F18 - Programação

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É o amor, e não a vida, o contrário da morte. Roberto Freire


Em tempos sombrios, de intolerância e preconceito, o que podemos fazer para resistir? O amor, como potência criativa, conduziu a curadoria do Feteag 2018 por caminhos de encontros, palavras e gestos, que alimentou e fortaleceu suas escolhas, levando a construção de uma grade compacta e pulsante, composta por espetáculos e residências artísticas, buscando assim integrar publico e artistas em um movimento que fortaleça o amor pela vida e pela arte.


CONEXÕES/

CENA EXPANDIDA/ CONSCIÊNCIA EM EXPANSÃO/ Um novo

conceito de veiculação de ações culturais/ Um modo diferente de ‘ver’ arte e cultura.


O QUE É / Consiste na articulação conjunta de festivais e projetos na formação de um grande ‘palco’ de apresentações atuante entre os meses de setembro e novembro criando assim, uma plataforma duradoura de exibição e ações formativas de artes cênicas nacionais e internacionais que atinge um público amplo e diversificado, ocorrendo em diversos teatros e locais públicos e disponibilizando diferentes espaços e mídias (impressa, televisiva, radiofônica e online) para exposição e veiculação de marcas. O POR QUÊ / Acontecimentos políticos tanto no Brasil como em vários outros países do mundo nos fazem questionar a qualidade das nossas democracias, assim como nos leva a refletir sobre a função da cultura na sociedade. Mas parece não bastar apenas entender a natureza dessas questões. Se faz necessário interpretá-las para melhor enfrentar os desafios do setor cultural gerados por: alterações nos modos de gestão de investimentos na área, mudanças na programação de eventos decorrentes do trabalho articulado em redes, obsolescência da mentalidade e mecanismos da gestão cultural pública no país. No enfrentamento desses desafios o CENA EXPANDIDA se inicia este ano, ainda que em caráter piloto, como um processo visível e contínuo de mobilização e interação de campos culturais e empresariais, visando aumentar exponencialmente resultados quantitativos e qualitativos.

CONEXÃO / Toma-se por princípio ativo a reunião de ações, otimização de esforços e recursos e interação entre diferentes instâncias, aproximando saberes e competências distintas para proposição de soluções e resolução de problemas reais. CENA EXPANDIDA implica em mentalidades expandidas, e delas precisa. Sua consolidação aponta para oportunidades e programas/políticas inclusivas e contínuas capazes de transformar democratização de acesso à cultura em democracia cultural, patrocínio em investimento, produção cultural em ação educacional, mobilidade em desterritorialização e produção material em reflexão intelectual.


// / // RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS / / / / /

BATUCADA MARCELO EVELIN Uma criação de Marcelo Evelin/demolition Inc. concebido o Kunsten Festival des Arts, um dos principais festivais de arte performática da Europa. Estreou portanto em Bruxelas/Bélgica, em maio de 2014.

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Concepção, Criação e Direção / Marcelo Evelin Colaboração artística / Carolina Mendonça, Elielson Pacheco, Layane Holanda e Sho Takiguchi

AUDIÇÃO 09 e outubro de 2018, 19h às 22h Museu Afro Rolando Toro - Recife/PE RESIDÊNCIA 22 a 25 de outubro de 2018, 17h às 22h Teatro Hermilo Borba Filho - Recife/PE


É APENAS O FIM DO MUNDO GRUPO MAGILUTH

MULHERES QUE CARREGAM HOMENS NEXTO

A residência artística “É apenas o fim do mundo” é voltada para a construção da mais nova montagem do grupo, que leva o mesmo nome: “Apenas o fim do mundo”. Na ocasião, o público pode acompanhar e participar dos processos de criação junto ao grupo. Essa residência tem como objetivo dar continuidade ao trabalho já iniciado este ano no SESC Avenida Paulista numa outra residência de mesmo formato que aqui propomos. A ideia é que junto ao grupo Magiluth, sejam selecionados 12 outros artistas que tenham o perfil de pesquisadores/pesquisadoras, estudantes, atores/ atrizes e curiosos na área que queiram vivenciar o processo de levantamento do novo trabalho. A atividade será conduzida pelo diretor Luiz Fernando Marques (Lubi), e a dramaturgista Giovana Soar.

