O lúdico e o espaço público

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O LÚDICO E O ESPAÇO PÚBLICO uma proposta de intervenção para o bairro Laranjal, Viçosa- MG

MARINA CECÍLIA CORDEIRO DE FARIA Orientadora: Regina Lustoza


SUMÁRIO 01

O LOCAL

03

02

INTENÇÕES PROJETUAIS

04

03

O PROGRAMA

05

04

A PROPOSTA

06

05

CONSIDERAÇÕES FINAIS

26

06

BIBLIOGRAFIA

26

APRESENTAÇÃO O crescente processo de industrialização e expansão urbana levou ao declínio das formas tradicionais de sociabilidade e a marginalização do espaço público. As ruas, as esquinas, os largos e as praças, que antes, eram locais de vivências e encontros; tendem a se tornarem espaços de passagem ou não-lugares. Dentro deste contexto, a criança, que há décadas tinha a rua como território de diversão livre, tem tido pouco a pouco essa vivência restringida, limitando-se ao domínio privado da vida social, circunscrita aos ambientes da família e da escola. As crianças vêem sendo desencorajadas de frequentarem o espaço público, sobretudo, em razão do aumento do tráfego de veículos, e da insegurança causada pela violência urbana. A rua, bem como as praças e parques públicas sofrem o abandono do poder público e, por diversas vezes, são usadas para fins ilícitos como o tráfico de drogas e vandalismo. Além disso, o novo ritmo de vida, ligado ao uso crescente de aparatos eletrônicos, favorece tal situação ao estimular a criança a brincar em casa. Todavia, a cidade possui extrema importância para a formação da criança por ser ambiente cultural de trocas, tendo grande potencial como entidade educadora, onde se conhece o mundo, e sem tem a percepção individual e de cidadania. Vivenciar este ambiente é aprender a pensar criticamente, tomando as próprias decisões, uma vez que nele existem tantas influências. Dada a importância que o ambiente urbano desempenha no desenvolvimento infantil e a relevância que a criança tem para o espaço urbano se destaca a necessidade de reinseri-la a esse contexto, através de áreas públicas, onde possam estabelecer relações mais naturais e criativas com o meio e com as outras crianças, e que principalmente, levem em conta as necessidades do imaginário e da experiência sensorial.

2


O LOCAL PORQUE O BAIRRO LARANJAL? Através da realização de trabalhos e projetos de extensão acadêmicos, tive a oportunidade de conhecer o bairro e a comunidade do Laranjal. A partir de idas ao local, me sensibilizei com a natureza das relações sociais ali estabelecidas, e pelos múltiplos significados que a população residente atribuía ao local. Todavia, foi também constatado a falta de espaços públicos de qualidade para as crianças brincarem e se exercitarem, e a presença de apenas alguns descampados sem infra-estrutura, que são improvisados para jogos e outras atividades. Além disso, através de conversas com os moradores locais, percebe-se que existe por parte dos mesmos a demanda por modificar essa situação e criar algo adequado para as crianças. Existe ainda o questionamento sobre o aumento do trânsito e a insegurança que o mesmo provoca, atrapalhando a mobilidade e autonomia infantil.

SOBRE O BAIRRO

BR482

O bairro São José, mais conhecido como Laranjal, localiza-se na porção norte do município de Viçosa, em zona periférica (ver mapa 1).

LARANJAL LARANJAL BOA VISTA

AMORAS

A área se caracteriza pelo isolamento do assentamento em relação a região central, predominância de edifícios residenciais unifamiliares, forma extensiva de ocupação do solo, baixa densidade, indefinição de centralidade e dependência de veículos. Em relação aos usos, destaca-se a presença da Indústria de Concreto MBC, e a Indústria Alimentícia Pif-Paf, Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, e a forte influência da Igreja Católica. (ver mapa2)

INÁCIO MARTINS NOVA ERA

BARRINHA BR120

CENTRO

O bairro possui cerca de 900 famílias, sendo que 250 desses são crianças. Além disso há no local grande circulação de pessoas, sobretudo, de crianças, pela presença da Escola Municipal e do Centro de Educação Infantil; fato que ressalta a importância de um local de lazer infantil.

