Mês da Fotografia

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

FÁBRICA BRAÇO DE PRATA /

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Inauguração 02/11 - 19H30

Exposição 02/11 - 27/11/11

Mês da Fot Matteo Carnevali “As Musas Silenciosas” - Fotografia

Rui Dias Monteiro “Caia Caía” - Fotografia

C.C.Casapiano “Em tudo quanto olhei fiquei em parte”

- Exposição colectivo de Fotografia

Portfolio Projecto - Exposição colectivo de Fotografia

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

o gr afia Agence VU’

“VU’ : dentro do armário” - Fotografia / Instalação

Reuters Pictures “Visões multimédia dos fotógrafos na Reuters”

- Fotografia

Estação Imagem

“LUGARES ALENTEJANOS” - Fotografia Inauguração 03/11 - 19H00 Exposição 02/11 - 02/12/11 No Espaço Megarim-adn em Alvalade

Teresa Huertas

“Home, sweet home” - Fotografia / Instalação Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011

“HOME”/Mês “ Mês da Fotografia ” Ao longo do mês de Novembro, o Espaço Expositivo da Fábrica Braço de Prata dará uma especial importância à Fotografia, reunindo um conjunto de exposições de diferentes fotógrafos e tendências, que abordarão o tema “HOME”. Em paralelo, estão previstos um conjunto de workshops e debates relacionados com este médium, devendo o “Mês da Fotografia” encerrar com a segunda edição da Feira do Livro de Fotografia. O “Mês da Fotografia” surge numa altura crítica. Temos tido a possibilidade de verificar as acrescidas dificuldades que envolvem a mostra de Fotografia nos últimos anos e constatamos, no entanto, a sua regular e constante prática. O maior certame relacionado com a Fotografia realizado em Lisboa na primeira década do século XXI, o Lisboa Photo, deixou de acontecer. Desconhecemos as verdadeiras razões: falta de visão política? problemas de organização? a eterna falta de verba? A linguagem fotográfica tem vindo a perder visibilidade, em particular nos últimos anos. Assistimos ao progressivo encerramento de um conjunto de instituições dedicadas à arte da Fotografia. Um dos poucos espaços tradicionalmente relacionados com a imagem fotográfica, o antigo « Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa”, além de ter perdido o seu nome, perdeu aparentemente a sua função, tão dificilmente conseguida pela sua anterior coordenadora, Luísa Costa Dias, a saber, ser um lugar de encontro, de dinamização, de divulgação e de transmissão junto da população em geral e especificamente junto da comunidade relacionada com a Fotografia. Lisboa é um deserto neste momento. As exposições de Fotografia são raras. Os autores nacionais têm as maiores dificuldades em produzir os seus projectos e não existem melhores perspectivas. Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011

s da Fotografia Falta a Lisboa um espaço dedicado à Fotografia. Chamar « Mês da Fotografia » ao presente projecto, é uma postura não só extremamente ambiciosa, mas é também uma provocação, uma forma de fazer reagir e talvez questionar a nossa realidade comum. Temos em Portugal um dos melhores Comissários/Curadores com especial conhecimento neste domínio e experiência internacional reconhecida. Temos todo um grupo significativo de profissionais relacionados com a Fotografia. Temos uma grande tradição e história nesta arte. Temos sucessivas gerações de Fotógrafos a trabalhar e produzir, com grande dedicação, um volume de trabalho qualitativo e significativo. Temos um público cada vez mais interessado nesta linguagem. DE QUE ESTAMOS À ESPERA ? Em 2012 vamos festejar os 200 anos da utilização do Cloreto de Prata (na litografia) por Nicéphore Niépce. Seria importante que todos reagíssemos e exigíssemos o direito a um espaço dedicado à Fotografia, em Lisboa, uma das raras capitais europeias que não possui neste momento um espaço público a ela reservado. Este futuro lugar depende de nós e da nossa capacidade de juntarmos vontades e esforços. Neste ensaio, que é o « Mês da Fotografia », serão exibidas oito exposições de Fotografia, sete das quais apresentadas na Fábrica Braço de Prata e uma outra apresentada no espaço Megarim-adn. Alguns dos convidados a participar desde o início na iniciativa não puderam concretizar as suas intenções por falta de verbas. Lamentamos este facto e esperamos poder contar com a presença e participação de todos, para, juntos, construirmos um futuro de sucesso para a Fotografia.

Fabrice Ziegler Lisboa, 10 Outubro 2011

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Sala Prado Coelho

Matteo Carnevali

“As Musas Silenciosas” - Fotografia As musas silenciosas, é um trabalho fotográfico em serie, que articula o relato emotivo das diversas encarnações que a ideia de beleza encontra na (só) aparente banalidade dos lugares. A figura feminina, sempre central em cada uma das imagens, simboliza uma musa moderna, privada da possibilidade de fornecer inspiração; daí o atributo silenciosa. Como pano de fundo, uma selecção de lugares isenta de coordenadas geográficas, o mais possível afastada do lugar comum, mas que se insere, ainda assim, no âmago do fragmentado e estilhaçado espaço do quotidiano. Se a musa é o símbolo da arte, então a relação entre esta e a realidade tornou-se mais difícil. É precisa a intenção de utilizar de forma significante o primado do olhar fotográfico, que faz do fotograma a moldura de retalho da realidade na consciência estética do fotografo, e até, fazer dela uma afirmação. Nesta perspectiva, a imagem, torna-se para o espectador uma porta para uma outra dimensão e não uma simples janela sobre o mundo. Não fora o facto de estar convencido de que não há nada mais falso do que uma representação da realidade se esta não se tornar em si mesma uma realidade de equivalencia autónoma e independente da própria realidade, nenhuma destas imagens se prestaria a transportar a carga evocativa e sugestiva (no seio de um repertório pessoal de obsessões) pretendida. As musas tornam-se figuras de uma feminilidade emblemática e enigmática. O conjunto de muros, ruas, pátios e praças surgem como um conjunto de cenários metafisicos aonde sentir a forte eloquência do silêncio e o iminente sentido de mistério da vida, fora do fluxo quotidiano a que o poeta grego K. Kavafis chama «estúpido jogo dos encontros e dos convites». Evitando uma excessiva redução ao essencial sentido do simbólico, quis documentar Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011

a potência da beleza, ali, onde acreditei tê-la vislumbrado em contraluz. Sinto ter visto um conjunto peculiar de representações do mundo por entre as inúmeras versões possíveis.

