- Edição 73 | Ano 15 -
Nesta edição 13 histórias que contemplam solidariedade, voluntariado e que indicam um mundo melhor, como um projeto religioso voltado para caminhoneiros
PAG. 13
Cidadania O esporte mudando a vida das pessoas para melhor PAGs. 6 e 7
Saúde para o corpo e a alma ajuda na vida de pacientes PAGs. 3, 4 e 5
Projetos e trabalhos beneficentes em prol do bem-estar. PAGs. 8, 9, 10 e 11
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- J o r n a l L a b o r ató r i o d o C u r s o d e J o r n a l i s m o -
- EXPEDIENTE Jornal Em Foco é uma publicação dos alunos do curso de Jornalismo do ISCA Faculdades de Limeira, nas disciplinas Jornal Laboratorial e Produção Gráfica.
EDITORIAL
Nesta edição XX histórias reais que contemplam solidariedade, voluntariado e que indicam um mundo melhor
- Edição 73 | Ano 15 Alunos: Andre Luis Borba Carlos Alberto Bosco Junior Carolini Picolomini Basso David Batista da Cunha Fernando Henrique Covre Guilherme Gomes Pereira Henrique Aparecido De Oliveira Henry Curcio Leticia Eduarda Gomes Dos Santos Marcela de Lima Mariana Peretti Gomes Rafael De Souza Coelho Thaigor Lorhan da Silva do Vale Farto Tiago Csehak Professores: Profº. Carlos Chinelatto - MTB 21.895 Profº. Renato Fabregat Coordenador: Profº. Livio Sakai ISCA Faculdades www.iscafaculdades.com.br 0800 771 4700 Rodovia Deputado Laércio Corte, 3000 Chácara Boa Vista da Graminha Limeira - SP
Cidadania O esporte mudando a vida das pessoas para melhor
Saúde para o corpo e a alma
PAGs. 6 e 7
Produzido pelos alunos do 5º semestre, esta edição do Jornal Em Foco tem o objetivo de apresentar aos leitores matérias de Limeira e Região. Voltada para o incentivo à cidadania, aborda temas do dia a dia e que impactam a sociedade. É o caso, por exemplo, do texto assinado por Carolini Basso. Ela mergulhou no universo de projetos de voluntários que se vestem de palhaços para levar animação para internos de asilos e pacientes internados em hospitais. De Araras, David Batista conta a experiência de entidade que atende crianças com HIV, um projeto iniciado com um belo exemplo. O trabalho de equoterapia na ajuda de deficientes realizado em Limeira é detalhado por Rafael Coelho. Fernando Covre optou por descrever a vida de um rapaz que encontrou nas artes marciais uma chance muito especial. Hoje, o seu personagem é lutador de MMA. Já Guilherme Gomes mostra um belo projeto social realizado com a capoeira. A atuação de voluntários no auxílio aos idosos que moram no Asilo João Kühl Filho, uma das entidades mais antigas de Limeira, é relatada com brilhantismo por Henrique Oliveira. Carlos Bosco, por sua vez, optou por tratar o universo de grupos de escoteiros de Limeira e os exemplos levados para crianças e adolescentes. Henry Curcio reuniu projetos de duas cidades, Limeira e Araras, para falar de projetos de músicas, desenvolvidos, respectiva-
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Projetos e trabalhos beneficentes em prol do bem-estar. PAGs. 8, 9, 10 e 11
mente, por um coral e uma orquenstra de jovens. O universo da terceira idade, por meio de um lar de internos e um grupo que atua com esta faixa etária, ambos em Iracemápolis é descrito por Thiago Csehak. Mariana Peretti foi buscar em um trabalho de intercâmbio voluntário a inspiração para o seu texto. Thaigor Lorhan conta a experiência de voluntários de uma igreja evangélica que leva apoio e evangelização para caminhonheiros. Letícia Eduarda escreve sobre doação de órgãos, e o incentivo para ampliar esta prática no país.Finalmente André Luis Borba analisa o aspecto geral do voluntariado. Sobre esta produção Todos os futuros jornalistas desse semestre aprovaram o trabalho que exerceram na produção do Jornal Em Foco. Os alunos tiveram uma experiência real de como é realizar um jornal. Desde sugerir os temas a realizar as matérias e edita-las. Foi um trabalho gratificante e algumas matérias exigiram um nível de pesquisa maior do que outras. Ver o trabalho finalizado e pronto para o leitor é gratificante. A experiência laboratorial do5º semestre foi finalizada com sucesso. Tenha uma boa leitura. Letícia Eduarda - Equipe em Foco
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cA a FA aC cU u Ll D dA aD d Ee Ss - I Ss C
DIVERSÃO
A alegria no momento difícil Palhaços profissionais e voluntários levam diversão para asilos e hospitais
O grupo Atrapalhaços começou com uma brincadeira que virou algo sério. Um grupo de três amigos de um cursinho pré vestibular da cidade de Limeira teve a ideia de fazer uma visita ao Asilo João Kuhl Filho, com a intenção de divertir os idosos que lá residem. Esses três amigos gostaram tanto da experiência, que decidiram repeti- lá, porém desta vez com mais alguns amigos. Com o passar do tempo, alguns integrantes do grupo ingressaram nas faculdades e tiveram que mudar de cidade, e com isso abandonaram o projeto. O grupo foi bem divulgado pelos integrantes, e só cresceu. “Foi o amigo que entrou, o amigo chamou a namorada, a namorada chamou o irmão, e assim o grupo cresceu mesmo com alguns integrantes saindo”, comentou Juninho Bosco, fundador do projeto. O projeto não fez diferença só na vida dos idosos, mas também na vida de quem se colocou a ajudar. Isabella Avila conheceu o projeto através do namorado Juninho Bosco e participa ha dois anos. Isabella sempre gostou de ajudar o próximo, e viu ali, uma oportunidade. “Depois que comecei a participar do projeto vi a vida com outros olhos, de maneira diferente, comecei a dar mais valor no presente e quem estava comigo”, comentou. Hoje o grupo realiza entre 3 e 4 visitas mensais no asilo e conta com cerca de 40 integrantes, de Limeira e região. Para as visitas eles revezam, indo em grupos de até 12 pessoas. Para uma criança passar uns dias em um hospital é difícil. Pensando nisso, Katina de Souza e Eliseu Pereira começaram atuar como palhaços voluntários no Hospital Santa Casa de Limeira. Com esse projeto, eles começaram ter contato com pessoas de outas cidades que tinham o mesmo objetivo e os incentivaram a continuar. E assim eles criaram o grupo Cirirgiões da Alegria. No início, eles queriam apenas estar dentro do hospital realizando o projeto, mas não
Arquivo pessoal
Carolini Basso
Cirurgiões da Alegria em visita humanitária em hospital: humor ajuda na recuperação de pacientes sob cuidados médicos tinham noção de como. No decorrer do processo viram que havia necessidade de criar um departamento administrativo para que esse sonho tivesse a possibilidade de ser realizado. Depois que o departamento administrativo estava em ordem, eles foram atrás de outros palhaços profissionais. O projeto mudou muito a vida do Eliseu. Ele voltou a estudar, se formou ano passado no curso de Publicidade e Propaganda, e hoje sua visão do mundo está muito mais ampla. O Cirurgiões o ajudou a perceber que, através de suas ações, pode fazer mais para o próximo. “Hoje eu realmente amo o que faço. E faço com muito amor e carinho. O prazer de poder ajudar o próximo em um momento tão difícil quanto é estar dentro de um hospital, dinheiro nenhum paga”, disse ele.
