O VASO Sobre Gratitude, a atitude de ser grato
Rodolfo Nakamura
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O Vaso
Farol do Forte Editora
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Rodolfo Nakamura
O Vaso
São Paulo - 1ª Edição - 2014
Ficha Catalográfica
Catalogação padrão AACR - Anglo-American Cataloguing Rules
NAKAMURA, Rodolfo. O Vaso -- São Paulo: Farol do Forte, 2013. 64 p.: 21 cm.
1. Desenvolvimento Pessoal. 2. Autoajuda. I. Título
CDD
Ficha catalográfica elaborada por Iluska Martins.
Imagens da capa: Michal Zacharzewski e Dorota Kaszczyszyn (Stock Xchng) Ilustrações e capa: Rodolfo Nakamura
"A esperança adiada deixa doente o coração, mas o desejo realizado é como a árvore da vida". Provérbios 13:12
Agradecimento A Deus, sobre todas as coisas.
A todos os que me inspiraram neste caminho,
colegas de jornada, alunos e grandes amigos.
O Autor Rodolfo Nakamura é empresário, publicitário, professor
universitário, entre muitas outras atividades profissionais. Tornou-se caminhante peregrino após a experiência
do Vaso, quando decidiu trabalhar com desenvolvimento pessoal. Sensitivo, atribui todo o conteúdo deste livro
à seu Anjo de Guarda (seja ele qual nome ou designação tenha)
e deseja compartilhar tudo o que recebeu
desta aula como gratidão a todas as bênçãos que permeiam a vida dele.
Índice
Índice .............................................................................................. 11 Introdução ..................................................................................... 13 Professor ........................................................................................ 16 A dinâmica ..................................................................................... 23 As primeiras impressões sobre você ............................................ 33 Medindo suas emoções .................................................................37 O pensamento ............................................................................... 44 Juntando tudo ............................................................................... 50 Guardar .......................................................................................... 54 Descartar ........................................................................................ 58 Encerrando .................................................................................... 63
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato
Introdução
Esta é a história de um professor que começou a carreira ainda jovem, para os padrões da época, principalmente porque já começara lecionar na graduação, em uma grande universidade.
Embora sentisse que tivera boa experiência profissional, embasado na
sua formação acadêmica e, posteriormente no desenvolvimento de seus negócios, não sentia absoluta segurança de sua função como
professor. Na verdade, em seu íntimo, sabia que sua atividade estava longe de ser o que considerava ideal. Era um professor mediano. Ou nem isso.
Sua vida mudou quando, após alguns incidentes pessoais, teve que filosofar sobre suas questões mais íntimas, relacionadas à sua
espiritualidade, passando pela missão de vida. Quando essas reflexões
começaram a ter impacto nas suas aulas, percebeu que era um 13
O Vaso questionamento que poderia ser produtivo para auxiliar, de verdade, aquelas pessoas com quem convivia todas as noites, na esperança de torná-los melhores e mais competitivos para a vida.
Em um momento especial, ganhou um presente do Universo – que
você poderá chamá-lo de Deus, divino ou qualquer outro nome, de acordo com suas crenças, mas que, neste livro, vamos chamá-lo assim, grafado desta maneira, Universo, para nos referir a algo que está acima
de nossa compreensão e da nossa fé – e, então, teve sua vida
completamente mudada. Tornou-se, ao longo do tempo, mais confiante de que sua missão como professor estava sendo bem executada.
Anos mais tarde, já percebendo que não bastava seu trabalho com as turmas, decidiu que era hora de ampliar os horizontes. Além dos alunos, passaria a oferecer esta oportunidade a outros públicos, em
palestras, reuniões ou qualquer outro evento que congregasse uma quantidade de pessoas.
Também decidiu escrever um livro, em uma editora que permitisse sua cópia e distribuição livremente ao maior número de pessoas possível.
Queria ampliar os horizontes da história que mudou a vida dele e de muitos de seus alunos.
14
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato Finalmente, o Professor1 decidiu que escreveria o livro em terceira pessoa. Não porque é daqueles que prefere referir-se a si mesmo desta maneira, o que pode denotar um desvio de comportamento, ou exacerbação do Eu. Mas, simplesmente porque acredita que essa distância é necessária e produtiva para a melhor compreensão do texto. Bem vindo à minha história favorita.
1
A partir de agora, quando nos referirmos aos personagens desta história,
tendo nomes genéricos, serão grafados com a primeira letra em maiúsculo, como nomes próprios.
15
O Vaso
Professor
Era ainda jovem, para os padrões da época, para assumir a profissão
de professor universitário. Ainda mais que sua aparência magra – estava quase dez quilos mais leve do que considerava seu peso ideal –
somado ao fato de ser oriental, fazia com que os outros o julgassem ainda mais novo.
Mas, de certa forma, era um de seus sonhos a se realizar. Filho, neto e
bisneto de professores, talvez fosse um caminho natural para seu destino. Isto é, até onde poderia saber, uma vez que as informações de
seus antepassados mais distantes havia se perdido com a imigração de
seus avós. Sabia, no entanto, que a questão de seus antepassados 16
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato passava por alguém que havia sido instrutor de um dos imperadores do Japão.
A missão de ensinar estava em seu sangue. Ao assumir a nova profissão, lembrou-se de quando era criança e tinha o hábito de corrigir o português de seus amigos. Alguns até protestavam, dizendo “você parece meu professor!”. Depois de muitos
anos, foi seu desejo começar exatamente assim, como professor de
faculdade, pois acreditava que seria um caminho natural, não tendo formação para lecionar para níveis fundamental e médio. E foi desta forma que o Universo conspirou e levou-o a atingir este objetivo.
Mas, logo percebeu, lecionar é uma arte que não envolve apenas
conhecimento, mesmo nas matérias técnicas. Logo se viu a estudar mais e mais, pois havia a responsabilidade sobre o que ensinar aos alunos. Ao
ensinar, percebeu que precisava aprender cada vez mais – e este é o lado mais interessante da profissão -, aprimorando-se a cada dia.
Embora todo esforço, percebeu que não se sentia exatamente o professor que uma vez desejou ser. Faltava-lhe algo que não sabia bem
como definir. Talvez fazer a diferença na vida daquelas pessoas que se
dispunham todas as noites a dar-lhe um pouco de atenção em busca de se desenvolver.
Tinha vivido um grande amor logo nos últimos anos da faculdade. Passados sete anos, com dez meses de separação contabilizados neste tempo, o relacionamento ruiu de vez. Traumatizado, não quis
envolvimento emocional com mais ninguém, pelo menos até sentir-se 17
O Vaso seguro de que não iria ferir ninguém com as mágoas daquele relacionamento que não deu resultado.
Haviam se passado três anos, quando veio o convite para lecionar. Quis
até mesmo contar para a ex-namorada, talvez para sentir-se mais feliz. Não o fez, mas sabia que a notícia lhe chegaria mais cedo ou mais tarde. Distraiu-se do assunto e tocou sua vida.
Mais dois anos, e, subitamente, ficou sabendo de um acidente de
automóvel. A ex-namorada havia se acidentado em uma rodovia e estava internada em estado grave. Alguns dias depois, seus sinais vitais se esvaíram de vez. Ela partiu.
O Professor sempre soube lidar bem com as questões de morte. De certa forma, sua crença interior dizia que nada acaba de uma hora para outra, desta maneira. Então, o impacto maior da notícia acabou sendo a reflexão que teve sobre sua própria vida.