UFV

DELIMITAÇÃO DO ÁREA DE INTERVEÇÃO

BR482

Igreja Católica Creche

Escola Municipal

tro Cas de es sp Lo

R

Av .J ac o

be

1

Indústria Pif-Paf

Ru

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São

3

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A Rua Sebastião Maria apresenta cerca de 500 m de extensão, o lote cerca de 300 m², e a área próxima ao ribeirão 700².

N

rão ei ib

Para a porposta foi delimitada uma área, que compreede toda a Rua Sebastião Maria e seus arredores (1), por ser muito utilizada pela comunidade local, seja por meio de conversas despretensiosas, descanso, ou eventos que a Igreja Católica realiza no local; um amplo lote ao final da Indústria Rua Sebastião Maria, em que as Concreto MBC crianças ocupam jogando bola (2); uma área livre e ampla próxima ao Ribeirão São Bartolomeu (3), pela proximidade do mesmo; e por fim, as vias e becos adjacentes a essas áreas.

om

eu

Igreja Evangélica

o

áreas as quais a comunidade faz uso

M ar ia 2

área da interveção N

sentido do fluxo de veículos

Localização do bairro Laranjal e alguns pontos e importantes. Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados do Google Mapas.

3


INTENÇÕES PROJETUAIS O QUE SE PRETENDE X COMO SE PRETENDE FAZER

A proposta tem o intuito de reinserir a criança ao contexto urbano, e junto a ela, a comunidade do bairro como um todo, reforçando laços sociais já existentes no local. Para tanto, tem-se em vista o conceito de ESPAÇO LÚDICO, que segundo MIRANDA (1996), é aquele possível de O USO DOSde 5 SENTIDOS se relacionar pelo alto nível interação, suscitando ser tocado, manipulado e percorrido a todo momento. O LÚDICO COMO INSTRUMENTO DE PROJETO

MECANISMOS QUE REDUZEM A VELOCIDADE

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO DE PROJETO

PALADAR horta e pomar

TATO texturas, terra, comunidade se apropie areia, pedra

Para que a do espaço, gerando empatia e participação VISÃO cores, formas social, propõe-se o reforço eMECANISMOS respeito AUDIÇÃO QUEno REDUZEM A as atividades que já ocorrem local, sons, arvores, VELOCIDADE pássaros, metais e respeito ao caráter rural existente no bairro.

ROTATÓRIAS

OLFATO flores e frutas

PALADAR horta e pomar

AUDIÇÃO OLFATO sons, arvores, flores e frutas pássaros, metais

PALADAR horta e pomar

AUDIÇÃO sons, arvores, pássaros, metais

O USO DOS 5 SENTIDOS

TATO texturas, terra, O USO DOS 5 SENTIDOS areia, pedra VISÃO cores, formas OLFATO flores e frutas

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO DE PROJETO ROTATÓRIAS USO DE MATERIAIS QUE REMETEM AO NATURAL (cores, formas VISÃO orgânicas) cores, formas A SEGURANÇA E A PRIORIZAÇÃO DO PEDESTRE

O RESPEITO COM RUAS TATO O ENTORNO EA COMPARTILHADAS texturas, terra, REALIDADE DE areia, TRAFFIC CALM pedra LOCAL

READEQUAÇÃO DAS PARADAS DE ÔNIBUS E DAS VIAS

DELIMITAR O RUAS TRÁFEGO DE COMPARTILHADAS CAMINHÕES DE TRAFFIC CALM

USO DE MATERIAIS QUE REMETEM AO NATURAL (cores, formas orgânicas)

REFORÇO DAS ATIVIDADES EXISTENTES NO ESPAÇO USO DE MATERIAIS QUE REMETEM AO NATURAL (cores, formas orgânicas)

ROTATÓRIAS

A SEGURANÇA E Tendo como enfoque o úsuario, buscaA PRIORIZAÇÃO se implementar mecanismos para DO PEDESTRE

RUAS COMPARTILHADAS DE TRAFFIC CALM

MECANISMOS QUE REDUZEM A VELOCIDADE

reduzir a velocidade dos veículos, e diminuir a quantidade dos mesmos, READEQUAÇÃO DELIMITAR O DAS PARADAS DE TRÁFEGO DE através do incentivo ao uso da bicicleta ÔNIBUS E DAS VIAS CAMINHÕES e transporte público.

