Editorial A fanzine deste trimestre, iniciado em pleno verão, transporta-nos até ao outono profundo. A verdade, é que ainda não pensamos nas folhas a cair, preferimos mergulhar no mar salgado e aproveitar ao máximo, aquele feeling de férias. No fundo, é isso mesmo que esta fanzine transmite nesta edição, o sabor das férias e de um verão ainda a «bombarí». Enjoy
Props da Casa
Índice Verão na Rota Jovem Impressões digitais Borda D´água Cor de Rosa Verão de 1997 Impacto Local Crónica do peixe mole Astronomia Observação do Céu Mafaldinha a Surfista Arrot’Ambiental DiY Ilustração de Verão Encruzilhadas Literárias Poesias de Verão Cantinho do Arlindo Gossip Arrota
Verão na Rota Jovem Aconteceu em Julho Esteve a Bombar mais uma edição de Cascais-Biarritz, Intercâmbio Internacional de Jovens Circo Natural2 (Bélgica) e MOI - Make Opportunities Increase (Holanda). Actividades de Canoagem, Caminhada Noturna Lendária na Serra de Sintra, workshops de Guitarra com o Miguel, Festa de Despedida dos SVE e muito mais...
Enviamos também 5 voluntários para um projeto SVE de curta duração para a Rússia! Vão estar num centro de reabilitação, a preparar jogos e atividades para crianças com menos oportunidades e a ajudar em aulas de hipoterapia!
A Bombar em Agosto In Rot@tion Blog Oficial da Rota Jovem Um blog sempre em altas e com novidades fresquinhas do que se passa pela Rota. Vê aqui http://blog.rotajovem.com/ Jovens da Cultura Social na Rota Jovem em Agosto Vamos receber no mês agosto jovens super dinamicos e criativos do programa Cultura Social - Ocupação de Tempos Livres nas Férias, da Divisão de Juventude da C. M. Cascais - Geração C.
Os Workcamps estão de volta! Após a Rota Jovem ter vencido Prémio Carlos Magno para a Juventude com os Campos Internacionais de Trabalho, estes estão de volta de 16 a 30 de Agosto em Cascais, com o Apoio da Câmara Municipal de Cascais – Divisão da Juventude – Geração C. Mais Info em http://rotajovemworkcamps.weebly.com/
Gostavas de trabalhar no estrangeiro? Existem vagas em projectos de Serviço Voluntário Europeus na Espanha, Estónia e Itália para diferentes funções, gostos e aptidões. Áreas de Comunicação (produção de material gráfico) e relações internacionais, tarefas de gestão e logística de um workcamp internacional, desenvolvimento de atividades com crianças num infantário, trabalho num centro de atividades de educação ambiental, com tarefas na horta e produção de produtos hortícolas. Se estás interessado cvontacta a Ana Ferreira por E-mail \ sve@rotajovem.com, ou liga para Rota Jovem e fala directamente com ela 21 486 2005. Mais info em http://sve.rotajovem.com/vagas.html
Serviço Voluntário Europeu
Im)Pressões Digitais Os Dinossauros são nossos @migos! por: Rui-dino-Dias 3 cenas que me fazem espécie… e a grande questão que a Humanidade ainda não resolveu! (in Público, 4-4-2014)
Como as férias estão aí, nada como algumas questões pertinentes para refletirmos profundamente entre a sesta na toalha e o mergulho no mar… com uma bola de Berlim pelo meio, claro. CENA 1: O que é que se passa com as nossas cegonhas?
Nota prévia: sou grande fã de cegonhas, elas estão
aqui (toc, toc, estou a bater com a mão no coração) mas…
Não sei se já repararam, mas elas estão por todo o lado e são cada vez mais. Basta sair das cidades e andar por esses campos fora e em certas zonas elas são aos magotes. Seja para o interior, para sul ou para norte, elas lá estão, regra geral alojadas em condomínios de vários pisos nos postes de alta tensão, em cima de chaminés ou noutros pontos altos do nosso Portugal. Desde miúdo que faço o mesmo caminho para o Alto Alentejo e lembro-me que antigamente as cegonhas (da espécie Cegonha Branca, mais conhecida por Ciconia ciconia) que encontrava perto de Coruche cumpriam a sua sazonalidade: no inverno iam pregar para outra freguesia (África, sobretudo) e no Verão lá vinham, quais salmões a subir os rios, desovar nos nossos postes de alta tensão. Acontece que de há uns anos para cá tenho reparado (seja a caminho do Alentejo, seja a caminho do Porto, na zona de Aveiro/Estarreja para quem vai pela A25) que há cada vez mais cegonhas que já são residentes fixas, passando cá o ano inteiro, seja por causa das alterações climáticas, seja porque a paparoca cá é mais saborosa, seja pelos nossos lindos olhos. Portanto há cada vez mais cegonhas e já nem se dão ao trabalho de emigrar (como muitos de nós o fazem). E é por isso com enorme espanto e indignação que esta semana li que “Portugal teve a taxa de natalidade mais baixa da EU o ano passado”!!!! WTF? Temos cada vez mais cegonhas e cada vez menos bebés?!! Mas o que raio se passa com as nossas cegonhas? As constantes greves dos controladores aéreos de Paris não podem explicar tudo! E o pior é que não ouço ninguém a falar disto! Uma das explicações poderia ser que as cegonhas que para cá vêm são as idosas, que já encostaram à boxe e, “qual inglesas que assentam arraiais no Algarve”, chegam aos nosso país para curtir as reformas douradas depois de uma vida inteira de trabalho, a levar bebés por esse mundo fora….Tretas!
