelo que está dando resultado nas pequenas e médias empresas que mais vêm crescendo no país, sair da zona de conforto deixou de ser uma opção — pelo menos para quem estiver disposto a garantir um lugar de destaque para seus negócios.
Quem está no ranking
Como as empresas da lista foram selecionadas O ranking das pequenas e médias empresas brasileiras que mais crescem foi baseado na expansão da receita líquida entre 2007 e 2009. Todas as companhias com faturamento entre 5 milhões e 200 milhões de reais, com sede no Brasil e que operaram ao longo dos últimos cinco anos puderam se inscrever. As exceções foram para empresas de auditoria, consultoria, mídia e comunicação, além de cooperativas, instituições financeiras, empresas públicas, organizações sem fins lucrativos, companhias com mais de 30% do capital controlado por corporações estrangeiras e subsidiárias de grupos com faturamento superior a 1 bilhão de reais. Para participar, as empresas responderam a um questionário elaborado pela consultoria Deloitte e por Exame PME. No total, foram recebidos 620 questionários. Dessas empresas, 422 encaminharam as demonstrações financeiras dos três anos cobertos pela pesquisa e 330 delas obedeciam aos critérios estabelecidos. São essas empresas que compõem a amostra final do estudo e originaram a lista das 200.
Agosto 2010 | EXAME PME | 31
Capa Crescimento Ranking
EMPRESA(1)
2010
3
1 038,0%
237,3% Varejo Indústria da construção
Comercializa insumos agrícolas e cereais no Brasil e no exterior Desenvolve e gerencia projetos de engenharia estrutural
5 415
7 488
738,8%
189,6%
Portal Educação Campo Grande, MS
1 101
2 507
8 235
648,3%
173,5% Serviços
Elabora e transmite cursos, palestras e treinamentos a distância
4
Akiyama Pinhais, PR
1 775
3 846
13 206
643,8%
172,7% Eletroeletrônico
Fornece sistemas de identificação, monitoramento e automação
5
Construtora Queiroz Mello Balneário Camboriú, SC
967
1 618
7 044
628,2%
169,9%
6
Essence São Paulo, SP
3 759
17 135
24 841
560,9%
157,1% Indústria digital
Presta consultoria em TI e oferece mão de obra terceirizada
7
Izamar Bady Bassitt, SP
6 414
24 613
39 586
517,2%
148,4% Serviços
Oferece aluguel de veículos, guindastes e outros equipamentos
8
Human Mobile Porto Alegre, RS
1 660
5 569
9 893
495,9%
144,1% Serviços
Oferece soluções e gerencia redes de comunicação empresarial
9
Aliter Construções e Saneamento São Paulo, SP
4 856
14 031
23 932
392,8%
122,0%
10
Latin Tec Porto Alegre, RS
2 635
3 981
12 929
390,8%
121,5% Telecomunicações
11
Termoeste Goiânia, GO
11 634
38 195
55 053
373,2%
117,5%
12
Proguarda Adm. e Serviços Aparecida de Goiânia, GO
1 742
3 009
8 171
368,9%
116,6% Serviços
13
Lotil Fortaleza, CE
11 745
20 979
53 981
359,6%
114,4%
14
Femme São Paulo, SP
2 318
4 848
8 825
280,7%
95,1% Serviços
Faz exames médicos nas áreas de ginecologia, obstetrícia e oncologia
15
Microlins São Paulo, SP
12 873
35 783
46 253
259,3%
89,6% Serviços
Mantém uma rede de franquias de escolas profissionalizantes
16
Carbo Gás Vitória de Santo Antão, PE
6 268
17 009
21 960
250,4%
87,2%
17
Seiva Produtos e Serviços Chapadão do Sul, MS
15 565
34 786
54 204
248,3%
86,6% Varejo
18
A. Yoshii Engenharia e Construções Londrina, PR
50 188
75 558 168 781
236,3%
83,4%
19
Fort Knox São Paulo, SP
22 038
25 918
235,1%
83,1% Serviços
Presta serviços de segurança e vigilância a clientes corporativos
20
Bel Marília, SP
62 917 188 965
222,4%
79,6% Bens de consumo
Fabrica e distribui bombons, chocolates para cobertura e outros doces
21
Crivo São Paulo, SP
5 460
11 023
17 412
218,9%
78,6% Indústria digital
Desenvolve softwares para consulta e análise de crédito e risco
22
NetService Belo Horizonte, MG
20 089
30 433
62 004
208,7%
75,7% Serviços
Implanta sistemas de gerenciamento de redes telefônicas e elétricas
23
Provider IT Rio de Janeiro, RJ
8 555
16 054
25 929
203,1%
74,1% Indústria digital
Presta serviços de call center e integra sistemas de TI
24
VL Fabricação de Laboratórios Taboão da Serra, SP
3 411
9 246
10 213
199,4%
73,0% Bens de capital
Projeta e constrói laboratórios e fabrica mobiliários e equipamentos
25
Projetec Recife, PE
10 624
13 114
31 776
199,1%
72,9% Serviços
Faz estudos de impacto ambiental e projetos de irrigação e saneamento
EXAME
-
EXAME - EXPME - 32 - 19/08/10
-
GBOTTA
-
-
01_CAD
893
00:08
Casagrande Eng. e Consultoria Rio de Janeiro, RJ
39 857 133 792
O QUE FAZ(3)
11/08/10
2
11 757
SETOR
Composite
Costa & Vieira Primavera do Leste, MT
CRESCIMENTO 2007/09 Anual
-
1
RECEITA LÍQUIDA(2) (em R$ mil) 2007 2008 2009
7 734 58 607
Indústria da construção
Indústria da construção
Indústria da construção
Indústria da construção
Químico e petroquímico
Indústria da construção
Incorpora e constrói edifícios residenciais e condomínios
Desenvolve projetos de urbanização e de saneamento básico Projeta, instala e gerencia redes de comunicação por cabeamento Instala e faz a manutenção de sistemas de ar condicionado Presta serviços de limpeza, jardinagem e manutenção predial Incorpora e executa obras públicas, como saneamento e habitação
Comercializa gás carbônico para as indústrias alimentícia e química Revende tratores, máquinas e outros implementos ao setor agrícola Presta serviços de engenharia e construção de empreendimentos
(1) O nome de algumas empresas foi simplificado pela redação de EXAME PME por razões de espaço ou clareza. A denominação completa pode ser encontrada no Portal EXAME (www.exame.com.br/pme)
32 | EXAME PME | Agosto 2010
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
QUE MAIS CRESCEM Ranking
EMPRESA(1) Natural Gurt Alagoinhas, BA
3 772
7 198
10 787
186,0%
69,1% Bens de consumo
Fabrica derivados do leite, como iogurtes, manteiga e bebidas lácteas
27
Prolink Juiz de Fora, MG
3 466
5 434
9 873
184,9%
68,8% Indústria digital
Desenvolve softwares para instituições e profissionais do setor jurídico
28
Werbran Francisco Beltrão, PR
2 842
4 666
8 046
183,1%
68,3% Atacado
Distribui medicamentos e itens de cosméticos, perfumaria e higiene
29
Montreal Gtec Itatiba, SP
5 690
11 530
15 830
178,2%
66,8% Serviços
Fornece mão de obra para limpeza e conservação de edifícios
30
Ziva São Paulo, SP
11 948
23 724
33 088
176,9%
66,4% Indústria digital
Implementa e gerencia projetos de infraestrutura de telecomunicações
31
Plano 1 São Paulo, SP
5 408
6 141
14 938
176,2%
66,2% Serviços
Planeja e executa ações de marketing promocional e eventos
32
4BIO Medicamentos São Paulo, SP
7 950
17 844
21 913
175,6%
66,0% Farmacêutico
Distribui medicamentos de alto custo, como para tratamentos de fertilidade
33
Digipix São Paulo, SP
4 970
8 666
13 620
174,0%
65,5% Indústria digital
Presta serviços de tratamento e impressão de imagens digitais
34
Portátil Joinville, SC
4 523
9 325
12 303
172,0%
64,9% Varejo
Fabrica e revende notebooks e outros equipamentos de informática
35
Pifer Três Rios, RJ
2 428
6 279
6 588
171,4%
64,7% Transporte
Fabrica bancos, painéis e outras peças para veículos como trens e metrôs
36
QSE São Caetano do Sul, SP
10 126
10 612
27 369
170,3%
64,4% Serviços
Fornece softwares de gerenciamento e equipes de supervisão para obras
37
Vagas Tecnologia São Paulo, SP
3 051
5 911
8 010
162,5%
62,0% Indústria digital
Mantém um site de vagas de empregos e currículos de profissionais
38
Wheb Informática Blumenau, SC
5 559
9 292
14 549
161,7%
61,8% Indústria digital
Desenvolve softwares de gestão para empresas da área de saúde
39
Grupo Linx São Paulo, SP
28 474
63 387
73 994
159,9%
61,2% Indústria digital
Desenvolve e implementa sistemas de automação para atacado e varejo
40
Construteckma Engenharia São Paulo, SP
25 614
59 216
65 964
157,5%
60,5%
Indústria da construção
Projeta, monta e instala redes elétricas e mecânicas em grandes obras
41
CIL – Construtora Icec São Paulo, SP
76 393 174 764 194 668
154,8%
59,6%
Indústria da construção
Constrói estruturas metálicas para indústrias e instalações comerciais
42
Valborg Volvo Belo Horizonte, MG
16 140
16 164
41 072
154,5%
59,5% Automotivo
Concessionária de automóveis novos e seminovos da marca Volvo
43
System Marketing Osasco, SP
6 733
9 033
17 025
152,8%
59,0% Serviços
Presta consultoria de banco de dados em marketing de relacionamento
44
IMCSaste Construções Caieiras, SP
71 418 134 886 179 458
151,3%
58,5% Serviços
Faz montagem e manutenção de dutos e caldeiras e logística de cargas
45
GlobalBev Belo Horizonte, MG
32 994
41 541
82 823
151,0%
58,4% Bens de consumo
Produz e distribui bebidas como isotônicos, entre outras
46
Qualidados Salvador, BA
7 821
18 505
19 491
149,2%
57,9% Serviços
Desenvolve softwares para empresas de construção civil
47
Agrotech Ituverava, SP
6 370
10 389
15 801
148,0%
57,5% Atacado
Comercializa insumos agrícolas e representa fornecedores
48
Atlas Logística Barueri, SP
6 965
10 465
17 238
147,5%
57,3% Transporte
Faz transporte aéreo e rodoviário de cargas e operações logísticas
49
Accept São Paulo, SP
10 760
17 444
26 482
146,1%
56,9% Eletroeletrônico
Fabrica, comercializa e faz locação de equipamentos de informática
50
Construtora Andrade Mendonça Recife, PE
12 265
9 944
29 840
143,3%
56,0%
EXAME
-
EXAME - EXPME - 33 - 19/08/10
-
GBOTTA
-
-
01_CAD
26
00:08
O QUE FAZ(3)
11/08/10
SETOR
Composite
CRESCIMENTO 2007/09 Anual
-
2010
RECEITA LÍQUIDA(2) (em R$ mil) 2007 2008 2009
Indústria da construção
Constrói indústrias e obras públicas, comerciais e residenciais
(2) Informações do balanço patrimonial fornecidas pelas empresas (3) Informações colhidas pela redação e em alguns casos reduzidas por razões de espaço ou clareza Fonte: Deloitte
Agosto 2010 | EXAME PME | 33
Capa Crescimento Ranking
EMPRESA(1)
CRESCIMENTO 2007/09 Anual
Empresa Construtora Brasil Belo Horizonte, MG
40 651
72 313
98 595
142,5%
55,7%
52
Casa de Saúde São Bernardo Colatina, ES
44 628
67 662 107 775
141,5%
55,4% Serviços
Gerencia e presta serviços de saúde a clientes corporativos
53
Prodent Assistência Odontológica São Paulo, SP
8 805
13 312
20 881
137,1%
54,0% Serviços
Opera planos de assistência odontológica para empresas
54
Servix Informática São Paulo, SP
10 851
24 121
25 229
132,5%
52,5% Indústria digital
Presta consultoria e faz integração de infraestrutura de TI
55
A Geradora Salvador, BA
37 307
63 721
86 540
132,0%
52,3% Serviços
Oferece aluguel de geradores elétricos à construção civil
56
Avansys Tecnologia Salvador, BA
12 307
17 030
28 397
130,7%
51,9% Indústria digital
Desenvolve e comercializa softwares e presta consultoria em TI
57
Hospital São Vicente de Paulo Rio de Janeiro, RJ
61 328 133 552 141 126
130,1%
51,7% Serviços
Oferece atendimento hospitalar em diversas especialidades
58
Bimetal Cuiabá, MT
74 015 162 956 169 996
129,7%
51,6% Telecomunicações
Constrói torres e outras estruturas para telecomunicações e energia
59
Dan-Hebert Brasília, DF
41 607
78 241
94 818
127,9%
51,0%
60
Starpac Comercial Guarulhos, SP
15 270
34 982
34 567
126,4%
50,5% Papel e celulose
Fabrica e comercializa autoadesivos e outros materiais gráficos
61
Reserva Natural Passos, MG
7 055
12 746
15 872
125,0%
50,0% Têxtil
Confecciona roupas e acessórios com fibras naturais, como algodão e linho
62
Cimcop Belo Horizonte, MG
39 571
58 263
88 710
124,2%
49,7%
00:08
63
Santa Izabel São João da Boa Vista, SP
13 399
20 237
29 934
123,4%
49,5% Bens de capital
Fabrica e comercializa implementos agrícolas e rodoviários
64
Minascontrol Belo Horizonte, MG
16 930
27 266
37 723
122,8%
49,3% Telecomunicações
Distribui equipamentos e presta serviços de radiocomunicação
65
Fugro In Situ Geotecnia Curitiba, PR
6 583
11 686
14 384
118,5%
47,8%
66
TCI BPO São Paulo, SP
70 795 114 046 152 753
115,8%
46,9% Serviços
67
Conartes Engenharia e Edificações Belo Horizonte, MG
10 402
8 819
22 054
112,0%
45,6%
68
Altus São Leopoldo, RS
32 956
52 631
69 279
110,2%
45,0% Indústria digital
69
Betonpoxi Engenharia Recife, PE
7 453
9 633
15 666
110,2%
45,0%
70
Equiplex Aparecida de Goiânia, GO
23 916
29 131
50 205
109,9%
44,9% Farmacêutico
Fabrica e comercializa medicamentos injetáveis e outras soluções
71
Ecom Energia São Paulo, SP
69 766 105 804 146 099
109,4%
44,7% Energia
Comercializa energia de fontes convencionais e alternativas
72
Serilon Brasil Londrina, PR
42 817
86 835
89 224
108,4%
44,4% Atacado
Distribui produtos de comunicação visual, como tintas, películas e lonas
73
Lógica Engenharia São Paulo, SP
16 789
23 892
34 767
107,1%
43,9%
74
ZLS Camaçari, BA
4 100
21 304
8 396
104,8%
43,1% Serviços
Fabrica e monta estruturas metálicas e presta consultoria em construção civil
75
Sanex Curitiba, PR
3 129
5 597
6 390
104,2%
42,9% Bens de consumo
Fabrica produtos para nutrição animal e controle de pragas e inseticidas
-
EXAME - EXPME - 34 - 19/08/10
-
GBOTTA
-
-
01_CAD
51
EXAME
Indústria da construção
O QUE FAZ(3)
11/08/10
SETOR
Composite
RECEITA LÍQUIDA(2) (em R$ mil) 2007 2008 2009
-
2010
Indústria da construção
Indústria da construção
Indústria da construção
Indústria da construção
Indústria da construção
Indústria da construção
Realiza serviços de pavimentação e terraplenagem em estradas
Presta serviços de engenharia e gestão de empreendimentos imobiliários
Constrói obras industriais e de infraestrutura e faz terraplenagem
Presta serviços de monitoramento e investigação geotérmica de obras civis Oferece terceirização em sistemas de TI a setores como saúde e governo Incorpora e constrói empreendimentos residenciais de luxo Integra sistemas de TI e comercializa equipamentos de automação industrial Faz recuperação, impermeabilização e restauração de estruturas de concreto
Incorpora e executa obras industriais, comerciais e residenciais
(1) O nome de algumas empresas foi simplificado pela redação de EXAME PME por razões de espaço ou clareza. A denominação completa pode ser encontrada no Portal EXAME (www.exame.com.br/pme)
34 | EXAME PME | Agosto 2010
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
QUE MAIS CRESCEM Ranking
EMPRESA(1) Vitsolo Balneário Camboriú, SC
20 784
26 942
42 424
104,1%
42,9% Serviços
Presta serviços operacionais para aeronaves e de proteção aeroportuária
77
Alog Data Centers do Brasil São Paulo, SP
35 348
56 794
72 119
104,0%
42,8% Serviços
Oferece serviços de hospedagem e de continuidade dos negócios
78
Solesa Cariacica, ES
30 027
58 527
60 363
101,0%
41,8%
79
Spassu Vitória, ES
32 742
45 202
65 071
98,7%
41,0% Serviços
Oferece locação de equipamentos de TI e terceirização de suporte técnico
80
Servtec São Paulo, SP
32 233
51 382
64 013
98,6%
40,9% Serviços
Desenvolve e executa projetos de engenharia na área de energia
81
Barsil Construção Goiânia, GO
6 545
9 342
12 971
98,2%
40,8%
82
Grameyer Schroeder, SC
13 918
25 668
27 324
96,3%
40,1% Energia
Produz equipamentos e presta serviços a empresas de geração de energia
83
Domínio Sistemas Criciúma, SC
14 378
20 419
27 594
91,9%
38,5% Indústria digital
Desenvolve softwares para empresas de contabilidade
84
Librelato Implementos Orleans, SC
76 143 128 562 143 932
89,0%
37,5% Bens de capital
Comercializa carrocerias, reboques e peças para transporte de cargas
85
AxisMed São Paulo, SP
9 219
11 699
17 416
88,9%
37,4% Serviços
Presta serviços de gerenciamento e administração de planos de saúde
86
AG2 Porto Alegre, RS
9 289
12 874
17 397
87,3%
36,9% Serviços
Desenvolve projetos de marketing e comunicação em mídias digitais
87
Samaq Santa Cruz do Sul, RS
17 036
30 838
31 765
86,5%
36,6% Varejo
Produz máquinas e ferramentas para o setor automotivo
88
Sabarálcool Engenheiro Beltrão, PR
79 990 179 657 148 044
85,1%
36,0% Energia
Fabrica e distribui produtos derivados da cana-de-açúcar
89
ICF Goiânia, GO
11 028
16 405
20 363
84,6%
35,9% Farmacêutico
Faz análises e relatórios para a indústria farmacêutica
90
Construtora Ribeiro Caram São Paulo, SP
22 947
32 107
41 881
82,5%
35,1%
91
Cerealista Nova Safra Contagem, MG
46 354
70 602
84 191
81,6%
34,8% Atacado
92
Sirtec Sistemas Elétricos São Borja, RS
13 327
20 702
23 995
80,0%
34,2%
93
Master Turismo Belo Horizonte, MG
4 839
8 965
8 615
78,0%
33,4% Serviços
Gerencia a política de viagens para empresas e vende pacotes turísticos
94
Cinq Technologies Curitiba, PR
8 609
15 215
15 315
77,9%
33,4% Indústria digital
Desenvolve softwares sob medida para clientes corporativos
95
Superpedido Tecmedd São Paulo, SP
19 396
30 493
34 489
77,8%
33,3% Atacado
Distribui e importa livros técnicos e científicos e representa editoras
96
Diamaju Anta Gorda, RS
26 072
36 674
46 331
77,7%
33,3% Atacado
Revende e distribui produtos e insumos agrícolas
97
GZT Comércio e Importação Passo Fundo, RS
11 844
16 575
21 033
77,6%
33,3% Atacado
Importa e distribui produtos como panelas, baús, pantufas e tapetes
98
Prazzo Engenharia São José dos Campos, SP
3 849
5 724
6 790
76,4%
32,8%
Indústria da construção
Constrói edifícios comerciais, residenciais e instalações comerciais
99
Árbore Engenharia São Paulo, SP
12 229
15 188
21 561
76,3%
32,8%
Indústria da construção
Executa obras residenciais voltadas para o público de baixo poder aquisitivo
Cia. Caetano Branco São José dos Pinhais, PR
44 961
67 257
79 084
75,9%
32,6% Bens de capital
EXAME
-
EXAME - EXPME - 35 - 19/08/10
-
GBOTTA
-
-
02_CAD
76
00:08
O QUE FAZ(3)
11/08/10
SETOR
Composite
CRESCIMENTO 2007/09 Anual
-
2010
RECEITA LÍQUIDA(2) (em R$ mil) 2007 2008 2009
100
Siderurgia e metalurgia
Indústria da construção
Indústria da construção
Indústria da construção