DELIMITAR O TRÁFEGO DE CAMINHÕES

OR O

A SEGURANÇA E A PRIORIZAÇÃO DO PEDESTRE READEQUAÇÃO DAS PARADAS DE ÔNIBUS E DAS VIAS

LÚDICO + RESPEITO AO LOCAL + CONFORTO E SEGURANÇA = CIDADE AMIGA DA CRIANÇA= CIDADE MAIS HUMANA

4

O O


REF

OR ÇO

INT R 0 -4 O S P E ano CÇÃ O s

O PROGRAMA

DA LIN EA RI DA DE

ESPAÇO DE LAZER

SETORIZAÇÃO Analisar os locais escolhidos e dar ou reforçar uma atividade.

DETERMINAÇÃO DE FLUXOS Delimitar o tráfego do caminhão a fim de trazer maior segurança na área de intervenção, uma vez que, essa área atrairá maior movimento de pedestres. MOVIMENTO acima de 8 anos ESPAÇO LIVRE

s no 8a 0-

PONTOS DE INTERESSE Escolha dos locais para intervenção de lúdicas, de convívio e lazer.

Fluxo de carros Fluxo de carros autorizados

REF

OR ÇO

INT R 0 -4 O S P E ano CÇÃ O s

( apenas pessoas que residem na rua) DA LIN EA RI DA DE

Fluxo de caminhão Pedestre

ESPAÇO DE LAZER ESPAÇO LIVRE

s no 8a 0-

Estudo de Setorização Sem escala

MOVIMENTO acima de 8 anos

OBS.: ESSA ETAPA POSSIBILITOU A DIVISÃO DA PROPOSTA EM TRECHOS

ADEQUAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO Fluxo de carros Adoção de um padrão de 6 mFluxo para vias tradiciode carros autorizados ( apenas pessoas que residem na nais (variando em alguns segmentos), 2m para rua) calçadas e 2,5m para ciclovias. Fluxo de caminhão Pedestre

MECANISMOS DE REDUÇÃO DE VELOCIDADE Trecho com conversão, árvores delimitando toda a via de percurso, rotatórias que organizam o trânsito e faixas elevadas.

Proposição de Fluxos Sem escala

VIAS COMPARTILHADAS Dado o caráter multifuncional de algumas vias, em que já existe o compartilhamento entre pedestres e veículos, e a ocorrência de eventos da comunidade. Foram propostas vias de baixa velocidade de veículos, com acesso apenas dos moradores da mesma.

Via compartilhada Fonte: http://nacto.org

TRATAMENTO DE PISOS E CORES Aplicação de cores e materiais diversos adiciona interesse e cria identidade visual para as intervenções, definindo espaços e ligando pontos de interesse. CURVAS E RELEVOS MULTIFUNCIONAIS Ponto chave do projeto, em que se buscou criar elementos lúdicos que servem para diversas funções. ARTE URBANA Manifestação artística que, além de trazer um colorido ao local, pretende também passar um conteúdo crítico de forma leve ao usuário. MOBILIÁRIO Dão qualidade e adequam o local, criam espaços de descanso, e encontro, convidando os usuários a sentar e permanecer no local, garantindo múltiplas possibilidades de uso. Mecanismos de Redução de Velocidade Fonte: http://nacto.org

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A PROPOSTA TRECHO 2 TRECHO 1

ÁREA LIVRE RESERVADA AOS EVENTOS (FEIRAS E FESTAS) DA COMUNIDADE, E AO DESCANSO E JOGOS DE MESA

ÁREA INTIMISTA DE JOGOS E ATIVIDADES LIVRES

TRECHO 5

EM TODO O TRECHO: CALÇADAS E ÁREAS PARA CORRIDA CICLOVIA PARADAS DE ÔNIBUS CAMINHÕES SÃO PROIBÍDOS (os caminhões poderão transitar em horário estipulado para carga e descarga) ARBORIZAÇÃO