VOCAÇÃO
Seguindo o exemplo dos pais, que sempre foram ligados a movimentos religiosos, como
a Pastoral da Criança e os Vicentinos, Katina soube que queria ajudar o próximo desde pequena. Mas aos 15 anos ela teve uma aneurisma cerebral e ficou internada, então começou a desacreditar das coisas da vida. Foi quando depois de inumeras internações recebeu uma visita de dois palhaços, a Caca e o João Mendes. “A visita deles passaram a ser rotineiras e aquilo foi despertando em mim a vontade de viver e ajudar os outros e maravilhei-me com o trabalho de palhaço de hospital” lembrou. Com 15 anos como palhaça de hospital e desde dos 14 anos em trabalhos voluntários, Katina já participou de 10 projetos. “O projeto palhaço de hospital que sempre foi meu foco, me deu oportunidade de ver a vida de forma diferente, estar em contato com realidades distintas e buscar soluções para amenizar as angustias objetivando uma sociedade melhor. Isso me faz buscar em ser uma pessoa melhor a cada dia”, comentou ela.
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- J o r n a l L a b o r ató r i o d o C u r s o d e J o r n a l i s m o -
SOCIAL
Crianças com HIV/AIDS são foco de entidade Com o intuito de ajudar, vários projetos são oferecidos para uma perspectiva de vida melhor David Batista capoeira, karatê, informática, inglês, entre outros. Uma equipe com psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais acompanha os pacientes. Segundo a psicóloga Crisliane Vanessa Gargaro, de 38 anos, atuante na área da educação da entidade, todos os projetos oferecidos trazem uma perspectiva de vida melhor. “Todos esses projetos estão propondo para as crianças uma visão para o futuro, uma verdadeira perspectiva de vida melhor. Com parceria da família, tentamos mostrar a eles que a estimulação é necessária para irem à escola, terem um bom desenvolvimento escolar, acompanhado desses projetos”, contou. Ao entrar na instituição, a criança passa a ter um cronograma. Suas atividades são escolhidas por ela mesmo, nada é forçado ou imposto a fazer. Com tudo isso, o principal objetivo é o futuro e a formação. Com os adultos não é diferente. São separados em faixas etárias, para que o desenvolvimento seja acompanhado. A principal preocupação é que eles tomem seus medicamentos corretamente e a parceria com a família é inevitável. O trabalho com a auto-estima também é um dos focos do projeto. “Quando os adultos descobrem que são soro positivo, é um choque, porque eles se deparam com a morte, achando que vão morrer. E não, muita das vezes como desenvolvimento desses trabalhos, eles passam a ter uma perspectiva de vida melhor, com mais qualidade”, revelou Crisliane. David Batista
A AMCRA (Associação de Amigos das Crianças de Araras) é uma instituição de caridade localizada na cidade de Araras, interior de São Paulo. Fundada em 2002, atua em prol de pessoas portadoras do HIV/AIDS. Sua criação aconteceu devido a uma criança que apareceu nas mãos de Isabel Pavan Castellar e João Castellar, fundadores da AMCRA. Em outubro de 1999, um bebê foi entregue a eles, por um médico da rede pública, com um quadro de desnutrição gravíssima. Com três meses de vida a pequena criança pesava apenas 3 quilos. Eles abraçaram a causa e começaram a cuidar da criança. Mesmo com boa alimentação e muitos cuidados, o bebê não apresentava resultados favoráveis, e aos sete meses ainda pesava só 4 quilos. O casal resolveu levar o bebê para o Hospital das Clínicas da UNICAMP, para obter um diagnóstico comple- Fachada da instituição, localizada na cidade de Araras-SP to, e lá descobriram que além de desnutrida, ela tinha também Sífilis congênita, A entidade possui vários projetos e vem doença transmitida pela mãe na fecundação crescendo a cada dia. Seus serviços são totaldo óvulo. Com o tratamento da Sífilis foi des- mente gratuitos e para sua manutenção atualcoberto que a criança era soro positivo, tinha o mente demanda de verba pública e doações da vírus HIV. sociedade. Eventos e promoções também são Com o tratamento, a pequena completou realizados para ajudar. um ano de vida, o que segundo alguns médicos seria impossível. A partir deste fato, desperPROJETOS tou o interesse em Isabel e Castellar de ajudar A instituição é dividida em dois prédios, principalmente crianças e adolescentes que onde o primeiro trabalha com crianças e adolesconvivem com a AIDS, e mostrar para todos centes e o segundo com adultos. Ainda possui que a rejeição da população é um ato precon- vários projetos como ginástica rítmica, artesaceituoso e infeliz, pois as pessoas precisam de nato, música, canto, dança do ventre, violão, uma mão amiga.
A força dos funcionários Todas essas atividades são realizadas por funcionários da AMCRA, profissionais contratados “part-time” (emprego com horários reduzidos e, portanto, benefícios e salários também menores), funcionários cedidos em parceria com a Prefeitura Municipal e ainda a equipe de voluntários, todos
empenhados para a formação cidadã e resgate de valores sociais. Os trabalhos acontecem o dia todo, sempre com um cronograma para cada faixa etária, sendo ela dividida em 5 a 10 anos (crianças) e 12 a 18 anos (pré-adolescentes e adolescentes). A companhia de
parentes é muito importante no desenvolvimento. A instituição fica aberta de segunda a sextafeira, das 7 às 17 horas. Localizada na rua Arlindo Cressoni, s/n°, bairro Bosque de Versalles, Araras-SP. Para mais informações de seus trabalhos entre no site amcra.org.br.