A performance “Mulheres que carregam homens” faz parte de um conjunto de ações do Núcleo de Experimentações em Teatro do Oprimido – NEXTO – que desenvolve pesquisas teóricas e práticas sobre o tema, com o interesse de construir diálogos com os espectadores sobre os estereótipos de gênero e as violências advindas disso. Surgida durante o desenvolvimento da pesquisa Do gênero performativo às performatividades de gênero, em 2017, a performance busca questionar a ideia de que os homens são sempre mais fortes do que as mulheres. Além de materializar com seu corpo o fato que muitas mulheres carregam metaforicamente no dia a dia os seus companheiros nas costas.

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Direção / Luiz Fernando Marques (Lubi) Dramaturgia / Giovana Soar

ENSAIOS 15 a 18 de Outubro de 2018, 14h às 21h30 Centro Cultural Benfica - Recife/PE

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Criação / Andréa Veruska Performers / Andréa Veruska / Wagner Montenegro Realização / NEXTO

ENSAIO 20 de Outubro de 2018. 9h Casa de Cultura José Condé APRESENTAÇÃO 20 de Outubro de 2018, 10h Feira de Artesanato/ Caruaru


/ // / / APRESENTAÇÕES / / / / /

É APENAS O FIM DO MUNDO [ENSAIO ABERTO] GRUPO MAGILUTH 19 de Outubro, 20h Centro Cultural Benfica - Recife/PE*

“É apenas o fim do mundo” é uma história de amor. O Amor com a potência de uma bomba atômica, com uma energia comprimida pelo Tempo, mas que um dia explode com uma força incalculável e com a beleza assustadora de um acordar de um vulcão adormecido, cheio de fúria, barulho e calor... é isso que é essa história. _ Direção / Luiz Fernando Marques (Lubi) Dramaturgia / Giovana Soar *Com debate após a apresentação com o Prof. Dr Luis Reis


DINAMARCA GRUPO MAGILUTH 20 e 21 de Outubro, 20h Teatro Rui Limeira Rosal - SESC Caruaru

O Magiluth é um grupo de teatro que busca estar sempre em diálogo com o momento presente, tentando fazer de seus trabalhos um recorte do seu tempo. Para isso, busca como referências, obras atemporais. Que não se esgotam em possibilidades de interpretações. É talvez esta a força maior da tragédia Shakespeariana: revelar quem somos, através dos conflitos que atormentam a cabeça do jovem príncipe. E quando somos revelados, entendemos como agimos, sendo produto e produtor da sociedade em que vivemos. Sendo assim, pensemos no planeta. Depois pensemos em um continente. Temos agora um país. Um estado dentro desse país. Uma cidade, uma sociedade, uma festa. Um grupo de amigos da mais alta nobreza reunidos à mesa. Celebram os tempos, o momento presente e o “aqui”. Dentro de seus círculos de felicidades regradas, continuam esse tipo de existência, esse tipo de vida. Onde “questões” não existem e o que mais precisam é manter o seu status quo. _ Direção / Pedro Wagner Dramaturgia / Giordano Castro Atores / Bruno Parmera / Erivaldo Oliveira / Giordano Castro / Mário Sergio Cabral / Lucas Torres / Rafael Cavalcanti [Stand in] Desenho de som / Miguel Mendes e Tomás Brandão (PACHKA) Desenho de luz / Grupo Magiluth Direção de Arte e design gráfico / Guilherme Luigi Fotografia / Bruna Valença / Danilo Galvão Técnico / Lucas Torres Realização / Grupo Magiluth _ Duração / 80 min Classificação / 18 anos


A MULHER MONSTRO S.E.M. CIA. DE TEATRO (SENTIMENTO, ESTÉTICAS E MOVIMENTO) 22 de Outubro, 20h Teatro Rui Limeira Rosal - SESC Caruaru 23 de Outubro, 20h Casa de Lúcio - Alto do Moura/Caruaru