Projeta e produz estruturas metálicas para a construção civil
Incorpora e executa obras de infraestrutura e construção civil
Incorpora e executa obras para indústrias e comércio Vende insumos como farinha de trigo para padarias e confeitarias Projeta, constrói e faz manutenção de redes de distribuição elétrica
Comercializa e distribui motores movidos a diesel e a biogás
(2) Informações do balanço patrimonial fornecidas pelas empresas (3) Informações colhidas pela redação e em alguns casos reduzidas por razões de espaço ou clareza Fonte: Deloitte
Agosto 2010 | EXAME PME | 35
Capa Crescimento Ranking
EMPRESA(1)
2010
102
SETOR
O QUE FAZ(3)
26 225
27 898
75,6%
32,5% Bens de capital
Desenvolve sistemas de regulação de tensão, automação e controle
Hospital Nossa Senhora de Fátima Patos de Minas, MG
8 132
10 934
14 191
74,5%
32,1% Serviços
Oferece atendimento hospitalar em diversas especialidades
103
CAS Tecnologia São Paulo, SP
9 320
18 438
16 203
73,9%
31,9% Indústria digital
Produz softwares e equipamentos para engenharia e telemetria
104
Proguarda Vigilância e Segurança Aparecida de Goiânia, GO
11 602
15 553
20 140
73,6%
31,8% Serviços
Presta serviços de guarda, segurança e vigilância
105
ACF Engenharia Salvador, BA
14 379
15 939
24 959
73,6%
31,8% Serviços
Presta serviços de engenharia de manutenção e montagem industrial
106
Cadersil Campina Grande, PB
10 254
15 310
17 543
71,1%
30,8% Papel e celulose
Fabrica cadernos, agendas e outros produtos de uso escolar
107
Locaweb São Paulo, SP
70 623
92 788 119 648
69,4%
30,2% Indústria digital
Hospeda sites e presta serviços de infraestrutura em TI
108
Arizona São Paulo, SP
17 772
23 478
29 724
67,3%
29,3% Indústria digital
Gerencia acervos de imagens de grandes empresas
109
AeC Contact Center Belo Horizonte, MG
116 867 161 343 194 152
66,1%
28,9% Serviços
Presta serviços de call center e gerenciamento de projetos em TI
110
Resource IT Solutions São Paulo, SP
67 353
89 495 111 666
65,8%
28,8% Indústria digital
Produz softwares para os setores financeiro e de serviços e comércio
111
Digitel Porto Alegre, RS
29 999
41 364
49 696
65,7%
28,7% Telecomunicações
Fabrica produtos para sistemas de comunicação por dados, voz e imagem
112
SRE Brasília, DF
5 801
7 297
9 606
65,6%
28,7% Serviços
Faz instalação e manutenção de redes elétricas e iluminação urbana
113
IBG Jundiaí, SP
23 986
46 085
39 712
65,6%
28,7%
114
Cryopraxis Criobiologia Rio de Janeiro, RJ
9 789
14 682
16 138
64,9%
28,4% Serviços
Faz a coleta, o transporte, a análise e o armazenamento de células-tronco
115
Sol Informática Belém, PA
44 196
66 095
72 692
64,5%
28,2% Varejo
Vende produtos de informática e eletrônicos em lojas físicas e pela web
116
Lincx Sistemas de Saúde São Paulo, SP
102 905 142 114 167 841
63,1%
27,7% Serviços
Comercializa planos médicos e odontológicos para empresas
117
Seva Engenharia Contagem, MG
118
Produz gases industriais, medicinais e especiais
9 223
12 252
63,1%
27,7% Automotivo
Fabrica dispositivos eletrônicos para o setor automotivo
Certisign São Paulo, SP
31 331
30 130
50 483
61,1%
26,9% Indústria digital
Presta serviços de certificação digital, como CPF e CNPJ eletrônicos
119
Cyberlynxx Rio de Janeiro, RJ
14 139
21 085
22 768
61,0%
26,9% Indústria digital
Desenvolve softwares e integra sistemas na área de TI
120
ePharma Barueri, SP
8 376
10 776
13 449
60,6%
26,7% Serviços
Gerencia programas de benefícios de medicamentos para empresas
121
DJ Móveis Arapongas, PR
28 995
35 088
46 545
60,5%
26,7% Bens de consumo
Fabrica suportes, estantes, mesas e outros móveis para informática
122
Rubberart São Paulo, SP
3 131
4 639
5 008
60,0%
26,5%
123
Kyly Pomerode, SC
88 769 118 960 141 715
59,6%
26,4% Têxtil
Confecciona roupas e acessórios para o público infanto-juvenil
124
Escad Rental Santo André, SP
14 871
22 805
23 621
58,8%
26,0% Serviços
Aluga equipamentos e veículos para áreas como construção civil e mineração
125
Premier IT Global Curitiba, PR
12 758
16 414
20 176
58,1%
25,8% Indústria digital
Presta consultoria em gestão operacional e infraestrutura de TI
EXAME
-
EXAME - EXPME - 36 - 19/08/10
-
7 512
Composite
Químico e petroquímico
-
GBOTTA
-
-
02_CAD
15 891
00:08
Reivax Automação e Controle Florianópolis, SC
CRESCIMENTO 2007/09 Anual
11/08/10
101
RECEITA LÍQUIDA(2) (em R$ mil) 2007 2008 2009
Químico e petroquímico
Produz peças de borracha para vedação e aplicações industriais
(1) O nome de algumas empresas foi simplificado pela redação de EXAME PME por razões de espaço ou clareza. A denominação completa pode ser encontrada no Portal EXAME (www.exame.com.br/pme)
36 | EXAME PME | Agosto 2010
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
QUE MAIS CRESCEM Ranking
EMPRESA(1)
2010
RECEITA LÍQUIDA(2) (em R$ mil) 2007 2008 2009
CRESCIMENTO 2007/09 Anual
SETOR
O QUE FAZ(3)
126
Domínio Assessores Rio de Janeiro, RJ
11 679
14 666
18 399
57,5%
25,5% Serviços
127
GB Gabriel Bacelar Recife, PE
29 663
18 757
46 665
57,3%
25,4%
128
Multilab São Jerônimo, RS
81 268 129 629 127 735
57,2%
25,4% Farmacêutico
Produz medicamentos com marca própria e também genéricos
129
Alphageos Barueri, SP
130
Clean Gestão Ambiental Belém, PA
131
Hospital Mater Dei Belo Horizonte, MG
132
Grupo Motormac Porto Alegre, RS
56 031
80 238
133
Home Doctor São Paulo, SP
60 355
134
Cristófoli Campo Mourão, PR
135
Perfilline Caxias do Sul, RS
136
9 306
10 461
57,2%
25,4% Serviços
Realiza sondagens e acompanha obras para clientes corporativos
36 963
39 300
57 850
56,5%
25,1% Serviços
Faz o tratamento de resíduos de empresas, hospitais e cidades
101 026 115 541 158 010
56,4%
25,1% Serviços
Oferece atendimento hospitalar em diversas especialidades
87 610
56,4%
25,0% Automotivo
Distribui motores, componentes eletrônicos e peças para automóveis
78 934
94 304
56,2%
25,0% Serviços
Presta serviços de atendimento médico e internação domiciliar
15 695
19 839
24 292
54,8%
24,4% Bens de capital
Fabrica autoclaves e outros aparelhos médico-odontológicos
3 292
5 421
5 077
54,2%
24,2%
Lepper Joinville, SC
86 924 102 846 134 007
54,2%
24,2% Têxtil
Confecciona e comercializa itens de cama, mesa e banho
137
PA Arquivos Salvador, BA
10 850
13 402
16 638
53,4%
23,8% Serviços
Presta serviços de digitalização e armazenagem de documentos
00:08
138
Tecno Logys São Paulo, SP
10 992
11 108
16 700
51,9%
23,3%
11/08/10
139
Transbahia Transportes Candeias, BA
11 620
16 402
17 593
51,4%
23,0% Transporte
Transporta combustíveis e derivados de petróleo na Região Nordeste
140
Discover São Paulo, SP
11 341
14 500
17 106
50,8%
22,8% Indústria digital
Presta consultoria, desenvolve projetos e ministra treinamentos de TI
141
Gratícia Jaboatão dos Guararapes, PE
7 524
9 293
11 282
49,9%
22,5% Bens de consumo
Comercializa salgadinhos de milho e de trigo e batatas fritas, entre outros
142
Vogler São Bernardo do Campo, SP
37 932
59 866
56 518
49,0%
22,1% Bens de consumo
Produz insumos para as indústrias alimentícia e farmacêutica
143
VP Projeto, Instalação e Construção Taboão da Serra, SP
4 750
7 322
7 059
48,6%
21,9% Bens de capital
Projeta e constrói laboratórios e fabrica mobiliários e equipamentos
144
Produquim Porto Alegre, RS
3 616
4 376
5 351
48,0%
21,7%
Químico e petroquímico
Vende compostos químicos para as indústrias alimentícia, têxtil, entre outras
145
Armco Staco Rio de Janeiro, RJ
82 498 136 954 122 084
48,0%
21,6%
Siderurgia e metalurgia
Produz peças, túneis e estruturas de aço para obras de infraestrutura
146
Estaf Equipamentos Olinda, PE
147
EXAME
-
EXAME - EXPME - 37 - 19/08/10
-
GBOTTA
-
-
02_CAD
6 656
Composite
Incorpora e constrói edifícios residenciais, lojas e galpões
-
Indústria da construção
Oferece serviços e presta consultoria nas áreas contábil e tributária
Siderurgia e metalurgia
Indústria da construção
Fabrica sistemas de escoramento para lajes, vigas e pilares
Constrói paredes e produz outros materiais para a construção civil
9 765
12 695
14 434
47,8%
21,6% Serviços
Fornece equipamentos e estruturas metálicas para obras e eventos
Transpedrosa Betim, MG
28 973
32 066
42 678
47,3%
21,4% Transporte
Faz transporte, armazenagem, distribuição e manuseio de cargas
148
Sigma Curitiba, PR
11 712
16 621
17 250
47,3%
21,4% Indústria digital
Desenvolve, integra e gerencia sistemas para a área de TI
149
Newsupri Recife, PE
4 110
4 818
6 053
47,3%
21,4% Indústria digital
Presta consultoria e implementa projetos de infraestrutura de TI
150
Peruzzo Supermercados Bagé, RS
92 666 111 157 136 433
47,2%
21,3% Varejo
Mantém uma rede de supermercados em cidades do Rio Grande do Sul
(2) Informações do balanço patrimonial fornecidas pelas empresas (3) Informações colhidas pela redação e em alguns casos reduzidas por razões de espaço ou clareza Fonte: Deloitte
Agosto 2010 | EXAME PME | 37
Capa Crescimento Ranking
EMPRESA(1)
O QUE FAZ(3)
N&A Consultores e Associados Salvador, BA
4 574
9 607
6 710
46,7%
21,1% Serviços
Presta consultoria e serviços ao setor de construção civil
152
Ícaro Technologies Campinas, SP
8 385
13 625
12 270
46,3%
21,0% Serviços
Integra sistemas de TI para empresas de médio e grande porte
153
Silvestre Labs Rio de Janeiro, RJ
4 740
17 967
6 932
46,3%
20,9% Farmacêutico
Desenvolve cosméticos e produtos como cicatrizantes e enxertos ósseos
154
Mika Alimentos Cuiabá, MT
23 782
31 131
34 749
46,1%
20,9% Bens de consumo
Beneficia e comercializa farináceos e grãos e fabrica achocolatados e balas
155
ABC71 São Paulo, SP
6 467
6 898
9 434
45,9%
20,8% Indústria digital
Desenvolve softwares de gestão e presta consultorias em TI
156
Conquest One São Paulo, SP
6 812
10 021
9 915
45,6%
20,6% Serviços
Produz softwares e presta serviços de TI a clientes corporativos
157
Ellan Boituva, SP
10 708
14 495
15 506
44,8%
20,3%
158
BL Informática Niterói, RJ
15 187
16 439
21 978
44,7%
20,3% Indústria digital
Desenvolve softwares e presta serviços de manutenção e suporte em TI
159
Grupo Ana Rosa Santo André, SP
15 027
17 789
21 547
43,4%
19,7% Serviços
Elabora diagnósticos e oferece atendimento médico e odontológico
160
Cabletech Caçapava, SP
40 050
47 832
57 377
43,3%
19,7% Telecomunicações
Produz cabos coaxiais usados em redes de telefonia e internet
161
Senior Sistemas Blumenau, SC
50 077
62 605
71 664
43,1%
19,6% Indústria digital
Desenvolve softwares de gestão e sistemas de controle de acesso
162
Branco Peres Açúcar e Álcool Adamantina, SP
70 910
89 290 101 388
43,0%
19,6% Energia
Produz e beneficia açúcar, álcool, suco de laranja e café, entre outros
163
São Rafael Câmaras Frigoríficas Arujá, SP
14 021
16 912
19 837
41,5%
18,9% Eletroeletrônico
Fabrica e instala câmaras frigoríficas e oferece assistência técnica
164
SET Sistemas Olinda, PE
5 278
6 297
7 464
41,4%
18,9% Atacado
Distribui produtos, acessórios e equipamentos de higiene
165
Grupo CJF Juiz de Fora, MG
115 356 140 496 163 112
41,4%
18,9% Serviços
Presta serviços de vigilância, limpeza e manutenção para empresas
166
Farben Içara, SC
64 815
83 818
91 645
41,4%
18,9%
167
Hotéis Deville Curitiba, PR
16 275
22 376
23 004
41,3%
18,9% Serviços
Administra hotéis em cidades como Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre
168
SubWay Link Franca, SP
11 625
16 296
16 281
40,1%
18,3% Serviços
Opera emissoras de TV corporativas para grandes clientes
169
Quality Software Rio de Janeiro, RJ
11 679
13 301
16 208
38,8%
17,8% Indústria digital
Desenvolve softwares sob demanda e presta consultoria em TI
170
Prominas São Carlos, SP
23 868
35 722
33 021
38,4%
17,6% Bens de capital
Fabrica equipamentos hidráulicos e produtos para filtragem e mineração
171
Senior Solution São Paulo, SP
21 405
24 643
29 563
38,1%
17,5% Indústria digital
Produz softwares e presta serviços de TI a instituições financeiras
172
Ribeiro Veículos Maringá, PR
113 842 137 467 156 366
37,4%
17,2% Varejo
Revende veículos e acessórios a empresas e ao consumidor final
173
Nasajon Sistemas Rio de Janeiro, RJ
9 452
11 029
12 951
37,0%
17,1% Indústria digital
Desenvolve softwares de gestão para áreas como RH e financeiro
174
Tecvan Informática Ilhéus, BA
29 341
20 948
40 012
36,4%
16,8% Bens de capital
Desenvolve produtos para automação comercial e bancária
175
Mig-PLUS Casca, RS
25 419
31 102
34 654
36,3%
16,8% Bens de consumo
Produz e comercializa suplementos para alimentação animal
EXAME
-
EXAME - EXPME - 38 - 19/08/10
-
GBOTTA
-
-
02_CAD
151
00:08
SETOR
11/08/10
CRESCIMENTO 2007/09 Anual
Composite
RECEITA LÍQUIDA(2) (em R$ mil) 2007 2008 2009
-
2010
Siderurgia e metalurgia
Químico e petroquímico
Produz móveis para laboratórios, cofres e suportes para monitores
Produz tintas e vernizes para os setores moveleiro, automotivo e industrial
(1) O nome de algumas empresas foi simplificado pela redação de EXAME PME por razões de espaço ou clareza. A denominação completa pode ser encontrada no Portal EXAME (www.exame.com.br/pme)
38 | EXAME PME | Agosto 2010
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
QUE MAIS CRESCEM Ranking
EMPRESA(1) Ferro e Aço Takono Belo Horizonte, MG
30 445
45 897
41 406
36,0%
16,6%
177
Emac Engenharia Belo Horizonte, MG
18 981
23 061
25 781
35,8%
16,5% Serviços
Presta manutenção para sistemas de ar condicionado e refrigeração
178
Somassey Mococa, SP
32 248
41 841
43 675
35,4%
16,4% Bens de capital
Vende implementos agrícolas, como tratores e colheitadeiras
179
RL Higiene São Paulo, SP
17 121
19 793
23 100
34,9%
16,2% Serviços
Desenvolve projetos de higiene e limpeza para clientes corporativos
180
GSW Software São José dos Campos, SP
8 171
10 837
10 954
34,1%
15,8% Indústria digital
Integra softwares de gestão e desenvolve programas sob demanda
181
Metalúrgica Mardel Ribeirão Pires, SP
102 312 123 431 136 879
33,8%
15,7% Automotivo
Produz peças para as indústrias automobilística e de eletrodomésticos
182
Lojas Certo Mafra, SC
10 501
12 391
14 006
33,4%
15,5% Varejo
Mantém uma rede de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos
183
Dello Extrema, MG
19 452
26 437
25 900
33,1%
15,4% Bens de consumo
Fabrica arquivos, pastas, maletas e etiquetas para documentos
184
Cargolift Logística Curitiba, PR
44 628
53 142
59 369
33,0%
15,3% Transporte
Faz transporte de cargas, logística portuária e desembaraço aduaneiro
185
JBR Engenharia Recife, PE
11 682
12 276
15 528
32,9%
15,3% Serviços
Fornece estruturas pré-fabricadas de concreto, como pilares e vigas
186
Ford Metropolitana Curitiba, PR
114 238 110 475 150 938
32,1%
14,9% Automotivo
Vende automóveis novos e seminovos da marca Ford
187
Softway Campinas, SP
27 420
32 310
36 210
32,1%
14,9% Indústria digital
Desenvolve softwares de gestão para comércio exterior
00:08
188
SCS Mirassol, SP
59 993 104 454
79 142
31,9%
14,9% Bens de capital
Projeta e constrói estruturas metálicas para indústrias e instalações comerciais
189
Mercantil Bastos Sete Lagos, MG
47 809
56 047
62 848
31,5%
14,7% Varejo
Mantém uma rede de supermercados em Minas Gerais e uma loja virtual
190
Apetit Londrina, PR
20 031
23 030
26 328
31,4%
14,6% Serviços
Gerencia restaurantes coletivos para clientes corporativos
191
Cerealista Rosalito Santa Cruz do Rio Pardo, SP
95 995 142 984 125 500
30,7%
14,3% Bens de consumo
Beneficia e distribui arroz e feijão com marcas próprias
192
Starsoft Barueri, SP
14 287
16 602
18 598
30,2%
14,1% Indústria digital
Desenvolve softwares de gestão para áreas como RH, vendas e distribuição
193
Cosampa Projetos e Construções Fortaleza, CE
18 158
30 878
23 622
30,1%
14,1% Serviços
Constrói edificações, estradas e presta serviços para redes elétricas
194
LG Sistemas Aparecida de Goiânia, GO
25 282
26 073
32 883
30,1%
14,0% Indústria digital
Desenvolve softwares de gestão para a área de recursos humanos
195
Mega Itu, SP
30 270
35 241
39 299
29,8%
13,9% Serviços
Desenvolve softwares para setores como construção e logística
196
AGM Logística Rio de Janeiro, RJ
17 206
19 276
22 285
29,5%
13,8% Transporte
Presta serviços como armazenagem, transporte e distribuição
197
Brinquedos Bandeirante São Paulo, SP
101 399 117 921 130 976
29,2%
13,7% Bens de consumo
Fabrica triciclos, patinetes, bicicletas, bonecas e carros a pedal e elétricos
198
Periquito Alimentos Governador Valadares, MG
56 981
29,1%
13,6% Bens de consumo
Produz massas, biscoitos, misturas para bolo, temperos e queijo ralado
199
Expresso Jundiaí Jundiaí, SP
119 458 146 617 153 961
28,9%
13,5% Transporte
Faz transporte rodoviário de cargas e operações logísticas
200
Construtora Capital Manaus, AM
28,8%
13,5%
EXAME
-
EXAME - EXPME - 39 - 19/08/10
-
GBOTTA
-
-
02_CAD
176
44 136
35 925
55 276
74 657
46 259
Siderurgia e metalurgia
O QUE FAZ(3)
11/08/10
SETOR
Composite
CRESCIMENTO 2007/09 Anual
-
2010
RECEITA LÍQUIDA(2) (em R$ mil) 2007 2008 2009
Indústria da construção
Fornece material de aço e presta serviços de corte, dobra e armação
Incorpora e constrói empreendimentos residenciais em Manaus
(2) Informações do balanço patrimonial fornecidas pelas empresas (3) Informações colhidas pela redação e em alguns casos reduzidas por razões de espaço ou clareza Fonte: Deloitte
Agosto 2010 | EXAME PME | 39
Capa Crescimento
O QUE O ESTUDO REVELA
As práticas de gestão, as estratégias e as decisões de investimentos adotadas pelas 200 pequenas e médias empresas que mais cresceram no Brasil nos últimos três anos
A RELAÇÃO COM OS CLIENTES PARA QUEM ELAS VENDEM
A CONVIVÊNCIA COM OS GRANDES
AS VANTAGENS DOS GRANDES
A distribuição dos clientes...