TRECHO 3

RELEVOS MULTIFUNCIONAIS PARA CRIANÇAS. ARTE URBANA COM PINTURAS NA FACHADA DA INDÚSTRIA PIF-PAF E NA TRAV. MARIA IZABEL

LEGENDA DE USOS PAVIMENTOS Vias convencionais (asfalto)

ÁREA INTIMISTA DE CONTATO COM A NATUREZA E RELAÇÃO COMO RIO

ÁREA DE MOVIMENTO PARA EXERCÍCIOS VARIADOS VOLTADO AO PÚBLICO JOVEM E ADULTO

TRECHO 4

Calçadas Rua compartilhada (bloco concreto) Zona de atenção (bloco concreto) Madeira

N

Planta Baixa Geral Esc.1:1000

6


A PROPOSTA

TRECHO1

Elementos curvos 1 3

4

5

2

Zona de atenção

6

1. Bloco de Concreto Cinza

2.

TRECHO1 Planta Baixa

Bloco de Concreto Laranja

PONTOS CHAVES DO PROJETO 3. Concreto Pigmentado Amarelo

4. Concreto Pigmentado Laranja

5. Concreto Pigmentado Verde

6. Concreto Pigmentado Cinza

N

Esc.1:500

Espaço intimista e reservado Proposta busca manter e reforçar esse caráter através de: - Aproveitamento das árvores existentes, - Compartilhamento da Rua Manuel Venutti entre pedestres e veículos, com acesso apenas para os moradores da mesma. Essa via terá um piso diferenciado (material1) em relação ás outras. Solução para desnível entre ruas: - Patamares curvos de alturas diferentes, que podem abrigar atividades de diversas funções. Ponto crítico (localizado na Rua Conselheiro Lafaite): passagem de caminhões que vão para Indústria de MDC: - Criar Zona de Atenção - Delimitada por um piso diferente (material2). Essa zona será permanentemente fiscalizada nos momentos de abertura da indústria e o caminhão passará apenas quando for autorizado (quando não houver pessoas na pista). Obs.: -o caminhão irá aguardar (caso necessário) fora da zona delimitada como Zona de Atenção. -o uso de concreto ocorre, sobretudo, pela presença da Indústria de concreto no loca.l

7


A PROPOSTA

TRECHO1

TRECHO1 Planta Baixa

N

N

N

Esc.1:500

CORTE 2.2´

CORTE 1.1´

Esc.1:500

Esc.1:500

Área de estar com areia. A areia é uma elemento natural que permite diversas brincadeiras, como por exemplo construir um castelo.

obs: disnível variam de 20 a 15 cm

Área com grama e plantas

CORTE 3.3´ Esc.1:500

Elásticos amarrados nas árvores proporcionam diversas combinações e trazem sempre novos desafios para as crianças, além de pular, abaixar e enlaçar.

Espaço amplo que funciona como ponto de encontro, podendo também abrigar outras atividades, como, por exemplo pequeno um teatro ao ar livre.

Elementos curvos Perspectiva Ilustrativa Sem escala

8

N


A PROPOSTA

TRECHO1

DETALHES Esquema de como foi desenhado as curvas

Elemento Curvo 1 Planta Baixa Esc.1:250

Elemento Curvo 2 Planta Baixa Esc.1:250

Elemento Curvo 1 Planta Baixa Esc.1:250

Elemento Curvo 2 Planta Baixa Esc.1:250

N N

9


A PROPOSTA

TRECHO1

Imagens Ilustrativas Trecho 1

10


A PROPOSTA

1

TRECHO2 Planta Baixa Esc.1:500 1.

2.

TRECHO2

2

N

PONTOS CHAVES DO PROJETO

Bloco de Concreto Cinza

Atualmente, a Rua Sebastião Maria é coberta por asfalto e possui relativamente muito fluxo de veículos, enquanto que a Santos Dumont apresenta pouco fluxo, não possuindo pavimento (sendo de terra batida).