“A Mulher” Monstro tem concepção e atuação de José Neto Barbosa. É baseado no conto “Creme de Alface” de Caio Fernando Abreu, escrito em plena ditadura militar, mas ainda tão atual. A tragicomédia fala da intolerância e do preconceito, trata a atualidade política e social do Brasil através da figura de uma burguesa perseguida pela própria visão intolerante da sociedade, sem saber lidar com a solidão e as relações num tempo de ódio e corrupções vistos sem vergonha, principalmente nas opiniões das redes sociais, das ruas e nas lamentáveis posturas de figuras públicas. Expõe as monstruosidades ditas e praticadas, trazendo à cena falas reais, denunciando expressões e atitudes radicalistas, fundamentalistas ou até mesmo segregacionistas do cotidiano. _ Direção, dramaturgia e atuação / José Neto Barbosa Iluminação, Sonoplastia e Coordenação de palco / Sérgio Gurgel Filho Concepção de maquiagem / Diógenes Luiz Cenografia e Figurino / José Neto Barbosa Direção musical / S.E.M. Cia. de Teatro (Sentimento, Estéticas e Movimento) Fotografias e registros audiovisuais / Mylena Sousa Produção / S.E.M. Cia. de Teatro (Sentimento, Estéticas e Movimento) _ Duração / 70 min Classificação / 16 anos


SOLO DE GUERRA CLEYTON CABRAL 23 de Outubro, 20h Teatro Rui Limeira Rosal - SESC Caruaru

Um homem em pé de guerra com o seu passado e o mundo que o cerca. Um corpo que guarda o que as palavras dizem abertamente. A guerra aqui é travada entre soldadinhos verdes e Barbies. É um grito de amor, e o amor é o que sempre desejou. No fim, entre tiros e bombardeios, o que resta é dançar até que a noite termine. _ Dramaturgia e atuação / Cleyton Cabral Direção / Luciana Pontual Cenário e criação de objetos cênicos / Álcio Lins Desenho de luz / Naná Sodré Figurinos / Paulo Pinheiro Criação dos bonecos / Fábio Caio Coreografia / Lilli Rocha Sonoplastia / Cleyton Cabral / Luciana Pontual / Ricardo Maciel Operador de luz / Fábio Calamy Contrarregra / Carlos Macêdo Projeto gráfico / Carlos Macêdo e Vinicius Batista Imagens / Lucas Emanuel Produção / Cleyton Cabral _ Duração / 45 min Classificação / 14 anos


PRESA FÁCIL PIERRE TENÓRIO 24 de Outubro, 20h Teatro Rui Limeira Rosal - SESC Caruaru

O nascimento e a morte, o soar de pássaros engaiolados, como somos e estamos diante a realidade (o que é real mesmo?), a vida cruel perante harmonias confusas. _ Atuação / Pierre Tenório Banda / Heligeison Feitosa - Bateria / Ianka Martins - Saxofone / Gledson Lamartine – Trompete / Marcelo Moa - Contrabaixo / Edu Albuquerque – Guitarra Participação especial / PRK / Jurandex Performers / Maria Lima / Vanessa Melo / Nádia Almeida / Wemerson Silva / Rosberg Alexander / Edson Barros _ Duração / 50 min Classificação / 16 anos


COMO MANTER-SE VIVO FLAVIA PINHEIRO 25 de Outubro, 20h Teatro Rui Limeira Rosal - SESC Caruaru

Este espetáculo investiga a urgência de permanecer em movimento como um procedimento de sobrevivência. Um questionamento de como nos relacionamos com a imaterialidade da proposta pela interface dos dispositivos e a certeza da nossa impermanência. Como continuar em movimento? Como resistir ao desequilíbrio e à instabilidade da existência? Como persistir no tempo? Uma prática circular que, por não desistir, sucumbe a falha eterna e inerente da matéria. A certeza de que este momento nunca mais vai se repetir e que talvez fosse melhor se não estivéssemos aqui. _ Criação e performance / Flávia Pinheiro Direção de arte / Flávia Pinheiro Coaching / Peter Michael Dietz Desenho sonoro / Leandro Oliván Desenho de luz / Natalie Revorêdo Máscara / Alê Carvalho Designer gráfico / Guilherme Luigi Produção / Flávia Pinheiro / Maria Santana _ Duração / 50 min Classificação / Livre


TEATRO DA MISERICÓRDIA GILBERTO BRITO 26 de Outubro, 20h Teatro Rui Limeira Rosal - SESC Caruaru

Teatro da Misericórdia ou Recortes de Infância é um mergulho psicológico sobre a existência humana, a partir de sua gestação indesejada, sua fragilidade e delicadeza, emolduradas numa fotografia de lembranças de sua dores em meio a um cenário de seres marginalizados, sociais e sexuais, um grito pelo direito de existir. Digo Lício Neves foi um grande poeta trágico, pois sua sina de ser poeta e gay causou estragos na sua vida de tropeços, de fome e miséria. Teatro da Misericórdia é uma dura e triste realidade de um poeta prêto, marginalizado que encontrou na poesia sua forma de expurgação de uma vida já nascida velha, de saudade e de amor. Um monólogo de uma vida que poderia ter sido mas que não foi. _ Direção, figurino, cenário / Nildo Garbo Iluminação / Nildo Garbo / Gilberto Brito Atuação / Gilberto Brito _ Duração / 50 min Classificação / 16 anos