A relação com grandes empresas...(4)
Atender grandes empresas ajudou a...(4)
1%
...NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS
...nas receitas(1)
...na carteira
54% 13%
39%
...PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS
66% 58% 56% 51% 50% 47% 35% 33% 23% 21% 18%
...melhorar processos ...atrair mais clientes ...acelerar a expansão
Têm alianças ou parcerias
48%
63%
...qualificar funcionários ...aprimorar o controle de custos
1% 14% Grandes empresas(2) Consumidor final
-
Demais empresas(3) Governo
...ganhar escala Fornecem produtos ou serviços
46%
...aperfeiçoar a gestão financeira
54%
...tornar-se mais atraente para investidores
O QUE OS CLIENTES QUEREM Exigências para fechar negócio nos últimos anos e quais fatores as 200 pequenas e médias empresas pretendem aprimorar(4) NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS
Qualidade dos produtos e serviços
Qualidade do atendimento Oferta diversificada de produtos e serviços
NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS
...ter acesso a novas tecnologias
Desenvolvem produtos ou serviços sob demanda
45%
58%
...criar um plano de gestão de riscos
Competem com grandes empresas
37%
49%
Dificuldades para atender grandes empresas(4)
OS PRINCIPAIS ENTRAVES Cumprir com todas as exigências e formalidades
88%
78%
86%
79%
Atuam como revendedoras Têm grandes empresas como canais de venda
19% 12%
18%
7%
17%
Recebem recursos ou consultoria
52%
22%
49%
Evitar depender de grandes clientes Lidar com a pressão por preços menores Conceder descontos sem prejudicar a rentabilidade Falar com a pessoa certa numa grande empresa
62%
44% 42% 40% 31%
EXAME
-
EXAME - EXPME - 40 - 19/08/10
-
Composite
34%
...ter acesso a linhas de crédito
GBOTTA
-
11/08/10
00:12
-
02_CAD
44%
A LISTA DE DEVERES Tecnologia de ponta
Inovações no design
Produtos e serviços sustentáveis
46%
63%
22%
29%
Exigências das grandes empresas para fechar negócio...(4) Preços mais flexíveis e descontos
Selos de qualidade de gestão(5)
...NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS
44%
41%
Manutenção da saúde financeira
Balanços auditados
Atestados de Certificações procedência ambientais(7) de produtos(6)
Adequação ao Sped(8)
36%
15%
14%
13%
11%
35%
19%
51%
36%
...PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS
19%
40 | EXAME PME | Agosto 2010
45%
46%
57%
48%
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
QUE MAIS CRESCEM ONDE ESTÃO AS OPORTUNIDADES Cadeias produtivas e setores em que estão as maiores oportunidades nos próximos anos(4) Construção civil Petróleo, gás e petroquímica Tecnologia Transportes, infraestrutura e logística Energia elétrica Alimentos e bebidas Telecomunicações Agronegócio Produtos e serviços de saúde Mineração e metalurgia Atividades financeiras Indústria automotiva Comunicação e entretenimento Papel e celulose Turismo
38% 32% 31% 28% 24% 22% 22% 21% 21% 20% 19% 18% 12% 12% 11%
O PERFIL DAS EMPRESAS O TAMANHO DA EXPANSÃO
DE ONDE VEM O DINHEIRO
Receita líquida média das pequenas e médias empresas que mais crescem
As fontes de recursos das 200 pequenas e médias empresas que mais crescem...(4)
(em milhões de reais)
26,6 2007
2008
...NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS
Relacionamento com clientes e fidelidade
76% 72% 61%
02_CAD
2009
2010(9)
Linhas de crédito especiais(10) Empréstimos de partes relacionadas(11)
EMPREGOS DIRETOS
Parcelamento de impostos
Número total de funcionários das pequenas e médias empresas que mais crescem
93 194
89 789
76 733
Fundos de capital de risco Venda de ativos e desinvestimentos Bolsa de valores
2007
2008
...NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS
55%
75%
Entrar em novas áreas geográficas
48%
Fazer alianças ou parcerias
37%
Aumento de capital ou reinvestimento dos lucros
53%
52%
Aumento da capacidade de produção
48%
56%
42%
49%
Atuar no mercado externo
Investimentos em pesquisa e desenvolvimento Melhoria da governança
67%
29%
54%
27%
53%
64%
12%
2010
2009
114o
54o
50o
o
o
o
o
2007
121
77
75
Multilab
128o
92o
61o
55o
Transbahia
139o
154o
80o
28o
Discover
140o
175o
49o
26o
o
o
o
68o
160
158
81
18%
...NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS
DJ Móveis
Cabletech
19%
O VALOR DA ESCALA
107o
144
41%
Motivos para participar de fusões e/ou aquisições...(4)
36%
2008
60%
Ambiente econômico mais favorável
Aumento do capital estrangeiro na bolsa
Empresas que se mantiveram nas últimas quatro edições do estudo — e que posição ocuparam Locaweb
POR QUE IR À BOLSA
Facilidade para emitir ações
CRESCIMENTO SUSTENTADO
EMPRESA
71% 44% 52% 14% 7% 12% 3% 8%
Captar recursos a custos menores ...NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS
75% 67%
75% 57% 38% 21% 21% 3% 1% 0%
Razões para abrir o capital(4)
As estratégias de expansão...(4)
70%
Investimentos em recursos humanos
Acesso a crédito e financiamento
2010(9)
2009
NOVAS FRONTEIRAS
76%
Composite
59%
...NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS
-
GBOTTA
Qualidade dos produtos
-
-
11/08/10
00:12
-
Fatores decisivos para a expansão das 200 pequenas e médias empresas que mais crescem nas cadeias produtivas e nos setores mais promissores...(4)
Acesso a novas tecnologias
EXAME - EXPME - 41 - 19/08/10
Empréstimos ou financiamentos
DETERMINANTES DO CRESCIMENTO
Controle de custos
-
Geração de capital do próprio negócio
48,4
39,1
61 162
EXAME
...NOS ...PARA OS ÚLTIMOS PRÓXIMOS TRÊS ANOS CINCO ANOS
66,7
Ampliar a carteira de produtos e serviços
15%
Conquistar novos mercados
13%
Aumentar a participação no mercado atual
10%
Ampliar canais de distribuição Ter acesso a novas tecnologias
7% 6%
...NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS
59% 67% 57% 33% 39%
(1) Média dos últimos três anos (2) Empresas que faturam mais de 400 milhões de reais ao ano (3) Empresas que faturam até 400 milhões de reais ao ano (4) Respostas múltiplas (5) ISO 9000 e outros (6) Selos do Inmetro e outros (7) ISO 14000, AS 8000 e outros (8) Nota fiscal eletrônica e outros (9) Estimativa (10) BNDES, BNB, Finep (11) Clientes, fornecedores, empresas do mesmo grupo, sócios etc. Fonte: Deloitte
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Capa Crescimento
QUE MAIS CRESCEM
COMO ENCONTRAR CADA EMPRESA
EXAME
-
EXAME - EXPME - 42 - 19/08/10
-
Composite
-
GBOTTA
-
10/08/10
23:14
-
02_CAD
Lista das 200 pequenas e médias empresas que mais crescem em ordem alfabética (os números indicam a posição no ranking, na página 32). 4Bio Medicamentos 32 A Geradora 55 A. Yoshii 18 ABC71 155 Accept 49 ACF Engenharia 105 AeC Contact Center 109 AG2 86 AGM Logística 196 Agrotech 47 Akiyama 4 Aliter 9 Alog Data Centers do Brasil 77 Alphageos 129 Altus 68 Apetit 190 Arbore Engenharia 99 Arizona 108 Armco Staco 145 Atlas Logística 48 Avansys Tecnologia 56 AxisMed 85 Barsil Construção 81 Bel 20 Betonpoxi Engenharia 69 Bimetal 58 BL Informática 158 Branco Peres 162 Brinquedos Bandeirantes 197 Cabletech 160 Cadersil 106 Carbo Gás 16 Cargolift Logística 184 CAS Tecnologia 103 Casa da Saúde São Bernardo 52 Casagrande 2 Cerealista Nova Safra 91 Cerealista Rosalito 191 Certisign 118 Cia. Caetano Branco 100 CIL - Construtora Icec 41 Cimcop 62 Cinq Technologies 94 Clean Gestão Ambiental 130 Conartes 67
Conquest One 156 Construteckma Engenharia 40 Construtora Andrade Mendonça 50 Construtora Capital 200 Construtora Queiroz Mello 5 Construtora Ribeiro Caram 90 Cosampa 193 Costa & Vieira 1 Cristófoli 134 Crivo 21 Cryopraxis Criobiologia 114 Cyberlynxx 119 Dan-Hebert 59 Dello 183 Digipix 33 Digitel 111 Diamaju Agrícola 96 Discover 140 DJ Móveis 121 Domínio Assessores 126 Domínio Sistemas 83 Ecom Energia 71 Ellan 157 Emac Engenharia 177 Empresa Construtora Brasil 51 ePharma 120 Equiplex 70 Escad Rental 124 Essence 6 Estaf Equipamentos 146 Expresso Jundiaí 199 Farben 166 Femme 14 Ferro e Aço Takono 176 Ford Metropolitana 186 Fort Knox 19 Fugro In Situ Geotecnia 65 Gabriel Bacelar 127 Globalbev 45 Grameyer 82 Graticia 141 Grupo Ana Rosa 159 Grupo CJF 165 Grupo Linx 39 Grupo Motormac 132
GSW Software 180 GZT Comércio e Importação 97 Home Doctor 133 Hospital Mater Dei 131 Hospital Nossa Senhora de Fátima 102 Hospital São Vicente de Paulo 57 Hotéis Deville 167 Human Mobile 8 IBG 113 Ícaro Technologies 152 ICF 89 IMC Saste Construções 44 Izamar 7 JBR Engenharia 185 Kyly 123 Latin Tec 10 Lepper 136 LG Sistemas 194 Librelato 84 Lincx Sistemas de Saúde 116 Locaweb 107 Lógica Engenharia 73 Lojas Certo 182 Lotil 13 Master Turismo 93 Mega 195 Mercantil Bastos 189 Metalúrgica Mardel 181 Microlins 15 Mig-Plus 175 Mika Alimentos 154 Minascontrol 64 Montreal GTEC 29 Multilab 128 N&A 151 Nasajon Sistemas 173 Natural Gurt 26 NetService 22 Newsupri 149 PA Arquivos 137 Perfilline 135 Periquito Alimentos 198 Peruzzo Supermercados 150 Pifer 35 Plano1 31 Portal Educação 3 Portátil 34 Prazzo Engenharia 98 Premier IT Global 125 Prodent 53 Produquim 144 Proguarda Administração e Serviços 12 Proguarda Vigilância e Segurança 104 Projetec 25
Prolink 27 Prominas 170 Provider IT 23 QSE 36 Qualidados 46 Quality Software 169 Reivax 101 Reserva Natural 61 Resource IT Solutions 110 Ribeiro Veículos 172 RL Higiene 179 Rubberart 122 Sabarálcool 88 Samaq 87 Sanex 75 Santa Izabel 63 São Rafael 163 SCS 188 Seiva Produtos e Serviços 17 Senior Sistemas 161 Senior Solution 171 Serilon Brasil 72 Servix Informática 54 Servtec 80 SET Sistemas 164 Seva Engenharia 117 Sigma 148 Silvestre Labs 153 Sirtec Sistemas Elétricos 92 Softway 187 Sol Informática 115 Solesa 78 Somassey 178 Spassu 79 SRE 112 Starpac Comercial 60 Starsoft 192 SubWay Link 168 Superpedido Tecmedd 95 System Marketing 43 TCI BPO 66 Tecno Logys 138 Tecvan Informática 174 Termoeste 11 Transbahia Transportes 139 Transpedrosa 147 Vagas Tecnologia 37 Valborg Volvo 42 Vitsolo 76 VL 24 Vogler 142 VP 143 Werbran 28 Wheb Informática 38 Ziva 30 ZLS 74
Empresas que se mantiveram no ranking nas últimas quatro edições do estudo (2007, 2008, 2009 e 2010) Fonte: Deloitte
42 | EXAME PME | Agosto 2010
Grandes decisões
Bonatti, da Segware, Paulo Schwochow e seu irmão Carlos, da Seventh: integração
EXAME
Fazer uma fusão ou manter a parceria? As catarinenses Segware e Seventh vêm crescendo ao vender produtos complementares. Agora, seus donos estão em dúvida: é melhor manter tudo como está ou juntar as duas empresas? Bruno Vieira Feijó 44 | EXAME PME | Agosto 2010
EDUARDO LYRA
-
EXAME - EXPME - 44 - 19/08/10
-
Composite
-
GBOTTA
-
10/08/10
21:44
-
02_CAD
DILEMAS QUE TODO EMPREENDEDOR PODE ENFRENTAR
O DILEMA
1
Fazer uma fusão das duas empresas
Vantagem
Dividir os investimentos necessários para poder crescer mais rápido
N
EXAME
-
EXAME - EXPME - 45 - 19/08/10
-
Composite
-
GBOTTA
-
10/08/10
21:44
-
02_CAD
os últimos cinco anos, as empresas de tecnologia Segware e Seventh, de Florianópolis, mantiveram um relacionamento bastante proveito-
so. A aproximação começou quando seus donos perceberam que os negócios se complementavam — a Segware produz softwares para monitoramento de alarmes e a Seventh fabrica equipamentos e programas para monitorar câmeras e armazenar vídeos. “O primeiro encontro aconteceu depois que um cliente em comum pediu que trabalhássemos juntos num projeto”, diz Luiz Henrique Bonatti, de 29 anos, da Segware. Foi quando ele se encontrou pela primeira vez com o empreendedor Paulo Schwochow, de 27 anos, e seu irmão Carlos, de 28, fundadores da Seventh. O projeto deu certo, e os donos das empresas começaram a fazer novas parcerias. O primeiro passo foi dividir estandes em feiras de tecnologia para reduzir custos. A etapa seguinte foi promover a troca de informações entre os funcionários responsáveis pelo desenvolvimento de produtos e serviços para melhorar o desempenho dos sistemas quando fossem instalados num mesmo cliente. A favor da união, há a possibiliA atuação conjunta parece ter feito bem aos negócios, tanto para a dade de reduzir custos — o que talSegware quanto para a Seventh. vez seja fundamental para que as Desde que a parceria começou, em duas empresas levem adiante os pla2005, o número de clientes da Seg- nos para internacionalizar os negóware aumentou de 30 para mais de cios e conquistar clientes na Europa, 1 200. A parceria também ajudou a nos Estados Unidos e na América Seventh a descobrir sua verdadeira Latina. “Os investimentos para essa vocação. “Antes, não atuávamos com expansão fora do país seriam reparfoco na área de segurança, e a em- tidos”, diz Bonatti, da Segware. Um dos riscos numa fusão é que presa crescia com muita dificuldade”, afirma Carlos Schwochow. No raramente negociações como essa ano passado, a soma das receitas das são completamente livres de sobresduas empresas chegou a 7 milhões saltos, por maior que seja a afinidade entre as duas empresas. Um grande de reais, 50% mais que em 2008. Recentemente, Bonatti e os ir- ponto de conflito pode vir da dificulPara os mãos Schwochow avançaram um dade de conciliar as duas culturas. pouco mais rumo à integração dos Nos últimos meses, por exemplo, donos dos dois negócios negócios. Desde o começo do ano, as funcionários da Segware demonssedes das empresas passaram a ocu- traram insatisfação com os horários de Santa par o mesmo andar de um prédio no rígidos que precisam cumprir. “Eles Catarina, centro de Florianópolis — comparti- me perguntam por que, na Seventh, somar lhando a sala de reuniões e outras es- o pessoal pode chegar depois do forças pode truturas. Agora os três empreendedo- meio-dia e ficar trabalhando até um ajudá-los res estão em dúvida sobre os limites pouco mais tarde para compensar”, a conquistar do relacionamento daqui em diante. afirma Bonatti. “Receio que esse tipo clientes É o momento de parar com a aproxi- de coisa possa gerar desavenças e no mercado mação e deixar tudo como está? Ou o pôr em risco o que deu certo até agoexterno ra.” Os empreendedores também tecerto é partir logo para uma fusão?
Desvantagem
Caso a fusão dê errado, será preciso desfazer o negócio e pode ficar difícil retomar o bom relacionamento de antes
(ou)
2
Manter a parceria comercial
Vantagem
Evitar conflitos que talvez apareçam com a integração das duas empresas Desvantagem
Manter alguns custos que poderiam ser cortados para tornar a empresa resultante da fusão mais competitiva
mem problemas com a gestão comercial das duas empresas — o principal canal de vendas da Seventh é formado por distribuidores e revendas, enquanto a Segware mantém vendedores próprios e negocia diretamente com os clientes. O que fazer? Para analisar os dois caminhos, Exame PME buscou a opinião do empresário Antônio Carbonari Netto, fundador da rede de faculdades Anhanguera, que nos últimos anos cresceu por meio de fusões e aquisições e, com isso, ganhou experiência nos desafios de juntar culturas empresariais diferentes. Outro ponto de vista vem de Aleksandar Mandic, dono do mandic:mail e um dos empreendedores mais experientes do mercado brasileiro de tecnologia. Também deu seu parecer o consultor Luis Alberto Martins, da V2Finance, que já assessorou dezenas de pequenas e médias empresas em processos de fusão ou aquisição. A seguir, veja o que eles disseram. Agosto 2010 | EXAME PME | 45
1
Esse texto super Fazer umaéfusão faldokkdjf kdjkf das duas empresas
(ou)
2
Esse texto é super Manter a parceria faldokkdjf comercial kdjkf
GABRIEL RINALDI
O DILEMA
Grandes decisões
Não mexer no que deu certo até agora 02_CAD
Luis Alberto Martins, consultor da V2Finance SOLUÇÃO
2
2
GBOTTA -
o caso da Segware e da Seventh, não costumam ser fáceis. Um problema bastante frequente em negociações desse tipo é o surgimento de disputas de poder entre os sócios. Embora hoje os empreendedores se deem bem, eles parecem não ter muita clareza sobre qual seria o papel de cada um no negócio que resultaria da união das empresas. Em uma fusão, uma das culturas sempre prevalece sobre a outra e, querendo ou não, um dos lados vai se sentir preterido. Além disso, acredito que, mes-
46 | EXAME PME | Agosto 2010
EXAME - EXPME - 46 - 19/08/10
-
F
usões entre duas pequenas empresas, como é
EXAME
Composite
Os riscos não compensam Aleksandar Mandic, dono do mandic:mail mo separadas, as duas empresas já conseguiram várias das sinergias possíveis. O ganho adicional de uma fusão não parece compensar o risco que as divergências podem trazer para a harmonia do negócio. Em minha opinião, a Segware e a Seventh devem continuar do jeito que estão, pelo menos no mercado brasileiro. Os sócios das empresas podem considerar a abertura de uma joint venture para atuar no exterior, vendendo os produtos da Segware e da Seventh, juntos ou separadamente. Seria uma terceira empresa criada com objetivo puramente comercial.
DIVULGAÇÃO
21:44
1
-
1
10/08/10
-
SOLUÇÃO
N
ão vejo razão para ir adiante com uma fusão.
A grande vantagem de uma operação desse tipo é reduzir custos, de modo que juntas as duas empresas sejam mais eficientes e lucrativas do que são separadas. Mas, neste caso, acredito que a Seventh e a Segware já desfrutam de boa parte dos ganhos resultantes de uma fusão. As companhias mantêm uma espécie de união informal, dividindo conhecimento e reduzindo alguns custos administrativos e de marketing. Talvez ainda exista algum espaço para obter ganhos de escala unindo os canais de venda das duas empresas, que hoje são diferentes. No entanto, essa unificação também poderia causar dores de cabeça e ser pouco vantajosa, porque provavelmente exigiria rever contratos com alguns distribuidores da Seventh ou o desempenho de parte dos vendedores da Segware. Como consequência, poderia haver muito descontentamento nas equipes comerciais, com uma séria ameaça de perder clientes importantes. No fim das contas, creio que os riscos podem ser maiores que os prováveis benefícios. É melhor deixar tudo como está.