Matteo Carnevali

http://lemusesilenti.tumblr.com/ Apoio: http://www.galerialobomau.blogspot.com/

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Sala Kandinsky

Rui Dias Monteiro “Caia Caía” - Fotografia

Esta exposição parte de um projecto sobre as fotografias continuadas que faço desde 2009 entre Castelo Branco e Lisboa. Serão expostas trinta imagens (C-Print de 15x20cm a 70x90cm) e uma Manta de Fitas, sobre a luz no jeito habituado dos gestos. Os toques constantes entre a figura e a paisagem. As repetições do meu fazer, na relação com o viver diário enquanto forma de guardar. “Caia Caía” com acento de nome festival na Sala Kandinsky, da Fábrica Braço de Prata, em Outubro. Rui Dias Monteiro, Agosto 2011

Rui Dias Monteiro Nasceu em Castelo Branco em 1987.Vive e trabalha em Lisboa desde 2005. Em 2008 terminou o Curso Avançado de Fotografia do Ar.Co - Centro de Artes Visuais (Bolsa Banco Espírito Santo/Ar.Co, 2006/2007, com projecto sobre Nova Iorque). Expõe desde 2005 em projectos colectivos e individuais. A sua obra encontra-se representada na colecção da Fundação Portuguesa das Comunicações e em algumas colecções particulares.

http://ascouvesdormemsemmanta.blogspot.com

dias.monteiro@gmail.com

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Sala Arendt

C.C.Casapiano

“Em tudo quanto olhei fiquei em parte” - Exposição colectivo de Fotografia

“Em Tudo Quanto Olhei Fiquei em Parte” Emília Tavares

Esta exposição surgiu dum convite de Fabrice Ziegler, no âmbito da sua programação da primeira edição do Mês da Fotografia, na Fábrica Braço de Prata. Desafiada a comissariar um projecto, cujo tema de base era a “Casa”, conciliei este convite com a vontade de elaborar um trabalho com os alunos finalistas do curso de Audiovisual da Casa Pia de Lisboa. Encontrei no ambiente e nos alunos daquele curso um entusiasmo, um desejo de conhecimento e uma capacidade criativa que me impressionou e cativou. Se bem que mais isolados da convivência artística, quando comparados com outras escolas e cursos similares, o trabalho destes 4 jovens evidencia um amadurecimento do olhar e uma intenção reflexiva imagética, que por si só merecem a nossa atenção e a que importava dar visibilidade. Por isso mesmo, considerei que “mostrar” o seu trabalho era uma mais valia ao nosso olhar tão repleto de ruídos, encontrando em cada um deles, de forma diversa, uma limpidez de observação e um timing de suspensão da imagem comoventes, arquitectadas sob uma exigência e rigor técnicos assinaláveis. O que encontrei em cada um deles foi uma noção de cultura da imagem, da sua repercussão, do seu fascínio e poder. Ao estarem conscientes de todos os privilégios, armadilhas e ilusões das imagens, a sua capacidade de trabalhar a realidade e o seu reverso apresenta-se incisiva, perspicaz, e muito próxima de todos nós. As imagens que compõem esta exposição partem dum questionamento, que é nosso, no qual nos revemos, mas que emerge dos seus autores, enquanto elementos criadores de imagens, que querem ser mais do que meros reflexos da

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 realidade, são também rastos das suas histórias individuais, dos seus receios, da sociedade e dos valores com que vivem e convivem. Nada mais errante do que traduzir em imagens conceitos como Casa, Memória ou Arquivo. Foram estas 3 ordens de ideias que lhes apresentámos como ponto de partida, acrescentando à Casa, o seu amplexo emocional que a Memória ou mesmo a ideia de Arquivo corporizam. Foi uma forma também de potenciar uma reflexão não só individual, mas também colectiva, e o desafio parece ter sido plenamente entendido e carismaticamente criativo. Em cada um dos trabalhos encontramos as muitas facetas e toda a complexidade daquilo que nos acolhe e do que nos resta, sinónimos e formas de viver, ou de imaginar a Casa e a Memória. Edgar Frederico Teles trabalhou o tema, através da exploração dum universo de ficção, em que orgânico e inorgânico, o natural e o tecnológico se fundem na criação duma nova mitologia. “Edgar Brain”, centra-se no cérebro como o fulcro dum vasto e complexo percurso entre ficção e realidade sobre os limites e os mistérios que envolvem a construção da memória. Um centro nevrálgico que a ficção científica trabalhou até à exaustão e que a ciência moderna persiste em desvendar. Utilizando uma componente performativa no seu percurso criativo, nesta imagem é trabalhado todo um imaginário, do literário ao cinematográfico, em que o cérebro, enquanto centro da história complexa da memória, permanece como um tema exultante. Não sabemos se “Edgar Brain” está refém, como Ireneo Funes, o personagem de Jorge Luís Borges, da memória dos detalhes mais minúsculos da sua vida, se está cativo duma história de amor como em The Brain that wouldn’t Die, um filme série B de Joseph Green de 1962, ou se aspira a receber em minutos toda a sabedoria da humanidade tal como acontecia no episódio “Spocks Brain” da mítica série Star Trek. Enclausurado numa mecânica de pensar, este corpo e este cérebro mantêm-se em disputa naquilo que a história da humanidade parece em vão perseguir, a justa equidade entre emoção e razão. Um lugar onde a memória possa ser menos misteriosa, mas correndo o risco de ser menos humana. Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011

Joseph Green – The Brain that wouldn’t die (1962)

Star Trek – Episode Spock’s brain, 1968

Elisabete Fernandes, na série Silent Moments, reflecte sobre a fotografia enquanto instrumento de cristalização da representação humana. Redundante será evocar Barthes e o “punctum”, como a matéria sensível da imagem e a perda física dos que amamos. As “velhas” fotografias que se acumulam em todas as casas, todas as vidas, são transformadas em objectos de culto, altares de memória que, tal como a própria, confundem os contornos do real com as áreas sombrias e desfocadas da ilusão. Muito já se disse e redisse sobre a relação demasiado estreita entre fotografia e morte, sobre o estranho e enigmático poder que a imagem possui perante o mais temeroso domínio da vida. Sem temor, a série Silent Moments, deambula pelo território de perda que a imagem comporta, evocação de vida, na penumbra duma presença que sabemos estar perdida, tal como a sua memória se desvanece, e nenhuma fotografia a resgata, por muito que acreditemos o contrário. A encenação de “culto” desta série imagens pode também ser tomado de forma literal, na sua génese etimológica latina, enquanto acto de habitar um lugar. A história da fotografia mantém, desde a sua invenção, no século XIX, uma relação estreita com o domínio da morte. A denominada “fotografia memorialista”, foi consagrada como um género e tratada quer de forma artística, quer explorada comercialmente pelos estúdios fotográficos. A fotografia instaurou-se no domínio familiar e íntimo, também através desta presença “fantasmagórica” das imagens Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011 dos entes queridos mortos, definindo mais do que uma moda um comportamento social. Daguerreótipo de criança morta, 1839-1845

Em Silent Moments estamos nesse limiar entre o culto duma presença que se apresenta, pela sua encenação, como uma celebração imagética da ausência. Aliás, a fotografia contemporânea tem olhado com intenso e permanente fascínio as imagens consagradas aos mortos, como é o caso do Thanatos Museum em Washington, dedicado às várias formas históricas e actuais da sua representação fotográfica. As imagens destas imagens são assim representações duma realidade perversa que a fotografia também encerra, a de evocar o presente sob a forma dum passado irreversível, anunciando a passagem do tempo com pompa e circunstância, dando a olhar o que por vezes desejamos esquecer. Se estes retratos esquecidos parecem fazer parte do itinerário dum culto qualquer, esse é certamente o da memória do esquecimento, e de como a imagem, insidiosa, alimenta o pior e o melhor das nossas vidas. A forma como estes retratos puídos pelo tempo se apresentam renovados perante o nosso olhar, encarnam também a ideia do altar votivo, do lugar de rememoração duma presença. Algo a que autores contemporâneos se têm dedicado, como o fotógrafo francês Christian Boltanski, cujas instalações fotográficas de evocação memorialista, sobre temas como o Holocausto, conferem uma nova “utilidade” à Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011 presença espectral que a imagem fotográfica inaugurou. Christian Boltanski, Reliquaire [Relicário], 1990, pormenor