BATUCADA MARCELO EVELIN / DEMOLITION INC. 25 de Outubro, 20h. Teatro Hermilo Borba Filho - Recife/PE

BATUCADA foi concebida no Kunsten Festival des Arts e estreou em Bruxelas/Bélgica em maio de 2014. / BATUCADA se propõe como um acontecimento. / O ritmo transita entre a festa e o protesto num ritual que expõe a relação conflitante entre uma coletividade quase tribal e as subjetividades dos indivíduos. O batucar em objetos cotidianos contagia, desmancha fronteiras entre espectador e artista, e provoca reflexões sobre a pulsão do homem na sociedade contemporânea. / BATUCADA é uma intervenção político-alegórica. / Mascarados, os corpos subversivos batucam panelas, frigideiras e latas numa espécie de desfile apoteótico e revolucionário. O grupo é diverso, de artistas e “não artistas”, da dança, do teatro, da música, arquitetura, moda, performance, da vida. Vindos de diversos lugares, estes performers cidadãos - selecionados a partir de uma convocatória pública - se misturam e se transformam um no outro, e na cadência de uma batucada atravessada, enganchada, suspensa, os corpos tornam-se instrumentos para as estruturas rítmicas e impulsionam a cadência de uma coreografia da qual o público também faz parte. _ Concepção, Criação e Direção / Marcelo Evelin Colaboração artística / Carolina Mendonça / Elielson Pacheco / Layane Holanda / Sho Takiguchi Performado por cidadãos-artistas selecionados convocatória pública Suporte técnico / Márcio Nonato Direção de Produção / Regina Veloso/CAMPO arte contemporânea Assistência de Produção / Gui Fontineles / Humilde Alves Realização / Demolition Inc. + Kunstenfestivaldesarts _ Duração / 50 min Classificação / 16 anos


/ // / / MOSTRA DESCENTRALIZADA / / / / /

JOGOS NA HORA DA SESTA TEATRO EXPERIMENTAL DE ARTE 22 de outubro, 16h / Cras Malhada de Pedra 23 de outubro, 16h / Cras Pau Santo 24 de outubro, 16h / Cras Taquara 25 de outubro, 16h / Cras Xicuru 26 de outubro, 16h / Cras Itaúna

Jogos na hora da sesta é uma grande brincadeira de crianças, sem risos, sem graça. Jogos que nos alertam para o quanto os adultos e a sociedade influenciam decisivamente na formação dessas crianças. É este universo violento e adultamente deturpado que Roma Mathieu aborda nesta obra. Ditadura, bullying, preconceito, sexualidade e intolerância são fomentados como brincadeiras banais. Todos os dias os negligenciamos e nos omitimos. Enquanto adultos estamos inertes, letárgicos e embriagados pelo sistema... a sociedade e a televisão assumem as rédeas de nosso futuro... E então desde cedo criamos alguns pequenos monstros. Até onde ? Até quando? _ Realização / Teatro Experimental de Arte Autora / Roma Mahieu Direção / Pedro Henrique / Rosbergg Alexander Produção Executiva / Arary Marrocos Cenário e Figurino / O Grupo Maquiagem / Paulo César Design de Luz / Pedro Henrique Sonoplastia / David Lucas Execução de Luz / Édson Barros Preparação Corporal / Rosbergg Alexander Fotógrafo / Ryan Júnior Elenco / Abner Lima / Alanis Pereira / Clécio Vila Nova / Helen Christine / Jackson Freire / Luânderson Nunes / Maurício Silva / Victória Melo


/ // / / FICHA / / / TÉCNICA / / / / /

Arary Marrocos / Presidente do TEA Produção Executiva / Fabio Pascoal Curadoria / Fabio Pascoal / Marianne Consentino Designer Gráfico / Guilherme Luigi Coordenação da Mostra Descentralizada / Pedro Henrique Coordenação da Mostra Rui Limeira Rosal / Rafael Amâncio Coordenação da Mostra Recife / Selma Borges Secretaria / Mariana Granja



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