Concreto Pigmentado Cinza

O local que compreende a Rua Santos Dumont é muito utilizado pela população, seja por eventos realizados pela Igreja, por churrascos realizados por moradores, entre outras atividades. Dessa forma, propõe-se manter esses usos, apenas readequado o local. Por se tratar de um local que abriga diversas atividades, optou-se pela flexibilidade, e assim, pela adoção de poucos elementos fixos (apenas mobiliário urbano básico: bancos, mesas, lixeiras e postes). Propõe-se o compartilhamento entre veículos e pedestres para a rua Santos Dumont, o controle de velocidade, o trânsito apenas de moradores da mesa, piso diferenciado (Material1), e canteiros entre as duas vias. 11


A PROPOSTA

TRECHO 2

N

TRECHO2 Planta Baixa Esc.1:500

CORTE 4.4´ Esc.1:500

CORTE 5.5´ Imagem Ilustrativa - Trecho 2

Esc.1:500

12


TRECHO 2

A PROPOSTA DETALHES

Escada-Planta Baixa Esc.1:50

Imagem Ilustrativa- Trecho 2 ESCADA

Escada-Vista Esc.1:50

Faixa Elevada-Planta Baixa Esc.1:125

Imagem Ilustrativa- Trecho 2 TREVESSIA DE PEDESTRE

Faixa Elevada-CorteA.A` Esc.1:50

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A PROPOSTA

ia

ar

.M av

TRECHO3

1 l be Iza 4

Tr

3,4,5 ,6 1.

2.

3.

4.

Bloco de Concreto Cinza

Bloco de Concreto Laranja

Concreto Pigmentado Amarelo

Concreto Pigmentado Laranja

5. Concreto Pigmentado Verde

PONTOS CHAVES DO PROJETO 6. Concreto Pigmentado Cinza

TRECHO3 Planta Baixa Esc.1:500

O trecho 3 tem grande potencialidade por possuir uma grande área livre, e estar em frente a Indústria Pif.Paf (não necessita de passagem para garagem e carros) . Além disso possui grande visibilidade, favorecendo a alocação de elementos de lazer para jovens e crianças , uma vez que se faz importante a presença de um adulto e o fácil contato visual em áreas infantis. Na travessa Maria Izabel não há passagem de carros, assim, foi proposto uma rua de brincadeiras com pinturas e arte urbana.

N

Para diminuir a velocidade dos veículos foi sugerido um estreitamento da via, através de uma conversão e alocamento de árvores próxima a Rua Sebastião Maria

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A PROPOSTA

TRECHO3

TRECHO3 Planta Baixa Esc.1:500

N

N

CORTE 6.6´ Esc.1:500

CORTE 7.7´ Esc.1:500

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A PROPOSTA

Elemento Curvo1 Esc.1:500

TRECHO 3

Elemento Curvo2 Esc.1:500

N N

A IDEIA POR DE TRÁS DAS CURVAS O princípio básico de todo o espaço: deixar a criatividade fluir sem limites físicos. As curvas materializam esse princípio por possuírem um infinito em possibilidades, podendo se transformar em coisas diversas de acordo com a imaginação de cada um. Elas podem ser elementos de escaladas, caminhos,saltos, local de abrigo e esconderijo, local para sentar-se, entre outros.

Caixa de areia Balanço

Circuito para bicicleta, patins e afins

Jogo de equilíbrio desenvolve a autoconfiança e leva a criança ao princípio básico da brincadeira, fortalecendo o senso de distância, equilíbrio e autoconfiança. Escorregador. Labirinto de toras Brinquedo tradicional, de madeira que foi várias vezes citado como objeto de desejo pelas crianças do bairro

Elemento curvo 1 Perspectiva Ilustrativa Sem escala

obs: disnível de 60 cm

Escalada

Pedras naturais. Equilíbrio e descanso Tubos de passagem

Elemento curvo 2A NATUREZA LÚDICA Perspectiva Ilustrativa Sem escala

obs: Relevo 1 e 4 h:70 cm Relevo 2 e 3 h:100 cm

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A PROPOSTA

TRECHO3

Imagem Ilustrativa- Trecho 3 TREVESSA MARIA IZABEL COM PINTURAS E GRAFITES

Imagem Ilustrativa- Trecho 3 A NATUREZA LÚDICA

Imagem Ilustrativa- Trecho 3

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A PROPOSTA

TRECHO 4

O ESPAÇO EM AÇÃO

1

1.

2. 5 4

3.