Noutra abordagem muito diversa, estão os trabalhos de Filipe Costa e de Cláudio Duarte. O universo de Filipe Costa é o da cidade, enquanto espaço potencial, a um mesmo tempo, de existência e de recusa do imaginário da Casa. Mas é também o lugar da “ruína”, um conceito que desde o Romantismo foi profícuo para o imaginário artístico. E que se tem mantido ao longo da história da arte como referência actuante e permanente. Contudo, a “ruína” barroca e romântica continha em si os pressupostos duma sociedade nostálgica, e dum fervor imaginário e simbólico determinantes. A “ruína” foi tema pictórico, por exemplo, com Hubert Robert, pintor francês do século XVIII, que tomou o cognome de “Robert des Ruines” [Robert das Ruínas], dada a profusão das suas obras neste género. Hubert Robert, Vista Imaginária da Grande Galeria do Louvre em Ruínas, 1796

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 O sociólogo Georg Simmel, no início do século XX, abordou o tema, afirmando que o conceito de “ruína” era essencialmente antigo, rural e pacífico e que, em contraponto, o conceito na era moderna correspondia ao ambiente urbano e revelava as tendências de derrota e auto-destruição da sociedade. De certo modo, uma avaliação que remete para o polémico conceito contemporâneo do “horror” enquanto espectáculo, que o marcante acontecimento da destruição das Twin Towers em 2001 veio relançar, colocando face a face estética e ética. Temática que a fotografia contemporânea não tem parado de capturar, procurando documentar o que transforma e transtorna o nosso olhar. Muitos autores poderiam ser invocados, mas projectos de trabalho como o de Jane e Louise Wilson de documentação dos locais abandonados devido ao desastre nuclear de Chernobyl, é suficientemente elucidativo de como a “ruína” transitou do modelo antigo de aura simbólica e pacífica, para a ilustração da decadência e da violência da sociedade contemporânea. Jane e Louise Wilson – Atomgrad (Nature Abhors a Vacuum), 2010. Cidade abandonada de Prypat a 30 km de Chernobyl.

Nas imagens de Filipe Costa, esta herança contemporânea do estado de ruína, abandono, caos e solidão que habitam os interiores das suas casas, persistem como estandartes dessa derrota de que falava Simmel. Impossível não ceder ao apelo de imaginar que vidas percorreram aquelas casas, que histórias levaram ao fim daqueles espaços como lugares de reconforto, de acolhimento, como lugares onde a felicidade tenha sido possível. Imaginação idêntica sobre que vidas encontram naqueles despojos de casas, lugar para habitar, como eles se transformaram nessa unidade elementar do abrigo. Se o desalento percorre uma cidade esventrada no seu elemento fundamental de estabilidade -a Casa-, é também a memória perdida da felicidade que pode ter Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011 percorrido aqueles espaços, que nos alimenta a esperança da possibilidade de um contrário à “ruína”. A sua capacidade de estabelecer diálogos, dialécticas, conferem ao seu trabalho uma consistência de reflexão notável. Consciente da complexidade das emoções que rodeiam a Casa e/ou a Memória, Filipe Costa opta pela polaridade simbólica e metafórica das imagens, como forma de interpretar a mais sensível das matérias. Cláudio Duarte, por seu turno, olha a cidade como o lugar de imanências que se desdobram em significados, um lugar de muitas possibilidades e de tantos outros (des)encontros. Criando alegorias ou tratando os seus temas e pessoas com frontalidade, estabelece uma teia de conexões entre a noção de acolhimento e desolação com que a paisagem urbana enreda os seus personagens. Estamos perante vestígios, pequenas e incógnitas realidades, que o fotógrafo coloca em primeiro plano, concedendo-lhes o protagonismo que a relação moderna da cidade tantas vezes nega a quem a habita. Mais perto duma escola da “fotografia de rua”, do deambulador que capta as pequenas vivências, do observador que suspende aquilo que quase sempre ignoramos, as suas imagens aspiram a esse “instantâneo” que Cartier-Bresson imortalizou. Henri Cartier Bresson- Alex Novak e Marthe Smith, 1947

A sua cidade é também habitada pelos lugares donde observamos e através dos Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011 quais somos observados, que toda uma escola contemporânea desde Stephen Shore a Joel Sternfeld, tem transformado no “retrato” colectivo da sociedade em toda a sua ambiguidade e contradição. Joel Sternfeld, Kansas City, Maio 1983

A metrópole como sistema inspirador da ilusão e da virtualidade é confrontada, nas fotografias de Cláudio Duarte, com as fragilidades do individual, com o que se desmorona, com tudo aquilo que nos deve fazer repensar a utopia do lugar feliz. No seu conjunto, estes trabalhos evidenciam uma melancolia que contraria o implícito optimismo da juventude dos seus autores. Mas é essa aparente contradição que lhes confere a densidade emocional e as coloca nesse patamar encantatório entre fruição estética e confronto com a realidade. O que me parece mais importante no conjunto deste trabalho e desta exposição é que 4 fotógrafos tão jovens tenham escolhido a crueza imperativa da realidade como terreno de criação. E que o tenham feito com uma manifesta sensibilidade, no seu modo de interrogar e questionar a matéria de que é feito o mundo. “Em Tudo quanto Olhei Fiquei em Parte”, é parte dum verso de Ricardo Reis sobre o que a memória nos deixa e nos leva. Nesta exposição, as imagens guardam e resguardam o que desejamos e o que tememos, podem ser a nossa casa ou o nosso desabrigo, podem ser tudo e nada. O seu sentido e a sua forma estão num permanente estado de extremismo, algo que faz falta às brandas e perigosas indiferenças com que os tempos presentes falsamente nos sossegam.

