Entenda a
Como começou? No meio de 2015, um grupo de alunos da FAUUSP começou a se reunir e a pensar formas de como os estudantes de arquitetura, urbanismo e design poderiam contribuir para a sociedade de forma mais efetiva, com aquilo que conhecemos e, assim, pôr em prática as teorias da sala de aula. Aos poucos, foi ficando mais claro como poderíamos organizar a entidade, e o contato com outras sociais da USP (FEA Social, Poli Social e EACH Social) foi importante para nos motivar: permitiu a troca de experiências e nos incentivou a pensar como essa possibilidade poderia existir na realidade da FAUD, adequada à sua cultura.
Por que surgiu? A FAU Social foi pensada como uma possibilidade para que a experiência universitária dos fauanos não fique apenas na sala de aula, e se complemente com oportunidades de pensar e construir soluções conjuntamente com pessoas que precisam de algum suporte dentro do nosso campo de atuação.
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O que faZemos? Nossa intenção é promover o diálogo entre agentes do espaço para identificar quais são suas reais necessidades, repensar espaços de convívio e, principalmente, tornar acessível o pouco que conhecemos para que mais pessoas tenham autonomia para exigir seus direitos.
Para quem? Voltamo-nos para os grupos da sociedade que necessitam de melhorias ligadas a arquitetura, urbanismo e design e não dispõem de condições adequadas de acesso a elas.
Como faZemos? Nossa atuação se dá tanto diretamente nas causas que encontramos, quanto através de ações conjuntas com grupos que desenvolvam trabalhos semelhantes.
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PRINCÍPIOS
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Responsabilidade Social:
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Reconhecemos o impacto que ações pontuais geram na cidade e a importância de um retorno da universidade pública para a sociedade que a mantém.
Comprometimento:
Para manter um alto nível de qualidade do que fazemos, é necessário o compromisso dos membros frente a responsabilidades, prazos e objetivos.
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Sensibilidade:
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Entender as necessidades do outro é fundamental num trabalho de caráter social. Por isso, priorizamos as relações pessoais acima das operacionais, tanto dentro da entidade como com a sociedade.
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Coletividade: Acreditamos na construção conjunta
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Criatividade: Processos e soluções criativas fazem
Transparência: É importante explicar com clareza os processos de organização interna e o desenvolvimento dos projetos, tanto com relação à gestão de recursos, já que somos uma organização sem fins lucrativos, quanto a prazos, etapas e trabalhos.
de conhecimento; assim, é essencial o desenvolvimento de ideias e projetos de maneira participativa, entre os membros e o público alvo.
a diferença em um projeto! Buscaremos realizá-las, dentro das possibilidades de cada projeto.
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Apartidarismo: Entendemos que qualquer ação social é uma ação política. Entretanto, isso não significa que nos vinculamos ou apoiamos partidos específicos. Para tanto, projetos e doações são avaliados de acordo com os valores da entidade.
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O que queremos para o futuro? Consolidar-nos como entidade catalisadora da extensão universitária, visando sua continuidade, além da geração de impacto positivo no espaço e no cotidiano das pessoas com as quais atuamos.
O que isso quer dizer? Esforçar-nos para que de fato a entidade seja uma possibilidade para que fauanos coloquem em prática o que estão aprendendo no curso, contribuindo para a sociedade diretamente, e para que a atuação social por parte dos estudantes da FAUD tenha continuidade.
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Projetos Foram definidas seis categorias de projetos que representam os tipos de ações que queremos praticar enquanto entidade. É importante lembrar que todos eles podem ser realizados por alunos de qualquer ano, inclusive calouros! Ou seja, não é necessário nenhum conhecimento prévio, apenas vontade de aprender e melhorar a qualidade de vida das pessoas com as quais trabalhamos. Outro ponto relevante é que esses tipos de projeto não são limitadores e a ideia é sempre expandir nossas frentes de atuação.
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A
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Intervenções pontuais em locais que necessitem de reestruturação e revitalização, como praças, moradias ou demais áreas de convívio social e lazer; reforma ou construção de mobiliário, entre outras demandas encontradas.