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SUPERAÇÃO
Equoterapia alimenta sonhos de deficientes Há mais de 12 anos a atividade com cavalos vem mudando a vida de muitas pessoas com problemas especiais Rafael Coelho lho faz equoterapia há três anos e sempre vejo boas evoluções. Hoje ele é mais esperto, tem um certo equilíbrio, coisas que talvez demorariam mais tempo com um tratamento convencional.”, relatou Adélia Coelho, mãe de um paciente. LADO OPOSTO Em 2014, a entidade recebeu um abaixo-assinado por parte de pessoas não identificadas, para a retirada da equoterapia da Hípica, alegando que ao utilizarem os cavalos na pista, colocava em risco a vida de quem caminhasse por perto. “Em momento algum aconteceu algum acidente, nenhum cavalo esboçou alguma reação. Hoje continuamos andando pelo mesmo local.”, contou Faber. A equipe fez um abaixo-assinado, coletando assinaturas de pessoas que utilizam a hípica, para a équo não ser retirada. “A resposta foi surpreendente, pois todos falaram que de maneira alguma atrapalhamos e que gostam do nosso trabalho. O abaixo-assinado deve ter vindo de um pequeno grupo que quis acabar com esse trabalho que traz tantos benefícios.”, alegou Ketilli. As sessões são realizadas às segundas e terças-feiras, das 7h30 às 17h30 e às sextas e sábados, das 8h às 12h. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (19) 30337090 e (19) 3441-5468. Rafael Coelho
Fundada em 2003 a Associação Equoterapia Daoud, localizada na Hípica de Limeira, realiza um tratamento diferenciado por meio da utilização de cavalos para ajudar pessoas de todas as idades portadoras de alguma deficiência física ou mental. A ideia surgiu quando diretores da hípica estudavam estabelecer um grupo de equoterapia na cidade. Uma iniciativa inédita. A pedagoga Ketilli Faber, coordenadora da equipe Daoud, apresentou o projeto dando início aos trabalhos. No início eram três profissionais e apenas três crianças da ARIL (Associação de Reabilitação Infantil de Limeira) e da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepicionais) faziam o tratamento. O trabalho foi ganhando força e credibilidade pela melhora que os pacientes obtiveram após iniciar a terapia. Hoje formam uma equipe com 12 profissionais que tratam cerca de 80 pacientes portadores de qualquer comprometimento. O tratamento baseia-se no Gabriel, 13 faz equoterapia na hípica de Limeira desde os 10 anos: programa com cavalos movimento tridimensional que res necessidades e com isso esses profissionais o cavalo faz, simulando uma caminhada. Traz poderão acompanhar os ganhos que o pratiresultados mais rápidos, pois se tratando de cante teve com os exercícios.”, afirmou a coorum exercício ao ar livre, em cima de um animal, denadora. acaba sendo mais prazeroso. Mães de crianças que praticam a equote“Ao chegar à equoterapia, o paciente pas- rapia afirmam que o tratamento proporciona sa por uma triagem com uma fonoaudióloga e muitos resultados e que as crianças se sentem uma fisioterapeuta, para saber quais suas maio- bastante seguras com os profissionais, “Meu fi-
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LUTA
No MMA ele realizou seu sonho Roberto Gomes das Neves, o Facada, encontrou nas artes marciais uma maneira de superar suas dificuldades; hoje é atleta profissional e vive da atividade “Minha jornada foi uma luta, um dia eu sonhei que tudo tinha dado certo e acreditei nisso”. Essas são palavras de Roberto Neves, de 31 anos, mais conhecido no mundo do MMA como Facada. Hoje em dia é um atleta de alto rendimento e campeão de diversos eventos, mas quem o vê hoje, não sabe da jornada que ele enfrentou para galgar essa posição. Facada já treinou com grandes nomes do ramo como Anderson Silva e atualmente treina na Team Nogueira, com os Irmãos Minotauro e Minotouro. Roberto nasceu em Leme, uma pequena cidade do interior de São Paulo. Aos 12 anos ele e a família se mudaram para Bauru onde viveu uma parte da sua infância em um sitio. De família simples, ao chegar em Limeira com 14 anos, ele vivenciou nas artes marciais aspectos saudáveis para levar uma boa vida. Dois anos depois, Roberto começou a treinar o Kung-Fu com intenção de perder peso e para a defesa pessoal, como era fã de filmes de Roberno Neves em luta (à direita): Campeão MMA luta isso o incentivou a seguir firme no esporte. “Eu assistia muito filmes de luta e isso me atraia 15 anos, as responsabilidades de adulto vieram para o esporte”, citou. Na sua primeira competi- precocemente, e ele agradece por isso. “Ser pai ção de Kung-Fu na modalidade de Boxe-Chinês cedo me fez ser homem, e mais responsável, ele foi campeão, e não parou por ai, começava mais cedo”. então o seu compromisso com o esporte. Sua meta profissional é conseguir o tão sonhado PALAVRA DE MESTRE contrato com o UFC, o maior evento de MMA Julio Cesar Mafra, 41, é professor de Kung do planeta. fu a mais de 20 anos e foi Conciliar a vida de atleuns dos primeiros contatos ta com a família é bem difícil do esporte para Facada. “Ele para Roberto, mas ele faz de era um cara bem flexível e “Minha jornada foi uma tudo para dividir o tempo forte, e muito determinado”, luta, um dia eu sonhei que para os treinos e a atenção declarou. Ele acompanhou para seus filhos. “Não é nada tudo tinha dado certo e o crescimento no esporte fácil, conciliar a vida de atlede Roberto desde o princiacreditei nisso”. ta com a família, mas Graças pio e acha que o atleta só a Deus estou conseguindo não alcançou o sonho do seguir com esse sonho. É Roberto Neves. UFC por estar sendo evitado uma guerra, mas uma guerpelos oponentes. “Ele se torra pra ser vencida.” afirmou. nou a cima da média, não Por ser pai muito cedo, com
Arquivo Pessoal
Fernando Covre
existe ser estrela na academia, o Facada assumiu o compromisso de treinar pesado pra chegar ao topo, e está cumprindo com isso, com muita determinação”. Os olhares da população para as artes marciais ainda é preconceituoso. O esporte é visto como agressivo e violento. Tanto para Facada, quanto para o professor Julio Mafra as artes marciais ajudam a canalizar a agressividade e aumentam a concentração e o respeito. “Qualquer tipo de esporte é ótimo para canalizar as energias, e as lutas não são diferentes, o aluno deve ser bem orientado pelo seu professor”, afirmou Mafra. Para Roberto Neves o esporte o ajudou a enxergar a vida de outro jeito, um jeito mais responsável e mais consciente para viver, com novas perspectivas. “Antes das artes marciais eu via a vida de um jeito comum, hoje a luta me alavancou para um mundo diferente, melhor”.
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INCLUSÃO
Ginga da capoeira transforma vida de crianças e adolescentes Com raiz africana, a atividade é muito praticada por brasileiros que a consideram verde e amarela Quem passa nas noites de segundas e quartasfeiras em frente à Comunidade Nossa Senhora do Carmo, em Limeira, se depara com crianças, adolescentes e jovens gingando na capoeira. Iniciada em meados de 2007, com os professores Rodrigo Cruz, conhecido como Pardal, e Denise Cristina de Oliveira. A ação do Grupo de Capoeira Muzenza conta com a participação de mais de 20 pessoas. Elas aprendem a ginga, os golpes e desenvolvem uma condição física melhor. Gabriel Fernandes, um dos alunos do projeto, demonstra entusiasmo com a luta e, segundo ele, as aulas ajudam no seu desempenho escolar e individual. O grupo tem como instrutor Sizernande Araujo Santos, 24 anos, mais conhecido como Zumbi, ele doa seu trabalho para os capoeiristasvoluntariamente e diz que sente prazer no que faz. “Gosto muito do que faço, pratico desde adolescente e sinto muito prazer nisso”, conclui Santos. O projeto conta com a participação de crianças de diversas idades. Elas gingam em um mesmo espaço. O professor cita que o convívio entre os capoeiristas é de grande respeito. “Eles se respeitam demais, aqui há uma hierarquia: aquele com mais tempo é o exemplo a ser seguido, mas todos se respeitam entre si”, cita ‘Zumbi’. O professor diz que todos os alunos têm seus pontos positivos e negativos, mas eles mantêm o grupo de capoeira com bastante alegria e a ginga não falta. “Vejo grande potencial nos meus alunos, os erros acontecem, mas eles são corrigidos”, e ressalta que os golpes aprendidos na capoeira só devem ser utilizados na luta. O aluno Gabriel, apelidado “Gentil” pelos companheiros de esporte, diz que a capoeira ajuda além da luta, também no desenvolvimento pessoal. “Ajuda na disciplina, no respeito ao próximo, no equilíbrio e nos saltos”, cita. E acrescenta que ajuda na balança. “Eu emagreci”, conclui ‘Gentil’. Sua mãe, Alessandra Fernandes de Freitas também concorda com o filho. “Ele melhorou suas habilidades, além de ajudar na disciplina e respeito”, cita Alessandra. Ela disse que existem regras para partici-
Guilherme Gomes
Guilherme Gomes
Jovens gingam durante aula do projeto de capoeira pação na capoeira. “Por mais que aprendam golpes, eles só devem ser utilizados dentro do projeto. Se utilizarem lá fora, não podem mais participar”, conclui. PRÁTICA CHEGOU A SER PROIBIDA Originária de Angola, na África, a capoeira chegou ao Brasil através dos escravos que eram trazidos por portugueses para trabalho forçado. A luta era um objeto de defesa para os escravizados. A palavra Capoeira deriva do Tupi “kapu’era”, e significa “mata que foi”. Em 1890 a República do Brasil decretou a proibição da luta em território nacional, prendendo e torturando os praticantes. A lei durou até 1940, depois disso começou o processo de menos preconceito e e popularidade da capoeira. Atualmente muitos são os praticantes da luta no mundo, com raízes africanas, ela se popularizou muito nos países em que foram trazidos escravos africanos para trabalho. Estima - se que 5 milhões de pessoas praticam capoeira no mundo.