Emília Tavares

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Cláudio Duarte

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Edgar Teles

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Elisabete Fernandes

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Filipe Costa

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Título: Em Tudo Quanto Olhei Fiquei em Parte Comissária: Emília Tavares Fotógrafos: Cláudio Duarte, EdgarTeles, Elisabete Fernandes e Filipe Costa Produção:Vasco Barata Apoios:

Casa Pia de Lisboa

Epson Portugal

Fine Print

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Sala Woolf

Portfolio Projecto - Exposição colectivo de Fotografia

Ana Filipa Quintão “A Casa da Árvore”

Uma casa. Uma árvore. Um imaginário. De uma casa na árvore. Memórias de infância. Risos soltados. Silêncios ouvidos. Espaços conquistados. Independências sentidas. Inocências vividas. E jamais esquecidas. Uma casa de família foi construída e fotografada segundo este imaginário. Assim nasceu esta série lomográfica, com uma Holga 120N e filme Kodak TRI-X 400. Nascida em Portugal em 1975, desde cedo me dediquei à fotografia, inicialmente como espectadora dos álbuns de família, com os quais passava horas em completo fascínio. O interesse pelo mundo da imagem foi crescendo, bem como o meu fascínio por esta arte, tendo passado da contemplação à acção com as minhas primeiras câmaras descartáveis e posteriormente com a câmara analógica do meu irmão. A fotografia sempre esteve ligada à família, tendo o meu avô praticado fotografia de retrato na década de 40. Com um instinto de observação muito vincado, desde cedo me interessei pelo que me rodeava. Pelos lugares, pelas pessoas. Sempre gostei de simplesmente me recostar e observar. Foi assim que como uma amante da observação que sou, me tornei numa amante da fotografia. Decidi já em fase adulta, receber alguma orientação e formação a nível teórico e prático, tendo passado pelo Atelier de Imagem - Instituto de Fotografia de Lisboa, bem como pela mão da fotógrafa Susana Paiva. Recentemente tenho-me dedicado à exploração da fotografia de baixa resolução, dedicando-me à lomografia e iphoneografia, sempre com o intuito básico de mostrar aos outros a minha perspectiva do mundo, de acordo com os meus instintos fotográficos de dar atenção sobretudo à qualidade expressiva da imagem.

http://www.theportfolioproject.org/anafilipaquintao

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Andreia Neves Nunes “Passagem”

Casa s. f. Nome genérico de todas as construções destinadas a habitação de um indivíduo ou conjunto de indivíduos, de tal forma que estejam protegidos dos fenómenos naturais exteriores assim como ataques de terceiros. Uma casa não é necessariamente um espaço limitado pelas suas paredes, apenas utilizado como habitação e armazenamento, nela residem as experiências e memórias dos que lá viveram, criando um conceito de “lar”, numa relação intrínseca entre o emocional e o espaço físico, tornando estas duas ideias profundamente interligadas. São estas marcas da presença, física e espiritual, que considero tão interessantes retratar. Cada espaço conta uma história, parte de nós saber senti-la e interpreta-la, percebendo que a nossa própria passagem irá criar uma mais.

Nasceu em Lisboa em 1977. Fez um curso de Fotografia e Revelação a Preto e Branco de 1994-95 e de seguida o Curso de Iniciação Cinematográfica. Em 2002 termina o Curso Superior de Design de Comunicação pela E.S.T.A.L. e em 2003 inicia o Curso Avançado de Fotografia na APAF e em 2004 o Curso de Fotografia aplicada nível II no MEF, realizando diversos workshops em ambas as escolas, entre os quais Retrato, Pinhole e Polaroid. Em 2005 faz o Curso de Sistemas Profissionais de Video no IPJ e em 2006 o Workshop de Introdução à Película em Cinema na RESTART. Desde então tem feito mais workshops dentro das áreas de fotografia e design. Foi assistente de fotografia de Paula Figueiredo para a exposição ‘Ádito’, inserida no evento cultural ‘Lisboa Capital do Nada’. Desde 2002 que trabalha como freelancer em fotografia e design gráfico assim como designer de comunicação em diversos ateliers sediados em Lisboa.

http://www.theportfolioproject.org/andreianevesnunes

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

José Morais Conjunto de fotografias sobre uma casa que guarda memórias de uma família . A intenção é não esquecer a vida que aconteceu nos objectos, fotografias, documentos do passado e perceber o tempo olhando o presente.

Foi num dia de Novembro, dum ano em que ainda não havia televisão, que nasci. Pela primeira vez respirei a atmosfera deste “nobre povo, nação valente e imortal”. Numa intensa gritaria me revelei, atitude que se prolongou pelos meses seguintes e que, hoje, suspeito ter sido uma questão de inadaptação. Depois, os anos foram sucedendo, lembro-me das aulas de catequese , de ter conhecido Jesus ( Cristo ), um personagem que sempre me seduziu, pela sua irreverência, pela sua consciência do mundo. Lembro-me de ficar encantado vendo os meus pais construir álbuns de fotografias de família, de imaginar as vidas daquelas pessoas, olhando as suas imagens, momentos eternizados, lembro-me da escola primária, lembro-me de receber as insígnias de chefe de quina na mocidade portuguesa, lembro-me da máquina fotográfica do meu pai, a objectiva ficava na extremidade dum fole, e das fotografias que fazia – dos meus amigos, da praia, dos ralis, dos bailes de garagem, que sobreviviam com o meu gravador de fita TelefunKen; tempo dos Beetles, dos Bee-Gees, de Bob Dylan., tempo de descoberta do amor. Lembro-me do Hilman Imp, das calças Levi´s e do Elvis Presley. Lembro-me de viajar para Coimbra, dos cinco anos que lá vivi, do mundo novo que descobri. Hoje, lembro-me que a vida é finita e quero que as minhas fotografias me lembrem que existo.

http://www.theportfolioproject.org/josemorais

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Luís Pinto Não o sei ao certo. Talvez por ter mudado de morada algumas vezes, desde criança. Mas a verdade é que nunca tive nenhum sentido forte de pertença a um qualquer lugar. Fosse ele qual fosse. A casa dos meus pais. A escola. A terra dos meus avós. Não é que não tenha ligações aos locais. Nelas. Espinho.Valença. Aveiro. E falo nestas porque as outras ainda menos marcas deixaram. Mas não me sinto nem daqui, nem dali. De nenhum lado. Talvez por isso, para mim, a casa não seja um local geográfico específico, mas antes o lugar onde por algum motivo eu estou, seja habitualmente, seja de passagem por alguns dias, com a condição fundamental de nesse espaço eu sentir uma clara sensação de bem estar. No espaço. Com as pessoas. Com o tempo. Com os objectos. Com as vistas. Com os pequenos detalhes. Seja ela a minha casa, ou a casa dos outros. O que capto - ou tento captar - nestas imagens são esses detalhes. Momentos fugazes que me fazem sentir em casa. Ou que, estando em casa, me permitem expressar aquilo que sinto e que não consigo exteriorizar de outra forma. Seja angústia, solidão, esperança, desapego, desassossego, insegurança, paz, beleza, luz, escuridão. São fragmentos que me marcaram. Que me marcam. Que fazem parte da casa que eu sou. Desta casa nunca terminada. Da casa que procuro. I’m 42 years old and I’m a graphic designer living and working in Aveiro, Portugal. In 2009 I felt the need to change my life, and I decided to follow my real passion, photography, and become a photographer. My photographic technical skills were developed over the last two decades, between self-learning and photo workshops. But photography is much more than technique. And as I felt the need to further develop my visual skills, I realised that I needed to choose more specific workshops, which allowed me to face the challenge of discovering and showing myself through the images that I capture. At the same time, as the need for change evolved, so did the photographic focus shifted towards the more challenging field of social photography. The result of this challenge is expressed in four photographic stories that I created between 2009 and 2011.The first two of them, «In close proximity» and «Twilight life», were developed in Vietnam, and the other two, «Fighting for a future» and «The last bolero», were developed in Cuba.