B
Mapeamento e levantamentos em comunidades e ocupações que visam empoderar a população e facilitar a regularização fundiária.
C
Desenvolvimento de instrumentos de emponderamento da informação, como cartilhas informativas a respeito de técnicas construtivas, direitos civis, processos legais, mecanismos de interação com o poder público, com base nas demandas específicas de cada grupo social.
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Oficinas de desenvolvimento criativo das comunidades, de modo a apresentar a arte, a música, e outros elementos culturais e lúdicos para estimular a criatividade de crianças, adultos e idosos. Também pode desenvolver trabalhos de artesanato, produção de mobiliário simples e outras atividades que integrem a comunidade.
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Projetos de incentivo às relações de pertencimento e identificação com o lugar, a partir do resgate de memórias locais e da aproximação de questões sociais da região, o que funciona como estímulo à noção de direito ao espaço que habitam.
F
Projetos de identidade visual, que venham a desenvolver a linguagem de instituições, entidades parceiras e demais grupos organizados que atuem em causas semelhantes.
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HISTÓRICO DE PROJETOS 1° SEMESTRE Casa do Estudante CA Caibar Schutel Jardim Jaqueline
2015
JUNHO Início da concepção da entidade
Projeto piloto: Cursinho popular EACH
2016
2° SEMESTRE Vila Capriotti Jardim Jaqueline Semana da Educação
2017
1° SEMESTRE Litro de Luz Mapeamento Paraisópolis PS Lapa São Remo 2° SEMESTRE CCC Escola de Aplicação UBS Pêra Vila Joaniza
PROJETOS ANUAIS Escoteiros do Ipiranga Lar da Lapa Ocupação Urca
2018
2019
PROJETOS ANUAIS De portas abertas Composição Urbana Comunidades Resilientes
2020
2021
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PROJETOS ANUAIS CCA Caibar Schutel CEI Aloysio de Menezes G. Ocupação Tereza de B.
PROJETOS ANUAIS Mobiliza Jaguaré Comunidades Resilientes Luiz Braille Menino Chorão
HISTÓRICO DE AÇÕES PONTUAIS AGOSTO AÇÃO Remo OUT/NOV Núcleo Afro
2015
JUNHO Início da concepção da entidade
2016
2017
Escola de Taboão ABRIL Mapeamento JJ JUNHO AplicAÇÃO SETEMBRO Evento ENFF
ABRIL/MAIO PS Lapa JULHO Oficina BLOCO
2018
OUTUBRO PoliBen
2019
JUNHO Grupo Escoteiros do Ipiranga OUTUBRO Casa Helenira Preta PoliBen NOVEMBRO E.E Gabriela Mistral
MARÇO Trote Solidário CEI
2020
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Carapicuíba Santa Cecília Lapa
República
Jaguaré Rio Pequeno
Butantã
Vila Sônia Vila Andrade
Cidade
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Mapa de Impacto Cidades e distritos abrangidos por projetos e ações pontuais da FAU Social
Jacanã
Ermelino Matarazzo
a Mooca José Bonifácio Ipiranga
Ferraz de Vasconcelos
Mauá
Aldemar
Outras cidades do estado
Jundiaí
Campinas 13
C E
Jardim jaqueline 1º SEM / 2º sem 2016 O projeto teve início dando continuidade a um trabalho acadêmico que propunha uma praça pública no terreno atrás do Shopping Raposo, na comunidade do Jardim Jaqueline, Zona Oeste de São Paulo. Para isso, contamos com o apoio dos moradores da comunidade e do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos, o Labhab, também da FAUUSP. Após o processo de construção coletiva das propostas para o espaço, a versão final do projeto foi encaminhada para a secretaria de obras e se deu a busca por parceiros para a execução do projeto. Renovado para o 2º semestre de 2016, o projeto da Praça da Comunidade teve como foco nessa segunda etapa a aproximação com coletivos da comunidade, como o Batukai e ProGueto, para que juntos pudéssemos aproximar os futuros frequentadores da praça às nossas ideias. Também foi realizado o acompanhamento da construção dos setores da praça por nossos parceiros, a subprefeitura do Butantã e a Bimbo, para dar início à ativação do local como um espaço de lazer, descanso e convivência. O projeto foi classificado pela subprefeitura do Butantã como uma PPPP: inédita parceria envolvendo os poderes público, privado e a população.