Unir para fortalecer a marca Antônio Carbonari Netto, fundador da rede de faculdades Anhanguera
Agosto 2010 | EXAME PME | 47
MASAO GOTO FILHO/E-SIM
EXAME - EXPME - 47 - 19/08/10
-
Composite
-
GBOTTA
-
10/08/10
21:44
-
02_CAD -
Seventh sigam em frente com a fusão. Uma integração como essa dá trabalho e pode demorar anos, mas vale a pena, porque é mais fácil conquistar um cliente oferecendo um pacote completo do que apenas parte da solução. Outra vantagem que vejo na integração dos dois negócios é a possibilidade de ganhar fôlego para criar uma marca de prestígio. Fiz questão que todas as faculdades compradas pela Anhanguera nos últimos anos adotassem o mesmo nome para tornar a empresa mais visível. O objetivo era criar em torno da marca o conceito de que a Anhanguera é uma opção acessível de educação para uma parcela da sociedade que precisa ascender e que sonha com um diploma. No caso da Segware e da Seventh, o conceito a ser transmitido aos consumidores pode ser o de uma empresa dedicada a desenvolver tecnologia para segurança patrimonial. É natural que as duas empresas tenham culturas diferentes, e isso não precisa ser um problema. O importante é encaixar as pessoas certas nos lugares certos. Sócios com personalidade mais agressiva podem ficar responsáveis pela área comercial, que demanda negociações ágeis. Os gestores mais introspectivos ficam focados no desenvolvimento dos produtos. Também é preciso formar um conselho de administração para administrar os conflitos na sociedade. O contrato deve deixar claro o que acontece caso um dos sócios decida sair do negócio, com regras sobre quem pode comprar ou se desfazer de sua participação e quais os direitos e obrigações de cada um. Antes de pensar em atuar no exterior, o negócio precisa se reestruturar aqui.
EXAME
C
onsidero plenamente viável que a Segware e a
SOLUÇÃO
1 2
Empresas Franquias
Ordem na casa
48 | EXAME PME | Agosto 2010
EXAME - EXPME - 48 - 19/08/10
-
Composite
-
GBOTTA
-
10/08/10
19:06
-
m 2005, a esteticista Regina Jordão, de 49 anos, estava muito feliz com os rumos do instituto de depilação Pello Menos, que ela fundara em 1996 no Rio de Janeiro. A rede já tinha 37 lojas e o faturamento havia atingido 12,5 milhões de reais no ano anterior. A alegria acabou no dia em que Regina recebeu o telefonema de uma cliente que, depois de dar com o nariz na porta de três lojas, queria saber se a rede havia fechado. “Levei o maior susto”, diz ela. “Foi quando fiquei sabendo que os representantes daquelas filiais tinham abandonado o negócio.” As notícias eram realmente péssimas. Às escondidas, já há algum tempo os donos dessas unidades vinham montando uma rede para competir com a Pello Menos. Um mês depois, os responsáveis por outras três lojas comunicaram seu desligamento. Logo Regina ficou sabendo que mais dez os seguiriam. “Fiquei desesperada”, diz ela. “De uma hora para outra eu ficaria sem metade de tudo o que havia levado dez anos para construir.” Era tarde para recuperar as seis lojas perdidas, mas quem sabe algo poderia ser feito para segurar as outras dez. Numa reunião convocada às pressas, Regina juntou os insurgentes e os demais representantes e prometeu que ouviria as reclamações de um
EXAME
02_CAD
Como a esteticista Regina Jordão enfrentou um motim de representantes em que perdeu 15% das lojas da rede carioca Pello Menos Carmen Nascimento
E
por um. Regina conseguiu resolver esses problemas. No ano passado, as 39 lojas da Pello Menos faturaram 27,2 milhões de reais — 74% mais do que na época do motim. Regina viu se tornar realidade um pesadelo recorrente de quase todo empreendedor — aquele em que alguém que até ontem era um aliado copia sua ideia e vira inimigo. O medo típico é que um sócio, um funcionário, um franqueado ou um representante saia para ganhar mais por conta própria, depois de ter aprendido os segredos do negócio. No caso da Pello Menos, os representantes não estavam mais dispostos a pagar
Fiquei desesperada.
Os números da Pello Menos Evolução da receita e do número de lojas da rede Receita
Lojas
(em milhões de reais)
12,5
2004
15,7
17,1
2005
2006
21,1
2007
24
2008
27,2
34
2009
2004
37
2005
31
2006
34
2007
37
2008
39
2009
Fonte: empresa
02_CAD 19:06 10/08/10 GBOTTA
Eu ficaria sem metade de tudo que havia construído em dez anos
EXAME
MARCELO CORREA
-
EXAME - EXPME - 49 - 19/08/10
-
Composite
-
Regina Jordão
royalties pelo uso da marca sem, na visão deles, ter muitos benefícios em troca. Acabar com essa percepção exigiu que Regina mudasse totalmente a forma como estava acostumada a gerir o negócio. Primeiro, ela deixou de lado o sistema de licenciamento de marca e formalizou contratos de franquia. Com isso, passou a ter mais deveres, como o de prestar assistência comercial, técnica e administrativa aos parceiros. Além disso, criou comitês para definir, juntamente com os franqueados, aspectos importantes, como utilização das verbas de propaganda, salário e carga horária das fun-
cionárias. “Ela centralizava demais as decisões”, diz Marcos Rizzo, o consultor que ajudou na reestruturação. Evitar que o pior acontecesse exigiu de Regina algo muito difícil nessas situações — ter cabeça fria, paciência e humildade para reconhecer a própria parcela de culpa. “Não foi fácil ter de lidar com pessoas que me traíram”, diz ela. “Mas o importante era não quebrar a empresa.” Carlos Roberto Gomes de Paiva, marido de Regina, que participava da gestão, não teve o mesmo espírito prático — e saiu do negócio. “Ele não conseguiu olhar para quem havia sido desleal”, diz Regina.
Durante o período mais difícil, surgiu ao menos um motivo de satisfação — a rede que seus ex-aliados queriam montar se dissolveu pouco tempo após ser formada. Agora que a empresa voltou a crescer, Regina tem novos desafios. O principal deles é levar a Pello Menos para além do Rio de Janeiro — só duas unidades ficam fora do estado, ambas em São Paulo. Um dos entraves é o tempo de treinamento das depiladoras. Hoje, todas precisam passar por um curso de quatro meses, que só é ministrado no Rio de Janeiro. “Esse tempo precisa ser reduzido, pois encarece demais o processo”, diz Rizzo. Agosto 2010 | EXAME PME | 49
-
10/08/10
19:06
-
02_CAD
Empresas Estratégia
-
A especialização trouxe a força A fornecedora de softwares paulista Vayon encontrou o crescimento ao atender apenas o mercado de seguros Fabrício Marques
EXAME
EXAME - EXPME - 50 - 19/08/10
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Composite
-
GBOTTA
Navarro e Chinchio: ferramentas para ajudar seguradoras a vender apólices às classes C e D
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ara muitos empreendedores, pode parecer heresia rejeitar um cliente apenas porque ele não se encaixa exatamente no perfil de comprador que se estabeleceu como prioritário para o negócio. Mas foi dizendo “não” a uma série de pedidos que os sócios Valdemir Navarro, de 43 anos, e Wladimir Chinchio, de 29, fizeram o faturamento da desenvolvedora paulista de softwares Vayon mais que triplicar em quatro anos — em 2009, a empresa obteve receita de 2,6 milhões de reais fornecendo apenas a seguradoras. “Antigamente, atendíamos de frigoríficos a cursinhos, mas não fazíamos nada tão diferente assim do resto do mercado”, diz Navarro. “Ao reduzir a clientela, foi possível criar produtos exclusivos e mais rentáveis.” Abrir mão de clientes duramente conquistados é sempre uma decisão difícil. Mas, muitas vezes, isso é necessário para que uma pequena ou média empresa encontre um
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baratos”, diz o consultor Luiz Roberto Latini, especializado no setor. “Qualquer tecnologia que ajude as seguradoras a promover esses serviços terá enorme potencial.” Recentemente, a Vayon desenvolveu um sistema que permite oferecer seguros em torpedos de celulares. O vendedor usa seu celular para mandar um torpedo com os dados do cliente à seguradora, que em seguida manda ao celular do cliente os dados da apólice já aceita. O vendedor recebe a primeira mensalidade na hora. Já há quatro grandes seguradoras testando o serviço. “Essa tecnologia poderia ser adaptada para o sistema porta a porta”, diz Navarro. Nesse caso, a Vayon abriria para as empresas do setor a possibilidade de utilizar uma força comercial formada por 2,3 milhões de vendedoras que hoje atuam no país. Batendo de residência em residência para oferecer cosméticos, roupas e utilidades domésticas, entre outras mercadorias, essas vendedoras têm em mãos algo que as seguradoras ainda não têm — o
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Ao concentrar a atenção num único setor, a Vayon conseguiu se destacar dos concorrentes desenvolvendo produtos exclusivos e mais direcionados às necessidades dos clientes acesso fácil ao público de baixa renda que escaminho para prosperar. Foi o caso da Vayon. 2,6 tá fora do radar do sistema financeiro. “Num mercado muito competitivo como o Há pelo menos dois riscos inerentes à esnosso, é preciso conhecer o cliente em protratégia de crescer com a especialização num fundidade para oferecer algo que os concorsó tipo de cliente, como está fazendo a Vayon. rentes não têm”, diz Chinchio. “Não conseEvolução do faturamento O primeiro é o perigo de apostar num único guíamos fazer isso ao fornecer a diversos 2,0 da empresa segmento — se algo der errado no setor escosetores ao mesmo tempo.” (em milhões de reais) lhido, como uma crise econômica, uma muA primeira vez que Navarro e Chinchio dança de regulamentação ou a entrada de dispensaram um cliente foi há seis anos. Era um forte concorrente, pode ser o bastante um frigorífico que encomendara um sistema para ser arrastado junto. O outro é descobrir para organizar todo o chão de fábrica. “Cheque o terreno que se escolheu para plantar gamos a analisar a operação do frigorífico e 1,2 não é tão fértil quanto o imaginado — e esgoaté a apresentar um orçamento”, diz Navarro. tar as possibilidades de conquistar novos “Mas mudamos de ideia ao refletir mais socontratos bem antes do esperado. Navarro e bre para onde a Vayon iria caso passasse a 0,7 0,8 Chinchio acreditam que é muito cedo para aceitar qualquer tipo de trabalho sem definir ter receios neste ponto da trajetória do negóum foco de atuação.” 0,5 cio. “É possível que, para muitas empresas de Entre os tipos de empresas atendidas penosso mercado, signifique pouca coisa dela Vayon, as seguradoras eram as que mais 2005 2004 2006 2007 2008 2009 senvolver um produto para apenas pediam adaptações nos programas. quatro clientes, como no caso dos “Percebemos que o setor tinha muiO faturamento cresce A receita sobe 66% seguros por torpedo”, diz Chinchio. tas necessidades não resolvidas”, diz 57% depois que os com a especialização “Mas, para a Vayon, basta um deles Navarro. “Por isso, achamos que era clientes ficam restritos em softwares para fechar contrato para o faturamento ali que deveríamos nos concentrar.” a seguradoras venda de seguros dobrar num único ano.” Os sócios então começaram a pros-
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O caminho da Vayon
FABIANO ACCORSI
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pectar mais contratos entre as companhias de seguro. Em 2007, quando esse mercado passava por uma expansão de demanda no Brasil, a Vayon afunilou ainda mais sua carteira — e selecionou, entre as seguradoras atendidas, as que tinham necessidade de programas específicos para vendas. “A partir daí deslanchamos de vez”, diz Navarro. De lá para cá, os sócios detectaram uma oportunidade de fazer a Vayon crescer com o fornecimento de ferramentas para vender microsseguros — apólices com mensalidades de até 10 reais, muitas vezes oferecidas em canais fora do sistema financeiro, como imobiliárias, redes varejistas e concessionárias de telecomunicações e energia. Um produto desse tipo, que paga indenizações de até 20 000 reais em caso de morte acidental, é oferecido pelo Bradesco por 3,50 reais ao mês a moradores das favelas da Rocinha, no Rio de Janeiro, e de Heliópolis, em São Paulo. “O aumento do poder aquisitivo das classes C e D propiciou a criação de vários seguros
Fonte: empresa
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Mundo Internet
A próxima cartada
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om pouco mais de três anos de existência, a produtora de jogos online Zynga, de San Francisco, na Califórnia, pode atingir receitas de 460 milhões de dólares já neste ano. Boa parte desse resultado se deve ao próspero casamento que seu criador, o americano Mark Pincus, de 44 anos, mantém com o Facebook. Ele fundou a Zynga em 2007 com o objetivo de desenvolver jogos para o site de relacionamentos. Hoje, 230 milhões de usuários do Facebook acessam os jogos pelo menos uma vez por mês. Os mais populares são a fazenda virtual FarmVille, na qual é possível cultivar lavouras e criar animais de mentirinha, e o Mafia Wars, uma espécie de brincadeira de polícia e bandido do mundo virtual, onde o papel dos jogadores é comandar uma família mafiosa. O crescimento rápido da Zynga dá uma boa amostra do potencial a ser aproveitado por quem souber criar modelos de negócios capazes de explorar as redes sociais. As receitas vêm de pagamentos feitos pelos jogadores na compra de ferramentas virtuais para melhorar seu desempenho — como tratores para arar a terra na fazendinha ou armas para dominar gangues rivais no jogo da máfia. A maioria dos internautas usa apenas os recursos gratuitos da brincadeira, mas a pequena fração formada por quem paga — menos de 5% das pessoas, segundo a Zynga — é suficiente para sustentar o crescimento das receitas. O Facebook também colhe frutos com os jogos, que são um atrativo para manter os usuários mais tempo
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O americano Mark Pincus levou a Zynga a faturar 460 milhões de dólares ao ano com jogos no Facebook. Agora ele tenta atrair outros sites
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conectados e, portanto, mais expostos aos anúncios publicitários veiculados no site. Recentemente, o relacionamento entre a Zynga e o Facebook passou por um desgaste. A discórdia surgiu no começo do ano, quando o Facebook decidiu intermediar todas as transações entre seus usuários e as empresas que desenvolvem programas e aplicativos para a rede social, cobrando uma comissão a cada negócio. Diante da possibilidade de perder uma parte das receitas, Pincus ameaçou abandonar o Facebook e criar sua própria rede social para manter os jogos no ar. A crise foi superada no começo de junho, quando as duas empresas anunciaram um acordo por mais cinco anos. Os detalhes da negociação, como se o Facebook vai ou não ficar com uma comissão pelas vendas, não foram divulgados. “Estamos felizes com o compromisso de longo prazo com o Facebook”, disse Pincus ao comentar o acerto. Os movimentos mais recentes indicam que Pincus está em busca de novos parceiros, o que lhe possibilitaria crescer com mais independência. No começo de junho, a Zynga lançou versões de seus jogos mais famosos para o iPhone. Algumas semanas antes, a empresa firmara um acordo para desenvolver aplicativos para os usuários do Yahoo!
Mark Pincus
Eu criei uma empresa e, para aumentar as receitas, usei todos os truques horríveis que encontrei no manual
A Zynga em números Os principais indicadores da empresa Receitas(1) (em milhões de dólares)
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Em julho, sites americanos de tecnologia divulgaram que a Zynga teria recebido um investimento de 200 milhões de dólares do Google e já estaria desenvolvendo um novo site de jogos, o Google Games (nenhuma das duas empresas se manifestou oficialmente). Para dar sua próxima cartada, seja ela qual for, Pincus juntou um bom cacife. Nos últimos três anos, ele captou 366 milhões de dólares de fundos de capital de risco e de outros investidores. “A Zynga é uma das poucas companhias que podem ver as receitas subindo como um foguete”, disse Reid Hoffman, um dos fundadores do site de relacionamentos LinkedIn e acionista da Zynga, à revista Bloomberg Business Week. Uma das ameaças à trajetória da empresa é o comportamento controverso de Pincus, acusado de copiar jogos dos concorrentes. Ele enfrenta cinco processos por plágio na Justiça americana. No final de 2009, numa tentativa de melhorar a imagem, Pincus fez um mea-culpa. “Eu criei uma empresa e, para aumentar as receitas, usei todos os truques horríveis que encontrei no manual”, disse ele. Ao que parece, para Pincus os golpes baixos também fazem parte do jogo.
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(1) Estimativa (2) Usuários que participam de um jogo ao menos uma vez por mês Fontes: empresa e Tech Crunch
Eu consegui Cristopher Vlavianos fundador da Comerc
O empreendedor elétrico
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Sempre me interessei pelo
mundo das finanças, embora a aptidão para lidar com taxas e gestão de recursos tenha seguido um curso diferente do que eu poderia prever anos atrás. Meu pai, que nasceu na Grécia e veio para o Brasil com 25 anos, foi dono de uma empresa do setor financeiro, em São Paulo, o que atraiu meu interesse. O negócio do meu pai era financiar a aquisição de veículos e máquinas para pessoas e empresas. Mas ele vendeu a financeira antes que pudéssemos trabalhar juntos.
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Tive a primeira oportunidade
no mercado financeiro em 1985. Havia acabado de entrar na faculdade de economia quando fui convidado para trabalhar numa corretora de valores que alguns amigos da família tinham aberto pouco tempo antes. 54 | EXAME PME | Agosto 2010
Como os negócios ainda estavam começando, o convite era para ser corretor sem remuneração até que a empresa pudesse pagar meu salário. Contei a meu pai, que ficou feliz porque eu estava começando uma carreira, mas decidiu dar um estranho incentivo: suspendeu minha mesada. Ele acreditava que assim eu aprenderia mais rápido a garantir meu sustento. Fiquei seis meses vivendo apenas com um dinheiro que havia economizado antes de ter a mesada cortada. Não saía de casa para mais nada que não fosse trabalhar. Depois, as coisas começaram a melhorar na corretora e pude ganhar salário. Atuei por dois anos como corre-
tor dos meus amigos. Aprendi muito e, em 1987, montei, com um sócio,
meu primeiro empreendimento, a Comerc Corretora de Mercadorias. O início foi modesto, numa pequena sala no centro de São Paulo. Durante quase 15 anos, negociei contratos de ouro, café, boi e títulos da dívida agrária na Bolsa de Mercadorias de São Paulo, que deu origem à BM&F. Em 2001, decidi entrar numa
área ainda nova no país e totalmente desconhecida para mim, a de comercialização de energia. Na época, viviase a expectativa de um racionamento de energia. As represas das grandes hidrelétricas brasileiras estavam quase secas e o colapso na geração elétrica era iminente. Meu amigo de infância Marcelo Parodi já havia trabalhado no setor elétrico e achava que a crise energética faria deslanchar os negócios no que começava a ser chamado de mercado livre. Até então, a maioria das empresas comprava energia das concessionárias locais. O mercado livre permitia que esses consumidores negociassem entre si ou fechassem contratos diretamente com as empresas geradoras. Vimos a oportunidade de iniciar um negócio que pudesse crescer de forma mais estável, sem os solavancos do mercado financeiro. Convidei Parodi para ser meu sócio, e a Comerc Corretora de
GABRIEL RINALDI
ormado em economia, o empreendedor paulista Cristopher Vlavianos, de 45 anos, fundador da Comerc Energia, acreditava que seu destino profissional seria o mercado financeiro. O apagão de 2001 e a subsequente crise energética vivenciada pelo país iluminaram seu caminho para atuar no até então obscuro e desconhecido mercado livre de energia. Muitos contratos de megawatts depois, sua empresa se tornou a maior gestora independente do Brasil nessa área, com um faturamento de 246 milhões de reais em 2009. Nesta conversa com Exame PME, ele conta sua trajetória até aqui, como foi o desafio de desbravar um mercado totalmente novo e quais são suas expectativas para o crescimento da empresa nos próximos anos.
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Em 2001, Cristopher Vlavianos trocou os negócios com ouro, bois e café na bolsa pelo então obscuro mercado livre de energia. No ano passado, sua empresa faturou 246 milhões de reais com a compra e venda de eletricidade
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Vlavianos: “Dar uma participação no negócio foi a forma de atrair os profissionais de que a Comerc precisava para crescer”
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Eu consegui Cristopher Vlavianos Mercadorias se transformou na Comerc Comercializadora de Energia. Estávamos certos. O negócio começou a engrenar após o racionamento de energia, que abriu oportunidades para o desenvolvimento do mercado livre, então com apenas duas empresas, a Volkswagen e a Carbocloro. Durante a crise energética, o governo estabeleceu a meta de redução de 20% para todos os consumidores, criando, em contrapartida, alguns mecanismos de compensação. As empresas que gastavam menos podiam vender a energia excedente para as que ultrapassavam o volume permitido. As tarifas eram mais baratas do que a multa cobrada pela Aneel de quem excedia o consumo.
OS NÚMEROS DA
COMERC FATURAMENTO (em milhões de reais) 2005
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A grande oportunidade de cres-
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Naquele tempo, só grandes em-
presas, com consumo superior a 3 megawatts, podiam participar dessas negociações. Começamos a atuar como uma espécie de consultoria, ajudando empresas a participar de leilões de energia. Na época, pouca gente compreendia como funcionavam os contratos de compra e venda de energia, qual era o melhor momento para negociar e de que maneira garantir os melhores preços. Começamos a traçar esse tipo de estratégia e, com isso, conseguimos conquistar nossos primeiros clientes. Quando o racionamento foi in-
terrompido, em fevereiro de 2002, sobrou energia no mercado brasileiro. As hidrelétricas haviam recuperado a capacidade. Além disso, enquanto havia escassez, muitas empresas investiram em novos equipamentos para diminuir o consumo. Essa sobra de energia alimentou a fase de maior expansão do mercado livre. Ganhamos grandes clientes, como siderúrgicas e indústrias de papel e celulose. Nos três anos seguintes, conquistamos empresas em muitos outros setores, como mineração, petroquímica e saneamento. Em 2005, já comercializávamos a energia consumida por empresas como Sadia, Sabesp e Klabin. Hoje atendemos 80 empresas.