Eu farto-me de ver novas cabecinhas de cegonhas nos ninhos! Portanto não são velhotas de certeza! Alguém tem uma explicação para isto? CENA 2: Amnistia para o Lobo Mau, já!!!
Como muitos já devem saber, tenho 2 filhas (ou princesas…ou catraias…ou herdeiras…ou a “minha mai velha e a minha mai nova”) lá em casa e uma delas já gosta muito de ouvir contar histórias. Não é que a questão já não me tenha ocorrido, mas é nesta fase de pai-livro que ela se tornou mais premente, até pela sucessão de situações sobre as quais não podia ficar calado: por que raio é que o Lobo, esse animal tão nobre e injustiçado, é sempre o mau da fita? As nossas crianças crescem a pensar cobras e lagartos (??) do lobo, a ter medo dele, etc…mas porquê? Se fossem ovelhas, ainda percebia (essas devem ter alguma razão de preocupação) agora…crianças? Vamos a factos: 1. História do Capuchinho Vermelho: era uma vez uma menina que era sócia do Benfica, foi pela floresta levar uma camisola do Eusébio à avó e nisto encontrou o… Lobo! Blá blá, rebéubé pardais ao ninho, o Lobo come a avó e o capuchinho, vem o caçador (sportinguista assumido) e pumbas, acaba com a história… 2. História dos 3 porquinhos: era um vez 3 porquinhos que trabalhavam na construção civil, mas só um deles tinha o curso de engenheiro civil. Cada um constrói uma casa, vem o Lobo-fiscal (lá está, o mau da fita) e manda demolir 2 das casas por manifestas deficiências de estrutura e inferior qualidade dos materiais (ninguém fala disto).Na terceira tem dúvidas relativamente à qualidade construtiva da chaminé (ultrapassava o que estava legalizado) e ainda assim é vítima de queimaduras no rabo!
3. História da cabacinha: era uma vez uma velhota que vai ou visitar os netos/ou ao casamento da neta (riscar o que não interessar) e “a pobre velhinha encontrou um lobo peludo, enorme, assustador, que a queria comer”! Pumbas, outra vez o lobo! Sempre o lobo…porquê? E que tal substituírem o lobo por algo realmente assustador e horripilante? Tipo… hum…o José Castelo Branco? Fica a ideia…
CENA 3. A próxima crise económica pode ser despoletada pelo…Panda?
Ele é um canal de televisão, revistas, livros de histórias, linha de roupa, brinquedos, um festival, etc, etc… não é óbvio? A mim parece-me óbvio que o Panda, cabecilha deste mega grupo económico com inúmeras atividades em múltiplos negócios (alguns deles em sociedade pouco transparente com os Caricas, S.A. e ligações ainda à boazona da Xana toc toc e ao castiço Serafim) tem com certeza montes de contas offshore…já alguém viu a folha de impostos do Panda? Será que ele declara tudo no IRS? Tenho dúvidas, até porque se declarasse com certeza o país não estava como estava. Será que quando isto tudo se descobrir este buraco não irá despoletar uma nova crise financeira? A ver vamos… E finalmente, a grande questão (vá, uma das…) que a Humanidade ainda não resolveu é…o que virá a seguir à febre das pulseiras de elásticos? Sou só eu, ou realmente há um elástico perdido (caído de alguma pulseira que entretanto se desfez) em todo o recanto para onde quer que olhe? Quem ainda não usa uma pulseira de elásticos que levante o pulso!...Parabéns! Com certeza não tem filhos, nem irmãos novos, nem sobrinhos, nem primos, nem netos, nem vizinhos com filhos, nem colegas de trabalho com filhos ou não encontrou uma criança na rua a vender pulseiras de elástico por 1 euro a dizer que é para uma ajuda para a viagem de finalistas (não se questione se a criança andar no 1º ou 2º ano ou ainda na creche…as viagens são reais). Ou seja: agora que percebeu que não tem ninguém à sua volta tem a certeza que não é um eremita e que não vive numa ilha deserta? (onde provavelmente também já deram à costa alguns elásticos perdidos?) Acredito piamente que virá uma nova moda (vem sempre) até porque aquela malta na China não pode parar de produzir…só não sei qual será, mas até tenho medo de saber…
E é isto. Espero que reflitam bem nestes assuntos durante as férias…se vos ocorrer ideias brilhantes e respostas surpreendentes a estas questões, partilhem-nas, ou para o meu e-mail:
ruigeo@net.sapo.pt
ou na página do Facebook desta magnífica fanzine arrotante. Bons mergulhos!