A mãe informou que o filho mais novo Rafael, de apenas cinco anos, também começou a fazer capoeira e tem o apelido de “Monge”. “Ele ganhou esse apelido porque quando os professores falam ele cruza as pernas como um monge”, conta. Para participar do projeto basta comparecer ao salão da Comunidade Nossa Senhora do Carmo, na segunda ou na quarta-feira, às 19h30. A igreja fica localizada na Rua João Bosco Félix Serafim, s/n, no Jardim Graminha II. Os menores de idade devem estar acompanhados de responsável legal, para os adultos a presença basta.
RECONHECIMENTO
Maria Eduarda e João Miguel Miranda foram alunos dos professores Pardal e Denise, os primeiros voluntários do projeto. Hoje João Miguel é exemplo para muitos capoeiristas do projeto, apesar de sua pouca idade, tem 10 anos, ele é campeão de Floreio, espécie de acrobacias e gingado juntos, em sua categoria. Além de ter conquistado o campeonato na categoria de 7 a 8 anos, ele também saiu vitorioso em diversas outras competições.
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SOLIDARIEDADE
Voluntários levam carinho à idosos de asilo de Limeira Instituição quase centenária conta com apoio comunitário e do voluntariado Henrique Oliveira Decidiu se tornar voluntário por sentir uma intuição. Quando questionado, ele ressalta: “Foi Deus quem me chamou o contato com eles é maravilhoso, faço tudo com o maior prazer”, conclui. Bruna Sanches é aluna de nutrição da Escola Trajano Camargo de Limeira, e voluntária há nove meses, por acreditar nas boas ações decidiu procurar o Asilo: “Lá eu faço companhia para eles, converso, e escuto as histórias deles. O sorriso deles é gratificante para mim”, afirma.
A administradora da entidade, Marta Vieira Barbosa já foi voluntária durante sete anos, a princípio decidiu trabalhar por seu sogro ser um dos internos. Posteriormente, começou a trabalhar com eventos na entidade, e há cinco meses se tornou administradora. Ramon Millani é assistente administrativo há quatro anos no Asilo, e ressalta a importância do trabalho voluntário na parte financeira: “Eles não trabalham por obrigação, realizam as atividades por amor ao próximo sem cobrar nada em troca”, finaliza.
Emily Santos
O Asilo João Kuhl Filho de Limeira é filantrópico (vive de doações), tem 98 anos de existência, e atualmente possui 82 internos. Desde seu início muitos voluntários ajudam no trabalho com os idosos. A assistente social, Ieda Gomes, diz que o trabalho que eles desempenham é fundamental, por ser uma maneira de contribuir tanto financeiramente, quanto no afeto com os gerontes. Voluntário há sete anos, Vicente de Paula Silva, ajuda a servir o almoço, o jantar, além de jogar dominó e conversar com eles.
Passos para se tornar voluntário(a): • Realizar uma visita para conhecer a entidade • Preencher um termo de voluntário (Dentro do termo há as opções de funções para que o voluntário exerça na entidade) • Verifica-se qual a necessidade para a atuação do voluntário na entidade • Uma avaliação do candidato sobre as condições dele para a função pretendida Emily Santos realiza trabalho voluntário por um dia, e ganha um sorriso sincero de idosa
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CULTURA
Música gratuita reforça formação da criança e adolescente Orquestras jovens e corais oferecem ensinamentos para crianças a partir de 4 anos em Limeira e Araras impostação vocal, repertorio cânones e vocalizes (aquecimento vocal), e abrange repertório sacro, popular e folclórico. “Quando a criança aprende, ela vai ganhando um bom gosto pela música, inclusive educando a formação humana”, ressalta Seregati. Em Araras, a Cooperativa de Música Maestro Francisco Paulo Russo assumiu em 2013 a Escola de Música, que funciona na Casa da Cultura. O objetivo é oferecer aos alunos formação musical com metodologia semelhante a já utilizada pela Cooperativa, que coordena a Corporação “Maestro Francisco Paulo Russo” e a Escola de Música “Carlos Viganó”, por meio de aulas teóricas, de instrumentos e de práticas em grupo. No local, são oferecidos cursos de instrumentos de sopro, percussão, piano, teclado, violão, violino, viola, violoncelo, contrabaixo acústico, canto e musicalização infantil (para crianças de 4 e 5 anos e 7 e 8 anos). De acordo com a Secretaria de Cultura, o objetivo é abrir mais 450 vagas para os cursos de formação cultural na Escola Livre de Música.
Os alunos João Vitor Silveira, de 12 anos, e Matheus Ometto, de 11, gostam de ter aula na Cooperativa musical. “É importante para o aprendizado, ajuda no desempenho escolar e a ser mais atento na vida real”, afirma João. Já MaAlexandre Seregati, regente de vários corais theus conta que tem como objetivo de sua corporação musical começou a prati- espalhar boa música para todas as idades car aulas musicais a pedido de seus pais. “Passei a gostar das aulas e continuo até hoje”. Atualmente, 200 alunos estão matriculados regularmente na escola. “Este é o principal objetivo da Secretaria de Cultura: formar novos talentos em todas as atividades artísticas. A Prefeitura tem investido muito e se preocupado em oferecer ensino de qualidade. Com isso, a cidade poderá se tornar um grande celeiro de grandes músicos, atores e artistas plásticos, fortalecendo ainda mais a cena artística de Araras”, destacou o secretário de Ação Cultural e Cidadania Marcelo Daniel (Mussa).