Ela era tão jovem e tão promissora quanto ele próprio. Tinha um futuro brilhante
pela
frente,
constituindo
família
e
realizando-se
profissionalmente. Mas, sua trajetória foi interrompida abruptamente.
Foi a primeira vez que a morte disse ao Professor que ele também poderia partir desta vida.
O que mais lhe incomodou nesta história toda, era o que deixaria de
legado pela sua existência. Perguntou a si mesmo o que teria feito em prol da comunidade em que viveu. Qual teria sido o sentido de sua própria existência.
18
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato Talvez, pela própria situação que estivesse vivendo naquele período, sentiu-se vazio. Estava convicto que era muito pouco o que pudesse ser considerado uma contribuição para seu mundo. Isso o entristeceu.
Precisava buscar, então, novos objetivos que não fossem simplesmente ser bem-sucedido na profissão, com excelentes remunerações. Naquele
momento, constituir família não era ainda seu projeto de vida, mas
poderia ser. Certamente, porém, não era o argumento mais forte a lhe
falar ao coração. Sentia-se fraco para qualquer outro projeto filantrópico que não fosse sua doação semanal de tempo à atividades de ajuda ao próximo, e que já desenvolvia.
Esta situação toda teve reflexo na sua própria vida acadêmica. A estrutura dos cursos lhe permitia que, em algumas aulas, pudesse fugir
um pouco da questão técnica que eram o foco de suas disciplinas. Passou, então, a realizar dinâmicas que tivessem influência na vida
pessoal dos alunos, com o fechamento sempre estabelecendo uma analogia com a profissão que estava sendo ensinada – por isso, sentiase seguro em adotar esta linha.
O Professor vinha, então, percebendo o resultado que essas
intervenções estavam tendo em suas aulas. Os alunos vinham mais interessados e percebiam com maior facilidade o porquê das informações técnicas que lhes eram passadas.
Outro traço de seu caráter estava relacionado com a questão de
dispensar, ou não, os alunos antes do término do horário regulamentar da instituição. De certa forma, tinha autonomia para isso, e não haveria problemas administrativos sérios, caso isto ocorresse vez em quando. 19
O Vaso Mas, em seu íntimo, ficava incomodado em dispensá-los, ainda mais
porque sabia que a maioria empenhava seu próprio salário naquele investimento. Era o mínimo que poderia fazer por aqueles que lhe permitiam exercer a profissão que mais amava.
Uma noite, porém, a matéria fluiu muito rapidamente. O que havia sido preparado para dois tempos, esgotou-se em apenas um. Enquanto saíam do intervalo, os alunos perguntavam: - Vai ter a segunda aula, né, Professor? - Vai, sim, pessoal. Até daqui a pouco – respondeu várias vezes. Pensou em criar rapidamente uma dinâmica que pudesse ser aplicada
logo após o intervalo. No entanto, alguns alunos vieram tirar dúvidas, ou simplesmente conversar. O Professor tentou desvencilhar-se, mas não conseguiu, devido ao interesse de alguns de seus alunos.
Então, mais rapidamente do que poderia perceber, o sinal soou e os
alunos começaram a voltar. Um certo pânico tomou conta dele, vendo
que cada aluno que voltava e lhe cumprimentava, aguardava por algum
conteúdo, ou mesmo uma das inúmeras dinâmicas que ele aplicara ao longo do semestre.
Não sabia o que fazer. Não vinham as ideias. Caminhou até a janela – estava no sétimo andar de um prédio que lhe
permitia uma ampla visão do horizonte – na esperança de alguma
ideia. Nada. Então, ainda de costas para os alunos, fechou os olhos, e tentou, mais uma vez, pensar em uma saída. 20
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato Então, acredite você ou não, é um fato, ele ouviu uma voz que era
interna, não vinha de outra pessoa, mas ao mesmo tempo não lhe
parecia sua própria ideia. É como se alguém lhe falasse dentro dos ouvidos:
- Vá até a lousa. – ordenou a voz. Como estava quase em desespero, resolveu atender.
Caminhou até a lousa branca, com uma caneta na mão. Então, ouviu novamente a voz:
- Agora comece a escrever – na verdade, orientou que se fizesse um quadro e passasse as demais instruções aos alunos.
O Professor foi se empolgando com a situação. A cada nova orientação,
via os alunos cada vez mais entusiasmados e felizes com o que estavam fazendo. Viu como alguns se concentravam, pensavam e punham no papel o que havia sido solicitado.
Faltando alguns instantes para o que seria o final da atividade, o
Professor novamente ficou preocupado. Sabia que toda dinâmica tem que ter um encerramento, onde se analisa tudo o que foi realizado e
chega-se a algumas conclusões. Mas não tinha a menor ideia do que iria falar. Quando seu medo chegou ao ápice, ouviu novamente a voz a lhe ordenar:
- Vá para a frente e apenas comece a falar. – não ouviu mais nada, mas
sentiu que, o que quer que estivesse lá ajudando-o, é quem iria comandar tudo a partir daquele momento. E assim foi feito.
21
O Vaso Ao final da aula, os alunos saíram satisfeitos e felizes. O Professor ficou
mais um tempo na sala de aula, quase em êxtase. Então a Voz lhe perguntou:
- Gostou do que viu hoje?
- Sim. Foi muito... gratificante.
- Então, agora, vá e passe esta mensagem para o maior número de pessoas que você puder!
Antes de sair da sala, o Professor ficou pensando em sua nova missão. Como faria isso? A resposta veio em seguida: “Você é professor!”. Então, decidiu que todas as suas turmas passariam por aquela dinâmica.
Alguns anos mais tarde, repensando sua vida, sentiu que sua missão
com os alunos estava chegando ao fim. Ou ainda que aquela mensagem devesse ter sua divulgação ampliada. Novamente, colocouse a pensar no assunto e a Voz veio lhe aclarar as ideias: - Você é autor de livros e tem uma editora! – disse-me. Mais uma vez o Professor pode comprovar que todas as ferramentas
que precisamos para desempenhar nossa função estão dentro de nós mesmos. Havia constituído sua editora há pouco mais de dois anos e, somente agora, via como iria atuar com ela.
O que você vai ler nas próximas páginas é exatamente a dinâmica que foi realizada e as considerações que a Voz orientou naquela noite. 22
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato
A dinâmica
O Professor tinha preparado matéria para quatro aulas. Mas, no
decorrer das explicações, correu tudo tão bem que bastaram duas aulas
para esgotar o assunto da noite. O próximo tema era simplesmente muito extenso para ser iniciado nas aulas restantes para aquela noite.
“Vou preparar algo no intervalo”, pensou, enquanto via os alunos se levantando para a pausa necessária. No entanto, alguns alunos se
aproximaram e começaram a tirar dúvidas e a debater o tema que tinham acabado de ter contato. De fato, estavam muito interessados e empolgados com as novas informações e descobertas.
23
O Vaso Desta maneira, o tempo do intervalo passou mais rapidamente do que a percepção do Professor poderia supor. Na hora que os demais alunos retornavam, o grupo que ficara tirando dúvidas voltou ao seu lugar, ou aproveitaram para fazer rapidamente seus respectivos intervalos.
Enquanto entravam, vários alunos olhavam para o Professor e perguntavam:
- Vai ter aula, né, professor? – era muito mais uma confirmação do que
uma cobrança. Na verdade, estavam interessados em saber se haveria
uma aula expositiva normal, ou se haveria alguma outra atividade, como uma dinâmica.