Os Dinossauros são nossos @migos! por: Rui-dino-Dias
Borda d’Agua Cor de Rosa Mês de Agosto
de Inês Vasquez
“Quem casa em Agosto, não casa a gosto”
Calendário
1 (6ªf) S. Afonso Ligório, Festa de Lugnasad (da luz sagrada) dos celtas. 4 (2ªf) Quarto Crescente às 01h50. Tempo Fresco
9 (Sáb.) Sto. Romão; Stª Filomena e dia intern. dos povos indígenas. Dias caminhados 243
A Caminhar 122
Signo Leão Neste mês os dias diminuem. Em Lisboa 01h06m e no Porto 01h12m. Dia 1\ Lisboa, o sol nasce às 06h38 e o ocaso às 20h48. Porto, o sol nasce às 06h30 e o ocaso às 20h51. Dia 31\ Lisboa, o sol nasce às 07h05 e o ocaso às 20h09. Porto, o sol nasce às 07h00 e o ocaso às 20h00.
|Astrologia| Os nativos em Leão são pessoas vaidosas e que procuram reconhecimento naquilo que fazem. Amantes do Luxo, trabalham para o seu bem-estar, são pessoas divertidas e bem-dispostas: diretas nas suas ações e organizadas a sua vida profissional. Incenso\ Sândalo e Almíscar Pedra\ Âmbar; Metal: Ouro; Cor\ Dourado. |Agricultura – Jardinagem – Animais| Na horta, em local definitivo, semear agrião, espinafre, feijão, nabo, rabanete, repolho de inverno e salsa. Em canteiro semear acelga, alface e couve-nabo e na estufa semear ervilhas e feijão. Recolha da fruta e seca no Minguante. É também tempo de deixar amadurecer as uvas (hummm, boa vinhaça). No jardim, regar as plantas com bastante frequência. Mudar os amores-perfeitos e realizar uma colheita matinal de rosas e restantes flores em geral. Animais: no gado, completar a forragem com suplemento alimentar natural.
10 (Dom) Stº Lourenço, Dia do emigrante, Lua Cheia às 19h09, Aguaceiros Fracos. 12 (3ªf) Dia internacional da Juventude! 14 (4ªf) Dia internacional do Canhoto. 17 (Dom) Quarto Minguante às 13h26. Tempo Brusco. 19 (3ªf) Dia mundial da Fotografia & Dia Mundial da Ajuda Humanitária. 23 (Sáb.) Dia Int. da Recordação do Tráfico Negreiro e da sua Abolição . 05h13 entrada do sol em Virgem. 25 (2ªf) Lua Nova às 15h13. Tempo Brusco 29 (6ªf) Martírio de S. João Baptista – Banhos Purificadores no Mar. 31 (Dom) FIM DAS FÉRIAS! Muahahaha
Nesse fatídico ano, já podias ouvir o Bryan Adams cantar Summer Of ‘69 (nós decidimos não o fazer atendendo à saúde dos vossos ouvidos), que acaba por ser a banda sonora deste artigo e que vos convida a visitar um resumo do Verão de 97 e da edição ‘dinossáurica’ da nossa Arrota Fanzine. Fomos até à cave, abrimos o Baú et voilá - Arrotàmão nº23, Verão 97.