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Mário Pires “A Casa da Luz”

A ideia da fotografia nasce muito antes da possibilidade prática de a materializar. Nasce de num quarto escuro através de uma abertura para o imaginário. Muitos séculos depois, o princípio continua connosco, a servir de casa para dar à luz o que a nossa imaginação cria. As fotografias foram obtidas com uma camera pinhole analógica, foram digitalizadas e impressas em plotter.

Nasceu em 1960, tem formação académica em Engenharia Química e fotografa desde 1984. Entre 1992 e 2001 foi o fotógrafo oficial da empresa Adrenalina Organizações Desportivas, que organizava o campeonato nacional de surf e a etapa portuguesa do Campeonato Mundial de Surf. Desde 2004 fotografa activamente espectáculos musicais, preferencialmente na área comummente denominada por “world music”. É, desde 2005, o fotógrafo oficial do Festival de Músicas do Mundo de Sines. Profissionalmente é responsável pela produção áudio/visual e multimédia num centro de formação profissional.

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Rosa Reis

“A casa como projeto vivido” A casa enquanto espaço memória com símbolos próprios em que códigos emocionais marcam este espaço de vivências.casa que eu sou. Desta casa nunca terminada. Da casa que procuro.

IVinte e cinco anos de fotografia documental e autoral em ambientes de trabalho em que o homem, a memória e a luz são fonte de inspiração. Em 1995 a revista “LEICA” publicou um portefólio de fotografias no Estaleiro da Lisnave. O Ecomuseu Municipal do Seixal proporcionou uma relação mais íntima com o Património Industrial. A Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea de Almada estimulou a reprodução fotográfica de obras de arte. Captou as emoções do Jazz relevando o prazer de ouvir e a relação dos músicos com o seu instrumento. O Mestrado em Cultura Visual veio dar fundamento teórico a uma prática já longa.

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Rui Velindro “Sorri”

Momento Nostálgico: Fazes uma regressão ao passado. Lembras-te daquele pormenor que tanto te chamou à atenção na tua antiga casa, dos objectos, das cores diurnas e nocturnas do lar onde te criaste e te fizeste no ser que és. Não interessa qual o lugar, podes ter morado em vários espaços que se transformam numa só casa, a casa dos bons momentos e das boas memórias... a casa de sonho. Estes são pormenores da minha casa de sonho...

Nasceu em 1981 em Coimbra e reside agora no Barreiro. Actualmente é fotografo profissional, colaborando com as revistas semana médica e nursing. Ao mesmo tempo é estudante do Centro de Arte & Comunicação Visual (Ar.Co) no curso de fotografia sendo também licenciado em História da Arte pela Universidade de Coimbra. Apaixonado pela fotografia desde muito novo, aos 14 anos tirou um curso de fotografia, tendo desde aí frequentado workshops e outros cursos pontuais. Entre 2005 e 2007 foi editor de fotografia do jornal Universitário de Coimbra «A CABRA» e fez parte de mais de 16 exposições colectivas e individuais tendo feito inclusive o ArtWork e fotografia do terceiro EP de originais da banda de música «Revol». Fotojornalismo e Cultura são os seus temas preferidos apesar de se sentir confortável com qualquer outro que lhe permita captar o momento certo através do seu olhar.

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Susana Paiva

“A fotografia é uma casa vazia à qual sempre regresso” Uma intervenção efémera, de pequenas imagens nómadas projectadas nos diversos espaços da Fábrica do Braço de Prata, simboliza a minha relação ambígua com todos os espaços que, desde 2006, tenho habitado. “A fotografia é uma casa vazia à qual sempre regresso” é um registo poético, revelador da frágil conjugação entre diversos espaços de intimidade inevitavelmente marcados pelo acto do abandono.

Intervenção performativa disponível apenas nos dias 3, 4, 5 e 6 de Novembro. Faz algum tempo que me divorciei da escrita, depois da descoberta dessa grande paixão que tem sido a fotografia. Tornei-me fotógrafa ao longo dos últimos 20 anos, plenos de aprendizagens e dúvidas propulsoras que hoje me asseguram ter encontrado o meu Olhar. Construí a minha singularidade através da pesquisa e experimentação constantes, descobrindo o meu ritmo, distância de segurança e sujeitos de eleição. Hoje sei que sou uma fotógrafa lenta, que necessita de tempo para a contemplação, para a instalação num certo espaço ou interacção com um certo sujeito. Descobri que sou uma fotógrafa do tangível, que necessita de estar próxima dos seus sujeitos, de criar emoções - de emocionar e ser emocionada - de partilhar, com generosidade, os seus projectos e ideais fotográficos. Compreendi que me move uma imensa necessidade de transfigurar o real e de procurar fragmentos poéticos no quotidiano e que a fotografia se tornou a minha linguagem primeira, substituindo gradualmente a palavra na minha interacção primordial com o mundo. Hoje sei que é quando comunico e partilho as imagens que crio, bem como a paixão que nutro pela fotografia, que mais me realizo, não apenas como profissional mas sobretudo como ser humano. Após diversos anos a trabalhar como fotojornalista e fotógrafa de teatro em Portugal, iniciou uma carreira internacional sendo, desde 2006, o seu trabalho distribuídos pela Anzenberger Agency for Photographers. Fundou, em Dezembro de 2008, a plataforma THE PORTFOLIO PROJECT onde hoje se reúnem 21 membros, com interesses e práticas distintas, unidos pelo desejo de continuar a crescer e a partilhar vivências e conhecimento na área da fotografia.

http://www.theportfolioproject.org/susanapaiva

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Sala Rilke

Agence VU’

“VU’ : dentro do armário” - Fotografia / Instalação Desde a sua criação em 1986, que a VU’ é mais conhecida como uma «agência de fotógrafos» do que uma agência fotográfica. A sua aposta na especificidade da identidade de cada fotógrafo, criou um estilo pleno de criatividade e intensidade. Numa iniciativa original, um grande armário branco é a base para uma instalação de fotografias de fotógrafos da VU’, levando os visitantes a viajar por múltiplas faces e recantos, entre os mais diversos ambientes e lugares, tendo como fio condutor o tema «Home», proposto pela organização do «Mês da Fotografia», na Fábrica Braço de Prata. A edição de fotografias e a produção da instalação estão a cargo dos fotógrafos Bruno Portela e Fabrice Ziegler. A Agence VU’ é representada em exclusivo em Portugal pela Photo Agent.

http://www.photoagent-portugal.pt/

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Antes-Sala Wittgenstein - 1ª Andar

Reuters Pictures “Visões multimédia dos fotógrafos na Reuters”

- Fotografia

Numa iniciativa da Photo Agent, a Reuters Pictures apresenta na Fábrica Braço de Prata «Visões multimédia dos fotógrafos na Reuters» durante o mês da fotografia dedicado ao tema «Home/Place». Um conjunto de trabalhos multimédia individuais e coletivos produzidos recentemente e um trabalho coletivo realizado e produzido em Portugal, que terá a sua ante-estreia pública durante o evento organizado na Fábrica de Braço de Prata. Durante 30 minutos os visitantes assistirão sucessivamente a um conjunto de reportagens que numa montagem que inclui fotos, som e vídeo, nos transportam numa visão pessoal dos autores a diversas histórias e a vários locais da actualidade mundial.