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C F
semana da educação 2º SEM / 2016 Outro projeto foi o desenvolvimento da identidade visual da Semana de Educação da FEUSP - Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. A Semana da Educação é um evento acadêmico de iniciativa estudantil que busca expandir os horizontes do público em geral sobre o tema educação. O intuito é ir além da esfera acadêmica e, através de debates, palestras e exposições, questionar as condições do ensino e do aprendizado na prática diária. Inicialmente, foram feitas reuniões de criação para desenvolvimento da identidade visual do evento. A partir do logo criado, foram elaboradas as ferramentas de divulgação, tanto virtuais - página do Facebook, Instagram e site -, quanto físicas - cartazes, panfletos e camisetas. Ainda, como forma de facilitar o manuseio do material por parte da equipe organizadora, o grupo de projeto ajudou com o manuseio de programas de edição gráfica.
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Litro de luz 1º SEM / 2017 O projeto foi realizado em parceria com o Litro de Luz Brasil, ONG internacional, a qual tem como objetivo prover uma fonte de luz econômica e ecologicamente sustentável para as regiões que não possuem recursos ou não possuem acesso à eletricidade. A relação do Litro de Luz com as comunidades é sempre muito direta, pois o objetivo é instruir a população para que eles mesmos sejam capazes de montar os equipamentos e realizar sua manutenção. Pensando no aprimoramento do relacionamento com as comunidades, no entendimento das demandas, na empatia entre os próprios moradores e no espaço público, o Litro de Luz contatou a FAU Social para que juntos realizássemos uma metodologia de entrada nas comunidades e de aproximação com a população, a partir do contato direto com a comunidade da Vila Margarida, em Ferraz de Vasconcelos, ao lado da zona leste de São Paulo, onde a organização vinha capacitando os moradores e instalando postes de iluminação. Assim, nosso objetivo foi facilitar o engajamento dos moradores com o espaço público, garantir a empatia e aumentar a eficiência de iniciativas como as do Litro de Luz, a fim de melhorar a realidade dessas regiões.
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Ocupação URCA 2018 O projeto realizado na Ocupação do Edifício Urca, no centro de São Paulo, foi realizado em parceria com o escritório Modelo Dom Paulo Evaristo Arns, da PUC-SP, que atua prestando assessoria jurídica popular gratuita. O edifício, que é uma união dos prédios Ticino e Morcote, funcionou como hotel até meados dos anos 1990, quando foi desativado e abandonado. Em 1999, ele foi ocupado e desde então segue com a função de moradia, garantindo um lar para 57 famílias. Nosso trabalho teve como objetivo suprir duas grandes demandas do grupo de moradores: a regularização e individualização dos pontos de energia elétrica do edifício, pois não é adotada a tarifa social pela Eletropaulo e o edifício ainda é taxado como comercial; e a ação de usucapião que transfira definitivamente a propriedade do edifício para os atuais moradores. Para dar entrada em ambos os processos, foi necessário realizar o mapeamento do edifício e desenhar as suas plantas, que se perderam ao longo do tempo, não sendo encontradas em nenhum órgão da prefeitura. Entre maio e novembro realizados diversas visitas ao edifício de 6 pavimentos para medição das áreas comuns e também das unidades habitacionais. Com isso, pudemos produzir todas as plantas e a tabela de áreas dos apartamentos. Agora, com os produtos gerados, os processos de adequação elétrica e usucapião estão em andamento, guiados pelo escritório modelo e pelos próprios moradores do Urca. 20
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CCA Cairbar Schutel 2019 O projeto desenvolvido em 2019 no Complexo Assistencial Cairbar Schutel (CACS) visava a readequação e recuperação do imóvel para sediar o novo Centro de Crianças e Adolescentes (CCA) Cairbar Schutel, que atenderá entre 60 a 120 jovens, de 6 a 14 anos e 11 meses, buscando o desenvolvimento de sua autonomia, protagonismo e cidadania. Para que esse serviço social possa ser implantado no CACS, foi necessário a criação de um projeto para a adequação do imóvel, no qual anteriormente funcionava um abrigo, para as atividades do CCA. Tendo a FAU Social já realizado o mapeamento do CACS em um projeto no ano de 2016, o grupo aproveitou-o para a realização do trabalho, que foi dividido em três partes: projeto da fachada, como o objetivo de dar visibilidade ao futuro CCA; projeto dos dois pavimentos, com a definição das atividades desenvolvidas e a divisão dos ambientes internos, acompanhada de um projeto de acessibilidade; e a criação de uma identidade visual, com a criação do logo e ícones de identificação das salas. Como parte da finalização, foram feitos um banner e um panfleto para ajudar na divulgação do projeto e arrecadação de dinheiro para a reforma.