Mergulhemos no interior
Ao abrir a revista vê-se uma secção de Parabéns aos aniversariantes dos meses de Julho, Agosto e Setembro (com datas a remontarem de 1973 e até 1962, pensamos que que a mais novinha era de 1982)! Há também deambulações sobre o tempo e na página seguinte pode ler-se uma espécie de Manifesto Comodista, que nos leva a refletir sobre o facto de sermos comodistas, «(…) Será assim tão cómodo ser comodista?» É mais um manifesto anti - comodista!» Depois dos Comodismos está patente uma série de alusões à prática de Yoga, falando também dos benefícios da «Sauna com banhos no lago à mistura, com massagem e uma Lapin Kulta!” ??????ok! Após pesquisa no Google percebemos que é uma marca de cerveja. Não sabemos se está relacionado ou não, mas logo a seguir diz assim: SHIT HAPPENS em diferentes tipos de ideologias. Catholicism If shit happens, you deserve it. Judaism Why does this shit always happen to us? Scientology Feces occurs. Quantum Physics Shit is a wave. Capitalism That’s MY shit. Communism It’s everybody’s shit. Feminism Men are shit. Chauvinism We may be shit, but you can’t live
without us...
Impressionism From a distance, shit looks
like a garden.
Depois das crenças religiosas, temos algo verdadeiramente hilariante, que dá resposta à sauna e banho no lago: Um pequeno diário de bordo sobre o primeiro intercâmbio da Rota em terras finlandesas. Fica aqui um approach de como foi… “ about Suómi (...) rasgávamos a água do lago com os nossos corpos quentes na sauna (…) e fazer das florestas habitués dos nossos olhos e deixar que o anoitecer sem fim nos esgotasse as forças (…) e quando voltamos já não éramos os que partimos… S.V. ” Dá para perceber que a experiência foi intensaaaa!
Mudando de página, surgem atividades da Rota ligadas à consciência ecológica com o «Clean up the World – Limpar o Mundo – Limpar Portugal. Por fim, um manifesto poético de António Gedeão, excertos de Fernando Pessoa até a transcrição de “Lume” de Mafalda Veiga. ‘(…) tenho em mim todos os sonhos do mundo.’ Fernando Pessoa
Existentialism Shit, therefore I am.( defeco
ergo sum)
Jehovah’s Witnesses >Knock< >Knock< Shit
happens. May we have a moment of your time to show you some of our shit? Agnostic Shit might have happened; then again, maybe not. What is this shit? Atheism What shit? I can’t believe this shit! Hare Krishna Shit happens, rama rama. Rastafarianism Let’s smoke this shit
E assim termina a fanzine de há 17 anos atrás, cheia de boa disposição, viagens, nostalgia, consciência ecológica e vontade de sonhar mais além … “Summer of 97” para alguns dinossauros…
Impacto Local
Inês Vasquez
Todos os dias, centenas de pessoas passam à janela da senhora Sabina e outras centenas perto da casa do Sr. Raul. E outras ainda pela varanda do Sr. Fernando… Mas ninguém realmente os viu até que um dia um jovem parou e olhou … e teve uma ideia. A essa ideia deu-se o nome de (Im)Pacto local - bem simples – um projeto que procurou juntar mais jovens igual a ele, de forma a ajudar a Srª Sabina a arranjar uma janela, ajustar uma torneira ao Sr. Raul e montar a cama do Sr. Fernando, permitindo que estes tivessem um pouco mais de conforto e uma vida mais alegre, através de intervenções pequeninas mas com grande impacto na vida destas pessoas. Para que isso fosse possível, foi necessário juntar muita vontade, mover energia e muitos jovens para que se aproximassem da sua comunidade local, e descobrir casos a necessitar destas pequenas intervenções (ou “pequenos arranjos”), que devido à sua situação económica ou devido a questões de idade ou mobilidade dos utentes referenciados, deixavam de ser “pequenas” para se tornarem em boas dores de cabeça. “Armados” até aos sorridentes dentes, os jovens voluntários intervieram na localidade de Cascais numa primeira edição. Como encheram a alma de quem teve a oportunidade de participar neste projeto e pelas suas mãos, foi organizada uma nova edição no último mês de Junho, na freguesia Cascais -Estoril. Algo de diferente aconteceu no percurso decorrido entre a concepção da ideia até ao momento da acção: as casas destes participantes ficaram mais “compostinhas”, e a juntar a essa colecção reuniram-se sorrisos, estórias que foram pintadas no interior de cada um, e caras reais que agradeceram através do olhar os minutos de conversa e de atenção carinhosa que lhes foi dada. E amigos! A Rota Jovem é casa aberta e gosta de colaborar com outras organizações iguais a si, ou com valores semelhantes. Desta forma, foi possível colaborar com outra “porta” igualmente aberta: o projeto Orienta-te de São Domingos de Rana ! Foi estimulada em jovens voluntários felizardos a solidariedade entre si, a promoção do diálogo intercultural e intergeracional nas comunidades e a capacidade de dar resposta a problemas pontuais em comunidades com menos recursos. Agora fica aqui o convite para acompanharem mais uma página desta estória que fará história, e irá repetir-se em Setembro, com mais jovens e com mais corações quentes!