Cooperativa de Música Maestro Francisco Paulo Russo, se apresentando no Teatro de Araras: incentivo cultural na região
Arquivo Pessoal
Projetos voltados para música estão ajudando a reforçar a formação de crianças, adolescentes e jovens. Exemplos desse tipo de ensinamento ocorrem cada vez mais com frequência, como uma proposta ainda da década de 90 com crianças carentes da região de Heliópolis, em São Paulo (leia box nesta pagina). As cidades de Limeira e Araras contam com projetos de orquestra e coral que atendem desde crianças a adultos, visando a educação musical da população. Em Limeira, o Coral Santa Cecília participa ativamente de eventos religiosos e sociais no Brasil, com várias apresentações no exterior, inclusive no Vaticano. Fundado em 1988, dirigido até hoje pelo regente Alexandre Aparecido Seregati, seu objetivo é levar a todas as pessoas boa música, não deixando morrer as joias da música sacra. De acordo com Seregati, a música é de suma importância na formação da criança e do adolescente. “Ela educa tanto quanto a própria alfabetização”, afirmou. Regente de vários corais como o do Colégio Portinari, Colégio Gustavo Piscinini e Colégio João Ometto de Iracemápolis, com alunos de 7 a 14 anos, Seregati diz que o ensinamento é diferente para crianças. “Você não pode exigir tanto de uma criança como de um adulto, cada um possui suas limitações”, explica. O professor desenvolve técnicas de respiração diafragmática,
Arquivo Pessoal
Henry Curcio
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CULTURA
Grupos de Escoteiros de Limeira promovem trabalho social na cidade Limeira conta com dois clubes, que desenvolvem atividades para crianças, jovens e adultos
O Escotismo tem 107 anos de existência e no Brasil há cerca 84 mil escoteiros. O escotismo está presente em quase todos os países do mundo, exceto Cuba, Coréia do Norte, Laos, Myanmar e na China, com exceção das regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau. O propósito do Movimento Escoteiro é contribuir para que os jovens assumam o próprio desenvolvimento físico, intelectual, social, afetivo, espiritual e principalmente colaborar na formação do caráter, ajudando-os a realizar suas plenas potencialidades como cidadãos responsáveis, participantes e úteis em suas comunidades, conforme definido no Projeto Educativo da União dos Escoteiros do Brasil. O Grupo Escoteiro Tatuibi, em Limeira, foi fundado em 16 de outubro de 1982 e possui atualmente 91 membros registrados entre crianças, jovens e adultos. As seções são divididas por faixas etárias: dos 6 anos e meio aos 10 estão os classificados como “lobinhos”, entre 11 e 14 anos são chamados simplesmente de escoteiros, dos 15 aos 17 anos passam a ser denominados “Sênior” até que dos 18 aos 21 adotam o posto de “Pioneiro”. À partir dos 21 anos, a pessoa que ingressa O grupo Tatuibi reúne-se no Horto Florestal aos sábados: ajuda na formação de crianças e jovens ao movimento escoteiro, é um voluntário com às 17h30. Os interessados podem comparecer boa parte organizados pelos próprios jovens intuito de contribuir com o desenvolvimento em um sábado para observar e conhecer melhor que visam contribuir com várias instituições. dos jovens por meio de as atividades, assim terão Os escoteiros realizam acampamentos, atividades coordenadas. mais informações e poderão acantonamentos, jogos e atividades ao ar livre Dessa forma, qualquer ingressar ao movimento que visam o desenvolvimento dos jovens. “o Escotismo tem como pessoa à partir dos 6 anos posteriormente. Eles são estimulados a realizarem uma boa e meio pode fazer parte Como o Escotismo tem ação todos os dias e a construírem projetos propósito contribuir com do Movimento Escoteiro. como propósito contribuir diversos, de acordo com a idade. a Educação de crianças e Para fazer parte, basta com a Educação de crianças Por isso os projetos sociais são pontuais jovens”. procurar um dos dois e jovens, principalmente e representam uma fração de todas as Grupos de Limeira: o Grupo do caráter, tem diversas atividades realizadas. O próprio movimento se Escoteiro Tatuibi, que tem atividades voltadas para o baseia na prestação de serviços à comunidade sede no Horto Florestal de Limeira ou o Grupo auxílio ao próximo. Desta forma, não tem apenas visando o crescimento pessoal e na formação Escoteiro Limeira, que fica no Jardim do Lago. As doações de produtos ou artigos para outras de cidadãos conscientes de suas funções e atividades acontecem aos sábados, das 14h30 entidades, existem vários projetos pontuais, em capacidades.
créditos: divulgação/Paulo Eduardo Ferreira
Carlos Bosco
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CIDADANIA
Os anjos da guarda da terceira idade Instituições e projetos beneficentes são sinônimos de respeito e dedicação aos idosos. Tiago Csehak
Tiago Csehak
Maria José é a atual presidente do Grupo da terceira idade e coordena as atividades com muita dedicação
vida .“ É muito trabalhoso, mas também muito gratificante. O que mais me deixa feliz é ver todos presentes, com o sorriso no rosto, em todos os encontros. Tive muitos problemas familiares, se não fosse pelo grupo, com certeza teria entrado em depressão”, afirmou. Apesar de todas as alegrias, a falta de apoio da prefeitura e os poucos recursos dificultam bastante o desenvolvimento do projeto. “Temos um gasto de cerca de R$ 500,00 por semana. A mensalidade de R$ 10,00 Geraldo Poloni administra o Lar São Vicente de Paulo desde 1984 paga pelos participantes, o tristes ou passando por alguma dificuldade. Já dinheiro arrecadado com os bailes e o apoio de registramos 137 óbitos desde a nossa fundação, alguns empresários, quase sempre não é suficien- com certeza é uma situação muito difícil para te para suprir todos os gastos”, declarou. mim”, revelou. TRABALHO COM DEDICAÇÃO A estrutura disponibilizada para os internos é No mesmo meio de atividade, também locali- de boa qualidade, com ambientes bem higienizado na cidade de Iracemápolis, temos o Lar São zados, refeitório, ala especial para os mais necesVicente de Paulo, também conhecido como “Lar sitados, berços geriátricos, salão de festas, e um dos Velhinhos”, uma instituição que desenvolve amplo jardim arborizado, utilizado pelos idosos um belíssimo trabalho desde 1984. para caminhadas e momentos de lazer. Fundador e atual administrador do Lar, GeApesar de todos os aspectos positivos, Geralraldo Luciano Poloni, 81, é do também revela muita difium exemplo de amor e de culdade no aspecto financeiro dedicação ao próximo, com e também ressalta o desinteDesde o inicio, de alguma uma vida praticamente toda resse das famílias das pessoforma senti que era dedicada ao bem estar dos as que ali vivem. “ O custo de minha responsabilidade internos da instituição. “Descada interno, é de cerca de R$ cuidar daqueles que mais de o inicio, de alguma forma 1.500,00 por mês, mas segunnecessitavam de ajuda. senti que era minha responsado a lei, só podemos ficar com bilidade cuidar daqueles que 70% do valor da aposentadomais necessitavam de ajuda. ria de cada interno, o que nem A administração do lar é um caminho muito so- sempre é suficiente. Poderíamos contar com a frido, mas também é uma forma de prazer e de ajuda das famílias, mas não é o que acontece. muito orgulho para mim”. Algumas até realizam visitas, mas não demonsAtualmente, ele conta com 36 internos, com tram muito interesse”. idades a partir de 60 anos. Pessoas, que segunSegundo estudo do Ipea (Instituto de Pesdo ele, já se tornaram parte de sua família, o que quisa Econômica Aplicada), realizado em 2011, acaba tornando um possível caso de falecimen- o Brasil conta com cerca de 20 milhões de idoto, uma situação muito triste. “ Todos que estão sos e cerca de 71% dos municípios não possui e já passaram por aqui, são muito importantes instituições e nem projetos desenvolvidos para para mim, eu sofro, quando vejo algum deles a terceira idade.