O Professor começou a andar de um lado para outro, pensando o que iria fazer, pois, como já sabemos, não havia um conteúdo preparado, sequer uma outra atividade ou dinâmica.
Então, foi para perto da janela, respirou fundo, enquanto olhava a
paisagem possível de ser avistada do sétimo andar daquele prédio.
Tomou fôlego. Foi para a lousa e, devagar, foi apagando as informações das duas aulas anteriores. Mesmo assim, não lhe vinha ideia alguma sobre qual o conteúdo trabalhar naquela aula.
Já um pouco constrangido, pensando que teria mesmo que dispensá-
los, ficou pensando em uma desculpa, uma historinha, ou ainda em quais palavras sinceras utilizaria para encerrar a aula.
Passou muita coisa pela cabeça dele. Inclusive a falta de entendimento
de alguns alunos que poderiam pensar “que palhaçada, se era para ir
24
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato embora, poderia ter nos avisado antes” ou “se soubesse que ia ser assim, nem viria hoje”, ou qualquer outra frase de desaforo.
Voltou-se para a sala, respirou fundo, olhando para todos. Alguns já
prestavam atenção a ele. Foi quando ouviu uma voz, interna, quase como um pensamento, mas um pouco mais vibrante, dizendo-lhe
“Peça aos alunos para arrancarem uma folha de papel de seus cadernos”.
Assim foi feito. Enquanto isso, vários alunos perguntavam se ia ser uma prova, porque não haviam estudado. Estavam preocupados. Ao longo
da dinâmica, perguntavam se ia valer nota na avaliação e muitas outras dúvidas.
O Professor ficou impassível às perguntas. Apenas olhava para o aluno, e sorria, ainda sem muita convicção do que estava fazendo. Intuiu que
devia ir para a lousa, e chegando pertinho dela, com a caneta, a voz voltou a instruir.
NOTA DO PROFESSOR: o leitor deve fazer o exercício, seguindo passo a passo as orientações. Levará de cinco a dez minutos. Mais tarde, será útil para a leitura dos demais capítulos e compreensão do seu momento. É MUITO IMPORTANTE QUE VOCÊ FAÇA ISSO AGORA, POIS NÃO HÁ OUTRO MOTIVO SENÃO ESSE PARA QUE VOCÊ LEIA ESTE LIVRO.
Seguindo as orientações, desenhou um retângulo horizontal. Fez um tracejado vertical, passando pelo meio do retângulo. Depois, foi 25
O Vaso dizendo aos alunos o que deveria ser feito, ao mesmo tempo em que reforçava as solicitações, transcrevendo-as na lousa.
- Pessoal, pegue a folha assim, na horizontal, e dobrem ao meio. É só para marcar a página, ficando o espaço dividido em duas partes como o desenho na lousa.
Todos foram acompanhando a tarefa, que, afinal, não requeria grandes habilidades.
- Agora, vocês têm duas partes definidas. No rodapé da cada uma das partes, coloquem as palavras “ÁGUA”, à esquerda, e “TERRA”, à direita. 26
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato
Os alunos foram cumprindo as tarefas, acompanhando o que o Professor desenhava na lousa.
- Muito bem. Agora, na parte superior direita da folha, no pedaço à direita, escrever o seu nome e a data de hoje, dia, mês e ano.
27
O Vaso Os alunos perguntavam se tinha que ser o nome completo ou não. Isso,
na verdade, pouco importava. Então, Professor gentilmente apenas repetia a solicitação. Você, leitor, faça da forma que acredita ser a melhor, que se sinta mais confortável.
- Agora, na metade onde está escrito “água”, vocês devem desenhar um vaso bem grande.
Quando perguntavam como deveria ser este vaso, o Professor apenas sorria, e respondia:
- Vou dizer mais uma vez, de um modo bem claro: na metade esquerda, vocês devem desenhar um vaso bem grande.
Se perguntassem novamente, a resposta do Professor era a mesma, com um sorriso no rosto.
- Professor, pode ser um vaso sanitário? – Incrível, mas em todas as vezes que foi aplicado este exercício aos alunos de publicidade, sempre havia um aluno mais espirituoso que perguntasse.
- Você deve desenhar um vaso bem grande. O vaso é seu e o formato é você quem define – esclarecia com muito carinho e educação o Professor.
Enquanto os alunos davam risadas, outros perguntavam qual tipo de vaso desenhariam. Como era uma tarefa simples, em poucos segundos o Professor passava a próxima instrução:
- Agora, temos que marcar um tempo. Vou cronometrar dez minutos para que vocês coloquem (escrevam) dentro do vaso: 28
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato - suas frustrações; Para “inspirar” seus alunos, o Professor dava uma pausa entre um tema e outro. Aos poucos foi colocando na lousa mais palavras que indicassem o conteúdo do vaso: - seus insucessos;
- pessoas a esquecer; Neste ponto, o Professor fazia uma pausa e enfatizava: - No caso de pessoas, não coloquem o nome da pessoa, mas algo que o
identifique “aquela pessoa”, “aquele professor”, “meu/minha ex”, mas não o nome.
E complementou a lista com: - fracassos;
- decepções;
- situações constrangedoras; - situações infelizes.
29
O Vaso
Enquanto os alunos estavam empenhados em fazer a lista do que
colocar dentro do vaso, o Professor passava pelos alunos, analisando os vasos. Via a quantidade de itens que as pessoas colocavam e alguns
perguntavam se teriam que entregar ou ler em voz alta. Para essas perguntas, o Professor apenas sorria.
Dez minutos depois, o Professor solicitava a todos que parassem o que estavam fazendo e começassem a nova atividade.
- Agora, vocês devem utilizar a outra metade da folha, onde está escrito
“terra”, ok? Vamos desenhar, nesta parte, ooooutro vaso bem grande – apontando a lousa, com um sorriso.
- Outro vaso, professor? Não pode ser outra coisa? Ah... ok. Vamos desenhar outro vaso, então – sempre alguém pergunta.
30
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato - Dentro dele, vocês terão também dez minutos2 para colocar: - seus projetos; - conquistas;
- pessoas “para sempre”, para estar sempre com você, mesmo que seja na memória;
Neste momento, o Professor enfatizava uma importante questão: - Agora, neste ponto, é importante colocar o nome da pessoa. Coloque à vontade, nome e sobrenome, se for o caso! E complementou a lista com: - sucessos;
- situações felizes;
- situações bem sucedidas;
- situações de encantamento (ocasiões ou pessoas que o surpreenderam positivamente); - boas surpresas.
2
É muito importante que o tempo seja o mesmo para os dois vasos.
31
O Vaso
Ao final do tempo, depois de mais uma vez circular entre as cadeiras,
vendo como a tarefa estava sendo feita, o Professor mais uma vez viu
que não sabia o que deveria ser feito. A dinâmica estava chegando ao fim, mas não tinha a menor ideia de como seria finalizada.
Respirou fundo, olhou para todos, e confiou que as palavras lhe viriam. O que você vai ler a partir de agora foi recebido em inspiração. São todas as explicações da dinâmica que o Professor intuiu e que, aqui, será dividida em capítulos.
32
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato
As primeiras impressões sobre você
Olhando para o papel, com os dois vasos e todos os demais elementos
que foram solicitados que fossem compostos, teremos, em uma sala, diferentes resultados. As instruções são simples, mas os resultados dependem de cada um.