Crónica do Peixe Mole
Chegou o Verão! Chegou o Verão! O nosso peixinho, habitante residente na sede da Rota jovem, “com espaço fixo entre a casa de banho e a cozinha”, aproveita os dias de sol para fazer sauna e suar um pouco, deixando as gotas de suor cair quando lhe dá para sobrevoar o espaço. Apesar de gostar de se teletransportar, às vezes gosta só de flutuar! Dado esse facto, se encontrarem gotinhas de suor no chão já sabem de quem é, e se levarem com elas em cima pensem que não é chuva mas sim o peixe a suar. Suores à parte, a verdade é que o peixe não emagrece; ele gosta é de simular chuva e de refrescar o pessoal. Há quem se assuste, é verdade! Dentro de casa chuva normalmente é sinónimo de pingueiras. Mas aqui já sabem: olham para cima e lá está o peixinho.
Mas o ‘bom bom’ da coisa é que o suor do peixe mole é fresquinho. É verdade! Não seja ele um peixe diferente dos outros, ele gosta de refrescar quem passa pela associação. Mas atenção que isto é uma qualidade que só se manifesta no verão. Talvez por isso haja aquela leve aparência e feeling de férias por quem passa na Rota Jovem - é porque o peixinho simula a frescura de um belo banho de mar. Assim quem lá está pensa que está sempre na praia, só faltando a areia e a imensidão do mar, porque de resto está-se sempre na frescura que peixinho proporciona a quem lá circula.
Célia
«a redactora do peixe – mole»
AsTRoMoniA - Observação Há milhares de anos que as pessoas se sentem fascinadas pelo manto negro esburacado que se abate sobre as suas cabeças. Há quem pense tratar-se de ilusão, outros deixam-se seguir pela curiosidade, mas ninguém fica atrás quando existe um convite para olharmos para o céu e detectar as pequenas grandes partículas luminosas e não luminosas) que afinal têm a mesma constituição das nossas células. A importância da observação dos astros vem já desde antes da antiguidade clássica. Se começou através da necessidade de adaptar a arte de construir calendários, de forma a ter uma percepção do tempo e da sua influência na agricultura. Agora sabemos que nem tudo que vemos existe mesmo… algo que atrofia um pouco, mas é assim. A luz que aparece nos céus pode ser de estrelas, que demoram 8000 anos a chegar (ou sejam pode ser que nesse mesmo instante elas já nem existem.)
do Céu
A observação de estrelas pode ser feita a olho
nu, de binóculos, de telescópio e claro, de mega telescópios que captam a luz dos astros fazendo assim possível a sua visualização ampliada. Mas vamos pelos mais simples e mais acessíveis também. Para uma captação bem-sucedida, é necessário que estejamos num local que tenha pouca luminosidade ou mesmo nenhuma (para que os nossos olhos estejam aptos para captar a luz imitada pelos astros). Hoje em dia vivemos no meio da poluição luminosa que afeta a observação astronómica. Por isso, os melhores sítios para visualizar estrelas e fenómenos meteorológicos passa por locais mais isolados como espaços florestais, serras, montanhas ou campos não tocados pelo homem. Não podemos esquecer também de verificar as condições meteorológicas (a melhor época é no verão).
Numa noite límpida, é possível ver a olho nu os mares do nosso querido satélite (a Lua) e para a observação das suas crateras podes usar uns binóculos. Para te orientares pelos céus mais facilmente, podes utilizar vários programas que identificam as constelações, estrelas, galáxias, planetas, etc. Uma bússola também é importante para saberes para que direção podes observar os fenómenos e as constelaçõe Queres uma ajuda? Descarrega a aplicação Sky View ou o Stellarium Program, que constroem mapas dos céus de forma a apoiar a tua observação. Apesar de tanta Tecnologia, a humanidade só conhece 1% do universo e dos seus constituintes. E muitos deles não são visíveis, num telescópio normal, é necessário telescópios de raio X revelar fragmentos de biliões de quilómetros.