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DE PORTAS ABERTAS 2020 A parceria desenvolvida com A Próxima Companhia teve como finalidade buscar por soluções de aprimoramento da organização interior e de ampliação de trocas do espaço com o território e as pessoas que o habitam. Para isso, foram propostas melhorias na abertura do espaço para a rua, com mudanças na porta de entrada, janelas do andar superior e arquibancada já presente no local. A Próxima Companhia é um núcleo artístico da Cooperativa Paulista de Teatro formado em 2014 pelos artistas Caio Franzolin, Caio Marinho, Gabriel Küster, Paula Praia e Juliana Oliveira. O coletivo tem sua criação cênica e método de pesquisa focados nas questões de disputas de território, memória e relação entre intérprete e público. Os comigos procuravam por soluções que atendessem à praticidade de uso dos elementos já existentes, melhor fluidez da entrada, organização do espaço e adequação de acessibilidade universal - soluções que em grande parte se encontram em um orçamento adequado -. O projeto no fim produziu vistas, cortes, detalhamentos, montagens fotorrealistas e gifs de montagem da porta e das duas opções de suporte da arquibancada, além de imagens fotorrealistas de sugestões e possibilidades para as janelas do andar superior.
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COMPOSIÇÃO URBANA 2020 A parceria entre a FAU Social e o Sarau Composição Urbana se deu no intuito da reformulação do logo do grupo e criação de uma identidade visual, entre outras demandas, como inscrições em editais e divulgação das atividades, busca de plataformas para streaming. O Sarau Composição Urbana foi criado em 2019, sendo uma iniciativa de moradores da São Remo, comunidade vizinha à USP, que visa proporcionar apresentações literárias e musicais com temática livre, além de apresentações profissionais por meio da música, dança, poemas e breves encenações. Para além do incentivo da cultura no território, o projeto tem o intuito de desenvolver artistas para poder levar a cultura da favela para outros lugares. Em relação ao logo, os comigos buscavam manter a essência do antigo logo na qual reunia conceitos como Movimentação por meio do trilho ao qual representa a entrada e saída da cultura e conhecimento da comunidade para o exterior e vice-versa. instrumento deste instrumento. O redesign do logo veio a partir da síntese dos conceitos - movimentação, comunidade e poder - aliando tudo por meio daquilo que os da voz: a música.
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COMUNIDADES RESILIENTES 2020
A parceria com a Cooperativa Habitacional Central do Brasil (COOHABRAS) teve como principal objetivo a produção de um material sistematizado com os processos de loteamento do projeto em Paranapanema. A COOHABRAS é uma Cooperativa autogerida, fundada em 2010, com sede em São Paulo-SP, voltada para a Educação Popular por meio de Círculos de Cooperação e de Grupos de Incorporação que abrange grande parte do território nacional. Ela visa proporcionar o acesso à habitação digna como realização de um direito básico às famílias de baixa renda, cultivando valores como a solidariedade, democracia, sustentabilidade, autonomia, transparência e profissionalismo. O livreto produzido teve a finalidade de elucidar as questões históricas e técnicas que se desenrolaram durante o processo de loteamento em Paranapanema. Desde os primeiros passos, como a organização inicial e a reunião das primeiras famílias cooperativadas, até as questões técnicas enfrentadas, como a grande demora devido a burocracia e documentos essenciais para que o projeto fosse realizado. Oferecendo, assim, um exemplo documentado sobre a história de Paranapanema aos cooperados e às pessoas de fora da Cooperativa.