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Nos últimos anos, a Comerc ga-
nhou mais 15 sócios. Para dar conta da expansão, busquei profissionais com experiência no setor financeiro, que tem algumas semelhanças com o mercado de energia. Dar a eles a chance de se tornar donos do negócio, de acordo com uma política de metas que precisam ser atingidas, foi o modo que encontrei para atraí-los. Hoje, esses 15 sócios são donos de aproximadamente 50% do negócio. Sou o dono do restante. Recentemente, comprei a participação do meu amigo Marcelo Parodi, que deixou a Comerc e abriu sua própria comercializadora de energia. Ele saiu porque começamos a ter visões diferentes sobre os rumos do negócio daqui por diante. A Comerc hoje tem 52 funcioná-
rios, filiais em Florianópolis e Ribeirão Preto, no interior paulista, e atua em praticamente todos os estados brasileiros. A maioria dos clientes se
concentra nas regiões Sul e Sudeste. Vendemos 11% da energia negociada no mercado livre, o que torna a Comerc líder nesse setor. Hoje, praticamente todas as empresas que consomem mais de 3 megawatts compram energia no mercado livre. Esses consumidores são grandes indústrias com uma conta de luz superior a 700 000 reais por mês.
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NÚMERO DE CLIENTES
80 PARTICIPAÇÃO (2) NO MERCADO
11% (1) Projeção (2) Em 2009 Fontes: empresa e CCEE
cimento para a Comerc agora está em consumidores menores, que gastam acima de 0,5 megawatt, o equivalente a uma conta mensal de energia em torno de 150 000 reais. Isso trará para o mercado livre clientes que não podiam participar antes, como shoppings e condomínios. Não é qualquer tipo de energia que esses consumidores podem comprar no mercado livre. Eles só podem negociar a eletricidade proveniente de fontes renováveis, como pequenas hidrelétricas, energia eólica ou biomassa. O futuro do mercado livre de energia, que já corresponde a 25% de todo o setor energético, depende muito da entrada desses novos consumidores. Nos próximos anos, acredito que o mercado livre de energia possa crescer dez vezes em número de consumidores com a chegada desses participantes. Muitos me perguntam qual a
relação entre energia elétrica e economia, minha área de formação. São assuntos diferentes, mas os consumidores, que em geral só têm domínio da própria atividade e não conhecem a mecânica do mercado, necessitam de um apoio para reduzir custos operacionais, como o de energia, com impacto direto no preço de seus produtos. Aí são decisivos os conhecimentos em finanças, PIB e taxas inflacionárias, que certamente nada têm a ver com a energia em si, da qual entendo pouco. Num recente apagão, aliás, me telefonaram perguntando o que estava acontecendo, como se eu fosse especialista. Respondi que não tinha a menor ideia ou explicação técnica para o fenômeno. Estava tão no escuro quanto quem me ligou.
Com reportagem de Gladinston Silvestrini e Humberto Manera
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EM TERRAS ESTRANHAS A trajetória, os desafios e as conquistas de quatro empreendedores brasileiros que criaram negócios em expansão fora do país. Aprenda com eles JULIANA BORGES
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uitos donos de pequenas e médias empresas veem no mercado internacional uma alternativa para manter o crescimento quando seus negócios já estão maduros o bastante no Brasil. Para alguns brasileiros, no entanto, o caminho inverso faz muito mais sentido. Exame PME ouviu quatro empreendedores que saíram do país e construíram negócios em expansão no exterior — só agora alguns deles estão encontrando no Brasil uma boa oportunidade para o crescimento de suas empresas. É o caso do cabeleireiro paulista Denis DaSilva, sócio da Deva, marca de cosméticos para cabelos cacheados de Nova York, que começa a distribuir no país xampus, condicionadores e tinturas que fazem a cabeça das consumidoras americanas desde os anos 90. Ou do curitibano Ron Czerny, para quem o Brasil é um dos 25 países onde sua empresa, a Playphone, com sede na Califórnia, distribui filmes, jogos e músicas para telefones celulares. Completam as próximas páginas as histórias do paulista Mauricio Pucci, fundador de uma agência de intercâmbios para estudantes na Austrália, e do mineiro Rodrigo Veloso, hoje sócio da Pepsi na O.N.E., empresa que cresce vendendo água de coco no mercado americano. Em comum, a trajetória desses quatro empreendedores parece demonstrar na prática que, muitas vezes, não há fronteiras capazes de conter o espírito empreendedor.
RON CZERNY 42 anos | Playphone San Jose, Estados Unidos FUNDAÇÃO 2005 O QUE FAZ Distribui jogos
eletrônicos, músicas, ringtones e vídeos para celulares FATURAMENTO 100 milhões de dólares(1) INÍCIO Czerny criou uma empresa de jogos online e a vendeu a um concorrente CONQUISTA Atende clientes de 109 operadoras de telefonia celular em vários países OBJETIVO PARA 2011 Abrir o capital
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(1) Em 2009 Com reportagem de Antonio Carlos Santomauro e Carla Aranha
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CELULARES COM CONTEÚDO ara muitos empreendedores, se desfazer de uma empresa pode ser a grande oportunidade de começar um negócio mais promissor. Foi o que ocorreu com o curitibano Ron Czerny, de 42 anos. No final de 2003, ele vendeu sua empresa nos Estados Unidos, a produtora de jogos na internet Atrativa, para um concorrente americano. Pouco mais de um ano depois, Czerny já havia fundado a Playphone, na cidade de San Jose, na Califórnia. “Depois de vender meu primeiro negócio, estava mais preparado para fazer tudo outra vez”, afirma ele. No ano passado, a Playphone obteve receitas de 100 milhões de dólares distribuindo jogos eletrônicos, músicas, ringtones e vídeos a usuários de telefones celulares de 109 operadoras em 25 países. A Playphone intermedeia os negócios entre as produtoras de conteúdo, as operadoras de telefonia celular e seus usuários — em troca, fica com parte das receitas geradas em cada operação de compra e venda. A experiência anterior como empreendedor foi fundamental para Czerny atrair sócios e garantir o capital necessário para tirar o projeto da Playphone do papel. Czerny apresentou seu plano de negócios a mais de 25 fundos de investimento. Em quatro deles levantou 50 milhões de dólares. “Eu já havia tido fundos como sócios na Atrativa e sabia qual o caminho a percorrer para convencê-los a investir no meu novo negócio”, diz Czerny. A Playphone tem escritórios em Londres, Pequim e São Paulo. No Brasil, onde a empresa faturou 60 milhões de reais em 2009, Czerny mantém um departamento de tecnologia onde são desenvolvidos novos projetos, como uma rede social para usuários de jogos online que será lançada em novembro. Hoje, ele prepara a empresa para abrir o capital na bolsa americana Nasdaq. “O mercado de conteúdo para celulares está apenas nascendo”, afirma Czerny. “Existem 2 bilhões de celulares no mundo, mas apenas uma pequena parcela dos usuários consome algum conteúdo.”
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O REI DOS CABELOS CRESPOS história do cabeleireiro Denis DaSilva, de 46 anos, é um exemplo de como empreendedores podem iniciar uma trajetória de crescimento ao explorar um mercado deixado de lado pelas grandes companhias. Ele é sócio de duas empresas nos Estados Unidos — a rede de salões de beleza Devachan, com quatro unidades em Nova York, e a fabricante de cosméticos Deva Concepts. Nos últimos 15 anos, os dois negócios vêm crescendo ao atender mulheres de cabelos crespos que preferem preservar os cachos em vez de alisá-los. “Acabei me tornando uma espécie de guru para as mulheres de cabelos cacheados”, diz DaSilva, que atende pessoalmente no salão da Devachan na Broadway, uma das avenidas mais famosas de Nova York. No ano passado, as receitas das duas empresas somaram 19 milhões de dólares. DaSilva decidiu investir em cabelos crespos há pouco mais de 15 anos. Na época, ele trabalhava em um salão de Nova York. Uma de suas clientes era a inglesa Lorraine Massey, que vivia em guerra com os próprios cachos. “Lorraine se lamentava por não encontrar bons produtos para cabelos como os dela”, diz DaSilva. “Como
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46 anos | Deva Concepts Nova York, Estados Unidos
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ALEXANDRE BATTIBUGLI
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para cabelos cacheados FATURAMENTO 19 milhões de dólares(1) INÍCIO Depois de trabalhar como cabeleireiro, criou uma linha para cabelos crespos CONQUISTA Tem quatro salões e um spa em Nova York
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O QUE FAZ Fabrica cosméticos
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OBJETIVO PARA 2011
Exportar para a Europa (1) Em 2009
nenhum fabricante de cosméticos parecia ter interesse nesse mercado, decidimos abrir nossa própria empresa.” DaSilva e Lorraine se tornaram sócios e contrataram químicos com experiência na indústria de cosméticos para ajudá-los a desenvolver produtos para atrair as consumidoras de cabelos cacheados. “Os produtos tradicionais costumam ter na fórmula componentes químicos muito agressivos e acabam danificando a estrutura delicada dos cachos”, afirma DaSilva. “Por isso, queríamos desenvolver uma linha com ingredientes mais suaves.” Lorraine serviu de cobaia para os primeiros testes. No final de 2000, dois anos depois de iniciar o desenvolvimento dos cosméticos, os sócios puderam lançar os primeiros itens da Deva Concepts. Hoje, os produtos são vendidos para outros cabeleireiros, que os usam para cuidar dos cabelos das clientes. Com a Deva e os salões, DaSilva encontrou uma forma de usar a profissão que aprendeu ainda menino como base para um negócio promissor. Ele começou a trabalhar no salão de beleza da mãe, uma cabeleireira de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Quatro de seus cinco irmãos também são cabeleireiros. DaSilva deixou o Brasil quando tinha 28 anos. Antes de se estabelecer em Nova York e abrir a Deva, ele passou uma temporada trabalhando como cabeleireiro em Paris, onde ficou por dois anos. “Ao deixar o Brasil, eu só falava português, e o início foi bastante difícil”, diz ele. “Mas, como eu era bom com a tesoura, sempre encontrava espaço para trabalhar.” Há quatro anos, DaSilva fechou acordos com distribuidores locais para trazer os cosméticos da Deva para o Brasil. “Há um enorme potencial de mercado para tratar os cabelos cacheados das brasileiras”, diz ele. Hoje, um dos principais pontos de venda da marca no país é o salão Floreal, em São Bernardo do Campo, que pertence à mãe e aos irmãos de DaSilva. A partir do ano que vem, os produtos da Deva serão vendidos também em países da Europa, como Espanha, França e Inglaterra. “No mundo todo, cabelo cacheado costuma ser visto como ruim ou difícil de cuidar”, diz DaSilva. “Minha missão é mudar esse conceito e levantar a autoestima das mulheres.” Agosto 2010 | EXAME PME | 61
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MAURICIO PUCCI
39 anos | Information Planet Sydney, Austrália FUNDAÇÃO 1996
O QUE FAZ Agência de intercâmbios FATURAMENTO 5 milhões de dólares(1) INÍCIO Com suas economias,
Pucci comprou uma van para recepcionar estudantes brasileiros que chegavam a Sydney CONQUISTA Tem escritórios com sócios locais em 16 países OBJETIVO PARA 2011 Abrir filiais no Canadá, no Havaí, na Dinamarca, na República Checa e em outros países da Europa (1) Em 2009 (inclui receitas da operação brasileira)
do Pucci começou a firmar sociedades com empreendedores para abrir novas unidades em cidades brasileiras e em outros países. “Cada sócio fica com metade da nova agência, paga royalties pelo uso da marca e recebe uma participação nos resultados da empresa”, diz Pucci. “No ano que vem, vamos abrir agências no Canadá, no Havaí, na Dinamarca e na República Checa.”
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o ano passado, a agência Information Planet faturou 5 milhões de dólares levando estudantes brasileiros para passar uma temporada no exterior — principalmente na Austrália, de onde vêm cerca de 80% de suas receitas. A Information Planet foi criada no começo da década de 90, quando o paulista Mauricio Pucci, hoje com 39 anos, deixou o Brasil para passar uma temporada estudando inglês na Austrália. “Senti na pele o tipo de dificuldade que muitos estudantes brasileiros enfrentam quando fazem intercâmbio no exterior”, diz ele. “Achei que havia uma oportunidade para criar uma agência que, além da viagem e da estada, se preocupasse em resolver os pequenos problemas do dia a dia.” Os serviços prestados pela Information Planet aos clientes vão desde orientações sobre como renovar o visto para permanecer em outro país até ajuda para escrever um currículo para concorrer a vagas de trabalho temporário, por exemplo. Hoje, a empresa tem três agências na Austrália — uma das quais em Sydney, onde fica sua sede — e dez no Brasil. O negócio passou a crescer mais rapidamente em 2004, quan-
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A AUSTRÁLIA É LOGO ALI
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Especial Mercados
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m qualquer lugar do mundo, um planejamento consistente pode ser fundamental para o desenvolvimento de uma pequena ou média empresa. Para o mineiro Rodrigo Veloso, de 31 anos, foi o primeiro passo para transformar uma ideia nascida na sala de aula num negócio de verdade no mercado americano. Ele é dono da O.N.E., empresa que faturou 10 milhões de dólares no ano passado vendendo água de coco e sucos de fruta em caixinhas longa vida nos Estados Unidos. O negócio surgiu há cinco anos, quando Veloso ainda cursava MBA na Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Na época, ele foi finalista de um concurso de planos de negócios promovido por uma universidade no Texas. “A água de coco era pouco conhecida nos Estados Unidos”, diz ele. “Percebi que, com a estratégia correta, havia uma boa oportunidade para crescer.” Sua proposta era vender água de coco como alternativa natural para as bebidas isotônicas, muito consumidas nos Estados Unidos por praticantes de atividades físicas. Veloso não ganhou a competição, mas investidores e gestores de fundos de capital de risco que julgaram os planos de negócios o incentivaram a levar a ideia adiante. “Vendi o apartamento e o carro que tinha em São Paulo e me mudei para Los Angeles, onde comecei a empresa”, diz ele. Desde então, a O.N.E. vem dobrando de tamanho a cada ano. Em 2007, Veloso recebeu um aporte de capital de um investidor da Califórnia e, um ano depois, de um fundo de investidores, o que garantiu os recursos para a empresa dar os primeiros passos para crescer. Em 2009, o crescimento da O.N.E. chamou a atenção da Pepsi, que comprou uma participação. “Com o apoio da Pepsi, quadruplicamos a rede de distribuição nos Estados Unidos”, diz Veloso. Agora, ele faz planos para levar os produtos da O.N.E. a novos mercados, como a Europa e o Japão. “Veloso conseguiu atrair bons investidores ao traçar planos claros e com estratégias bem definidas”, diz Renê José Rodrigues Fernandes, professor da FGV, responsável por orientá-lo no projeto que deu origem à O.N.E.
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ÁGUA DE COCO COM CHARME DE ISOTÔNICO
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RODRIGO VELOSO
31 anos | O.N.E. Los Angeles, Estados Unidos FUNDAÇÃO 2006
O QUE FAZ Comercializa sucos
e água de coco FATURAMENTO 10 milhões de dólares(1) INÍCIO Para o investimento inicial, Veloso vendeu seu carro e seu apartamento no Brasil CONQUISTA No ano passado, a Pepsi e um fundo investiram na empresa. A abrangência da marca passou de 10 000 para 40 000 pontos de venda OBJETIVO PARA 2011 Exportar para o Japão e a Europa (1) Em 2009
Choque de gestão Eficiência
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Sua empresa no raio X Concorra a uma consultoria gratuita em quatro áreas fundamentais para o crescimento de um negócio emergente urante a trajetória de uma empresa emergente, é comum que seus donos nem sempre tenham clareza do que deve ser feito. É hora de mudar a remuneração dos funcionários? O fluxo de caixa está sendo administrado corretamente? Quais estratégias de marketing adotar para fortalecer a marca? Foi pensando na busca pela eficiência que lançamos o 1o Choque de Gestão Exame PME. Uma pequena ou média empresa será selecionada para receber consultoria gratuita nas áreas de finanças, marketing, gestão e recursos humanos. Esses setores foram escolhidos por ser fundamentais para qualquer pequeno ou médio negócio, independentemente do setor de atuação. O projeto terá duração de cinco meses. Para ajudar o empreendedor na missão de descobrir e enfrentar as dificuldades de seu negócio, o 1o Choque de Gestão Exame PME vai contar com um time de consultores reconhecidos pela experiência nas áreas contempladas pelo projeto. Márcio Iavel-
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berg, sócio da consultoria Blue Numbers, vai analisar os aspectos financeiros. Vicente Picarelli Filho, da área de gestão de capital humano da consultoria Deloitte, será o responsável por avaliar a administração de pessoas. Para o marketing, o consultor será Norival Lucio Junior, da BrandMe. E para os assuntos de estratégia e gestão, Leonardo Toscano, da consultoria Excelia. Os consultores farão uma proposta de ações a ser implantadas na empresa. As mudanças serão acompanhadas por um blog, escrito por um sócio da empresa analisada, e darão origem a reportagens na revista — a empresa ganha a consultoria e os leitores poderão acompanhar a transformação. As inscrições estão abertas para empresas que faturaram de 2 milhões a 5 milhões de reais em 2009, pelo site www.choquedeges taopme.com.br, até 31 de agosto. Das empresas candidatas, serão escolhidas quatro finalistas. Uma votação entre os cerca de 10 000 membros da rede social Exame PME (www. revistapme.ning.com) definirá a vencedora, que será conhecida no fim de setembro.
Na prática Renato Romeo é sócio da SaleSolution e autor do livro Vendas B2B — Como Negociar e Vender em Mercados Complexos e Competitivos
A primeira impressão
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trás dos números envolvidos nas discussões de preços e prazos há seres humanos treinados para ser racionais. Mas nem por isso eles deixam de ser pessoas comuns, cujas decisões podem ser afetadas por aspectos bastante subjetivos e, muitas vezes, inconscientes. Com frequência, muitos donos de pequenas e médias empresas esquecem esse princípio elementar — e desperdiçam oportunidades de fechar um bom negócio porque não foram capazes de estabelecer uma conexão emocional mínima com o possível cliente. Entre os empreendedores que conseguem transpor a barreira de ser atendidos por um cliente que parecia inacessível, um erro bem comum é deixar de prestar atenção em pequenos detalhes importantes para não fazer feio na primeira reunião. Uns parecem ter escolhido o jeans mais velho e o tênis mais gasto possível para visitar uma empresa na qual a regra é terno e gravata. Outros, na ânsia de marcar presença, comportam-se como um ser de outro planeta. Certa vez, quando ainda trabalhava numa multinacional americana, convidei algumas agências de propaganda e marketing para que apresentassem projetos de campanhas de incentivo a vendas. Um dos concorrentes, que propôs um tema
náutico, apareceu fantasiado de marinheiro. Não deu certo, pois ele dedicou mais tempo para explicar por que estava vestido daquele jeito ridículo do que para falar da campanha. Justo ou injusto, o fato é que não levamos a proposta muito a sério. “O senhor mexe com o quê?” Há gente que abre a boca para tirar dúvidas primordiais. Quem faz isso está pedindo para que o primeiro encontro seja também o último. Não há desculpa para ir despreparado a um compromisso importante. Aparecer sem saber nada, absolutamente nada, sobre a cultura interna de uma empresa ou das pessoas com quem se vai falar — numa época em que nunca foi tão fácil obter informações — por si só já tira pontos. Na melhor das hipóteses, corre-se o risco de parecer preguiçoso. A internet está repleta de informações que podem ser usadas. Basta digitar o nome do cliente no Google para ter acesso a uma enxurrada de sites e blogs com algo sobre a empresa ou seu setor. O Twitter pode revelar opiniões de consumidores com seu possível cliente ou qualquer outra coisa que possa ser encaixada na conversa. Os que já sabem com quem vão tratar têm boas chances de encontrar o perfil do interlocutor numa rede social, o que ajuda a saber em que facul-
Ao tentar marcar presença, alguns agem como um ser de outro planeta
dade a pessoa se formou, onde trabalhou e se há algo em comum, fora dos negócios, que ajude a quebrar o gelo. Com boa vontade, também não é difícil pedir a pessoas de seu círculo de relacionamento que indiquem outras que já tenham feito negócios com o cliente em potencial. O executivo daquela grande empresa faz muitas perguntas logo na primeira reunião? Que tipo de coisas ele quer saber? Ele pergunta os preços já no primeiro encontro? É brincalhão ou formal? Se tudo der certo, com o tempo é possível se soltar mais e deixar transparecer o próprio estilo. Enquanto isso, é mais prudente se apegar ao bom-senso — e deixar escondido no armário aquele chapéu-panamá que a sogra trouxe de Miami.