O fato de estar sendo feito à mão, faz com que essa personalização fique ainda mais evidente, com as diferenças mais às claras.
O primeiro item a ser analisado, é o tamanho do vaso. Nas palavras proferidas pelo Professor:
33
O Vaso - Vejam o tamanho do vaso. Eu me recordo que a instrução era bastante simples: desenhem um vaso bem grande. No entanto, o
desenho dos vasos foi diferente na forma – alguns fizeram vasos cheios de curvas, outros, de traços retos. Mas, o que me chamou a atenção, é que alguns vasos são maiores e outros menores.
Neste momento, todos os alunos davam uma conferida nos seus vasos. Então, o Professor prosseguiu:
- Se o vaso ocupar menos da metade da área que havia para o desenho, podemos dizer que ele é pequeno, pois havia um potencial maior para ele, ou seja, há espaço para que fosse desenhado. Isto pode indicar a
personalidade de quem desenhou o vaso. Pode, por exemplo, nos
contar sobre a dificuldade de expressar-se, até por conta de serem mais introvertidos. Pouco tem a ver com a habilidade de desenhar, mas de deixar fluir o traço de suas canetas.
Alguns alunos, então, começavam a dizer que seus vasos ocupavam mais da metade do vaso, ao que o Professor prosseguia:
- Se o vaso ocupar mais da metade da área, podemos dizer que está
mais próximo do que foi pedido. Um vaso bem grande. Como você já deve estar pensando, pode indicar uma pessoa com mais facilidade de expressar seus sentimentos, talvez alguém que seja mais extrovertido.
Diante do olhar dos alunos, o Professor sentiu que era necessário continuar a explicação:
- O que é melhor? Ser introvertido ou extrovertido?
34
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato Alguns arriscavam uma resposta, de acordo com suas convicções. - Gente, a resposta para essa questão é: “nem um nem outro é
melhor”. Depende da situação em que você estará exposto. Por exemplo, na profissão, dependerá muito do cargo que você está ocupando. Se é para lidar com o público, motivá-lo a uma ação, pode ser mais útil ser extrovertido. Por outro lado, uma atividade que requer
mais concentração, ou que a discrição (ser discreto) é valorizada, ser introvertido é mais importante.
Os alunos pareciam compreender o que o Professor falava, então ele continuou:
- O importante é que você saiba quem é você, se conheça bem. Por isso, o autoconhecimento é tão importante, e deve ser levado a sério. Saber que você, por exemplo, é introvertido, mas terá que enfrentar uma situação ou deseja uma posição pessoal ou profissional em que a
extroversão é necessária, faz com que você tenha uma atitude diferente quanto a essa característica. Talvez você tenha que vencer um
desafio interno, buscar desenvolver novas habilidades, e desenvolver a
capacidade de expressar-se bem. No mínimo, quando estiver prestes a enfrentar uma situação pontual em que essa dificuldade estará exposta, você deve saber que um esforço adicional será necessário.
Veja que, na maioria das vezes, uma característica de sua personalidade pode
ser
mutável.
Quando
se
faz
algum
exercício
de
autoconhecimento, tomamos contato com nossas habilidades e dificuldades. Nesta hora, é importante verificar quais devem ser desenvolvidas e quais devem ser mantidas e valorizadas. 35
O Vaso O Professor mesmo sempre teve dificuldades de falar em público. Lembrou-se da passagem de quando ainda era aluno, tinha a resposta
que um mestre cobrava avidamente da classe, mas tinha vergonha de falar alto, para que todos os colegas ouvissem. Diante da insistência daquele professor com a sala, levantou o braço e proferiu a resposta.
- Isso mesmo, Rodolfo! Essa é a resposta! – reagiu aquele professor que virou-se, despreocupadamente, continuando com a matéria.
Vários minutos foram necessários para que o Professor parasse de tremer, e o coração voltasse ao ritmo normal.
Essa situação ilustra a dificuldade enfrentada. Como queria dar aulas,
teve que, logo no começo de suas novas atividades, treinar e capacitarse para enfrentar o público. No mínimo, preparar-se psicologicamente para deparar-se com várias situações, tais como um olhar mais desconfiado de um aluno, uma dúvida, um aluno desafiador, um bocejo no meio da aula.
Logo foi habituando-se à nova rotina e falar em público deixou de ser uma dificuldade. Passou a ser uma habilidade.
Se houvesse baseado sua autoconfiança apenas no conhecimento
técnico que detinha para lecionar, pode ser enfrentasse muito mais dificuldades com as aulas, a ponto de desistir da nova profissão – e de seu sonho.
- Ah! - Lembrou-se o Professor – para quem desenhou um vaso sanitário,
saiba que o vaso representa a sua vida. De uma certa forma, você mesmo! – todos riram na sala, e voltaram-se ao aluno que fez graça. 36
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato
Medindo suas emoções
A questão do desenho do vaso estava sendo concluída também com a explicação de que também na escrita é possível verificar características
de personalidade. Trata-se do estudo da grafologia que faz levantamentos a partir do traço, da estética e até mesmo da pressão da caneta no papel. Mas isso é um tema longo, para outro momento.
O ponto seguinte da análise da dinâmica foi a quantidade de itens que foi colocado em cada vaso:
- Observem, agora, o conteúdo do seu vaso. Qual deles está mais cheio? O da esquerda, da água, ou o da direita, da terra? 37
O Vaso Novamente, todos observavam os seus vasos. - Não é preciso muito esforço para observar que no vaso da água, colocamos todos os aspectos negativos desta dinâmica, enquanto no
da terra, colocamos os positivos, não é? Pois bem. A interpretação é bastante simples – é o termômetro das suas emoções, o balanço da sua
vida atualmente. É uma análise de onde está o foco de sua atenção.
Veja: você tem mais a reclamar, a enxergar a vida com mais negatividade, ou de uma maneira mais positiva? Continuou, após uma breve pausa: - Eu vou chamar isso de Lei da Atenção3. Ela é bastante simples: você
tem mais daquilo que você põe a sua atenção. Vou dar um exemplo,
3
NOTA DO AUTOR: A primeira vez que a dinâmica foi aplicada, foi em
setembro de 2002. Quatro ou cinco anos mais tarde, um aluno (chamado Ulisses) levantou a mão e perguntou ao professor se ele assistira ao vídeo “O
Segredo”. Curiosamente, o DVD estivera na mesa do professor há alguns dias,
mas ele não tivera tempo de analisá-lo. O aluno, então, disse “professor, veja o vídeo. Tudo, praticamente tudo, o que o senhor disse hoje está lá”. Naquele
material, chamam o processo de Lei da Atração. Vendo o vídeo, e lendo o livro,
posteriormente, fiquei muito satisfeito, porque parte do conhecimento, de fato, eu havia recebido em 2002. O fato de outros autores estarem dizendo a mesma coisa só indicava que a dinâmica estava no caminho certo. Muitos
livros da mesma linha foram lançados, e li alguns. Mas, decidi manter o firme
propósito de manter as dinâmicas e, principalmente, escrever este livro, pois, acredito, não só a linguagem é diferente, didática, mas o próprio exercício é enriquecedor e pode fazer uma diferença na vida de quem o experimenta.