Não podemos de esquecer que o universo é não só constituído por estrelas, mas também por gases, pós e a massa negra… que ninguém soube explicar bem o que é… Uma coisa é certa! Vais fazer um brilharete ao lado do teu companheir@ se fores mostrar os astros. Inês Vasquez
Mafaldinha a Surfista A Mafaldinha, voluntária da Rota Jovem há já alguns anos, tem uma paixão – o Bodyboard, vencendo recentemente a prova Boogie Chicks Amador no Guicho. Fomos falar com ela, checa aqui a entrevista. A.F.| Quando é que o bodyboard entrou na tua vida? Mafaldinha| A primeira vez que experimentei esta modalidade foi num ATL de Verão quando tinha 13 anos, mas só comecei a fazer regularmente em Março do ano passado, já aos 20 anos. A.F.| Como começaste a praticar com regularidade e onde? Mafaldinha| Adoro o mar, sempre gostei e foi a vontade de estar sempre dentro de água que me levou a recomeçar a fazer bodyboard com mais regularidade. Na altura entrei para uma escola de Bodyboard, Boogie Chicks, uma escola só para mulheres (e raparigas). O conceito é ótimo, adoro as aulas e as pessoas e continuo lá até hoje. Geralmente temos aulas em Carcavelos, no Inverno vamos mais para a praia da Torre, no Verão seguimos para o Guincho e Praia Grande… comecei nesses sítios. Continuo a adorar o mar, as ondas e surfá-las. As sensações que temos quando vamos na onda certa, só com o mar à nossa volta, assim como a junção da velocidade à água é fantástica. A.F.| No que consiste mesmo a modalidade em si? Mafaldinha| O bodyboard é um desporto de mar. Para fazer bodyboard é preciso uma prancha e pés de pato. Em Portugal também dá jeito ter um fato de neoprene. A prática da modalidade consiste em apanhar ondas com uma prancha e cortá-las (ou seja ir na parede – parte que não é a espuma). Isso é o básico. A partir daí evolui-se para as manobras mais complicadas: tubos (circular dentro da onda), 360, rolos, ARS, inverts, backflips (se procurarem no youtube, há vídeos muito bons que vos mostram como é espectacular).
A.F.|Diferenças relativas ao surf por exemplo… Mafaldinha| No bodyboard vamos sempre deitados em cima da prancha (eu prefiro dizer que vamos sempre mesmo juntinhos à água). Para quem começa, é mais fácil do que o surf. Na primeira aula todos conseguem apanhar umas ondas e divertirem-se - o surf não é tão fácil para começar. Numa fase mais avançada, existem muitas manobras aéreas, essa parte é mais para os pros mas acho que é aí que está a beleza do bodyboard. A.F.| Dá para ser praticado em qualquer condição climática (faça chuva, faça vento)? Qual é a melhor altura para praticar bodyboard? Mafaldinha| Da minha curta experiência, as melhores alturas do ano para surfar decorrem entre Setembro e Dezembro e depois entre Março e Maio, mas é variável. Mas é sempre possível treinar, com paciência e procurando os sítios certos. No último ano fiz bodyboard todas as semanas. A chuva não costuma ser grande problema, porque de qualquer modo já estamos dentro de água. O pior é o frio no Inverno, quando saímos da água. Mas vale sempre a pena. A.F.| Sentes que algo mudou em ti desde que começaste a praticar? Se sim, o quê? Mafaldinha| | Sim, claro. Volto a reforçar que adoro o mar e adoro fazer Bodyboard, é algo que me faz muito feliz. Sinto-me bem. Poder entrar dentro de água quase todos os dias, apanhar umas ondas é algo que equilibra a minha semana. Mas nem tudo são rosas dentro de água, e também me encontro com os meus medos e as coisas que não consigo fazer… Por vezes o mar coloca-nos à prova e temos que trabalhar todos os dias para nos superarmos. Fez de mim uma pessoa mais persistente, sem dúvida. Também por ser um desporto que depende muito das condições da natureza, que são um pouco imprevisíveis, isso ajuda-me a ser mais flexível e mais atenta ao espaço. Para além disso, adoro a escola onde faço Bodyboard e tenho feito boas amizades por lá. A.F.|Recentemente venceste o prémio Boogie Chicks Amador no Guincho… Como foi essa experiência? Mafaldinha| Foi optima, recebi o prémio de primeiro lugar na categoria de Amadoras, mas tive que remar bastente, não uma tarefa fácil. A.F.| E depois destas perguntas todas, que lugar ocupa o bodyboard na tua vida? Mafaldinha| Começou por ser um desporto que praticava aos domingos e agora faz parte do meu dia-a-dia. É uma parte importante da minha vida e não me consigo ver sem surfar nos próximos anos. A.F.| Muito Obrigada Mafalda ;)
ArROT’Ambiental “Pé na Terra”
Alexandra Pinto & Inês Vasquez
DIY Do It Yourself! Na onda das poupanças e da redução do desperdício, há muito que cada um de nós pode fazer: \\\candeeiros com garrafas \\\carteiras com embalagens de sumos e leite, \\\vasos a partir de garrafões de água... É só deixar a imaginação voar livremente! A nossa sugestão de estreante é nada mais, nada menos, que um puff feito com garrafas de plástico e cartão. Diz lá que não sabe sempre bem ter um puff por perto, de preferência sem gastar muitos €’s? Vais precisar de: |||35 garrafas PET |||cartão |||tesoura e x-acto |||cola branca |||fita adesiva |||tecido q.b. (pode até ser uma peça de roupa que já não uses ou aquela manta velhinha lá de casa).