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O empreendedor tenta, luta, insiste — e marca aquela reunião com um cliente importante. E depois desperdiça a chance por se comportar mal no primeiro encontro
Fazer melhor Planejamento
Que venha a concorrência ão dá para contar as vezes que a palavra planejamento aparece durante o crescimento de um pequeno ou médio negócio. É planejamento para tirar as ideias do papel, para investir, para o mês, para o ano, para cinco anos... É preciso cuidado para não deixar algo importante de fora ou fazer planos abrangentes demais. Aqui começa uma série de reportagens com exemplos de planos de pequenas e médias empresas em diferentes estágios. Durante cinco meses, Exame PME acompanhou os sócios de três empresas, auxiliados por consultores e investidores. O primeiro é o da fabricante e distribuidora paulistana de instrumentos musicais Izzo, e tem como foco desafios comuns entre negócios em expansão — enfrentar a concorrência de novas marcas e fortalecer o relacionamento com os canais de vendas. A consultoria Piccini & Fumis garantiu o apoio técnico. Veja o caminho percorrido pela Izzo — o método pode ser útil também na sua empresa.
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A EMPRESA
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HISTÓRICO A Izzo fabrica e distribui instrumentos e acessórios musicais — seus e de terceiros. Os produtos próprios são feitos no Brasil e na China. A empresa distribui acessórios de marcas importadas, como Fender, Vic Firth, Elixir e Hohner, além de algumas nacionais. A diversidade é grande — seu catálogo contém cerca de 4 000 produtos de 15 marcas, vendidos em 2 500 lojas de 923 cidades do Brasil. Parte da produção é exportada para 22 países. Fundada há 92 anos por imigrantes, a empresa passou às mãos do italiano Attilio Izzo, que deu origem ao nome. Em 1959, o negócio foi comprado pela família Storino. MOMENTO A Izzo está sob a direção do empreendedor Aldo Storino Jr., de 62 anos. Suas três filhas (Simone, de 29 anos, Priscila, de 32, e Katia, de 34) participam da
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Como fazer um plano para enfrentar o avanço de novas marcas e fortalecer a relação com os canais de vendas Denise Dweck
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gestão. Desde 2007, as receitas cresceram à média anual de 11,7%, bem acima do ritmo de uma década atrás, o que dá à empresa uma posição de destaque em seu mercado. CENÁRIO Como em outros setores, a tendência no varejo especializado em música é de concentração nos próximos anos, com lojas maiores adquirindo as menores — o que pode diminuir o poder de negociação da Izzo. “Algumas lojas maiores já compram diretamente dos fabricantes”, diz Simone. POR QUE FAZER UM PLANO É preciso uma estratégia para enfrentar os chineses que concorrem com as marcas que a Izzo fabrica. Os preços geralmente são mais baixos e a qualidade de várias dessas marcas tem melhorado. A Izzo também precisa desenvolver uma política de relacionamento com o varejo. “Grandes redes e pequenas lojas têm interesses bem diferentes”, diz o consultor Marcos Piccini. “É necessário tratá-las de jeitos também diferentes.”
Simone Storino e Priscila Storino Izzo Musical São Paulo, SP O que faz
Fabrica e distribui instrumentos e acessórios musicais Funcionários 111 Faturamento (em milhões de reais)
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2009 Fonte: empresa
PASSO A PASSO O DIAGNÓSTICO Alguns indicadores, como faturamento dos últimos anos, evolução das margens e do número de funcionários, foram analisados. Essa etapa também teve como objetivo revelar os produtos que mais pesam nas receitas e os mais rentáveis. “As principais ações devem envolver esses itens, que geram resultados mais consistentes”, afirma o consultor Tulio Fumis. PARA QUE SERVE Definir prioridades. A análise dos produtos mostrou que os itens mais rentáveis são os de marca própria, que representam metade do faturamento. COMO FAZER As informações principais, como faturamento, custos e margens, estão em relatórios gerenciais. Os dados sobre os produtos devem ser compilados separadamente, por item. Quando não há estatísticas disponíveis, é possível levantar informações no mercado e fazer ajustes estimados.
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GABRIEL RINALDI
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O SETOR Os consultores desenharam toda a cadeia do setor musical, dos fabricantes ao consumidor final. Um olhar mais atento na fase da distribuição, na qual a Izzo também está, dimensionou algo já percebido pelos sócios: a fragmentação do varejo. “Nosso maior cliente é uma rede de 60 lojas”, diz Simone. “Mas a maioria são pequenos comerciantes com apenas um ponto.” PARA QUE SERVE Enxergar como o setor funciona, de onde costuma vir a rentabilidade e detectar tendências de mudanças importantes para o planejamento. Nesse caso, a análise mostrou que, embora poucos, os grandes clientes respondem por 80% do faturamento da Izzo. COMO FAZER Associações de classe costumam ter dados sobre seu setor. Caso contrário, pode-se usar informações de outros países (e ajustá-las de forma estimada para o Brasil) ou de empresas de capital aberto, que publicam balanços. No caso da Izzo, muitas informações foram obtidas na Hoover’s, companhia americana que faz relatórios sobre setores e empresas, alguns gratuitos. Outros números foram fornecidos ou estimados pela empresa. Agosto 2010 | EXAME PME | 71
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O CENÁRIO Entre as várias transformações que podem afetar um setor no médio e no longo prazo, quais merecem atenção total? No caso da Izzo, os consultores fizeram uma lista com tudo o que Simone e Priscila lembraram. Entre as possíveis mudanças, duas das mais decisivas já estão ocorrendo: 1) O consumidor tem, cada vez mais, opções de preço. Há novas marcas chinesas com boa qualidade, e pesquisar preços na internet é fácil. 2) Alguns grandes lojistas têm comprado diretamente dos fabricantes, contornando distribuidores como a Izzo. Como em outros mercados, é provável que esse tipo de varejo se consolide nos próximos anos, com aquisições ou a união de lojas menores. PARA QUE SERVE Dar prioridade aos fatores críticos, em razão da posição da empresa na cadeia e das tendências do setor. No caso da Izzo, percebeu-se que é fundamental dar mais atenção às marcas próprias. “Elas podem ajudar a fortalecer a relação com os lojistas”, diz Simone. Também é hora de traçar políticas comerciais distintas — uma para o pequeno lojista e outra para o grande. COMO FAZER Há várias dinâmicas. Alguém se encarrega de levantar informações sobre a economia e o setor. Cada acionista
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O consultor Piccini: “A lista de ações não pode ser complexa”
ALEXANDRE BATTIBUGLI
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estuda esses relatórios em separado para levar propostas numa discussão com todos. Outra ideia é dividir tópicos entre os participantes, e cada um faz uma breve apresentação com suas descobertas. Dependendo do custo e da rede de relacionamentos dos sócios, pode-se chamar especialistas para fazer palestras e visitar feiras no exterior. BALANÇ0 Foi feita uma análise dos pontos fortes e fracos para identificar ameaças e oportunidades num cenário que considera um varejo mais concentrado e o avanço de marcas concorrentes. PARA QUE SERVE Saber o que fazer para enfrentar perigos e não perder oportunidades. No caso da Izzo, as marcas próprias apareceram como uma vantagem que pode ser uma arma pela preferência do consumidor. O relacionamento com os varejistas surgiu como um aspecto a ser aprimorado. COMO FAZER O resultado dessa etapa depende do grau de compreensão que os acionistas têm do negócio e do setor. É preciso evitar a autoindulgência, que pode levar o empreendedor a fazer uma lista de desculpas para não agir em vez de enfrentar o que não vai bem.
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DESAFIOS O diagnóstico da empresa, o estudo do setor e a identificação de pontos fortes e fracos deram origem a uma lição de casa para crescer mais e ganhar eficiência. PARA QUE SERVE Transformar a discussão em ações. Algumas das possibilidades para a Izzo: dar prioridade às marcas mais rentáveis, mudar o atendimento aos grandes lojistas, de forma a diminuir suas vantagens em comprar diretamente dos fabricantes, apoiar o pequeno varejo, melhorar a gestão dos estoques. “Já perdemos oportunidades por não ter itens para entrega”, diz Simone. COMO FAZER A lição de casa é resultado das discussões anteriores — é normal que, ao visualizar possíveis cenários, os acionistas já tenham ideia do que deve ser feito. Todas as sugestões que surgirem durante as reuniões devem ser anotadas — elas serão o ponto de partida desta última etapa. O desafio é separar o que é desejável do que é mais urgente. “A lista de ações não pode ser complexa, sob o risco de não se executar nada direito”, diz Piccini. “Deve-se escolher uma ou duas ações que atinjam os pontos mais estratégicos.” No caso da Izzo, definiu-se atacar a gestão das marcas próprias e organizar a relação com o varejo.
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empresa. “É o melhor jeito de saber o quanto eles estão satisfeitos com o atendimento”, diz Marcelo Kiçula, da Piccini & Fumis. “As visitas também permitem identificar pontos fracos dos concorrentes.”
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Loja de instrumentos: tendência de consolidação para os próximos anos
O PLANO O plano de ações da Izzo tem duas prioridades. A primeira: definir uma estratégia para fortalecer o relacionamento com os lojistas que compram seus instrumentos e acessórios. A segunda: melhorar a percepção das marcas próprias da empresa para erguer mais barreiras contra o avanço da concorrência. “Essas são as frentes mais urgentes, mas a lista de tarefas não para aí”, diz Piccini. Dela fazem parte algumas ações, como o planejamento de marketing e a definição da política comercial. Veja o plano do que deve ser feito.
TAREFAS Para se aproximar mais do varejo • Ir à rua De tempos em tempos, os donos da Izzo e seus principais executivos precisam fazer visitas aos lojistas que vendem os instrumentos e acessórios comprados da
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• Agrupar interesses O que os clientes querem? Grandes lojas podem valorizar entregas mais frequentes de mercadorias. As pequenas podem ser mais sensíveis a uma consultoria que as ajude a atender melhor os clientes delas. “Identificar o que tem valor para cada grupo é fundamental para saber o que oferecer”, diz Piccini. • Organizar informações Quais são as lojas em que os produtos da Izzo giram mais depressa? Que instrumentos e acessórios são mais vendidos em determinadas regiões? As respostas a essas perguntas darão à família Storino mais precisão para quantificar o potencial de cada lojista. “Enquanto não é possível investir em pesquisas, o monitoramento desses dados já permite melhorar o planejamento das vendas”, diz Piccini. • Política comercial Cada grupo de clientes deve ser tratado com uma política comercial específica, que inclua limites para prazos de pagamento e critérios para descontos na negociação — hoje, os descontos são proporcionais ao valor adquirido. Alguns instrumentos podem requerer tratamento especial em determinadas épocas do ano — os instrumentos de samba nas semanas que antecedem o Carnaval, por exemplo. • Vendedores próprios X representantes A Izzo trabalha com vendedores próprios e representantes. A maior parte dos grandes clientes está nas mãos dos representantes — uma relação que merece ser fortalecida, com a introdução de metas a ser cumpridas, pois o grande varejo é responsável pela maior parte das receitas. • Estruturas adequadas As políticas comerciais e a identificação dos interesses dos clientes permitem organizá-los em grupos — e saber se é preciso treinar vendedores para atender certos públicos ou contratar pessoas com outro perfil. “Além disso, algumas estruturas podem ser otimizadas”, diz Fumis. “É o caso, por exemplo, de estudar a implantação de uma central telefônica para atender pequenos lojistas.”
Para fortalecer as marcas próprias • Posicionamento Após definir os mercados a atingir primeiro (estudantes, igrejas, professores, músicos profissionais etc.), escolher quais das marcas próprias da Izzo são adequadas a cada um. A seguir, é necessário trabalhar a identidade de cada marca, conforme seu público. Hoje, uma delas tem produtos voltados para estudantes, amadores e profissionais — público que também é atendido pela marca Izzo. A marca que tiver como foco os estudantes, por exemplo, pode ter ressaltados aspectos como versatilidade e inovação. Na comunicação com músicos profissionais, a ênfase pode ser em precisão e qualidade. • Marketing A clareza no posicionamento de cada marca é o ponto de partida para repensar a estratégia de marketing. “É necessário avaliar se os canais de vendas estão adequados a determinados consumidores”, diz Piccini. Pode ser o caso, por exemplo, dos produtos para amadores. “Para chegar a esse público de forma mais eficiente, estamos avaliando a entrada em novos canais, como hipermercados e lojas de departamentos”, diz Simone. • Vantagens “Os varejistas precisam enxergar claramente que tipo de benefício eles terão em comprar as marcas próprias da Izzo”, diz Piccini. Para isso, a recomendação é ter profissionais capacitados para fazer demonstrações de resultados para os lojistas, deixando claro que as marcas da Izzo podem ser mais rentáveis para o varejo do que as dos competidores. • Concorrência Os produtos chineses concorrem diretamente com as marcas que a Izzo fabrica. Ao mesmo tempo, são uma oportunidade para expandir as receitas obtidas com a representação e a distribuição de instrumentos, que a empresa também faz. “A Izzo não deve desprezar essas marcas apenas porque competem com as suas”, diz Piccini. “Ela deve monitorar permanentemente o mercado para conquistar a representação no Brasil das melhores dessas marcas.” www.exame.com.br/pme Veja o plano completo da Izzo no site
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Roteiro mal traçado Os principais erros que os empreendedores cometem ao pôr o planejamento no papel — e quais são as consequências disso para uma pequena ou média empresa Carla Aranha
instrumento valioso para atrair investidores ou obter linhas de crédito em bancos e instituições financeiras. Mas muitas vezes eles cometem erros que comprometem a capacidade de demonstrar como pretendem aumentar as receitas e por que se deve confiar em suas estratégias. “Vejo muitos planos com projeções malfeitas e informações pouco precisas sobre o negócio”, diz Marcelo Romeiro, gestor do fundo de capital de risco Rio Bravo, que investe em pequenas e médias empresas. “Os problemas na apresentação acabam afugentando a atenção dos investidores, que se concentram em quem consegue transmitir ideias com mais clareza.” Mesmo para quem não pretende usar o plano fora da empresa, um planejamento problemático pode trazer consequências ruins ao levar o empreendedor a acreditar numa realidade que pode estar distorcida. Veja a seguir os sete erros mais comuns que investidores, especialistas e executivos de instituições financeiras costumam encontrar nos planos de negócios que recebem.
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CUSTOS SUBESTIMADOS
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É comum o empreendedor dedicar muita atenção a saber quanto vai custar a matériaprima, a mão de obra e outros insumos utilizados diretamente num produto ou serviço. Mas nem sempre toma o mesmo cuidado para calcular os custos indiretos do negócio, como as despesas com a central de atendimento ao cliente, os gastos administrativos ou a conta de energia elétrica dos diversos departamentos. Em alguns casos, as despesas indiretas podem representar até 10% dos custos totais.
O QUE O ERRO PROVOCA
Como os custos ficam mais altos que o previsto, a rentabilidade é menor que a esperada. Com isso, a empresa tem menos capaci-
dade de gerar dinheiro para ser reinvestido do que o imaginado. E nem sempre é fácil descobrir a causa quando o problema está na origem. A dificuldade em prever corretamente os custos desde a fase de planejamento pode levar a gastos ainda mais descontrolados conforme a empresa cresce.
MÁ-FORMAÇÃO DE PREÇOS
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O QUE O ERRO PROVOCA
Os produtos e os serviços chegam ao mercado com preços pouco competitivos (quando não se leva em conta o que a concorrência cobra) ou pouco rentáveis (se o preço copiado da concorrência deixar as margens muito apertadas). Se essa situação for percebida ainda no plano, há a chance de retornar ao planejamento para descobrir alternativas que equilibrem competitividade e rentabilidade, como rever custos, trocar fornecedores ou alterar processos.
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Um dos problemas típicos está na definição do preço dos produtos ou serviços. Os erros costumam acontecer quando se adotam os extremos de dois critérios aparentemente opostos para a formação de preços — tomar como base quanto cobram os concorrentes ou aplicar a margem de lucro desejada sem levar em conta os preços praticados no mercado.
CANAIS DE VENDA INDEFINIDOS
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Nem sempre os planos definem adequadamente como o produto ou o serviço será colocado no mercado. O planejamento não leva em conta que cada canal de vendas tem uma lógica própria de funcionamento e exige que o negócio se estruture de forma a poder aproveitar todo o seu potencial. Para um fabricante de alimentos, por exemplo, há diferença em negociar com grandes redes de varejo ou com donos de pequenas mercearias. Num caso, pode ser mais interessante contratar vendedores próprios, enquanto no
outro é possível que seja melhor vender para grandes atacadistas, que ficariam responsáveis pela distribuição.
sibilidade de aplicar recursos ou emprestar dinheiro tendem a considerar inconsistentes planos de negócios com dados divergentes.
O QUE O ERRO PROVOCA
A estrutura do departamento comercial pode ficar ineficiente. Corre-se o risco de investir menos do que o necessário na contratação de vendedores ou demorar tempo demais para perceber a necessidade de desenvolver uma rede de representantes.
AUSÊNCIA DE RISCOS
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Muitos empreendedores pintam um retrato irreal do dia a dia de uma empresa ao fazer projeções. É o que acontece quando não se considera a possibilidade de ocorrerem situações fora de controle, como momentos de instabilidade econômica ou a chegada de um novo concorrente. Planos com esse tipo de problema não traduzem as dificuldades comuns em empresas emergentes.
O QUE O ERRO PROVOCA
As projeções ficam demasiadamente otimistas. Ao prever receitas muito maiores do que as que realmente podem ser obtidas, o perigo é exagerar nos investimentos ou nas dívidas, comprometendo os resultados.
INFORMAÇÕES CONFLITANTES
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Geralmente é preciso recorrer a diversas fontes de informação na busca de dados sobre o mercado ou de projeções da economia. É comum que fontes diferentes utilizem critérios diferentes para definir um mercado ou estipular determinado período. Nesses casos, o plano pode afirmar algo num tópico que contradiz a informação dada em outro ponto.
O QUE O ERRO PROVOCA
Informações conflitantes tornam as projeções pouco confiáveis. Além disso, investidores e bancos que estejam estudando a pos-
LINGUAGEM INADEQUADA
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Empreendedores que atuam em áreas muito técnicas costumam usar uma linguagem repleta de jargões ao escrever seus planos de negócios. As informações ficam obscuras para quem não domina os termos técnicos, tornando mais difícil a compreensão do modelo de negócios da empresa. Frequentemente, ao se concentrar nos aspectos técnicos, informações importantes sobre a gestão ou sobre questões comerciais não ganham o devido destaque.
O QUE O ERRO PROVOCA
O excesso de jargão pode afugentar investidores. Para quem está fora da empresa, um documento cheio de minuciosas descrições técnicas pode dar a impressão de que o empreendedor está tentando disfarçar sua própria incerteza e falta de clareza sobre seu modelo de negócios.
REVISÃO INSUFICIENTE
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Muitas vezes, quem faz um plano de negócios dá o trabalho como pronto sem que o documento seja submetido a uma revisão detalhada. Com isso, acabam passando erros que poderiam ser facilmente corrigidos por um revisor de texto, como problemas de ortografia e gramática ou aparecer “bilhões” onde deveria estar escrito “milhões”. Pode ser útil, também, pedir a contadores ou consultores financeiros que confiram os cálculos utilizados nas estimativas.
O QUE O ERRO PROVOCA
Erros de português ou números errados causam constrangimentos quando analisados por alguém de fora da empresa e passam a impressão de amadorismo ou desleixo.