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mobiliza jaguaré 2021 O projeto desenvolvido em 2021 em parceria com o Mobiliza Jaguaré teve como principal foco a readequação do espaço da garagem da sede do projeto para que este funcionasse como um restaurante solidário. O Mobiliza Jaguaré é um projeto criado em 2020, durante a pandemia, pelo restaurante Flor de mandacaru e pelo Projeto Palco, o qual visa a produção e distribuição de marmitas e cestas básicas para pessoas sem situação de insegurança alimentar na comunidade do jaguaré, na cidade de São Paulo. De 30 de março de 2020 a 31 de janeiro de 2022 foram 90.012 marmitas e 15.014 cestas básicas distribuídas. O restaurante solidário visa continuar sustentando essa iniciativa, bem como fornecer uma primeira oportunidade de capacitação e inserção no mercado de trabalho a moradores da comunidade - como jovens e mães solteiras - através de aulas gratuitas nas áreas de Gastronomia e Gestão. Assim, o projeto visa estabelecer um espaço de oportunidades e empoderamento para a comunidade do Jaguaré. Dadas às demandas que um espaço de restaurantes possui para seu funcionamento adequado, o projeto desenvolvido visou a implementação de soluções que promovessem o melhor aproveitamento do espaço existente e o conforto dos usuários. A proposta final contou com uma cobertura em telha de zinco, piso em cimento queimado, o projeto do portão de entrada, o layout do restaurante e área de caixa, além de uma proposta de jardim vertical e de decoração do ambiente. Também foram realizadas divulgações do Mobiliza Jaguaré através das redes sociais e um projeto de captação de recursos para a concretização do projeto. 30
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COMUNIDADES RESILIENTES 2021
A parceria com a Cooperativa Habitacional Central do Brasil (COOHABRAS) resultou na produção de um material ilustrado com técnicas e materiais sustentáveis que podem ser implementados na construção de casas populares para os cooperados. A instituição já foi parceira da FAU Social em 2020 no projeto de desenvolvimento de uma cartilha sobre o processo de loteamento de seu espaço em Paranapanema. A COOHABRAS atua como uma cooperativa autogerida desde 2010, voltada para a educação popular. Com sede em São Paulo, ela abrange grande parte do território nacional com o objetivo de proporcionar o acesso à habitação digna como realização de um direito básico às famílias de baixa renda, cultivando valores como a solidariedade, democracia, sustentabilidade, autonomia, transparência e profissionalismo. O material abarca a preparação, aplicação, informações adicionais, prós e contras de técnicas construtivas alternativas e sustentáveis. Para além das informações mais práticas, o livreto tem como objetivo apresentar caminhos alternativos à construção de alvenaria, facilitar o entendimento de práticas aplicáveis sem mão-de-obra especializada e promover a autonomia dos interessados, não só na escolha do método construtivo, mas também na execução. Ademais, buscou-se destacar os princípios da sustentabilidade, que perpassam questões econômicas, sociais, ecológicas e culturais.
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menino chorão 2021 A Comunidade Feminista Menino Chorão for formada em 2010 por Carmen Sousa em uma área devoluta próxima ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Hoje é composta por cerca de 400 famílias em uma associação de trabalho, convivência, união e serviço comunitário, sustentadas principalmente pelo modelo de produção agricola sustentável e de pequena escala. Devido às complicações e imprevistos, o projeto teve de ser prolongado além do prazo usual, não tendo sido concluído até a data de redação do Entenda, o que reforça a plasticidade que os projetos da FAUSocial podem vir a demandar. O fruto desta associação até o momento é um projeto de estrutura modular de cobertura que servirá para os mais diversos propósitos de congregação da comunidade, desde um espaço de abrigo e lazer das crianças em seu contraturno escolar, até uma área passível de apropriação como uma sala de aula. Devido à extrema vulnerabilidade social e habitacional da comunidade, em especial no campo jurídico, suas demandas e prioridades tiveram de ser alteradas ao longo do projeto, principalmente após uma atitude autoritária e desrespeitosa do poder público ao destruir parte da infraestrutura do centro educacional do grupo. Entretanto, os esforços de contato nunca cessaram, principalmente em razão do intermédio realizado pelo Instituto Rizoma.