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Sala Wittgenstein - 1ª Andar

Estação Imagem

“LUGARES ALENTEJANOS” - Fotografia Projecto multidisciplinar que envolve literatura, fotografia e desenho através do entrecruzar da palavra e do olhar sobre o passado e o presente do Alentejo, que aliam o imaginar de leituras originadas na escrita e o ler de uma crónica originada na imagem. Procurou-se primeiro, o lugar do Alentejo na obra de escritores e poetas portugueses que lhe pertencem por nascença ou adopção e em cuja prosa ou verso reside, ao longo de pouco mais de século e meio, a «viva, obsidiante memória» dos seus lugares. Confiando depois a dois designers e doze fotógrafos a leitura dessas outras tantas obras, romances,e poemas, através de sete imagens suscitadas por outros tantos trechos. A estas leituras que atravessam o tempo no modo de imagem, ordenadas pela idade dos seus autores, acrescentámos uma outra, no modo de escrita, de sete fotografias tiradas da obra do fotógrafo eborense Eduardo Nogueira (n.1898) com texto de Vanessa Rato (n.1975), jornalista do Público. Deste projecto resultou a edição de um livro, com prefácio de Fernando Dacosta, design do atelier Henrique Cayatte e a produção de uma exposição que inaugurou em Évora e já passou pelo Porto, Portel, Alandroal, Avis e Odivelas.dos autores a diversas histórias e a vários locais da actualidade mundial.

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

-adn Inauguração : 03 de novembro pelas 19H

Home, sweet home Teresa Huertas fotografia / instalação

Home, sweet home é o mais recente trabalho de Teresa Huertas, o primeiro de uma série que pretende reflectir sobre aspectos da memória individual e colectiva, que marcaram profundamente algumas gerações do século XX português. Através da apropriação de uma imagem cliché da década de 50, questionam-se valores e modelos comportamentais de uma geração dominada pelo autoritarismo. O segundo elemento deste trabalho, uma instalação site-specific, remete para a esfera do íntimo. Na relação entre espaço interior e texto, procura-se uma forma de materialização da memória emocional. 03 de Novembro - 02 de Dezembro de 2011 Megarim-adn, Rua do Centro Cultural, 11 - Alvalade, 1700-106 Lisboa

Horário : Seg / Sex: 9H00-12H30 | 14H00-18H00 http://www.megarim.pt

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Teresa Huertas Vive e trabalha em Lisboa. FORMAÇÂO É licenciada em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa. Estudou Fotografia (AR.CO. Centro de Arte e Comunicação Visual, Universidade Aberta, Centro de Formação João Soares, em Lisboa), História de Arte (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), Pintura (AR.CO.), Desenho (S.N.B.A., Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa), Gravura (Galeria Quadrum, Lisboa), Cenografia (Escola Superior de Teatro e Cinema, Lisboa) e Artes Performativas (Forum Dança, Lisboa). Frequentou cursos e workshops de imagem, performance, dança e voz. EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS 2011 “Home, sweet home”, Megarim-ADN, Lisboa. “Journey’s end”, Fábrica Braço de Prata, Lisboa. 2008 “Octiens”, Biblioteca Municipal D.Dinis, Odivelas. 2007 “H. in memoriam”, Fábrica Braço de Prata, Lisboa. 2006 “H.” , Centro de Cultura Contemporânea/ Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras. “Rêveries”, Galeria Municipal de Abrantes EXPOSIÇÕES COLECTIVAS 2008 Concurso de Fotografia Purificación Garcia (Seleccionados), Círculo de Bellas Artes, Madrid; Centro Cultural de la Diputación de Ourense 2007 “Poder, Ruptura, Silêncio”, Convento de Cristo, Tomar “Iniciativa X”, Arte Contempo, Lisboa. 2006 “Caligrafias”, Casa Fernando Pessoa, Lisboa. 2005 Bienal de Fotografia da Moita. “Arte urbana para Intervenção”, Lisboa. 2004 “uma forma concreta ou (re)velada”, com Manuel Luis Cochofel, Galeria 9arte, Lisboa. Festival Monsaraz Museu Aberto, Jardim da Casa da Universidade, Monsaraz. 2002 “Colectiva Fotografia”, Galeria LAG, Lisboa. “Land-to-‘scape”, KampoKelly Studio, Torres Vedras Mostra Luso-Galaica de Arte Contemporânea, Chaves. 1996 “Luxuria”, KampoKelly Studio,Torres Vedras. 1995 “Solve et Coagula”, Festival Motivos, Casamatas, Almeida.

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

As Baladas do Ciclope Entrada Livre!

19 Novembro, 21H! O colectivo El Cíclope Mecánico vai realizar a terceira edição das Baladas do Ciclope em Lisboa, uma vez mais, na Fábrica do Braço de Prata. Continuamos a querer maior participação de autores portugueses, pelo que convidamos quem estiver interessado a enviar a sua proposta até dia 10 de Novembro. Lembramos, no entanto, que não é obrigatório ter nacionalidade portuguesa. Tendo em conta que estas Baladas realizar-se-ão durante o mês da fotografia da Fábrica do Braço de Prata, sujeito ao tema ‘HOME’, sugerimos que os trabalhos se integrem no mesmo. Contudo, esta escolha é facultativa. As Baladas do Ciclope são encontros de fotografia, com a duração de cerca de uma hora, nos quais projectamos trabalhos de 10 fotógrafos, em média. Pretendemos, com este formato, dar a conhecer a um público mais alargado a fotografia como ferramenta de criação, liberdade, denúncia, integração ou expressão pessoal. Consulta alguns dos trabalhos apresentados em eventos anteriores aqui: http://vimeo.com/elciclopemecanico O nosso site: www.elciclopemecanico.com A nossa revista online: http://issuu.com/elciclope/docs/bd4

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 El Cíclope Mecánico de Sevilha e a Fábrica Braço de Prata

As Baladas do Ciclope As Baladas do Ciclope são uma nova forma de ver fotografia. Durante cerca de uma hora são projectados vários trabalhos de autor, acompanhados por música. É neste encontro que fotógrafos e amantes da fotografia se juntam num ambiente de boa convivência e descontracção para desfrutar de boa fotografia. As Baladas contam já com uma longa história que conhece o seu início em 2006, na cidade andaluza de Sevilha. São organizadas pelo colectivo de fotografia El Cíclope Mecánico e agora chegam a Lisboa com a colaboração da Fábrica do Braço de Prata. O objectivo destes encontros é criar um espaço que promova a divulgação e a partilha de ideias sobre fotografia. Por isso, estamos abertos a qualquer fotógrafo que queira apresentar o seu trabalho, desde que demonstre qualidade e coerência. Em anexo seguem os requisitos de participação, com mais detalhes.