4. 3 2 5.

TRECHO4 Planta Baixa

Academia Pública: área dicada a exercícios de ginástica

PONTOS CHAVES DO PROJETO -Reforço da atividade já existente através do campo de futebol

Concreto Pigmentado Amarelo

Concreto Pigmentado Laranja

Concreto Pigmentado Verde

Concreto Pigmentado Cinza

N

Esc.1:500

-Área ampla e livre

Bloco de Concreto Laranja

Rampa

-Foi também proposto espaços para novas atividades para todas as faixas etárias

Área para skate, patins, entre outro.

Campo de Futebol

Área livre com parede para projeçao. Poderá abrigar diversas atividades, como cinema ao ar livre, aulas de dança e yoga, churrascos, entre outros

Perspectiva Ilustrativa ESPAÇO EM AÇÃO Sem escala Obs.: Desnível de 50cm

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A PROPOSTA

TRECHO 4

O ESPAÇO EM AÇÃO

P0

O ponto P0 é o ponto de referência para as medidas do ESPAÇO EM AÇÃO. Os raios das circunferências utilizadas para fazer este espaço foram marcados atráves de dois pontos (Ponto C e E) . O ponto C refere-se ao centro da circunferência e o ponto E à extremidade do círculo.

TRECHO 4 Planta Baixa Esc.1:500

N

CORTE 8.8´ Esc.1:500

CORTE 9.9´ Esc.1:500

19


A PROPOSTA

TRECHO 4

Imagem Ilustrativa- Trecho4 ESPAÇO EM MOVIMENTO

20


A PROPOSTA

TRECHO 5

CA DI DE RIA Á ÇO IT PA UN ES OM C A HO A RT

TRECHO5 Planta Baixa Esc.1:500

PONTOS CHAVES DO PROJETO

N

Área de contato com a natureza. Deck contornando árvores. Proximidade e relação com o Ribeirão Horta urbana e pomar

21


A PROPOSTA

TRECHO 5

TRECHO5 Planta Baixa

N

Esc.1:500

N

N

CORTE 10.10´ Esc.1:500

CORTE 11.11´ Esc.1:500

22


A PROPOSTA

Esquema de Estrutura Vista Lateral Esc.1:50

TRECHO 5

Esquema de Estrutura Vista Frontall Esc.1:50

Obs.:Medidas baseadas no Manual de Construção com Madeiras roliças

A passarela é uma experiência emocionante, levando os visitantes até uma altura de 7 m, nas copas das árvores, para uma visão panorâmica do local, fornecendo insights sobre o papel especial dos elementos naturais e vistas íntimas de uma floresta nativa a partir da tranqüilidade da altura das folhas.

Imagem Ilustrativa- Trecho5

23


MOBILIÁRIO

Propõe-se o uso de mobiliários com poucos elementos, com linguagem visual leve e minimalista a fim de combinar com os diversos elementos de cores do projeto Aço pintado em cor bronze