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luiz braille 2021 O projeto em parceria da FAU Social com o Instituto Jundiaiense Luiz Braille teve por objetivo a busca de soluções para os espaços de uso público no edifício principal pertencente à Instituição. Devido à pandemia do Covid-19, foi necessária uma readequação espacial emergencial como garantia do distanciamento e ocupação segura, visto que, em condições de lotação máxima, o Instituto atende cerca de 150 cegos assistidos inscritos, 5000 consultas e 400 cirurgias oftalmológicas por mês. Tendo em vista a importância e o grande fluxo de pessoas com diferentes necessidades ao edifício, buscou-se realizar uma reambientação do espaço com a reorganização do layout dos ambientes de espera principais, adaptação de funções dos espaços e implementação de itens que auxiliem os pacientes e deficientes visuais que utilizam o local. O Instituto é de grande importância humana e social, não apenas para a cidade e região, mas, sobretudo, para as pessoas cegas que podem contar com o acolhimento e atividades com foco no convívio social; as pessoas com baixa visão; as pessoas com deficiência múltipla, que também são assistidas; e a população que realiza consultas e cirurgias diariamente. Assim, o objetivo dos membros foi a de adaptar o espaço tanto para uso durante o período pandêmico quanto para as condições normais de atendimento, conforme o grau de atuação do Instituto na sociedade.
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Comissões Especiais E~ Ações Pontuais Além dos projetos, a FAU Social também realiza atividades de mobilização popular e oficinas em eventos com grupos e entidades parceiras. Esses eventos costumam durar um ou dois dias e, devido a limitações externas, são realizados apenas por membros da FAU Social que se dispõem a organizar as atividades, formando as Comissões Especiais. As Ações Pontuais são bem parecidas com as atividades das comissões, com caráter de mutirão ou oficinas. A diferença é que elas são organizadas pela FAU Social com o objetivo de serem abertas para qualquer pessoa que quiser participar, mesmo não tendo nenhum tipo de vínculo com a entidade. Devido ao período da pandemia as Ações Pontuais foram suspensas, sendo assim as oficinas e debates promovidos pela FAU Social foram realizados remotamente.
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Oficina BLOCO 2018 Em parceiria com o Grupo Bloco, em julho de 2018 a entidade fez parte do evento Permacultura no Movimento, em Campinas, que tinha como objetivo realizar diversas oficinas, cada uma dada por um coletivo diferente, relacionadas ao tema da bioconstrução. Essas oficinas eram, principalmente, voltadas a líderes de ocupações, numa iniciativa de emponderamento da informação para, assim, tornar seus grupos mais autônomos. A FAU Social, então, propôs-se a ensinar a construir um mobiliário acessível, reutilizando pallets de madeira, e de fácil inserção em qualquer espaço de uso coletivo, especialmente ao ar livre, garantindo qualidade e conforto, de modo que diversas atividades possam ali ocorrer, e que o ambiente seja de fato aproveitado e apropriado pelos seus usuários. Foram feitos mesas, bancos individuais e coletivos junto aos participantes da oficina, além de folhetos informativos sobre essa construção, indicando um passo-a-passo e as ferramentas necessárias; o orçamento de cada uma das peças dessa mobiliário coletivo, especificando os materiais e suas quantidades; e seus respectivos desenhos de projeto, incluindo as medidas das madeiras utlizadas.