Segue todos os passos em
http://www.youtube.com/watch?v=xJa2sxSYmoo&list=PLGKudq2Pb2TPQCbIJ2adVcLLTyLEqj2uN
… e deixa a tua criatividade voar!
s a i r á r e t i L s a d a h l i Encruz or do Aç de Cláudia Pacheco
Resumo| A descoberta dos Açores, e todo
o mistério e aventura que a envolveu, foi o mote para esta obra em dois volumes de Sandra Carvalho. O Olhar do Açor é uma narrativa que entretece com mestria verdade histórica e ficção, a realidade da sociedade portuguesa do século XV e a fantasia das personagens e dos cenários imaginados pela autora. Neste primeiro volume, que se centra nas histórias de vida dos fidalgos, ganham principal relevância as figuras de Constance, uma nobre inglesa enviada para Portugal para se casar com Gonçalves Vaz, senhor da valiosa herdade de Águas Santas; Nuno Garcia, um corsário implacável; Leonor, fruto ilegítimo da paixão de Constance e de Diogo, o jovem corajoso, protegido de Nuno Garcia e que Constance conhece durante a viagem, Guida, a escrava negra que cresceu com Leonor, e Tomás Rebelo, o fidalgo malévolo que deseja assenhorear-se de Águas Santas. Intriga, ganância, amor, paixão, e uma aura de misticismo, num romance extraordinário.
ar o h O Olh l a v Car a r d |San
Rating: : 4/5 Opinião|
“Olhar do Açor” foi a minha estreia com a Sandra Carvalho e fui agradavelmente surpreendida com o registo, atendendo ao público-alvo indicado. Apesar da quantidade de livros publicados pela autora através da Editorial Presença, este foi o primeiro que realmente me despertou a atenção. Com uma capa maravilhosa (desde o barco até ao símbolo do pendente na contracapa), e a apelar à época dos Descobrimentos e da expansão marítima, com a influência de corsários e piratas, drama e contexto histórico adequado, fiquei muito curiosa até lhe deitar as mãos. Numa primeira instância esperava um livro mais adulto. Apesar dos seus restantes livros serem do género YA, a minha percepção foi de que ela teria sigo arrojada e escrito um livro diferente aos seus habituais. “O Olhar do Açor” consegue sê-lo, de facto, mas não se desvia da legião de fãs conquistados ao longo dos últimos anos pela Saga das Pedras Mágicas. Nessa medida, tive de ajustar a minha percepção do livro nesse contexto e nessa lógica de análise transformou-se aos meus olhos e adotei-o completamente. Nesse sentido, Sandra Carvalho está de parabéns ao ter escrito um livro arrojado e cativante, especialmente atendendo ao contexto e ao seu enquadramento histórico. Sem medo de errar ou remexer com uma altura da História de Portugal tantas vezes já retractada em livros, a componente ficcional e mística não se sobrepôs à realidade, optando por explorar um leque de campos omissos, sem no entanto esquecer o restante enfoque, mesmo que à distância.
Sendo uma fã dos romances históricos, tanto dos resultantes das máquinas do tempo de Isabel Alçada e de Ana Maria Magalhães, ou da moeda mágica de Alice Vieira, até às versões mais pormenorizadas e enriquecidas de, por exemplo, Isabel Stilwell, gostei desta lufada de ar fresco que nos presenteou com uma nova abordagem. Para além disso, o inicio desta leitura procedeu-se ao “A Vida Louca dos Reis e Rainhas de Portugal” de Orlando Leite, Raquel Oliveira e Sónia Trigueirão (editado pela Marcador), pelo que todos os pormenores históricos ainda estavam vívidos, e este livro ainda se tornou mais interessante. Não gostei muito do capítulo inicial, talvez pelo facto da introdução ser conduzida pela Constance, uma personagem cuja fragilidade, ainda que adequada, me fez alguma comichão. Assim sendo, é quando realmente se começiou a desenrolar a acção que o livro se tornou realmente interessante para mim. Acompanhando Leonor e Guida ao longo de aventuras sofridas, fantasmagóricas por vezes, e capazes de vergar vontades, fui-me envolvendo num discurso corrente cheio de acontecimentos inesperados, mortes (algumas dolorosas), paixões (in)correspondidas e uma aura de mistério e esoterismo que não abandonou nenhuma das suas personagens desde a primeira página. Apesar do enredo ter como grandes protagonistas estas duas adolescentes, com toda a liberdade poética que lhes é atribuída, as restantes personagens não passam despercebidas, causam impacto, demonstram que existem e que são importantes