38
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato que já aconteceu na minha família. Fomos comprar um automóvel, vários anos atrás. Era uma cor nova. Aparentemente, ninguém tinha
um carro daquele modelo, naquela cor. Pois foi só apontar com o carro na rua e já passou um igualzinho. No próximo semáforo, outro
automóvel do mesmo modelo e mesma cor. Será que todos tiveram a ideia de comprar o mesmo carro e sair ao mesmo tempo? (risos...) Na
verdade, o que acontece é que sua atenção passou a ser direcionada
para aquele assunto. Assim, uma vez que a atenção estava naquele
modelo e naquela cor, seu olhar passou a ser direcionado e começou a perceber mais aquelas características.
VOCÊ TEM MAIS DAQUILO QUE ESTÁ A SUA ATENÇÃO - Vou dar mais um exemplo. Todos já tiveram uma vizinha, uma tia,
algumas vezes de mais idade, que, quando perguntamos “como vai?” ela nos responde “vai se levaaaaaandooo”, a voz trêmula e sumindo, enquanto responde. Se a conversa prosseguir, vem uma ladainha de
reclamações e descrições de situações deprimentes, como novos remédios, mais doenças descobertas na última visita ao médico,
situação financeira ruim, alguém que morreu e que deixou novas dificuldades. Vamos parar a lista por aqui, porque senão a nossa atenção vai se desviar a essa energia!
Todos concordaram e até comentaram entre si que conhecem alguém assim.
39
O Vaso
QUEM TEM O HÁBITO DE RECLAMAR, TERÁ SEMPRE MAIS A RECLAMAR. - Vocês já reparam como essa pessoa tem sempre mais a reclamar? A vida nunca lhe sorri e tudo só vai piorando com o tempo?
Como é bastante comum encontrar esta situação, muita gente assentiu com a cabeça.
- Agora, tem aquelas pessoas que são irritantemente otimistas. A gente
pergunta “como está?” e ele responde “cada dia melhor!!!”. Às vezes, a
gente nem acredita. Como pode, diante de tantas dificuldades que o país, o mercado, as pessoas, estão enfrentando? Pode ser que a vida não esteja assim uma maravilha, mas ele sempre está contando alguma
boa novidade, alguma conquista. Com o tempo, a vida vai se tornando
melhor, e cada vez tem mais conquistas. Mesmo que encontre dificuldades, o “irritante otimista” continua firme em seu propósito e, passado algum tempo, vem com boas notícias, que tudo foi superado e
está no rumo de novas conquistas. Todos conhecemos alguém assim. Ou ainda alguém que pouco fala, inclusive pouco reclama. E que, mesmo quietinho, a vida prospera.
Isso nos faz pensar sobre o poder do pensamento em nossas vidas. O Professor continuou falando sobre o assunto.
- Qual é a mágica do sucesso? O que faz alguém obter ainda mais sucesso e prosperar? Em primeiro lugar, continuar trabalhando, porque
esperar só faz a vida ficar parada. Tem que movimentar. Mas, o grande 40
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato segredo, é ter uma atitude de ser grato. Agradecer sempre, em todas as oportunidades que tiver.
QUANTO MAIS VOCÊ AGRADECE, MAIS TEM A AGRADECER. O Professor fez uma pausa, pois intuiu algo de muita força. Havia tido
uma ideia de propor um pacto, um acordo muito forte para fazer com os alunos. Sabia da força envolvida. Então fez uma pequena pausa, olhando a cada um dos alunos, nos olhos, antes de continuar a falar. Todos prestavam muita atenção.
- Temos muitas pessoas a quem devemos um agradecimento. E os
agradecimentos não precisam ser por algo que seja extraordinário.
Devem ser motivados por coisas simples, e que tem um valor muito grande, mesmo que a gente não perceba. Vamos fazer um pacto, um acordo, hoje. Algo que todos podemos fazer, que custa absolutamente nada. Vamos combinar?
Todos, na sala, concordaram. Então, ele prosseguiu: - Ao chegar em casa, hoje, a primeira pessoa que encontrarmos lá, vamos dar um abraço bem carinhoso, e agradecer por ela estar lá, de
certa forma aguardando nossa chegada. Mesmo que não pareça,
aquela pessoa, que é tão próxima de nós, e ao mesmo tempo tão esquecida, sabe dos seus horários e, de certa forma, o espera, sim.
Agradeça pelo simples fato dela estar lá, de existir na sua vida. Se é
alguém que tem muita afinidade, agradeça por ela permitir que você exercite o amor, o carinho, a bondade, a afeição. Se é alguém que tem 41
O Vaso dificuldade de relacionamento, agradeça pelas diferenças de opinião,
de ponto de vista, pelas discussões e até mesmo as brigas, porque elas
enriquecem sua alma, com suas dificuldades, com novos raciocínios e pela diversidade de ponto de vista. Tudo isso contribui para a sua vida e o faz crescer.
Neste momento, todo o ambiente se encheu de emoção. Todos compreenderam o valor do que estava sendo dito, e a importância daquele pacto. Então, ele prosseguiu:
- Se é algo que você pouco faz, com certeza, a pessoa vai estranhar. Já vá preparado para isso. Lembre-se como é importante alguma preparação para fortes emoções, e momentos inesperados como esse.
Agradeça, com coragem. Porque você verá que, na hora, vai lhe faltar
motivos e sobrar dúvidas se deve ou não fazer isso. Simplesmente, faça. Você terá a maior das recompensas, que dinheiro algum poderá comprar.
- Mas, professor, e no meu caso, que moro sozinha? – perguntou uma aluna. – Eu devo esperar visitar meus pais para fazer isso?
- Se você mora sozinho, vá até o espelho e diga obrigado. Por ser tão
valente e guerreiro, porque, afinal, manter um lar sozinho é algo grandioso. Sorria para si mesmo e veja o poder que tem esbanjar
alegria para si mesmo. E, sim, guarde o momento de visita para falar com seus pais. Pensando bem, faça melhor: ligue para eles o quanto antes.
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Sobre Gratitude – a atitude de ser grato Enquanto tomava cuidado com o tom e o ritmo da palestra, para que o
momento de emoção permanece controlado, porque, afinal, o objetivo era manter todos firmes e fortes, concluiu:
- Faça dessa atitude um hábito. Gratidão, em inglês, é GRATITUDE. Mas, aqui, agora, vamos guardar essa palavra com um outro significado, e
vamos tomá-lo para nós, em nossas vidas, para que a gente tenha um novo caminho.
GRATITUDE. ATITUDE DE SER GRATO.
43
O Vaso
O pensamento
Após falar sobre o hábito de ser grato, da Gratitude, ou gratidão, o
Professor continuou explicando sobre a importância de se manter atento aos pensamentos que temos, ainda uma alusão ao que foi colocado em cada um dos vasos.
- Meus amigos, você já deve ter visto em vários livros, reportagens na mídia ou até mesmo na religião sobre o que convencionou-se chamar
de PENSAMENTO POSITIVO. Muita coisa foi dita, e pode ser que você
tenha até mesmo um preconceito relacionado a isso. Mas, hoje, você vai entender porque tudo isso é verdade, porque funciona, e porque é importante manter essa atitude, de bons pensamentos e bons hábitos. 44
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato Fez uma pequena pausa, pois entraria em um tema importante. - Em algumas religiões, o que se diz é para se manter livre do pecado. Pois, sobre isso, vou reforçar um único ensinamento, deixado pelo
Grande Mestre Jesus, que resume todas as atitudes que temos que ter com relação ao mundo que nos cerca.
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO. - É importante saber, compreender e assumir que é algo maior e inteligente que controla tudo ao nosso redor. É muito difícil, praticamente impossível, conceber outra ideia senão a de que há uma
inteligência superior que faz todo o sistema que vivemos funcionar.