Fontes: André Calazans (gerente de capital semente da Finep), Humberto Tupinambá (sócio do Banco Modal), Luís Augusto Lobão (professor da Fundação Dom Cabral) e Marcelo Romeiro (gestor de fundos da Rio Bravo Investimentos)
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A escolha da maquininha O que as principais credenciadoras de cartões têm a oferecer a pequenos e médios negócios — e o que se deve levar em conta ao decidir com quais empresas fechar contrato Christian Miguel
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Contas a pagar Custos cobrados pelas principais empresas de cartão ALUGUEL MENSAL(1)
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Cielo
De 39 a 135 reais
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1,6%
GetNet
De 59 a 159 reais
3,4%
2,2%
Redecard
De 60 a 120 reais
3%
1,5%
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(1) Varia conforme o volume de transações e a região do país (2) Sobre o valor da venda Fontes: empresas e mercado
Carlos Sandrini,
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do Centro Europeu
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Com a concorrência no mercado de cartões, ele conseguiu taxas 10% menores
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urante muito tempo, o catarinense Carlos Sandrini, de 50 anos, pouco podia fazer para reduzir os custos para receber pagamentos por cartão de crédito. Ele é sócio do Centro Europeu, rede de escolas de ensino profissionalizante de Curitiba, com receitas de 9 milhões de reais no ano passado. Sempre que um de seus alunos quitava a mensalidade no cartão, Sandrini pagava em torno de 3% do valor para as credenciadoras — Redecard, se o recebimento fosse com Mastercard, ou Cielo (antiga Visanet), se fosse com Visa. Algumas semanas atrás, Sandrini pôde pela primeira vez tomar uma atitude. “Chamei os representantes das credenciadoras
para negociar”, diz ele. Sua proposta: as oito unidades do Centro Europeu no Paraná e em Santa Catarina manteriam os terminais apenas da credenciadora que cobrasse as taxas mais baixas. “Consegui um desconto de 10%”, afirma Sandrini, que ficou apenas com as maquininhas da Cielo. Negociações assim se tornaram mais fáceis desde julho, quando acabou a exclusividade que vigorava no mercado de cartões. Até recentemente, quem quisesse aceitar os cartões Visa tinha de contratar os serviços da Cielo. Quem quisesse receber pela Mastercard precisava firmar contrato com a Mastercard. O mesmo valia para os cartões de débito — Visa Electron, da Visa, e Maestro e Redeshop, da Mastercard. Agora a mesma maquininha pode receber todos os cartões. Anunciada no final do ano passado, a mudança era aguardada com ansiedade por muitos empreendedores. A exclusividade inibia a competição entre Cielo e Redecard — as duas principais credenciadoras, com 80% do mercado no Brasil — e desestimulava a chegada de concorrentes. Como resultado, as taxas cobradas em cada venda por cartão no Brasil estão entre as maiores do mundo — em torno de 3% do valor da operação, no caso do crédito, e por volta de 1,5% no valor de débito. O início da competição já trouxe pelo menos uma nova empresa para esse mercado. No começo do ano, a gaúcha GetNet fechou uma parceria com o banco Santander para operar no credenciamento de cartões. O objetivo é atingir 300 000 estabelecimentos em três anos, especialmente pequenas e médias empresas. “A tendência é que, a partir de agora, os empreendedores aumentem seu poder de barganha”, diz o consultor Márcio Iavelberg, da Blue Numbers.
Por enquanto, os descontos oferecidos pelas credenciadoras têm sido suficientes para convencer muitos empreendedores que até agora preferiam não receber cartões a mudar de ideia. É o caso de 68 dos 81 franqueados da rede Nutty Bavarian, que vende petiscos à base de amêndoas. “Muitos dos franqueados achavam o aluguel das maquininhas caro demais”, diz o sócio da empresa Daniel Miglorancia, de 36 anos. Nas últimas semanas, Miglorancia aproveitou a disputa entre as credenciadoras para negociar descontos no aluguel dos terminais e redução de 30% nas taxas cobradas pelas vendas com cartão. “Em breve, todas as nossas lojas vão vender amêndoas no cartão”, diz ele. Reduzir os custos com cartões de crédito e débito é uma preocupação fundamental para muitos donos de pequenas e médias empresas à medida que essa forma de pagamento ganha espaço entre os consumidores. Na última década, o número de cartões emitidos vem crescendo em média 19% ao ano, chegando a 602 milhões de unidades em julho, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços. O aumento do uso de cartões é mais perceptível em pequenas e médias empresas que atendem diretamente o consumidor final. “De sete anos para cá o volume de pagamentos por cartão dobrou”, diz Sérgio Freire, de 35 anos, sócio da Platinam, controladora das redes de franquia Bon Grillê, de restaurantes, e Vanilla Cafè. Segundo ele, o cartão é usado por 65% dos clientes das duas redes, que juntas faturaram 18 milhões de reais em 2009. Freire já está negociando com Cielo, GetNet e Redecard taxas menores e a isenção do aluguel das maquininhas. “Ao reduzir essas despesas, teremos um impacto positivo em nossa margem de lucro”, diz Freire. Agosto 2010 | EXAME PME | 77
Para pensar Sidney Santos é palhaço de circo, vendedor, empreendedor, escritor e palestrante — não necessariamente nessa ordem sidney@sidneysantos.com.br
Os cinco mandamentos do empreendedor Não existem truques para dar certo nos negócios. O que funciona são atitudes básicas — tão básicas que nem todos as valorizam O segundo passo é fazer de cada encontro com um desses consumidoresproblema uma oportunidade. Se ele disser que não vai comprar, eu não vou embora enquanto não vender — afinal, eu também sei ser chato.
1. Honrar seus funcionários
Quanto maior a chance de alguém crescer no emprego, maior será sua satisfação — e, nesse ponto, as empresas menores têm vantagens. Cabe só a você integrar o funcionário ao time e dar o reconhecimento que ele merece. Isso é mais importante do que benefícios custosos. Independentemente de qualquer problema que você possa ter, trate seus funcionários com respeito e seja cordial sempre. E mais importante: jamais atrase o salário deles. Salário é uma coisa sagrada. A cada dez clientes, três são bacanas, dois são chatos e os demais são intragáveis. Eles pedem descontos, esnobam a mercadoria, pedem descontos, fazem cara feia e, enfim, pedem mais um descontinho. Fazer o quê? O jeito é se divertir com essas situações. Primeiro penso: é melhor ter cinco clientes difíceis que não ter cliente algum. 78 | EXAME PME | Agosto 2010
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2. Amar seus clientes
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Ria dos próprios erros. Pisou numa casca de banana? Dê uma boa gargalhada — e antes que os outros o façam
3. Respeitar seus fornecedores
É preciso buscar os melhores preços e boas condições de entrega e de pagamento. Mas isso não justifica tratar mal seus fornecedores. Seja cordial ao negociar. E tolere uma ou outra falha. Antes de pensar em rescindir contrato ou esbravejar ao telefone, lembre-se de outra situação em que esse mesmo fornecedor ajudou numa hora de aperto. Ele deve ter feito uma entrega urgente ou esperou uns dias a mais do que o combinado para receber. Ele nunca fez isso? Ué, então por que continua sendo seu fornecedor?
4. Cobiçar a concorrência
Falar mal do concorrente é feio, muito feio. Mas querer conquistar todos os clientes dele é uma virtude. Vá bater à porta de quem ainda está comprando de uma empresa que não é a sua e ofereça seu produto. Aprenda a fazer contas de cabeça, e rápido. Se o seu raciocínio for bom e veloz, dificilmente você vai perder uma venda. O cliente achou o preço alto? Dê um preço melhor, que não comprometa seus resultados (por isso, você precisa saber fazer a conta). Se ele chiar por causa do prazo, melhore as datas de entrega (sem causar transtornos para a logística). Você até poderá perder um pouco agora, mas ganhará lá na frente. 5. Rir dos próprios erros
O mau humor de uma noite maldormida ou da preocupação com as dívidas pode acabar com uma venda. Por isso, aprenda a rir de suas dificuldades e erros. Pisou numa casca de banana e escorregou? Dê uma boa gargalhada — e antes que os outros o façam. Quem sabe rir das próprias mazelas demonstra grandeza (por exemplo, estou rindo de mim neste momento, pois não estou muito certo de como se escreve “mazela” — é com s ou com z?). Rir de si mesmo é ótimo — especialmente quando você ri ao lembrarse de como era idiota no início de sua vida profissional. Rir dessa forma é um sinal de que você progrediu.
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á dois anos, um jovem empreendedor me procurou. Ele estava prestes a abrir seu primeiro negócio e queria saber quais são as atitudes fundamentais de quem está começando. Escrevi para ele cinco coisas que considero básicas para um empreendedor — uma espécie de tábua de mandamentos para mim, mas que nem todos seguem.
Plano de negócio
Torpedo para você A Cellmídia criou um sistema que premia clientes com créditos para trocar por SMS. O próximo passo é gerenciar programas de fidelidade para grandes empresas Christian Miguel
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O QUE FAZER PARA CRESCER
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s amigos catarinenses Rodrigo Rossoni, de 31 anos, e Márcio Bittencourt, de 34, ficam felizes sempre que o som de um celular que acaba de receber um torpedo atrapalha uma reunião. O SMS é o centro do negócio da Cellmídia, empresa de marketing digital fundada por eles, que deverá faturar 3 milhões de reais em 2010 — quase quatro vezes mais do que no ano passado — atendendo clientes como Banco do Brasil e Unimed. Rossoni e Bittencourt juntaram, numa só ferramenta, os serviços de envio gratuito de SMS de todas as operadoras que oferecem essa possibilidade. Ao ser baixado pela internet no computador, o sistema
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permite ao usuário mandar mensagens gratuitas e acumular pontos que dão direito a mais torpedos. Para ter acesso ao programa, é preciso preencher um cadastro com informações pessoais. Com esse banco de dados estratificado por idade, gênero e região, Rossoni e Bittencourt vendem anúncios para grupos específicos. “Assim, as empresas se relacionam com potenciais clientes de uma forma mais direta”, diz Rossoni. O programa já foi baixado 12 milhões de vezes e 1 500 pessoas fazem o cadastro a cada dia. No começo, Rossoni e Bittencourt apenas administravam bancos de dados de companhias que precisavam enviar recados aos celulares dos
PRÓXIMOS PASSOS
LEO DRUMOND/AGÊNCIA NITRO
Rodrigo Rossoni e Márcio Bittencourt CELLMÍDIA, Florianópolis, SC LIA LUBAMBO
O que faz Marketing digital Receita 800 000 reais(1) Conquista Tem grandes
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EDUARDO MARQUES/TEMPO EDITORIAL
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clientes, como Banco do Brasil, Folha de S.Paulo e Unimed
próprios funcionários. “Percebemos que o sistema poderia ser adaptado para chamar a atenção de potenciais clientes das empresas”, diz Bittencourt. Uma forma de crescer, acreditam Rossoni e Bittencourt, é transformar a Cellmídia numa gerenciadora de programas de fidelidade. “Poderíamos administrar os programas e distribuir prêmios a quem espalhar a propaganda entre seus contatos”, diz Rossoni. Gustavo Caetano, dono da mineira Samba Tech, que desenvolve softwares para transmissão de vídeos, e Roberto Grosman, sócio da agência de marketing digital paulistana F.Biz, analisaram as possibilidades de expansão da empresa. Veja o que eles disseram.
Roberto Grosman
Gustavo Caetano
F.BIZ
SAMBA TECH
São Paulo, SP
Belo Horizonte, MG
Agência de marketing digital
Gerenciamento online de vídeos
Faturamento 20 milhões de reais(1)
Faturamento 5 milhões de reais(1)
Explorar melhor o celular
Atuar em mais mercados
A Cellmídia está em sintonia com um meio em franca expansão. Em 2010, mais de 11 milhões de celulares foram habilitados e o país chegou à marca de 185 milhões de aparelhos. Mas é preciso ter 100% de certeza de que os usuários aceitam receber publicidade. OPORTUNIDADES O princípio da Cellmídia é juntar os sistemas de envio de SMS gratuito. E se as operadoras não derem mais torpedos? E quanto aos consumidores que não querem mais torpedos além dos que já têm? Um caminho mais seguro é oferecer outros benefícios para chamar a atenção de consumidores que não têm interesse por torpedos grátis. O QUE FAZER Rossoni e Bittencourt devem criar mais alternativas de aproximação entre as empresas e os clientes aumentando o portfólio com aplicativos, como joguinhos. Assim, a Cellmídia também aumenta as chances de conquistar empresas que não têm interesse em fazer ações de publicidade, mas que queiram ter programas de fidelidade por meio de telefones celulares.
PERSPECTIVAS
PERSPECTIVAS
O banco de dados da Cellmídia permite a segmentação que tantas grandes empresas procuram. Mas acho que Rossoni e Bittencourt não devem deixar de atender as pequenas, que precisam só mandar torpedos para os funcionários. OPORTUNIDADES Há muitas outras formas de aproveitar melhor a tecnologia do cadastro que permite mandar um monte de torpedos. Por que não atender uma escola que precisa avisar aos alunos que a data da prova mudou? A diversificação é essencial para a Cellmídia ganhar escala. O QUE FAZER Transformar a Cellmídia num gerenciador de programas de fidelidade não deve ser a única estratégia buscada pelos sócios. Há muitas empresas grandes fazendo isso, e a entrada nesse mercado pode ser mais difícil do que eles imaginam. A Cellmídia deve atuar em mais de uma frente, oferecendo a plataforma de cadastro e envio de torpedos a empresas que tenham outras necessidades — como as que precisam avisar ao cliente quando um produto foi despachado ou entregue. (1) Em 2009
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Inovação&Tecnologia IDEIAS E SOLUÇÕES PARA FACILITAR O DIA A DIA DE SUA EMPRESA
MINHA
SEGURANÇA
SOLUÇÃO
Cartório virtual DANIELA TOVIANSKY
Depois que as certificações digitais passaram a ser obrigatórias para a transmissão de dados à Receita Federal, fornecedoras como Serasa e Certisign têm ofertado outros produtos para aumentar a segurança de informações que não têm relação com as obrigações fiscais de uma pequena ou média empresa. Os pacotes podem incluir certificados que conferem validade jurídica a documentos e transações eletrônicas — como se fossem uma versão virtual das assinaturas em contratos no papel. Esses documentos têm validade de um a três anos e podem ser renovados sem a compra do hardware. Eis alguns dos pacotes oferecidos no mercado.
Empresa Chilli Beans Onde São Paulo, SP
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Óculos em 3D O problema | No início deste ano, o empreendedor Caíto Maia, de 41 anos, dono da rede de lojas de óculos Chilli Beans, queria usar máquinas automáticas para vender seus produtos em pontos de grande fluxo de pessoas, como estações do metrô. Mas para o projeto ir adiante era preciso criar uma forma que permitisse aos consumidores experimentar os modelos disponíveis na máquina. “É muito difícil alguém comprar um par de óculos sem ver se a peça lhe cai bem”, diz Maia. O que foi feito | As máquinas foram equipadas com uma câmera que filma o rosto do consumidor e o projeta num monitor, com a imagem virtual dos óculos sobreposta, em 3D. Resultado | A tecnologia foi aprovada em testes com clientes e seis máquinas serão instaladas até o fim de setembro em locais como hotéis, estações de metrô e aeroportos.
O que faz
Preço
Assinador de documentos
Assina e transmite contratos criptografados em Word e PDF de qualquer conexão à web
A partir de 95 reais(1)
Redes Windows
Acessa sistemas da empresa com cartão ou token, além dos tradicionais login e senha
A partir de 300 reais(1)
Servidores web
Criptografa dados preenchidos no site, fazendo o navegador exibir um cadeado
De 1 500 a 3 000 reais(1)
E-mail seguro
Envia mensagens assinadas e criptografadas, evitando leitura e adulteração indevidas
A partir de 5 500 reais(1)(2)
(1) Anual, por usuário. Varia conforme o tipo e a quantidade de certificados (2) Mínimo de 25 certificados Fontes: Serasa e Certisign
CONEXÕES
Velocidade fiscalizada A conexão do escritório, da rede Wi-Fi ou do 3G anda mais lenta que o normal? Alguns serviços gratuitos ajudam a medir o consumo da banda de internet e a conferir se o provedor está entregando, de fato, a velocidade contratada. O site speedtest.net simula o download de arquivos hospedados em diferentes partes do mundo e aponta a velocidade alcançada. O Pingtest.net clas-
Com reportagem de Cecília Abbati e Christian Miguel
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Pacote
sifica a qualidade da conexão entre cinco categorias, calculando quanto tempo uma informação leva para sair do computador, seguir ao servidor contratado e voltar, além de verificar se algum dado se perde pelo caminho. Quem precisa acompanhar as medições em tempo real e arquivar históricos de velocidade por data pode instalar na máquina o DU Meter, também gratuito.
EDIÇÃO | Bruno Vieira Feijó
NA PONTA DO LÁPIS A conta da virtualização Ao informatizar uma pequena ou média empresa, é melhor optar por uma estrutura descentralizada, com um computador completo para cada funcionário, ou centralizar a estrutura e distribuir estações de trabalho? “Há muitos fatores a levar em conta antes de decidir”, diz Pedro Marques, da Hitachi Data Systems. Veja como fazer o cálculo.
Estrutura descentralizada Computadores
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Estrutura centralizada Estações de trabalho(4)
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Servidor
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Programas(5)
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O QUE FAZER Programas(1)
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12 meses 12 meses (2)
Fonte: Hitachi Data Systems
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Eletricidade(3)
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Eletricidade(7)
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RESULTADO A
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RESULTADO B
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(custo mensal)
(custo mensal)
(1) 40% do custo dos computadores (2) 60% da folha de pagamentos do pessoal de TI (3) Horas diárias de utilização x no de computadores x preço do kW/h x 6 (4) 40% do custo dos computadores da estrutura descentralizada (5) 40% do custo dos programas da estrutura descentralizada (6) 20% da folha de pagamentos do pessoal de TI (7) 20% da eletricidade da estrutura descentralizada
Nunca houve um período tão favorável para inovar, com tantas tecnologias disponíveis para os empreendedores Stephen Gilmer — diretor de inovação da Microsoft
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“Se o custo mensal da estrutura centralizada (B) for maior que o da descentralizada (A), pode ser melhor comprar uma máquina para cada funcionário”, diz Marques, da Hitachi. Para saber se a conta continua fechando à medida que a empresa cresce, o cálculo pode ser refeito levando em conta as variáveis projetadas para um cenário de expansão.
das pequenas e médias empresas foram vítimas de ataques virtuais nos últimos 12 meses e
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delas enfrentaram vazamento de informações confidenciais nesse período, segundo pesquisa com 2 152 empreendedores de 28 países Fontes: Applied Research e Symantec, com empresas com até 499 funcionários
Quem leu e quem não leu? Um inconveniente do correio eletrônico é nem sempre ser possível saber se uma mensagem foi aberta por quem deveria lê-la. O ReadNotify avisa automaticamente se o e-mail foi lido, em que momento e se foi reenviado. O serviço também confirma a abertura de anexos, como planilhas e apresentações. O ReadNotify pode ser testado gratuitamente por 14 dias e custa a partir de 4 dólares mensais.