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POLIBEN 2018 e 2019 Em conjunto com a Poli Social e com o Grêmio Politécnico, a FAU Social organizou uma comissão para participar do Politécnico Beneficiente (PoliBen), um evento que possui o intuito de promover o trabalho voluntário entre os estudantes, a partir de atividades lúdicas voltadas para crianças e dinâmicas relativas às suas áreas de atuação. A FAU Social participou das duas últimas edições do evento como representante dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Design. O PoliBen tem a duração de um dia e é realizado na universidade, com o intuito de aproximar as crianças do ambiente acadêmico. Em 2018, havia cerca de 80 crianças da ONG Agente (Associação Metodista Livre Agente), localizada na comunidade São Remo, e em 2019, cerca de 60 crianças entre 7 e 11 anos da ONG Núcleo Assistencial da Fraternidade, que atende crianças das comunidades Mimosa e Aquarela na Zona Norte de São Paulo. A atividade que a comissão realizou consistiu em uma oficina para que as crianças, a partir de seus próprios desenhos, construíssem uma cidade de Lego. Dessa maneira, buscamos estimular a criatividade das crianças, a fim de fazê-las refletir sobre quais são as nossas escalas de atuação e sobre quais são os elementos que proporcionam uma boa cidade para se viver. Com essa oficina, foi possível conversar sobre a importância da vida em comunidade, de equipamentos públicos, e de áreas verdes. Como entidade, o nosso objetivo era colocar as crianças em um primeiro contato com temas relativos à arquitetura, urbanismo e design, a fim de despertar o interesse por temáticas relativas à cidade.
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ESCOTEIROS IPIRANGA 2019 A ação pontual Colorindo com o Grupo Escoteiro (GE) Ipiranga ocorreu em junho de 2019, na sede do GE, dentro de um parque municipal da Mooca, Zona Leste de São Paulo. A primeira ação do ano de 2019 tratou-se de uma continuação do projeto realizado pela FAU Social com o Grupo Escoteiro, em 2018, no qual foram feitas novas propostas para a organização das salas de cada fase do escotismo (lobinho, escoteiro, sênior e pioneiro). Colorindo com o GE Ipiranga foi um mutirão envolvendo membros da FAU Social, convidados externos (como amigos e alunos da FAUUSP) e membros e familiares do GE Ipiranga, que se reuniram para pintar a fachada de cada sala com a sua cor de referência, fazer desenhos a partir da técnica de estêncil, representando as fases do escotismo, identificar a fachada da sede com o nome 14° Grupo Escoteiro Ipiranga, também com estêncil, limpar e pintar algumas salas e fazer o desenho de uma árvore à mão livre, com as folhas feitas em estêncil.
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trote solidário 2020 A ação pontual foi realizada no Centro de Educação Infantil Aloysio de Menezes Greenhalgh, localizado em São Paulo no distrito do Rio Pequeno, em março de 2020, e contou com a participação de membros da FAU Social, alunos da FAU e membros da comunidade CEI. A escola já havia sido parceira da FAU Social em um projeto realizado no ano anterior e por isso se tinha conhecimento de algumas outras demandas, entre elas a requalificação da área de jardim e playground das crianças, pintando os brinquedos e estruturas e construindo novos equipamentos, como as cordas de escalada e o espaço sensorial de pneus. Após a identificação dos participantes e de um piquenique colaborativo, foram divididos três grupos de trabalho: pintura dos brinquedos, espaço sensorial e espaço de escalada, nos quais se organizaram e seguiram os processos descritos no “Manual de Procedimentos”, enviado anteriormente aos inscritos. Tudo isso com a instrução de membros da FAU Social, que também foram divididos entre os grupos e alternando as atividades.
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Como nos organizamos? A oportunidade de desenvolver um projeto através da entidade nos trouxe como experiência a necessidade de nos dividir em frentes de trabalho para organizar o processo e garantir que todas as funções fossem desempenhadas sem que ninguém tivesse que pedir para ninguém. O principal objetivo de criar as chamadas “macroáreas” é articular horizontalmente as funções do grupo e dar suporte aos projetos da melhor forma possível, que são o motivo pelo qual existimos.