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

FEIRA DO LIVRO DE FOTOGRAFIA 25, 26 e 27 de Novembro Horário: Sexta-feira de 17h à 22h Sábado e Domingo, 15h até 21h Entrada Livre

O livro de fotografia é um objecto importante associado ao meio fotográfico desde o seu inicio, tanto como meio de divulgação como de impressão da mesma. Dado o crescente interesse do publico pelos foto-livros e o reconhecimento do seu valor no mercado internacional (em paralelo com o mercado da fotografia), pensámos ser importante reunir em Lisboa de forma regular, um conjunto de fotógrafos, editores, livrarias, alfarrabistas e galerias com edições que dessem a conhecer algumas das novidades e os clássicos que existem nesta área. Queremos desta forma divulgar e abrir o mercado das edições fotográficas, criando também uma plataforma para um diálogo sobre este meio específico dentro da fotografia, cruzando-o com áreas como o design, as artes plásticas, o jornalismo, o cinema ou a edição em geral. Este ano vamos tentar dar um destaque especial aos projectos de edição, teremos uma bancada só dedicada aos projectos de edição, onde serão apresentadas várias maquetas e edições únicas relacionadas com a fotografia. Editores confirmadas no fecho desta Press-release: Agence VU’. Alexandria Livros, Arquivo Municipal de Lisboa, Assírio & Alvim, Braço de Ferro, CulturaGest, Dafne, Dinalivro, Edições 70, Estação Imagem, Estampa, Fim de Século, Gusatvo Gili, Relogio D’Água, Reuters, Orfeu Negro... e aguardamos outros confirmações de Livrarias e Editores. Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Debate ESTAÇÃO 26IMAGEM de Novembro, 18H30 Reportagem fotográfica:

construção de uma narrativa Com Paulo Pimenta, Nelson Aires e José Carlos Carvalho, moderado por Luís Vasconcelos. A Estação Imagem apresenta o debate «Reportagem fotográfica: construção de uma narrativa», na Fábrica Braço de Prata, no âmbito do «Mês de fotografia» que a FBP promove em novembro. Moderado por Luís Vasconcelos, director da Estação Imagem, participam os fotojornalistas Paulo Pimenta (Público), vencedor do Prémio Estação Imagem|Mora 2010; Nelson Aires (Kameraphoto), vencedor do Prémio Estação Imagem|Mora 2011; José Carlos Carvalho (Visão), vencedor do 1º prémio da categoria Vida Quotidiana na edição do Estação Imagem|Mora 2011. O objectivo do prémio Estação Imagem|Mora é promover a reportagem fotográfica, género jornalístico em que os jornais e revistas nacionais cada vez apostam menos. As reportagens têm um mínimo de 7 fotografias e um máximo de 11, acompanhadas de um texto de enquadramento escrito pelo concorrente, e um júri internacional escolhe as reportagens vencedoras em função da sua estrutura narrativa. O elevado número de participações nas duas edições, confirma a importância de que se reveste uma iniciativa deste tipo. Os fotojornalistas são em qualquer país do mundo os fotógrafos com maior visibilidade e produtividade na sociedade em que se inserem. As suas fotografias publicadas na imprensa são vistas/lidas por muitos milhares de pessoas o que lhes confere uma enorme responsabilidade e importância social pois, para os leitores as fotografias são um testemunho da verdade dos factos. Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


©Nelson Aires

©Jose Carlos Carvalho

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

Debate REUTERS

26 de Novembro, 20H30

Ver para fora de dentro

Com Paul Hanna, José Manuel Ribeiro e Rafael Marchante, moderado por Bruno Portela. Os repórteres fotográficos da Reuters espalhados pelos quatro cantos do globo, captam os acontecimentos que moldam o mundo, distribuindo mais de 1.500 fotografias por dia, 365 dias por ano. Cobrem notícias de fundo e de última hora, dos conflitos ao entretenimento passando pelo desporto, pela política, e tantas mais áreas, reportando dia a dia, a actualidade, o relevante, o inaudito ou o bizarro. A forma como olham o seu país de origem, ou de acolhimento, e a necessidade de reportar os acontecimentos mais relevantes para fora do seu local, informando milhões de leitores em todo o mundo, é a premissa do debate que promovemos, «Ver para fora de dentro». Conta com as participações de Paul Hanna (Inglaterra), editor de fotografia para Espanha e Portugal, José Manuel Ribeiro (Portugal) e Rafael Marchante (Espanha), repórteres fotográficos da Reuters na delegação de Lisboa; e será moderado por Bruno Portela, director da Photo Agent, representante em Portugal da Reuters Pictures.

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©Rafael Marchante-Reuters

©José Manuel Ribeiro-Reuters

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Mês da Fotografia | Novembro 2011

WORKSHOP

20 de Novembro

Workshop de construção de uma narrativa imagética Uma imagem, mil palavras? Objetivos:

Explorar a ligação entre imagem e texto. Aplicar o conceito de narrativa a suportes imagéticos. Adquirir mecanismos de libertação da criatividade. Experimentar a expressão através da palavra e da imagem. Construir uma narrativa imagética para exposição imediata no espaço.

Destinatários:

Para todos os que fazem da imagem um meio privilegiado de comunicação e desejam explorar novas formas de expressão a partir desse suporte artístico.

Conteúdos:

Componente teórica:

- A ligação ancestral entre imagem e texto. - Exemplos e debate de trabalhos de artistas. - Conceitos, regras e estrutura da narrativa.

Componente prática: Duração: 4 h Nº de participantes:

- Exploração da interação entre imagem e palavra. - Criação de um projeto de narrativa imagética e textual, que será exposto, por meio de projeção, numa sala do espaço, de modo a ser observada por todos os visitantes.

Valor:

25 € / participante

Mínimo = 8, máximo = 12

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Formadores: Dulce Surgy -Curso Livre de Literaturas Avançadas, pelo Lab. Estudos Avançados de Literatura da FCSH, U.N. -A frequentar a licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas - Estudos Portugueses. -Formadora em ações de desenvolvimento de competências criativas. Publicação de «As Mutações da Memória» em 2009, e de poemas em periódicos e revistas da especialidade. Nica Paixão - Formação em fotografia no MEF – Movimento de Expressão Fotográfica, de 2007 a 2010 - Membro cofundador do Coletivo Imagens Marginais – coletivo de imagem documental. - Desenvolvimento de projetos documentais e artísticos ligados ao Jazz, com obra publicada e exposta no Centro de Estudos de Jazz, Univ. Aveiro, e em revistas da especialidade. - Exposições individuais e participação em exposições coletivas. - Publicação, em coautoria, de «As Mutações da Memória» em 2009 e do Projeto “Lisnave” na revista SuperFotoDigital em 2011.

nucleo.terceira.margem@gmail.com 962496425 | 967155419 Rua dos Sapateiros, nº207 4ªesq. LX Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011

WORKSHOP

26 e 27 de Novembro

www.estação-imagem.com Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011

WORKSHOP LIGHTROOM 3

FORMADOR: BRUNO RASCÃO (Fotojournalism) DATAS : 26 E 27 DE NOVEMBRO (SÁBADO E DOMINGO) DURAÇÃO : 14 HORAS (2 SESSÕES DE 7 HORAS COM INTERVALOS DE 1 HORA PARA ALMOÇO)