Tiago Csehak
Viver de forma saudável e alegre na terceira idade se tornou um grande desafio para as pessoas que atingem essa etapa da vida. Felizmente, existem pessoas e instituições bem intencionadas que auxiliam e ajudam a trazer uma melhor qualidade de vida para os idosos. Um belo exemplo a ser citado é o Grupo da Terceira Idade, situado na cidade de Iracemápolis, um projeto sem fins lucrativos, fundado há mais de 30 anos e que conta com mais de 400 participantes ativos. Maria José Cesário de Oliveira, 63, mais conhecida como dona Zezé, é a atual presidente do grupo e coordena as diversas atividades do com muita força de vontade e disposição. ” Viver bem e com saúde, é participar do Grupo da Terceira Idade, onde todas as terças-feiras temos um encontro que já se tornou familiar”. Entre as atrações do grupo, se encontram viagens, comemorações de datas festivas, bailes e o bingo, que segundo ela, é a atividade preferida dos participantes. O trabalho realizado é muito árduo, mas Maria José não se deixa desanimar e afirma que as atividades também acrescentam muito para a sua
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INTERCÂMBIO SOCIAL
Jovens praticam voluntariado no exterior
|Arquivo Pessoal
“Cidadão Global” oferece oportunidades para ações voluntárias em ONGs e projetos educacionais em vários países
Marina durante sua viagem ao Egito: trabalho voluntário realizado no exterior Mariana Peretti A maior organização sem fins lucrativos gerida por jovens, a AIESEC, é a única que desenvolve liderança responsável e empreendedora por meio de intercâmbios realizados em parceria com organizações, instituições e negócios ao redor do mundo, nos mais de 120 países e territórios onde está presente. Sua missão é possibilitar que os jovens desenvolvam seus potenciais de liderança para causar um impacto positivo na sociedade, através de oportunidades de liderança, intercâmbio profissional e voluntário e participação em um ambiente global de aprendizagem. A organização possui mais de 200 universidades parceiras, 5 mil membros voluntários, 77 escritórios locais, realiza mais de 3 mil intercâmbios e 5 mil experiências de liderança por ano e está presente em 23 estados no Brasil, além do Distrito Federal. O projeto “Cidadão Global” tem duração
de 6 a 12 semanas e oferece oportunidades para ações voluntárias em ONGs e projetos educacionais com ênfase em gestão de projetos, educação cultural, ensino de novas línguas, execução de workshops sobre AIDS, entre outras opções em destinos como Colômbia, Peru, Argentina, Polônia, Índia, Rússia, e outros. Marina Patrezze é presidente da AIESEC Limeira, interior de São Paulo, e conheceu a organização em 2012, quando estava atrás de uma atividade extra-curricular para ganhar experiência no mercado de trabalho. “Quando me inscrevi para participar do Cidadão Global, o que mais me motivou foi a oportunidade de poder desenvolver habilidades como autoconhecimento, principalmente para trabalhar melhor em grupo e a lidar melhor com pessoas. Além disso, com todas as pessoas que conversei, pude perceber o quão enriquecedor foi esta experiência para eles e por isso também
gostaria de tê-la”, contou. Por querer se desafiar e também ir para um lugar com uma cultura completamente diferente, Marina tinha duas opções. Ela poderia trabalhar com crianças no Egito ou trabalhar com projetos sociais ligados a empreendedorismo na Índia. “Acabei escolhendo trabalhar com crianças no Egito. Trabalhei em uma creche por 7 semanas, e se pudesse ficaria mais tempo”, disse ela. Entre os desafios que enfrentou, o maior foi a língua. No país, poucas pessoas sabem falar inglês. Por isso, Marina teve que aprender algumas palavras em árabe, principalmente para a comunicação dentro de táxis, mercados e lojas. “O que não é fácil, pois nenhuma palavra é semelhante”, completou. Por outro lado, o mais gratificante no trabalho voluntário é ver o que era a sua maior dificuldade, o seu maior desafio, se tornar um trabalho cumprido. “O meu projeto era ensinar inglês para crianças de 1 a 7 anos. No começo, eu e minha companheira de aulas, da Bulgária, não sabíamos o que fazer para que eles aprendessem pelo menos uma palavra por dia. Porém, usando a criatividade e gestos (para melhorar a comunicação), conseguimos fazer com que as crianças, no nosso último dia de trabalho, cantassem todas as músicas que ensinamos e também lembrassem das palavras em inglês. Essa sensação de desafio dado, desafio cumprido, é o retorno mais gratificante que eu poderia ter tido durante a experiência no Egito”, declarou Marina. Para quem se interessa por trabalho voluntário, Marina diz que se uma pessoa se dispõe a conhecer culturas totalmente diferentes da brasileira, conhecer pessoas e fazer amizades para a vida inteira, e ter uma experiência enriquecedora, pessoalmente, esta é uma ótima oportunidade. Para conhecer melhor a AIESEC e os programas de intercâmbio voluntário da organização, acesse o site www.aiesec.org.br/.