Alguns, chamam essa inteligência, essa energia, essa força motriz, de Deus. Poderíamos chamá-lo de Universo, Grande Força do Universo, de
qualquer nome. Basta que tenhamos consciência de que ele existe. Amar a algo maior do que tudo o que é material e está próximo de nós.
O Professor havia escrito a frase na lousa e alguns alunos anotaram. Então, ele prosseguiu:
- Na segunda parte da frase, algo muito importante. Primeiro, é preciso amar a si mesmo. É preciso gostar de si, aprender a cuidar-se de todas as formas, seja física, espiritual, mental ou moralmente. Ir além da
aparência, gostar mesmo, evitar tudo o que pode trazer, futuramente, algum tipo de constrangimento, dor ou sofrimento. E isso é muito difícil
de se obter, tenha certeza disso. Depois, gostando tanto de si de forma 45
O Vaso que é incapaz de se fazer qualquer mal, aprender a gostar dos demais como a si mesmo.
O Professor gesticulava, as mãos espalmaldas, demonstrando um encontro, cada dedo de uma das mãos tocando as pontas dos dedos equivalentes da outra mão.
- Veja, preste atenção e sinta a força do que vou dizer, novamente:
amar ao próximo, como a si mesmo. Nem mais, nem menos. Nem gostar, nem odiar. Amar. Ter para si e, na mesma medida, com o
próximo, o mais valioso sentimento que podemos desenvolver em nossas vidas. Amar ao próximo, seja ele quem for, e não apenas aqueles
que desejamos, de alguma maneira. O próximo, é todo aquele que
você convive, de alguma forma, que o Universo proporciona algum encontro.
O Professor caminhava de um lado a outro da sala, de modo a aproximar-se de cada um dos alunos.
- Se você tiver amor ao outro, esse é o termo correto, verá que todos os
demais mandamentos fazem sentido. Quem ama aos demais, como a si mesmo, não mata, não rouba, não cobiça, não mente, não deseja o que
não é dele, enfim. Deixa de fazer o mal. Mas o Grande Mestre trouxe uma nova mensagem, dizendo o que deveria ser feito: amar.
Neste momento, houve um aumento de atenção, pois todos, de
alguma forma, têm uma crença. Até mesmo os que se dizem ateus, acreditam em algo – nem que este algo seja acreditar em nada!
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Sobre Gratitude – a atitude de ser grato - Se você está livre do pecado, também estará mantendo bons
pensamentos. Todos sabem que uma mentira leva a outra e, com o tempo, sua vida toda será uma grande mentira. Portanto, viver na verdade, faz com que tudo aconteça de fato na sua vida.
O Professor aproveitou para tomar um pouco de água, antes de prosseguir.
- Com relação aos livros de autoajuda, termo que acabou se tornando
pejorativo pelo preconceito ou falta de crença, também há fundamento, inclusive cientifico. Alguns autores proclamam: “A mágica de pensar grande”, “viva em alta performance”, “pensamento positivo,
sempre” e tudo isso soa como frases puramente motivacionais e sem funcionalidade. Mas, vamos à ciência, ao que é pesquisado.
O Professor fez uma pequena pausa, respirou fundo e continuou suas explicações.
- Já se sabe, pelos estudos da neurociência, que a atividade cerebral acontece por impulsos elétricos, passando pelas redes de neurônios.
Essa atividade pode ser captada por instrumentos apropriados. Como são atividades elétricas, também já foi detectado que a atividade cerebral gera campos eletromagnéticos. Em outras palavras, quando
pensamos, assim como fazemos qualquer atividade cerebral, é gerado
um campo eletromagnético. Mesmo sendo esses campos muito
pequenos, sutis, podemos dizer que nossos pensamentos interferem no mundo que está à nossa volta.
Apontando para uma luminária e fazendo círculos com a mão, indicando a atmosfera, o Professor continuou: 47
O Vaso - Outros exemplos de ondas eletromagnéticas são a luz e as ondas de
rádio. A luz pode percorrer grandes distâncias a velocidades incríveis. As
ondas de rádio, também. Neste caso, sequer podemos percebê-la. O
que eu quero dizer é que não precisamos saber como elas se propagam, mas já temos indícios suficientes que elas são rápidas,
capturáveis, mesmo sendo invisíveis aos nossos olhos. Acreditamos e sabemos que elas existem. Se o pensamento gera um campo eletromagnético, é possível que ele também percorra alguma distância, e se manifeste no mundo material.
Vendo que os alunos estavam com uma expressão de dúvida, o Professor resolveu explicar de modo mais simples:
- O que eu quero dizer é que seus pensamentos influenciam ou
interferem no mundo que está ao seu redor. Você está construindo a energia que está à sua volta e cabe à você escolher qual o nível que deseja: positivo ou negativo.
Com os alunos um pouco mais atentos, continuou: - Por isso, posso afirmar que os pensamentos positivos, o manter-se casto, ou sem pecados, ou qualquer outro comportamento que esteja
relacionado a atitudes positivas e que beneficiam você e o que está a
seu redor, cria um mundo favorável a acontecimentos positivos. Como foi dito, você pode nem acreditar que ondas eletromagnéticas são emitidas, são invisíveis, e percorrem grandes distâncias. Mas, quando
você liga seu receptor de rádio, elas são captadas e transformadas, elétrica e mecanicamente, em som.
48
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato Conferindo se todos haviam compreendido a ideia que o Professor havia transmitido, ele reforçou:
- Por isso, manter-se alerta, atento aos seus pensamentos é tão importante. Onde você concentra sua atenção é a fonte de tudo o que
você recebe na sua vida. Tenha atenção no que é bom e sua vida se tornará igualmente boa.
49
O Vaso
Juntando tudo
O Professor pediu aos alunos que aproveitassem a marca que havia sido feito na folha, logo no início da dinâmica, e que dobrassem as folhas, como se juntando os dois vasos nele desenhados.
Os alunos, prontamente, atenderam ao pedido. Sem pensar, sem questionamentos.
- Vocês têm ideia do que acabaram de fazer? – perguntou o professor, em tom grave, quase como uma bronca.
- Xiiii... Professor, eu acho que juntamos as coisas boas com as coisas ruins, não foi? - respondeu uma das alunas. 50
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato - Pois bem. O curioso é que vocês fizeram isso sem questionamento algum. Automaticamente.
As expressões dos alunos denunciavam que fizeram algo errado, como uma criança que tem sua travessura descoberta. Alguns, rapidamente
desdobraram, e deixaram a folha aberta sobre a mesa. O Professor continuou:
- Gente, não tem problema algum. Provavelmente, vocês nem pensaram para fazer o que eu pedi, justamente porque estou conduzindo este exercício, não foi? A maioria concordou. - Pois bem. Nada de errado no que fizeram. Está tudo certo. Nenhum problema em misturar tudo nesta folha. Vou fazer uma pergunta. Vocês
sabem do que é feito o adubo? – antes que respondessem, fez um sinal
com as mãos, pedindo que segurassem a resposta – calma, não
precisam responder, senão vai sair palavrão! – disse, com um largo sorriso no rosto – Vou falar de uma maneira, digamos, poética. O adubo é feito de algo que o dono não quer mais. Ficou melhor?