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Livros Clientes
A felicidade se compra
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uitos livros de negócios já foram escritos para tentar desvendar o que, afinal, deseja o consumidor. Para o americano Tony Hsieh, de 36 anos, a resposta se resume a uma única palavra — carinho. Em Delivering Happiness (“Entregando felicidade”), ele diz que fazer todo o possível para deixar os clientes contentes foi fundamental para o crescimento da loja virtual de roupas e sapatos Zappos, de Las Vegas, nos Estados Unidos. “As pessoas podem não lembrar o que você disse ou fez”, afirma Hsieh. “Mas elas sempre vão lembrar como você as fez se sentir.” Em pouco mais de uma década, Hsieh tirou a Zappos do papel e a levou a um faturamento de 1,2 bilhão de dólares no ano passado, quando vendeu o negócio à Amazon — desde então, ele continua na presidência da empresa. No livro, Hsieh conta sua trajetória e explica como solucionou um dilema comum a muitos donos de pequenas e médias empresas em crescimento — o que fazer para manter boa qualidade de atendimento e serviços ao cliente sem aumentar demais os custos? “Passei a considerar
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Em Delivering Happiness, o americano Tony Hsieh conta como a missão de deixar o consumidor contente fez da loja virtual Zappos um negócio de 1,2 bilhão de dólares por ano Fabio Steinberg
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As pessoas podem não lembrar o que você disse ou fez. Mas elas sempre vão lembrar como você as fez se sentir
todos os gastos para satisfazer o consumidor como investimento em marketing”, diz ele. “Nosso crescimento nos últimos dez anos mostra o quanto isso trouxe de retorno.” Aplicar suas convicções no dia a dia foi um dos principais desafios de Hsieh à frente da Zappos. No começo, ele foi criticado por especialistas em comércio eletrônico por garantir aos clientes frete grátis na entrega e devolução de produtos até um ano depois da compra. “Diziam que isso explodiria os custos do negócio”, afirma Hsieh. Em parte, os críticos estavam certos. Sem pagar nada pelo transporte, os clientes encomendavam vários pares de sapatos só para experimentá-los. “Eles ficavam com um ou outro par e devolviam oito ou nove”, diz Hsieh. Os custos aumentaram, mas ao mesmo tempo Hsieh conseguiu demonstrar o quanto um agrado ao consumidor é bom para as vendas. “Como os clientes podiam provar os calçados, quebramos a resistência de quem tinha medo de comprar sapatos pela internet”, diz ele. Com o tempo, os gastos voltaram a ficar sob controle, à medida que as pessoas se acostumavam a comprar sapatos pe-
lo site e perdiam o temor de escolher um modelo apertado ou grande demais e não poder devolvê-lo. Filho de taiwaneses que emigraram para os Estados Unidos nos anos 70 para estudar, Hsieh tem uma trajetória típica dos garotos-prodígio que muito cedo fazem fortuna na internet. Antes da Zappos, ele já havia sido dono de uma agência de publicidade online, vendida em 1996 para a Microsoft. Na época, aos 24 anos de idade, Hsieh saiu do negócio com 40 milhões de dólares, investidos três anos depois na loja virtual de sapatos. Da primeira experiência como empreendedor, ele diz ter aprendido a importância de construir uma cultura capaz de se manter viva enquanto a companhia cresce. “Vendi minha primeira empresa porque não aguentava mais ir para o trabalho todos os dias”, diz ele. “No começo, éramos dez amigos da faculdade trabalhando juntos e, dois anos depois, havia 100 funcionários que mal conhecíamos, com ideias muito diferentes das nossas.” Para evitar desconforto semelhante na Zappos, Hsieh criou um método para evitar que gente pouco comprometida com os valores do ne-
Questão de princípios Três exemplos de como a atenção com os clientes funciona na Zappos
para 1 Incentivo não entrar
Durante o treinamento de novos funcionários, são oferecidos 2 000 dólares a quem não estiver se sentindo à vontade com a política da empresa para ir embora antes de encerrar o processo de contratação
2 Indicação de concorrentes
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Se o cliente quiser uma mercadoria que esteja em falta, os funcionários da central de atendimento são orientados a indicar ao menos três lojas virtuais que tenham o mesmo produto em estoque
nvestidores 3 Icomprometidos
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Ao investir recursos no negócio, os fundos tiveram de se comprometer a não abrir mão da qualidade no atendimento aos consumidores em troca de resultados imediatos no balanço da empresa
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Fonte: Delivering Happiness
gócio contamine os demais. Nas semanas de treinamento para novos funcionários, a empresa oferece 2 000 dólares a quem não estiver se sentindo à vontade para ir embora. Em média, de 2% a 3% do pessoal em treinamento aceita o dinheiro e se manda. Ao escrever sua história, Hsieh afirma que o objetivo foi passar um pouco do que aprendeu para outros empreendedores. Um dos conselhos é para os donos de pequenas e médias empresas em busca de investi-
dores. “É preciso haver afinidade entre o empreendedor e seus sócios ou então eles vão pressioná-lo a abrir mão de seus princípios para ter resultados imediatos”, diz ele. Durante um bom tempo, Hsieh conseguiu manter a afinidade com os fundos que investiam na Zappos. Até que, no começo de 2009, a relação começou a se desgastar. Com a crise no mercado americano, os investidores passaram a exigir redução de custos e melhores resultados financeiros. Foi
Tony Hsieh, da Zappos: carinho para o cliente
quando Hsieh decidiu abrir as negociações com Jeff Bezzos, fundador da Amazon, que desde 2005 vinha demonstrando interesse na Zappos. Hsieh se convenceu de que o negócio entre as duas partes era o melhor caminho para preservar na Zappos a missão de contentar o cliente. “Após passar uma tarde fritando hambúrgueres para Bezzos, vi que tínhamos ideias em comum para nossos negócios”, diz Hsieh. “Até agora, tem sido um casamento perfeito.” Agosto 2010 | EXAME PME | 85
Por dentro da lei DIREITOS E DEVERES QUE TODO EMPREENDEDOR PRECISA CONHECER
CURTAS Fechamento mais fácil
DANOS MORAIS
No casamento vale mais
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Nas garras do Leão O prazo para a Receita Federal cobrar impostos atrasados pode cair de cinco para dois anos caso o Congresso Nacional aprove um projeto de lei sobre o assunto. Especialistas em direito tributário dizem que a medida pode ser prejudicial às pequenas e médias empresas. “Sob o pretexto de que terá menos tempo para cobrar, o Fisco tende a aumentar a burocracia para recolhimento e fiscalização dos tributos”, diz o advogado Raul Haidar. Ainda não há previsão para que a proposta seja votada.
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AGRESSÃO ANIMAL
Bicho sob controle A Justiça gaúcha condenou uma empresa de aluguel de cães de guarda a pagar 18 000 reais aos donos de um poodle morto por um rottweiler, que escapou do carro que o transportava para um canteiro de obras. Nesses casos, a culpa pela agressão é de quem deveria manter o bicho sob controle. “Se o rottweiler tivesse fugido do terreno da obra, a responsabilidade seria de quem alugou o cachorro”, diz o advogado João Biazzo Filho. Da mesma forma, se um cão deixado numa pet shop ataca o gato de outro cliente, a culpa pode ser do dono do estabelecimento.
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2%
do faturamento bruto é o máximo que uma empresa pode doar para campanhas eleitorais. O percentual é calculado com base nas receitas do ano anterior à eleição. As multas para quem doar mais que o permitido variam de cinco a dez vezes o valor excedente.
Fonte: TSE
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Não deixar os consumidores insatisfeitos é uma preocupação comum à maioria dos empreendedores. Os cuidados devem ser ainda maiores em datas especiais — como Natal e Ano-Novo —, quando dar o bolo no cliente pode custar caro. Recentemente, os donos de um hotel de Belo Horizonte tiveram de pagar 23 000 reais como indenização a recém-casados que haviam reservado a melhor suíte para passar a noite de núpcias. Ao chegar lá, os noivos encontraram todos os quartos tomados. Para piorar, a bagagem havia sido levada antes e estava trancada numa suíte já ocupada. “Num dia qualquer, um problema com as reservas nem seria motivo para indenização”, diz o advogado André Pagani de Souza. “Como era numa data importante, os clientes puderam exigir uma compensação por danos morais.”
FOTOS: ISTOCKPHOTO
Pode ficar mais fácil fechar empresas inativas, o que quase sempre é uma dor de cabeça para empreendedores que abrem muitos negócios em pouco tempo. Tramita na Câmara dos Deputados um projeto propondo que, após três anos de inatividade, a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica seja automaticamente cancelada, sem cobrar taxas dos donos nem exigir o preenchimento de muitos formulários.
EDIÇÃO | Gladinston Silvestrini e Débora Pinho
Funcionários representantes Donos de pequenas e médias empresas que usam o sistema de vendas diretas precisam tomar cuidado para evitar problemas na Justiça do Trabalho. Empresas que adotam esse canal — muito comum nas vendas de cosméticos, como batons — costumam contratar revendedores como representantes autônomos para não arcar com despesas trabalhistas. Mas muitos revendedores conseguem receber os direitos na Justiça ao comprovar a obrigação de cumprir horários ou atingir metas de faturamento. “Para que não exista vínculo, os revendedores devem fazer seu próprio horário e não podem ter metas a atingir”, diz a advogada Ozana Baptista Gusmão. 04_CAD -
O Brasil é uma ilha de empreendedorismo cercada de burocracia por todos os lados
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Marcos Bernardini, do Machado Advogados e Consultores Associados
No caixa, todo mundo é igual Uma pequena ou média empresa pode aceitar cheques de alguns clientes e de outros não? Não. Nenhuma empresa é obrigada a aceitar cheques, mas, caso aceite, não pode determinar arbitrariamente que um cliente é mais confiável que outro. A empresa pode impor algumas regras específicas, como exigir que os consumidores preencham um cadastro antes de fechar a compra e não tenham restrições em órgãos de proteção ao crédito, como o SPC e a Serasa — mas elas precisam valer para todos. Certa vez, defendi uma mulher que teve seus cheques recusados em uma loja porque seus pais tinham contas atrasadas e seus nomes estavam nos cadastros de inadimplentes. O Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que houve discriminação e condenou a empresa a pagar uma indenização por danos morais a minha cliente.
P João Geraldo Piquet Carneiro — advogado e presidente do Instituto Helio Beltrão, ao falar sobre o excesso de regulamentação para fazer negócios no país
REGISTRO DE PONTO
Acerto no relógio No dia 25 de agosto, entram em vigor as novas regras para os relógios de ponto eletrônicos, que agora precisam imprimir um comprovante com a hora de entrada e de saída dos funcionários, entre outras exigências. As multas chegam a 4 000 reais. Muitos empreendedores ainda têm dúvidas sobre como se adaptar à legislação. “A lei não exige que se tenha relógio eletrônico”, diz a advogada Maria Lucia Benhame. “O ponto pode ser registrado em livro ou em relógios mecânicos.” Veja algumas alternativas.
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Entradas e saídas Como se adaptar às novas regras para o registro de ponto conforme o tamanho da empresa
O que fazer
Custo da adaptação
A lei não exige registro de ponto e o relógio eletrônico que eventualmente estiver em uso pode ser desativado
Nenhum
De dez a 20
Substituir o relógio eletrônico por um equipamento mecânico, que registra o horário em cartões, ou por livro-ponto
De 800 a 1 000 reais(1)
Acima de 20
Comprar um relógio de acordo com as novas regras. Controlar os registros por livro-ponto ou por cartões pode ficar mais caro
De 2 500 a 3 600 reais(2)
Funcionários Até dez
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CERTOOU ERRADO
GABRIEL RINALDI
VENDAS DIRETAS
(1) Valor médio de um relógio de ponto mecânico (2) Valor médio do equipamento eletrônico Fonte: Benhame Advogados
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Onde encontrar PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS CITADAS NESTA EDIÇÃO
4BIO (p. 22) www.4bio.com.br
(11) 3579-2999 (11) 3508-2900
(presidente) e Márcio Bittencourt Pires Júnior (diretor de tecnologia)
Distribuidora de medicamentos que requerem armazenagem e transporte diferenciado
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Funcionários 40 Sede São Paulo (SP) Clientes Comércio varejista,
Escola de idiomas e de cursos profissionalizantes
hospitais, clínicas médicas e operadoras de planos de saúde Fornecedores Laboratórios farmacêuticos Responsável André Kina (diretor-geral)
Buddha Spa (p. 90)
www.centroeuropeu.com.br
(41) 3222-6669
Funcionários 100 Sede Curitiba (PR) Franquias Joinville (SC)
e Ponta Grossa (PR) Clientes Consumidor final Fornecedores Gráficas e veículos de comunicação Responsável Carlos Sandrini (presidente)
GBOTTA
-
10/08/10
21:07
-
04_CAD
www.buddhaspa.com.br
Fabricante de tintas, vernizes e esmaltes sintéticos Funcionários 295 Sede Içara (SC) Filial Cajamar (SP) Clientes Comércios atacadista
e varejista, lojas de material de construção e indústrias automotiva e moveleira Fornecedores Fabricantes de embalagens e indústrias química e biológica Responsável Jayme Antonio Zanatta (presidente)
Gratícia (p. 22)
Centro de tratamentos estéticos e de bem-estar
www.chillibeans.com.br
(81) 3481-1950
(11) 3818-3030
Funcionários 100 Sede São Paulo (SP) Filiais Caldas Novas (GO)
Rede de lojas de óculos escuros e relógios
Fabricante de batata palha e salgadinhos de milho e trigo
e Ribeirão Preto (SP) Clientes Consumidor final, condomínios residenciais e redes hoteleiras Fornecedores Fabricantes de cosméticos e de produtos de beleza e indústria hospitalar Responsável Gustavo Albanesi (sócio)
Cellmídia (p. 80)
-
Funcionários 100 Sede São Paulo (SP) Franquias Em todos os estados
do Brasil, Panamá, Portugal e Estados Unidos Clientes Consumidor final Fornecedores Fabricantes e revendedores de matériasprimas para óculos, relógios e acessórios como bonés e camisetas Responsável Caíto Maia (diretor-superintendente)
www.graticia.com.br
Funcionários 140 Sede Jaboatão dos
Guararapes (PE) Filial Natal (RN) Clientes Consumidor final e comércios atacadista e varejista Fornecedores Indústria alimentícia e fabricantes e fornecedores de embalagens Responsável Paulo Ricardo Lucatelli (diretor-presidente)
Information Planet (p. 58)
Deva Concepts (p. 58)
Funcionários 12 Sede Florianópolis (SC) Operações CE, RJ, RS, SP Clientes Instituições
Fabricante de cosméticos para cabelos cacheados
-
financeiras e de ensino, comércio varejista e veículos de comunicação Fornecedores Data centers, operadoras de telefonia móvel e fabricantes e revendedores de hardware e software Responsáveis Rodrigo Estrázulas Rossoni
(Estados Unidos) Operações Minnesota e Califórnia (Estados Unidos) Clientes Donos de salões de beleza e consumidor final Fornecedores Indústrias química e hospitalar Responsável Denis DaSilva (sócio-proprietário)
EXAME
www.informationplanet.com.br
Agência de marketing focada no envio de mensagens de texto para celular
88 | EXAME PME | Agosto 2010
Composite
companhias aéreas e instituições de ensino Responsável Alexandre Pucci (diretor)
(48) 2101-4300
Chilli Beans (p. 82)
(48) 3232-8328
-
Fornecedores Gráficas,
www.farben.com.br
(11) 3668-7221
www.cellmidia.com.br
EXAME - EXPME - 88 - 19/08/10
Farben (p. 22)
www.devachansalon.com
+1 (212) 274-8686
Funcionários 120 Sede Nova York
(11) 5186-5186 Skype IP_Adri.Tieppo Agência de intercâmbio especializada em Canadá e Austrália Funcionários 170 Sede São Paulo (SP) Filiais Porto Alegre (RS)
e Rio de Janeiro (RJ) Franquias Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Florianópolis (SC), Salvador (BA), Santos (SP), Santo André (SP) Clientes Pessoas que têm interesse em trabalhar e estudar no exterior
Izzo (p. 70) www.izzomusical.com.br
(11) 3797-0100 (11) 3611-2501 Fabricante e importadora de instrumentos musicais Funcionários 120 Sede São Paulo (SP) Filial Osasco (SP) Clientes Comércios atacadista
e varejista, lojas online e consumidor final Fornecedores Metalúrgicas, madeireiras, fabricantes de embalagens e prestadores de serviços de manutenção de instrumentos musicais Responsáveis Simone Storino Marques e Priscila Storino Aguiar (diretoras)
Novo Ciclo (p. 15) www.novociclo.com.br
(48) 3025-1134 Gestão de descarte, coleta e destinação de lixo reciclável Funcionários 26 Sede São José (SC) Operações Florianópolis (SC) Clientes Comércios atacadista
e varejista, condomínios e instituições públicas Fornecedores Fabricantes de máquinas de transformação (trituradores e coletores de resíduos) e empresas de logística Responsável Rodrigo Sabatini (presidente)
Nutty Bavarian (p. 76) www.nuttybavarian.com.br
(11) 3849-9002 Rede de franquias de petiscos à base de castanhas e amêndoas Funcionários 230 Sede São Paulo (SP) Franquias DF, ES, GO, MG,
PA, PR, RJ, SC
Clientes Consumidor final Fornecedores Importadoras Responsáveis Daniel
hospitalar (luvas descartáveis e máscaras) Responsável Regina Jordão (proprietária)
Miglorancia (presidente) e Adriana Auriemo (diretora)
Pifer (p. 22)
de alimentos
QSE (p. 22) www.qse.com.br
www.onenaturalexperience.com
Fabricante de peças de fibra de vidro, como cabines e bancos, para ônibus e trens
(11) 4229-0249
Funcionários 150 Sede Três Rios (RJ) Clientes Montadoras
Funcionários 120 Sede São Caetano do Sul (SP) Operações BA, CE, ES, MG,
de veículos e operadoras de transportes ferroviários Fornecedores Indústrias química, mecânica e metalúrgica Responsável Otávio Henrique Ilha Campos (presidente)
PE, RJ, SP Clientes Construtoras, empreiteiras, usinas hidrelétricas e termelétricas, petrolíferas, fornecedoras de gás e usinas de açúcar Fornecedores Empresas de logística, data centers e organismos de certificação de processos e produtos Responsáveis Ronicarlos Pereira (presidente) e Denis Bertanha (diretor comercial)
04_CAD
Califórnia (Estados Unidos) Operações Indonésia e Filipinas Clientes Comércios atacadista e varejista Fornecedores Fabricantes de embalagens, gráficas e produtores de frutas Responsável Rodrigo Veloso (sócio-proprietário)
Platinan (p. 76) www.platinan.com.br
-
www.pgproducts.com.br
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GBOTTA
-
10/08/10
PG Products (p. 15)
21:07
(11) 3093-1800
(11) 2244-7474/7470 Blindagem de vidros para automóveis Funcionários 80 Sede Cotia (SP) Operações Frankfurt (Alemanha) Clientes Empresas
de blindagem automotiva Fornecedores Indústria metalúrgica e fabricantes de vidros e de plásticos dos tipos poliuretano, policarbonato e PVB Responsável Edson Yoshikuma (presidente)
-
Composite
de produtos para segurança, empresas de segurança patrimonial e de vigilância residencial Fornecedores Fabricantes e revendedores de hardware e software Responsáveis Carlos Schwochow e Paulo Schwochow (diretores)
(24) 2252-5429/6707
Funcionários 40 Sede Los Angeles, na
EXAME - EXPME - 89 - 19/08/10
de conteúdo para celular Responsável Ron Czerny (presidente)
www.pifer.com.br
Fabricante de bebidas, como água de coco e sucos
-
Operações Ribeirão Preto (SP) Clientes Distribuidores
O.N.E. (p. 58) +1 (888) 663-2626
EXAME
Clientes Consumidor final Fornecedores Produtores
Pello Menos (p. 48)
Holding que controla as redes de franquias Vanilla Caffè e Bon Grillê Funcionários 1 050 Sede São Paulo (SP) Filial Rio de Janeiro (RJ) Franquias AL, AM, CE, DF,
MG, PA PB, TO Clientes Consumidor final Fornecedores Fabricantes e distribuidores de alimentos e bebidas, comércio atacadista, torrefadoras de café, empresas de logística e frigoríficos Responsável Sérgio Freire (superintendente)
Playphone (p. 58)
Softwares para gestão de obras de infraestrutura
Segware (p. 44) www.segware.com.br
Funcionários 26 Sede São Paulo (SP) Clientes Seguradoras e suas
prestadoras de serviços Fornecedores Fabricantes e revendedores de hardware e software Responsáveis Valdemir Navarro e Wladimir Chinchio (diretores)
Funcionários 14 Sede Florianópolis (SC) Clientes Empresas de
(11) 3075-2222 (11) 5090-3006
segurança patrimonial Fornecedores Fabricantes e revendedores de hardware e software Responsável Luiz Henrique Bonatti (diretor da empresa)
Seventh (p. 44) www.seventh.com.br
(21) 2255-8340
Comercializa conteúdos para celular, como jogos, músicas, toques e protetores de tela
(48) 3225-0751
Funcionários 150 Sede San Jose, na Califórnia
Funcionários 15 Sede Florianópolis (SC)
de cosméticos e indústria
Softwares que administram a venda de seguros e microsseguros
Zoom (p. 15)
+1 (408) 261-6200
(Estados Unidos) Operações Londres (Inglaterra), Pequim (China), São Paulo (Brasil)
(11) 3459-7610 (11) 2977-5245
Softwares para monitoramento de alarmes
www.playphone.com
Funcionários 560 Sede Rio de Janeiro (RJ) Filial São Paulo (SP) Clientes Consumidor final Fornecedores Fabricantes
www.vayon.com.br
(48) 3231-0000
www.pellomenos.com.br Clínica especializada em depilação feminina
Vayon (p. 50)
Hardware e software para monitoramento de vídeos
www.legozoom.com
Consultoria pedagógica e distribuidora dos brinquedos educativos da Lego no país Funcionários 200 Sede São Caetano do Sul (SP) Franquias BA, CE, PA, PB,
PR, RJ, RS, SC, SP Clientes Instituições privadas e órgãos governamentais de fomento ao ensino Fornecedores Escolas de cursos profissionalizantes e fundações de apoio à educação Responsável Marcos Wesley (presidente)
www.exame.com.br/pme Veja a lista completa de todos os endereços no Portal EXAME
Agosto 2010 | EXAME PME | 89
Abaixo dos 40
Ele deixa as pessoas mais tranquilas paulistano Gustavo Albanesi, sócio do Buddha
O Spa, encontrou uma maneira interessante de fa-
10/08/10
19:08
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04_CAD
zer sua empresa crescer. Além de ser uma rede com cinco centros de tratamento de estética e bem-estar, o Buddha Spa também passou a prestar consultoria para hotéis, condomínios e clínicas que pretendem montar o próprio spa. Esse tipo de trabalho já foi feito para locais como um condomínio no litoral paulista e a clínica de estética Lanaai, na capital. “As consultorias já são 10% do faturamento”, diz Albanesi. “Acredito que esses serviços aumentem em torno de 50% ao ano nos próximos quatro anos.” Com isso, em 2010, o Buddha Spa deve obter receitas de 3 milhões de reais — 40% mais que no ano passado. Parte da expansão prevista para o médio prazo deverá vir da abertura de novas unidades pelo sistema de franquia. “Há mercado para chegar a 50 pontos em cinco anos”, diz Albanesi. Carolina França Quem é
Gustavo Albanesi, 28 anos
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Empresa Buddha Spa | Onde São Paulo, SP GBOTTA
O que faz Rede especializada em terapias de bem-estar e consultoria para spas Faturamento anual 2 milhões de reais(1)
EXAME
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DANIELA TOVIANSKY
EXAME - EXPME - 90 - 19/08/10
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Composite
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(1) Em 2009
90 | EXAME PME | Abril 2010