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SOCIAL
Projeto muda vida de caminhoneiros “Fé na Estrada” atinge milhares de motoristas em postos por meio da abordagem de voluntários de várias igrejas Dados do projeto “Fé na Estrada” desde seu início, indicam que mais de 90 mil caminhoneiros tiveram contato com um voluntário no Brasil já que esse é o número de Bíblias distribuídas até o momento. A entrega de Bíblias é uma das características do trabalho. Em Rio Claro, no ano de 2014, cerca de 1.120 pessoas foram atingidas pelo trabalho que vem surtindo efeito. A expectativa é que com o passar do tempo novas vidas sejam alcançadas e mais voluntários participem do “Fé na Estrada”. O Ministério Nossa Missão, criado pelo Reverendo Abelardo Nogueira Junior, 53, procura através da evangelização alcançar caminhoneiros, prostitutas e comunidades carentes no Nordeste. O projeto “Fé na Estrada” é um exemplo disso. Iniciado em 1996, o trabalho com os caminhoneiros tem sido muito grande. Auxiliado por diversas igrejas Presbiterianas no Brasil os trabalhos contam com ajuda social, psicológica e evangelística de voluntários mais próximos de onde a atividade acontece. Abelardo Nogueira, que hoje reside em Bauru, foi entrevistado pela reportagem do Jornal Em Foco por e-mail e mostrou o que é feito pelos grupos. “Em algumas regiões motivamos as Igrejas a formarem grupos de voluntários para dar assistência social como: corte de cabelo, dentista, médico, enfermagem, fisioterapia, nutricionista. A abordagem é sempre feita corpo a corpo, com distribuição de Bíblias personalizadas, informações de saúde, prevenção drogas, AIDS, doenças sexualmente transmitidas e prevenção a prostituição infantil”, falou Nogueira. Atualmente o projeto tem acontecido em postos de Taubaté, Cubatão, São José dos Campos, São Pedro e Rio Claro, todas no estado de São Paulo, além dessas, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais e o Espírito Santo possuem cidades atingidas pelo trabalho. Uma equipe da Igreja Presbiteriana de Batovi, em Rio Claro, tem sido constante nos postos. Dois, dos mais frequentados da região nas Rodovias Washington Luiz e Anhanguera recebem a visita dessas pessoas. As conversas acontecem aos sábados no período da manhã e no da tarde. O objetivo agora é que os dias e horários sejam multiplicados. Em uma dessas abordagens em Rio Claro, o caminhoneiro Edson, de Castro no Paraná teve sua vida transformada. O motorista, ao receber a bíblia, confessou que era o único em sua família que não era evangélico. Depois de muita conversa o mesmo aceitou fazer uma
visita a Igreja de Batovi, já que ficaria naquele final de semana parado no posto. Após a visita, a esposa de Edson entrou em contato com o grupo via facebook e mandou uma foto do caminhoneiro sendo batizado em uma igreja de sua cidade. Essa vida foi um dos resultados marcantes das atividades. Laércio de Sousa, 55, que atua como pedreiro e motorista, foi quem um levou o projeto ao grupo. Ele participou de um Congresso na Primeira Igreja Presbiteriana de Rio Claro ministrado pelo Reverendo Abelardo Nogueira e por um voluntário, Hélio, que trabalha com os caminhoneiros em Cubatão. Lá viu que era muito edificante conversar com os Voluntários de Rio Claro abordam caminhoneiro motoristas e decidiu trazer a ideia para a Igreja de Batovi. A ideia foi abraçada o Renato chegou a mim e agradeceu, pois Deus pelos membros da igreja e o “Fé na Estrada” já havia falado com ele”, disse. O Reverendo Lelio Weissmann Junior, completou dois anos. 58 anos, também é um dos voluntários na No início, ele tinha certo receio de atividade e revelou como chega para as abordar os caminhoneiros, mas, com o passar conversas com os motoristas. “O caminhoneiro do tempo tudo foi se tornando mais simples. não está acostumado a receber presentes. “Por serem meio relaxados, falar tudo o que Então oferecemos uma bíblia para ele ter no vem na cabeça era difícil de chegar para caminhão. Isso abre um espaço para conversa conversar com eles. A gente brinca com eles e e também a oportunidade de apresentarmos a pergunta se eles querem ganhar um presente, ele o amor de Jesus”, afi rmou Weissmann. eles desconfiam, já que ninguém da nada para O projeto “Fé na Estrada” vem auxiliando caminhoneiros, mas aceitam a Bíblia. A partir a vida de muitos caminhoneiros. O trabalho daí, apresentamos a Bíblia, lemos um pouco que é feito individualmente acaba através dos e mostramos o verdadeiro caminho para a próprios motoristas alcançando novas vidas. salvação, que ninguém vem a Deus senão por Familiares, amigos, colegas de profissão, todos Cristo Jesus”, contou Laércio. vão sendo atingidos por quem já teve contato ABORDAGEM com os voluntários. O voluntário Laércio destacou a conversa Mais informações no site nossamissão. com o caminhoneiro Renato, de Ribeirão Preto. com.br e no facebook.com na página “Fé na “No começo da abordagem, eu, junto com meu Estrada”. amigo Nivaldo chegamos e de cara levamos um coice, mas aos poucos ele foi se abrindo. Disse que foi casado, sua esposa o havia traído e que Números do projeto em Rio Claro (2014) os dois eram da igreja. Ele não aceitava o que • 1.120 Bíblias; Deus estava fazendo na sua vida. Fui falar da • 35 CDs; história de Jó e de José e ele disse que não tinha • 1.120 Folhetos evangelísticos; nada a ver com aquilo. Tudo o que eu ia falar da Bíblia parecia que não encaixava. Então falei • 500 livretos “Cada Dia”; do Salmo 73 de Asafe e o rapaz foi aceitando. • 55 livros de cunho evangelísticos; Convidei-o para vir a um culto no domingo Fonte: nossamissão.com.br a noite e ele aceitou. Nesse mesmo dia um missionário pregou sobre famílias destruídas e
Facebook.com/Fénaestrada
Thaigor Lorhan
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SAÚDE
Doação de órgãos: um ato de amor Sistema Único de Saúde é responsável por 90% dos transplantes realizados no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde
A doação de órgãos é um ato de caridade e amor ao próximo. A cada ano, muitas vidas são salvas por esse gesto altruísta. A conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos é vital para melhorar a realidade dos transplantes no País. Veja, a seguir, algumas informações sobre doação e transplante de órgãos. O transplante é um procedimento cirúrgico (regulado pela Lei nº 9.434/1997 e Lei nº 10.211/2001) no qual um órgão ou tecido doente é substituído por outro saudável. Para isso, é preciso que haja doadores – vivos ou mortos. Qualquer pessoa pode ser doadora, exceto portadores de doenças infecciosas ativas ou de câncer. Fumantes, em geral, não são doadores de pulmões, mas podem doar outros órgãos e tecido. Um único doador pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de mais de vinte pessoas O cidadão que deseja ser doador não precisa assinar nem pagar nada, basta comunicar sua família para que, caso necessário, o procedimento seja autorizado. Para doações em vida, o doador deve ter mais de 18 anos de idade e o receptor deve ser cônjuge ou parente consanguíneo (pais, filhos, irmãos, avós, tios ou primos). Se não houver parentesco, será preciso autorização judicial. Os órgãos e tecidos doados percorrem um caminho definido: constatada a morte cerebral, o hospital aciona a coordenação hospitalar de transplante, que entrevista a família. Autorizada a doação, a coordenação hospitalar avisa a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Estado, que seleciona os receptores e avisa as equipes de transplante para irem ao hospital remover os órgãos do doador e levá-los ao local onde será realizado o transplante. A morte cerebral, ou encefálica, é a parada irreversível da função do encéfalo (cérebro e tronco cerebral). Ela ocorre quando o cérebro deixa de receber fluxo sanguíneo e não executa mais suas funções vitais. A constatação da morte encefálica é feita por pelo menos dois médicos, um deles neurologista, a partir de exames clínicos realizados em intervalo de diversas horas. A morte cerebral deve ser confirmada por um exame de imagem, que pode ser arteriografia cerebral, eletroencefalograma ou doppler transcraniano. A morte cerebral é diferente da morte cardíaca: a primeira permite a doação de órgãos e tecidos; a segunda, só a doação de tecidos.