O clima na sala ficou menos tenso e os sorrisos brotaram novamente. - E para que serve o adubo? Ele serve para ser misturado à terra, para que o vegetal plantado nela cresça mais forte, com mais vigor e saúde, correto? – diante da concordância dos alunos, prosseguiu – pois é
exatamente isso que fizemos agora há pouco. Misturamos as coisas ruins, o adubo, que estava na água, com as sementes que estavam na
51
O Vaso terra. Da mesma forma, toda adversidade serve para que a gente fique mais forte.
Enquanto terminava a fala anterior, o Professor aproveitou para pegar uma cadeira. Apoiou os pés em um apoio, logo abaixo do assento, que serve para apoiar os cadernos.
- Sabe, quando a gente analisa nossa vida, muitas vezes pode aparecer
uma dúvida, sobre qual é o sentido de tudo isso. Nascemos, crescemos, morremos. No meio do caminho, vamos encontrando diversas dificuldades, correto? Pois vou reforçar uma ideia que muita gente já
aprendeu ou intuiu. Estamos aqui para um único objetivo: crescer, desenvolver, estar cada dia melhor do que o anterior. Essa é uma missão de nossa vida e tudo o que fazemos, desde que nascemos, tem a ver com isso.
Enquanto falava, subiu no suporte em que o pé estava apoiado, como se fosse uma plataforma.
- Nossa vida, parece uma escada. A gente, dia a dia, vai subindo degrau
a degrau. Cada nova experiência, cada novo aprendizado, nos faz subir
um pouco mais no nosso desenvolvimento – subiu, então, com os pés sobre o assento, ficando em uma posição mais alta em relação à sala –
e, a cada degrau, a gente vai tendo um novo ponto de vista. Porém, vocês já perceberam, quando a gente acabou de chegar neste novo patamar, apreciando a nova paisagem, parece que vem algo, muitas vezes nem sabemos como ou de onde e... POW! Parece um soco direto de direita na nossa cara, não é?
52
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato Muita gente concordou, provavelmente porque já passou por este tipo de situação.
- Mas, sabe de uma coisa? O incrível é que na vida, a gente nunca volta para trás. Como se trata de experiência e conhecimento, é algo que a
gente sempre mantém. Por isso, quando vem essa pancada em nossa vida, a gente pode até perder o equilíbrio, ficar meio zonzo, dar voltas
em torno daquele ponto. Mas, logo, logo, conseguimos nos recuperar e
superar aquele obstáculo. Então, mais uma vez, subimos mais um degrau em nosso desenvolvimento. Ele vem por meio do aprendizado extraído das dificuldades.
NOSSO OBJETIVO, NA VIDA, É CRESCER As expressões ficaram um pouco diferentes, mais serenas. Então, ele prosseguiu:
- Lembra-se, por exemplo, na escola? No ensino fundamental, a dificuldade poderia ser, por exemplo, aquela continha de divisão. Mais
tarde, a dificuldade era álgebra, as equações de primeiro e segundo grau, não é mesmo? Olhando lá para os primeiros anos, a gente pensa
“ah, se todas as minhas dificuldades fossem aquela equação de
primeiro grau”, não é mesmo? Hoje, as dificuldades são maiores. Mas, veja, você também estará mais preparado e, lembre-se, com as experiências, você sempre se mantém no mesmo degrau, ou sobe mais um. Nunca desce. Nunca volta para trás. Sempre avança.
53
O Vaso
Guardar
Depois de descer da cadeira, o Professor pediu mais uma vez para que
os alunos pegassem a folha e aproveitassem a marca que dividia o papel.
- Agora, vamos dobrar novamente o papel. Reforçar esta marca. Vamos abrir, e, como já fizemos outras vezes, vamos cortar a folha neste ponto, dividindo a folha em duas, ficando um vaso em cada pedaço do papel. Os alunos trataram de dividir as folhas. - Vamos olhar, agora, estes dois pedaços de papel. Observe que, na folha onde está o vaso escrito “Terra”, tem o seu nome e a data de hoje. 54
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato Nós vamos combinar algo, então. Você vai guardar este pedaço de papel em algum lugar que você sabe que estará bem guardado, e que
será encontrado daqui a alguns anos. Um livro que você goste muito e que sabe que estará sempre com você, uma pasta com documentos, enfim, um lugar que você saiba é seguro.
Enquanto olhava cada um dos alunos, continuava as explicações. - Neste papel estão as sementes que foram fertilizadas com a água
cheia de adubo, por sua vez, formada pelas dificuldades de sua vida. Veja que tem o seu nome, para que você tenha a posse dessas
sementes. Elas já são suas. Estão com a sua energia, com a sua força. Aí,
você guarda seus projetos, seus sonhos, seus objetivos. Mantém com você as pessoas que são importantes na sua vida. Registra para sempre
as conquistas que você já tem e que lhe fazem mais preparado e mais confiante para os desafios do futuro. Também tem a data para que,
quando encontrar este papel algum dia, lembre-se de hoje, do exercício que fez, e de tudo que planejou um dia.
Os alunos dobravam este papel e preparavam-se para guardá-lo. - Dobrem o papel, e, na parte de trás, onde ainda está branco, escreva “Obrigado”. Agradeça desde já por tudo o que você já conquistou.
Lembra-se que eu comentei sobre o pensamento? Ele é uma descarga
elétrica no seu cérebro. Pode gerar uma onda eletromagnética e manifestar-se no Universo. Mas, ele é efêmero, tem uma duração de alguns segundos. Agora, quando você escreveu no papel, ele passou a
ser mais tangível. De certa maneira, já se materializou, começou a se tornar realidade.
55
O Vaso Alguns alunos demonstraram certeza em seus semblantes, confiantes de um novo momento na vida deles.
- Veja, preste atenção, sinta cada palavra: eu NÃO disse que tudo o que
está escrito aí, como suas sementes VAI acontecer. Mas disse que as chances de que se realizem em sua vida AUMENTARAM
consideravelmente. Deixaram de ser uma ideia e passaram a ser expressas no mundo. Você acabou de fazer uma declaração, de uma forma diferente. É um exercício que muita gente faz, principalmente as mulheres, por exemplo, no período de início de ano.
Muitas alunas concordaram com o Professor, algumas levantaram, discretamente, a mão, afirmativamente. Então, o professor continuou:
- Quando levamos uma ideia para nosso superior, ele sempre nos pede
“ponha no papel”, não é mesmo? Isso porque quando damos uma
forma material, nossas ideias passam a ficar mais claras, e, mais importante, saem do terreno efêmero da energia mental para a materialização em forma de um documento físico, em que as ideias já estão sendo manifestadas.
Após uma breve pausa, o Professor continuou. - Saibam a importância que tem escrever, principalmente com as suas
mãos. No mundo atual, com tanta tecnologia, ainda temos que ir assinar documentos. Sabe por quê? Porque estamos tomando posse ou
firmando um compromisso. Estamos colocando a nossa energia, a
nossa personalidade e o nosso comprometimento com o que estamos 56
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato assinando. Hoje, vocês plantaram várias sementes e guardarão consigo. Em breve, terão a colheita deste lindo plantio.
57
O Vaso
Descartar
O Professor já havia combinado o que fazer com a folha que tinha o
vaso “Terra”. Então, chegou o momento de definir o que seria feito com o outro vaso.