BANCO - Planta Baixa Esc.1:50

MESA - Planta Baixa Esc.1:50

BICICLETÁRIO - Planta Baixa Esc.1:50

Aço pintado em cor bronze

BANCO - Vista Frontal Esc.1:50

MESA - Vista Frontal Esc.1:50

BICICLETÁRIO - Vista Frontal Esc.1:50

Aço pintado em cor bronze

BANCO - Vista Lateral Esc.1:50

MESA - Vista Lateral Esc.1:50

BICICLETÁRIO - Vista Lateral Esc.1:50

LIXEIRA - Planta Baixa Esc.1:50

PONTO ÔNIBUS - Planta Baixa Esc.1:50

LIXEIRA - Vista Frontal Esc.1:50

LIXEIRA - Vista Lateral Esc.1:50

PONTO ÔNIBUS - Vista Lateral Esc.1:50

PONTO ÔNIBUS Vista Frontal Esc.1:50

OBS.: As lixeiras serão alocados em 25 em 25 metros 24


POSTE (via e pedestre) Planta Baixa

POSTE (pedestre) Planta Baixa

Esc.1:100

POSTE (via e pedestre) Vista Frontal Esc.1:100

Esc.1:100

POSTE (via e pedestre) Vista Lateral Esc.1:100

POSTE (pedestre) Vista Frontal Esc.1:100

POSTE (pedestre) Vista Lateral Esc.1:100

OBS.: Os pestes serão alocados de 30 em 30 metros

QUIOSQUE Planta Baixa

QUIOSQUE Vista Lateral

QUIOSQUE Vista Fronta

QUIOSQUE Vista Lateral

Esc.1:100

Esc.1:100

Esc.1:100

Esc.1:100

QUIOSQUE Vista Posterior Esc.1:100

25


“Somos culpados de muitos erros e muitas falhas, mas nosso pior crime é abandonar as crianças, desprezando a fonte da vida. Muitas das coisas que precisamos podem esperar, as crianças não podem. Agora é o momento, seus ossos estão em formação, seu sangue também está, e seus sentidos estão se desenvolvendo, Para elas não podemos dizer Amanhã. seu nome é hoje” Gabriela Mistral

CONSIDERAÇÕES FINAIS Dentre todos os conceitos e teorias que englobam o espaço público, compreendeu-se aquele que relaciona-se a função dada ao espaço, pelas formas e graus de apropriação pela sociedade, pelos potenciais de acesso para a realização de funções diversas da própria vida urbana. Assim, durante toda o processo de projeto, foi levado em consideração a comunidade do bairro Laranjal, seja através das entrevistas e questionários inicias, seja pelo respeito a maneira como usam o local, optando-se por apenas readequar e trazer um colorido ao local. A proposta buscou minimizar as privações socioeconômicas, afetivas, físicas de natureza, do tempo livre, e ao mesmo tempo buscou atenuar o caráter de dependência e a falta de autonômia da criança através de espaços lúdicos seguros. Procurou-se romper com o cotidiano massificado e estereotipado, ensejado pela indústria e meios de comunicação ao propor espaços lúdicos de caráter provocativo, de instigar a curiosidade e suscitar desafios. De modo geral, nota-se que, ao vivenciar a cidade, a criança é transformada por ela, da mesmo forma que a cidade é transformada pela criança. Quando o espaço é ocupado coerentemente por jogos, cores e brincadeiras, notase claramente a melhora da qualidade urbana. A cidade adequada a criança é mais segura, acessível e alegre, logo, adequada a todos. Assim, o incentivo a reinserção infantil às ruas, é também um incentivo a sociedade em geral. A priorização da criança no espaço públicoé a priorização do futuro de nossas cidades. Entretanto, destaca-se por fim que os espaços lúdicos de lazer não consistem a cura para todos os problemas da infância, em particular aqueles que têm sua origem na desigualdade social. Entretanto, consiste de uma pratica essencial para o desenvolvimento infantil, para a sua percepção do mundo e para construir sua relação com ele. Uma relação que, se for devidamente estimulada, pode ser muito melhor que aquela construída um dia por seus pais.

BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE Cidades – Censo 2010. Brasil. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/>. Acesso em: 27 set. 2016. DIRETRIZES BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS RODOVIÁRIOS.Disponível em: < http://www1.dnit.gov.br/download/DiretrizesBasicas.pdf> Acesso em: 27 agosto 2016 MIRANDA, Danilo Santos de. O parque e a arquitetura: uma proposta lúdica. Campinas: Papirus Editora, 2001. NATIONAL ASSOCIATION OF CITY TRANSPORTATION OFFICIALS. Disponível em: < http://nacto.org> Acesso em: 25 agosto 2016 OLIVEIRA, Cláudia. Ambiente urbano e a formação da criança. São Paulo: Aleph, 2004. RETRATO SOCIAL DE VIÇOSA. Disponível em: <http://www.censusvicosa.com.br/images/publicacoes/480/retratosocialdeviosav-finalpdf.pdf> Acesso em: 16 set. 2016 VIÇOSA. Lei Municipal no 1.420, de 21 de dezembro de 2000. Institui a Lei de Ocupação, Uso do Solo e Zoneamento do Município de Viçosa. 2000. VIÇOSA. Lei Municipal no 1.469, de 20 de dezembro de 2001. Institui o Parcelamento do Solo do Município de Viçosa e dá outras providências. 2001 26


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