Divulgação
Letícia Eduarda
Cartaz de divulgação do Ministério da Saúde sobre campanha de doação de órgãos Números dos transplantes no Brasil 90% dos transplantes realizados no País são feitos por meio do SUS 548 Estabelecimentos de saúde fazem parte da rede 1.376 Equipes médicas em todo o Brasil são autorizadas a realizar transplantes no País 25 Estados participam do sistema de captação de órgãos, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes, que controlam a lista de espera pelos órgãos e toda a logística do processo de doação e transplante em cada estado. Os pacientes nas listas de espera formadas nas Centrais de Transplantes das Secretarias Estaduais de Saúde aguardam a chamada, mas sua vez pode demorar: a lista de espera por um pulmão, por exemplo, é renovada anualmente, pois a maioria morre sem conseguir um doador. No Brasil, anualmente, 60 pessoas a cada 1 milhão apresentam morte cerebral, representando aproximadamente 12 mil pessoas. Destas, em tomo de 6 mil (50%) poderiam ser doadoras de órgãos. Têm a necessidade de receber um transplante de órgão a cada ano: 14 mil pessoas para rim 6 mil pessoas para fígado 1.600 pessoas para coração 1.600 pessoas para pulmão 400 pessoas para pâncreas 200 pessoas para intestino Mitos e verdades A família precisa arcar com os custos relacionados à doação O doador ou sua família não têm custos nem ganho financeiro, sendo apenas entregue uma carta de agradecimento pelo gesto solidário e humano. O receptor também não precisa pagar pela cirurgia de transplante. A condição social e/ ou financeira do receptor não importa quando se está numa lista de espera. O que realmente
conta é a gravidade da doença, tempo de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importantes. Quem arca com os custos dos procedimentos relacionados aos transplantes é o Sistema Único de Saúde (SUS), que também se responsabiliza pelo fornecimento, durante toda a vida, das medicações necessárias para evitar a rejeição do órgão transplantado. Um idoso ou uma pessoa que já tenha tido alguma doença não podem ser doador Todas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadores, independentemente da idade ou do histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos que podem ser transplantados é a condição de saúde no momento da morte e uma revisão do histórico médico do paciente. Os recentes avanços da medicina na área de transplantes garantem que mais pessoas possam ser doadoras e que haja mais receptores. Religião é impedimento para doação Todas as religiões pregam os princípios de solidariedade e amor ao próximo, que são as principais características do ato de doar.·A grande maioria das religiões é francamente favorável à doação, enquanto outras deixam a critério de seus seguidores a decisão de serem ou não doadores. Até mesmo as religiões que são contrárias a transfusão de sangue não interferem na decisão de doação. Sendo assim, podemos concluir que a Doação de Órgãos é importante e que apesar do avanço da medicina e toda sua tecnologia, o número de doações ainda é muito inferior ao número de pessoas que estão esperando na fila. Fonte: Dra. Lilian Palma - Nefrologista (vou me informar
sobre o CRM dela) Centro Pesquisa da Equipe de Transplante do Hospital Albert Einstein
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EXEMPLO
Voluntariado, compromisso sério quanto ao trabalho que remunera André Borba Quando se fala em trabalho voluntário, as pessoas acham isso bonito. Afinal, é bacana dizer que ajuda uma instituição. O que muita gente esquece é que não se trata de favor, algo que se faz quando está disponível ou quando não tem nada melhor para fazer. A Biomédica Thayane Féola, de 21 anos é sempre presente da vida de crianças e jovens. Thayane desenvolve um trabalho há 7 anos na Paróquia São José em Limeira e tenta deixar para as pessoas a importância do trabalho voluntário. Voluntário é alguém que faz algo de modo espontâneo, segundo uma das definições do dicionário. Mas, para quem vive este ato de solidariedade, a explicação é muito mais sensível e extrapola as definições morfológicas. Para Thayane é muito difícil definir o que é trabalhar de modo voluntário, pois é algo que vem de dentro. “Trata-se de uma vontade incontrolável de ajudar quem precisa”, diz. Não importa se é feriado, se está chovendo, todos os domingos, ás 20h, a biomédica se reúne com jovens para tratar de assuntos rela-
cionados a vida, ao futuro, mostrando a eles um te projeto, para ela a verdadeira caridade surge caminho a ser seguido. No ano de 2013, Thayane espontaneamente de um coração simpático, sentiu que precisava de algo mais e reuniu cer- antes mesmo que qualquer pedido seja feito. ca de 20 jovens mobilizando á todos a arrecadar “Ela é a pessoa que dá, não ocasionalmente, brinquedos para serem distribuídos á crianças mas constantemente, me senti honrada em carentes. Cerca de 150 brinquedos foram arreca- poder participar deste projeto e isso me fez ter dados e distribuídos e essa um olhar diferente ao mundo” diz. “Se todas as pessoexperiência deixou marcas as praticassem caridade o que nunca serão esquecidas. mundo seria totalmente di“Quando chegamos para fa“ Voluntariado não se ferente” Completa. zer a entrega dos brinqueCom o tema Respondos, encontramos diversas trata de migalha, mas de sabilidade Social em alta, crianças desanimadas, mas um comprometimento todos perguntamos o que quando receberam este prepodemos fazer para assistir sente saíram todos animavalioso”. quem precisa? Aliás, para dos e alegres como num pastomar essa nobre decisão, se de mágica” diz. Thayane não precisa ir muito longe, completa que depois desta pode ser onde você está, ação ela se viu transformada. “Parei de reclamar da vida, sou mais feliz ajudan- naquela escola próxima, na igreja ou perto do do as pessoas, isso transforma a minha vida, afi- seu trabalho. Lugares não faltam e eles precinal sabemos que ajuda, todos precisam” conclui. sam de nós, então compartilhem o seu conheClara Santarosa de 16 anos, participa des- cimento.
ARTIGO
Um atalho para o desenvolvimento Carlos Bosco Em um mundo cada vez mais voltado aos embates políticos e filosóficos lhor. ONG’s são criadas. Projetos sociais muitas vezes sem o menor apoio ou sobre as responsabilidades do governo com o meio ambiente e com as ques- divulgação ainda crescem, formam caráter de toda uma geração e auxiliam tões sociais, uma atitude simples e efetiva acaba passancomunidades inteiras. Portanto, todas as matérias e redo despercebida no mar de compromissos diários. O voportagens dessa edição foram propositalmente voltadas luntariado. Quando questionamos a nós mesmos sobre para essas pessoas e organizações, mostrar o quanto “A responsabilidade por um essa atitude, uma série de desculpas e justificativas são simples gestos podem fazer toda a diferença na vida de mundo melhor muitas vezes criadas instantaneamente para nos fazer crer que não há muita gente e tornam o mundo em um lugar melhor. O é delegada unicamente saída e que é problema dos outros. voluntariado faz a diferença, de forma que ajuda o próa governantes e nos Cada vez cobramos mais dos outros e nos isentaximo e exercita a conscientização de toda a sociedade mos mais, escolhemos representantes e delegamos exsobre situações e problemas que costumeiramente não esquecemos que existem clusivamente a eles que façam a parte deles e a nossa. são vivenciados no dia-a-dia. Um povo consciente de maneiras de individualmente Nunca antes na história a máxima “quero mudar o munseus problemas, de suas ações e com as janelas da mente contribuirmos para que essa do, mas não lavo a louça” foi tão presente, porém ainda abertas para novas possibilidades é a melhor maneira de melhora ocorra.” existem iniciativas e pessoas que acreditam que através se contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade da solidariedade podem colaborar para um mundo memais humana e solidária.