para o desenrolar da trama, ainda que a sua estrutura seja um tanto ou quanto linear. Desde o responsável da estalagem, aos trabalhadores de Águas Santas, todos deixam marcas em cada página, da mesma forma que imputem registos na vida destas duas amigas tão diferentes e inseparáveis desde infância. Pela apresentação da sinopse e da capa, espera uma presença marítima mais vincada neste livro, e que só surgirá muito em diante, e que espero que seja devidamente explorada no próximo livro (que corresponderá ao livro final da duologia). De resto, diverti-me imenso ao conjugar os vários elementos que a autora nos forneceu, com pequenas pistas para os mistérios para os quais nem as personagens têm resposta e serão as peças-chave para o desenlace desta aventura marítima, entre perigos perniciosos e constrições de forças e fé na coragem e no amor pelo próximo, mesmo que esta se assemelhe perigoso. Para finalizar, adorei a construção linguística que a Sandra incutiu ao livro, com vocábulo corrente no que concerne aos discursos diretos, mas conjugando com adequações mais cuidadas no restante tratamento, através da utilização de recursos linguísticos muitos diversicados e de vocabulário mais erudito, sem no entanto escapar à compreensão do leitor comum. Ficarei à espera do próximo! Opinião escrita no Blogue Encruzilhadas Literárias a 10 de Julho de 2014. encruzilhadasliterarias.blogspot.pt/
Cláudia Pacheco
s a i r á r e t i L s a d a h l i z Encru
Poesias de Verão
Junto do mar sentei-me tristemente, Olhando o céu pesado e nevoento, E interroguei, cismando, esse lamento
de Carolina Pinto
Que saía das coisas vagamente...
Antero Quental, Oceano Nox O Mar agita-se, como um alucinado: A sua espuma aflui, baba da sua Dor... Posto o escafandro, com um passo cadenciado, Desce ao fundo do Oceano algum mergulhador.
Alberto d’Oliveira, O Mar Agita-se Como um Alucinado
Storm, Ivan Aivazovsky, 1861
Mar alto! Ondas quebradas e vencidas Num soluçar aflito, murmurado... Voo de gaivotas, leve, imaculado, Como neves nos píncaros nascidas!
Florbela Espanca, Da Minha Janela Um dia serei eu o mar e a areia, A tudo quanto existe me hei-de unir, E o meu sangue arrasta em cada veia Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Em Todos os Jardins
Gastro - Arlindo Gostas de cozinhar?
Ent達o esta 辿 mais uma sugest達o com sabor a Ver達o
Enjoy
Gossip ARRota
Casal SVE ‘s a voluntariar em terras portuguesas
É verdade, o amor anda no ar! Será do verão? Será da chuva da primavera? Nunca saberemos, mas a verdade é que Rota Jovem tem um casal das lides de voluntariado internacional.
Sala de direcção inundada por rebentamento de cano de água
Numa bela noite de sábado, rebentou um cano na sala da direcção inundando o espaço do tecto ao móvel, do móvel ao tecto, do tecto ao chão...enfim a coisa não ficou famosa, felizmente já está se resolveu!
Estagiária respondona faz massagens para remediar mau feitio
Voluntária da Rota Jovem torna-se Presidente da Asso. Dínamo em Sintra A Rota já tem fama de ser uma «Fábrica de Sonhos», mas ultimamente têm- se tornado uma «Fábrica de Presidentes» e esta voluntária super activa, é um desses belos exemplos.
Nova sede em Paris A Rota Jovem, está a pensar em abrir uma nova sede em Paris, visto uma série de voluntários cativos e membros da direcção, estarem a emigrar para esta bela cidade.
Voluntários desaparecidos dão à costa
Deve ser do Verão, mas eles adam aí! Seja na festa de despedida dos SVE’s, seja no dia-a-dia da Rota. Adoramos que nos visitem.
Temos uma menina a estagiar na Rota, que segundo terceiros, tem muito pelo na venta, mas como depois se arrepende, faz uma massagem ao pessoal.
Voluntarias Internacionais com Certificado de Português
Soube-se por fontes seguras, que umas certas meninas estrangeiras e voluntárias na rota, apesar de mal falantes do Português conseguiram um certificado de bem falar a nossa lingua! Será que é verdade?
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Esta edição da fanzine, respira a verão e a férias. A próxima edição, já será em pleno Outono, a cheirar a Inverno, por isso aproveitem bem estes meses de sol e desfrutem dos nossos textos, super mega inspiradores! Saudações Fanzinárias & até Novembro
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