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Relações Públicas
Criação e Divulgação
São responsáveis pelo contato com ONGs, coletivos, entidades, comunidades e demais organizações com as quais possamos trabalhar ou trocar experiências e conhecimentos
Realizam a produção gráfica necessária para a divulgação da entidade e são responsáveis pelas mídias sociais.
Recursos Humanos
Recursos e Eventos
As pessoas dessa área acompanham de perto os membros da entidade, auxiliam na comunicação interna da mesma e ficam atentas para que os valores e ideais da entidade
São responsáveis pela arrecadação e organização de recursos necessários para a manutenção mínima da entidade. Além disso, organizam eventos, como as ações pontuais e FAUmoços (principal forma de arrecadação).
sejam sempre observados.
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O que acontece se eu virar membro da FAU Social? Você fará um projeto durante o ano todo e, caso queira, simultaneamente poderá assumir funções de uma das macroáreas. Os membros se encontram semanalmente em reuniões, sendo elas gerais, de macroárea e de projetos. A ideia é que além de fazer projetos, todos os membros possam participar da gestão da entidade. A partir do segundo ano, você poderá optar entre fazer apenas projeto, fazer apenas uma ou duas macroáreas, ou ainda fazer projeto e macroárea. No primeiro ano não há a possibilidade de fazer apenas macroárea. É bem importante que todos estejam comprometidos e empenhados nas atividades para o bom funcionamento da entidade.
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Alinhamento da organização interna e atividades para formação dos grupos.
Momento de atividades mais leves para discussão dos acertos e dos possíveis erros.
Finalização
Novembro e Dezembro
recepção de novos membros Início de Maio
CHAMADA DE NOVOS MEMBROS 17 de março - 30 de março Convite para mais participantes e atividades da chamada.
Projetos Maio - Dezembro Período de dedicação às causas, com término antes das semanas mais pesadas do calendário fauano.
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E agora, como faço para participar das atividades da fau social? 1º- Participando diretamente de ações sociais de curto prazo O que isso significa? Essa alternativa existe para que todos que apoiam a causa possam pôr a mão na massa, mesmo que não possam se comprometer constantemente com as ações da FAU Social. Pretendemos fazer ações pontuais que durem um ou dois dias e campanhas. Quanto mais gente melhor!
O que devo fazer? Quem quiser participar dessa forma, basta entrar em contato conosco, por e-mail (fausocial@gmail.com), através da nossa página no Facebook (facebook.com/fausocial), ou ainda pelo nosso Instagram (@fausocial). As ações de curto prazo serão divulgadas em nossas mídias, e todos são muito bem vindos!
2º - Fazendo parte da FAU Social O que isso significa? Significa assumir responsabilidades com os grupos de projeto ao longo do ano, participando das reuniões internas e, caso queira, integrando uma das macroáreas que mantém a entidade.
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Como
serão
formados
os
grupos
de
projeto?
Assim que os novos membros entrarem, vamos definir juntos três projetos que faremos ao longo do ano e dividir os grupos. Como cada projeto possui demandas pré-definidas, pensamos em um número mínimo de pessoas que conseguisse encaminhar o projeto e um número máximo pra que ninguém que se dispôs a participar fique ocioso.
Como serão formadas as macroáreas? Os membros atuais já estão divididos em macroáreas. Quem entrar esse ano poderá, caso queira, escolher em qual macroárea quer entrar, de acordo com suas preferências, logo nas primeiras semanas.
O que eu faço? Para a entrada de novos membros foi pensada a chamada. Queremos conhecer melhor vocês, conversar, entender suas expectativas, disponibilidades e comprometimento com a causa! As inscrições serão abertas dia 24/04 e encerrarão dia 02/05 (fica de olho na nossa página do Facebook: https://www.facebook.com/fausocial/). Lá vai ter o edital explicando tudo direitinho e o formulário de inscrição para preencher! :)
VEM COM A GENTE! < 53
Contato: Facebook facebook.com/fausocial
fausocial@gmail.com
@fausocial Entenda a FAU Social Versão 6 Abril/2021
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