HORÁRIO : 09:30 ÀS 17:30 INSCRIÇÃO : 60,00 € + IVA (ALMOÇO INCLUÍDO) |

LIMITADO ÀS PRIMEIRAS 15 INSCRIÇÕES ATÉ 11 DE NOVEMBRO INFORMAÇÃO + INSCRIÇÕES NO SITE : WWW.ESTACAO-IMAGEM.COM O Lightroom é um processador de imagem de grande qualidade e um administrador de base de dados. Desenhado pelos engenheiros da Adobe, com a intenção de simplificar e dinamizar o trabalho dos fotógrafos, a terceira versão saiu para o mercado no Verão de 2010. O programa divide-se em cinco módulos independentes ou áreas de trabalho: Library: A biblioteca, para gerir, organizar e editar as imagens do catálogo Develop: O laboratório digital, para tratar as imagens Slideshow: Para apresentar colecções de imagens no ecrã, ou exportar em formato PDF Print: Para imprimir imagens numa paginação Web: Para criar galerias de imagens para a Internet O Lightroom é um programa extenso, mas muito intuitivo; ideal para trabalhar com ficheiros digitais, e em particular com ficheiros Raw. Os tratamentos aplicados não são destrutivos, porque se guardam como instruções de edição da imagem, até serem exportados. O curso estará a cargo do fotojornalista e formador, Bruno Rascão, que desde princípios de 2009 se dedicou ao estudo do programa Lightroom 2. Hoje em dia trabalha quase exclusivamente com o Lightroom 3 para organizar, seleccionar, tratar o seu trabalho pessoal. Todas as imagens da página www.brunorascao.com foram tratadas em Lightroom 2 ou 3, bem como as apresentações dos slideshows

Manhã de sábado:

Intodução: - O que é o Lightroom? - O formato Raw e DNG Importar Imagens: - Armazenar imagens - Importar imagens de um cartão, do disco rígido, ou durante uma sessão fotográfica - Criar modelos personalizados de importação Organização de um catálogo. A biblioteca: - Os Painéis do Lightroom - Vista de Grelha e Lupa - Gestão de Pastas - Edição de imagens: visualização, classificação e comparação

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 Tarde de sábado:

- Acrescentar metadados e palavras-chave para organizar um arquivo - Encontrar fotografias arquivadas rapidamente - Criar colecções - Criar e gerir cópias virtuais e empilhar fotografias - Gerir catálogos Edição. O laboratório digital: - O Histograma - Alterar enquadramento de imagens - Balanço de brancos - Ajustes básicos: Exposição, Sombras, Saturação, etc - Curves: a curva de tons - HSL: Ajustes de cor selectivo - Conversão e tratamento a preto & branco

Manhã de domingo:

- Split Toning: Duotons - Detail: Detalhe e redução de ruído - Lens Correction: Correcção de efeitos de lentes - Avaliar e sincronizar tratamentos de várias imagens - Snapshots: experimentar sem riscos criando instantâneos - Presets: Predefinir tratamentos - Effects: vinhetagem e grão - Calibration: Calibração do perfil de cor de uma câmera fotográfica - Spot Removal, Brush e Gradient Filter: ferramentas para remover manchas e aplicar máscaras ou filtros graduados Lightroom 3 e Photoshop: - A ligação entre os dois programas

Tarde de domingo:

Exportar Imagens: - Exportar em diferentes formatos e tamanhos - Aplicar pós-processamento de imagens em Photoshop - Exportar para um CD ou DVD - Publicar imagens no Flickr Imprimir: - Preparar imagens para impressão - Personalizar paginações para impressão - Exportar para imprimir noutra impressora Slideshow: - Apresentação de trabalhos no ecrã - Personalizar um slideshow - Exportar como PDF ou como vídeo Web: - Criar galerias para Internet (html e flash) - Personalizar modelos de galerias (html e flash) - Upload directo para um site

Manhã das 10h às 13h30, tarde das 15h às 18h30 É conveniente trazer um portátil com o Lightroom 3 instalado A versão de prova (30 dias) pode ser descarregada neste link: https://www.adobe.com/cfusion/tdrc/index.cfm?product=photoshop_lightroom&promoid&promoid=DTEML

+Info: WWW.ESTACAO-IMAGEM.COM Fábrica Braço de Prata | Exposições | Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal exposicoes@bracodeprata.com | http://exposicoesfbp.blogspot.com | www.bracodeprata.com


Mês da Fotografia | Novembro 2011

Conferência

12 de Novembro, 19H Entrada Livre!

Throw away the camera!

Criatividade e estética em fotografia A maioria dos cursos ou workshops de fotografia baseiam-se quase exclusivamente em conteúdos de carácter técnico. Embora essa componente seja essencial, é apenas a base sobre a qual o fotógrafo deverá construir a sua visão pessoal. Nesta apresentação desmontam-se alguns mitos associados à fotografia, e colocam-se questões sobre a criatividade e estética no mundo das imagens. Mário Pires

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Mês da Fotografia | Novembro 2011 MÁRIO PIRES Nasceu em 1960, tem formação académica em Engenharia Química e fotografa desde 1984. Entre 1992 e 2001 foi o fotógrafo oficial da empresa Adrenalina Organizações Desportivas, que organizava o campeonato nacional de surf e a etapa portuguesa do Campeonato Mundial de Surf. Desde 2004 fotografa activamente espectáculos musicais, preferencialmente na área comummente denominada por “world music”. É, desde 2005, o fotógrafo oficial do Festival de Músicas do Mundo de Sines. É desde 2010, o fotógrafo oficial dos eventos Ignite Portugal e TedxPorto. Profissionalmente é responsável pela produção áudio/visual e multimédia num centro de formação profissional.

retorta@gmail.com http://www.retorta.net Curso de Estética Fotográfica: http://esteticafotografica.org

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Exposições | Novembro 2011 Continuam

“A Bolha Invisível” L J M e ournal de la

aison

Instalação Fotográfica

“Folha®de rascunho”

Enabel - Cerâmica com design contemporâneo.

Instalação, exposição e inter venção.

“LightNess”

Joana Guedes Cabrita Martins

- Ecodesign / Arte residual

“WEAROUT”

Carolina Reis - Design de moda

“de pernas para o ar / up side down ”

Joana Villaverde - Colagem sobre papel

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Exposições | Novembro 2011

apoios & Parcerias Exposições Fábrica Braço de Prata O Espaço Expositivo da Fábrica Braço de Prata Beneficia do Apoio: Divulgação:

Apoio:

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Exposições | Novembro 2011

A Fábrica Braço de Prata Antes um local onde se fabricava material de guerra. Agora o lugar onde se fabricam conceitos, discutem ideias e se respira arte. 4 salas de livraria, 4 salas de concertos, 5 salas de exposição, 3 bares, um sem fim de propostas integrado num único espaço, onde se pode vir sem ser preciso consultar a programação. Música ao vivo, lançamentos de livros, exposições de arte, ciclos de cinema, tertúlias, conferências, workshops, performance, dança e teatro, são algumas propostas que encontra regularmente na Fábrica Braço de Prata. Atrás de cada porta um acontecimento; neste que é o mais improvável espaço cultural da cidade de Lisboa.

Horário: Quarta-feira à Quinta-feira das 18H00 às 02H00 / Sexta-feira e Sábado das 18H00 às 04H00 Domingo das 15H00 às 24H00 Geral: fabrica@bracodeprata.com / Exposições: exposicoes@bracodeprata.com

www.bracodeprata.com

Apoio:

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