- Ei... – chamou a atenção de um aluno – guarde apenas o papel com o
que está escrito “terra”!!! O outro papel, o que está escrito “água”, tem muita coisa ruim, não é mesmo? Todos concordaram. - Vimos que parte do que estava neste vaso eram as dificuldades que
funcionaram como um adubo, fortalecendo suas vidas. E assim, sempre 58
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato vai acontecer. Sempre você estará se tornando melhor e mais
preparado para as situações de vida, os novos desafios. Mas, sabe quando a gente faz uma limpeza no carro, ou na casa? Quando a gente
pega o balde em que o pano foi torcido várias vezes? O que acontece
quando jogamos a água? Descartamos toda a sujeira, mas, lá no fundo do balde, sempre fica uma areiazinha.
É um fato corriqueiro, que sempre acontece, então todos concordaram. - Sabe o que é isso? São aquelas lembranças, até mesmo aquelas pessoas, que NÃO tem valor algum em nossas vidas. Não servirão para
nada. É o que NÃO conseguimos diluir, tirar a força, mas é tudo aquilo que fica ali, tirando nossa energia. Essa poeira que não se dissolve são
como más lembranças que vão e voltam ao nosso pensamento, mesmo não servindo para nada. Essa sujeira de nossa memória deveria ser
eliminada, dando-nos LIBERDADE para NOVOS PENSAMENTOS. Sabe o que vamos fazer?
Enquanto os alunos pensavam o que o Professor faria, ele se encaminhou até a porta e já a deixou aberta.
- Nós estamos finalizando esta dinâmica. E alguns avisos são importantes. Alguns, desenharam um vaso sanitário, lembra-se? Quem o fez no vaso da água, já percebeu que nem era assim tão inadequado,
pois serve mesmo para higienizar, limpar, descartar. Os que o
desenharam também no vaso da terra, saiba que tudo pode ser
reciclado. Tudo pode ter um novo significado. Talvez sua vida pareça
assim com este vaso, que você poderia ter desenhado com muito capricho, simplicidade e até mesmo decorado com uma flor. Mas, um vaso é um vaso. O que ele representa é o significado que damos a ele. 59
O Vaso Coloque assim: neste dia, eu só tinha um vaso sanitário para encher de
terra e depositar nele todas as minhas sementes. E é desta limitação que tive hoje que resultarão excelentes frutos.
O Professor estendeu o braço para fora e pegou uma grande lixeira que ele já tinha deixado próximo, escondido e preparado para aquela aula,
no momento em que os alunos preenchiam os vasos com suas impressões. Ainda na porta, deu o último aviso:
- De fato, com certeza, nunca sabemos o rumo que tomará nossas
vidas. De verdade, pouco sabemos sobre o que o futuro nos reserva. Pode ser que, em nossa próxima aula, eu nem esteja aqui...
- Valha-me, Deus, professor! – protestou uma aluna – O senhor estará aqui, sim, vivinho da silva, inteirinho para a próxima aula!
- Calma, gente – tranquilizou o Professor – eu posso ganhar uma
fortuna em uma loteria, receber uma herança bilionária e inesperada,
receber uma proposta de um novo projeto e ter que me mudar
imediatamente para o exterior. Muita coisa boa pode acontecer e, talvez, estar ou não aqui na próxima semana, pode ser uma decisão que terei que tomar!
Riu-se um pouco, lembrando que as mudanças sempre são positivas e que as motivações variam, inclusive para o bem.
- Mas, como eu ia dizendo, aprendi que precisamos aproveitar todas as nossas oportunidades de agradecer. GRATITUDE. Lembrem-se desta palavra, deste novo comportamento. A primeira atitude que quero ter,
agora, para o encerramento, é agradecer a vocês por esta 60
Sobre Gratitude – a atitude de ser grato oportunidade. Muito obrigado. Depois, quero também dizer que vocês
me proporcionam fazer aquilo que mais amo na vida, ensinar,
compartilhar o pouco conhecimento que tenho. Se você estivesse em
outro lugar, senão aqui, jamais poderia exercer esta atividade que move minha vida. Por extensão, posso dizer, com toda certeza de acertar, sem
demagogia, que amo cada um de vocês. Sim, porque amo em retribuição a vocês permitirem que eu exerça esse amor pela minha profissão.
Enquanto alguns eram tomados de emoção, o Professor continuou.
AGRADEÇAM E AMEM CADA VEZ MAIS. QUANTO MAIS AGRADECEREM, MAIS TERÃO A AGRADECER. QUANTO MAIS AMAREM, MAIS AMOR RECEBERÁ EM TROCA. - Agora, vou firmar um compromisso com vocês – disse, enquanto
mostrava a lixeira para os alunos – NÃO tenho o MENOR interesse no
que vocês colocaram de ruim nestes vasos. São energias a serem descartadas. Então, vou me despedindo de vocês e peço que, quando
passarem aqui, para ir embora, rasguem, amassem, façam o que quiserem com este vaso cheio de areias, sujeiras imprestáveis, que vocês têm na mão, e joguem aqui...
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O Vaso
E QUE TUDO O QUE LHE IMPEDE DE CRESCER E PROSSEGUIR SEU CAMINHO DE SUCESSO NUNCA MAIS FAÇA PARTE DE SUA VIDA!!!!
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Sobre Gratitude – a atitude de ser grato
Encerrando
Os alunos foram saindo um a um. A maioria com um sorriso no rosto. Alguns amassavam, outros rasgavam em mil pedacinhos e ainda
amassavam o papel com o desenho do vaso cheio de água. Ao jogar,
alguns depositavam na lixeira, outros, o faziam com muita energia.
Outros, levantavam as mãos, em agradecimento por livrarem-se de tantas coisas ruins.
Quando passavam pelo Professor, alguns simplesmente agradeciam.
Outros o abraçavam, e demonstravam a gratidão de várias maneiras.
Mas, de maneira geral, um a um foram todos saindo aliviados, com uma nova energia, cheios de esperança e nova disposição. 63
O Vaso Quando o Professor se viu só, na sala de aula, arrumou suas coisas e preparava-se para apagar a luz, quando a voz, mais uma vez lhe soou na mente:
- Você gostou do que viu hoje? - Claro – respondeu, o Professor, mentalmente. - Então, agora vá, e transmita essa mensagem para o maior número de pessoas que você puder. E assim foi feito.
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Vinha de uma família de professores. Era natural que, um dia, seguisse essa carreira. Mas, estava longe do que imaginava ser um profissional ideal. Era um professor mediano. Ou nem isso. Numa certa noite, em aula, os alunos sairam para o intervalo e o professor se distraiu. Quando retornaram, estava despreparado, sem conteúdo para a aula. Então, algo extraordinário ocorreu. Ele foi à lousa, fez um desenho e começou uma atividade diferente. Conduziu os alunos por uma dinâmica e, levado pela inspiração, foi até o final da aula em que todos, professor e alunos, aprenderam lições importantes sobre suas próprias vidas. Este livro trata de uma profunda reflexão, embora realizada de forma leve e sutil, sobre o momento de vida neste exato momento. Trata também de objetivos e o comportamento adequado diante destes desafios. Uma verdadeira cartase, onde vários bloqueios mentais são liberados, preparando o caminho para a felicidade e o sucesso em todos os aspectos da vida. Rodolfo Nakamura é comunicólogo, professor universitário e Master Practiotioner em Programação Neurolinguística (PNL). É também editor e autor de vários livros. Além de curtir a família, tem, como uma de suas paixões, lecionar. A outra é peregrinar, caminhando em trajetos predefinidos, refletindo e meditando enquanto aprecia a natureza. Conferencista e palestrante, ama compartilhar as bênçãos de conhecimento que adquiriu com os amigos que faz pela sua jornada na terra.
9 788561 679132